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O uso indevido da palavra inferno nas traduções da Bíblia

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De acordo com Charlton T. Lewis, Charles Short, em seu Latin Dictionary, a palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina inferus "lugares baixos", infernus.

Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do original hebraico ou grego:

V.T. HebraicoV.T. GregoN.T. GregoLatimPortuguêsvezes no N.T.
Seol [2]HadesHades [3]infernusinferno10 vezes
Ge Hinom [4]Ennom [5]Geena [6]infernusinferno11 vezes
Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.[7] Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia conforme relatam os evangelhos.

Mudanças no Sentido da Palavra Inferno

O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades . . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.

A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.

O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).

A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.[12]

O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante, e no Paraíso Perdido de Milton, significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.

O Inferno de Fogo e a Igreja


O conceito sobre o inferno de fogo começou a ser adotado pelos cristãos principalmente a partir do 2.° século EC, bem depois da época dos primitivos cristãos, segundo a “Apocalypse of ‎Peter (Apocalipse de Pedro do 2.° século EC) foi a primeira obra cristã apócrifa a ‎descrever a punição e as torturas de pecadores no inferno”.[15]

No entanto, os primeiros Pais da Igreja discordavam na questão do inferno. Justino, o ‎Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano acreditavam que o inferno era um ‎lugar de fogo. Orígenes e o teólogo Gregório de Nissa achavam que o inferno era um ‎lugar de separação de Deus — de sofrimento espiritual. Agostinho de ‎Hipona, por outro lado, sustentava a idéia de que o sofrimento no inferno era tanto ‎espiritual como físico — conceito que passou a ser aceito. “Por volta do ‎quinto século a rigorosa doutrina de que os pecadores não terão uma segunda ‎oportunidade após a vida, e que o fogo que os devorará jamais se extinguirá, ‎prevalecia em toda a parte”.[16]

No século XVI, reformadores protestantes tais como Martinho Lutero e João Calvino ‎entenderam que o tormento ardente do inferno simbolizava passar a eternidade ‎separado de Deus. No entanto, a idéia de o inferno ser um lugar de tormento ressurgiu ‎nos dois séculos seguintes. O pregador protestante Jonathan Edwards costumava ‎aterrorizar o coração dos colonos americanos no século XVIII com a descrição vívida do ‎inferno.‎

Pouco depois, porém, as chamas do inferno começaram a diminuir lentamente. “O ‎inferno quase morreu no século 20”.

===

A palavra inferno é de origem latina e foi acrecentada posteriormente por Jerônimo em sua Vulgata:
Infernus (de baixo) não teve apenas alteração ortográfica. Perdeu sua função adjetiva após ser substantivada para designar sepultura, que realmente é um lugar inferior. Como a sepultura é lugar dos mortos, e os povos primitivos acreditavam que ao morrer o homem, após sepultado, vai sofrer um suplício pelos seus pecados ou vai ter o gozo merecido por sua justiça, o Cristianismo Romano passou a considerar inferno como lugar de tormento eterno das almas.
Quando Jacó disse: "Meu filho não descerá convosco; seu irmão é morto, e ele ficou só; se lhe sucede algum desastre no caminho por onde fordes, fareis descer minhas cãs com tristeza à sepultura" (Gênesis, 42: 38 AA), ele usou a palavra hebraica sheol, traduzida para o grego hades, e para o latim infernus. Veja Salmos l6:l0, "Porque não deixarás a minha alma no inferno (sheol), nem permitirás que teu Santo veja corrupção" (Sal. 15: 10 PAPF), A versão Almeida atualizadas traduz sheol por morte. As versões antigas traduziam sempre por inferno. Em atos 2: 27, Pedro citou o texto como referente à ressurreição de Cristo, traduzindo sheol para hades, que na Tradução do Padre A. P. de Figueiredo consta inferno. A mesma palavra usou Jó ao desejar que Deus o encobrisse no inferno (sheol) (Jó, 14: 13). Um antigo catecismo católico, que eu lia na infância, dizia que Cristo "desceu ao inferno e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos". Ainda em minha infância, conheci a nova versão, que dizia "desceu à mansão dos mortos", dando-me uma idéia mais nítida de que inferno era a sepultura.
Certa vez uma colega minha me disse que "Jesus quando morreu ficou três dias no inferno lutando contra o Diabo em favor do homem". Ela apenas havia lido a frase "não deixarás minha alma no inferno, nem permitirás que teu santo veja corrupção", que significa não me deixarás na sepultura, nem permitirá que teu santo se desfaça, ou apodreça. Pedro citou o texto em Atos 2, para afirmar que Cristo foi sepultado e ao terceiro dia foi ressuscitado.
http://www.joaodefreitas.hpg.ig.com.br/babel.htm


O Inferno na Bíblia

A palavra inferno vem do latim inferii e significa lugar inferior. A idéia de inferno como um lugar de fogo para onde vão almas incorpóreas condenadas não se encontra nas Escrituras, apesar de aplicações que se fazem de textos simbólicos e parábolas.

Também a palavra inferno não faz parte do texto original da Bíblia como acontece com as palavras evangelho, batismo e outras que estão na Palavra de Deus.
A palavra inferno foi colocada nas traduções em português para substituir cinco outras palavras com significado completamente diferente do conceito religioso popular de inferno. Isso ocorreu devido à crença que o tradutor nutria previamente e que o influenciou a colocar a palavra inferno nas traduções que fez.
Algumas Bíblias antigas trazem inferno em I Cor 15:55 mas algumas modernas como a Almeida Atualizada trás “morte”, que é o correto. O mesmo ocorre em Apoc 20:13 onde se lia “a morte e o inferno”, encontra-se agora, “a morte e o além”, mas a palavra lá é hades (grego) e significa “sepultura”.

A doutrina do inferno é de origem grega e romana e as pessoas são induzidas a crer nela pela formação religiosa anterior que receberem além das falhas das traduções que geralmente usam e fortalecem um pensamento anti-bíblico.
As cinco palavras que foram erroneamente traduzidas por “inferno” são:

1. GEENA (hebraico) que é uma forma simplificada da expressão ge (vale) bem (filho) e Hinom (nome da família proprietária da área), ou seja, vale dos filhos de Hinom. Essa palavra se encontra nos evangelhos como em Mateus 5:22, 29 e nada tem a ver com um inferno de fogo eterno. Era um vale onde, no passado, se fazia sacrifícios humanos e se queimavam os corpos de pessoas aos ídolos. O profeta Jeremias profetizou que ali seriam lançados os corpos dos desobedientes e que ali ficariam expostos (Jer. 7:31-34). Nos dias de Jesus o local continuava a ser depósito de animais e lixo em putrefação e os moradores sempre ateavam fogo para consumir os restos ali deixados. Esse lugar Jesus usou para simbolizar o fim trágico que aguarda os desobedientes. Apenas corpos físicos eram consumidos no GEENA por isso que havia bichos nos corpos podres, coisa que almas não têm. Nada a ver com almas num fogo eterno.

2. HADES (grego) usada no NT juntamente com Sheol (hebraico) usada no AT significam “sepultura, lugar dos mortos, morada dos mortos”. Entre outros textos esta palavra (hades) encontra-se em Apoc. 20:13. Aqui o inferno (na verdade a sepultura) é o lugar onde estão os mortos, pois ele mesmo, o inferno=sepultura, é lançado no lago de fogo onde é destruído (Apoc. 20:14) pois a sepultura é o símbolo da morte que Jesus destruiu. Sheol, seu equivalente hebraico, também significa sepultura, sendo equivocadamente traduzida por “inferno”. Em Jó 17:16 declara-se que os mortos ficam no pó e em Isa. 14:9-11 se declara que o inferno (sheol) é um lugar onde os bichos comem os cadáveres. Também nada a ver com lugar de fogo eterno. Aliás, ainda em Apoc. 20:10 se diz que o próprio Diabo somente será lançado no lago de fogo, que se forma quando Jesus volta no Juízo Final, quando Deus derrama fogo do céu. No verso 14 diz que o próprio inferno (sepultura) também é lançado nesse final lago de fogo. Ao final explicaremos sobre o fogo ser “eterno”.

3. TANATO (grego). Esta palavra ocorre em vários lugares, mas é traduzida em I Cor. 15:55 como inferno. Na realidade a falha de tradução foi tão clara que nem os que crêem no inferno tradicional mantiveram o erro, e corrigiram na Almeida Atualizada. Lá diz “onde está ó morte (tanato) a tua vitória onde está ó inferno (tanato=morte) o teu aguilhão?” O verso 54, anterior, diz que a morte (inferno) perde a vitória e o aguilhão porque Jesus nos dá a imortalidade. Também não tem nada a ver com um lugar de fogo onde as pessoas ficam queimando.

4. A quinta e última palavra é TÀRTAROS
(lugar de trevas). Esta palavra ocorre na Bíblia apenas uma vez em II Pedro 2:4. O próprio texto declara que os anjos foram expulsos da presença de Deus, ou seja, onde está a verdadeira luz, para o exterior que são as trevas, privados da luz do céu onde moravam e sem ela neles uma vez que pecaram. Conforme diz o texto esse “inferno” também não tem fogo, somente a escuridão da ausência de Deus. Além do mais, em harmonia com Apoc, 20:9,10,14 eles estão aguardando o Juízo Final quando, somente então, serão lançados no Lago de Fogo produzido pelo fogo que desce do Céu e que os destrói juntamente com os que rejeitaram a salvação de Cristo. Esta palavra, a última, também nada tem a ver com o inferno tradicional.


Surge então a pergunta: e o fogo eterno que diz Apoc. 20 se formará depois do milênio com o fogo e enxofre que desce do céu?

A expressão eterno é “aion” (grego) que significa uma duração relativa ao que se refere. Pode estar falando que é eterno sem fim ou que é eterno “enquanto dura” como disse certo poeta. Ou seja, precisamos examinar o contexto para saber se é eterno sem fim ou eterno até que acabe.

Em Apoc. 20:10 diz que serão atormentados pelos séculos dos séculos (“aion ton aion” em grego= para sempre, eternamente conforme algumas traduções). Mas esse “pelos séculos dos séculos é previamente explicado no verso anterior, o v. 9 que diz que o fogo que desceu “do céu os CONSUMIU”, logo, serão atormentados eternamente até que toda a substância seja consumida, e seu resultado, a destruição, será eterna, pois o fumo, ou fumaça que disso resultar estará no espaço “para sempre”, isto é, até que tudo que pode ser queimado, acabe.

Mas, além do significado gramatical de “eterno” e da explicação de Apoc. v. 9, há muitas passagens declarando que o fogo que destrói os maus nos últimos dias é um eterno até que consuma tudo e somente deixe as cinzas. Por exemplo, Judas 6,7 diz de forma clara que os anjos estão em trevas esperando o Juízo (igual diz Pedro como já vimos) em “algemas ETERNAS” (aion) . Ora, as algemas eternas serão tiradas quando chegar o Juízo e a condenação final, e a sentença for decretada., assim, a algema é eterna somente até que se cumpra o objetivo e sejam consumidos.

O verso 7 diz que o “exemplo do fogo eterno” é o da punição que caiu sobre Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas. Qual foi a punição de Sodoma e Gomorra? Estão queimando até hoje? A Bíblia diz que não, veja Gênesis 19:24-29. O apóstolo Pedro declara que Sodoma e Gomorra se tornaram em “cinzas” (II Pedro 2:6) para mostrar o exemplo do que acontecerá aos que vivem impiamente. Portanto, o fogo é eterno até consumir tudo neste planeta e Deus criar aqui um Novo céu e uma Nova Terra. Apoc. 21:1, 5 diz que Deus, então, fará novas todas as coisas.
Deus é amor, como deixaria alguém ficar por milênios, pela eternidade afora, se queimando em dores inimagináveis por pecados de uma vida passageira. Ele não prometeu isso, mas disse que o homem que pecasse, morreria. Se comesse da árvore da Ciência do Bem e do Mal morreria.
Para finalizar a Bíblia diz que TODOS os ímpios se tornarão cinzas no dia do Senhor. (Malaquias 4:1-3) o que concorda plenamente com o dizer de Apoc. 20:9; II Pedro 2:6 entre outras passagens. E o próprio Satanás será consumido, o que concorda com Apoc 20:9. Veja Ezequiel 28:14-19.

Mas, e a parábola do rico e Lázaro? (Lucas 16:19-31). O nome do relato já diz é uma “parábola” onde não se vai para o céu, mas para o simbólico “seio Abraão”, também não se trata de “almas” no fogo mas de corpo físico com dedo, língua e que sente calor e pede água para matar a sede, fisiologia de corpo vivo que está sendo queimado, como ocorrerá no Juízo Final. Também deixa clara, a parábola que o mendigo morto e salvo foi levado “pelos anjos”, o que somente ocorrerá no futuro, na volta de Jesus (Veja I Tessalonicenses 4:13-17 entre outras passagens). E quanto a recompensa dos salvos (como no caso do mendigo da parábola) ou dos Perdidos (representado pelo rico da parábola) a mesma parábola declara que ambas as situações somente ocorrerão quando a chegar a ressurreição, que é a única forma (como vimos na passagem anterior) de se voltar de entre os mortos seja para a vida, seja para a morte eterna. (verso 32 e João 5:28, 29).
Finalmente, o apóstolo Paulo ensina que mesmo os que morreram em Cristo não estão salvos a não ser quando ocorrer a ressurreição. Eles não vão para o céu ou um lugar de tormento ao morrerem. Isso somente ocorrerá com a final destruição dos ímpios na volta de Jesus. Também não vão como almas sem corpo. A Bíblia ensina que se não houver ressurreição “naquele dia”, todos os que morreram em Cristo, mesmo eles, estarão perdidos. Leia I Coríntios 15:16-18.
Em Ezequiel 18:23, 32 Deus declara que não tem prazer na MORTE do ímpio, não se compraz em seu tormento eterno. “Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová, convertei-vos, pois e vivei.”


Perder a salvação, sofrer “conforme as suas obras” e receber a morte e o esquecimento eterno é a maior punição que Deus pode dar a alguém. Sadismo é se deleitar na dor prolongada de alguém. Deus não se deleita nem mesmo no ato da morte quanto mais na contemplação eterna de alguém em infinitas agonias. Graças a Deus que sua Palavra nos informa: “não tenho prazer na morte do que morre” mesmo que seja ímpio. A extinção é a pena máxima.
Graças a Deus pois Ele é amor!



Pr Demóstenes Neves da Silva
SALT/NE.novembro/2002



Última edição por Eduardo em Qui Jan 05, 2012 11:50 am, editado 2 vez(es)
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O uso indevido da palavra inferno nas traduções da Bíblia :: Comentários

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Mensagem Qua Jan 04, 2012 1:02 pm por Eduardo

Infĕrus , a, um (ante-class. collat. form of the
I. nom. sing. infer: “ubi super inferque vicinus permittet,” Cato, R. R. 149), adj. cf. Sanscr. adh-aras, adh-amas, the lower, lowest; and Lat. infra, that is below, underneath, lower; opp. superus.
I. Posit.
A. In gen.: inferus an superus tibi fert Deus funera, Liv. Andr. ap. Prisc. p. 606 P.; cf.: “Di Deaeque superi atque inferi,” Plaut. Cist. 2, 1, 36; Ter. Phorm. 4, 4, 6; cf. “also: ut ex tam alto dignitatis gradu ad superos videantur deos potius quam ad inferos pervenisse,” Cic. Lael. 3, 12: “limen superum inferumque salve,” Plaut. Merc. 5, 1, 1: “ut omnia supera, infera, prima, ultima, media videremus,” Cic. Tusc. 1, 26, 64: “loca,” the lower parts, id. Arat. 474: “fulmina,” that come out of the ground, Plin. 2, 52, 53, § 138: aqua, that falls down, rain-water, Varr. ap. Non. 1, 221: mare inferum, the Lower, i. e. the Tuscan Sea (opp. mare superum, the Upper or Adriatic Sea), Mel. 2, 4; Plin. 3, 5, 10, § 75; Cic. Att. 9, 3, 1; id. de Or. 3, 19 et saep. also without mare: “navigatio infero,” upon the Tuscan Sea, id. Att. 9, 5, 1.—
B. In partic., underground, belonging to the Lower World: infĕri , ōrum, m. (gen. inferūm for inferorum, Varr. ap. Macr. S. 1, 16; Sen. de Ira, 2, 35), the inhabitants of the infernal regions, the dead: “triceps apud inferos Cerberus,” Cic. Tusc. 1, 5, 10: “si ab inferis exsistat rex Hiero,” were to rise from the dead, Liv. 26, 32: “si salvi esse velint, Sulla sit iis ab inferis excitandus,” to be raised from the dead, Cic. Cat. 2, 9, 20: “inferorum animas elicere,” id. Vatin. 6, 14: “ad inferos poenas parricidii luere,” in the infernal regions, id. Phil. 14, 12, 32: “ab inferis excitare aliquem,” i. e. to quote the words of one deceased, id. Or. 25, 85; id. Brut. 93, 322.
II. Comp.: infĕrĭor , ius, lower in situation or place.
A. Lit.: “spatium,” Caes. B. G. 7, 46, 3: “locus,” id. ib. 2, 25: “pars,” id. ib. 7, 35: ex inferiore loco dicere, from below (opp. ex superiore loco, from the tribunal), Cic. Att. 2, 24, 3; cf. “superus, II. A.: onerosa suo pondere in inferius feruntur,” downwards, Ov. M. 15, 241: “scriptura,” Cic. Inv. 2, 40, 117.—Plur. subst.: infĕrĭōres , um, m., the people of the lower part of the city, Auct. B. Alex. 6, 3. —
B. Trop.
1. Subsequent, later, latter, in time or succession: “erant inferiores quam illorum aetas, qui, etc.,” lived later, were younger, Cic. Q. Fr. 3, 5, 2; cf.: “aetate inferiores paulo quam Iulius, etc.,” id. Brut. 49, 182; and: “inferioris aetatis esse,” id. ib. 64, 228: “inferiores quinque dies,” the latter, Varr. L. L. 6, § 13 Müll. —
2. Inferior in quality, rank, or number.
(a). With abl. specif.: “voluptatibus erant inferiores, nec pecuniis ferme superiores,” Cic. Rep. 2, 34: “inferior fortunā,” id. Fam. 13, 5, 2: “dignitate, auctoritate, existimatione, gratia non inferior, quam qui umquam fuerunt amplissimi,” id. Q. Fr. 1, 3, 6: “inferiores animo,” Caes. B. G. 3, 24: “quemadmodum causa inferior, dicendo fieri superior posset,” Cic. Brut. 8: “erat multo inferior navium numero Brutus,” Caes. B. C. 1, 57. — With abl.: “ut humanos casus virtute inferiores putes,” Cic. Lael. 2.—
(b). With in and abl.: “in jure civili non inferior, quam magister fuit,” Cic. Brut. 48, 179.—
(g). Absol.: “inferiores extollere,” Cic. Lael. 20, 72; cf. id. ib. § “71: invident homines maxime paribus aut inferioribus,” id. de Or. 2, 52, 209; cf.: “indignum est, a pari vinci aut superiore, indignius ab inferiore atque humiliore,” id. Quint. 31: “supplices inferioresque,” id. Font. 11: “ordines,” Caes. B. C. 1, 46: “crudelis in inferiores,” Auct. Her. 4, 40: “non inferiora secutus,” naught inferior, Verg. A. 6, 170.
III. Sup. in two forms: infĭmus (or infŭmus ) and īmus .
A. Form infimus (infumus), a, um, lowest, last (= imus; “but where the lowest of several objects is referred to, infimus is used,” Cic. N. D. 1, 37, 103; 2, 6, 17; v. Krebs, Antibarb. p. 588).
1. Lit.: “stabiliendi causa singuli ab infimo solo pedes terra exculcabantur,” Caes. B. G. 7, 73, 7: “ab infimis radicibus montis,” id. B. C. 1, 41, 3; 1, 42, 2: “cum scripsissem haec infima,” Cic. Q. Fr. 3, 1, 6: “ab infima ara,” from the lowest part of the altar, id. Div. 1, 33; cf.: “sub infimo colle,” the foot, Caes. B. G. 7, 79. — Subst.: infĭmum , i, n., the lowest part, bottom, in the phrase: “ab infimo,” from below, at the bottom, Plaut. Most. 3, 2, 140: “collis erat leniter ab infimo acclivis,” Caes. B. G. 7, 19, 1 (for which, ab imo; “v. below, B. 1.): stipites demissi et ab infimo revincti,” id. ib. 7, 73, 3; cf. Sen. Q. N. 3, 30, 4; 6, 4, 1; so, “ad infimum,” at the bottom, Caes. B. G. 7, 73, 3: “collis passus circiter CC. infimus apertus,” at the bottom, id. ib. 2, 18, 2.—
2. Trop., lowest, meanest, basest in quality or rank: “infima faex populi,” Cic. Q. Fr. 2, 6; cf.: “condicio servorum,” id. Off. 1, 13: “infimo loco natus,” id. Fl. 11: “summos cum infimis pari jure retinebat,” id. Off. 2, 12: “humilitas natalium,” Plin. 18, 6, 7, § 37: “preces,” the most humble, Liv. 8, 2; 29, 30. — Hence, infĭmē , adv., only trop., at the bottom (late Lat.): “quid summe est, quid infime,” Aug. Ep. 18, 2. —
B. Form imus , a, um, the lowest, deepest, last ( = infimus; but when opp. to summus, to express a whole from end to end, imus is used; v. Suet. Aug. 79; Quint. 2, 13, 9; Liv. 24, 34, 9; Cic. Rosc. Com. 7, 20; Hor. Ep. 1, 1, 54; cf. Krebs, Antibarb. p. 588).
1. Lit.: “ab imis unguibus usque ad verticem summum,” Cic. Rosc. Com. 7, 20: “terra ima sede semper haeret,” id. Rep. 6, 18: “fundo in imo,” at the very bottom, Verg. A. 6, 581: vox, the deepest bass (opp. vox summa, the treble), Hor. S. 1, 3, 7; Quint. 11, 3, 15: “conviva,” that reclines at the bottom, Hor. S. 2, 8, 40; Mart. 6, 74: “ad imam quercum,” at the foot of the oak, Phaedr. 2, 4, 3: “in aure ima,” at the bottom of the ear, Plin. 11, 45, 103, § 205. — As substt.
A. Plur.: īmi , ōrum, m., the lowest, most humble: “aequalis ad maximos imosque pervenit clementiae tuae admiratio,” Sen. Clem. 1, 1, 9: “pacis et armorum superis imisque deorum Arbiter,” Ov. F. 5, 665. —
B. īmum , i, n., the bottom, depth, low est part. Lit.: “ab imo ad summum,” Hor. S. 2, 3, 308: “locus erat paulatim ab imo acclivis,” Caes. B. G. 3, 19, 1 (for which, ab infimo; v. above, A. 1.); so, “tigna paulum ab imo praeacuta,” id. ib. 4, 17: “suspirare ab imo,” to fetch a deep sigh, Ov. A. A. 3, 675: “(aures) instabiles imo facit,” at the bottom. at their roots, id. M. 11, 177: “aquae perspicuae imo,” down to the bottom, id. ib. 5, 588. — Plur.: “ima summis mutare,” to turn the lowest into the highest, Hor. C. 1, 34, 12; Vell. 2, 2: “ima,” the under world, Ov. M. 10, 47.—With gen.: “ima maris,” the bottom of the sea, Plin. 32, 6, 21, § 64: “ima montis,” the foot of a mountain, id. 4, 11, 18, § 40.—
2. Trop., with respect to time or order, the last (mostly poet.): “mensis,” Ov. F. 2, 52.—Hence, subst.: īmum , i, n., the last, the end: “nihil nostrā intersit an ab summo an ab imo nomina dicere incipiamus,” Auct. Her. 3, 18, 30: “si quid inexpertum scaenae committis ... servetur ad imum,” till the last, to the end, Hor. A. P. 126: “dormiet in lucem ... ad imum Threx erit,” at last, id. Ep. 1, 18, 35.
A Latin Dictionary. Founded on Andrews' edition of Freund's Latin dictionary. revised, enlarged, and in great part rewritten by. Charlton T. Lewis, Ph.D. and. Charles Short, LL.D. Oxford. Clarendon Press. 1879.
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