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O candelabro e as oliveiras (4:1-14)

A visão do candelabro e das duas oliveiras se refirem à altura da reconstrução do templo no tempo de Zerubabel. Zacarias diz: “Então, o anjo que falou comigo voltou e acordou-me como um homem que é acordado do sono. E disse-me: “O que é que vês?” (4:1-2). Esta situação faz-nos lembrar o profeta Daniel, que reagiu de maneira semelhante devido à profundidade das revelações que lhe foram feitas. Êle disse: “Então, quando êle (Gabriel) estava a falar comigo, eu caí estonteado e em profundo desmaio com a cara no chão; mas êle tocou-me e pôs-me de pé – onde tinha estado” (Daniel 8:18; Bíblia ampliada). Zacarias também foi posto de pé e fortalecido, para poder continuar a ver o que o anjo lhe estava a revelar e para o escrever.

Nesta visão, Zacarias viu um candelabro dourado com um vaso no tôpo, e nos ramos sete lâmpadas com sete tubos, ligados um a cada uma das lâmpadas. Junto ao vaso estavam duas oliveiras que forneciam óleo ao vaso, êste como depósito de onde o óleo corria contìnuamente para as sete lâmpadas, para as manter acêsas. O candelabro representa Israel como luz para as nações, possivelmente no tempo de Zacarias.

O constante fornecimento de óleo ao candelabro garantirá que brilhe contìnuamente. Na noite nêgra dos julgamentos de Deus sôbre o mundo durante o dia do Senhor (o período da tribulação), Êle salvará e lavará o resíduo de Israel fazendo dêles uma luz brilhante para o mundo: “Levantai-vos povo Meu! Que a vossa luz brilhe, que todas as nações a vejam! Porque a glória do Senhor espraia-se de vós. A escuridão cobrirá todos os povos da Terra, mas a glória do Senhor fluirá brilhante de vós. Todas as nações virão à tua luz; reis poderosos virão para ver a glória do Senhor sôbre vós” (Isaías 60:1-3; Bíblia Viva). “Vós sereis chamados os Sacerdotes do SENHOR e os homens chamar-vos-ão Servos de Deus… tereis honra a dobrar” (Isaías 61:6-7).

Nesta visão, indica-se claramente que o segredo das lâmpadas acêsas está no fornecimento abundante e ininterrupto do óleo. Isto constitui um símbolo bem conhecido, do Espírito Santo, na Bíblia. O Senhor disse a Moisés: “E tu comandarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de azeitonas prensadas para luz, para que as lâmpadas brilhem contìnuamente” (Êxodo 27:20). É apenas através do trabalho do Espírito Santo, que a luz do reino de Deus pode brilhar no mundo. O comando para ter um candelabro no templo, com sete lâmpadas que deviam manter-se acêsas dia e noite, representava a presença ininterrupta do Senhor entre o Seu povo por meio da operação do Seu Espírito.

O azeite era também utilizado para a unção dos sacerdotes, salientando dessa maneira que, se Deus não ungir uma pessoa com o Seu Espírito, essa pessoa não pode agir como sacerdote para servir a Deus e para se dirigir ao povo em Seu nome. “E (Moisés) derramou um pouco de óleo de unção sôbre a cabeça de Aarão e ungiu-o para o santificar” (Levítico 8:12). David louvou a Deus por Deus ter ungido a sua cabeça com óleo (Salmo 23:5). Salomão disse: “Que as vossas vestes se mantenham sempre brancas, e que a vossa cabeça não tenha falta de óleo” (Eclesiastes 9:8). Isto indicava uma vida pura e santificada.

Ao explicar o fornecimento contínuo de óleo para as lâmpadas, o anjo fez notar ao coração de Zacarias o tão-importante papel do Espírito Santo na habilitação das pessoas para fazerem o trabalho de Deus na Terra – nêste caso a reconstrução do templo por Zerubabel: “Esta é a palavra do SENHOR para Zerubabel: Não pelo poder nem pela fôrça, mas pelo Meu Espírito, diz o SENHOR dos exércitos. Quem és tu, ó grande montanha? Perante Zerubabel tornar-te-ás planície” (4:6-7). O anjo não só sugeriu que Zerubabel acabaria o templo por meio do fornecimento abundante do Espírito de Deus (4:9), mas também que todos os obstáculos à reconstrução (a grande montanha) seriam removidos. A mensagem diz-nos também claramente, que o poder humano e a fôrça militar não podiam terminar a tarefa, mas que trabalhadores sob a direcção de Zerubabel, fortalecidos pelo Espírito, podiam fazê-lo.

“As mãos de Zerubabel lançaram a fundação dêste templo; e as suas mãos também o acabarão…Pois, quem é que desprezou o dia das coisas pequenas? Porque êstes sete alegram-se por ver a linha de prumo na mão de Zerubabel. Êles são os olhos do SENHOR, que vigiam para a frente e para tràs através de toda a Terra” (4:9-10). Zerubabel começou a reconstrução sôbre as fundações antigas, e também a completaria lançando a primeira pedra (4:7). A linha de prumo na sua mão simboliza a sua fiscalização do projecto de reconstrução, e também o cuidado que devia ter para garantir a correcção das linhas verticais das paredes e para fazer o trabalho de acôrdo com o plano estabelecido.

Aqueles que desprezavam as coisas pequenas, eram as pessoas que não acreditavam que a pequenez do princípio da reconstrução pudesse conduzir a resultados significativos. Mas o trabalho do Senhor tem sempre um comêço pequeno, por não ser apoiado por extensa mão de obra e por recursos vastos de dinheiro e de outros requisitos. O trabalho era levado a cabo de tal maneira, que o povo via a bênção de Deus no projecto, e a Sua graciosa provisão de tudo o que era necessário. Foi por isso que Zerubabel traria a primeira pedra do edifício concluido com gritos de “Graça, graça para ela” (4:7).

Os sete olhos simbolizam o escrutínio mundial de Deus; nada está escondido dos Seus olhos. Na Sua omniciência, Deus vê e conhece o que todas as pessoas fazem: “Os olhos do SENHOR estão em toda a parte, vigiando os maus e os bons” (Provérbios 15:3). “E não há criatura que se esconda da Sua vista, pois todas as coisas estão nuas e abertas aos olhos Daquele a quem teremos de dar contas” (Hebreus 4:13). Devido ao Seu perfeito conhecimento, Êle fortalecerá a guiará através do Espírito Santo os Seus verdadeiros servos que apenas n’Êle confiam (Salmo 33:18; 2 Crónicas 16:9).

Próximo do fim da interpretação, é dada explicação sôbre as duas oliveiras que fornecem o óleo ao candelabro. Os dois ramos com azeitonas lançam o seu óleo nos tubos dourados, através dos quais corre para o vaso e depois pelos 49 canais até à sete lâmpadas. O anjo intérprete disse a Zacarias que as duas oliveiras “são os dois ungidos que estão ao lado do Senhor de toda a Terra” (4:14). Os ramos referem-se aos sacerdotes e reis ungidos, nêste caso a Josué e Zerubabel.

A razão da escolha divina de Israel

Deus não tinha Seu “povo escolhido” só para conceder-lhe privilégios, mas uma MISSÃO. Nesse ponto muitos cristãos se confundem. Não entendem que Israel devia atuar como “testemunhas de IHWH” e luz das nações até os confins da Terra (Isa. 43:10, 11; 49:6).

Por isso Israel situava-se em região ainda hoje tremendamente estratégica--a encruzilhada de três continentes--Europa, Ásia e África.

O papel de Israel era transmitir aos moradores da Terra o conhecimento do verdadeiro Deus, Sua lei e Seu plano de salvação. O Salmo 67 antecipa como o mundo inteiro conheceria e louvaria ao verdadeiro Deus, caso Israel não tivesse falhado em cumprir sua missão.

O apelo para os estrangeiros unirem-se ao concerto com Israel em Isa. 56:2-7 (por sinal, a partir da observância do sábado) se dá no contexto do ideal divino expresso no vs. 7, “a Minha casa será chamada casa de oração para TODOS os povos”.
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Mostrando indisfarçável aversão pela lei divina, alguns citam Romanos 2:14, isolando a expressão “os gentios que não tem lei”, para concluir erroneamente que a lei só fora dada a Israel, e que os gentios não precisam de lei. Ora, a Bíblia diz justamente o contrário, e preferimos crer nela. Em Isaías 56, por exemplo, lemos as grandes promessas feitas por Deus aos gentios que se unissem ao Seu concerto e guardassem o Sábado.

Note-se que o capítulo se refere à dispensação cristã, quando “a salvação está prestes a vir e a justiça a manifestar-se”. Leia Números 15:15. E Gálatas 3:29, afirma que os cristãos são descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa.



A Escritura também não diz que Deus o é dos gentios? - “E porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.” (Romanos 3:29). No entanto, esse Deus, reiteradamente é denominado “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Todas as bênçãos divinas foram transferidas para o gentilismo: o concerto, a lei, o evangelho, tudo, em fim. Somos o Israel espiritual.

Para compreender realmente Romanos 2:14, leiamos o verso 11 ao 16, e veremos que o apóstolo faz interessantes afirmações.

1.ª - Que Deus não faz distinção de homens (pois só tem um padrão de julgamento: a Sua santa Lei. Sejam judeus ou gentios).

2.ª - Que os que pecaram, mesmo não conhecendo a lei, perecerão. Notem bem: perecerão (porque o salário do pecado é a morte). Não se diz que se salvam pela consciência da lei.

3.ª - Que os que pecaram, conhecendo a lei, por ela serão julgados. (Logo, não foi abolida porque será norma de julgamento). Paulo diz isso em sentido genérico, não restrito aos judeus. E os que forem julgados por ela, sendo achados em falta, necessariamente serão condenados, pois a transgrediram.

4.ª - O verso 13 estabelece um cortejo entre os que “ouvem” e os que “praticam” os preceitos divinos. (compare com Tiago 1:22 a 26). E o apóstolo conclui que somente os últimos, os praticantes alcançam a justificação, e isto porque a sua fé os levou a obedecerem ao padrão do Céu.

5.ª - Os versos 14 à 16 em conjunto revelam que ninguém escapa ao julgamento de Deus, que julgará os segredos dos homens. Não escaparão nem mesmo os que não tendo lei, julgam a praticar “as coisas que são da lei” sob o tríplice testemunho do coração, da consciência e do pensamento.

Note-se a que alusão a “gentios” é motivada pelo contraste que Paulo estabelece na impenitência dos judeus. A tese forçada de que a lei não é necessária aos gentios, encontra o seu desmentido especialmente nos versos 12 e 13. É só ler com atenção e entendimento.

Milton C. Wilcox faz judicioso comentário deste assunto, que reproduzimos:

“A lei divina é uma só. O pagão que a tinha, ou supunha tê-la em sua capacidade, certamente julgava-se bem com a consciência mesmo nos tempos em que podia ter uma multidão de esposas. Àquele tempo ele podia praticar outras coisas que as próprias convenções da época não permitiriam – e que a luz da Palavra de Deus sem dúvida condenaria – tal como se deu com Abraão e Jacó. Mas sentiam-se bem com a consciência. A lei escrita em seus corações de início não constituía um conhecimento completo, senão um princípio de agir correto. Assim se expressa Deus em II Crônicas 16:9: “Os olhos do Senhor passam por toda a Terra para mostrar-Se forte com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele.” - Milton C. Wilcox, Guestions Answered, pág. 96.

Isto é o que Deus requer – afeição perfeita, perfeito coração. A força "propulsora" do homem é a sua afeição, seu amor, mesmo que seu conhecimento seja pouco.
Mesmo que se manifeste apenas um raio de luz do trono de Deus, este raio de luz domina a sua vida, e o homem que se submete a ele é aceito por Deus. Mesmo tendo um conhecimento parcial da verdade, vive ele de acordo com a luz que possui.
O pagão que tem pequena luz, sem dúvida submete-se a toda luz, quando esta lhe for revelada, e alegremente submeter-se-á aos mandamentos divinos. Para ele é somente questão de revelação para confirmar o que já está no coração. E este amor é abonado pelo Mestre para 'obediência da lei'.

Porém aquele que tem o conhecimento da Lei de Deus, expressa nos dez mandamentos, e ainda se submete ao pecado, por pequeno que seja, repele a luz. Se persistir nessa prática, será rejeitado por Deus. [veja também em Próximos do Fim: O pecado imperdoável].

Concluir que os gentios não precisam de lei, seria admitir que eles não pecam, não precisam de revelação, não precisam de Deus. E se os gentios que não conheceram a lei, dispensam-na e se julgam pela consciência – como querem alguns – também, pelo mesmo raciocínio, os gentios que não conhecem o evangelho podem dispensá-lo pelas mesmas razões. Por aí se vê a debilidade do argumento.

Nada, absolutamente nada prova que a lei fora dada exclusivamente os judeus, mas o que a Bíblia claramente revela é que Deus de modo especial honrou a Israel fazendo daquele nação Seu povo escolhido e depositário de Sua lei. (Romanos 9:4). Era objetivo de Deus que Israel tornasse conhecida a Sua vontade expressa na lei, a todas as demais nações. Leia ainda Deuteronômio 4:6 a 8; Romanos 3:1 e 2. E quando os gentios aceitaram a religião de Israel, também se sujeitaram à Lei de Deus. (Números 15:15 e 16; Isaías 56:6 a 8).

Deus proferiu Sua lei santa, no monte Sinai, ao seu redor estavam os judeus. Também ao redor de Cristo, no sermão do Monte, só havia judeus... Mas as bênçãos da Lei e do Evangelho se estenderam aos gentios. Graças a Deus, pelo Seu Dom inefável!

Por onde se vê a citação de Romanos 2:14 saiu às avessas, porque Paulo prova justamente o contrário, a validade da lei e sua extensão aos gentios. Dizem que “pregar a lei ao povo remido é um insulto e uma ofensa à igreja de Deus”! Calma, gente. Então que grandes insultadores foram Cristo, Paulo Tiago e João!!! E Wesley, Moody, Barnes, Clarke e outros. E Taylor, que disse ser “uma bênção se cada púlpito trovejasse a voz divina ao Decálogo, porque a lei é o aio que conduz a Cristo”? E os milhões de cristãos obedientes ao divino padrão? - O nosso zelo nos leva afirma: insultadores, na verdade, são os que desprezam a Lei de Deus, pisam os seus preceitos, ou os que negam deliberadamente. Examine-se cada um a si mesmo.

Livre da Lei do Marido.

É comum citarem o começo do capítulo 7 da epístola aos Romanos (o símile da mulher casada e a lei), para concluir desastradamente pela ab-rogação da lei divina. É realmente deplorável que ajam com tal subtileza. É lastimável que cheguem a uma conclusão inteiramente contrária à que o próprio Paulo chegou, conclusão que pode ser encontrada especialmente nos versículos 7, 12, 14 e 22: “porque eu não conhecia a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçarás... E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom... bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado... consinto que a lei é boa... Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”

Inevitável é admitir que a conclusão paulina é inteiramente a favor da lei, e não contra. É de exaltação ao padrão divino, e não de desprezo. Paulo amava a Lei de Deus. Fazia elogios à ela. Exaltava-a, como bom cristão que era. Vamos estudar o tópico de Romanos 7, sem idéias preconcebidas. O que Paulo está explanando neste capítulo? O mesmo assunto dos capítulos precedentes e subseqüentes: o homem carnal - escravo do pecado - incapaz de salvar-se por si e que deverá encontrar a salvação pela graça de Deus em Cristo Jesus.

Notemos que Paulo estabelece a premissa: "a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo em que vive". (Romanos 7:1). Na mesma epístola, em vários lugares, ele demonstra que o pecador, por ter transgredido a Lei de Deus, está sob o domínio do pecado. Em outras palavras, nossa velha natureza pecaminosa - que Paulo define como "o homem velho", exerce domínio sobre nós. Por isso declarou o apóstolo sobre o seu estado anterior: "o que quero, isso não faço, mas o que aborreço isso faço". (versículo 15). Quis ele dizer que nós, por nós mesmos, não podemos nos livrar do domínio do pecado.

Como nos libertaremos, então, do "velho homem" que nos mantém em sujeição?

Somente pela morte desse "velho homem", ou seja, pela nossa conversão, porque assim, pela conversão, a nossa velha natureza é crucificada. Leia Romanos 6:6. Mas, não é bastante a morte do "homem velho"; é necessário o nascimento do "novo homem". (Romanos 6:4)

No caso em tela, Paulo refere-se a esta mudança que se opera no homem, e para ilustrá-la convenientemente, usa o símile de um matrimônio. Nesta comparação, há 4 partes principais: uma mulher, seu primeiro marido, seu segundo marido, e a lei do matrimônio. Leia atentamente Romanos 7: 2 e 3.

A mulher representa aí o pecador, ligada ao primeiro marido, ou seja o "homem velho" com suas paixões e cobiças, ao qual está ligado pela lei: porém não pela lei em si, mas o seu objeto, o que estabelece e aponta: o pecado. E para desfazer qualquer idéia equívoca a esse respeito, Paulo apressa-se em advertir incisivamente: "É a lei pecado? De modo nenhum." (versículo 7). Enquanto o "homem velho" viver, está ligado à "mulher", que a ele se sujeita. Se morre o "marido", então o pecador se livra da condenação da lei, tornando-se um "novo homem", quer dizer, ligando-se a Cristo, o novo marido.

O primeiro ponto importante, nesta ilustração, é que Paulo não está falando da morte da lei, mas da morte de um marido. E nem haveria objetivo na ilustração, se a lei fosse morta, pois se o fosse, nada haveria que prendesse a esposa a seu marido. E também qualquer referência a adultério seria inadmissível (verso 4). Como haveria a possibilidade de adultério - que é a transgressão de um mandamento da Lei de Deus - se a lei que o capítula fora morta? Meditem bem nisso leitores. Vejam a confusão em que se metem os torcedores do sentido claro das Escrituras.

A lei do matrimônio não fica abolida, pela morte de um marido. A aplicação paulina é a vida do homem que se converte do pecado para a justiça. A primeira parte do verso 4 é claríssima. É só ler com entendimento. Fomos crucificados com Cristo. Seu corpo foi crucificado vicariamente por nós. Toda a exigência condenatória da lei sobre o nosso "homem velho" cessa com a morte de tal "homem". Assim estamos livre da condenação, e podemos estar casado com Cristo. Então "demos fruto para Deus".

E ainda se deve considerar o seguinte: se o estar "livre da lei" (verso 6) se refere à morte da lei - como ensinam alguns - então estaria Paulo fazendo horrível confusão na própria analogia do casamento, e contradizendo irremediavelmente as afirmações literais do mesmo contexto. Mas não é assim. Ele fala da morte de um marido, e pela aplicação, refere-se à nossa morte. O verso 4 não diz que a lei está morta, mas nós é que estamos mortos para a lei (pois ela não nos pode mais condenar, em virtude do nosso casamento com Cristo).

A expressão "morremos para aquilo em que estávamos retidos", claramente refere-se à nossa natureza pecaminosa. O pecado, agindo mediante a nossa natureza corrupta, era o que nos retinha. (versos 24 e 25). E acrescente-se que o original diz "tenho morrido" ou "estando mortos", o que reforça e esclarece ainda mais o pensamento do apóstolo.

Os eruditos Jamieson, Fausset e Brown assim concluem: "A morte aí referida, como vimos, não é da lei, mas a nossa, e isso mediante a união com o Salvador crucificado." - Assim entendem os sinceros estudiosos do Livro Santo.

Muitos englobam em "mandamentos" todas as ordens, mandados, admoestações e diretrizes dos apóstolos, confundindo-os com os mandamentos da Lei de Deus.
Não há dúvida que houve "mandamento" de profetas, de Cristo, de Paulo, de Pedro e de outros. Muitos deles restritos ou para serem cumpridos por certos grupos, igrejas ou pessoas sob certas circunstâncias. Mas para o pesquisador sincero, é óbvio que tais "mandamentos" nada têm a ver com o Decálogo, e nivelá-los com a eterna Lei de Deus, denota incompreensão da revelação bíblica.

Nada melhor que o contexto para esclarecer a que se referem os mandamentos. E com espírito despido de conceitos pré-firmados, com simplicidade e dentro da exata contextuação é que podemos ser guiados pelo Espírito na compreensão da Palavra de Deus.
Eduardo
Eduardo

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