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Mineápolis, 1888
Um Divisor de Águas na História Adventista

Por Gerhard Pfandl

Por mais de cem anos, os adventistas do sétimo dia consideram a Assembleia da Associação Geral de 1888 um divisor de águas em sua história, um importante marco em seu desenvolvimento teológico. Do ponto de vista teológico, é considerada a assembleia mais importante da história. Com duração de menos de um mês, tanto a assembleia de Mineapólis (17/10 – 4/11) como o instituto ministerial que a precedeu (10 a 16/10) mudaram o formato do Adventismo.

Events Leading Up to Minneapolis
Após o grande desapontamento de 1844, nossos pioneiros concentraram sua pregação em verdades importantes, as então chamadas verdades fundamentais: o santuário, o espírito de profecia, as três mensagens angélicas, a imortalidade condicional, o segundo advento e o sábado. A salvação e justificação pela fé foram mantidas em segundo plano porque essas verdades eram ensinadas pela maioria das outras igrejas. Por que ensinar um batista ou metodista sobre salvação, se eles já estavam familiarizados com isso? O que eles não sabiam era sobre o sábado, o estado dos mortos, a verdade do santuário, etc. Assim, nossos pioneiros priorizaram as doutrinas que nos distinguiam, especialmente o sábado e os Dez Mandamentos.

Infelizmente, por causa da grande ênfase na lei e do declínio espiritual, não poucos se tornaram decididamente legalistas. Orgulho, autoconfiança e satisfação própria invadiram nossas fileiras. Havia grande necessidade de uma experiência viva com Cristo, a alegria e paz que resultam do relacionamento com Ele. A lei e a guarda da lei tornaram-se as coisas mais importantes. Ellen White, vendo a situação, escreveu: “Como povo temos pregado sobre a lei até nos tornarmos secos como as colinas de Gilboa, que não tinham nem chuva ou orvalho. Devemos pregar Cristo na lei.”1

Concílio Ministerial (10 a 16 de Outubro de 1888)
Quando pensamos em Mineápolis, dois nomes vêm à mente: A. T. Jones e E. J. Waggoner. Ambos eram muito amigos e editores da Signs of the Times (Sinais dos Tempos), na Califórnia. Alonzo T. Jones, 38 anos, havia servido o exército americano e era grande autodidata. Elliot J. Waggoner, 33, em contraste, teve educação clássica, estudou medicina e havia trabalhado, por um tempo, no Sanatório de Battle Creek. Seu coração, porém, estava no evangelismo. Por isso, ele mudou de profissão e se tornou pastor.

Nas reuniões de trabalho durante a semana que precedeu a Assembleia da Associação Geral, o ponto que dividiu o corpo ministerial foi um conflito sobre a lei de Gálatas 3:24. A questão era: Qual lei é mais importante – a lei moral ou a cerimonial? Em 1886, O. A. Johnson publicou um artigo na Review and Herald intitulado “As Duas Leis”, no qual declarou “que a lei em Gálatas é a lei cerimonial.”2 Poucos meses mais tarde, E. J. Waggoner escreveu uma série de nove artigos na Sings, onde defendia a ideia de que a lei em Gálatas é a lei moral. Ellen White, que na época morava em Basel, Suíça, escreveu uma carta de reprovação aos dois editores na Califórnia por publicarem artigos que revelavam ao mundo a divergência quanto a certas doutrinas por parte das duas revistas da igreja. Ela não defendeu um lado nem outro; simplesmente não gostou do modo com que agiram.

Quem estava certo? A resposta é: ambos. Ambas as leis apontavam para Cristo. Oito anos mais tarde, em 1896, Ellen White escreveu: “Nessa passagem (Gálatas 3:24), o Espírito Santo, pelo apóstolo, Se refere especialmente à lei moral. A lei nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a fugirmos para Ele em busca de perdão e paz.”3 Mas, em 1888, ela se recusou a dar uma resposta, provavelmente porque, na época, ela mesma não soubesse.

Assembleia de Mineápolis
A assembleia foi convocada para a quarta-feira, 17 de outubro. Cerca de 90 delegados representavam 27 mil membros de igreja. O progresso dos novos campos missionários, a distribuição de tarefas, o evangelismo nas cidades, um novo navio para o Sul do Pacífico (Pitcairn) e muitos outros itens foram discutidos. Hoje, porém, todos os assuntos rotineiros da assembleia estão no esquecimento. Aquilo de que ainda nos lembramos é: “em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem ao Seu povo por intermédio dos pastores Waggoner e Jones. ... Apresentava a justificação pela fé no Fiador (Cristo); convidava o povo para receber a justiça de Cristo que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus.”4

Foi solicitado que Waggoner apresentasse uma série de palestras sobre justificação pela fé. Não sabemos exatamente o que Waggoner disse, porque todos os estudos bíblicos das assembléias da Associação Geral começaram a ser gravados somente em 1891, mas, levando em conta o que ele escreveu antes e depois de Mineápolis, temos uma ideia aproximada do que ele ensinou.

Até 1888, era amplamente ensinado que a justiça aceitável a Deus poderia ser alcançada (com a ajuda do Espírito Santo, é claro) pela obediência aos mandamentos. Em outras palavras, a santificação era vista como a base da salvação.

A obra justificadora de Cristo era vista, principalmente, em relação aos nossos pecados do passado. Um artigo anônimo em uma das primeiras Signs of the Times declarou: “Como todos violaram a lei de Deus e não podem, por si mesmos, render obediência às Suas justas exigências, somos dependentes de Cristo; primeiro, pela justificação de nossas ofensas passadas, e, segundo, pela graça pela qual rendemos obediência aceitável à Sua santa lei para sempre.”5

Agora, Waggoner chega e diz: (1) a obediência humana nunca satisfaz a lei de Deus; (2) somente a justiça imputada de Cristo é a base de nossa aceitação por Deus; e (3) necessitamos constantemente da proteção da justiça de Cristo, não apenas por nossos pecados passados.

Qual foi a reação de seus ouvintes? Alguns aceitaram a mensagem e apoiaram Waggoner (E. G. White, W. C. White, S. N. Haskell, e alguns mais); outros rejeitaram a mensagem (U. Smith, J. H. Morrison, L. R. Conradi), mas a maioria ficou indecisa; não sabiam em que acreditar. Os que se opuseram à mensagem foram bem francos. A certa altura, Ellen White ficou tão desanimada que desejou ir embora, mas o anjo do Senhor disse a ela: “Não! Deus tem uma obra para você neste lugar. Esta gente está agindo como na rebelião de Corá, Datã e Abirão.”6

Mais tarde, a maioria dos que se opuseram à mensagem mudaram de atitude e aceitaram a mensagem da justificação pela fé, embora alguns tenham deixado a igreja.

Após a assembleia de Mineápolis, a Sra. White se uniu a A. T. Jones e E. J. Waggoner para levar a mensagem da justificação pela fé às igrejas. Eles visitaram reuniões campais, reuniões de obreiros e escolas bíblicas de costa a costa. Em 1889, ela escreveu: “Nunca vi uma obra de reavivamento ir adiante com tanta eficácia, e ao mesmo tempo permanecer livre de toda euforia imprópria.”7 Depois de Mineápolis, foram produzidos muitos livros sobre justificação pela fé. Por exemplo, Caminho a Cristo e O Desejado de Todas as Nações.

Compreender o que aconteceu em Mineápolis é importante porque algumas pessoas, hoje, alegam que a igreja rejeita a mensagem de Mineápolis e reivindicam um arrependimento corporativo. Outros alegam que a natureza de Cristo era o ponto-chave da mensagem de Waggoner. Em seu livro Christ and His Righteousness (Cristo e Sua Justiça), publicado em 1890, Waggoner sugere que Cristo assumiu a pecaminosidade carnal com tendências pecaminosas. Mas alega-se que a igreja rejeitou essa mensagem porque nunca aceitou oficialmente que Cristo tivesse tendências pecaminosas. Entretanto, não há evidência de que Waggoner falou sobre a natureza de Cristo em Mineápolis. Sua ênfase foi na relação entre a justiça de Cristo e a lei.

Mineápolis foi um divisor de águas na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por meio de Waggoner e Jones, apoiados por Ellen White, a igreja foi salva de uma compreensão incompleta do evangelho.

1Christ Prayed for Unity Among the Disciples”, Review and Herald (11 de março de 1890).
2The Two Laws”, Review and Herald (16 de março, 1886).
3Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 234.
4Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pp. 91, 92.
5“Fundamental Principles,” Signs of the Times (4 de junho de 1874).
6Carta 2a, 1892.
7Review and Herald (5 de março de 1889).

Gerhard Pfandl, natural da Áustria, é diretor associado do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral dos Adventistas do 
Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, EUA.
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