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A “Igreja” já existia antes do Pentecostes?

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A “Igreja” já existia antes do Pentecostes? Empty A “Igreja” já existia antes do Pentecostes?

Mensagem por Eduardo Qui Set 01, 2011 10:04 am

Recebi um artigo com a argumentação de que a Igreja só foi formada a partir do Pentecostes e que ela não existia no tempo de Jesus aqui na terra. Segundo eles, a Igreja é apenas a somatória dos salvos do Pentecostes ao arrebatamento! Para dirimir essa dúvida que ainda teima em persistir, resolvi transformar isso em um novo tópico. Espero que gere interesse e que apareçam vários argumentos sólidos e bem fundamentados.
Antes de pentecostes a igreja já batizava (Jo. 4:1-2), recebeu a ceia (Mt. 26:26-30), foi ensinada a praticar a disciplina (Mt. 18:15-20), recebeu a grande comissão (Mt. 28:16-20) [tudo isto] antes do dia de pentecostes. A nossa união com Cristo não é feita através do batismo no Espírito, assim negligenciaríamos que antes do pentecostes os apóstolos já criam em Cristo e em At. 1:15 temos registro de uma reunião com quase cento e vinte pessoas salvas antes de pentecostes.
Para responder a esta questão, temos de definir em primeiro lugar, o que é a Igreja. Em todo o Velho Testamento não há qualquer referência à Igreja. Só se fala no povo de Israel onde se entra pela genealogia. O Novo Testamento fala muito em Igreja. Mas se formos à “origem das origens”, se formos ao nosso Mestre, vemos que Jesus falou muito no Reino de Deus, mas a palavra igreja só aparece em Mateus 16:18 e Mateus 18:17. Só Mateus fala em igreja. Mas Jesus empregou a palavra ekklésía como está, em grego, nas cópias dos velhos manuscritos. Significava simplesmente ajuntamento de pessoas, que podia ser para fins políticos, militares, filosóficos, religiosos etc.

Com Paulo, nos primeiros anos do cristianismo, a palavra igreja, deixou de ser simples ajuntamento de pessoas para adquirir uma certa carga teológica que aumentou e foi evoluindo ao longo dos anos. No tempo do Cristo, ekklésia não era palavra da teologia. No primitivo cristianismo era o grupo de crentes dessa cidade. Na Idade Média, era uma poderosa organização que mandava nos vários países. Com a Reforma Protestante, era o grupo de cristãos com a mesma teologia. Assim, a ideia que temos de igreja, é o resultado de tudo isso. O que entendemos por igreja nesta pergunta que nos foi colocada?

Se for o significado inicial, dum grupo de pessoas que se reúne por determinado motivo, então será sempre onde dois ou três se reunirem para meditar em Deus. Isso sempre existiu e sempre existirá, pois não necessita de edifício próprio, nem de dirigentes, nem de grande número de pessoas nem de liturgias especiais. Basta que Cristo esteja presente, como prometeu. Podemos também colocar a pergunta contrária: E se houver um Templo imponente, centenas de pessoas, um coral maravilhoso e uma liturgia impecável, mas sem a presença de Cristo? Será igreja? Ou merece o nome de igreja?

A Eclésia (em grego: Εκκλησία, ekklesia) era a principal assembléia popular da democracia ateniense na Grécia Antiga. Era a assembléia popular, aberta a todos os cidadãos homens com mais de dezoito anos. Foi criada por Sólon em 594 a.C.. Todas as classes de cidadãos podiam participar dela. A Eclésia abria suas portas para todos os cidadãos para que se nomeassem e votassem magistrados (indiretamente votando para o Areópago) e estrategos, para que se tivesse a decisão final acerca de legislação, guerra e paz; e para que os magistrados respondessem por seus anos no cargo. No século V a.C.. havia 43 000 pessoas participando da Eclésia. Originalmente, se encontrava uma vez a cada mês, mas mais tarde se encontrava três ou quatro vezes por mês. Os assuntos eram estabelecidos pelo Bulé. Os votos eram contados pelas mãos.

Etimologia

Ecclesia é uma palavra latina, que quer dizer "igreja", atualmente, mas que significou, originalmente, "curral" ou "abrigo de ovelhas". Trata-se de uma palavra muito difundida no Cristianismo, em que os fiéis são chamados de "ovelhas", que são cuidadas pelos "pastores". O conjunto dos cristãos que se reúnem regularmente em uma igreja também é chamado de igreja, assim como o total dos cristãos de uma mesma seita.

Antônio Houaiss, no seu dicionário, diz da palavra "Igreja", no sentido mais espiritual que material: gr. ekklésía, as "assembléia por convocação, assembléia do povo ou dos guerreiros, assembléia dos Anfictiões, assembléia de fiéis, lugar de reunião ou de uma assembléia, igreja", pelo lat. ecclésìa, "assembléia, reunião, ajuntamento dos primeiros cristãos, a comunhão, igreja, templo", desde cedo com "i" - inicial, embora sofra influência eclesiástica semierudita. Na mudança do -cl- intervocálico pelo -gr-; cumpre ter em conta a posição antetônica e inicial da vogal -i-, que, em toda a cognação, nunca foi ou é tônica (cf. idade e cog.); lembre-se que a grafia egreja, no séc. XVIII, decorre de tendência, às vezes equivocada, de imitar o latim em todas as palavras grafadas com "e" pronunciado "i"; ver eclesi(o); filologia histórica: séc. XIII igreja, séc. XIII egreja, séc. XIII ygreja, séc. XVIII egreja.

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A palavra "igreja" significa simplesmente assembléia, congregação ou agrupamento de pessoas. Neste sentido você vai encontrar a palavra também no Antigo Testamento, porque em alguns lugares Israel é chamado de assembléia ou congregação. O Salmo 107:32, por exemplo, usa assembléia e congregação para Israel: "Exaltem-no na congregação do povo e glorifiquem-no na assembléia dos anciãos!"

No Velho Testamento Israel era "a congregação". A palavra era também usada pelos primeiros cristãos. Com freqüência os cristãos se referiam a si próprios como a igreja ou a congregação. De fato, este é o real significado da palavra "igreja", que se aplicava tanto a todos os fiéis no mundo como para qualquer grupo local. Significava a presença total de Deus num dado local.

Traduções

Quando fazemos a tradução de um texto, vamos encontrar palavras que tem mais de um significado, com isso o tradutor pode ser tendencioso na escolha da palavra, ele pode escolher uma palavra que melhor se encaixe à sua teologia, apesar de estar correta. Como exemplo da importância de buscarmos na Bíblia original a raiz da palavra e compararmos com a palavra escolhida pelos tradutores, iremos explanar a origem da palavra Igreja.

Definição de Igreja. Fonte: wikipedia

Igreja (grego εκκλησια ekklesia e latim ecclesia: "Eclésia"). Esta palavra de origem grega foi a escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os Judeus para designar a assembléia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés.

Dicionário Priberan: “do Lat. ecclesia < Gr. ekklesía, assembléia”

Se você instalar uma Bíblia no seu computador e fizer uma busca da palavra Igreja, ela aparece 74 vezes no novo testamento e nenhuma no antigo testamento, este fato nos leva a crer que: Igreja não existia no antigo testamento e que só veio a existir a partir de Jesus, dando a idéia da criação de algo novo que não existia no passado. Vejamos o que a Bíblia, original, nos mostra acerca deste assunto.

Na Septuaginta, Bíblia em grego, a palavra que foi traduzida como Igreja é “ἐκκλησίας”, se tomamos esta palavra em grego e fizermos uma nova busca em toda a Bíblia, porém na Septuaginta, encontraremos esta palavra sendo utilizada também no antigo testamento para se referir a congregação ou assembléia. Uma outra busca pode ser feita na Bíblia “Vulgata” que é a primeira tradução da Bíblia para o latim onde a palavra “ἐκκλησίας” é traduzida para o latim como: “ecclesiam” ou “ecclesia” que significa congregação ou assembléia, se fizermos a busca com esta palavra, “ecclesia” aparece 12 vezes e a palavra “ecclesiam” aparece 11 vezes, isso somente no antigo testamento, sendo traduzida como congregação ou assembléia, enquanto que a mesma palavra “ecclesiam” aparece no novo testamento sendo traduzida como “Igreja”. Podemos notar que a mesma palavra foi traduzida de duas maneiras diferentes, Parece que o tradutor foi tendencioso na escolha da palavra para traduzir “ἐκκλησίας” ou “ecclesiam” dando a entender que Igreja é algo que não existia até a vinda de Jesus e que somente passou a existir após Jesus. O que queremos mostrar é que Igreja significa congregação, assembléia, ajuntamento de pessoas, reunião do povo. Deus já se referia ao povo de Israel como “IGREJA” e que Jesus não veio fundar uma nova religião, sua missão foi dar continuidade ao trabalho do Pai (Mt 5:17). “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.”

Exemplos de alguns textos no antigo testamento onde aparecem a palavra “ἐκκλησίας”(Igreja):

Num 20:4 – “Por que trouxestes a congregação do Senhor a este deserto, para que morramos aqui, nós e os nossos animais?”

Dt 18:16 – “conforme tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra.”

Dt 31:30 – “Então Moisés proferiu todas as palavras deste cântico, ouvindo-o toda a assembléia de Israel:”

1 Cr 29:1 – “Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e tenro, e a obra é grande, porque o palácio não é para homem, mas para o Senhor Deus.”

Um texto curioso a respeito da escolha da palavra que traduz ecclesia, encontra-se em Atos 7:38 onde Estevão estava relatando a história de seus antepassados e neste momento fala a cerca de Moises: “Este é o que esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu palavras de vida para vo-las dar;”

A palavra congregação aqui, também aparece no original como “ἐκκλησίας” ou “ecclesiam”. Veja: o texto se encontra no novo testamento, mas porque se refere a Igreja do velho testamento, não se utilizou a palavra Igreja para traduzi-la, mas sim congregação. O intuito foi o mesmo, criar uma separação para fazer diferença entre a Igreja e os Judeus.

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Definindo a palavra “igreja”

Palavras mudam com o passar do tempo. Este fenômeno, apesar de natural e corriqueiro, não pode ser desprezado se queremos nos aprofundar no estudo de alguma palavra usada no NT. Não basta definir o sentido da palavra hoje — precisamos buscar (se possível) o sentido da palavra nos dias em que foi usada no NT.

Além disto, não podemos esquecer que muitas vezes Deus usa certas palavras de uma forma especial, conferindo-lhes um sentido que elas não têm fora da Palavra de Deus (como veremos no decorrer deste estudo).

Ao iniciarmos este estudo sobre a palavra “igreja”, portanto, convém começar buscando a melhor definição da palavra, tanto no seu uso normal quanto no seu uso bíblico.

a. O que quer dizer “igreja”?


“Igreja” é a tradução de uma palavra grega (ekklesia) que ocorre 115 vezes no Novo Testamento, cujo significado básico é “assembléia”, “congregação”, ou “ajuntamento ou reunião de pessoas”. É derivada da preposição ek, “que indica origem (o ponto de onde uma ação ou movimento procede)”, e kaleo, que quer dizer “chamado, convocado” [veja Nota 1]. Significa, portanto, “chamados para fora”, ou “separados”; indica um grupo de pessoas que está reunida porque foi convocada, porque alguém os chamou para aquela reunião. Palavras sinônimas seriam “assembléia” ou “congregação”.

É semelhante à palavra grega sunagoge (“sinagoga”), que também indica uma assembléia ou ajuntamento de pessoas, porém, como diz Thayer, “ekklesia é uma palavra mais limitada … incluindo apenas aqueles que foram especialmente chamados a sair de uma companhia maior para algum propósito. Ekklesia normalmente indica um grupo mais selecionado do que sunagoge.”

É bom destacar, antes de mais nada, que esta palavra não tinha, nos tempos do NT, a menor conotação religiosa. Hoje nós imediatamente associamos “igreja” com religião, mas isto não é correto. Em At 7:38, por exemplo, Estevão afirma que Moisés esteve “entre a congregação [ekklesia] no deserto” — o povo de Israel, reunido no deserto, é chamado de “igreja”. Em At 19:32, 39 e 41, lemos de um agrupamento de pessoas em Éfeso, inimigos do Evangelho, que procuravam perseguir Paulo e seus companheiros. E o Espírito Santo chama aquele ajuntamento de pessoas de uma “igreja” (ou “assembléia” — no original, usa-se a mesma palavra grega ekklesia).

Na sua forma original, portanto, a palavra “igreja” simplesmente quer dizer “uma reunião de pessoas convocadas”. Não importa a finalidade, não importa a quantidade de pessoas, não importa o local onde reúnem-se; se há um grupo de pessoas reunidas, ali há uma “igreja” no sentido normal da palavra.

b. Palavras com significado especial

Precisamos entender, porém, que há diversas palavras que Deus usa de uma forma especial, dando-lhes um significado também especial. O NT está repleto de exemplos disto, dos quais convêm citar alguns:




  • Pastor. Um pastor, nos tempos do NT, era simplesmente um homem que cuidava de ovelhas. Pelo seu uso no NT, porém, Deus deu a esta palavra outro significado: um servo de Deus que cuida dos seus irmãos como um pastor cuida das ovelhas do seu rebanho (não devemos confundir este uso bíblico da palavra com o cargo de “Pastor” tão comum no Cristianismo hoje, porém estranho aos ensinos do NT).
  • Apóstolo. Na língua grega “apóstolo” quer dizer, simplesmente, “enviado”. Ou seja, qualquer pessoa, enviada para qualquer tarefa, é um “apóstolo” no sentido normal da palavra. Mas na linguagem do NT a palavra “apóstolo” é usada para descrever aquele pequeno grupo de servos que o Senhor Jesus enviou pessoalmente (veja Lc 6:13 — além dos Doze apóstolos, esta palavra é aplicada a Paulo), e é desta forma que entendemos a palavra hoje. Neste sentido, não há mais “apóstolos” na Terra hoje.
  • Diáconos e Ministérios. É muito comum ouvir crentes falando do seu “ministério” — com isto querem referir-se a algum tipo de serviço espiritual feito na (ou para) a igreja. E todos sabemos que uma igreja local precisa dos seus diáconos. Na realidade, porém, estas palavras eram muito comuns quando o NT foi escrito, e queriam dizer, simplesmente, “servo” e “serviço”. Qualquer pessoa que serve, em qualquer ambiente e a qualquer patrão, é um “diácono” (no sentido normal da palavra) e está exercendo um “ministério” (também, no sentido normal da palavra). Quando usamos estas palavras hoje, porém, interpretamo-nas conforme o seu uso no NT, e entendemos que “diáconos” são servos que servem à igreja, e que “ministério” é o serviço destes diáconos.
  • Evangelho. Imediatamente associamos “Evangelho” com as verdades da graça de Deus. Esta é outra palavra, porém, que não tinha conotação religiosa até Deus usá-la de forma especial. “Evangelho” queria dizer, simplesmente, “boas notícias”. Quando o anjo disse aos pastores de Belém: “Não temais, porque eis aqui vos trago boas novas de grande alegria” (Lc 2:10), a palavra traduzida “vos trago boas novas” no grego é literalmente “vos evangelizo”. “Evangelho”, no grego, quer dizer só “boas novas”; mas para todo pecador que nasceu de novo, é uma palavra que sempre o fará lembrar da mensagem gloriosa que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
Outros exemplos poderiam ser citados, mas estes devem bastar para deixar claro que Deus toma palavras comuns e normais e as reveste de significado especial, fazendo com que aquilo que era comum e corriqueiro se torne precioso e especial. E “igreja” é uma destas palavras às quais Deus dá um significado todo especial na Sua Palavra (alías, dois significados especiais, como veremos adiante).

c. O que quer dizer “igreja” na Bíblia?

Tiago, por ocasião de uma reunião em Jerusalém, forneceu uma excelente definição para “igreja” (no sentido bíblico da palavra) ao dizer: “Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o Seu nome” (At 15:14). É isto que “igreja” quer dizer no NT: um povo que Deus está tirando do mundo, para que sejam o Seu povo e tenham o Seu nome. Ekklesia ocorre 115 vezes no NT, mas apenas em quatro destas ocorrências a palavra é usada no seu sentido normal (At 7:38; 19:32, 39 e 41). Em todas as outras 111 vezes a palavra tem este significado especial — não só um povo convocado, mas um povo convocado por Deus, um povo “chamado para fora” do mundo por Ele, separado para o uso exclusivo de Deus; um povo diferente.

O fator importante aqui é que é Deus quem convoca este povo. O significado normal de ekklesia é “um povo convocado”, mas seu sentido bíblico exige que este povo tenha sido convocado por Deus. É este o significado especial que Deus dá à palavra, e é assim que ela é normalmente usada no NT. É por isso que creio que é errado usar a palavra “igreja” para descrever alguma organização humana ou confederação de assembléias mundial (“a Igreja Católica”, ou “a Igreja Presbiteriana”, etc.). Que o povo de Deus está dividido em diversos grupos hoje é inegável; mas é igualmente claro que esta divisão não foi feita por Deus. Nunca foi da Sua vontade que o Seu povo estivesse dividido, e não foi Ele quem os dividiu. As divisões que existem hoje não representam grupos que Deus chamou para fora um do outro. Quando a Palavra de Deus fala de “igreja” ela não está pensando em nenhuma das muitas denominações ou organizações que existem no mundo hoje. Todas elas foram criadas por homens — não são “igrejas” no sentido bíblico da palavra.

Além disto, é bom enfatizarmos que “igreja” (mesmo no seu sentido normal) sempre indica um grupo de pessoas. É errado, biblicamente falando, chamar um prédio de “igreja”. A palavra “igreja” descreve um ajuntamento de pessoas, não o lugar onde elas se reúnem. É verdade que na língua portuguesa moderna “igreja” é sinônimo de “prédio religioso”. Mas já que existem outras palavras para descrever um prédio usado por uma igreja (“salão”, por exemplo), e já que a palavra “igreja” no NT nunca descreve um prédio, mas sempre um ajuntamento de pessoas, convém sermos mais cuidadosos ao nos referirmos a prédios e salões.

Pensando nos dois usos errados da palavra “igreja” que consideramos acima (e admitindo que são comuns e normais hoje em dia), devemos tomar cuidado para não sermos condenados junto com aqueles “que fazem culpado ao homem por uma palavra” (Is 29:21). Não precisamos (e não devemos) sair numa cruzada em combate ao uso errado da palavra “igreja”, pois estes usos errados já se tornaram comuns hoje em dia. Censurar alguém por chamar uma organização humana ou um prédio de “igreja” não trará muito proveito. Mas podemos (e devemos) ensinar o que é certo, e ter mais cuidado ao falarmos, usando a palavra “igreja” somente no seu sentido bíblico: nunca para descrever um prédio, nunca para descrever uma organização ou associação humana, mas sim para descrever o povo que Deus chamou para fora do mundo, o povo de propriedade exclusiva de Deus.

d. Dois usos da palavra “igreja”

“Igreja”, portanto, descreve um grupo de pessoas, não um prédio nem uma organização; este fato é simples e claro. Conforme examinamos o Novo Testamento, porém, começamos a perceber que a palavra é usada de duas formas diferentes:


  • Muitas vezes “igreja” descreve um grupo de cristãos numa determinada localidade (por exemplo, “a igreja em Corinto”, I Co 1:2; “a igreja dos tessalonicenses”, I Ts 1:1, etc). Nestas passagens, e em muitas outras semelhantes, é claro que a palavra descreve um grupo de pessoas que é limitado pela localidade onde vivem; não inclui todos os salvos.
  • Outras vezes, porém, a palavra “igreja” é usada num sentido bem mais amplo. Por exemplo, quando lemos que “Cristo amou a Igreja” (Ef 5:25) não há nenhuma limitação de lugar. Da mesma forma, quando o Senhor disse: “Eu edificarei a Minha Igreja” (Mt 16:18) o contexto deixa claro que Ele referia-se a algo que ultrapassaria as muralhas de Jerusalém.
Podemos chamar estas duas congregações de “a Igreja” e “as igrejas” [veja Nota 2]. A Igreja é aquela assembléia maior que, como veremos adiante, é formada por todos os salvos, em todos os cantos da Terra, durante esta dispensação. As igrejas são assembléias locais, grupos de cristãos que reúnem-se numa determinada localidade.

A diferença entre estes dois usos da palavra “igreja” é bem ilustrada nas duas únicas ocorrências desta palavra nos Evangelhos, ambas em Mateus (16:18 e 18:17).


  • Mateus 16:18. Nesta passagem o Senhor Jesus fala da Sua Igreja, que Ele edificaria. É claro que esta Igreja à qual Ele se refere não era a igreja em Jerusalém, ou a igreja em Corinto, ou a igreja em Pirassununga. O Senhor refere-se a algo bem mais abrangente, a uma Igreja que não poderia ser derrotada nem mesmo pelas forças espirituais do mal (“… as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”). Ele não menciona nenhuma localidade; esta Igreja ultrapassa as fronteiras de qualquer país do mundo.
  • Mateus 18:17. Aqui, porém, vemos que o assunto é outro. Se houver um problema entre dois irmãos, diz o Senhor, este problema será, em última instância, levado ao conhecimento da igreja. Agora é claro que, num contexto destes, a palavra “igreja” não pode descrever a mesma entidade universal do cap. 16. Aliás, no v. 20, o Senhor descreve esta igreja: são “dois ou três reunidos em Meu nome”. Esta igreja, portanto, é limitada a um lugar específico.

Das 115 vezes em que ekklesia é usada no NT, 4 vezes a palavra tem um outro significado (veja o ítem C. O que quer dizer “igreja” na Bíblia? acima), 18 vezes refere-se à Igreja desta dispensação, e 93 vezes refere-se a igrejas locais (veja a tabela Ocorrências da palavra “igreja” no NT e seus significados no Apêndice A). Em outras palavras, a vasta maioria das ocorrências da palavra ekklesia refere-se a igrejas locais, e não à Igreja.

Evitaremos muita confusão no estudo da Palavra de Deus se entendermos que a palavra “igreja”, no NT, descreve duas “assembléias” diferentes, e o contexto é que nos ajudará a entender se trata-se da Igreja no sentido dispensacional, ou se trata-se de uma igreja local.

Notas de Rodapé

[nota 1] Salvo alguma indicação em contrário, todas as definições de palavras no grego neste estudo serão baseadas em Thayer's Greek English Lexicon (versão on-line que acompanha The Online Bible, sincronizada com Strong's Concordance) [nota 2] Neste estudo, por convenção, sempre que for me referir à Igreja no sentido mais amplo da palavra escreverei “Igreja” (com inicial maiúscula), e “igreja” para referir-me a uma congregação local.

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A Igreja já existia antes desde de o Primeiro Pentescostes ...!!!

Onde Foi O Diácono Estevão explica...!!!

Atos 7.36-38 SBB

Foi este que os conduziu para fora, fazendo prodígios e milagres na terra do Egito, no Mar Vermelho e no deserto, por quarenta anos.

Este é Moisés que disse aos filhos de Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim.

Este é aquele que esteve na igreja no deserto com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com os nossos pais; o qual recebeu oráculos de vida para vo-los dar,

Igreja no Deserto ??? Claro no dia da Aliança dada em tábuas de pedras ou seja a TORÁ = LEI depois a a mesma TORÁ = LEI só que agora impressa na mente e escrita nos coraçao dos homens assim como foi dito por....

Jeremias 31.31-34 e confirmado pelo Autor de Hebreus no capítulo 8.

'Dias hão de vir - oráculo do Senhor - em que firmarei nova aliança com as casas de Israel e de Judá. Será diferente da que concluí com seus pais no dia em que pela mão os tomei para tirá-los do Egito, aliança que violaram embora eu fosse o esposo deles. Eis a aliança que, então, farei com a casa de Israel - oráculo do Senhor: Incutir-lhe-ei a minha lei; gravá-la-ei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo. Então, ninguém terá encargo de instruir seu próximo ou irmão, dizendo: Aprende a conhecer o Senhor, porque todos me conhecerão, grandes e pequenos - oráculo do Senhor -, pois a todos perdoarei as faltas, sem guardar nenhuma lembrança de seus pecados." Jeremias 31.31-34

"Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel Depois daqueles dias, diz o Senhor, Imprimindo as minhas leis na mente deles, Eu as escreverei também sobre os seus corações; Serei para eles Deus, E eles serão para mim povo. Ninguém mais terá que ensinar a seu concidadão, ninguém a seu irmão, dizendo: "Conhece o Senhor", porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior." Hebreus 8.10


SHALOM ...!!!


Última edição por Eduardo em Ter Set 20, 2011 7:06 am, editado 2 vez(es)
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A “Igreja” já existia antes do Pentecostes? Empty Re: A “Igreja” já existia antes do Pentecostes?

Mensagem por Eduardo Qui Set 01, 2011 10:55 am

O jardim do Éden, onde Adão e Eva habitavam antes do seu pecado, era o paraíso de Deus aqui na Terra. Um local perfeito, onde o homem podia viver em comunhão, também perfeita, com seu Deus (infelizmente, este estado tão maravilhoso parece ter durado pouco, pois o homem, como conseqüência do seu pecado, foi destituído desta posição privilegiada, e expulso do jardim).

Uma igreja local é, da mesma forma, o local onde Deus hoje procura ter comunhão com Seus filhos, coletivamente. O NT descreve uma igreja local como sendo um santuário onde a santidade de Deus pode ser apreciada (I Co 3:16–17), a casa onde o Altíssimo pode habitar com Seu povo (I Tm 3:14–15), a congregação onde o Senhor pode governar (Mt 18:20). Podemos dizer que uma igreja local é um paraíso aqui na Terra, um oásis no meio deste deserto em que vivemos.

Nada mais coerente, portanto, do que procurar semelhanças entre estes dois “paraísos”, entre o local onde Deus teve, pela primeira vez, comunhão com o homem, e o local onde, hoje, Ele procura tal comunhão.

Vamos nos concentrar na descrição do jardim do Éden em Gn 2:8-10. Antes de pensar nos detalhes, repare o quadro geral apresentado nestes três versículos:

a) o projeto do Pai. O v. 8 nos ensina que Deus é o autor do jardim, e nos fala da alegria e acessibilidade do Éden;

b) a preeminência do Filho. O v. 9 dá mais atenção às árvores do que ao jardim, falando da aparência, do alimento e da atração do Éden (a árvore da vida é uma figura muito clara do Senhor Jesus Cristo);

c) o poder do Espírito. O v. 10 fala do rio (uma figura do Espírito Santo, e nos ensina sobre a altura, a água, e o alcance do jardim do Éden.

Aqui vemos, nas primeiras páginas da Bíblia, aquela cooperação e comunhão entre a Trindade que será destacada de modo consistente nas Escrituras. Em toda a Palavra de Deus encontraremos as Pessoas Divinas agindo de forma coerente, sempre em comunhão e cooperação perfeita. Os planos do Pai e o poder do Espírito tem sempre o mesmo objetivo: promover a preeminência do Filho. O Pai planeja tornar o Filho preeminente, e é o poder do Espírito que efetua isto. Assim é em toda a Bíblia, e temos o mesmo aqui no jardim do Éden.

a. O projeto do Pai (2:8)

a.1. Autoria

O jardim do Éden não foi plantado por mãos humanas; a Bíblia afirma claramente que “plantou o Senhor Deus um jardim”. Deus fez tudo conforme Ele queria, de acordo com a Sua vontade e o Seu propósito.

E o mesmo acontece em relação a uma verdadeira igreja de Deus hoje em dia; ela será plantada por Deus. Isto quer dizer que não é um decreto humano que determina o nascimento de uma igreja, nem é necessário ter a autorização de uma instituição ou autoridade humana para que ela passe a existir. As palavras do Senhor Jesus Cristo, registradas em Mt 18:20, deixam claro que onde um grupo de cristãos, mesmo que pequeno (“… onde estiverem dois ou três …”), for congregado pelo Espírito Santo e passar a reunir-se regularmente (“… reunidos …”; este verbo, no grego, é um particípio perfeito na voz passiva, indicando um ato que continua no presente, e feito por uma força externa), atraídos unicamente ao nome do Senhor Jesus Cristo (“… em Meu nome”; não somente com a autoridade de, mas atraídos ao, Senhor Jesus), ali existe um “santuário de Deus”, uma igreja local (“ali estou no meio deles”). A operação do Espírito Santo atrai um grupo de cristãos ao nome singular do Senhor Jesus Cristo, e devido à ação desta Pessoa divina, sem qualquer influência ou autoridade humana, Deus planta uma igreja local!

Isto é confirmado pelo Seu aviso à igreja em Éfeso (Ap 2:1–7). Deus mesmo diz que, se necessário, iria remover aquele candeeiro; só Ele poderia fazer isto, pois Ele é quem havia plantado aquela igreja, no começo.

É claro que Ele pode usar vasos humanos para executar esta obra (I Co 3:6–9), mas estes serão apenas “cooperadores de Deus” (I Co 3:9); o poder e a autoridade sempre serão dEle. Que possamos sempre lembrar deste fato tão solene! A igreja não é uma instituição humana, plantada por homens, que pode ser manipulada ou “cortada” por homens. Deus é quem planta; só Ele é quem tem autoridade para plantar, para preservar e até, em casos extremos, para cortar.

a.2. Alegria

O lugar escolhido por Deus para plantar este jardim foi chamado Éden, uma palavra hebraica que significa “agradável”, ou “prazer”. Deus criou um jardim perfeito, onde Ele, juntamente com o homem que criara, poderia passar momentos agradáveis. O profeta Isaías indica que naquele jardim havia “regozijo e alegria, … ações de graça e som de música” (Is 51:3).

Da mesma forma, o Senhor deseja que o Seu povo possa experimentar, hoje, o prazer maravilhoso da Sua presença. E esta comunhão, tão agradável, deve ser encontrada no seio da igreja local. É verdade que cada um deve ter comunhão, individualmente, com seu Salvador, mas é um fato bíblico que, nesta dispensação da graça, Deus fortalece e anima seus filhos através da comunhão da igreja local. Ele quer que, na igreja, haja um só sentimento, um só amor (Fl 2:2), onde os membros mais fracos possam ser ajudados pelos mais espirituais (Gl 6:1), todos “lutando juntos pela fé evangélica” (Fl 1:27). Ele quer que a comunhão sincera e verdadeira do Seu povo, uns com os outros e com Ele, possa animar e consolar a cada um, trazendo verdadeiro prazer espiritual! Aqui na Terra, poucas coisas se comparam à esta comunhão divina; é realmente sublime a alegria que um verdadeiro servo de Deus sente em lembrar do Seu Senhor junto com um grupo dos seus irmãos, por menor ou mais humilde que este grupo seja. Como disse o Espírito, através de Davi: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133:1).

Isto nos faz lembrar, porém, de algo muito importante. Irmãos, será que sentimos prazer nas reuniões da nossa igreja? Ela é um lugar agradável a nós? Se a resposta for “não”, será que estamos nos esforçando, positivamente, para que esta situação mude? Não de uma maneira hipócrita, querendo que todos concordem conosco, mas “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fl 2:3).

Pior ainda, será que a comunhão da nossa igreja local é tão verdadeira e espiritual, que os novos convertidos, ou irmãos mais fracos, sentem prazer nesta comunhão? Será que estamos obedecendo à exortação do Espírito: “… restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado” (Hb 12:12-13)? Estamos animando, ou ajudando a desanimar?

E a pergunta mais solene: será que o “Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível” (Ne 1:5), considera a minha igreja local como um lugar de alegria? Será que a igreja onde você se reúne é um lugar onde Ele pode gozar de comunhão verdadeira com Seu povo, como Ele fazia, no começo, lá no Éden?

Que Deus nos ajude a apreciarmos a alegria que deve ser característica de cada igreja de Deus, e trabalharmos para consolidar esta alegria, nunca para diminuí-la.

a.3. Acessibilidade

O jardim de Deus foi plantado no Éden, mas o Espírito nos dá ainda mais detalhes; foi “da banda do Oriente” (literalmente, “olhando para o Oriente”). Porque mencionar este fato, aparentemente irrelevante? A Palavra preciosa e perfeita de Deus não omite qualquer coisa necessária, e nem tão pouco menciona qualquer coisa desnecessária. O que podemos aprender, então, desta expressão: “da banda do Oriente”?

A palavra hebraica aqui traduzida “Oriente”, junto com suas cognatas, aparece muitas vezes no Velho Testamento (um total de 171 vezes). Sem tomarmos o espaço necessário para entrar em detalhes, podemos afirmar que, analisando com cuidado todas estas ocorrências, percebemos que o oriente, na Bíblia, representa o lugar do homem que se afastou de Deus. Quando a Bíblia fala de alguém indo para o oriente está enfatizando que ele se afasta de Deus, e aquele que vem do oriente geralmente é alguém que esteve bem longe de Deus. Obviamente, isto é apenas figurativo; ir para o oriente hoje não é sinônimo de afastamento de Deus, e nem os habitantes do ocidente são, de qualquer forma, superiores aos do oriente. Mas o Espírito nos ensina, também, através de figuras, e a figura apresentada pelo oriente, na Bíblia, é a de um lugar longe de Deus.

A expressão “vento oriental” ocorre 19 vezes no VT, sendo que, em 16 destas, ela é sinônimo absolutamente claro de destruição ou pecado (veja, por exemplo, Gn 41:6; Is 27:8; Jr 18:17; Ez 27:26). Veja, também, as pessoas que foram para o oriente: Adão e Eva, depois da queda (Gn 3:24); Caim (Gn 4:16); Ló (Gn 13:11); os outros filhos de Abraão (Gn 25:6), etc. Em Ez 8:16, lemos de “cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; adoravam o sol virados para o oriente”.

Em vista disto, parece ser justificável afirmar que o oriente, na Bíblia, indica o lugar do homem longe de Deus.

Como podemos entender, então, o motivo que levou o Espírito a destacar que o jardim do Éden ficava na banda do oriente do Éden? É o mesmo que temos no Tabernáculo e no Templo construído por Salomão, cujas portas olhavam para o oriente. É uma figura da graça de Deus, que tornou a salvação acessível ao ser humano. Quando o pecador, perdido em seu pecado, quisesse, pela operação do Espírito, buscar a Deus, ele iria virar as costas ao oriente, e a primeira coisa que ele poderia ver seria a porta da casa de Deus! Não seria necessário rodear a casa, procurando a entrada; Deus a colocou bem na sua frente. Louvamos a Deus porque Ele não tornou a salvação desnecessariamente complicada. O pecador que deseja ter o perdão dos pecados não tem que sair procurando um caminho escondido; a Porta, aberta pela graça de Deus, está ao alcance do mais fraco ser humano!

A igreja local deve ser um lugar acessível. Não um lugar onde qualquer um entra, sem questionamento, mas onde qualquer um que queira se submeter à Palavra de Deus encontrará livre acesso. Não estou tratando de recepção à Ceia do Senhor; o Novo Testamento fala de recepção à comunhão da igreja, e isto inclui muito mais que simplesmente o Partir do Pão. Só poderá ser aceito à comunhão da igreja local (e, portanto, participar da Ceia) aquele que, confessando o Senhor Jesus como Salvador publicamente pelo batismo, estiver disposto a obedecer plenamente os princípios neo-testamentários que governam a igreja local, e manter-se separado do mundo e do pecado. Jamais devemos abrir mão desta exigência. Mas não devemos acrescentar qualquer outro obstáculo; não podemos exigir um certo tipo de roupa (além da vestimenta decente, é claro), ou determinado nível social, ou grau de instrução, etc. Qualquer discriminação humana é totalmente condenada (veja Tg 2:1-13).

Aquilo que Deus exige, para a entrada na Sua casa (que hoje é a igreja local, I Tm 3:15) não pode ser esquecido; qualquer ser humano só pode entrar pela Porta. Mas não podemos dificultar desnecessariamente este processo; a porta da igreja local tem que estar olhando para o oriente, para os pecadores e para os indoutos. Adotar táticas humanas, diluir a mensagem, e animar mais as reuniões, são sugestões da carne; mas mostrar um amor verdadeiro e sincero aos pecadores, apresentar o Evangelho de maneira tão clara que até uma criança possa entender, fazer com que os visitantes se sintam realmente bem-vindos em nosso meio, sair ao encontro deles de casa em casa se eles não querem vir ao salão onde nos reunimos, isto é tornar a igreja acessível. O padrão elevado que Deus exige tem que ser mantido; o que nós não temos o direito de fazer é acrescentar, às exigências de Deus, as nossas próprias.

b. A preeminência do Filho (2:9)

b.1. Aparência agradável

O jardim do Éden deve ter sido, sem sombra de dúvida, um lugar extremamente belo. Não simplesmente um lugar onde o espírito encontrava alegria (como vimos acima), mas também um lugar onde os olhos se enchiam com as belezas físicas ali expostas. Deus, o sábio Criador, plantou árvores, e eram árvores agradáveis à vista. Aquele jardim manifestava o poder e a perfeição do Seu Criador.

Da mesma forma, uma igreja local deve manifestar, perante os homens e os anjos, a beleza da santidade de Deus. Além de ser um lugar onde o verdadeiro cristão encontrará prazer espiritual junto com seu Senhor, deve ser também um lugar onde os indoutos ou incrédulos poderão ver a ordem e perfeição que são características do nosso Deus.

I Coríntios cap. 14 deixa isto bem claro. Ao mostrar a necessidade de haver ordem nas reuniões da igreja, o Espírito nos revela, primeiro, o lado negativo (v. 23). Se a reunião for desordenada, os incrédulos ou indoutos irão dizer que somos loucos. Mas os vs. 24 e 25 apresentam o lado positivo: quando tudo é feito “com decência e ordem” (v. 40), o resultado é que o nome de Deus será glorificado (v. 25).

Em relação à “decência”, estamos precisando, hoje em dia, reaprender o significado da palavra “reverência”. Lamentavelmente, muitas igrejas de Deus estão se portando com tanta leviandade, bagunça e falta de reverência, que o nome de Deus acaba sendo blasfemado (compare Rm 2:24). Que o Senhor nos dê a coragem para desprezar as táticas sensacionais e barulhentas, que só agradam à nossa alma; que Ele nos dê a intrepidez necessária para valorizarmos as reuniões simples, reverentes e espirituais que agradam ao nosso espírito e, principalmente, a Deus.

Quanto à “ordem”, é importante lembrarmos que a igreja não é um lugar sem autoridade, onde cada um faz o que bem entende; não é uma ditadura, onde um homem domina sobre os outros; nem é uma democracia, onde a vontade da maioria é feita; a igreja é uma Teocracia, onde Deus reina. Homens fieis e santos, levantados por Ele, presidem sobre o povo de Deus, submetendo-se, porém, ao Senhor dos senhores (Hb 13:17, etc.).

A igreja de Deus é o lugar onde a beleza da Sua santidade deve ser vista. Que possamos fazer tudo com decência e ordem (I Co 14:40), resplandecendo como luzeiros no mundo (Fl 2:15), para que o mundo seja atraído pelas belezas do nosso Deus, reveladas no Senhor Jesus Cristo.

b.2. Alimento

O jardim do Éden não satisfazia apenas aos olhos; também fornecia alimento abundante e variado, com toda sorte de árvore boa para alimento.

Uma igreja que não esteja fornecendo alimento para o rebanho está em grande falta, e dificilmente poderá crescer. Para haver crescimento é necessário alimento, e este deve ser encontrado, principalmente, na igreja, pois o Novo Testamento mostra claramente que é em comunhão com a igreja que o cristão cresce (veja Ef 4:11–13, por exemplo).

Deus fez provisão para esta necessidade, pois “Ele mesmo concedeu uns para … pastores e mestres”. Ele próprio deu, para cada igreja, irmãos capacitados para alimentar o povo de Deus através do ensino da Palavra. E não são somente os pastores e ensinadores que tem esta responsabilidade; os anciãos também devem ser aptos para ensinar (I Tm 3:2). Nem sempre esta aptidão será para o ensino público. Muito pode ser feito em conversas ou visitas particulares, em circunstâncias onde o ensino público não pode, ou não consegue, surtir o efeito desejado. Mas, seja por meio do ensino público ou individual, a verdade é que, em cada igreja local, o alvo deve ser que cada um dos membros esteja encontrando alimento para as suas necessidade.

Neste sentido, como está a igreja onde você se reúne? Há alimento suficiente? Há variedade de alimento (“toda sorte de árvore”)? Se não, você está preocupado com isto? “Mas eu não tenho o dom de ensinar”, você diz; ou então: “Mas eu sou uma irmã; a Bíblia me proíbe de ensinar publicamente na igreja”. Mas, se não temos o dom de ensinar, estamos exortando em particular, com palavras e com nosso exemplo? Se não podemos ensinar publicamente, estamos ensinando em particular? Nós louvamos a Deus pelos servos eruditos que Ele capacitou para nos ensinar; mas não podemos esquecer que não é necessário saber definir hermenêutica ou homilética para poder alimentar o povo de Deus. O Servo perfeito, que soube “dizer uma palavra em tempo oportuno ao cansado”, era Aquele que despertava “todas as manhãs” para ouvir a voz de Deus (Is 50:4). Precisamos dos eruditos; principalmente, porém, necessitamos de homens e mulheres que, não se preocupando com o reconhecimento por parte dos homens, procuram estar em comunhão com Deus, ouvindo a Sua voz, para poderem nos falar palavras oportunas.

b.3. Atração

Quando Eva tentou descrever o jardim do Éden, ela disse que a árvore que estava no meio do jardim era a árvore do conhecimento do bem e do mal (3:2–3). Parece que tanto esta, quanto a árvore da vida, estavam na região central do jardim, e não precisamos discutir qual delas ocupava o centro geográfico. O importante é que, para Eva, a árvore central, a mais importante, era a árvore proibida; para Deus, porém, a árvore que estava no centro do jardim era a árvore da vida (2:9), uma figura muito clara daquele que nos dá a vida eterna, o Senhor Jesus.

O centro de toda verdadeira igreja de Deus será ocupado unicamente pelo Senhor Jesus Cristo. É ao nome dEle que reunimos (Mt 18:20), atraídos por Ele e submissos a Ele. Ele é o Cabeça da Igreja que é o Seu corpo, e será também de toda igreja local que Lhe pertença (Cl 2:19; Ef 4:15, etc.). Não temos o direito de colocar qualquer outra coisa, ou pessoa, no centro da igreja. Se não somos atraídos unicamente ao nome de Cristo, se não permanecemos unidos simplesmente por amá-Lo, se não nos submetemos incondicionalmente à Sua palavra, então renunciamos ao direito de ter a Sua presença conosco. Poderemos ser uma “igreja”, mas não seremos uma igreja de Deus.

Que possamos recusar toda teoria, invenção, preceito ou tradição que vem dos homens, submetendo–nos somente à autoridade de Cristo. Que saibamos respeitar aqueles homens dedicados que Ele próprio levantou para guiar o rebanho, mas jamais permitir que um deles (ou qualquer outro mortal) usurpe o lugar central na igreja local; este lugar pertence somente a Cristo! Que possamos nos esforçar para ver Cristo entronizado, respeitado, obedecido e exaltado em nosso meio!

c. O poder do Espírito (2:10)

c.1. Altura

Percebemos que este jardim era mais alto do que as terras ao seu redor, pelo fato de que o rio saia do jardim e fluía para as terras ao redor. É um fato comprovado que a água, em seu estado líquido, quando não impelida por uma força externa, corre sempre do lugar mais alto para o mais baixo. Como este rio nascia no Éden, e dali saia para outras terras, fica bem claro que o jardim estava num local elevado.

Esta deve ser, também, uma característica das igrejas de Deus hoje. Elas estão no mundo, mas não são do mundo. O mundo é inimigo de Deus (Tg 4:4) — uma igreja local é casa de Deus (I Tm 3:15), é um “santuário de Deus … sagrado” (I Co 3:17). Espiritualmente, deve haver uma distância enorme entre uma igreja de Deus e o mundo. A organização da igreja não irá copiar a política humana, com sua democracia desordeira; as atividades da igreja não poderão ser confundidas com atividades de instituições mundanas; a adoração duma igreja verdadeira será sempre muito superior à religiosidade fria e formal do mundo religioso.

A igreja não deve procurar atrair os pecadores com aquilo que o mundo oferece. O mundo tem diversão, filmes, festas; a igreja deve apresentar algo muito diferente, e muito superior. Há algo de errado com nosso proceder se os incrédulos se sentem bem em nossas reuniões. Numa reunião onde o Espírito tem liberdade de agir, o resultado será exatamente o contrário: o incrédulo ou indouto é “por todos convencido, e por todos julgado” (I Co 14:24). Ele irá se sentir incomodado, percebendo que não somos iguais a ele (espiritualmente); ele irá perceber que é um pecador, e que necessita da salvação. Devemos ser cordiais e amáveis, fazendo com que ele se sinta muito bem-vindo; mas não podemos esquecer que nossa intenção, ao trazê-lo, não é simplesmente que ele volte outra vez; é que ele perceba o seu pecado, e aceite a Cristo.

Em suma: as igrejas de Deus devem ser lugares espiritualmente elevados. Que nos chamem de radicais, fanáticos, etc.; nós não podemos, em qualquer circunstância, abaixar os padrões elevados de santidade e pureza que Deus exige de nós, Seu povo. O desejo de Deus para o Seu povo é que sejam um alvo, um exemplo para o mundo perverso (Fl 2:15). Que responsabilidade! Estamos buscando algo mais elevado do que aquilo que o mundo apresenta? Ou estamos manchando nosso testemunho com a lama da irreverência e leviandade, sob o pretexto de atrair as multidões? “O santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (I Co 3:17). É melhor uma igreja pequena, mas “elevada”, do que uma igreja numerosa vivendo no vale, junto com o mundo.

c.2. Água

O jardim do Éden não era árido ou estéril, como já temos visto; era um lugar onde cresciam toda sorte de árvores; um jardim cheio de vida, exuberante e atraente. Mas, de onde vinha a vida deste jardim? Em parte, da neblina que regava toda a terra (2:6), mas principalmente do rio que saia do Éden.

Um rio, na Bíblia, é uma figura muito apropriada do Espírito Santo, conforme a Palavra de Deus nos explica em Jo 7:38-39. Este rio, portanto, é uma figura da atuação do Espírito Santo no meio do povo de Deus, dando-lhe a vida e poder necessários para servir ao Senhor. É o Espírito quem nos torna capazes de servir a Deus, pela Sua presença conosco (Jo 14:16) e pelos dons que Ele nos dá (I Co 12:8). Ele também habita na igreja local, e é Ele quem irá operar no meio da igreja, levando-nos a obedecer ao Cabeça. A autoridade é de Cristo; o poder é do Espírito.

É fundamental que nossas igrejas tenham um rio para regá–las. A vida, o poder de nossas igrejas não pode vir de outra fonte, a não ser o Espírito Santo. Se, na igreja onde você se reúne, o trabalho é feito no poder do homem, conforme a programação dos homens, onde está o Espírito de Deus? É nosso dever tirar da igreja todas aquelas coisas que só agradam a carne, coisas que o Espírito de Deus jamais nos autorizou a introduzir. Podem ser inofensivas; podem até ser bonitas, mas vão limitar a liberdade que o Espírito tanto deseja ter. As religiões humanas, para atrair e manter seus membros, precisam da ajuda de muitas coisas humanas; uma igreja de Deus, porém, para atrair cristãos ao nome de Cristo, só precisa do poder do Espírito que, como um rio, irá espalhar a Sua influência por todo o jardim.

c.3. Alcance (Gn 2:10)

Aquele rio não permanecia só no jardim do Éden; ele se dividia e atingia outras terras também (Havilá, Cuxe, Assíria), permitindo que elas fossem beneficiadas pela vida que havia nele. Um rio, pela sua própria natureza, não consegue ficar parado, mas avança sempre. Você se lembra daquela profecia impressionante, registrada em Ezequiel 47? Um rio que, quanto mais se afastava do santuário, e quanto mais se aproximava do mar Morto, mais profundo ficava; e o homem que guiava Ezequiel lhe disse: “tudo viverá por onde quer que passe este rio” (v. 9).

O mesmo deve acontecer com uma igreja local. O poder do Espírito Santo, operando nela como um rio, não poderá ser escondido do mundo, nem trancado dentro de quatro paredes. Quando a igreja manifesta, pela direção do Espírito, o Senhorio de Cristo, ela irá resplandecer como um luzeiro no mundo (Fl 2:15), e outros serão atraídos pelo seu testemunho. A ordem do Senhor aos Seus discípulos foi para que avançassem até aos confins da Terra (At 1:8), e o Espírito de Deus deseja estimular-nos a cumprir esta ordem. Veja o exemplo da igreja em Tessalônica: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e Acáia, mas por toda a parte se divulgou a vossa fé para com Deus” (I Ts 1:8). Todo cristão sincero deverá estimular esta visão em seus irmãos, desejando expandir, alcançar outras terras que estão secas.

Esta não é uma necessidade distante; muitas vezes, a terra mais seca não está do outro lado do planeta, mas no nosso quintal. Na sua cidade, quantos bairros estão desertos espiritualmente? Perto dali, quantas cidades sem nenhum testemunho conforme as Escrituras? Como seria bom se o Senhor reavivasse em nossos corações o desejo de multiplicar pela divisão. Não divisão contenciosa — isto é sempre obra da carne — mas divisão unida e pacífica. Parece uma contradição; multiplicar pela divisão, dividir com união; mas é a melhor maneira de expandir. Uma igreja, por exemplo, com 60 membros, pode muito bem se tornar em duas igrejas, cada uma com aproximadamente 30 membros, reunindo em dois bairros diferentes da cidade. Permaneceriam plenamente unidas, cooperando uma com a outra, mas seriam agora duas igrejas locais distintas. Um novo bairro daquela cidade teria a bênção de possuir um testemunho ao nome de Deus (os incrédulos daquele bairro não iriam apreciar isto, mas haveria uma luz brilhando ali). Outras pessoas teriam a oportunidade, não apenas de ouvir o Evangelho pelas pregações, mas de ver o Evangelho pela vida da igreja. E, com o tempo, estas duas igrejas teriam crescido o suficiente para se dividirem novamente, produzindo, pela divisão pacífica e dirigida pelo Espírito Santo, uma verdadeira multiplicação.

Se estamos gozando das bênção do Espírito Santo na nossa igreja, vamos olhar para os lados. Há muitas terras aí fora, mesmo em nossas próprias cidades e regiões, aonde Deus quer acender um candeeiro, espalhando as bênçãos que só o Espírito Santo distribui, trazendo vida a mares mortos, trazendo luz a noites escuras. Que o rio que sai do nosso jardim, da nossa igreja, possa se dividir em quatro, oito, vinte braços, para que, por todos os cantos deste imenso país, possa resplandecer e brilhar a glória de Deus, através do testemunho do Seu povo.

d. Conclusão

Deus plantou o jardim do Éden para nele ter comunhão com o homem. Adão e Eva abusaram deste privilégio, e foram expulsos dali. Depois desta tentativa de comunhão, fracassada por culpa do homem, Deus habitava no meio no Seu povo nas habitações construídas conforme as Suas instruções (no Tabernáculo e nos Templos). Hoje, “entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas” (At 7:48), pois nesta dispensação, Ele habita no cristão, individualmente (I Co 6:19), e na igreja, coletivamente (I Co 3:16-17). Quantas vezes, porém, sentimos que estamos transformando a casa de Deus em nossa própria casa, onde as nossas leis são obedecidas, as nossas pregações são anunciadas, as nossas músicas são apresentadas, e a nossa honra é buscada. “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.

Que o Senhor mostre cada vez mais aos nossos corações a santidade, a preciosidade duma igreja local. É um paraíso de Deus aqui na Terra. Que possamos estudar a Palavra de Deus, para saber “como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (I Tm 3:15).
Eduardo
Eduardo

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Inscrição : 08/05/2010

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