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Nicolaísmo e Nicolaítas

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Nicolaísmo e Nicolaítas Empty Nicolaísmo e Nicolaítas




Nicolaísmo (ou Nicolacionismo ou Nicolaitismo) é uma heresia cristã cujos aderentes são chamados de Nicolaítas. A característica pela qual são mais lembrados é a sua posição em relação ao casamento. Segundo alguns autores, eles defendiam a poligamia (ou ter esposas em comum). Também é conhecido como Nicolaíta aquele que defende o casamento do clero.

Índice


  • 1 Etimologia
  • 2 História
  • 3 Interpretação

    • 3.1 Cyrus Scofield
    • 3.2 Albert Barnes

  • 4 Nicolas

    • 4.1 Em Epifânio
    • 4.2 Em Clemente de Alexandria

  • 5 Veja também
  • 6 Referências
  • 7 Ligações externas
Etimologia

Nico significa "conquistar" em grego e laíta significa "pessoas" (ou "povo"); daí, a palavra pode significar "conquistador de pessoas" ou "conquistador das pessoas". Todavia, "Nicolaíta" é , o nome dado aos seguidores do herético Nicolas (grego: Nikolaos) - o nome por si significando "vitorioso sobre as pessoas" (do grego "Nike" - vitória) ou "vitória das pessoas", que teria recebido ao nascer.[1]

História

Nicolaísmo e Nicolaítas 17px-Crystal_Clear_app_xmagVeja mais em: Sete Diáconos#Nicolas e o nicolaísmo

A menção mais antiga aos Nicolaítas é no Apocalipse, no Novo Testamento. De acordo com Apocalipse 2:6-15, eles eram conhecidos nas cidades de Éfeso e Pérgamo. Neste trecho, a Igreja de Éfeso é enaltecida por "odiar os feitos dos Nicolaítas, que eu também odeio" e a Igreja de Pérgamo é acusada por "abrigar aqueles que tem as doutrinas deles [os Nicolaítas]". Não há nenhuma outra fonte primária para nos dar certeza sobre a natureza desta seita.
Diversos pais da igreja, incluindo Ireneu de Lyon, Epifânio de Salamis e Teodoreto mencionam este grupo. Ireneu o discute, mas nada acrescenta ao Apocalipse exceto que "eles levam vidas de indulgências ilimitadas"[2]. Hipólito de Roma diz que o diácono "Nicolau" dos Sete diáconos (veja Atos 6:1) era o autor da heresia e líder da seita[3]. São Vitorino de Pettau (ou Victorinus) diz que eles comiam oferendas dos ídolos[4]. O venerável Beda afirma que Nicolas permitiu que muitos homens se casassem com sua esposa[5]. Eusébio diz que a seita teve vida curta[6]. Tomás de Aquino era da opinião que Nicolas incentivava ou a poligamia ou que os homens tivessem esposas em comum[7].

Interpretação

A declaração comum, de que os Nicolaítas suportavam a heresia antinômica de Corinto, não parece ter sido provada. Outra opinião, preferida por alguns autores, é que, por causa do caráter alegórico do Apocalipse, as referências aos Nicolaítas são apenas uma forma simbólica de referência[8].
Nicolaísmo (também é frequentemente citado com referência ao casamento do clero, especialmente em áreas rurais da Inglaterra, onde era geralmente aceito até o século 11.

Cyrus Scofield

Cyrus Scofield, em seu Notas sobre a Bíblia, seguindo o pensamento dispensacionalista, sugere que os Sete Selos no Apocalipse prenunciam as várias eras da história Cristã e que "Nicolaítas" "refere-se à primeira forma da noção de ordem clerical, ou 'clero', que depois dividiu igualmente a irmandade entre 'padres' e 'leigos'"[9].

Albert Barnes

Sobre os Nicolaítas citados no Apocalipse:

Nicolaísmo e Nicolaítas 20px-Cquote1.svgVitringa supõe que a palavra é derivada do grego νικος, vitória, e λαος, pessoas, e que portanto ela está relacionada ao nome "Balaão", como significando tanto "senhor das pessoas" ou "ele venceu as pessoas"; e que, o mesmo efeito foi produzido pelas suas doutrinas quanto pelas de Balaão, que as pessoas eram levadas a fornicar e a se juntarem à adoração de ídolos. Elas poderiam ser chamadas de Balamitas ou Nicolaítas - ou seja, corruptores das pessoas. Mas a isto, podemos contrapor:

  1. que isso é forçado e só foi adotado para remover uma dificuldade;
  2. de que há inúmeras razões para supor que a palavra aqui utilizada refere-se a uma classe de pessoas que detém este nome e que eram bem conhecidas nas duas igrejas citadas;
  3. que, em «Assim tu tens igualmente aos que seguem o ensino dos nicolaítas» (Apocalipse 2:15)[10], eles são claramente diferenciados daqueles que suportam a doutrina de Balaão
Nicolaísmo e Nicolaítas 20px-Cquote2.svg
Albert Barnes[11]
Nicolas

O Nicolas de Atos 6:5 é um nativo de Antióquia, um proselitista e um judeu convertido ao Cristianismo. Quando a Igreja ainda estava confinada a Jerusalém, ele foi escolhido pelo conjunto dos discípulos para ser um dos primeiros dentre os Sete Diáconos e ele foi ordenado pelos apóstolos, em cerca 33 dC. Os Nicolaítas, pelo menos até o tempo de Ireneu, alegavam que ele era o fundador da seita.

Em Epifânio

Epifânio de Salamis, um impreciso autor, relata alguns detalhes da vida de Nicolas, o diácono, e o descreve gradualmente afundando na mais grotesca impureza. e se tornando o originador dos Nicolaítas e outras seitas gnósticas libertinas:

[Nicolas] tem uma bela esposa e se absteve de relações sexuais imitando àqueles que ele acredita serem devotos de Deus. Ele persistiu nisto por um tempo, mas no fim não conseguiu suportar controlar sua incontinência....Mas por estar envergonhado da sua derrota e suspeitar que tenha sido descoberto, ele se aventurou em dizer "Não terá a vida eterna aquele que não copular todos os dias" [12]
— Epifânio, Panarion (Haer., 25.1),
Em Clemente de Alexandria

Acreditam no relato anterio, pelo menos em parte, Jerônimo e outros escritores do século 4 dC. Porém ele é irreconciliável com a visão tradicionalista dada ao caráter de Nicolas por Clemente de Alexandria, um autor mais antigo e mais criteriosos que Epifânio. Ele diz que Nicolas levou uma vida casta e criou seus filhos na pureza; que numa certa ocasião, tendo sido severamente repreendido pelos apóstolos como um marido ciumento, ele respondeu à acusação oferecendo sua esposa como candidata à esposa de qualquer outro; e que ele tinha o hábito de repetir um ditado que era atribuído ao evangelista Mateus também: "É o nosso dever lugar contra a carne e abusar dela". Suas palavras foram perversamente interpretadas pelos Nicolaítas como dando respaldo às suas práticas imorais. Teodoreto, em seu relato sobre seita, repete o argumento de Clemente, e acusa os Nicolaítas de falsidade ao lidar com o uso do nome do diácono. Louis-Sébastien Le Nain de Tillemont (teólogo francês do século XVII) conclui portanto que, se não o verdadeiro fundador, faltou-lhe sorte pois deu motivo para fundação da seita. Já August Neander (teólogo alemão do século XIX) argumenta que o fundador foi outro Nicolas.

Veja também

  • Borboritas
  • Didache
  • Sete Diáconos
Referências


  1. ↑ Etymology of the name Nicholas: "masc. proper name, from Gk. Nikholaos, lit. "victory-people," from nike "victory" + laos "people."" em inglês
  2. Adversus Haereses, I, xxvi, 3; III, xi, 1.
  3. Philosph., VII, xxvi.
  4. ↑ St. Victorinus of Pettau, Commentary on the Apocalypse 2.1
  5. ↑ Bede, Explanation of the Apocalypse 2.16
  6. H. E., III, xxix.
  7. ↑ SCG III.124
  8. ↑ Healy, P. (1911). Nicolaites. In The Catholic Encyclopedia. New York: Robert Appleton Company. Retrieved February 22, 2009 from New Advent: http://www.newadvent.org/cathen/11067a.htm
  9. ↑ Nicolaitanes
  10. ↑ Segundo a Tradução Brasileira da Bíblia
  11. ↑ Barnes New Testament Notes
  12. ↑ Williams, Frank. The Panarion of Epiphanius of Salamis. Leiden; New York; København; Köln: E.J. Brill, 1987. vol. Book I (Sects 1-46).
Este artigo incorpora material do livro"Easton's Bible Dictionary (1897)" (em inglês), uma publicação agora sob domínio público.
Este artigo incorpora material do livro "Catholic Encyclopedia (1913)" (em inglês), uma publicação agora sob domínio público.
Este artigo incorpora material do livro "Smith's Bible Dictionary", editado por William Smith, uma publicação agora sob domínio público.

Ligações externas


  • Catholic Encyclopedia: "Nicolaites" em inglês


Sete Diáconos

Nicolaísmo e Nicolaítas 260px-Angelico%2C_niccolina_17 Nicolaísmo e Nicolaítas Magnify-clip

Pedro consagrando os Sete Diáconos. Estevão está ajoelhado.
Parte de um afresco na Capela Nicolina, por Fra Angelico.

Os Sete Diáconos foram líderes eleitos pela igreja antiga para pregar para as pessoas de Jerusalém. Sua história está descrita nos Atos dos Apóstolos e eles são objeto de muitas tradições posteriores, como a que afirma que eles eram todos parte dos Setenta Discípulos que aparecem no Evangelho de Lucas. São os sete: Estevão, o primeiro mártir, Filipe, o Evangelista, Prócoro, Nicanor, o Diácono, Timão, o Diácono, Parmenas e Nicolas.

Os Diáconos

Apenas Estevão e Filipe são discutidos com alguma profundidade nos Atos e a tradição nada mais acrescenta sobre Nicanor e Parmenas. Estevão se tornou o primeiro mártir da igreja quando ele foi morto por uma multidão, com a complacência de Saulo, o futuro apóstolo Paulo (Atos 8:1). Filipe evangelizou a Samaria, onde ele converteu Simão Mago e um eunuco da Etiópia, um ato que tradicionalmente marca o início da Igreja Ortodoxa Etíope.
A tradição afirma que Prócoro era sobrinho de Estevão e o companheiro de João Evangelista, que o consagrou bispo de Nicomédia, na Bitínia (atualmente na Turquia). A ele também foi atribuída a autoria do apócrifo Atos de João e acredita-se que ele tenha terminado sua vida como um mártir na Antioquia no século I d.C.[1]. De acordo com os Annales Ecclesiastici de Baronius, atualmente considerado como historicamente incorreto, Nicanor era um judeu cipriota que retornou para sua terra natal e morreu lá como um mártir em 76 d.C. Outros relatos afirmam que ele teria sido martirizado em "Berj", um local não identificado, possivelmente uma confusão com Botrys. Ele é comemorado como um santo no dia 10 de janeiro[2]Acredita-se que Timão tenha sido um judeu helenizado que se tornou um bispo na Grécia ou em Bosra, na Síria. Num relato posterior, sua pregação provocou a fúria de um governador local, que mandou queimá-lo vivo.

Nicolas e o nicolaísmo

Nicolaísmo e Nicolaítas 17px-Crystal_Clear_app_xmag.svgVer artigo principal: Nicolaísmo

Nicolas, descrito nos Atos como um pagão convertido ao judaísmo[3], não é lembrado com carinho pelos primeiros escritores cristãos. De acordo com Ireneu de Lyon em sua Adversus Haereses, os nicolaítas, uma seita herética condenada já no Apocalipse, tomou seu nome deste diácono[4]. Na Philosophumena, Hipólito escreve que Nicolas inspirou a seita através de sua indiferença com a vida e pelos prazeres da carne. Seus seguidores tomaram este ensinamento como uma licença para se entregarem à luxúria[5]. A Enciclopédia Católica relata a história de que depois que os apóstolos admoestaram Nicolas por maltratar sua bela esposa por causa de seu ciúme, ele a deixou e permitiu que outro se casasse com ela, dizendo que a carne deveria ser maltratada[1]. O texto também afirma que a veracidade da história é discutível, embora seja provável que os próprios nicolaítas acreditassem que Nicolas era o fundador da seita[1]. Na Stromata, Clemente de Alexandria afirma que a seita corrompeu as palavras de Nicolas, cujo sentido original era controlar os prazeres do corpo, para justificar sua libertinagem[6].

Referências

  1. a b c Nicolaísmo e Nicolaítas 15px-Wikisource-logo.svg "Seven Deacons" na edição de 1913 da Catholic Encyclopedia (em inglês)., uma publicação agora em domínio público.
  2. São Nicanor de Chipre [color:abf4=#555](em inglês). Saints.sqpn. Página visitada em 16/05/2011.
  3. ↑ Como Fitzmyer, Joseph. The Acts of the Apostles [color:abf4=#555](em inglês). New York: Anchor, 1998. 243 e 350 p. explica o significado da palavra "[[wiktélito|]]".
  4. ↑ Ireneu. Adversus Haereses: Doctrines of Cerinthus, the Ebionites, and Nicolaitanes. [color:abf4=#555](em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 26, vol. I. e Ireneu. Adversus Haereses: Proofs in continuation, extracted from St. John's Gospel. The Gospels are four in number, neither more nor less. Mystic reasons for this. [color:abf4=#555](em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 11, vol. III.
  5. ↑ Hipólito de Roma. Refutação de todas as heresias: The Melchisedecians; The Nicolaitans. [color:abf4=#555](em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 24, vol. VII.
  6. ↑ Clemente de Alexandria. Stromata: The True Gnostic Exercises Patience and Self-Restraint. [color:abf4=#555](em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 20, vol. II.
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