Fórum Adventista
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Últimos assuntos
» Decreto dominical a caminho
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyDom Fev 19, 2017 7:48 pm por Augusto

» Acordem adventistas...
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyTer Fev 07, 2017 8:37 pm por Augusto

» O que Vestir Para Ir à Igreja?
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyQui Dez 01, 2016 7:46 pm por Augusto

» Ir para o céu?
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyQui Nov 17, 2016 7:40 pm por Augusto

» Chat do Forum
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptySáb Ago 27, 2016 10:51 pm por Edgardst

» TV Novo Tempo...
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyQua Ago 24, 2016 8:40 pm por Augusto

» Lutas de MMA são usadas como estratégia por Igreja Evangélica para atrair mais fiéis
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyDom Ago 21, 2016 10:12 am por Augusto

» Lew Wallace, autor do célebre livro «Ben-Hur», converteu-se quando o escrevia
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptySeg Ago 15, 2016 7:00 pm por Eduardo

» Ex-pastor evangélico é batizado no Pará
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyQua Jul 27, 2016 10:00 am por Eduardo

» Citações de Ellen White sobre a Vida em Outros Planetas Não Caídos em Pecado
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyTer Jul 26, 2016 9:29 pm por Eduardo

» Viagem ao Sobrenatural - Roger Morneau
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptyDom Jul 24, 2016 6:52 pm por Eduardo

» As aparições de Jesus após sua morte não poderiam ter sido alucinações?
jesus - O dia da morte de Jesus  EmptySáb Jul 23, 2016 4:04 pm por Eduardo

SEU IP
IP

O dia da morte de Jesus

Ir para baixo

03122010

Mensagem 

jesus - O dia da morte de Jesus  Empty O dia da morte de Jesus




jesus - O dia da morte de Jesus  Crucification


O dia da morte de Jesus


Gostaria que fosse analisada a questão do dia da morte de Cristo ser no dia 15 e não 14 de Nisã, e como explicar a não necessidade de Ele ter morrido no mesmo dia em que se sacrificava o cordeiro pascal (14, antes do crepúsculo). E também sobre o aparente equívoco de Ellen G. White ter dito que “no segundo dia da festa [dos pães asmos], as primícias da ceifa do ano eram apresentadas perante Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 539; ou O Desejado de Todas as Nações, p. 77). – M.

Resposta:


Astronomicamente falando, só é possível no ano 31 d.C. uma sexta-feira 15 de Nisã. O mês anterior havia começado em 13/14 de março, pôr do sol a pôr do sol. Os meses lunares só podem ter 29 ou 30 dias. Usando todos os 30 dias possíveis num mês, chegamos a 12/13 de abril, pôr do sol a pôr do sol, como 1º de Nisã. Portanto, 14 de Nisã caiu na quinta-feira, 26 de abril, e Cristo morreu na sexta-feira, 27 de abril, dia 15 de Nisã.

Parece haver uma tensão entre João e os sinóticos quanto a este assunto. O evangelho de João parece sugerir que Cristo morreu em 14 de Nisã, enquanto os sinóticos sugerem que Ele morreu em 15 de Nisã.

O cordeiro pascal era morto em 14 de Nisã antes do pôr do sol, e comido, com pães asmos e ervas amargas, após o pôr do sol, isto é, em 15 de Nisã (Êx 12:6, 8), ocasião em que começava a festa dos pães asmos.

As três passagens nos sinóticos (Mt 26:17, Mc 14:12 e Lc 22:7) dizem que os discípulos prepararam a Páscoa para Cristo no primeiro dia dos pães asmos (isto é, Nisã 14/início de Nisã 15). Uma vez que Cristo comeu a Páscoa no dia correto, Ele não pode ter morrido em 14 de Nisã.

Não há forma de se interpretar o primeiro dia dos pães asmos como sendo um dia diferente. Portanto, não há como achar outra explicação para o que os sinóticos dizem. Dessa forma, é mais fácil se achar outra explicação para as passagens problemáticas de João.

Ellen White ainda confirma: “No cenáculo de uma morada de Jerusalém, achava-Se Cristo à mesa com os discípulos. Tinham-se reunido para celebrar a páscoa. O Salvador desejava celebrar essa festa a sós com os doze. Sabia que era chegada a Sua hora; Ele próprio era o Cordeiro pascoal, e no dia em que se celebrava [comia] a páscoa, devia ser sacrificado” (O Desejado de Todas as Nações, p. 642).

No original em inglês, o verbo é comer, não celebrar. O que é dito aqui é que Cristo devia ser sacrificado, não no dia em que o Cordeiro era sacrificado, mas no dia em que ele era comido.

Quanto ao fato de não haver necessidade de Cristo ter morrido no dia da Páscoa: o Calvário é o antítipo de todos os sacrifícios do Antigo Testamento. Como tal, ele cumpriu o aspecto sacrifical de todas as festas, e não só da Páscoa. Assim, ele cumpriu o aspecto sacrifical do Dia da Expiação, por exemplo (o sacrifício do cordeiro para fazer expiação pelo santuário e pelos pecados do povo), mas para isso não era necessário que a morte de Cristo ocorresse no Dia da Expiação. O mesmo se aplica à Páscoa. Ademais, Ellen White declara que a morte de Cristo ocorreu no momento do sacrifício diário, não no momento do sacrifício da Páscoa (O Desejado de Todas as Nações, p. 756, capítulo “O Calvário”).

Deve ser lembrado, também, que o cordeiro pascal não era o único tipo de Cristo durante a festa da Páscoa; o pão asmo também era um tipo de Cristo, e o pão asmo estava relacionado a 15 de Nisã, não a 14 de Nisã. E, no memorial que Cristo nos deixou de Sua morte, Ele escolheu o simbolismo do pão asmo para representar Seu corpo.

Quanto às declarações de Ellen White:

Os judeus ortodoxos dizem que o dia das primícias é 16 de Nisã. Contudo, a Bíblia não liga o número 16 a esse dia. Ela diz que o molho da oferta movida devia ser apresentado “no dia imediato ao sábado” (Lv 23:15). A palavra “sábado” aqui se refere ao sábado semanal ou ao sábado cerimonial do primeiro dia dos pães asmos? A primeira era a posição, principalmente, dos saduceus, e a segunda, a posição, principalmente, dos fariseus da escola de Hillel. Hoje em dia, a primeira posição é a dos caraítas, e a segunda, dos judeus ortodoxos.

“Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao Senhor” (v. 15, 16).

O nome “Pentecostes” surge justamente do fato de que a Bíblia não dá uma data marcada para essa festa, mas a descreve como ocorrendo após a contagem de sete semanas após a apresentação da oferta da cevada, sendo que o Pentecostes cai no 50º dia (Lv 23:15-20). A contagem deve começar “desde o dia imediato ao sábado” (Lv 23:15). Se tomarmos a posição de que a palavra “sábado” significa sábado cerimonial, nos vemos diante de um sério problema, porque há apenas um sábado cerimonial (21 de Nisã), e não sete, entre 15 de Nisã e o 50º dia (Pentecostes). Então, quando a Bíblia diz, “até ao dia imediato ao sétimo sábado”, a lógica é que esteja se referindo ao sábado semanal.

Então, como Ellen White declara em Patriarcas e Profetas, p. 539, e O Desejado de Todas as Nações, p. 77, que os primeiros frutos deviam ser apresentados no segundo dia da festa?

Se ela declara que Cristo devia ser sacrificado no dia em que a Páscoa era comida, isso significa que sexta-feira foi 15 de Nisã; mas se o dia em que os primeiros frutos deviam ser apresentados (e em que Cristo devia ressuscitar dos mortos) era o segundo dia da festa, ou seja, 16 de Nisã, então Ele devia ter ressuscitado no sábado, e não no domingo. Alguém escreveu a Ellen White sobre essa contradição, e seu secretário deu a seguinte resposta:

“Quando essas perguntas chegam à Irmã White, ela frequentemente diz que o Senhor lhe deu a obra de escrever o que ela escreveu, mas não de tentar explicar todas as passagens aparentemente difíceis. Se ela fosse assumir o fardo de harmonizar passagens aparentemente contraditórias, não teria tempo para fazer o trabalho regular que lhe foi designado de escrever as palavras de instrução e admoestação que escreve para a igreja. Portanto, ela apela a seus irmãos que estudem as Escrituras, e comparem seus escritos com as Escrituras, e com outras porções de seus próprios escritos, e assim procurem descobrir, se possível, a harmonia que existe” (Carta de C. C. Crisler, secretário de Ellen White, ao pastor R. W. Munson, da União Australasiana, 27 de novembro de 1908).

O que é muito possível que tenha ocorrido é que as palavras de Josefo e Filo (o primeiro, declaradamente fariseu; o segundo, aparentemente) tenham influenciado as palavras usadas por Ellen White. Porém, não devemos nos esquecer de que ela mudou algumas palavras e frases inexatas na revisão do livro O Grande Conflito. Portanto, não é impossível que algum pequeno detalhe impreciso tenha escapado em alguma parte de seus escritos, por influência de alguma fonte utilizada. Assim, devemos comparar seus escritos entre si e com a Bíblia, buscando a melhor harmonia possível.

(Rosângela Lira)
Eduardo
Eduardo

Mensagens : 5997
Idade : 53
Inscrição : 08/05/2010

Ir para o topo Ir para baixo

Compartilhar este artigo em: reddit
- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos