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Relógios moleculares são confiáveis?
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22062009
Relógios moleculares são confiáveis?
Relógios moleculares são confiáveis?
Leigos (e cientistas de outras áreas) frequentemente supõem que os biólogos evolucionistas já dataram com êxito os pontos históricos divergentes das espécies usando os dados moleculares - e que tais datas fornecem evidências da confirmação independente das hipóteses evolucionistas. Assim, o tão chamado “relógio molecular” transmite uma aura de precisão analítica na estimativa filogenética. Contudo, neste artigo, Michael Lee (evolucionista molecular da Universidade de Queensland, Austrália) explica que os relógios moleculares verdadeiramente se apoiam em suposições paleontológicas para calibração, e que assim a sua confiança pode não ser melhor do que os dados de fósseis (e as hipóteses) que eles empregam. Como Lee explica:
“Os relógios moleculares não precisam ser calibrados, e isso pode ser feito somente por recurso direto às datas (esperançosamente confiáveis) no registro fóssil. A calibração de relógios indiretamente através do uso de datas inferidas de outros estudos de relógios moleculares (que por sua vez são, em última análise, baseados no registro fóssil) é menos desejável, pois adiciona uma camada extra de incerteza, especialmente se essas inferências moleculares forem altamente controversas” (p. 386).
Analisando diversos estudos de relógios moleculares, Lee está preocupado que somente um único ponto de calibração fóssil é usado, e ainda assim “parece que nenhum desses estudos moleculares tem examinado criticamente a confiabilidade dessa datação fóssil consultando-se a principal literatura paleontológica, o que é surpreendente à vista de suas conclusões de que o registro fóssil tem uma tendência de ser muito enganador” (p. 386). Resumindo, Lee exige grande cuidado em colocar muita importância nos relógios moleculares, considerando-se a confiança deles na calibração paleontológica:
“Mesmo que alguém faça a suposição audaciosa de que os modelos de relógios moleculares têm pouco erro, parece haver pouca razão objetiva em aceitar como sacrossantas algumas datas fósseis usadas na calibração e rejeitar como não confiáveis as datas de fósseis muito mais numerosas que contradizem os cálculos moleculares resultantes. ... Infelizmente, os estudos de relógios moleculares ainda têm que fornecer um quadro de critérios rigorosos para justificar quais datas fósseis devem ser usadas nas calibrações e quais as que devem ser tratadas ceticamente” (p. 389).
(LEE, Michael S. Y., “Molecular Clock Calibrations and Metazoan Divergence Dates”, Journal of Molecular Evolution 49 [1999]: 385-391)
Leigos (e cientistas de outras áreas) frequentemente supõem que os biólogos evolucionistas já dataram com êxito os pontos históricos divergentes das espécies usando os dados moleculares - e que tais datas fornecem evidências da confirmação independente das hipóteses evolucionistas. Assim, o tão chamado “relógio molecular” transmite uma aura de precisão analítica na estimativa filogenética. Contudo, neste artigo, Michael Lee (evolucionista molecular da Universidade de Queensland, Austrália) explica que os relógios moleculares verdadeiramente se apoiam em suposições paleontológicas para calibração, e que assim a sua confiança pode não ser melhor do que os dados de fósseis (e as hipóteses) que eles empregam. Como Lee explica:
“Os relógios moleculares não precisam ser calibrados, e isso pode ser feito somente por recurso direto às datas (esperançosamente confiáveis) no registro fóssil. A calibração de relógios indiretamente através do uso de datas inferidas de outros estudos de relógios moleculares (que por sua vez são, em última análise, baseados no registro fóssil) é menos desejável, pois adiciona uma camada extra de incerteza, especialmente se essas inferências moleculares forem altamente controversas” (p. 386).
Analisando diversos estudos de relógios moleculares, Lee está preocupado que somente um único ponto de calibração fóssil é usado, e ainda assim “parece que nenhum desses estudos moleculares tem examinado criticamente a confiabilidade dessa datação fóssil consultando-se a principal literatura paleontológica, o que é surpreendente à vista de suas conclusões de que o registro fóssil tem uma tendência de ser muito enganador” (p. 386). Resumindo, Lee exige grande cuidado em colocar muita importância nos relógios moleculares, considerando-se a confiança deles na calibração paleontológica:
“Mesmo que alguém faça a suposição audaciosa de que os modelos de relógios moleculares têm pouco erro, parece haver pouca razão objetiva em aceitar como sacrossantas algumas datas fósseis usadas na calibração e rejeitar como não confiáveis as datas de fósseis muito mais numerosas que contradizem os cálculos moleculares resultantes. ... Infelizmente, os estudos de relógios moleculares ainda têm que fornecer um quadro de critérios rigorosos para justificar quais datas fósseis devem ser usadas nas calibrações e quais as que devem ser tratadas ceticamente” (p. 389).
(LEE, Michael S. Y., “Molecular Clock Calibrations and Metazoan Divergence Dates”, Journal of Molecular Evolution 49 [1999]: 385-391)
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