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O Santo Sábado do Senhor
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18012010
O Santo Sábado do Senhor
Muitos irmãos que não admitem a diversidade de leis na Bíblia, afirmam que o Sábado é cerimonial. Valem-se de certas passagens isoladas e deslocadas das Escrituras, para garantirem que o Sábado está nulo hoje. Mas, que diz a Bíblia?
O Santo Livro faz referência clara e insofismável a dois Sábados. A saber: o sábado cerimonial e o Sábado moral. Trocado em miúdo: Um de Deus e outro do homem. Um abolido, outro em vigor. Um é o Sábado do sétimo dia da semana. O outro ocorria em datas fixas do ano, como se fora um feriado nacional. Era apelidado de Sábado porque ao chegar revestia-se de toda a solenidade do santo Sábado do Senhor. Eram os “FESTIVAIS” sabáticos (Isaías 1:13; Oséias 2:11).
SÁBADOS MORAIS
Consideremos, em primeiro lugar, o Sábado do sétimo dia da semana, pois é o dia de guarda estabelecido por Deus, após a criação do mundo. Santificado, separado e abençoado. É ele encontrado na Bíblia em vários lugares, dos quais destacamos: Êxo. 20:8-11; 23:12; 31:15; 35:2; Mar. 2:28; Mat. 24:20; Apoc. 1:10 (João o denominava “O Dia do Senhor”, etc).
É O ÚNICO DIA ABENÇOADO E SANTIFICADO POR DEUS
“E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou…” Gên. 2:3. (Mais: Êxo. 20:11; 31:14; 35:2; Deut. 5:12; Jer. 17:22,27; Eze. 20:20, etc.).
É TAMBÉM UM SINAL ENTRE DEUS E SEUS FILHOS
“E santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós…” Eze. 20:20. (Mais: Êxo. 31:13, 17; Eze. 20:12; Apoc. 7:2 e 3; 9:4, etc…).
DEUS OS CHAMA DE “OS MEUS SÁBADOS”
“Guardareis os Meus Sábados…” Lev. 19:30. (Mais: Lev. 19:3; Êxo. 31: 13; Lev. 26:2; Isa. 56:4; Eze. 20:12, 13, 16; 20:21, 24; 22:8,26; 23:38; 44:24, etc…).
SÃO TAMBÉM CLASSIFICADOS DE SÁBADOS DO SENHOR
SÁBADOS CERIMONIAIS
“…Amanhã é repouso, o santo Sábado do Senhor…” Êxo. 16:23. (Mais: Êxo 16:25; 20:10,11; 31:15; Lev. 23:38; Deut. 5:14; Nee. 9:14, etc…).
Prezado irmão, por estas passagens bíblicas, não há dúvidas de que o Sábado do sétimo dia da semana é o quarto mandamento da santa, justa e boa Lei de Deus (Rom. 7:12). E este Sábado foi abonado da seguinte maneira, por Seu Criador, o Senhor Jesus: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno NEM NO SÁBADO” (Mat. 24:20). E arremata categoricamente: “…assim o Filho do Homem, até do SÁBADO É SENHOR.” (Mar. 2: 28).
Eis portanto diante de você o santo Sábado do Senhor. O selo da criação, que revela e aponta Deus como o verdadeiro e único Criador de todas as coisas. Por conseguinte, este mandamento é parte integrante da Lei Moral, e classificado por Deus como: “DIA SANTIFICADO”, “MEU SÁBADO” e “SÁBADO DO SENHOR.”
Esses sábados cerimoniais eram em número de sete. Eles tinham uma finalidade: “Eram sombras das coisas futuras” (Heb. 10:1). Aconteciam durante o transcorrer do ano judaico. Eram datas fixas em dias móveis; data fixa quer dizer um dia de determinado mês. Dia móvel indica que esse dia podia cair numa segunda-feira, quarta, sexta, etc. Quando o sábado cerimonial caia no Sábado do sétimo dia, este era considerado “Sábado grande”. João 19:31.
O tratamento que Deus dá a estes sábados é bem diferente. Apelo ao Espírito Santo para que o irmão alcance esta diferença e a faça valer.
DEUS OS CHAMA DE “OS VOSSOS SÁBADOS”
“…duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” (Lev. 23:32).
TAMBÉM CLASSIFICA O SENHOR DE “OS SEUS SÁBADOS”
“E farei cessar… as suas luas-novas, e os seus sábados…” Oséias 2:11.
(Mais as passagens: Lev. 16:29-31; 23:5-8, 15-16, 24, 37, 39; 26:34, 35, 43; Lam. 1:7; (2:6); Isaías 1:13 e 14.
Exemplo: 15 de Novembro é feriado nacional, mas ele não cai todos os anos no mesmo dia da semana. Há ocasiões em que ocorre na segunda, quinta, domingo e até mesmo no Sábado.
Veja, então, a data é fixa: 15 de Novembro. Mas o dia é móvel: pode cair em qualquer dia da semana, e quando acontece, é feriado. Eram feriados fixos. Esses festivais sabáticos estão em Levíticos capítulo 23 e eram os seguintes:
- 1º Sábado – Páscoa – 15º dia do primeiro mês
- 2º Sábado Festa dos Pães Asmos – 21º do primeiro mês.
- 3º Sábado – Festa das Prímicias(Pentecostes) – 6º dia do terceiro mês.
- 4º Sábado – Memória da Jubilação(Festa das Tormbetas) – 1º dia do sétimo mês.
- 5º Sábado – Dia da Expiação(Yonkipur-Grande yoma) – 10º dia do sétimo mês.
- 6º Sábado – 1º Dia da Festa dos Tabeernáculos – 15º dia do sétimo mês.
- 7º Sábado – Último dia da Festa dos Tabernáculos – 22º dia sétimo mês.
Esses dias eram chamados sábados, porque, ao chegarem, imprimiam na mente dos israelitas a mesma santidade do Sábado semanal. Como vê, irmão, nesse exaustivo consultar da Bíblia, denota-se que há uma diferença entre o Sábado de Deus (semanal) e o Sábado do homem (cerimonial).
Efetivamente, há um abismo entre os dois. O Sábado semanal Deus chama de “MEU SÁBADO” e “SANTO SÁBADO”, e o sábado cerimonial classifica-o de “SEU SÁBADO” e “VOSSO SÁBADO”. O Sábado do homem está sempre ligado com cerimônias, abluções, ofertas, manjares, e ordenanças, ao passo que o de Deus está ligado com ações morais.
Se alguém ainda duvida, tome a Bíblia novamente e vamos ler pausadamente: “ALÉM DOS SÁBADOS DO SENHOR…” (Lev. 23:38). Veja a clareza da expressão divina: “ALÉM… dos Sábados do Senhor.” Denota-se seguramente a existência de outros sábados. (Efetivamente, os sábados cerimoniais).
Sabe irmão, o Sábado semanal foi instituído na criação, e nele Deus descansou. O Sábado cerimonial foi instituído no Sinai, e nele Deus não descansou. O Sábado do sétimo dia era guardado 52 vezes ao ano (uma vez por semana); o cerimonial o era 7 vezes ao ano. O Sábado do sétimo dia foi criado antes da queda do homem; o cerimonial, após a entrada do pecado. O Sábado do sétimo dia da semana foi criado “no ambiente da original perfectibilidade edênica, em que o homem, sem a jaça do pecado, privava com o seu Pai Celestial.” – Subtilezas do Erro, pág. 136.
Por isso ele é exclusivamente moral.
“O Sábado parece ter sido ordenado aos nossos pais logo que foram criados; e juntamente com a instituição do casamento constituem as únicas relíquias que nos restam da vida sem pecado no paraíso. O mandamento de santificá-lo foi incluído entre os Dez Mandamentos, a lei moral, QUE É DE OBRIGAÇÃO PERPÉTUA.”
– Comentário do Evangelho de São Mateus, Vol. 1, pág. 344, de John A. Broadus (teólogo Batista)
“O Sábado é de OBRIGAÇÃO PERPÉTUA… A sua instituição antedata o Decálogo e forma parte da Lei Moral.” – Teologia Sistemática, pág. 408, de A.H. Strong (teólogo Batista)
Bem irmão, como o Sábado do Decálogo não é cerimonial, pelo que foi apresentado neste estudo, e alicerçado nestas duas declarações, reasseguro-lhe: Ele não foi abolido, e agora ficará fácil entender as passagens de Isaías 1:13; Oséias 2:11; Colossenses 2:16; Romanos 14:5 e Gálatas 4:10, etc., não é?
SÁBADO SEMANAL | SÁBADO CERIMONIAL |
Instituído na criação.(Gên.2:1-3) | Instituído no Sinai.(Lev.23) |
Deus descansou. (Gên.2:1-3) | Deus não descansou. |
Deus mesmo anunciou e escreveu. Êxo. 31:18 | Moisés escreveu (Êxo. 32:15 e 16 e Deut. 31:24-26). |
Guardado cada semana (Êxo. 20:8). | Guardado uma vez por ano. |
O quarto mandamento não fala de sábados anuais, sim semanais. | Sábado anual não abrange sábados anuais (Êxo. 20:8). dos do Senhor (Lev. 23:37 e 38). |
É um sinal eterno (Êxo.31:16 e 17) | Devia cessar (Oséias 2:11). |
Não foi abolido (Atos 15:21;17:1 e 7) | Acabou-se na cruz (Efé. 2:14 e 18:4; Mat. 24:20; Luc. 23:56 Col. 2:14-17). |
Deus o chama de Meu Sábado.(Eze. 20:20; Lev. 19:30) | Deus o chama seu Sábado (Oséias 2:11; Isaías1:13). |
Texto: Lourenço Gonzales
A MORALIDADE DO SÁBADO
Etimologia - A palavra hebraica shabbat vem do verbo shavat ou shev, que literalmente significa 'cessar', em associação com cessação de trabalho. Em hebraico, ambas as palavras estão relacionadas com o conceito de greve, parada programada das atividades, parada programada dentro produção, desemprego do trabalho ou simplesmente batente. É importante observar que o shabbat da palavra não significa “o descanso”, no sentido reabastecer forças. Eterno não precisou de descansar depois que seu trabalho da criação. Embora shabbat ou sua versão anglicizada "Sabbath" é traduzida quase universal como o "descanso" ou um "período do descanso", uma tradução mais literal "estariam cessando", com a implicação de "cessar do trabalho". Assim, shabbat é o dia de cessar do trabalho; quando descansar for implicado, não é um denotation necessário da palavra próprio. Para o exemplo a palavra hebrew para a "batida", shevita, vem da mesma raiz hebrew que o shabbat, e tem a mesma implicação, a saber que os trabalhadores impressionantes abstain ativamente do trabalho, melhor que passiva "descansando". Incidentally, isto esclarece a pergunta theological frequentemente-perguntada de por que Deus needed "para descansar" no sétimo dia de Criação, como relacionado no Genesis cliente. Quando se compreende que o deus "cessou" de seu trabalho melhor que "descansou" de seu trabalho, o uso é mais consistente com a vista biblical do omnipotent Deus que não necessita o "descanso."notwithstanding este esclarecimento, este artigo seguirá a tradução distante mais comum de shabbat como o "descanso." Uma confusão lingüística comum conduz a muitos acreditar que a palavra significa o "sétimo dia."though a raiz para sete, ou sheva, é similar no som, ele é soletrado diferentemente.
O sétimo dia é o sábado (Strong - Êxodo 20:10)
Sétimo (Ver h7657 HEBRAICO. Strong # 7637 - shbiy `iy / sheb-ee-ee"): SHBI ou iy (sheb-ee-ee '); ordinal de 7657; sétimo: - o tempo (sétimo).
Dia (Strong # 3117 - yowm / yome): a partir de uma raiz não utilizada sentido de ser quente, um dia (como a hora quente), seja literal (do nascer ao pôr do sol, ou de um pôr do sol para o próximo), ou figurativo (um espaço de tempo definido por um termo associado), (advérbio freqüentemente usado): - a idade, + sempre, + Chronicals continuamente (-mento), diariamente, (nascimento (,), cada um, ao) dias, (agora um, duas) dias (agone), + velho, final X, + noite, + (para) sempre (-lasting,-mais), X plena, a vida, como (quase) desde que (.. vivo), (mesmo) agora , + velho, + sobreviveu, + perpetuamente, atualmente, + restar, exigida X, estação, desde X tempo, espaço, então, um processo (de), + como em outras vezes, + problemas, previsão do tempo, (as), quando, (a, os, dentro de um tempo) (que), X todo (idade +) (completo) ano (-ly), + jovens.
Sábado (Ver h7673 HEBRAICO. Strong # 7676 shabbath - / Shab-bawth '): Shabbos ou Shabbes na pronúncia asquenazi, intensivo em 7673; intervalo, ou seja (especificamente) a sábado: - (+ a cada sábado).
Definição - A ordem de um dia de descanso é ordenado diretamente por D-us no Tanakh após os seis dias de criação. Dentro do Tanakh sua observância é considerada de extrema importância, aparecendo como o quarto dos dez mandamentos (Êxodo 20:8-11 e Deuteronômio 5:12-15). A tradição judaica acredita que um dia inicie com o pôr-do-sol e termine com o pôr-do-sol seguinte, pelo que o SHABAT inicia-se com o pôr-do-sol da sexta-feira comum e termina com o pôr-do-sol do sábado comum.
Em algumas ocasiões a palavra Shabat refere-se a lei de Shemitá, a feriados judaicos ou a uma semana de dias, dependendo do contexto mas sempre associado a um período de cessação de trabalho.
Eis três estudos para compreender a moralidade do princípio sabático e a relação do quarto mandamento com o sétimo dia da semana. Clique em cima dos títulos abaixo para ser redirecionado ao artigo desejado.
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POR QUE O SÁBADO NÃO É CERIMONIAL
Dez razões bíblicas por que o sábado não pode ser um preceito cerimonial.
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POR QUE O SÁBADO É MORAL
Dez razões bíblicas que definem a natureza moral do princípio sabático no quarto mandamento.
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POR QUE O SÁBADO É O SÉTIMO DIA
Quinze razões bíblicas por que o sábado tem que ser especificamente o sétimo dia da semana.
POR QUE O SÁBADO NÃO É CERIMONIAL
Dez razões bíblicas por que o sábado não pode ser um preceito cerimonial.
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POR QUE O SÁBADO É MORAL
Dez razões bíblicas que definem a natureza moral do princípio sabático no quarto mandamento.
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POR QUE O SÁBADO É O SÉTIMO DIA
Quinze razões bíblicas por que o sábado tem que ser especificamente o sétimo dia da semana.
Perguntas e Respostas sobre o Sábado
Autor: Gilson Medeiros
É impressionante como ainda existem tantos absurdos sobre a doutrina do sábado no meio não-Adventista. São muitas as pessoas que se deixam cegar por informações equivocadas, achando que tais ensinos lhes dão argumentação para não guardarem o sétimo dia da semana como o Sábado do Senhor.
Freqüentemente algumas dessas pessoas, que graças a Deus são leitoras do blog (pois assim estão tendo um contato real com o que a IASD ensina), enviam para mim as suas contestações sobre nossa doutrina, se valendo destes argumentos frágeis e escrituristicamente falhos.
Vou, então, aproveitar para colocar uma postagem em forma de "perguntas e respostas", tentando contemplar os principais (não todos, porque são inúmeros) erros que os críticos dos Adventistas cometem, ao justificarem sua não-aceitação da validade do 4º Mandamento nos dias de hoje.
1. Se houve mudança no calendário, como saber se o sábado que se guarda hoje foi o mesmo instituído por Deus no princípio?
Este é o tipo do argumento que se usa sem confirmar as informações primeiro. Alguns apenas se limitam a repetir o que ouvem de outros, mas não se dão ao trabalho de conferir se tal informação é correta.
Houve, sim, uma mudança no calendário gregoriano, mas ela não afetou o ciclo semanal. Ou seja, os dias da semana não tiveram sua ordem alterada por ocasição do arranjo temporal do calendário.
"Em 1582, o Papa Gregório XIII, aconselhado pelos astrônomos, decretou pela bula Inter gravíssimas que quinta-feira, 4 de Outubro de 1582, seria imediatamente seguido de sexta-feira 15 de Outubro para compensar a diferença acumulada ao longo de séculos entre o calendário juliano e as efemérides astronômicas (veja mais detalhes)".
Portanto, vê-se claramente que não há base histórica para dizer que os dias da semana foram alterados. Ademais, os judeus, a quem foram dadas as tábuas da Lei, jamais se "atrapalharam" na observância do sábado, o que mostra que tal dia JAMAIS foi perdido no tempo.
2. Como guardar o sábado em um mundo cheio de fusos horários? Se é sábado no Brasil, não é no Japão. Portanto, o Mandamento fica sem sentido.
Outro argumento (pasmem!) muito usado, mas que é de uma fragilidade infantil.
Onde a Bíblia diz que TODOS deveriam guardar o sábado ao mesmo tempo? Isso só ocorrerá na eternidade, na Nova Terra (cf. Isa. 66:22-23).
O importante, segundo o Mandamento, é guardar o sábado onde quer que estejamos. E ponto final!
3. Quando Jesus disse que o sábado foi feito "por causa do homem", Ele não estava dizendo que é mais importante a nossa manutenção do que a santidade deste dia? Por exemplo: se eu estiver em perigo de perder meu emprego se guardar o sábado, então posso deixar o mandamento de lado.
O sábado foi mesmo criado "por causa do homem", pois tudo neste mundo (natureza, animais, igreja, família, sexo, salvação, sábado, perdão, etc.) foi criador pelo Senhor para benefício da Sua mais importante criatura – o homem. Tudo foi feito “por causa”, ou seja, em benefício do homem. Dizer que nesta declaração Jesus está afirmando que não precisamos obedecer ao mandamento do sábado é, no mínimo, um desprezo às mais elementares regras de interpretação.
Se Jesus tivesse realmente ensinado que o sábado era para se deixar de lado em benefício do ser humano, por que as mulheres que O seguiam preferiram guardar o mandamento em vez de preparar o corpo do Senhor na sepultura? (cf. Luc. 23:54-56). Se o homem é mais importante que o sábado (a ponto de ter o direito de escolher guardá-lo ou não), quanto mais o Senhor Jesus, o "dono" do Sábado! (clique aqui e veja um estudo completo sobre o sábado no NT).
Quando se tenta fundamentar uma desobediência o resultado é sempre o mesmo: heresia. E tem uns "Centros Apologéticos" por ai que se especializaram em criar estas heresias mirabolantes...
4. A aliança do sábado foi feita desde o Éden, ou só após Israel ser libertado do Egito?
O sábado foi instituído por Deus no início da Criação, fechando o clico semanal de sete dias, que Deus instituiu para ser o padrão para toda a humanidade. Certamente era propósito do Senhor de que o sábado fosse uma bênção para todos, não só para judeus, pois eles ainda nem existiam no Éden (cf. Gên. 2:1-3).
O livro de Isaías, em seu capítulo 56, versos de 1 a 8, deixa claro que o desejo do Senhor era que o sábado se tornasse uma bênção para TODOS os povos, não só para Israel.
5. Devo adorar a Deus no sábado ou "em espírito e em verdade"?
Esta é uma pergunta que a Bíblia responde muito bem. Vejamos um verso bíblico que mostra o que Deus pensa sobre esta “adoração” que rejeita a Sua autoridade como Senhor sobre a humanidade: “o que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (Prov. 28:9).
Para os que conhecem alguém que está “desviando os ouvidos” de ouvir a santidade da Lei de Deus, advirta-o em nome de Jesus! Deus é tão correto com Sua Palavra (por isso podemos confiar nEle) que nem mesmo a oração daqueles que insistem em rejeitar Sua Lei, que é a norma pela qual todos seremos julgados (Tiago 2:12), Ele atende... Viu como é sério?!
Então, estou certo de que Deus deseja ser adorado NO SÁBADO do sétimo dia, em espírito e em verdade, bem como nos outros 6 dias, porque uma coisa não pode excluir outra.
Se Deus disse que é para adorar no sábado, e já mostrei inúmeras passagens que provam isso, então É PARA ADORAR EM DIA DE SÁBADO SIM....
6. Existe base bíblica para que o sábado seja guardado por todos os povos, e não somente pelos judeus da Antiga Aliança?
Esta pergunta já foi amplamente respondida aqui no blog. Porém, apenas para confirmar, temos o relato de Gên. 2:1-3, o de Isaías 56 (que considero muito forte), a vida dos apóstolos de Cristo (especialmente no livro de Atos) e as passagens de Apocalipse 12:17 e 14:12, que mostram CLARAMENTE que o povo de Deus que estará vitorioso nos últimos dias é aquele que GUARDA OS MANDAMENTOS DE DEUS, e o único lugar em que encontramos estes mandamentos é em Êxo. 20:3-17 - e bem no centro está o sábado.
Mais "base" do que isso....
7. Paulo disse que "o fim da lei é Cristo". Isso não significa que não precisamos mais guardar o sábado na Nova Aliança?
Alguns parece que querem defender que a expressão “o fim da lei é Cristo” (Rom. 10:4) significa que não temos mais dever de obedecer aos 10 Mandamentos. Que absurdo! Por um motivo principal:
Não esqueçamos que a Lei dos 10 Mandamentos também inclui adultério, furto, assassinato, adoração de imagens, cobiça, desobediência aos pais, politeísmo, etc. E estes pecados deixaram de existir após o sacrifício de Cristo? É óbvio que não...
Por que, então, colocar apenas o sábado no contexto de Rom. 10:4? Não quero crer que seja por má-fé... (Tiago 2:10-12).
Alguns caem no cúmulo de dizer que apenas o Mandamento do sábado foi abolido da Lei porque ele não é citado textualmente no NT. Se isso fosse um argumento sério, deveríamos dar a mão à palmatória, e não condenar os católicos por adorarem imagens, pois o 2° Mandamento também não é repetido “textualmente” no NT, e nem por isso os ditos "evangélicos" deixam de condenar os católicos por adorarem suas imagens (há até os que invadem igrejas para destruir os "santos", chutam as imagens em programas de TV, etc.).
8. Por que os Adventistas ficam querendo se salvar pela Lei? Vocês não crêem na graça libertadora de Jesus?
Os Adventistas não crêem na salvação pelas obras. Somos salvos ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE pelos méritos de Cristo na cruz do calvário (há muitas postagens aqui no blog que esclarecem isso).
Porém, todos, SEM EXCESSÃO, seremos julgados por Deus, e a norma para este julgamento será Sua Santa e Imutável Lei, revelada nos 10 Mandamentos (cf. Ecles. 12:13-14).
Não é à toa que o último livro da Bíblia confirma que a guarda dos Mandamentos é uma das claras características do povo visível de Deus para estes último dias, e é por isso que o inimigo persegue tanto este povo, e os “culpa” de serem uma seita exatamente por não abrirem mão de expressarem sua alegria na obediência ao Senhor, como expressão de amor e gratidão pela certeza da salvação que temos, em Cristo Jesus (cf. Apoc. 12:17; 14:12).
9. Em que os Adventistas se baseiam para dizerem que existem uma divisão de "leis" na Bíblia? A lei não é uma só?
Basta uma olhada rápida na Bíblia para percebermos que os seus escritores tratam de mais de um tipo de Lei, pois em alguns momentos ela é considerada abolida por Cristo (cf. Efés. 2:15), mas em outros ela é chamada de “lei da liberdade” (cf. Tiago 2:12). Há alguma contradição no texto bíblico? Os autores estão ensinando doutrinas opostas? Ou será que eles estão tratando de leis diferentes?! Tomemos o exemplo de Paulo:
Em Efés. 2:5 o apóstolo diz que Jesus “aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças”. Porém, no mesmo livro, em 6:1-3, Paulo aconselha os filhos a seguirem um Mandamento da Lei moral, que trata da honra devida ao pai e à mãe (cf. Êxo. 20:12). Como é possível!? A lei foi ou não abolida com o sacrifício de Cristo? Paulo está se contradizendo? Ou será que ele está tratando de duas leis diferentes...?
Parece-me que esta última é a única alternativa lógica para solucionarmos tão “aparente” discrepância bíblica.
Clique aqui e veja um estudo mais detalhado sobre a distinção entre leis na Bíblia.
Estas foram algumas das perguntas mais comuns.
Última edição por Ronaldo em Dom Abr 04, 2010 2:12 pm, editado 6 vez(es)
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O Santo Sábado do Senhor :: Comentários
↑VER O ÍNDICE↑
POR QUE O SÁBADO NÃO É CERIMONIAL
Dez razões bíblicas por que o sábado não pode ser um preceito cerimonial.
Por Prof. Azenilto Guimarães Brito
Adaptado por Marllington Klabin Will
Adaptado por Marllington Klabin Will
1 — Porque foi instituído antes do ingresso do pecado no mundo (Gn.2:1–3 / Ex.20:8–11 / Mc.2:27). As cerimônias são posteriores ao pecado e servem ao propósito de propiciar expiação pelo seu valor simbólico de apontar ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29). Guardar o sábado nunca propiciou expiação para pecado algum, muito pelo contrário, sua profanação é pecado, o que é característica de preceito moral.
2 — Porque o relato da Criação lembra que Deus DESCANSOU naquele primeiro sábado, cessou Suas atividades da semana da criação (pois a Divindade não se cansa — Is.40:28), deixando com isso um exemplo a ser seguido pelos seres que criara (Gn.2:3 / Ex.20:11). Nenhum preceito cerimonial adquire tal relevância à vista de Deus.
3 — Porque o relato da Criação lembra que Deus ABENÇOOU aquele primeiro sábado como uma marca especial de Sua aprovação e contínuo benefício físico, mental e espiritual aos que o observarem, promessa apresentada em muitas ocasiões na Bíblia (ver Is.56:3–8 / 58:13–14). Tal bênção divina sobre o sábado é lembrada no texto do mandamento (Ex.20:11) e não há nenhum preceito cerimonial que obtenha tal relevância.
4 — Porque o relato da Criação lembra que Deus SANTIFICOU aquele primeiro sábado separando-o como memorial de Sua obra como Criador, o que é confirmado no texto do mandamento. A palavra “santificar” significa separar algo consagrando-o a Deus. Sendo que Deus já é absolutamente santo, para quem santificou (separou) o sábado, a não ser para as Suas criaturas humanas? Não faria sentido estabelecer um memorial de um evento em época tão distanciada do mesmo.
5 — Porque ao pronunciar solenemente a lei moral do Decálogo no Sinai aos ouvidos do povo de Israel, Deus incluiu naturalmente o sábado como o seu quarto mandamento. Isso não ocorreu com nenhum dos preceitos cerimoniais. E ao concluir, diz o texto que Ele “nada acrescentou” (Dt.5:22). Quem acrescentar preceitos cerimoniais ao Decálogo está contrariando o que Deus fez.
6 — Porque ao concluir tal proclamação, Deus escreveu aquelas palavras em duas tábuas de pedra, que Moisés colocou dentro da arca (Dt.10:5). Nenhum mandamento cerimonial foi escrito em tábuas! Tudo quanto tinha caráter cerimonial foi ditado a Moisés para ser registrado em livros (rolos).
7 — Porque Deus restaurada a observância do sábado sob a administração Mosaica para que fosse um sinal especial do pacto entre Ele e Seu povo escolhido (Ex.31:17 / Ez.20:12,20). Deviam distinguir-se de entre todas as nações da Terra como o povo que guardava o sábado, e como tal recebia bênçãos especiais de Deus. Ele não escolheria para tal objetivo um mandamento meramente cerimonial que seria abolido no futuro, pois o Seu plano era que Israel permanecesse para sempre como Seu povo escolhido e Suas testemunhas entre os moradores da Terra, e se Israel tivesse aceito o Messias isso sem dúvida steria acontecido.
8 — Porque embora as cerimônias hajam cessado na cruz, e ocorra longa discussão sobre o sentido das mesmas, especialmente em Hebreus 7 a 10, nunca o quarto mandamento é discutido como tendo caráter cerimonial. Ao contrário, na própria epístola de Hebreus, o sábado recebe tratamento especial nos capítulos 3 e 4, onde nunca é referido como tendo cessado.
9 — Porque sendo o Santíssimo Senhor e Criador (Hb.1:2), Jesus deu o exemplo de observância do sábado (Lc.4:16) e Se preocupou quanto à sua correta observância, discutindo com os líderes religiosos judeus sobre os Seus atos de curar nesse dia, explicando que fazia somente o que a lei permitia no sábado (Mt.12:12). O teor das discussões de Cristo com os líderes judaicos não era SE deviam observar o sábado ou QUANDO deviam observar o sábado, mas sim COMO fazê-lo. Ele não revelou a mesma preocupação com qualquer preceito cerimonial. Por que se preocupar com algo que logo estaria por ser abolido?
10 — Outro argumento é o da penalidade que acompanhava a violação deste mandamento: “Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo.” (Ex.31:14). Nenhuma violação de uma lei meramente cerimonial era visitada com esta pena. Nem o descuido da circuncisão, embora houvesse rejeição tanto do pacto Abraâmico e do Mosaico, e necessariamente implicava a perda de todos aos benefícios da teocracia, foi constituído como delito capital. A lei do sábado, ao permanecer distinta assim, foi elevada muito acima dos meros mandamentos positivos (cerimoniais). Foi-lhe dado um caráter especial, não só de importância primordial, mas também de santidade.
↑VER O ÍNDICE↑
POR QUE O SÁBADO É MORAL
Dez razões bíblicas que definem a natureza moral do princípio sabático no quarto mandamento.
Por Marllington Klabin Will
As dez razões apresentadas a seguir são algumas utilizadas inclusive por observadores do domingo para justificarem a validade e a vigência de um santo “Dia do Senhor”. Como não argumentam sobre um dia específico, e sim sobre o dever e benefício de o ser humano ter um dia semanal para santificar e dedicar a Deus, podem ser apresentados tanto em favor da observância do sábado como também a favor do domingo. O que esse pontos não provam é que o “Dia do Senhor” seja o sétimo dia ou o primeiro da semana. Se faz ou não sentido aplicar o princípio sabático nalgum desses dias específicos, isso já é outra questão. O presente artigo tem como finalidade apresentar somente os motivos para haver um “sábado” (dia de descanso) entre os sete da semana para adoração e santificação, provando que o princípio sabático do quarto mandamento tem natureza e caráter moral, quer seja aplicado no sétimo ou no primeiro dia.
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1 — A obrigação original e universal da lei do sábado pode-se inferir pelo fato de ter encontrado lugar no Decálogo. Como todos os outros mandamentos naquela revelação fundamental dos deveres do homem para com Deus e para com seu próximo são morais e permanentes em sua obrigação. Seria incongruente e não natural que o quarto mandamento fosse uma exceção solidária. Este argumento não é desde cedo contestado com a resposta dada pelos defensores da doutrina oposta. O argumento, dizem eles, é válido só na suposição de “que a Lei Mosaica, devido a sua origem divina, seja de autoridade universal e permanente”. Não se poderia da mesma forma dizer que se o mandamento “Não furtarás” continua válido até hoje todo o conteúdo da Lei tem de ser mantido?
O catecismo editado pela “Casa Editora Presbiteriana” concorda quando diz:
- “O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em Sua Palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso a Ele dedicado. (…) proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres exigidos, e a profanação deste dia por meio de ociosidade, ou por fazer aquilo que é em si mesmo pecaminoso, ou por desnecessários pensamentos, palavras ou obras acerca de nossos negócios e recreações temporais. (…) Deus nos concede de fazermos uso dos seis dias da semana para os nossos interesses temporais: o reclamar Ele para Si a propriedade especial do dia sétimo, o Seu próprio exemplo, e a bênção que Ele conferiu ao dia de descanso.” — Em “Breve Catecismo de Doutrina Cristã”, p. 17–18.
3 — Jesus reforçou o conceito de ser o sábado uma instituição divina estabelecida por Deus especificamente em função do homem (Mr.2:27), a fim de que servisse no aspecto físico, mental e espiritual. É o único mandamento que tem a ver com o amor para com Deus satisfazendo, ao mesmo tempo, a felicidade do homem. Nenhum mandamento cerimonial mereceu tal tratamento que é característica de preceito moral.
O Prof. John D. Davis, autor presbiteriano de um dos mais famosos dicionários bíblicos, que já alcançou várias edições, bem acrescenta:
- “A doutrina ensina claramente que este dia foi ordenado por Deus, para repouso do corpo, e bem-estar do homem; que o deviam observar, imitando o exemplo que Deus dá, e por causa das bênçãos por Ele conferidas.” — Em “Dicionário da Bíblia”, p. 520.
5 — Este mandamento não tem somente o propósito de provê o descanso físico, mas, principalmente, tem a finalidade de deter o curso da vida externa das pessoas e fazê-las voltar seus pensamentos para o invisível e espiritual. Os homens são tão propensos a submergir nas cosiam desse mundo que é da maior importância haver um dia de freqüente repetição em que lhes seja proibido pensar nas coisas desse mundo, e que os faça pensar nas coisas invisíveis e eternas. Sobre a natureza e a função da lei, que regula as relações das pessoas entre si, disciplinando os comportamentos externos, tem como critério a norma moral assente na natureza de Deus. A razão humana, por sua vez, é capaz de discerni-la, pelo menos nas suas exigências fundamentais, subindo assim até à Razão criadora de Deus que está na origem de todas as coisas. Esta norma moral deve regular as opções das consciências e guiar o comportamento dos seres humanos. Através do sábado todos os homens têm que parar em sua caminhada terrena e trabalho secular e são chamados a cessar e voltar seus pensamentos até Deus em Seu santo dia.
6 — O sábado cria o ambiente necessário para se manter um relacionamento mais íntimo com o Senhor e aproveitar momentos felizes com os amigos e a família, assim, aperfeiçoando e harmonizando o estado saudável da mente, da moral e do espiritual.
Este argumento é bem definido pelo Dr. Antonio Neves de Mesquita, teólogo batista, que diz:
- “Seria impossível a qualquer povo desenvolver espírito religioso sadio e moral alevantada sem que houvesse meios adequados. Ora, o sábado, forçando o descanso das coisas seculares e fazendo inclinar a mente para as divinas, relembrando as beneficências de Deus à raça, conseguiria manter em equilíbrio os dois poderes humanos: físico e moral. (…) O sábado é um elo unindo os homens a Deus por meio do culto, que ele faculta e desenvolve. (…) Podemos aferir grandemente a espiritualidade de um homem pelo respeito que ele tem pelo dia de descanso.” — Em “Estudo no Livro de Êxodo”, p. 163, 169–170. Grifos acrescentados.
8 — O sábado indica como vai nosso estado espiritual. O Senhor viu que o mundo, ao decorrer da história, esqueceria e depois desprezaria este mandamento. Por isso que o mandamento começa com a palavra “lembra-te”. Deus nos fala para lembrar-nos dEle, não esquecendo deste mandamento. Deus sabia que nunca esqueceríamos os outros mandamentos se lembrássemos do mandamento do sábado, porque este nos ajudaria a desenvolver um relacionamento com Deus e aprofundar todos os outros.
Fato bem argumentado pelo Pr. Harold J. Brokke, teólogo assembleiano, que declara:
- “É possível que alguém imagina que a transgressão desse quarto mandamento é menos grave do que a transgressão dos outros nove. A verdade, porém, é que quem se dispõe a transgredir o quarto mandamento já tem no coração a inclinação de transgredir um ou mais dos outros mandamentos.” — Em “Prosperidade Pela Obediência, p. 58–59. Grifos acrescentados.
Tanto é que ao repetir o quarto mandamento 40 anos mais tarde após a entrega da lei original no Sinai (Dt.5:15), Moisés atribuiu ao sábado um caráter escatológico, pois lembrava ao povo o livramento do Egito e do cativeiro egípcio, que representam o pecado (Ap.11:8 / Os.11:1 / Mt.2:15 / Zc.10:10), simbolizando perfeitamente que os libertos da escravidão do pecado agora também têm o privilégio de observar o sábado para dedicá-lo ao Senhor e obter descanso físico, mental e refrigério espiritual, algo que não praticávamos quando prisioneiros do pecado, assim como os hebreus não praticavam enquanto prisioneiros do Egito.
10 — Por este mandamento encontramos que nos profetas, assim como no Pentateuco, e nos livros históricos do Antigo Testamento, o sábado não é mencionado somente como “deleite”, mas que também é predita sua fiel observância como característica do período Messiânico. Como santo dia de descanso e separado para a relação com Deus, o sábado, que viria a ser o memorial da redenção, estava colocado para ser um tipo daquele repouso que é permanente para o povo de Deus, como vemos no Salmo 95:11, como o expõe o autor de Hebreus 4:1–10.
Quando as pessoas sinceras descobrem o evangelho, o sábado torna-se um constante lembrete de descansar da infindável luta. É tão natural e humano tentar conquistar nossa salvação pelas nossas próprias obras. Precisamos de um lembrete de que a primeira obra do cristão é repousar na obra que Jesus já realizou por nós. Portanto, o sábado, sendo também memorial da redenção, é como uma vacina contra a tentativa de salvação pelas obras, pois nos lembra constantemente de descansarmos na graça de Cristo!
PONDERAÇÃO FINAL
Sendo a natureza deste mandamento moral e não cerimonial, portanto é original e universal em sua obrigação. Nada pressupõe que os mandamentos “Não matarás” e “Não furtarás”, que foram primeiramente anunciados por Moisés, tenham deixado de ser mantido quando a antiga administração se desvaneceu. Uma lei moral é mantida pela sua própria natureza. Expressa uma obrigação que surge de nossa relação com Deus ou de nossas relações permanentes com nossos semelhantes. É mantida tanto se está promulgada ou não. Pois é moral no que se refere a um dia de repouso e cessação de atividades terrenas. É de obrigação moral que Deus e Suas grandes obras sejam expressamente relembradas. É um dever moral que o povo se reúna para instrução religiosa e para a adoração corporativa a Deus. Tudo isso era obrigatório antes da época de Moisés e havia sido mantido, embora o preceito escrito jamais houvesse existido. Tudo o que fez o quarto mandamento foi colocar esta obrigação natural e universal de uma forma concreta.
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POR QUE O SÁBADO É O SÉTIMO DIA
Quinze razões bíblicas por que o sábado tem que ser especificamente o sétimo dia da semana.
Por Marllington Klabin Will
Os próprios defensores do domingo vêem qualidades morais no quarto mandamento. Na verdade, a alegação deles é que o mandamento é parcialmente moral e parcialmente cerimonial. Sem respaldo bíblico, dizem isso porque pretendem reinterpretar o princípio sabático, aplicando o “sábado” do sétimo dia ao primeiro da semana, o domingo ou o “sábado cristão” como chamam. Contudo, ao assumir essa posição, eles desconsideram alguns fatos bíblicos bastante óbvios que provam não fazer sentido essa aplicação do “sábado” (descanso) a qualquer outro dia semanal, senão no sétimo. O presente estudo apresenta quinze argumentos, dentre outros, para provar que o “sábado” é um dia da semana determinado, o dia sétimo específico.
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1 — O mandamento sabático que está no Decálogo faz evidente alusão ao descanso de Deus na criação (Ex.20:11). Portanto, é no contexto histórico daquela semana que a expressão “o sétimo dia” deve ser compreendida, o que torna evidente que é um dia semanal específico. O mandamento não manda lembrar-nos de santificar o “sábado” (shabbat) ou o “descanso”, mas sim de santificar “o dia” de sábado, e ainda diz que “o sétimo dia é o sábado” (Ex.20:8–11). Ou seja, não está no sétimo dia — o sábado é o sétimo dia.
2 — A qualidade moral do sábado não está somente nas necessidades físicas, mentais e espirituais do ser humano. Mas também, em primeiro lugar, o fundamento racional do mandamento vem da relação do dia de sábado com o ato criativo de Deus. A razão oferecida pelo quarto mandamento não é o próprio descanso em si de um dia em sete qualquer para satisfazer as necessidades do homem. O motivo apresentado em Gênesis 2:1–3 para santificação do sábado é o dia determinado do descanso de Deus no Éden, e não o próprio descanso em si. É o fato histórico da criação, do descanso de Deus no dia determinado, da benção divina e da santificação de um dia determinado (Gn.2:1–3) para servir como memorial da criação (Sl.111:4) e como sinal de Deus (Ez.12:12,20) que dá sentido lógico ao dia específico do sábado.
3 — Deus abençoou e santificou única e especificamente o sétimo dia da semana e nenhum outro mais. Foi o sétimo dia específico que foi abençoado e santificado por Deus.
4 — A principal finalidade do sábado é comemorar a obra da criação. Recebemos a ordem de relembrar o dia do sábado e santificá-lo, porque em seis dias Deus fez os céus e a Terra.
Os deveres e preceitos morais são provenientes dos atributos de Deus. O dever moral de amar e obedecer a Deus repousa principalmente sobre o fato de que o Senhor criou todas as coisas (Ap.4:11), e o sábado foi dado para comemorar essa criação. O poder criador é o atributo característico do Deus vivo, e o sábado proveio diretamente do exercício deste atributo na criação do mundo. Deus o separou exclusivamente para reflexão na Sua criação.
5 — O sétimo dia é o aniversário do planeta, o memorial de um mundo perfeito e sem pecado. Dias memoráveis, para ter significado, devem estar em pontos definidos de tempo. O sábado é um marco temporal, tem um motivo especifico em relação ao (sétimo) dia, o que não faz sentido se não for num tempo determinado. Essa relação entre a causa e o tempo é uma razão muito bem fundada para o sábado ser o último dia da semana. O descanso de Deus não foi simplesmente um dia entre sete na semana da criação — foi o sétimo dia específico. O memorial sabático não tem por finalidade relembrar um dia qualquer. O ato criativo manifestou-se em certa seqüência de tempo: seis dias Deus trabalhou e o sétimo dia em que Ele descansou. “Por isso”, ou seja, por causa disso o sábado foi abençoado, santificado e separado para memorial.
Suponhamos que alguém nasceu a 7 de setembro. Não é qualquer dia de setembro, nem é o dia 7 de qualquer mês. Especificamente esse dia e nenhum outro será o seu legítimo dia natalício, pois foi esse o dia em que nasceu. Essa pessoa poderá alegar, querendo, que nasceu a 1 de setembro. Isto absolutamente não altera o fato de ser o 7 de setembro o legítimo dia de seu nascimento. Assim como o dia da Independência do Brasil não faz sentido ser comemorado em qualquer outra data senão nesse dia. O mesmo se dá com o sábado. É um dia semanal definido — o sétimo. Eis um fato que é impossível destruir! Segue-se, pois, que o sétimo dia original, e depois dele cada sétimo dia sucessivo, foi e há de ser, impreterivelmente, o legítimo “sábado” ou dia que relembra o descanso do Senhor, preceituado no mandamento. Para o sábado deixar de ser memorial, é necessário deixar de ser verdade que Deus no sétimo dia da criação repousou de toda a Sua obra que fizera.
6 — A qualidade moral do princípio relacionada ao fundamento lógico-racional para o dia ser especifico resulta em outras características morais do mandamento: observar o sábado no sétimo dia, o dia que Deus concluiu Sua obra de criação, preserva o conhecimento do único Deus vivo e verdadeiro como Criador do Universo. Se os céus e a terra foram criados têm de ter tido um criador e este criador tem que ser extra-mundo, existindo anteriormente, fora e independente do mundo. Tem que ser onipotente e infinito em conhecimento, sabedoria e bondade; porque todos esses atributos são necessários para explicar as maravilhas do céu e da terra.
7 — O sábado, sendo o memorial da criação e um dia reservado para a reflexão do Deus Criador, visa trazer em nós um reconhecimento de gratidão. Não traremos um reconhecimento de gratidão adorando num dia que não comemora a criação.
8 — Adorar no sétimo dia, o dia em que o próprio Deus abençoou, consagrou, santificou, separou para ser objeto de culto e ordenou que fosse o dia de adoração, também desperta reverência e submissão para com o Deus que nos Criou. Não vamos despertar reverência nem submissão santificando o dia que acharmos mais conveniente para nossos próprios desígnios.
9 — O princípio do mandamento sabático indica como vai nosso estado espiritual somente e unicamente quando tem a ver com o dia determinado por Deus, pois apenas despertamos reverência e submissão para com Deus quando somos fiéis e respeitamos Sua autoridade, obedecendo ao Seu mandamento e adorando no dia que Ele ordenou que fosse observado.
10 — A moralidade do mandamento também pode-se inferir pela natureza e propósito da instituição. É um princípio geralmente reconhecido que aqueles mandamentos dirigidos aos judeus como judeus, e baseado em suas peculiaridades, circunstâncias e reações, se desvaneceram quando se aboliu a administração Mosaica; porém os mandamentos baseados na imutável natureza de Deus ou nas relações permanentes dos homens são de obrigação permanente. Há muitos mandamentos que obrigam aos homens como homens; aos pais como pais; aos filhos como filhos. É perfeitamente evidente que o quarto mandamento pertence a esta última classe.
É importante que todos os homens vejam que Deus criou o mundo e por isso Ele é um ser pessoal, extra-mundo, infinito em todas as suas perfeições. Uma família vive em paz, se todos os seus componentes se sujeitam a uma norma comum: é esta que impede o individualismo egoísta e que mantém unidos os indivíduos, favorecendo a sua coexistência harmoniosa e laboriosidade para o fim comum. Tal critério, em si óbvio, vale também para as comunidades mais amplas, como a religiosa, universal. Para se gozar de paz, há necessidade dessa lei comum. Todos os homens têm que parar em sua caminhada terrena e são chamados a parar e voltar seus pensamentos até Deus.
11 — Em Marcos 2:27, o “sábado” que Deus estabeleceu em função do homem foi o memorial do sétimo dia (vs.24).
12 — O dia de “sábado” que Jesus observava era no sétimo dia da semana, e não no primeiro ou outro dia qualquer. E “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (1Jo.2:6).
13 — Lucas escreveu, cerca de 30 anos depois da morte de Jesus, que o sábado do mandamento era exatamente o sétimo dia da semana, pois foi assim que fora observado “segundo o mandamento” (Lc.23:56).
14 — Nenhum dia foi tão solenemente posto diante do povo de Deus pelos Seus profetas como o sábado. Ninguém hoje tem dúvida que os exemplos do Antigo Testamento de violação do sábado eram sobre um dia específico, o sétimo dia. Mas os profetas podiam apontar apenas o quarto mandamento para apoiar sua fervorosa admoestação para santificar um dia específico da semana. Portanto, esses inspirados homens de Deus compreendiam que o “sétimo dia” do Decálogo significava especificamente o sétimo dia da semana.
15 — Ninguém tem dúvida de que era exigido daqueles que viveram antes de Cristo que guardassem o sábado no sétimo dia da semana. Em outras palavras, “o sétimo dia” do mandamento significa inquestionavelmente o sétimo dia da semana. Então, que base racional pode ser encontrada para a alegação de que, quando Cristo veio, o claro e específico significado do mandamento subitamente tornou-se vago e impreciso, e agora significa meramente um dia semanal entre sete? Não, o mandamento não perdeu seu significado original. Somente o sétimo da semana é o dia de “descanso”. Ninguém, no tempo de Cristo ou por quase mil e seiscentos anos depois, jamais ousou em fazer essa afirmação absurda. Até o ano 1595, os cristãos compreendiam que “o sétimo dia” do mandamento significava o mesmo sétimo dia da semana. Longe de ter qualquer fundamento nas Escrituras, essa teoria “qualquerdiaísta” nem mesmo foi insinuada até quinze séculos após o último apóstolo baixar à sepultura.
PONDERAÇÃO FINAL
Esse assunto é mais que um assunto de “dias”; é um assunto de autoridade, de domínio. Satanás tem trabalhado para mudar a lei de Deus, especificamente a lei do sábado (Dn.7:25). Adorar no sétimo dia é aceitar a autoridade do Deus que ordenou que este dia fosse observado (Ex.20:8). Deus é adorado como Criador quando guardamos o sábado (Ap.14:6–7 / Gn.2:1–3 / Ex.20:11). Aceitar conscientemente um dia de adoração falsificado, é aceitar uma instituição estabelecida por homens guiados por Satanás (Dn.7:25 / At.20:28–31 / 2Ts.2:3–7). A questão que deve ser indagada é sobre quem vamos obedecer: a Deus ou aos homens?
- “Importa antes obedecer a Deus que aos homens.” (At.5:29)
Foi numa sexta-feira que Deus concluiu Sua obra e descansou da tarefa da Criação. E também foi numa sexta-feira que Jesus concluiu a obra da redenção. Quando inclinou a cabeça ao morrer, disse: “Está consumado!” (Jo.19:30). Depois disso, os discípulos tiveram apenas o tempo suficiente para remover o corpo da cruz e colocá-Lo na tumba nova de José. Enquanto saíam apressados, o sol se punha. A Escritura diz: “E começava o sábado” (Lc.23:54). Assim, pela segunda vez, o Salvador descansou no sétimo dia de uma obra terminada. O sábado, criado para comemorar as providências de Deus para um mundo perfeito no Gênesis, assumiu então um significado adicional. Daquele dia em diante, simbolizaria também Suas providências para um mundo em pecado: o plano para nos redimir, curar e restaurar a uma relação de fé e confiança nEle, tonando-se também o memorial da redenção, agora com um significado adicional para os cristãos (Hb.4).
Este segundo significado do sábado foi apresentado muito tempo antes da cruz. Quando Deus deu os Dez Mandamentos no Sinai, explicou a razão para o sábado, fazendo alusão à Criação (Ex.20:11). Mas, quando Moisés repetiu os mandamentos 40 anos mais tarde, citou-os de uma forma que prenunciava claramente a segunda razão para a observância do sábado: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt.5:15).
Deus criou os seres humanos para ocuparem uma posição de soberania (Gn.1:26-27). A escravidão é o oposto disso. Por causa da opressão, a observância do sábado tornara-se praticamente impossível. Os hebreus foram libertados do cativeiro a fim de que pudessem observar a lei de Deus (Sl.105:43-45). O Senhor não só havia resgatado Seu povo da escravidão literal, mas tinha a intenção de resgatá-lo para um relacionamento de confiança com Ele (Ex.19:4). Como resultado, o povo deveria assumir uma posição de liderança, sendo elevado ao status de “sacerdócio real” (ver os vs. 5-6/1Pe.2:9/Ap. 5:10). A lembrança de seu cativeiro e libertação era um motivo adicional para a guarda do sábado.
O Egito e o cativeiro egípcio representam o pecado e a escravidão do pecado (Ap.11:8/Os. 11:1/Mt.2:15/Zc.10:10). Semelhantemente, cada alma que foi libertada do pecado tem a mesma razão que tinham os hebreus libertos para guardar o sábado. Ou seja, o sábado deve ser observado também como memorial do libertamento da escravidão do pecado, isto é, memorial da redenção. Toda alma salva deve guardar o sábado como memória do libertamento do pecado pelo sangue de Jesus Cristo. Dessa forma, o sábado é uma comemoração não apenas da Criação, mas também da redenção. Como sinal de nosso resgate da escravidão, o sábado também nos traz à consciência a necessidade de respeitar nossos semelhantes. Ordena que nos lembremos da rocha de onde fomos talhados e do poço do qual fomos cavados (Is.51:1). Assim, o quarto mandamento também dá sentido aos seis preceitos seguintes, que lidam com nossos deveres para com as outras pessoas (ver Dt.16:11-12).
Este segundo significado do sábado foi apresentado muito tempo antes da cruz. Quando Deus deu os Dez Mandamentos no Sinai, explicou a razão para o sábado, fazendo alusão à Criação (Ex.20:11). Mas, quando Moisés repetiu os mandamentos 40 anos mais tarde, citou-os de uma forma que prenunciava claramente a segunda razão para a observância do sábado: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt.5:15).
Deus criou os seres humanos para ocuparem uma posição de soberania (Gn.1:26-27). A escravidão é o oposto disso. Por causa da opressão, a observância do sábado tornara-se praticamente impossível. Os hebreus foram libertados do cativeiro a fim de que pudessem observar a lei de Deus (Sl.105:43-45). O Senhor não só havia resgatado Seu povo da escravidão literal, mas tinha a intenção de resgatá-lo para um relacionamento de confiança com Ele (Ex.19:4). Como resultado, o povo deveria assumir uma posição de liderança, sendo elevado ao status de “sacerdócio real” (ver os vs. 5-6/1Pe.2:9/Ap. 5:10). A lembrança de seu cativeiro e libertação era um motivo adicional para a guarda do sábado.
O Egito e o cativeiro egípcio representam o pecado e a escravidão do pecado (Ap.11:8/Os. 11:1/Mt.2:15/Zc.10:10). Semelhantemente, cada alma que foi libertada do pecado tem a mesma razão que tinham os hebreus libertos para guardar o sábado. Ou seja, o sábado deve ser observado também como memorial do libertamento da escravidão do pecado, isto é, memorial da redenção. Toda alma salva deve guardar o sábado como memória do libertamento do pecado pelo sangue de Jesus Cristo. Dessa forma, o sábado é uma comemoração não apenas da Criação, mas também da redenção. Como sinal de nosso resgate da escravidão, o sábado também nos traz à consciência a necessidade de respeitar nossos semelhantes. Ordena que nos lembremos da rocha de onde fomos talhados e do poço do qual fomos cavados (Is.51:1). Assim, o quarto mandamento também dá sentido aos seis preceitos seguintes, que lidam com nossos deveres para com as outras pessoas (ver Dt.16:11-12).
10 Razões Por Que o Sábado É o Mandamento Mais Importante do Decálogo
1o. - Por ser originário de antes do ingresso do pecado no mundo.
Se analisarmos a história humana, percebemos que há somente duas instituições que antecedem o ingresso do pecado em nosso planeta: o sábado e o casamento. Não é de estranhar o empenho de Satanás em corromper ambas estas instituições que odeia particularmente: o sábado através de falsas teologias que o descartam ou alteram o seu significado, e o casamento, através de toda essa avalanche de separações, divórcios, referências negativas através dos órgãos de diversão (rádio, TV, músicas, filmes), e mais modernamente os casamentos de pessoas do mesmo sexo.
2o. - Por ter sido “santificado” por Deus e dever ser “santificado” pelo homem.
Deus mesmo deu o exemplo de descansar, abençoar e santificar o primeiro sábado (Gên. 2:2, 3). Sendo Ele inteiramente santo, não precisaria de santificar nada para Si. Se o fez foi “por causa do homem” (Mar. 2:27). Ligado diretamente à Criação do mundo, o mandamento começa ordenando, “lembra-te do dia do sábado para o santificar”. O descanso vem após a ordem de santificação. A razão de se dever santificar o 7o. dia, e não outro qualquer, segundo conveniências humanas, é clara: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou” (Êxo. 20:11).
3o. – Por estar no coração da lei e destacar o seu aspecto vertical e horizontal.
O mandamento do sábado fica bem no coração da lei, que foi solenemente proferida por Deus ao Seu povo junto ao Sinai (“e nada acrescentou”—Deu. 5:22), sendo depois escrita pelo próprio Deus nas tábuas de pedra. E é praticamente o único que trata dos seus dois aspectos básicos: a perspectiva vertical e a horizontal.
Do ponto de vista da perspectiva vertical (“amar a Deus sobre todas as coisas”), se é para “santificar” o sétimo dia, isso significa dedicar a Deus tal dia para um relacionamento mais íntimo da alma com o Criador, sem os embaraços de preocupações seculares.
Na perspectiva horizontal (“amar ao próximo como a si mesmo”), o 4o. mandamento concede repouso aos servidores de um crente—“nem o teu servo, nem a tua serva. . .”, e até os animais são beneficiados, em benfazejo ato de misericórdia—“nem o teu boi, nem o teu jumento. . .”
4o. – Por ter sido escolhido para ser sinal entre Deus e Seu povo.
Dentre todas as regras, o sábado serve de sinal entre Deus e Seus filhos desde o Êxodo, fato que o Senhor confirma milênios depois ao profeta Ezequiel (ver Êxo. 31:17; Eze. 20:12, 20). Não existe qualquer indicação de que tal sinal tenha sido deixado de lado ou substituído por outro na passagem do Velho para o Novo Concerto (ver Heb. 8:6-10, cf. Jer. 31:31-33). Os batistas confirmam esse aspecto na sua “Declaração Doutrinária”, Tópico XV, “O Dia do Senhor”, em documento da Convenção Batista Nacional, ao constar do rodapé o texto de Êxo. 31:14-17.
5o. – Por Jesus tê-lo destacado como estabelecido “por causa do homem”.
O sábado foi feito para servir ao melhor interesse de descanso físico, mental e refrigério espiritual de todos os homens (Mar. 2:27). Ademais, Cristo tanto Se preocupou em preservar o sábado como foi pretendido que teve vários atritos com a liderança judaica, não quanto a SE deviam guardá-lo, nem QUANDO fazê-lo, e sim COMO observar “o dia do Senhor” no seu devido espírito. Ele Se empenhou por corrigir as distorções daqueles líderes para com o mandamento porque era zeloso pelas coisas de Deus. Ele mesmo identificou-Se como “Senhor do sábado” (Mat. 12:8).
6o. – Por Jesus ter-Se declarado “Senhor do sábado”, não para desqualificar o mandamento.
Em Mateus 12:8 Cristo declara-Se “Senhor do sábado” em debate com os líderes judaicos. Ele o faz, não para desqualificar o mandamento, apesar de alguns ensinarem a aberração teológica de que Jesus fazia uma “campanha” anti-sabática, quando Ele mesmo, como Criador (João 1:3; Heb. 1:2) estabeleceu o princípio. Não faria sentido algum Ele buscar diminuir a importância daquilo que Ele mesmo estabeleceu “por causa do homem”, além do problema sério de que se estivesse estabelecendo “graus de violabilidade do mandamento”, como certo “teólogo” dispensacionalista ensina, teria que ser considerado “o mínimo no reino dos céus”, à luz de Suas próprias palavras em Mateus 5:19. Jamais iria Jesus diminuir o valor de qualquer mandamento da lei de Deus, “ainda que dos menores”. O sábado, de fato, confirma-se como o mais importante da lei.
Cristo declarou-Se “Senhor do sábado” porque tinha autoridade para definir o modo de observá-lo, diante das distorções dos líderes judaicos e sua constante pergunta a Ele, “. . .com que autoridade fazes tu estas coisas? Ou, quem é o que te deu esta autoridade?” (Luc. 20:2). Eles não corrompiam só o sentido do 4o. mandamento, como também o 5o. e a prática do dizimar (ver Mar. 7:9ss e Mat. 23:23).
Pode-se dizer que assim como Jesus expulsou os cambistas do Templo, Ele expulsou do sábado as falsas concepções a seu respeito e as regras humanas que lhe foram acrescentadas.
7o. – Por ter recebido tratamento especial em Hebreus e ser indicado como ainda necessário.
Na epístola aos Hebreus, enquanto as cerimônias e o seu sentido prefigurativo do sacrifício de Cristo são detalhadamente discutidos nos capítulos 7 a 10, o sábado recebe tratamento muito especial nos capítulos 3 e 4. Simboliza o descanso espiritual que se obtém em Cristo. Embora o povo de Israel haja falhado coletivamente em obter tal descanso, dentro de Israel houve os heróis todos, citados no capítulo 11, que encontraram esse descanso espiritual, e nem por isso deixaram o sábado de lado. O salmista disse que se deleitava em cumprir a lei divina que conservava no coração (Sal. 40:8), o que certamente incluía o mandamento do sábado.
É interessante que, embora por todos os dois capítulos 3 e 4 de Hebreus, enquanto a palavra grega para descanso seja katapausin, no vs. 4:9 o autor emprega um termo especial, usado só esta vez em toda a Bíblia, sabbatismos, ao lembrar, como indica nota de rodapé em muitas versões bíblicas: “Resta um descanso sabático para o povo de Deus”. Ou, como traduziu o erudito G. Lamsa, de fontes originais aramaicas, “resta uma guarda do sábado para o povo de Deus”.
Claramente o autor de Hebreus quis demonstrar que embora utilizasse a metáfora do sábado para ilustrar o descanso espiritual, ele quis evitar qualquer ambiguidade deixando claro que o sábado semanal não cessou, com a falha sistemática do povo de Israel em alcançar o descanso espiritual que Deus lhe propunha. Prosseguia o povo de Deus tendo o descanso do sábado como um pequeno modelo desse descanso em Cristo.
8o. – Por ser indicado como memorial também da redenção.
Ao repetir os termos da lei divina ao povo, Moisés ressaltou que o sábado, indicado no original da lei dada no Sinai, tendo o caráter de memorial da Criação, era também memorial da Redenção. Lembrava ao povo o livramento da escravidão do Egito, onde não tinham o privilégio de dedicar tal dia ao Senhor (Deu. 5:15). Assim, o sábado é tanto memorial da Criação quanto da Redenção. Simboliza perfeitamente que aqueles que foram livrados do Egito do pecado agora têm também o privilégio de observar o sábado para dedicá-lo ao Senhor e obter descanso físico, mental e refigério espiritual, algo que não praticavam quando prisioneiros do pecado, definido nas Escrituras como “transgressão da lei” (1 João 3:4).
9o. – Por ser indicativo de disposição em servir fielmente ao “Senhor do sábado”.
O fato é que quem se dispõe a observar fielmente o sábado denota um espírito de submissão a tudo quanto o Senhor determina em Sua lei. Dificilmente um assassino, ladrão, adúltero contumaz iria dispor-se a seguir tal princípio. Tais indivíduos não revelam consideração para com outras regras bíblicas até mais fáceis de acatar, muito menos se sujeitariam a algo que se constitui numa restrição tida por inconveniente e penosa—reservar tempo para Deus regularmente, num dia contrário ao costume social, buscando respeitar Sua lei integralmente para associar-se semanalmente na igreja a outros adoradores de mesma visão.
10o. – Por prosseguir na Nova Terra como princípio perpétuo.
Finalmente, dentre todos os mandamentos, o do sábado é o único mencionado como sendo respeitado plenamente pelos salvos na Nova Terra “em que habita a justiça” (2 Ped. 3:13). Ali os remidos terão regularmente duas reuniões—uma mensal, quando da lua nova (possivelmente de caráter social), e uma semanal, aos sábados, para adorarem ao Senhor (Isa. 66:22, 23).
Ora, se o sábado é instituição que se confirma desde o mundo recém criado e se estende ao longo das eras eternas do mundo recriado, por que não o observaremos hoje também, sendo que Paulo deixa claro que a fé não veio anular a lei, e sim confirmá-la (Rom. 3:31­)?
CONCLUSÃO: Indiscutivelmente, o sábado é o mais importante mandamento do Decálogo. Quem discordar disso que nos prove o contrário indicando, então, qual seria tal mandamento.
_______
Obs.:Uma objeção comum a este estudo é de que Jesus indicou que o mandamento mais importante da lei de Deus seria qualquer das duas regras da “lei áurea”—amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si memo.
Mas esses mandamentos são meramente um sumário dos 10 Mandamentos, não uma regra diferente. Pode-se dizer que esses princípios são o próprio Decálogo em seu duplo núcleo—o da relação vertical homem-Deus, e o relação horizontal homem-homem. tanto a Confissão de Fé de Westminster quanto a Confissão Batista de 1689 confirmam que os primeiros quatro mandamentos tratam de nossa responsabilidade para com Deus, e os seis últimos fazem o mesmo quanto a nossa responsabilidade para com o próximo.
10 Questões Que os Anti-Sabatistas Deixam Sem Resposta
Os adeptos das teorias dispensacionalistas/semi-antinomistas, uma corrente interpretativa surgida em fins do século XIX que só veio trazer confusão sobre a interpretação bíblica para os crentes evangélicos, além de especulações infundadas sobre escatologia—inclusive com marcação da data do “arrebatamento” da Igreja para 1988—NÃO dão resposta a certas perguntas que repetidamente lhes têm sido dirigidas e que realmente são importantes. Vejamos uma pequena lista de tais perguntas:
1) Afinal, sendo que estamos na “dispensação da graça”, e a “dispensação da lei” é passada, como se salvavam os filhos de Deus ao tempo do Velho Testamento?
Obs.: Ocorre aí um dilema, pois se disserem que eram salvos pela graça, como poderia ser isso, quando a “dispensação da graça” não havia ainda sido inaugurada? Se disserem que eram salvos pela lei, como pôde alguém jamais alcançar perfeição ontológica, cumprindo a lei divina que “é perfeita” (Sal. 19:7), para daí merecer ir para o céu, e até poder exigir seu ingresso ali?
2) Cristo disse que não veio abolir a lei e sim cumprir. Ele recomendou a mais fiel obediência a todos os mandamentos, não admitindo que se ensinasse o mínimo desrespeito a qualquer deles (Mat. 5:19). Mesmo considerando que Ele se referia a toda a Torah, como fica a interpretação de que Cristo ensinava que o sábado não é lá essas coisas e até inocentou os discípulos de sua violação? Com isso estaria inevitavelmente Se contradizendo e teria que ser considerado “o menor no Reino dos Céus”.
Obs.: Os anti-sabatistas jamais se animam a dar solução a esse evidente dilema de sua argumentação, preferindo bater na tecla da alegação de que Ele realmente quis diminuir a importância do sábado considerando-o “inferior à circuncisão”, torcendo o sentido das palavras de Cristo e mostrando que não entendem o sentido de Seus debates com a liderança judaica que não era quanto a SE deviam guardar o sábado, nem QUANDO fazê-lo, e sim COMO observá-lo em seu devido espírito.
3) Cristo declarou que “o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado” (Mar. 2:27), corrigindo o verdadeiro sentido do mandamento. Como fica a primeira parte dessa declaração? Afinal, o sábado foi feito por causa do homem judeu somente? Contudo, a palavra no verso para “homem”—anthropós—denota o homem universal (cf. Mat. 19:5).
Obs.: Os negadores do sábado divino simplesmente não sabem o que fazer com tal texto, a não ser tentar provar inutilmente que Cristo tinha em mente só o homem judeu, o que não funciona em vista de Gên. 2:2, 3; Isa. 56:3-7 e Mat. 19:5. Também não faria sentido interpretar a segunda parte no sentido que sugerem: “e não o homem judeu [foi criado] por causa do sábado”. Não houve criação de “homem judeu”, e sim do homem universal. Depois é que se tornaram “judeus”, “babilônios”, “romanos”, etc.
4) Insistindo em que Jesus em Mateus 5:17-20 refere-Se à lei toda (Torah), que inclui as cerimônias (o que é verdade), somando 613 regras, os anti-sabatistas se esquecem que Cristo também dirigiu-Se àqueles mesmos ouvintes dizendo serem eles “o sal da Terra” e “a luz do mundo”, ensinando-lhes ainda a oração do Pai Nosso. E então, os que hoje se consideram “sal da terra”, “luz do mundo” e oram o Pai Nosso também precisam cumprir as 613 regras legais judaicas?
Obs.: A alegação de Cristo referir-Se à torah completa e recomendar a sua fiel obediência (de fato Ele até inclui as ofertas cerimoniais em Mat. 5:23, 24) NÃO RESOLVE o problema de que Ele recomenda fiel obediência a TODA a lei, o que inclui, e não exclui, o sábado. Quanto ao que se dá hoje—por que então não observamos as cerimônias—nem precisa pensar muito para saber a resposta. Qualquer pessoa minimamente instruída na Bíblia sabe responder.
5) Além de não saberem responder a pergunta referida no tópico anterior, também os anti-sabatistas não sabem como justificar o fato de que em Mateus 5:17-19 o sábado está incluído. Enquanto a parte cerimonial da lei cessou—o que foi indicado pelo rasgar do véu do Templo de alto a baixo—não prossegue o sábado em vigor por NÃO SER preceito cerimonial?
Obs.: Embora aleguem que o sábado seria preceito cerimonial, que findou na cruz, na verdade não há como provar tal alegação, pois as cerimônias todas foram instituídas DEPOIS da queda do homem, enquanto o sábado foi estabelecido antes do pecado (Gên. 2:2, 3; cf. Ëxo. 20:8-11 e Heb. 4:4). Também as cerimônias apontam ao futuro—o sacrifício de Cristo, enquanto o sábado aponta ao passado—a Criação.
6) Cristo em Mateus 24:20 antecipa que duas coisas continuariam a existir após Sua partida: a) o inverno; b) a observância do sábado. Ele recomendou a Seus seguidores referindo-se à futura destruição de Jerusalém: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado”. Por que Jesus não disse para orarem para que não tivessem que fugir no domingo, já que este seria o novo dia de observância segundo as teses de alguns anti-sabatistas (não de todos, pois a maioria preferiu mesmo aderir ao mais “user friendly” dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo)?
Obs.: Os anti-sabatistas não sabem o que fazer com esta clara profecia de Cristo quanto ao sábado ser ainda observado por Seus seguidores após a cruz. Então, para disfarçar o seu embaraço, um deles simplesmente saiu-se com uma piadinha totalmente sem graça—pergunta se os sabatistas observam o inverno. Explicar, porém, devidamente as palavras de Cristo . . . nada! O argumento de que as portas da cidade eram fechadas no sábado não se justifica porque havia meios de sair da cidade, já que num sábado os discípulos estavam pelos campos colhendo espigas para comer no ato (Mat. 12:1). Também as palavras de Cristo não se limitaram ao ambiente urbano, pois disse: “Os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (vs. 16).
7) No concílio reunido em Jerusalém para fazer face ao desafio dos judaizantes (Atos 15), foram dadas algumas instruções sobre coisas de que os cristãos gentios deviam abster-se e entre estas NÃO CONSTA o sábado. Não é isto claro sinal de não haver dúvida entre aqueles crentes quanto à validade do mandamento que todos respeitavam, sobretudo por serem os primeiros cristãos de origem judaica e “zelosos da lei” (Atos 21:20)?
Obs.: A saída de muitos anti-sabatistas diante dessa importante prova em favor da vigência do sábado ao tempo dos crentes primitivos é dizer que também os judaizantes apontavam à “lei de Moisés” como devendo ser cumprida (vs. 5). Só que com isso discriminam ilegitimamente contra o sábado, enquanto se esquecem que a “lei de Moisés” não continha só o mandamento do sábado, como também o “não matarás”, “não dirás o nome de Deus em vão”, “honra teu pai e a tua mãe”. Estariam aqueles crentes gentios desobrigados de respeitar esses princípios?
8) Paulo claramente diz em Rom. 3:31: “Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei”. Claro que como norma de conduta a lei não poderia ser abolida, pois na mesma epístola aos Romanos Paulo acentua ser esta santa, justa, boa, espiritual, prazenteira, e afirma aind: “Eu com a minha mente sirvo à lei de Deus” (Rom. 7:12, 14, 22, 25). Em Rom. 13:8-10 mostra que a obediência aos mandamentos da lei tem por base o amor, tratando abrangentemente de TODA a lei moral, sem necessariamente citá-la cada um de seus preceitos (ver vs. 9, “. . . e se há algum outro mandamento . . .” ). Paulo condenava era o uso ilegítimo da lei (ver 1 Tim. 1:8). Por que ele falou da lei de modo tão positivo, caso pretendesse ensinar que não é mais normativa aos cristãos?
Obs.: Os anti-sabatistas empenham-se num malabarismo exegético tremendo tentando demonstrar que Paulo não iria referir-se à lei dos Dez Mandamentos, que teria sido “abolida” por não haver divisão de leis em “moral”, “cerimonial”, “civil”, etc. O erro quanto à lei, que Paulo condenava, era buscar nela a justiça que não pode transmitir, pois sua função não é salvar (ver Rom. 9:30-32). Assim como um espelho somente aponta à sujidade mas não tem meios de limpá-la, a lei aponta ao pecado (Rom. 7:7) mas não pode perdoá-lo nem tem meios de transmitir santidade. E Paulo diz é que servia com sua mente à lei de Deus (Rom. 7:25).
9) Outro dos argumentos anti-sabatistas é de que ao declarar “Eu sou o Senhor do sábado” Cristo estaria dizendo que tinha com isso o direito de determinar o “grau de violabilidade do sábado”, decerto um conceito revolucionário! Se isso é certo onde Ele expõe tais “graus” de violabilidade para o sábado? Imaginando-se que o sábado seja mesmo cerimonial (o que, logicamente, não tem qualquer fundamento), havia graus de violabilidade para quaisquer outras cerimônias? Se não, por que não?
Obs.: Busca-se transferir para Cristo preconceitos anti-sabáticos que, logicamente, Aquele que Se declarou “Senhor do sábado” não abrigaria. Cristo declarou-Se tal não para fazer campanha contra o sábado (como dão a entender certos anti-sabatistas), e sim demonstrando Sua autoridade em corrigir a distorcida visão quanto à sua legítima obediência. Os líderes judaicos também distorciam o sentido do 5o. Mandamento (Marcos 7:9ss) e do princípio do dizimar (Mat. 23:23). E sempre O abordavam perguntando, “com que autoridade fazes estas coisas” (Mat. 21:23)? Portanto, Ele era “Senhor do sábado” porque tinha autoridade para corrigi-los quanto à forma de observá-lo, apontando-lhes os seus desvios sobre o tema.
10) Os adeptos do dispensacionalismo semi-antinomista silenciam inteiramente quanto às provas indiscutíveis de que o que constitui a ortodoxia evangélica sobre o tema da lei há séculos é a validade e vigência do Decálogo como norma de conduta cristã, a divisão da lei como tendo preceitos “morais”, “cerimoniais”, “civis” ou “judiciais” e o entendimento de que o 4o. mandamento não só mandamento moral e universal, como deriva do Éden.
Obs.: Muitos anti-sabatistas simplesmente fazem de conta que não há provas e mais provas que lhe foram repetidamente apresentadas de que séculos antes de os adventistas surgirem no campo religioso já metodistas, batistas, presbiterianos, luteranos ensinavam o mesmo que ensinam sobre a validade e vigência do decálogo todo, e a “divisão” das leis. O pior são os “apologistas cristãos” engambelarem a comunidade evangélica com a falsa informação de só os adventistas e outros observadores do sábado ensinarem isso e de que o conceito de “divisão” das leis é um “artifício” criado pelos adventistas para defenderem a guarda do sábado, como anunciava aos quatro ventos certos “apologista cristão”.
1) Afinal, sendo que estamos na “dispensação da graça”, e a “dispensação da lei” é passada, como se salvavam os filhos de Deus ao tempo do Velho Testamento?
Obs.: Ocorre aí um dilema, pois se disserem que eram salvos pela graça, como poderia ser isso, quando a “dispensação da graça” não havia ainda sido inaugurada? Se disserem que eram salvos pela lei, como pôde alguém jamais alcançar perfeição ontológica, cumprindo a lei divina que “é perfeita” (Sal. 19:7), para daí merecer ir para o céu, e até poder exigir seu ingresso ali?
2) Cristo disse que não veio abolir a lei e sim cumprir. Ele recomendou a mais fiel obediência a todos os mandamentos, não admitindo que se ensinasse o mínimo desrespeito a qualquer deles (Mat. 5:19). Mesmo considerando que Ele se referia a toda a Torah, como fica a interpretação de que Cristo ensinava que o sábado não é lá essas coisas e até inocentou os discípulos de sua violação? Com isso estaria inevitavelmente Se contradizendo e teria que ser considerado “o menor no Reino dos Céus”.
Obs.: Os anti-sabatistas jamais se animam a dar solução a esse evidente dilema de sua argumentação, preferindo bater na tecla da alegação de que Ele realmente quis diminuir a importância do sábado considerando-o “inferior à circuncisão”, torcendo o sentido das palavras de Cristo e mostrando que não entendem o sentido de Seus debates com a liderança judaica que não era quanto a SE deviam guardar o sábado, nem QUANDO fazê-lo, e sim COMO observá-lo em seu devido espírito.
3) Cristo declarou que “o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado” (Mar. 2:27), corrigindo o verdadeiro sentido do mandamento. Como fica a primeira parte dessa declaração? Afinal, o sábado foi feito por causa do homem judeu somente? Contudo, a palavra no verso para “homem”—anthropós—denota o homem universal (cf. Mat. 19:5).
Obs.: Os negadores do sábado divino simplesmente não sabem o que fazer com tal texto, a não ser tentar provar inutilmente que Cristo tinha em mente só o homem judeu, o que não funciona em vista de Gên. 2:2, 3; Isa. 56:3-7 e Mat. 19:5. Também não faria sentido interpretar a segunda parte no sentido que sugerem: “e não o homem judeu [foi criado] por causa do sábado”. Não houve criação de “homem judeu”, e sim do homem universal. Depois é que se tornaram “judeus”, “babilônios”, “romanos”, etc.
4) Insistindo em que Jesus em Mateus 5:17-20 refere-Se à lei toda (Torah), que inclui as cerimônias (o que é verdade), somando 613 regras, os anti-sabatistas se esquecem que Cristo também dirigiu-Se àqueles mesmos ouvintes dizendo serem eles “o sal da Terra” e “a luz do mundo”, ensinando-lhes ainda a oração do Pai Nosso. E então, os que hoje se consideram “sal da terra”, “luz do mundo” e oram o Pai Nosso também precisam cumprir as 613 regras legais judaicas?
Obs.: A alegação de Cristo referir-Se à torah completa e recomendar a sua fiel obediência (de fato Ele até inclui as ofertas cerimoniais em Mat. 5:23, 24) NÃO RESOLVE o problema de que Ele recomenda fiel obediência a TODA a lei, o que inclui, e não exclui, o sábado. Quanto ao que se dá hoje—por que então não observamos as cerimônias—nem precisa pensar muito para saber a resposta. Qualquer pessoa minimamente instruída na Bíblia sabe responder.
5) Além de não saberem responder a pergunta referida no tópico anterior, também os anti-sabatistas não sabem como justificar o fato de que em Mateus 5:17-19 o sábado está incluído. Enquanto a parte cerimonial da lei cessou—o que foi indicado pelo rasgar do véu do Templo de alto a baixo—não prossegue o sábado em vigor por NÃO SER preceito cerimonial?
Obs.: Embora aleguem que o sábado seria preceito cerimonial, que findou na cruz, na verdade não há como provar tal alegação, pois as cerimônias todas foram instituídas DEPOIS da queda do homem, enquanto o sábado foi estabelecido antes do pecado (Gên. 2:2, 3; cf. Ëxo. 20:8-11 e Heb. 4:4). Também as cerimônias apontam ao futuro—o sacrifício de Cristo, enquanto o sábado aponta ao passado—a Criação.
6) Cristo em Mateus 24:20 antecipa que duas coisas continuariam a existir após Sua partida: a) o inverno; b) a observância do sábado. Ele recomendou a Seus seguidores referindo-se à futura destruição de Jerusalém: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado”. Por que Jesus não disse para orarem para que não tivessem que fugir no domingo, já que este seria o novo dia de observância segundo as teses de alguns anti-sabatistas (não de todos, pois a maioria preferiu mesmo aderir ao mais “user friendly” dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo)?
Obs.: Os anti-sabatistas não sabem o que fazer com esta clara profecia de Cristo quanto ao sábado ser ainda observado por Seus seguidores após a cruz. Então, para disfarçar o seu embaraço, um deles simplesmente saiu-se com uma piadinha totalmente sem graça—pergunta se os sabatistas observam o inverno. Explicar, porém, devidamente as palavras de Cristo . . . nada! O argumento de que as portas da cidade eram fechadas no sábado não se justifica porque havia meios de sair da cidade, já que num sábado os discípulos estavam pelos campos colhendo espigas para comer no ato (Mat. 12:1). Também as palavras de Cristo não se limitaram ao ambiente urbano, pois disse: “Os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (vs. 16).
7) No concílio reunido em Jerusalém para fazer face ao desafio dos judaizantes (Atos 15), foram dadas algumas instruções sobre coisas de que os cristãos gentios deviam abster-se e entre estas NÃO CONSTA o sábado. Não é isto claro sinal de não haver dúvida entre aqueles crentes quanto à validade do mandamento que todos respeitavam, sobretudo por serem os primeiros cristãos de origem judaica e “zelosos da lei” (Atos 21:20)?
Obs.: A saída de muitos anti-sabatistas diante dessa importante prova em favor da vigência do sábado ao tempo dos crentes primitivos é dizer que também os judaizantes apontavam à “lei de Moisés” como devendo ser cumprida (vs. 5). Só que com isso discriminam ilegitimamente contra o sábado, enquanto se esquecem que a “lei de Moisés” não continha só o mandamento do sábado, como também o “não matarás”, “não dirás o nome de Deus em vão”, “honra teu pai e a tua mãe”. Estariam aqueles crentes gentios desobrigados de respeitar esses princípios?
8) Paulo claramente diz em Rom. 3:31: “Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei”. Claro que como norma de conduta a lei não poderia ser abolida, pois na mesma epístola aos Romanos Paulo acentua ser esta santa, justa, boa, espiritual, prazenteira, e afirma aind: “Eu com a minha mente sirvo à lei de Deus” (Rom. 7:12, 14, 22, 25). Em Rom. 13:8-10 mostra que a obediência aos mandamentos da lei tem por base o amor, tratando abrangentemente de TODA a lei moral, sem necessariamente citá-la cada um de seus preceitos (ver vs. 9, “. . . e se há algum outro mandamento . . .” ). Paulo condenava era o uso ilegítimo da lei (ver 1 Tim. 1:8). Por que ele falou da lei de modo tão positivo, caso pretendesse ensinar que não é mais normativa aos cristãos?
Obs.: Os anti-sabatistas empenham-se num malabarismo exegético tremendo tentando demonstrar que Paulo não iria referir-se à lei dos Dez Mandamentos, que teria sido “abolida” por não haver divisão de leis em “moral”, “cerimonial”, “civil”, etc. O erro quanto à lei, que Paulo condenava, era buscar nela a justiça que não pode transmitir, pois sua função não é salvar (ver Rom. 9:30-32). Assim como um espelho somente aponta à sujidade mas não tem meios de limpá-la, a lei aponta ao pecado (Rom. 7:7) mas não pode perdoá-lo nem tem meios de transmitir santidade. E Paulo diz é que servia com sua mente à lei de Deus (Rom. 7:25).
9) Outro dos argumentos anti-sabatistas é de que ao declarar “Eu sou o Senhor do sábado” Cristo estaria dizendo que tinha com isso o direito de determinar o “grau de violabilidade do sábado”, decerto um conceito revolucionário! Se isso é certo onde Ele expõe tais “graus” de violabilidade para o sábado? Imaginando-se que o sábado seja mesmo cerimonial (o que, logicamente, não tem qualquer fundamento), havia graus de violabilidade para quaisquer outras cerimônias? Se não, por que não?
Obs.: Busca-se transferir para Cristo preconceitos anti-sabáticos que, logicamente, Aquele que Se declarou “Senhor do sábado” não abrigaria. Cristo declarou-Se tal não para fazer campanha contra o sábado (como dão a entender certos anti-sabatistas), e sim demonstrando Sua autoridade em corrigir a distorcida visão quanto à sua legítima obediência. Os líderes judaicos também distorciam o sentido do 5o. Mandamento (Marcos 7:9ss) e do princípio do dizimar (Mat. 23:23). E sempre O abordavam perguntando, “com que autoridade fazes estas coisas” (Mat. 21:23)? Portanto, Ele era “Senhor do sábado” porque tinha autoridade para corrigi-los quanto à forma de observá-lo, apontando-lhes os seus desvios sobre o tema.
10) Os adeptos do dispensacionalismo semi-antinomista silenciam inteiramente quanto às provas indiscutíveis de que o que constitui a ortodoxia evangélica sobre o tema da lei há séculos é a validade e vigência do Decálogo como norma de conduta cristã, a divisão da lei como tendo preceitos “morais”, “cerimoniais”, “civis” ou “judiciais” e o entendimento de que o 4o. mandamento não só mandamento moral e universal, como deriva do Éden.
Obs.: Muitos anti-sabatistas simplesmente fazem de conta que não há provas e mais provas que lhe foram repetidamente apresentadas de que séculos antes de os adventistas surgirem no campo religioso já metodistas, batistas, presbiterianos, luteranos ensinavam o mesmo que ensinam sobre a validade e vigência do decálogo todo, e a “divisão” das leis. O pior são os “apologistas cristãos” engambelarem a comunidade evangélica com a falsa informação de só os adventistas e outros observadores do sábado ensinarem isso e de que o conceito de “divisão” das leis é um “artifício” criado pelos adventistas para defenderem a guarda do sábado, como anunciava aos quatro ventos certos “apologista cristão”.
Última edição por Ronaldo em Seg Jan 18, 2010 10:22 pm, editado 1 vez(es)
10 Razões Por Que o Sábado Não É Um Preceito Cerimonial
1o. – Porque foi instituído antes do ingresso do pecado no mundo (Gên. 2:2, 3; Êxo. 20:8-11 e Mar. 2:27). As cerimônias são posteriores ao pecado e servem ao propósito de propiciar sua expiação pelo seu valor simbólico de apontar ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
2o. – Porque o relato da Criação lembra que Deus DESCANSOU [cessou Suas atividades da semana da criação, pois a Divindade não se cansa] naquele primeiro sábado deixando com isso um exemplo para os seres que criara (Gên. 2:3; Êxo. 20:11). Nenhum preceito cerimonial adquire tal relevância à vista de Deus.
3o. – Porque o relato da Criação lembra que Deus ABENÇOOU aquele primeiro sábado como uma marca especial de Sua aprovação e contínuo benefício físico, mental e espiritual aos que o observarem, promessa apresentada em muitas ocasiões na Bíblia, como Isaías 56: 3-8; 58: 13, 14. Tal bênção divina sobre o sábado é lembrada no texto do mandamento (Êxo. 20:11) e não há nenhum preceito cerimonial que obtenha tal relevância.
4o. – Porque o relato da Criação lembra que Deus SANTIFICOU aquele primeiro sábado separando-o como memorial de Sua obra como Criador, o que é confirmado no texto do mandamento. A palavra “santificar” significa separar algo consagrando-o a Deus. Sendo que Deus já é absolutamente santo, para quem santificou [separou] o sábado, a não ser para as Suas criaturas humanas? Ademais, não faria sentido estabelecer um memorial de um evento em época tão distanciada do mesmo.
5o. – Porque ao pronunciar solenemente a lei moral dos Dez Mandamentos no Sinai aos ouvidos do povo de Israel, Deus incluiu naturalmente o sábado como o seu 4o. mandamento e não fez o mesmo com nenhum dos preceitos cerimoniais. E ao concluir, diz o texto que Ele “nada acrescentou” (Deu. 5:22). Quem acrescentar preceitos cerimoniais ao Decálogo está contrariando o que Deus fez.
6o. – Porque ao concluir tal proclamação, Deus escreveu aquelas palavras em duas tábuas de pedra, que Moisés colocou dentro da arca (Deu. 10:5). Ele não escreveu nas tábuas NENHUM PRECEITO CERIMONIAL. Tudo quanto tinha caráter cerimonial foi ditado noutra ocasião a Moisés para ser registrado em livros (rolos).
7o. – Porque Deus escolheu o sábado como sinal especial entre Ele e Seu povo escolhido (Êxo. 31:17 e Eze. 20:12, 20). Ele não escolheria para tal objetivo um mandamento cerimonial que seria abolido no futuro pois o Seu plano era que Israel permanecesse sempre como Seu povo escolhido e Suas testemunhas entre os moradores da Terra, e se Israel tivesse aceito o Messias isso sem dúvida se confirmaria (Isa. 43:9, 10).
8o. – Porque Jesus reforçou o conceito de ser o sábado uma instituição divina estabelecida “por causa do homem” (Mar. 2:27), a fim de que servisse ao homem no aspecto físico, mental e espiritual. Nenhum mandamento cerimonial mereceria tal tratamento. Hoje, como nunca, os homens carecem desse regime de descanso regular, entre outros fatores, diante de tantos fatos estressantes que enfrentamos na sociedade moderna. Sem falar nos aspectos de benefícios espirituais.
9o. – Porque Jesus, que é o Santíssimo Senhor e Criador (Heb. 1:2), deu o exemplo de observância do sábado (Luc. 4:16) e Se preocupou quanto à sua correta observância, discutindo com os líderes religiosos sobre os Seus atos de curar nesse dia, explicando que fazia o que era “lícito” no sábado (Mat. 12:12). O teor das discussões de Cristo com os líderes judaicos não era SE deviam observar o sábado, QUANDO deviam observar o sábado, e sim COMO fazê-lo. Ele não revelou a mesma preocupação com qualquer preceito cerimonial.
10o. – Porque embora as cerimônias hajam cessado na cruz, e ocorra longa discussão sobre o sentido das mesmas, especialmente em Hebreus caps. 7 a 10, nunca o 4o. mandamento é discutido como tendo caráter cerimonial. Pelo contrário, na própria epístola de Hebreus, o sábado recebe tratamento especial nos capítulos 3 e 4 onde nunca é referido como tendo cessado.
10 Perguntas Sobre a Tese do “Dianenhumismo/Diaqualquerismo/Tododiaísmo”
1 – Por que Jesus não disse que todos os dias foram feitos por causa do homem, e sim somente o sábado?
2 – Onde está estabelecido na Bíblia exatamente que “santificar” um dia ao Senhor não significa mais dedicar todas as horas do 7o. dia—“nenhuma obra servil fareis”—a Ele?
3 – Se Atos 2:42-46 significa que os primitivos cristãos eram “tododiaístas” e freqüentavam a igreja todos os dias, por que tal regra não é mais seguida pelos “todosdiaístas” modernos que só vão à igreja uns poucos dias toda semana?
4 – Por que ensinam que o “tododiaísmo” é um novo conceito, cristão e neotestamentário, quando Moisés já havia ensinado até algo mais avançado—o “todos-os-momentosismo”, em Deut. 6:2ss?
5 – Se Jesus Cristo quis ensinar o desprezo pelo sábado em Mateus 12 (como se dá a entender), não estaria Ele deixando de ser “tododiaísta”, por desprezar um dos dias, revelando-Se estranhamente um “seisdiazista”?
6 – Por que dentre os 10 Mandamentos só o 4o. sofreu essa alteração (da observância do sétimo dia específico para a “observância” mais “user friendly” de todos e qualquer dos dias) enquanto os demais mandamentos do mesmo código prosseguem intactos no Novo Concerto?
7 – Se qualquer de todos os dias devem ser observados agora, como João no Apocalipse não sabia disso, pois fala de um dia especial que dedicava ao Senhor (Apo. 1:10)?
8 – Por que homens do maior gabarito espiritual e autoridades em Teologia, como expositores bíblicos do presente e do passado (ex.: John Wesley), apresentam o princípio do sábado como um dia a ser dedicado ao Senhor segundo o mandamento bíblico, nada indicando quanto a essa regra de “tododiaísmo”?
9 – Por que documentos confessionais cristãos da maior autoridade, que há séculos estabelecem regras de doutrina e prática para batistas, metodistas, presbiterianos, tratam de um dia em sete a ser dedicado ao Senhor, nada de “tododiaísmo” (ver, por exemplo, o website dos batistas: [url=http://www.batistas.org.br]www.batistas.org.br[/url], “Nossas Crenças”, Tópico X, “O Dia do Senhor” (ver também a “Declaração Doutrinária” dos batistas da CBN, Tópico XV, sobre o mesmo tema).
10 – Por que nesse conceito de “qualquer dia” que se pode dedicar ao Senhor, por incrível coincidência esse “dia qualquer” sempre cai naquele o qual quer a Igreja Católica Romana que seja o feriado religioso para todos, sendo isso acatado tão passivamente pelos que se dizem seguidores da Sola Scriptura?
10 Pontos a Ponderar Sobre o Sábado Nos Tempos Apostólicos
1 –Jesus expressou preocupação sobre os cristãos de Jerusalém que deveriam orar para que a fuga deles, quando da invasão de sua terra (Jerusalém e Judéia) em 70 AD pelas tropas romanas, não tivesse que se dar “no inverno, nem no sábado” (Mat. 24:20). Cristo sabia da inconveniência e perigo se os inimigos cercassem a cidade no dia em que estavam na igreja ou dedicados à adoração particular a Deus, alheios ao que se passava fora. Por esta passagem se percebe que Cristo antecipa que duas coisas estariam existindo após Sua partida: a) o inverno com suas dificuldades para quem tivesse que fugir para os montes nessa estação; b) a observância do sábado pelos Seus seguidores.
2 - Em Atos 15:20 e 29 encontramos uma das maiores provas em favor do sábado nas Escrituras. Entre o que ficou decidido no Concílio de Jerusalém, ante o desafio dos judaizantes que pertubavam a comunidade cristã primitiva, quatro regras básicas de conduta foram definidas. E as quatro regras tratam daquilo de que os cristãos gentios deviam ABSTER-SE, sem que o sábado constasse de tal lista.
Se não está lá o sábado, como algo que os cristãos não deviam praticar, então é óbvio que não houve tal preocupação quanto ao sábado, já que prosseguia normalmente como um dos mandamentos da lei divina que Paulo disse que com a sua mente servia (Rom. 7:25), sendo a “lei de Deus” que trazia o mandamento “não cobiçarás” (vs. 7 e 8) e que ele considerava santa, justa, boa, espiritual, prazenteira (vs. 12, 14, 22, 23). Esta passagem mostra que Paulo nada sabia de nenhuma abolição dos 10 Mandamentos como normativos aos cristãos, tanto que recomenda os 5o., 6o., 7o., 8o., 9o. e 10o. tanto aos cristãos gentios de Éfeso quanto de Roma (ver Efé. 6:1-3, 4:25-31; Rom. 13:8-10).
3 - Em Atos 21:20 vemos que a composição étnica dos primeiros cristãos da igreja-mãe de Jerusalém era judaica, e eles eram “zelosos da lei”. Assim, se houvesse a mínima atitude de algum líder cristão de acabar com o sábado, isso provocaria um tremendo debate entre esses judeus cristãos, pois o sábado era algo muito arraigado na cultura secular e religiosa dos judeus. E não se sabe de debate nenhum a respeito, prova de que não houve alteração do que Israel sempre entendeu e praticou quanto ao princípio do dia de repouso.
Há tanto debate sobre a circuncisão, justamente porque era também algo arraigado na sua cultura. Como é que não há qualquer debate quanto ao sábado? É que certamente todos o guardavam naturalmente e não se precisava discutir sobre o assunto.
4 - Uma prova adicional disso encontramos em Atos 25:8 onde Paulo se defende dos seus acusadores dizendo que “não cometi nenhum pecado contra a lei”. Ora, se ele fosse um violador do sábado, sem dúvida essa acusação seria imediatamente assacada contra ele. Mas Paulo pôde dizer, sem susto, que não contrariou NADA da lei, inclusive do sábado que ele observava.
5 - E mais uma prova adicional achamos em Atos 15:21: “Porque Moisés, desde tempos antigos, tem em cada cidade homens que o preguem, e cada sábado é lido nas sinagogas”.
Sabe-se que os primeiros cristãos não dispunham de Bíblias do modo fácil e disponível como qualquer de nós. O preço de uma Bíblia, ou conjunto de rolos da Torah naquele tempo, alguém calculou como algo em torno do preço de um automóvel 0 km. Ora, só mesmo nas sinagogas é que se podia ter Bíblias, então os cristãos inicialmente freqüentavam as sinagogas para obter instrução bíblica, ouvir a leitura da Palavra de Deus, até serem expulsos mais tardes pelos judeus. Qualquer historiador eclesiástico de gabarito sabe desse detalhe na história do cristianismo primitivo.
Agora, se eles fossem para a sinagoga em qualquer outro dia, ou dariam com a porta fechada ou não haveria leitura da Torah! Portanto, até neste aspecto temos uma prova adicional de que os cristãos primitivos nada sabiam da guarda do domingo. Eles eram sabatistas mesmo, e o ônus da prova fica com os que neguem tal realidade.
6 - Paulo em Atos 16:13 saiu para junto de um rio, em Filipos, um lugar onde não havia sinagoga, num sábado para orar. O fato de ser mencionado que era “sábado” quando foi orar é significativo pois ele certamente orava outros dias também. E ele passou um ano e meio discutindo com os judeus em Corinto, e ao longo de todo esse tempo NUNCA se lembrou de dizer a eles que deviam passar a se reunir no domingo, mesmo quando os judeus abandonaram o local e ele ficou somente com os gentios (Atos 18:1-4 e 11).
7 – Paulo dedica os capítulos 7 a 10 de Hebreus para discutir o sentido dos cerimoniais judaicos e se o sábado fosse um dos tipos de Cristo, como tantos sacrifícios e ofertas, sem dúvida ele destacaria tal papel para algo tão importante e prática tão arraigada dos judeus, quanto era o sábado. Mas não se acha uma linha de referência ao sábado como algo simbólico, cerimonial, daí abolido, nesses referidos capítulos.
8 – Ainda em Hebreus, o sábado é mencionado mas não num sentido de desqualificá-lo ou indicar sua abolição, nos capítulos 3 e 4. Em certo sentido o sábado simboliza o “repouso” espiritual que se encontra em Cristo. Mas se Israel como uma nação falhou em encontrar tal repouso, dentro de Israel houve os que realmente o encontraram, como são os heróis alistados no capítulo 11. E nem por isso deixaram de lado o sábado. Pelo contrário, Davi pôde dizer: “Agrada-me fazer a Tua vontade; ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei” (Sa. 40:8). A experiência de Davi deveria ter sido a de toda a sua nação.
9 – E a declaração do autor de Hebreus (cap. 4, vs. 9) de que resta um descanso sabático para o povo de Deus (no grego, sabbatismós, em contraste com todas as demais referências a “descanso” no capítulo, para as quais usa o termo katapausín—vs. 3, 4, 5, 8) é significativa. O autor faz aplicação do repouso do sétimo dia no vs. 4:4: “Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera”. Sendo que ocorre esse uso diferenciado do termo sabbatismos no vs. 9, um competente tradutor de origem aramaica, George Lamsa, verte isso como “o dever do povo de Deus observar o sábado”. Sem dúvida o autor de Hebreus deseja lembrar a seus leitores que esse dever da observância do sábado ilustra bem o repouso espiritual presente e futuro. Não se trata de nenhuma “ordem para guardarmos o sábado”, mas seria um lembrete de que ele não está tratando do sábado apenas como símbolo de algo que não se liga à celebração do próprio sábado semanal regular.
10 – Finalmente, em Hebreus é onde encontramos a mais clara explicação da razão de termos a Bíblia como um livro dividido em duas seções—Velho Testamento e Novo Testamento. acha-se em Heb. 8:6-10 e 10:16. Ali é falado do novo concerto estabelecido entre Deus e o Seu povo, que se no passado era o Israel nacional, no presente é o Israel expandido, constituído por todos aqueles que são filhos de Abraão pela fé (Gál. 3:7, 29). E ao falar da passagem do velho para o novo concerto, é dito que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitarem os termos desse novo concerto o que é tratado como “minhas leis”, e estas são as mesmas que prevaleciam ao tempo de Jeremias, já que o texto é mera reprodução de Jer. 31:31-33. Claro que os aspectos cerimoniais da lei não entram nesse arranjo porque tanto o autor de Hebreus quanto seus leitores primários sabiam que àquelas alturas o véu do templo já se havia rasgado de alto a baixo e o sentido do fim de todo cerimonial da legislação israelita.
O mais significativo é que não ocorre a mínima pista de que nessa passagem do velho para o novo concerto, ao Deus escrever as Suas leis nos corações e mentes dos Seus fiéis filhos, nesse processo Ele, a) deixe de fora o mandamento do sábado; b) mantenha o mandamento do sábado, mas trocando o dia de repouso do sábado para o domingo; nem, c) mantenha o mandamento do sábado, mas deixando-o como algo vago, voluntário e variável, podendo ajustar-se aos interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador).
Última edição por Ronaldo em Dom Abr 18, 2010 10:58 am, editado 1 vez(es)
10 PONTOS A PONDERAR SOBRE O TEMA DA LEI E DO SÁBADO
1o. - A lei do Senhor é chamada de “perfeita” (Sal. 19:17), assim, como poderia ser descartada como uma “primeira lei” inadequada? Iria Deus criar uma lei imperfeita para o povo de Israel, e outra lei perfeita para os cristãos?
2o. - Jesus NÃO CRIOU nenhum novo código revolucionário, em SUBSTITUIÇÃO à lei divina do Velho Testamento, pois quando indicou a “lei áurea” Ele apenas reitera o que Moisés já havia dito (comparar Mat. 22:36-40 com Lev. 19:18 e Deu. 6:5). O que Ele fez foi acentuar o caráter mais profundo e ético da lei que havia sido perdido de vista devido à orientação falha dos chefes religiosos do povo judeu. Ora, sempre foi errado olhar para uma mulher com intenção impura (ver Jó 31:1) ou odiar um semelhante (Lev. 19:17).
3o. - Prova disso é o que lemos em Mateus 5:20—a chave para entender muitas das declarações de Cristo, como nas suas famosas antíteses, “ouvistes o que foi dito aos antigos . . . Eu, porém, vos digo. . .”: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus”.
4o. - Outra prova de que Cristo não pretendeu SUBSTITUIR os princípios da lei, além de Suas declarações de Mateus 5:17, 18 de que não veio abolir, e sim cumpri-la, é que em seguida Ele RECOMENDA a mais perfeita obediência possível a cada detalhe de dita lei (ver vs. 19).
5o. - E também em Mateus 23:1-3 Jesus recomenda que os Seus ouvintes acatassem TUDO o que seus chefes religiosos ensinavam (não o que praticavam). E uma das coisas que eles ensinavam, conquanto torcendo o sentido do mandamento, era a fiel observância do sábado: Lucas 13:14.
6o. - As expressões usadas por Paulo de “lei do Espírito de vida” e “lei do pecado e da morte” não significam diferentes leis, e sim diferentes visões sobre a lei. Ele usa a palavra “lei” em Romanos 7:23 e 25 como um “jogo de palavras”, pois está falando é da operação do pecado, como uma “lei”, mas no verso 25 declara: “eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus”. Esta declaração não faria o mínimo sentido caso ele entendesse que tal lei tivesse sido abolida. Ao contrário, ele também declara: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De modo nenhum, antes confirmamos a lei” (Rom. 3:31).
7o. - Jesus Cristo disse que “o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mar. 2:27). Com isso Ele confirma o caráter UNIVERSAL do sábado, e REFORÇA a necessidade de obediência ao sábado—que é, acima de tudo, um privilégio para os filhos de Deus—enquanto CONDENA a distorção ao mandamento praticada pelos chefes religiosos do Seu tempo. Os debates de Cristo sobre o sábado não visavam a ensinar que este fosse mandamento abolido ou a não mais se cumprir (pois isso contradiria Suas próprias palavras em Mateus 5:19), e sim mostrar O CORRETO espírito pelo qual se devia observar o sábado.
8o. - Sobre a questão da “divisão das leis” em “moral”, “cerimonial”, “civil”, etc., temos as palavras de Paulo em 1 Cor. 7:19, onde ele fala que “a circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é; o que importa é observar os mandamentos de Deus”. Aí vemos como ele mesmo faz uma “divisão” de leis que eram importantes, e não mais o são, e mandamentos que importa serem cumpridos pelo povo de Deus.
9o. - Os próceres cristãos ao longo da história sempre definiram a lei de Deus nessa base: como lei moral (os Dez Mandamentos), leis cerimoniais, civis, etc. Basta conferir as Confissões de Fé históricas de batistas, metodistas, anglicanos, presbiterianos, congregacionais, e mesmo católicos romanos para constatá-lo.
10o. - Finalmente, está a questão do Velho Concerto/Novo Concerto: Não há a mínima informação de que quando Deus escreve as Suas leis nos corações e mentes dos que aceitam os termos de Seu Novo Concerto, Ele
a) deixa de fora o 4o. mandamento (do decálogo bíblico, não do decálogo falsificado nos catecismos católicos)
b) inclui o 4o. mandamento, mas troca o dia de observância do sábado para o domingo.
OU
c) inclui o sábado, mas como um princípio vago, voluntário e variável, podendo ser respeitado ou não, ou cumprido segundo o tempo mais conveniente para o crente (ou o seu empregador).
Textos básicos: Hebreus 8:6-10; Jeremias 31:31-33 e Ezequiel 36:26 e 27.
10 Razões Por Que o Sábado É Instituição Vigente Anterior ao Sinai
O “argumento do silêncio” de que o sábado não vigoraria antes do Sinai, defendido por alguns opositores de nossa visão sobre isso, cai por terra por, pelo menos, dez das seguintes razões:
1 – Se a Bíblia não diz que Adão, Abraão, Isaque, Jacó guardavam o sábado, também não diz que NÃO GUARDAVAM. Esse tipo de “argumento do silêncio” é inteiramente neutro. Então, temos um empate—se não provamos que eles guardavam o sábado, também não se pode provar que NÃO GUARDAVAM.
2 – Mas o desempate ocorre pelo fato de que Deus mesmo, além de cessar Suas atividades no sétimo dia, para deixar um exemplo para o homem de todas as eras e nações, como ressaltou Calvino, abençoou e SANTIFICOU o sétimo dia. A palavra “santificar” significa “separar para uso consagrado a Deus”. E foi Deus quem fez isso, daí que o sábado é um dia separado desde a criação do mundo. Como Deus já é absolutamente santo, não precisaria santificar nada para Si. Se o fez, foi para o homem, como Jesus confirmou ao dizer que “o sábado foi feito por causa do homem”.
3 – E temos o fato de que Adão tinha o encargo de lavrar a Terra (Gên. 2:15). Os oponentes não conseguem provar que Adão trabalhava os sete dias da semana, só parando à noite para descansar. Alegar que ele não suava e o trabalho era agradável e leve não serve de prova em contrário de que parava um dia por semana. Suar ou não ao trabalhar seria inteiramente irrelevante, pois a questão básica não é de “cansaço” ou de tipo de trabalho, e sim de SANTIFICAÇÃO do tempo para Deus. Se o trabalho dele não o cansava, o fato é que era um tempo de atividades materiais, o que na lei divina é previsto para seis dias (Êxo. 20:8-11), com a cessação de atividades no sétimo dia. E a primeira preocupação do mandamento do sábado é “santificação”, depois vindo o “descanso” (“Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado [descanso] do Senhor teu Deus. . .”).
4 – Todos os grandes atos de Deus foram seguidos de imediato por memoriais, como a confusão das línguas dada a rebelião dos construtores da torre de Babel, o arco-íris, logo após o dilúvio, a Páscoa, junto ao êxodo, a construção do monumento de pedras logo que se completou a travessia a seco do Jordão, a Santa Ceia, ligada diretamente à Paixão de Cristo, e assim por diante. Não faria sentido Deus esperar séculos e milênios para instituir um memorial (“monumento”) à criação do céu, da Terra, do mar e das fontes das águas como é reconhecidamente o sábado. Se foi instituído como “Memorial da Criação”, então isso se estabeleceu junto ao fato da criação, segundo o padrão de estabelecimento dos memoriais indicados, e não milênios depois (ver Sal. 111:2-4).
5 – E há aqueles fatores todos de Abraão ser fiel aos “mandamentos, estatutos, leis” de Deus (Gên. 26:5), sem que se consiga provar que isso envolveria tudo quanto é abrangido pelos mandamentos do Decálogo, excluído o princípio do sábado. “Argumento do silêncio”, claramente, não tem peso algum como prova ou contraprova de nada, mas a lógica pende para a evidência de que Abraão observasse o sábado, santificado por Deus desde a criação do mundo, e estabelecido como memorial da criação, como visto no tópico anterior, além do dado do tópico seguinte.
6 – O descanso do sábado é um reconhecido benefício físico, mental e espiritual para o homem. O Dr. Michael Cesar, médico e pastor americano (evangélico), conta num CD com palestra gravada que Hitler, quando preparava o seu arsenal para a 2a. Grande Guerra, fez os seus trabalhadores atuarem sete dias por semana, só parando à noite para o descanso. Não funcionou. Houve queda de produção, aumento de pessoas esgotadas e doentes, de modo que ele voltou atrás e refez o regime regular de seis dias de trabalho e um de descanso. Qualquer médico reconhecerá os benefícios do descanso semanal. Assim, por que Deus não concederia esse mesmo privilégio para os que viveram antes do Sinai? Não é Deus Aquele que não faz acepção de pessoas?
7 – Durante a escravidão egípcia os israelitas não contavam com a vantagem do sábado, pois viviam em circunstâncias muito especiais. Ao tirá-los do Egito Deus restaurou-lhes tais benefícios, e mesmo antes da outorga da lei no Sinai, Ele lhes mandava o maná, com três milagres para confirmar a importância do sábado: no sexto dia caía em dobro, no sábado não caía nada, e o que ficasse da sexta-feira para o sábado não se estragava, embora isso não se confirmasse em outros dias. E como fica claro em Êxo. 16:28, o sábado é tratado como “lei” divina, mesmo antes da proclamação do Sinai quando alguns desobedeceram a ordem de não sair no sábado para colherem o maná: “Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” É interessante que a linguagem dessa passagem é muito semelhante à de Gên. 26:5, e isso antes da outorga solene da lei no Sinai.
8 – Descobertas arqueológicas falam que os assírios em tempos bem remotos tinham um dia especial para descanso. Eis como isso é tratado no periódico The Congregationalist, de Boston, datado de 15 de novembro de 1882, referindo-se aos "Tijolos da Criação", encontrados nas margens do rio Tigre, próximo de Nínive, atualmente sendo parte do território do Iraque:
“O Sr. George Smith diz em sua obra Descobertas Assírias (1875): ‘No ano de 1869 descobri, entre outras coisas, um curioso calendário assírio, no qual cada mês se divide em quatro semanas, e os sétimos dias, ou sábados, são marcados como dias nos quais nenhum trabalho se podia empreender. . . . O calendário contém listas de trabalho proibido nesses dias, o que evidentemente corresponde ao sábado dos judeus’”.
E um estudioso batista declarou:
“Sabemos também, pelo testemunho de Filo, Hesíodo, Josefo, Porfírio e outros, que a divisão do tempo em semanas e a observância do sétimo dia eram comuns nas nações da antigüidade. Como, então, poderia ter-se originado a não ser pela tradição, que vinha de sua instituição no jardim do Éden?” (John G. Butler, Natural and Revealed Theology, pág. 396).
Esses fatos não têm que ver com as origens do sábado a partir dessas práticas de tais povos (como insinuam pesquisadores descrentes), e sim que demonstram a antiguidade do sábado. O que se dava é que as demais nações perverteram o correto entendimento do sábado, assim como há relatos e mais relatos sobre o dilúvio, mas que não são a origem do que Moisés registrou, e sim versões corrompidas do original.
9 – A ponderação de um erudito batista, do famoso Instituto Bíblico Moody, não pode ser desconsiderada. Para negar validamente o que ele expõe, tem que ocorrer refutação clara e objetiva, com argumentos realmente fortes, ponto por ponto. Vejamos como tal erudito expõe a questão:
“Como nos é apresentado nas Escrituras, o sábado não foi invenção de qualquer fundador religioso. De princípio não era parte de qualquer sistema religioso, mas uma instituição inteiramente independente. Muito definidamente é apresentado no Gênesis como exatamente a primeira instituição, inaugurada pelo próprio Criador. Era puramente religiosa, inteiramente moral, integralmente espiritual. Não continha cerimônias prescritas, nem significação sacramental. Não requeria qualquer sacerdote, nem liturgia. Era para o homem como criatura, mordomo e amigo de Deus.
“A semana, com o seu sábado, é um arranjo artificial. A razão para ele é achada somente nas Escrituras do Velho Testamento. Aqui é sempre associado com a revelação da parte de Deus. . . . Ali está sempre associado com a revelação de Deus. . . .
“Idéias e práticas religiosas entre todos os povos, em variados graus, têm sido associadas com todas as divisões de tempo, que os homens adotaram. Mas em relação somente com a semana é a religião a explicação óbvia para sua origem, e a semana somente é uniformemente atribuída ao mandamento de Deus. A semana existe por causa do sábado. É histórica e cientificamente verdade que o sábado foi feito por Deus”. – Idem, págs. 34 e 35.--Destaque acrescentado. W. O. Carver, Sabbath Observance, p. 41, produzido pela Sunday School Board of the Southern Baptist Convention [Junta da Escola Dominical da Convenção Batista do Sul].
10 – Como tal erudito, citado no tópico anterior, que não é adventista, diz que “a semana existe por causa do sábado”, então isso confirma que quando Labão trata com Jacó sobre “a semana” de sete anos pela mão de Raquel (Gên. 29:27, 28) o conceito de “semana” já existia. Conseqüentemente, antes da outorga da lei, o sábado era prática regular dos servos de Deus na época. De fato, até no Novo Testamento, ao falar do “primeiro dia da semana”, o original grego mostra a contagem judaica, pois é mía twn sabbatwn. Tal expressão significa “o primeiro a partir do sábado”, como historicamente consideravam os judeus a semana, tendo o sábado como marco, e os demais dias sem nomes específicos, apenas designados como primeiro, segundo, terceiro, quarto, etc., a partir do sábado. Na própria Confissão de Fé Batista, de 1689, edição em espanhol, consta os textos de Gên. 8:10, 12 como evidência da vigência do 4o. mandamento desde tempos imemoriais, dada à divisão hebdomadária do tempo em períodos de sete dias, por Noé.
10 Sérias Dificuldades Para os Defensores do Domingo ou do Dianenhumismo/Diaqualquerismo/Tododiaísmo
1 -Jesus disse que “o sábado foi feito por causa do homem” sem dar a entender que era instituição provisória, que devia cessar em alguma ocasião. E também não disse ser só para os judeus, e sim para o homem universal (anthropós), que é o mesmo homem-anthropós que deixa o seu pai e a sua mãe e une-se a sua mulher (Mat. 19:5, 6). Logicamente o casamento não foi instituído só para o homem judeu. Como fica com isso essa noção de fim do princípio do sábado para os cristãos?
2 - Se no Novo Testamento consta a total abolição do princípio de um dia de repouso regular, semanal, por que teria Deus mudado de idéia quanto aos benefícios de os homens terem um dia por semana para o seu descanso físico, mental e espiritual e um tempo especial para consagrar-Lhe, ficando daí sujeitos ao risco de trabalharem sem parar todos os dias até o esgotamento físico, mental e espiritual? Afinal, a idéia de o sábado ter sido estabelecido “por causa do homem” demonstrou-se má e negativa?
3 - As mais representativas confissões de fé das Igrejas cristãs históricas (como a Confissão de Fé de Westminster, a Confissão Batista de New Hampshire e mesmo as atualíssimas “Declarações Doutrinárias”, tanto da Convenção Batista Nacional quanto da Convenção Batista Brasileira, respectivamente no tópico XV, “Do Sábado Cristão” e X, “O Dia do Senhor” (ver www2.cbn.org.br/INTManual_p1b.asp e [url=http://www.batistas.org.br]www.batistas.org.br[/url]) claramente confirmam a posição de ser o sábado um mandamento moral, derivado do Éden, para todos os homens, em todos os tempos, bem como o fazem importantes mestres e instrutores desse meio. O fato de reinterpretarem tal princípio aplicando-o ao domingo não diminui a força de estabelecerem o 4o. mandamento como válido e vigente para os cristãos, o que é muito diferente do ambíguo dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo que tem caracterizado o mundo evangélico com a prédica dos teólogos novidadeiros do semi-antinomismo dispensacionalista desde fins do século XIX e início do século XX. Como justificam a mudança radical de mentalidade quanto ao tema do dia de repouso com relação ao pensamento histórico da cristandade protestante?
4 - Os evangélicos não sabem definir onde a Bíblia estabelece que o dia de repouso na era cristã deva ser observado atualmente de modo mais “user friendly”, nele se podendo comprar, vender, ver o futebol na TV, ir ao cinema, teatro, etc., tendo praticamente a única diferença de ser o dia em que se fica mais tempo nas reuniões da Igreja. Que base bíblica têm para defender essa mudança na dedicação de um dia ao Senhor?
5 - Os evangélicos não sabem definir por que esse suposto sábado cristão deve ser considerado segundo a contagem de tempo romana, de meia-noite a meia-noite, e não mais segundo a contagem judaica, quando os próprios textos que tratam do primeiro dia da semana no Novo Testamento utilizam a contagem judaica, e não a romana (literalmente mía twn sabbatwn, o primeiro relativo ao sábado). Que base bíblica têm para defender essa mudança?
6 - É interessante que as principais reuniões de culto, louvor, pregação, apelos ao altar nas igrejas evangélicas, ocorrem nos encontros domingos à noite que, segundo a contagem bíblica de tempo, já é a segunda-feira, não mais o domingo! Como justificam isso, pelo menos aqueles que ainda defendem que o domingo é um dia especial a dedicar ao Senhor, o “memorial da Ressurreição”, como também o problema de homens interferirem no tempo regular de dedicação de um dia ao Senhor ao mudarem em uma hora a seqüência do tempo, dado o “horário de verão”?
7 - Saberiam os evangélicos definir onde é dito que na passagem do Velho para o Novo Concerto, quando Deus escreve o que é chamado de “Minhas leis” nos corações e mentes dos que aceitam os termos de Seu Novo Concerto [Novo Testamento], Ele
- deixa de fora o 4o. mandamento do Decálogo (Textos básicos: Hebreus 8:6-10; 10:16; Jeremias 31:31-33 e Ezequiel 36:26, 27)?
8 - Saberiam os evangélicos definir onde é dito que na passagem do Velho para o Novo Concerto, quando Deus escreve o que é chamado de “Minhas leis” nos corações e mentes dos que aceitam os termos de Seu Novo Concerto [Novo Testamento], Ele
- mantém o 4o. mandamento, mas transferindo a santidade do sábado para o domingo (Textos básicos: Hebreus 8:6-10; 10:16; Jeremias 31:31-33 e Ezequiel 36:26, 27)?
9 - Saberiam os evangélicos definir onde é dito que na passagem do Velho para o Novo Concerto, quando Deus escreve o que é chamado de “Minhas leis” nos corações e mentes dos que aceitam os termos de Seu Novo Concerto [Novo Testamento], Ele
- deixa a questão do dia de repouso como algo vago, voluntário e variável, segundo as conveniências de cada um, ou de seu empregador (Textos básicos: Hebreus 8:6-10; 10:16; Jeremias 31:31-33 e Ezequiel 36:26, 27)?
10 –Sendo que a promessa bíblica dos Novos Céus e uma Nova Terra, quando não mais haverá pecado nem pecadores, é de que o sábado continuará a ser observado pelos remidos eternamente, por que já agora não dedicaremos ao Senhor o Seu santo dia, como Ele próprio estabeleceu em Sua lei, que não foi anulada pela fé, e sim confirmada (Rom. 3:31)?
10 DESCULPAS ANTI-SABÁTICAS E AS INSUPERÁVEIS DIFICULDADES QUE REPRESENTAM
Vejamos uma enumeração das mais freqüentes “desculpas esfarrapadas” que se apresentam para justificar a negligência do 4o. mandamento da lei divina com 4 “dificuldades” para cada argumento. Começaremos destacando os argumentos dos adeptos da filosofia mais “user friendly” de dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo (ou das teses de “lei totalmente abolida”, ou assemelhadas), com um argumento final dos que defendem que o domingo tomou o lugar do sábado a partir da ressurreição de Cristo:
1) - O “argumento do silêncio” sobre Adão, Noé, Abraão não terem observado o sábado porque a Bíblia não diz diretamente que o fizeram.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Este tipo de argumentação “do silêncio” é paupérrima em favor ou contra qualquer idéia.Na mesma base pode-se “provar” até que eles seriam batedores de carteira nas horas vagas, pois não consta em parte alguma que devessem respeitar os termos do mandamento “não furtarás”.
b) O sábado deriva do Éden pois Deus não só criou propositalmente o mundo em seis dias, cessando Sua atividade no sétimo para deixar um memorial da Sua obra criativa, como abençoou, e santificou o sétimo dia separando-o para uso sagrado.
c) No texto do mandamento do sábado há clara referência ao fato da Criação, confirmando essa “santificação” (separação) do sétimo dia por Deus (ver Êxodo 20:8-11). Como Deus é absolutamente santo, Ele não precisaria santificar o dia para Si, e se o fez foi para o homem, para seu benefício físico e espiritual.
d) Jesus Cristo confirma o dito acima ao dizer que “o sábado foi feito por causa do homem” [não só do judeu] (Mar. 2:27) e isso devia liquidar a questão. Para os teimosinhos que insistem em negar as palavras de Cristo, lembraria que Ele também referiu-se ao estabelecimento do casamento “no princípio”, e certamente não falava de casamento só para judeus pois o termo “homem” em Mateus 19:5 é anthropós, como também ocorre em Marcos 2:27 (cf. Mateus 19:4, 5 e Marcos 10:6) .
2) - O argumento da não divisão das leis bíblicas em morais, cerimoniais, civis, etc., formando todas um só “pacote” legislativo, findando tudo na cruz (alguns até dizem que findou com João por não entenderem Lucas 16:16, “A lei e os profetas duraram até João”).
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) A falta de terminologia “técnica” sobre isso pode parecer um fator determinante para alguns. Mas esses deviam, então, desistir de crer na Trindade. Em parte alguma a Bíblia traz tal palavra, ou expressões como Personalidade do Espírito Santo, teocracia, onisciência, onipresença, onipotência. Tampouco aparecem outros termos como milênio, ascensão, predestinação. . .
b) Paulo fala de mandamentos que valiam, mas não valem mais, e mandamentos que importam serem obedecidos: “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é; o que importa é observar os mandamentos de Deus” (1 Cor. 7:19). Assim, ele está reconhecendo tal distinção.
c) Tanto confissões de fé históricas das Igrejas evangélicas protestantes quanto grandes eruditos e próceres (do passado e do presente) nesse meio admitem tal divisão didática das leis bíblicas, e isso muito antes de os adventistas terem surgido no horizonte religioso, como se pode constatar em obras instrucionais e declarações confessionais várias (como a Confissão de Fé de Westminster e a Confissão Batista de 1689).
d) Quando Deus pronunciou a lei aos ouvidos do povo no Sinai, ao concluir o Seu proferimento é dito que Ele “nada acrescentou” (Deu. 5:22). As regras cerimoniais foram ditadas a Moisés noutra ocasião, para serem escritas em rolos. Quem acrescentar regras de outro caráter a esta lei especialíssima, que Ele também escreveu em duas tábuas de pedra, está indo “além do que está escrito” (1 Cor. 4:6).
3) - O argumento de que agora, após a “abolição” da lei veterotestamentária na cruz, resta apenas ao cristão o princípio da “lei do amor” ou a orientação do Espírito a determinar o certo e o errado, sem nada de mandamentos específicos de “fazer isso”, “não fazer aquilo”.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Mas os mandamentos divinos SEMPRE tiveram por base o princípio de “amor a Deus” e “amor ao próximo”. Cristo na “lei áurea” apenas repete a Moisés (ver Mateus 22:36-40, cf. Lev. 19:18; Deu. 6:5).
b) Que esse princípio de amor inclui o 4o. mandamento está claro na evidente ABRANGÊNCIA a todos os mandamentos ao Cristo, Paulo e Tiago apresentarem, no contexto desse princípio, somente parte do código do qual o sábado faz parte, porém indicando que tal princípio de amor se refere a todos os mandamentos que dele constam: Mateus 19:17ss; Romanos 13:8-10; Tiago 2:8-12. Em Romanos 13:9 Paulo comenta retoricamente, após citar alguns dos mandamentos do Decálogo, “. . . e se há qualquer outro mandamento. . .”. Isso indica a abrangência de todos, pois certamente há outros mandamentos e ele sabia disso.
c) No Novo Testamento prossegue havendo muitos mandamentos de “fazer isso” e “não fazer aquilo”: Mat. 29:18, 19; Efé. 6:1-5, 9; 4:25-31; 1 Tes. 5:12-22, etc., etc.
d) Tanto a Confissão de Fé de Westminster, de 1647 como a Confissão de Fé Batista de 1689 explicam que os quatro primeiros mandamentos tratam de nossa responsabilidade para com Deus, e os seis últimos, o mesmo quanto aos semelhantes, portanto confirmando que a “lei áurea” é a síntese, não substituto, do Decálogo. E como Cristo disse que “desses dois mandamentos dependem TODA a lei e os profetas”, isso liqüida o assunto.
4) - O argumento de que o sábado era apenas prefigurativo do “repouso espiritual” que se acha em Cristo, cf. Hebreus 4, perdendo sua validade após Cristo conceder-nos o “repouso” da salvação.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Isso não exclui o privilégio e benefício de observar o sábado para quem haja conquistado esse “repouso espiritual”. Caso Israel o houvesse alcançado, em vez de falhar nisso, teria ainda o mandamento do sábado, como prova o fato de que alguns dentro de Israel realmente alcançaram tal descanso, e nem por isso deixaram de observar esse mandamento—os heróis de Hebreus 11.
b) No vs. 9 de Hebreus 4 aparece pela única vez na Bíblia um termo especial para “descanso” (sabbatismos—repouso sabático), em contraste com katapausin, termo original para “descanso” usado ao longo do capítulo, o que indica que o autor quis lembrar à comunidade hebréia-cristã à qual se dirigia que sua exposição sobre esse “descanso espiritual” não significa negligência ao sábado semanal, literal.
c) Os que aceitaram a Cristo enquanto Ele estava sobre a Terra, como as santas mulheres que eram dedicadas pioneiras cristãs, tendo, pois, encontrado Nele o “descanso da salvação”, nem por isso deixaram de observar o sábado “segundo o mandamento” (Luc. 23:56), como relata Lucas 30 anos após o episódio.
d) De certo modo o sábado é uma sombra do repouso final dos cristãos no Reino Eterno. Sendo princípio interpretativo que as sombras só se desfazem quando encontram a realidade, e sendo que ainda não alcançamos tal repouso definitivo, o sábado prossegue sendo símbolo do descanso eterno por vir, o que é confirmado pelos eruditos batistas Jamieson, Fausset e Brown em seu comentário de Hebreus 4:9.
5) - O argumento de que Cristo passou por cima do mandamento por Suas atitudes de curar nesse dia alguns enfermos e declarar que “os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa” (Mateus 12:5).
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Ele Se defendia de Seus acusadores dizendo que fazia o que era “lícito” aos sábados, o que significa “em harmonia com a lei” (Mat. 12:12). Até desafiou Seus críticos: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8:46). Sua intenção não era desprestigiar o mandamento que estabeleceu “por causa do homem”, mas corrigir o modo de observá-lo, diante da corrupção ao mesmo pelos líderes judaicos, que também corrompiam o 5o. mandamento (Mar. 7:9-11) e o sentido do princípio do dizimar (Mat. 23:23).
b) Ele não iria contradizer-Se com o que disse em Mateus 5:19, promovendo a mais fiel obediência à lei divina que declarou não ter vindo abolir, mas cumprir. Se tivesse em qualquer medida transgredido “o mínimo” dentre os mandamentos, Ele próprio teria que ser considerado “o menor no Reino dos céus”, por Suas palavras. E o sábado era um dos preceitos mais importantes da lei.
c) Cristo também declarou, “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também” (João 5:17). O sentido óbvio é de que Deus trabalha sempre PARA O BENEFÍCIO de Suas criaturas, uma atividade sagrada, dentro do mesmo espírito de como os sacerdotes agiam e o pastor moderno age no sábado. As curas de Cristo são comparáveis a essas atividades sagradas, como os trabalhos de caráter espiritual dos sacerdotes aos sábados no templo.
d) Se Cristo quisesse desqualificar o sábado não recomendaria aos Seus ouvintes quanto aos ensinos de seus líderes religiosos: “fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”. Uma das coisas que eles diziam era que deviam respeitar o mandamento do sábado (Luc. 13:14), mas os seguidores de Cristo não seguiriam o mau exemplo deles corrompendo o sentido do mandamento, e sim o exemplo de Cristo, o “senhor do sábado”.
6) - O argumento de agora estarmos sob o “Novo Concerto”, baseado em Hebreus 8:6-10, quando Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitarem os seus termos as Suas leis, o que deixaria de fora o sábado.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) O texto de Hebreus 8:6-10 é reprodução da mesma promessa a Israel no passado em Jeremias 31:31-33, então as leis contidas na promessa daquele pacto, que Deus escreve nos corações e mentes dos Seus filhos, são as mesmas, pois o texto não indica alteração em seus termos. Logicamente os preceitos prefigurativos da morte de Cristo (lei cerimonial) estariam fora pois na própria epístola de Hebreus, capítulos 7 a 10, é explicado pormenorizadamente o sentido dos rituais antitípicos de Israel.
b) Em 2 Coríntios 3:3-8 Paulo emprega a ilustração das “tábuas de pedra/tábuas de carne” da ministração da lei sob o Novo Concerto, o que reforça a noção de que o conteúdo INTEGRAL do que constava nas tábuas de pedra (o Decálogo) transfere-se para as tábuas de carne do coração (ver Eze. 36:26, 27; Sal. 40:8) aos que aceitam os termos do novo concerto [Novo Testamento]. Quando Deus cumpre a promessa da escrita de Suas leis nos corações aquecidos pela graça divina, não deixa de fora nenhum dos mandamentos da lei moral, o que inclui o sábado, das “tábuas de pedra”. Do contrário não faria sentido Paulo usar a ilustração das “tábuas de pedra/tábuas de carne” e teria que se explicar melhor.
c) Sob o Novo Concerto, Deus derrama o Seu amor sobre os corações dos remidos, assim esse concerto firma-se sobre “melhores promessas” (ver Rom. 5:5; Heb. 8:6), superior à base do Velho Concerto que foi a disposição do povo, “tudo quanto o Senhor falou, nós faremos” (Êxo. 19:8), fracassando porém quanto a cumprir sua parte do concerto. A falha estava, portanto, no povo, não na lei (cf. Heb. 8:9).
d) Em Hebreus 9:15-17 lemos sobre como a morte de um testador impede que seja alterado o testamento que este deixa. Assim, a morte do divino Testador, Cristo, selou o Novo Testamento de modo que não há a mínima possibilidade de mudança na lei divina. Logo, não pôde ter havido mudança, seja do sábado pelo domingo, seja do sábado pelo dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo.
7) - O argumento de que Paulo indicou o fim do sábado com a morte de Cristo, em Romanos 14:5, 6, Gálatas 4:8-10 e Colossenses 2:16.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) João na parte introdutória de Apocalipse (1:10) indica haver um “dia do Senhor” que dedicava a Deus. Assim, ele nada sabia sobre essa abolição do sábado, ou do princípio de um dia de repouso a ser santificado.
b) Em Romanos e Gálatas a palavra “sábado” nem aparece, pois o tema são outros dias—no caso dos judeus, dias de jejum ou feriados religiosos de Israel que não mais os devia preocupar, sendo-lhes opcionais, sem serem impostos sobre outros; no caso de Gálatas, os dias festivos pagãos que, parece, ainda empolgavam alguns cristãos, deviam ser inteiramente descartados.
c) Em Colossenses, JAMAIS aparece a palavra “lei”, prova de que o tema discutido não é a vigência da lei, mas problemas com hereges colossenses que queriam impor ao povo costumes extremados quanto a observâncias religiosas (ver vs. 21-23). Ele não diz para “não observarem o sábado” mas para não se preocuparem quanto a julgamento que fosse passado sobre eles por causa de sua maneira de observar o sábado. O vs. 18 declara: “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum na sua mente carnal”.
d) Eruditos antigos e modernos reconhecem que esses “sábados” seriam cerimoniais, não o sábado semanal. Entre estes, podem ser citados: John Davis, Albert Barnes, Adam Clarke, Jamieson, Fausset e Brown, English E. Schuyler, David E. Garland, John Eadi, etc.
8) – O argumento de que Tiago inclui todas as regras cerimoniais do judaísmo ao dizer que “qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser um transgressor da lei” (Tiago 2:8-11), ainda acrescentando que o Apóstolo quer dizer que sendo impossível observar plenamente a lei, então fica-se livre da mesma como regra de conduta.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Quando Tiago escreveu tais palavras já todo o cerimonialismo prefigurativo havia cumprido sua função e perdido a vigência. O véu do Templo já estava rasgado de alto a baixo. O texto claramente refere-se aos mandamentos da lei moral, do Decálogo, sem a mínima referência a questões cerimoniais.
b) Há alguns que até deixam implícito que Tiago estaria dizendo que se é impossível observar plenamente TODOS os mandamentos, então podemos relaxar “um pouquinho”, e sempre o sacrificado é o mandamento do sábado, por que será?
c) Jesus incentivou a obediência PERFEITA a todos os mandamentos em Mateus 5:19 e 20: “Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. E Ele ainda recomendou: “Portanto, sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mat. 5:48).
d) Não há possibilidade de se abrir uma “exceção” na perfeita obediência, que não conseguimos por nossos próprios esforços. Dependemos plenamente da graça divina e do Seu Espírito para que “a justiça da lei” se cumpra em nossa vida (ver Romanos 8:3, 4, 7 e 8).
[Conclui no próximo quadro]
[Conclusão da página anterior e do estudo]
9) - O argumento de que o primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém pelo ano 49 ou 50 AD, indicou regras para os cristãos gentios seguirem, deixando de lado a “lei de Moisés” (Atos 15:5), sem que o sábado seja indicado entre as regras do que foi decidido em dito concílio.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) A expressão “lei de Moisés” não pode ser usada para discriminar contra o mandamento do sábado (e das leis dietéticas) pois a expressão é bem abrangente, incluindo regras tais como “não matarás”, “não furtarás”, “honra a teu pai e a tua mãe”.
b) A mera leitura do texto de Atos 15:28, 29 indica que o que se definiu foram práticas de que os cristãos gentios deviam abster-se, e não uma série de coisas a cumprir, como se recebessem uma espécie de tetrálogo que substituiria o Decálogo (como alguns dão a entender equivocadamente). E o sábado NÃO CONSTA daquelas coisas que não deviam praticar, o que demonstra que não foi tema que representasse dúvida entre os cristãos, algo de que deviam ser orientados contra sua prática.
c) Em Atos 21:20 lemos sobre a composição étnica dominante da igreja-mãe, de Jerusalém, e seus membros eram judeus “zelosos da lei”. Eles não aceitariam sem grandes polêmicas qualquer alteração num princípio tão arraigado na sua vida religiosa e mesmo secular como era o sábado, e não ocorre tal discussão entre aqueles crentes (como se deu com outro costume arraigado que se ensinava ter sido abolido, como a circuncisão), o que demonstra que não se alterou nada quanto a tal princípio.
d) Jesus predisse que duas coisas prosseguiriam após Sua partida: 1) o inverno; 2) a guarda do sábado por Seus seguidores (Mateus 24:16-20). Ele recomendou que os cristãos orassem para não terem que fugir no inverno (dadas as óbvias inconveniências disso) nem no sábado, pois poderiam estar nas suas congregações em tal dia e não perceberem os acontecimentos ameaçadores ao seu redor, ou mesmo para não terem perturbação na prática de um princípio bíblico estabelecido na própria criação do mundo.
10) - O argumento de que com a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana, o domingo passou a ser adotado para ser daí em diante o dia de repouso da comunidade cristã.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Não há nada que justifique que o evento da Ressurreição opere mudanças na lei divina pois algo tão sagrado como a própria lei de Deus não poderia sofrer alteração tão radical sem uma clara exposição bíblica a respeito justificando o fato, e nada consta quanto a isso.
b) Se o dia da Ressurreição foi importante que justificasse tal alteração, também o seria o dia de Sua morte (sem a qual não haveria ressurreição). Então, tanto a sexta-feira quanto o domingo poderiam ser determinados como dias memoriais, contudo não há a mínima informação bíblica de que os cristãos devam celebrar o domingo ou a sexta-feira, seja semanal ou anual, como memorial da experiência de Cristo de morte ou ressurreição.
c) Quando lemos no Novo Testamento sobre o “primeiro dia da semana”, a expressão no original grego, mía twn sabbatwn, significa literalmente, o primeiro com base no sábado, o que denota a contagem romana, e não judaica de tempo. Ademais, o próprio fato desse dia não merecer qualquer título especial já mostra a falta de fundamento para que tenha sido especialmente considerado pela Igreja apostólica em substituição da instituição do sábado que Cristo declarou ter sido estabelecido “por causa do homem”.
d) A própria causa de defesa de que o domingo passou a ser adotado pelos cristãos a partir dos tempos apostólicos é tão desmoralizada que os próprios evangélicos não a levam a sério, com a maioria preferindo mesmo o mais “user friendly” dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, com muitos crentes dizendo abertamente que o domingo é mesmo uma instituição de origem católica, ou mesmo remontando suas origens ao festival ao sol dos mitraítas em Roma, com o seu dies solis—dia do sol.
* A posição oficial das diferentes Igrejas e seus grandes próceres e instrutores, de que o domingo foi adotado pela Igreja Cristã desde o mais remoto período de sua existência em substituição ao sábado do sétimo dia, é em grande medida desprezada e passada por alto pelos seus modernos integrantes. Preferem apegar-se a argumentos que destroem o princípio de um dia de descanso divinamente determinado, mas não parecem capazes de oferecer nada melhor no lugar. São bons na obra de destruição de um conceito, mas nada eficientes na construção de uma teologia que justifique tal atitude revisionista quanto ao ensino oficial e tradicional de suas próprias denominações a respeito da questão do dia de repouso. Só há uma explicação para isso —o reconhecimento de falta de embasamento bíblico para a instituição dominical.
Os adeptos do que eu chamo dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo (a idéia de que tanto faz observar um dia do Senhor ou não, ou que qualquer dia que se queira adotar é válido diante de Deus, ou que “todos os dias” é que Lhe devem ser dedicados) utilizam os textos de Romanos 14:5, 6 e Gál. 4:9, 10. Contudo, observa-se que há uma diferença notável entre o tratamento do problema dos “dias” em Romanos e Gálatas, o que geralmente se passa totalmente por alto.
Em Romanos Paulo admite que “tanto faz um dia como outro” e não proíbe a observância radicalmente como ocorre em Gálatas. Por que será? Resposta: em Romanos ele se refere aos dias ainda significativos do calendário judaico que alguns queriam exigir aos cristãos como práticas obrigatórias (os dias feriados religiosos que tinham cunho de feriados nacionais para os judeus). Paulo não os considerou obrigatórios mas respeitava os escrúpulos dos judeus quanto a tais dias, bem como, possivelmente, também dias de jejum que eram muito importantes nos usos e costumes judaicos. Deve-se levar em conta que os primeiros conversos ao cristianismo eram de origem judaica e “zelosos da lei” (Atos 21:20).
Já em Gálatas ele condena inteiramente o apego a “dias, e meses, e tempos e anos” porque estava tratando sobre festas do calendário pagão, que alguns conversos do paganismo ainda queriam manter. Uma situação, portanto, bem diversa que merece ser levada em conta. No vs. 8 ele se refere a quando eles não conheciam a Deus, e fala de retornarem a “rudimentos fracos e pobres” (vs. 9), o que não seria linguagem apropriada para judeus.
Que não se tratava do sábado é óbvio, pois se Paulo tivesse se manifestado contra o sábado em qualquer sentido, não poderia ter dito em sua defesa de acusações dos líderes judeus: “Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César” (Atos 25:8). Também na agitação dos judaizantes, a decisão do Concílio de Jerusalém em Atos 15:28, 29 é significativa: não consta nada CONTRA a guarda do sábado entre as quatro regras de coisas de que os cristãos deviam ABSTER-SE, simplesmente porque não houve agitação de tal assunto. Todos o observavam normalmente, como documentos históricos posteriores demonstram.
Que o sábado do sétimo dia não foi deixado “opcional” é evidente pois não há registro histórico de que os cristãos tenham adotado um novo critério quanto a sua adoração a Deus de a) ou não dedicar nenhum dia ao Senhor, ou b) escolher livremente o dia que mais conviesse a cada um. Aliás, seria muito estranho cada um ter o seu “dia do Senhor”, uns observando a quarta-feira, outros a sexta-feira, outros mais o sábado do sétimo dia, boa parte o domingo. . . Como combinariam com isso os encontros semanais na igreja? Afinal, a recomendação do autor de Hebreus é que não se deve “abandonar a congregação”. . .
A Bíblia, porém, diz que “Deus não é de confusão” e sim de ordem (1 Cor. 14:33). Não haveria nenhum sentido de Paulo de repente lançar-se contra uma ordenança divina que procede do Éden, como reconhecem as mais representativas Confissões de Fé históricas da cristandade protestante (e católicas, especialmente o próprio documento papal recente Domini Dies), estabelecendo a confusão quanto à questão do dia de observância.
Se a argumentação destes debatedores demonstra alguma coisa é a falta de convicção sobre a tradicional observância do domingo da parte de boa parcela dos evangélicos. Existe a tradição (herdada do catolicismo), mas carece do necessário embasamento bíblico. Daí, partem alguns para todo tipo de artimanhas e sofismas para justificar sua negligência desse mandamento bíblico.
É pena que nossos irmãos batistas, que rejeitaram certas arraigadas tradições originárias do catolicismo romano ainda conservadas por outros protestantes (como o batismo infantil e por aspersão) não tenham avançado um pouco mais no rumo da restauração plena das verdades bíblicas e ainda se apeguem à tradição do domingo. Melhor dizendo, não todos os batistas, pois há os seus irmãos mais próximos, os batistas do sétimo dia, que certamente evoluíram mais nessa bendita direção desde princípios do século XVII.
Agora, há uma seqüência de passagens onde a divisão de leis, criticada por alguns, é estabelecida pelo próprio apóstolo Paulo:
“A circuncisão em si não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar os mandamentos de Deus” — 1 Coríntios 7:19.
“Pois nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” — Gálatas 6:15.
“Porque em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão, tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. — Gálatas 5:6.
Esta seqüência de textos torna claro que para Paulo as questões rituais da lei não são relevantes, mas o importante é observar os mandamentos que não pertencem a esse aspecto, da lei cerimonial. O “ser nova criatura”, equivale a demonstrar uma “fé que atua pelo amor”, o que se expressa em “guardar os mandamentos de Deus”. Há, pois, uma harmonia no entendimento dessas questões.
A única coisa que fica “pendente”, pois, são dias especiais de celebração nacional, ou dias de jejuns, importantes para a cultura judaica (como discutido em Rom. 14:5, 6). O mandamento do sábado, porém, é de caráter inteiramente diferente NUNCA sendo apresentado nas Escrituras, seja como opcional, como desejariam os adeptos da teologia novidadeira do dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, seja cerimonial.
Sobre Romanos 14:5, 6 e Gál. 4:9, 10 observa-se que há uma diferença notável entre o tratamento do problema dos “dias” em Romanos e Gálatas, o que geralmente se passa totalmente por alto. Em Romanos Paulo admite que “tanto faz um dia como outro” e não proíbe a observância radicalmente como ocorre em Gálatas. Por que será? Resposta: em Romanos ele se refere aos dias ainda significativos do calendário judaico que alguns queriam exigir aos cristãos como práticas obrigatórias (os dias feriados religiosos que tinham cunho de feriados nacionais para os judeus). Paulo não os considerou obrigatórios mas respeitava os escrúpulos dos judeus quanto a tais dias, bem como, possivelmente, também dias de jejum que eram muito importantes nos usos e costumes judaicos. Deve-se levar em conta que os primeiros conversos ao cristianismo eram de origem judaica e “zelosos da lei” (Atos 21:20).
Já em Gálatas ele condena inteiramente o apego a “dias, e meses, e tempos e anos” porque estava tratando sobre festas do calendário pagão, que alguns conversos do paganismo ainda queriam manter. Uma situação, portanto, bem diversa que merece ser levada em conta. No vs. 8 ele se refere a quando eles não conheciam a Deus, e fala de retornarem a “rudimentos fracos e pobres” (vs. 9), o que não seria linguagem apropriada para judeus.
Que não se tratava do sábado é óbvio, pois se Paulo tivesse se manifestado contra o sábado em qualquer sentido, não poderia ter dito em sua defesa de acusações dos líderes judeus: “Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César” (Atos 25:8). Também na agitação dos judaizantes, a decisão do Concílio de Jerusalém em Atos 15:28, 29 é significativa: não consta nada CONTRA a guarda do sábado entre as quatro regras de coisas de que os cristãos deviam ABSTER-SE, simplesmente porque não houve agitação de tal assunto. Todos o observavam normalmente, como documentos históricos posteriores demonstram.
Que o sábado do sétimo dia não foi deixado “opcional” é evidente pois não há registro histórico de que os cristãos tenham adotado um novo critério quanto a sua adoração a Deus de a) ou não dedicar nenhum dia ao Senhor, ou b) escolher livremente o dia que mais conviesse a cada um. Aliás, seria muito estranho cada um ter o seu “dia do Senhor”, uns observando a quarta-feira, outros a sexta-feira, outros mais o sábado do sétimo dia, boa parte o domingo. . . Como combinariam com isso os encontros semanais na igreja? Afinal, a recomendação do autor de Hebreus é que não se deve “abandonar a congregação”. . .
A Bíblia, porém, diz que “Deus não é de confusão” e sim de ordem (1 Cor. 14:33). Não haveria nenhum sentido de Paulo de repente lançar-se contra uma ordenança divina que procede do Éden, como reconhecem as mais representativas Confissões de Fé históricas da cristandade protestante (e católicas, especialmente o próprio documento papal recente Domini Dies), estabelecendo a confusão quanto à questão do dia de observância.
Se a argumentação destes debatedores demonstra alguma coisa é a falta de convicção sobre a tradicional observância do domingo da parte de boa parcela dos evangélicos. Existe a tradição (herdada do catolicismo), mas carece do necessário embasamento bíblico. Daí, partem alguns para todo tipo de artimanhas e sofismas para justificar sua negligência desse mandamento bíblico.
É pena que nossos irmãos batistas, que rejeitaram certas arraigadas tradições originárias do catolicismo romano ainda conservadas por outros protestantes (como o batismo infantil e por aspersão) não tenham avançado um pouco mais no rumo da restauração plena das verdades bíblicas e ainda se apeguem à tradição do domingo. Melhor dizendo, não todos os batistas, pois há os seus irmãos mais próximos, os batistas do sétimo dia, que certamente evoluíram mais nessa bendita direção desde princípios do século XVII.
Agora, há uma seqüência de passagens onde a divisão de leis, criticada por alguns, é estabelecida pelo próprio apóstolo Paulo:
“A circuncisão em si não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar os mandamentos de Deus” — 1 Coríntios 7:19.
“Pois nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” — Gálatas 6:15.
“Porque em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão, tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. — Gálatas 5:6.
Esta seqüência de textos torna claro que para Paulo as questões rituais da lei não são relevantes, mas o importante é observar os mandamentos que não pertencem a esse aspecto, da lei cerimonial. O “ser nova criatura”, equivale a demonstrar uma “fé que atua pelo amor”, o que se expressa em “guardar os mandamentos de Deus”. Há, pois, uma harmonia no entendimento dessas questões.
A única coisa que fica “pendente”, pois, são dias especiais de celebração nacional, ou dias de jejuns, importantes para a cultura judaica (como discutido em Rom. 14:5, 6). O mandamento do sábado, porém, é de caráter inteiramente diferente NUNCA sendo apresentado nas Escrituras, seja como opcional, como desejariam os adeptos da teologia novidadeira do dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, seja cerimonial.
9) - O argumento de que o primeiro concílio da Igreja, em Jerusalém pelo ano 49 ou 50 AD, indicou regras para os cristãos gentios seguirem, deixando de lado a “lei de Moisés” (Atos 15:5), sem que o sábado seja indicado entre as regras do que foi decidido em dito concílio.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) A expressão “lei de Moisés” não pode ser usada para discriminar contra o mandamento do sábado (e das leis dietéticas) pois a expressão é bem abrangente, incluindo regras tais como “não matarás”, “não furtarás”, “honra a teu pai e a tua mãe”.
b) A mera leitura do texto de Atos 15:28, 29 indica que o que se definiu foram práticas de que os cristãos gentios deviam abster-se, e não uma série de coisas a cumprir, como se recebessem uma espécie de tetrálogo que substituiria o Decálogo (como alguns dão a entender equivocadamente). E o sábado NÃO CONSTA daquelas coisas que não deviam praticar, o que demonstra que não foi tema que representasse dúvida entre os cristãos, algo de que deviam ser orientados contra sua prática.
c) Em Atos 21:20 lemos sobre a composição étnica dominante da igreja-mãe, de Jerusalém, e seus membros eram judeus “zelosos da lei”. Eles não aceitariam sem grandes polêmicas qualquer alteração num princípio tão arraigado na sua vida religiosa e mesmo secular como era o sábado, e não ocorre tal discussão entre aqueles crentes (como se deu com outro costume arraigado que se ensinava ter sido abolido, como a circuncisão), o que demonstra que não se alterou nada quanto a tal princípio.
d) Jesus predisse que duas coisas prosseguiriam após Sua partida: 1) o inverno; 2) a guarda do sábado por Seus seguidores (Mateus 24:16-20). Ele recomendou que os cristãos orassem para não terem que fugir no inverno (dadas as óbvias inconveniências disso) nem no sábado, pois poderiam estar nas suas congregações em tal dia e não perceberem os acontecimentos ameaçadores ao seu redor, ou mesmo para não terem perturbação na prática de um princípio bíblico estabelecido na própria criação do mundo.
10) - O argumento de que com a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana, o domingo passou a ser adotado para ser daí em diante o dia de repouso da comunidade cristã.
Quatro dificuldades com tal desculpa:
a) Não há nada que justifique que o evento da Ressurreição opere mudanças na lei divina pois algo tão sagrado como a própria lei de Deus não poderia sofrer alteração tão radical sem uma clara exposição bíblica a respeito justificando o fato, e nada consta quanto a isso.
b) Se o dia da Ressurreição foi importante que justificasse tal alteração, também o seria o dia de Sua morte (sem a qual não haveria ressurreição). Então, tanto a sexta-feira quanto o domingo poderiam ser determinados como dias memoriais, contudo não há a mínima informação bíblica de que os cristãos devam celebrar o domingo ou a sexta-feira, seja semanal ou anual, como memorial da experiência de Cristo de morte ou ressurreição.
c) Quando lemos no Novo Testamento sobre o “primeiro dia da semana”, a expressão no original grego, mía twn sabbatwn, significa literalmente, o primeiro com base no sábado, o que denota a contagem romana, e não judaica de tempo. Ademais, o próprio fato desse dia não merecer qualquer título especial já mostra a falta de fundamento para que tenha sido especialmente considerado pela Igreja apostólica em substituição da instituição do sábado que Cristo declarou ter sido estabelecido “por causa do homem”.
d) A própria causa de defesa de que o domingo passou a ser adotado pelos cristãos a partir dos tempos apostólicos é tão desmoralizada que os próprios evangélicos não a levam a sério, com a maioria preferindo mesmo o mais “user friendly” dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, com muitos crentes dizendo abertamente que o domingo é mesmo uma instituição de origem católica, ou mesmo remontando suas origens ao festival ao sol dos mitraítas em Roma, com o seu dies solis—dia do sol.
ALGUMAS REFLEXÕES FINAIS
* A posição oficial das diferentes Igrejas e seus grandes próceres e instrutores, de que o domingo foi adotado pela Igreja Cristã desde o mais remoto período de sua existência em substituição ao sábado do sétimo dia, é em grande medida desprezada e passada por alto pelos seus modernos integrantes. Preferem apegar-se a argumentos que destroem o princípio de um dia de descanso divinamente determinado, mas não parecem capazes de oferecer nada melhor no lugar. São bons na obra de destruição de um conceito, mas nada eficientes na construção de uma teologia que justifique tal atitude revisionista quanto ao ensino oficial e tradicional de suas próprias denominações a respeito da questão do dia de repouso. Só há uma explicação para isso —o reconhecimento de falta de embasamento bíblico para a instituição dominical.
Os adeptos do que eu chamo dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo (a idéia de que tanto faz observar um dia do Senhor ou não, ou que qualquer dia que se queira adotar é válido diante de Deus, ou que “todos os dias” é que Lhe devem ser dedicados) utilizam os textos de Romanos 14:5, 6 e Gál. 4:9, 10. Contudo, observa-se que há uma diferença notável entre o tratamento do problema dos “dias” em Romanos e Gálatas, o que geralmente se passa totalmente por alto.
Em Romanos Paulo admite que “tanto faz um dia como outro” e não proíbe a observância radicalmente como ocorre em Gálatas. Por que será? Resposta: em Romanos ele se refere aos dias ainda significativos do calendário judaico que alguns queriam exigir aos cristãos como práticas obrigatórias (os dias feriados religiosos que tinham cunho de feriados nacionais para os judeus). Paulo não os considerou obrigatórios mas respeitava os escrúpulos dos judeus quanto a tais dias, bem como, possivelmente, também dias de jejum que eram muito importantes nos usos e costumes judaicos. Deve-se levar em conta que os primeiros conversos ao cristianismo eram de origem judaica e “zelosos da lei” (Atos 21:20).
Já em Gálatas ele condena inteiramente o apego a “dias, e meses, e tempos e anos” porque estava tratando sobre festas do calendário pagão, que alguns conversos do paganismo ainda queriam manter. Uma situação, portanto, bem diversa que merece ser levada em conta. No vs. 8 ele se refere a quando eles não conheciam a Deus, e fala de retornarem a “rudimentos fracos e pobres” (vs. 9), o que não seria linguagem apropriada para judeus.
Que não se tratava do sábado é óbvio, pois se Paulo tivesse se manifestado contra o sábado em qualquer sentido, não poderia ter dito em sua defesa de acusações dos líderes judeus: “Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César” (Atos 25:8). Também na agitação dos judaizantes, a decisão do Concílio de Jerusalém em Atos 15:28, 29 é significativa: não consta nada CONTRA a guarda do sábado entre as quatro regras de coisas de que os cristãos deviam ABSTER-SE, simplesmente porque não houve agitação de tal assunto. Todos o observavam normalmente, como documentos históricos posteriores demonstram.
Que o sábado do sétimo dia não foi deixado “opcional” é evidente pois não há registro histórico de que os cristãos tenham adotado um novo critério quanto a sua adoração a Deus de a) ou não dedicar nenhum dia ao Senhor, ou b) escolher livremente o dia que mais conviesse a cada um. Aliás, seria muito estranho cada um ter o seu “dia do Senhor”, uns observando a quarta-feira, outros a sexta-feira, outros mais o sábado do sétimo dia, boa parte o domingo. . . Como combinariam com isso os encontros semanais na igreja? Afinal, a recomendação do autor de Hebreus é que não se deve “abandonar a congregação”. . .
A Bíblia, porém, diz que “Deus não é de confusão” e sim de ordem (1 Cor. 14:33). Não haveria nenhum sentido de Paulo de repente lançar-se contra uma ordenança divina que procede do Éden, como reconhecem as mais representativas Confissões de Fé históricas da cristandade protestante (e católicas, especialmente o próprio documento papal recente Domini Dies), estabelecendo a confusão quanto à questão do dia de observância.
Se a argumentação destes debatedores demonstra alguma coisa é a falta de convicção sobre a tradicional observância do domingo da parte de boa parcela dos evangélicos. Existe a tradição (herdada do catolicismo), mas carece do necessário embasamento bíblico. Daí, partem alguns para todo tipo de artimanhas e sofismas para justificar sua negligência desse mandamento bíblico.
É pena que nossos irmãos batistas, que rejeitaram certas arraigadas tradições originárias do catolicismo romano ainda conservadas por outros protestantes (como o batismo infantil e por aspersão) não tenham avançado um pouco mais no rumo da restauração plena das verdades bíblicas e ainda se apeguem à tradição do domingo. Melhor dizendo, não todos os batistas, pois há os seus irmãos mais próximos, os batistas do sétimo dia, que certamente evoluíram mais nessa bendita direção desde princípios do século XVII.
Agora, há uma seqüência de passagens onde a divisão de leis, criticada por alguns, é estabelecida pelo próprio apóstolo Paulo:
“A circuncisão em si não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar os mandamentos de Deus” — 1 Coríntios 7:19.
“Pois nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” — Gálatas 6:15.
“Porque em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão, tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. — Gálatas 5:6.
Esta seqüência de textos torna claro que para Paulo as questões rituais da lei não são relevantes, mas o importante é observar os mandamentos que não pertencem a esse aspecto, da lei cerimonial. O “ser nova criatura”, equivale a demonstrar uma “fé que atua pelo amor”, o que se expressa em “guardar os mandamentos de Deus”. Há, pois, uma harmonia no entendimento dessas questões.
A única coisa que fica “pendente”, pois, são dias especiais de celebração nacional, ou dias de jejuns, importantes para a cultura judaica (como discutido em Rom. 14:5, 6). O mandamento do sábado, porém, é de caráter inteiramente diferente NUNCA sendo apresentado nas Escrituras, seja como opcional, como desejariam os adeptos da teologia novidadeira do dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, seja cerimonial.
Sobre Romanos 14:5, 6 e Gál. 4:9, 10 observa-se que há uma diferença notável entre o tratamento do problema dos “dias” em Romanos e Gálatas, o que geralmente se passa totalmente por alto. Em Romanos Paulo admite que “tanto faz um dia como outro” e não proíbe a observância radicalmente como ocorre em Gálatas. Por que será? Resposta: em Romanos ele se refere aos dias ainda significativos do calendário judaico que alguns queriam exigir aos cristãos como práticas obrigatórias (os dias feriados religiosos que tinham cunho de feriados nacionais para os judeus). Paulo não os considerou obrigatórios mas respeitava os escrúpulos dos judeus quanto a tais dias, bem como, possivelmente, também dias de jejum que eram muito importantes nos usos e costumes judaicos. Deve-se levar em conta que os primeiros conversos ao cristianismo eram de origem judaica e “zelosos da lei” (Atos 21:20).
Já em Gálatas ele condena inteiramente o apego a “dias, e meses, e tempos e anos” porque estava tratando sobre festas do calendário pagão, que alguns conversos do paganismo ainda queriam manter. Uma situação, portanto, bem diversa que merece ser levada em conta. No vs. 8 ele se refere a quando eles não conheciam a Deus, e fala de retornarem a “rudimentos fracos e pobres” (vs. 9), o que não seria linguagem apropriada para judeus.
Que não se tratava do sábado é óbvio, pois se Paulo tivesse se manifestado contra o sábado em qualquer sentido, não poderia ter dito em sua defesa de acusações dos líderes judeus: “Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César” (Atos 25:8). Também na agitação dos judaizantes, a decisão do Concílio de Jerusalém em Atos 15:28, 29 é significativa: não consta nada CONTRA a guarda do sábado entre as quatro regras de coisas de que os cristãos deviam ABSTER-SE, simplesmente porque não houve agitação de tal assunto. Todos o observavam normalmente, como documentos históricos posteriores demonstram.
Que o sábado do sétimo dia não foi deixado “opcional” é evidente pois não há registro histórico de que os cristãos tenham adotado um novo critério quanto a sua adoração a Deus de a) ou não dedicar nenhum dia ao Senhor, ou b) escolher livremente o dia que mais conviesse a cada um. Aliás, seria muito estranho cada um ter o seu “dia do Senhor”, uns observando a quarta-feira, outros a sexta-feira, outros mais o sábado do sétimo dia, boa parte o domingo. . . Como combinariam com isso os encontros semanais na igreja? Afinal, a recomendação do autor de Hebreus é que não se deve “abandonar a congregação”. . .
A Bíblia, porém, diz que “Deus não é de confusão” e sim de ordem (1 Cor. 14:33). Não haveria nenhum sentido de Paulo de repente lançar-se contra uma ordenança divina que procede do Éden, como reconhecem as mais representativas Confissões de Fé históricas da cristandade protestante (e católicas, especialmente o próprio documento papal recente Domini Dies), estabelecendo a confusão quanto à questão do dia de observância.
Se a argumentação destes debatedores demonstra alguma coisa é a falta de convicção sobre a tradicional observância do domingo da parte de boa parcela dos evangélicos. Existe a tradição (herdada do catolicismo), mas carece do necessário embasamento bíblico. Daí, partem alguns para todo tipo de artimanhas e sofismas para justificar sua negligência desse mandamento bíblico.
É pena que nossos irmãos batistas, que rejeitaram certas arraigadas tradições originárias do catolicismo romano ainda conservadas por outros protestantes (como o batismo infantil e por aspersão) não tenham avançado um pouco mais no rumo da restauração plena das verdades bíblicas e ainda se apeguem à tradição do domingo. Melhor dizendo, não todos os batistas, pois há os seus irmãos mais próximos, os batistas do sétimo dia, que certamente evoluíram mais nessa bendita direção desde princípios do século XVII.
Agora, há uma seqüência de passagens onde a divisão de leis, criticada por alguns, é estabelecida pelo próprio apóstolo Paulo:
“A circuncisão em si não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar os mandamentos de Deus” — 1 Coríntios 7:19.
“Pois nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” — Gálatas 6:15.
“Porque em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão, tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. — Gálatas 5:6.
Esta seqüência de textos torna claro que para Paulo as questões rituais da lei não são relevantes, mas o importante é observar os mandamentos que não pertencem a esse aspecto, da lei cerimonial. O “ser nova criatura”, equivale a demonstrar uma “fé que atua pelo amor”, o que se expressa em “guardar os mandamentos de Deus”. Há, pois, uma harmonia no entendimento dessas questões.
A única coisa que fica “pendente”, pois, são dias especiais de celebração nacional, ou dias de jejuns, importantes para a cultura judaica (como discutido em Rom. 14:5, 6). O mandamento do sábado, porém, é de caráter inteiramente diferente NUNCA sendo apresentado nas Escrituras, seja como opcional, como desejariam os adeptos da teologia novidadeira do dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, seja cerimonial.
10 RAZÕES POR QUE O SÁBADO É MANDAMENTO DE CARÁTER MORAL E UNIVERSAL
1) Por que Deus mesmo apresenta um contraste entre os sábados cerimoniais e o sábado especial, da lei moral, não só por proferir solenemente aos ouvidos do povo cada um e todos os 10 Mandamentos, escrevendo-os depois com o Seu próprio dedo nas tábuas de pedra, mas por contrastar os sábados semanais dos demais, cerimoniais, como se reflete em Lev. 23:37, 38 que fala das várias festas especiais (sábados cerimoniais) “além dos sábados do Senhor”. John Wesley confirma isso no seu comentário sobre a passagem: “. . . embora outros dias festivais são às vezes chamados sábados, contudo estes são aqui chamados os sábados do Senhor, numa forma de contraste, para mostrar que eram de maior destaque do que quaisquer dos outros dias de festa”.
2) O sábado antedata o pecado e fora dado antes da Queda, portanto antes que o homem necessitasse de Redenção (Gên. 2:2, 3). Por conseguinte, nada tem de típico e não aponta para a expiação. Se não tivesse havido a tragédia da Queda, o que aconteceria com o sábado? Continuaria a ser observado pelo homem no Éden, para o qual foi estabelecido, como Jesus declarou (Mar. 2:27) com o privilégio da companhia de Deus. Mas não há dúvida que continuaria a ser observado. Tanto isto é verdade que, na Restauração de todas as coisas quando enfim a maldição for removida desta Terra e tudo voltar à prístina pureza edênica e o homem à glória original, o sábado continuará a ser observado e para sempre, segundo lemos em Isa. 66:22. 23. Portanto, o sábado é a única instituição que associa os três fundamentos basilares da fé cristã: Criação, Queda e Redenção.
3) O sábado–como todos os preceitos morais–aplica-se igualmente a todas as nações, terras e tempos, pois todas as leis morais são de aplicação universal, não se restringem a um povo e não sofrem mudança por nenhumas circunstâncias. Por isso, é moral.
Obs.: Em Isa. 56:2-7 vemos como Deus convida os ESTRANGEIROS a se unirem ao concerto divino com Israel, demonstrando isso a partir da GUARDA DO SÁBADO, o que é dito no contexto da expressão do divino ideal de que “a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.
4) Os deveres morais são os que emanam dos atributos de Deus. O poder criador é um atributo divino, um atributo distinto e exclusivo do Deus vivo, e o sábado emana diretamente deste atributo na Criação do mundo. É, pois, um preceito nitidamente moral. Pode-se acrescentar que o dever de o homem amar e obedecer a Deus repousa principalmente no fato de que o Senhor criou todas as coisas, e o sábado é um memorial deste fato, trazendo sempre a consciência disso.
Obs.: O salmista Davi lembra que Deus fez as Suas obras “memoráveis” (Sal. 111:4). Outro dia não poderia fazê-lo, pois não teria este característico, este sentido e esta finalidade, assim como o 8 de outubro, o 9 de novembro ou o 10 de dezembro não serviriam para o propósito de celebrar a Independência do Brasil. O sábado é totalmente e inequivocamente moral.
5) A natureza do homem–física e mental–requer precisamente tal dia de repouso como o preceito do sábado exige, em consonância com o bem-estar moral e espiritual da criatura. Esta necessidade humana foi prevista e provida pelo próprio Deus, sendo associada ao culto, à reverência e à adoração. Por isso, o sábado é UM DEVER DO HOMEM PARA COM DEUS, como os demais preceitos que constam da primeira tábua do decálogo. A moralidade do sábado, porém, reside precipuamente na relação do mandamento com o ato criativo de Deus e isto não pode ser preenchido por qualquer outro dia. A bênção colocada no dia do sábado jamais foi dele removida. É um mandamento moral.
Obs.: Luteranos, presbiterianos e batistas dizem nos seus documentos confessionais que os primeiros 4 mandamentos tratam de nossa relação para com Deus, e os 6 últimos, idem para com o próximo. Antes deles já católicos e ortodoxos diziam a mesma coisa. A base de tal raciocínio são as palavras de Cristo de que “destes dois mandamentos {de amor a Deus e ao próximo} dependem TODA A LEI e os profetas”. Se o amor é um princípio moral e universal, então cada um e todos os preceitos dessa lei divina têm tais características, pois sua base é um princípio moral universal—amor.
6) O casamento é uma instituição moral, defendida pelo sétimo mandamento. A instituição do sábado, tendo sido feita ao mesmo tempo, pela mesma Autoridade, para as mesmas pessoas e da mesma maneira, é logicamente moral, pelas mesmas razões.
Obs.: Uma pergunta para reflexão: Por que santificar um dia para o Senhor não constituiria um preceito de caráter MORAL e UNIVERSAL, mas santificar o Seu nome o seria? Se um espaço de tempo em si não tem nada de santo, em que isso difere de uma palavra em si, utilizada para definir a Deus? Claramente o que importa no primeiro caso não seria uma suposta santidade das letras que compõem o nome divino, e sim o sentido envolvido em tal nome—o Deus absolutamente santo. O mesmo se dá com o TEMPO do sétimo dia, dedicado ao Senhor.
7) O próprio fato de Deus ter posto o mandamento do sábado no coração do Decálogo–o sumário de toda a lei moral–mostra inquestionavelmente o caráter moral do preceito. Fosse ele cerimonial, no todo ou em parte, não seria esculpido nas tábuas de pedra pelo próprio Deus, mas meramente deixado para Moisés incluí-lo nos rolos que redigiu, trazendo todo o preceituário cerimonial judaico.
Obs.: Arranjem-se os pretextos que quiserem, o fato é Deus mesmo indica uma diferença de tratamento entre as leis. Ao proferir os 10 Mandamentos audivelmente aos ouvidos do povo (o que incluiu o preceito do sábado) é dito que Deus “nada acrescentou” (Deu. 5:22). Quem quiser acrescentar ao Decálogo outras leis de diferentes características e objetivos para formar um só “pacote legislativo” de igual peso e valor está indo “além do que está escrito” (1 Cor. 4:6). Todas as demais leis foram dadas NOUTRA OCASIÃO para Moisés escrever em rolos, deixados ao lado da arca, enquanto o Decálogo era guardado dentro da arca (Deu. 10:5). Então, como diz aquela piadinha clássica, “Há uma diferença; e que diferença!. . .”
8) Cristo mesmo diferenciou o sábado, de qualquer preceito cerimonial, quando declarou: “Se o homem recebe a circuncisão [rito cerimonial] no sábado [mandamento moral] para que a lei de Moisés [cerimonial] não seja quebrantada, indignais-vos contra Mim porque no sábado [mandamento moral] curei de todo um homem?” João 7:23. Não tivesse o sábado o seu caráter exclusivamente moral, inconfundível, Cristo não teria o cuidado de dissociá-lo de práticas cerimoniais como a circuncisão, no caso em foco.
Obs.: Paulo também distingue preceito cerimonial, da lei moral quando diz: “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas sim a observância dos mandamentos de Deus.” 1 Cor. 7:19. Embora aludindo aos judeus e não judeus, ou aos que queriam impor o rito aos neoconversos na Igreja nascente, Paulo distingue entre os mandamentos de Deus e uma prática judaica, não mais aplicável.
9) O sábado não pertence ao sistema expiatório, portanto não é cerimonial. É uma temeridade afirmar que o sábado tenha uma parte cerimonial e que esta era o “sétimo dia”, pois, ao contrário, essa questão numérica indica o passado, aponta à Criação, o que não tem nada de cerimonial. Tudo quanto é cerimonial aponta ao FUTURO--à expiação em Cristo, e “sétimo dia” nada tem a ver com isso, nada simboliza em termos da Sua morte na cruz.
10) Tanto os documentos confessionais do maior peso da cristandade protestante, nenhum deles descartado, desqualificado, desautorizado, reconhecem HÁ SÉCULOS que o sábado é mandamento MORAL e UNIVERSAL (como as Confissões de Fé de batistas, presbiterianos e outros cristãos), como comentaristas bíblicos da maior autoridade e prestígio, do passado e do presente, confirmam isso. Eis como o metodista Adam Clarke comenta o fato: “É digno de nota que nenhum destes mandamentos, OU PARTE DELES, pode . . . ser considerado cerimonial. Todos são morais e, conseqüentemente, de eterna obrigação” (comentário de Clarke sobre Êxodo 20).
1) Por que Deus mesmo apresenta um contraste entre os sábados cerimoniais e o sábado especial, da lei moral, não só por proferir solenemente aos ouvidos do povo cada um e todos os 10 Mandamentos, escrevendo-os depois com o Seu próprio dedo nas tábuas de pedra, mas por contrastar os sábados semanais dos demais, cerimoniais, como se reflete em Lev. 23:37, 38 que fala das várias festas especiais (sábados cerimoniais) “além dos sábados do Senhor”. John Wesley confirma isso no seu comentário sobre a passagem: “. . . embora outros dias festivais são às vezes chamados sábados, contudo estes são aqui chamados os sábados do Senhor, numa forma de contraste, para mostrar que eram de maior destaque do que quaisquer dos outros dias de festa”.
2) O sábado antedata o pecado e fora dado antes da Queda, portanto antes que o homem necessitasse de Redenção (Gên. 2:2, 3). Por conseguinte, nada tem de típico e não aponta para a expiação. Se não tivesse havido a tragédia da Queda, o que aconteceria com o sábado? Continuaria a ser observado pelo homem no Éden, para o qual foi estabelecido, como Jesus declarou (Mar. 2:27) com o privilégio da companhia de Deus. Mas não há dúvida que continuaria a ser observado. Tanto isto é verdade que, na Restauração de todas as coisas quando enfim a maldição for removida desta Terra e tudo voltar à prístina pureza edênica e o homem à glória original, o sábado continuará a ser observado e para sempre, segundo lemos em Isa. 66:22. 23. Portanto, o sábado é a única instituição que associa os três fundamentos basilares da fé cristã: Criação, Queda e Redenção.
3) O sábado–como todos os preceitos morais–aplica-se igualmente a todas as nações, terras e tempos, pois todas as leis morais são de aplicação universal, não se restringem a um povo e não sofrem mudança por nenhumas circunstâncias. Por isso, é moral.
Obs.: Em Isa. 56:2-7 vemos como Deus convida os ESTRANGEIROS a se unirem ao concerto divino com Israel, demonstrando isso a partir da GUARDA DO SÁBADO, o que é dito no contexto da expressão do divino ideal de que “a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.
4) Os deveres morais são os que emanam dos atributos de Deus. O poder criador é um atributo divino, um atributo distinto e exclusivo do Deus vivo, e o sábado emana diretamente deste atributo na Criação do mundo. É, pois, um preceito nitidamente moral. Pode-se acrescentar que o dever de o homem amar e obedecer a Deus repousa principalmente no fato de que o Senhor criou todas as coisas, e o sábado é um memorial deste fato, trazendo sempre a consciência disso.
Obs.: O salmista Davi lembra que Deus fez as Suas obras “memoráveis” (Sal. 111:4). Outro dia não poderia fazê-lo, pois não teria este característico, este sentido e esta finalidade, assim como o 8 de outubro, o 9 de novembro ou o 10 de dezembro não serviriam para o propósito de celebrar a Independência do Brasil. O sábado é totalmente e inequivocamente moral.
5) A natureza do homem–física e mental–requer precisamente tal dia de repouso como o preceito do sábado exige, em consonância com o bem-estar moral e espiritual da criatura. Esta necessidade humana foi prevista e provida pelo próprio Deus, sendo associada ao culto, à reverência e à adoração. Por isso, o sábado é UM DEVER DO HOMEM PARA COM DEUS, como os demais preceitos que constam da primeira tábua do decálogo. A moralidade do sábado, porém, reside precipuamente na relação do mandamento com o ato criativo de Deus e isto não pode ser preenchido por qualquer outro dia. A bênção colocada no dia do sábado jamais foi dele removida. É um mandamento moral.
Obs.: Luteranos, presbiterianos e batistas dizem nos seus documentos confessionais que os primeiros 4 mandamentos tratam de nossa relação para com Deus, e os 6 últimos, idem para com o próximo. Antes deles já católicos e ortodoxos diziam a mesma coisa. A base de tal raciocínio são as palavras de Cristo de que “destes dois mandamentos {de amor a Deus e ao próximo} dependem TODA A LEI e os profetas”. Se o amor é um princípio moral e universal, então cada um e todos os preceitos dessa lei divina têm tais características, pois sua base é um princípio moral universal—amor.
6) O casamento é uma instituição moral, defendida pelo sétimo mandamento. A instituição do sábado, tendo sido feita ao mesmo tempo, pela mesma Autoridade, para as mesmas pessoas e da mesma maneira, é logicamente moral, pelas mesmas razões.
Obs.: Uma pergunta para reflexão: Por que santificar um dia para o Senhor não constituiria um preceito de caráter MORAL e UNIVERSAL, mas santificar o Seu nome o seria? Se um espaço de tempo em si não tem nada de santo, em que isso difere de uma palavra em si, utilizada para definir a Deus? Claramente o que importa no primeiro caso não seria uma suposta santidade das letras que compõem o nome divino, e sim o sentido envolvido em tal nome—o Deus absolutamente santo. O mesmo se dá com o TEMPO do sétimo dia, dedicado ao Senhor.
7) O próprio fato de Deus ter posto o mandamento do sábado no coração do Decálogo–o sumário de toda a lei moral–mostra inquestionavelmente o caráter moral do preceito. Fosse ele cerimonial, no todo ou em parte, não seria esculpido nas tábuas de pedra pelo próprio Deus, mas meramente deixado para Moisés incluí-lo nos rolos que redigiu, trazendo todo o preceituário cerimonial judaico.
Obs.: Arranjem-se os pretextos que quiserem, o fato é Deus mesmo indica uma diferença de tratamento entre as leis. Ao proferir os 10 Mandamentos audivelmente aos ouvidos do povo (o que incluiu o preceito do sábado) é dito que Deus “nada acrescentou” (Deu. 5:22). Quem quiser acrescentar ao Decálogo outras leis de diferentes características e objetivos para formar um só “pacote legislativo” de igual peso e valor está indo “além do que está escrito” (1 Cor. 4:6). Todas as demais leis foram dadas NOUTRA OCASIÃO para Moisés escrever em rolos, deixados ao lado da arca, enquanto o Decálogo era guardado dentro da arca (Deu. 10:5). Então, como diz aquela piadinha clássica, “Há uma diferença; e que diferença!. . .”
8) Cristo mesmo diferenciou o sábado, de qualquer preceito cerimonial, quando declarou: “Se o homem recebe a circuncisão [rito cerimonial] no sábado [mandamento moral] para que a lei de Moisés [cerimonial] não seja quebrantada, indignais-vos contra Mim porque no sábado [mandamento moral] curei de todo um homem?” João 7:23. Não tivesse o sábado o seu caráter exclusivamente moral, inconfundível, Cristo não teria o cuidado de dissociá-lo de práticas cerimoniais como a circuncisão, no caso em foco.
Obs.: Paulo também distingue preceito cerimonial, da lei moral quando diz: “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas sim a observância dos mandamentos de Deus.” 1 Cor. 7:19. Embora aludindo aos judeus e não judeus, ou aos que queriam impor o rito aos neoconversos na Igreja nascente, Paulo distingue entre os mandamentos de Deus e uma prática judaica, não mais aplicável.
9) O sábado não pertence ao sistema expiatório, portanto não é cerimonial. É uma temeridade afirmar que o sábado tenha uma parte cerimonial e que esta era o “sétimo dia”, pois, ao contrário, essa questão numérica indica o passado, aponta à Criação, o que não tem nada de cerimonial. Tudo quanto é cerimonial aponta ao FUTURO--à expiação em Cristo, e “sétimo dia” nada tem a ver com isso, nada simboliza em termos da Sua morte na cruz.
10) Tanto os documentos confessionais do maior peso da cristandade protestante, nenhum deles descartado, desqualificado, desautorizado, reconhecem HÁ SÉCULOS que o sábado é mandamento MORAL e UNIVERSAL (como as Confissões de Fé de batistas, presbiterianos e outros cristãos), como comentaristas bíblicos da maior autoridade e prestígio, do passado e do presente, confirmam isso. Eis como o metodista Adam Clarke comenta o fato: “É digno de nota que nenhum destes mandamentos, OU PARTE DELES, pode . . . ser considerado cerimonial. Todos são morais e, conseqüentemente, de eterna obrigação” (comentário de Clarke sobre Êxodo 20).
SÁBADO: SINAL PERPÉTUO ENTRE YAHWEH E OS FILHOS DE ISRAEL
Um estudo exegético de Êxodo 31:17
Resumo: Esse estudo exegético tem como objetivo entender o significado das palavras de Yahweh em Êx 31:17, onde coloca-se o sábado como sinal da aliança entre ele e o povo de Israel. A questão central é saber se a intenção de Yahweh era firmar um pacto baseado num sinal exclusivo para o Israel literal, ou se era estabelecer um símbolo distintivo para o seu povo em todas as eras.
[url=http://www.unasp.edu.br/kerygma/7.04Daniel%20Liedkt.pdf]http://www.unasp.edu.br/kerygma/7.04Daniel%20Liedkt.pdf[/url]
O estudo abaixo ainda precisa de melhorias, mas serve de material de pesquisa.
Idolatria, ritualismo e outros erros semelhantes são deturpações onde "tomou-se a forma e esqueceu-se a função". O caso clássico deste problema de não agrupar bem o binômio "forma-função" é o que ocorreu com a serpente de bronze na história de Israel. Em Números 21.4-9 vemo-la sendo levantada por Moisés, sob orientação divina, para curar os que tinham fé obediente entre os israelitas. A forma da serpente tinha a função de despertar e evidenciar a fé do povo. Quem tinha fé, olhava para a serpente e a mordedura das cobras não lhes faria mal. Os incrédulos e desobedientes, ao serem mordidos pelas mesmas serpentes, não obedeceriam a ordem de fé e morreriam em grande desespero.
A história da serpente de bronze, contudo, não terminou ali. Em 2 Reis 18.4 somos informados que o rei Ezequias destruiu esta mesma serpente. O motivo da destruição foi o fato dos israelitas adorarem essa imagem de bronze, como um ídolo, um talismã ou um deus. Eles tomaram a mesma forma, de fato o mesmo objeto que Moisés tinha feito, mas mudaram completamente a sua função. O provérbio de Jesus que vamos estudar observa o mesmo problema, em outra situação, e ensina como solucioná-lo.
FORMA CERTA E FUNÇÃO ERRADA
O judaísmo do tempo de Jesus estava cheio de usos errados das formas-funções estabelecidas no Velho Testamento. Um exemplo disto pode ser visto no início do Sermão da Montanha (Mateus 5) ou no discurso contra os líderes religiosos (Mateus 23).
O modo como a tradição judaica encarava o sábado também era um exemplo desta distorção das formas e funções veterotestamentárias. O sábado deveria servir para descanso e meditação, mas acabou sendo transformado em um pesadelo de regulamentos e listas "pode e não-pode".
Jesus corrigiu este problema ensinando: "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" (Marcos 2.27). Este aforismo acaba com os conceitos errados sobre a função do sábado.
Como era o costume de Jesus ao ensinar, ele volta à raiz da instituição para poder compreendê-la melhor. O Senhor faz referência à criação e pede que observemos a intenção do Criador ao estabelecer, posteriormente, a instituição do repouso sabático.
Este provérbio foi construído num claro caso de paralelismo antitético, onde as frases têm idéias que se contrapõem. Nos provérbios construídos em paralelismo antitético, geralmente a última frase da parelha recebe maior ênfase, mas este não é o caso aqui. Este provérbio é uma exceção à regra geral (ver Introdução), pois enfatiza mais a idéia: "o sábado foi feito por causa do homem". Esta quebra da regra geral também se explica pelo desejo de Jesus de enfatizar uma frase anexa ao provérbio onde ele disse: "de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado" (Marcos 2.28). Assim o provérbio tem ênfase na primeira frase do par antitético e também na frase anexa ao final.
O provérbio está em forma quiástica:
A "O sábado foi estabelecido
B por causa do homem,
B' e não o homem
A' por causa do sábado;
C de sorte que o Filho do homem
C' é senhor também do sábado" (Marcos 2.27)
A RAZÃO DA PERSEGUIÇÃO
Marcos 2.1-3.6 marca, neste evangelho, o início dos conflitos de Jesus com os líderes religiosos dos judeus que geraram conspirações (Marcos 3.6) que vão persistir (Marcos 12.13) e culminar na morte de Jesus (Marcos 14.1).
Esta oposição "mortal" nasceu no coração dos religiosos contemporâneos de Jesus pelo fato dele não concordar com a interpretação "oficial" da Lei, ou seja, Jesus discordava da Tradição Oral dos mestres judaicos em vários aspectos. Uma das questões sobre o sábado (Marcos 2.23-28), onde ocorre o provérbio que estamos estudando encontra-se exatamente dentro desta seção do evangelho.
INTERPRETAÇÃO OFICIAL CONTRA INTERPRETAÇÃO ORIGINAL
O que Jesus e os discípulos estavam fazendo em Marcos 2.23 seria perfeitamente lícito aos olhos dos fariseus se não fosse realizado no sábado (Deuteronômio 23.25). A Tradição Oral determinava minuciosamente o que podia e não podia ser feito aos sábados. Havia até uma lista de 39 verbos (trabalhos) que não podiam ser feitos naquele dia. Quatro destes verbos (colher, debulhar, limpar e preparar) eram descrições do que os discípulos estava fazendo ao comer.
Jesus combateu a tradição judaica muitas vezes, especialmente as tradições com respeito ao sétimo dia. Há uma grande quantidade de situações onde Jesus entrou em choque com os judeus nesta questão (Marcos 3.1-6; Lucas 13.10-17; 14.1-6; João 5.1-9,16-17; 7.22; 9.1-14). A seita dos chamados essênios, por exemplo, proibia claramente que um homem tirasse de uma cisterna ou fosso um animal que ali tivesse caído (Documento de Damasco, 11.13-14). Jesus, e até mesmo a maioria dos judeus, achava isto um absurdo (Mateus 12.11; Lucas 14.5, também 13.15).
O Mestre citou o exemplo de Davi em 1 Samuel 21.1-6 para chamar atenção dos seus opositores ao fato que nem tudo pode ser resumido ou explicado pela tradição rabínica. Davi comeu os pães da proposição (Levítico 24.5-9) numa situação de perigo de vida e não foi punido por isto. De fato, este evento ocorreu num sábado, dia no qual os pães eram retirados do tabernáculo, substituídos por outros e disponibilizados aos sacerdotes para seu alimento. Tal fato não prova que os pães da proposição podiam ser comidos por qualquer um; pelo contrário, a exceção prova a regra. Quebrar a lei de Deus quando houver necessidade não é o que Jesus ensina aqui. O que fica provado é que o modo rígido e legalista dos fariseus de interpretar a Lei não explicava tudo (Marcos 2.25-26).
De fato, Davi só comeu os pães da proposição impunemente por ter Deus concedido a ele esta prerrogativa naquele momento. De uma forma similar, Jesus tem prerrogativas e autoridade superiores às da Tradição e da própria Lei judaica. Jesus está dizendo: "Se Davi teve autorização para quebrar o protocolo, muito mais o Senhor de Davi pode fazê-lo".
Mateus ainda menciona o caso dos sacerdotes judaicos que trabalham no templo em pleno sábado (Mateus 12.5-7). Se o serviço no templo exige a suspensão da lei do sábado para alguns, a obra de Jesus exige a suspensão da mesma lei, pois Jesus é maior que o templo (Mateus 12.6). Se o templo era maior que o sábado e se Jesus era maior que o templo, certamente era maior que o sábado, um dos grandes preceitos da Lei.
Em tudo isto pode-se notar também que há prioridades dentro das prescrições da Lei, e que há momentos em que um princípio maior supera outras regras menores. A citação de Oséias 6.6 aponta nesta direção. 0 ritual não é maior que a fidelidade; a palavra do Cristo era maior que o ritual do sábado.
A RAZÃO DA INSTITUIÇÃO DO SÁBADO
O provérbio "O sábado foi estabelecido (feito) por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" é peculiar a Marcos, não sendo retomada por Mateus e Lucas. É difícil saber o motivo da omissão da frase nestes dois evangelhos. O interesse pode ser simplesmente o de resumir Marcos, gerando espaço para introduzir outros materiais. Este é o costume de Mateus e Lucas. Outro motivo seria o de eliminar qualquer ambigüidade ou mau uso da frase nas comunidades receptoras das obras, embora seja muito questionável e difícil imaginar quais seriam estes maus usos do provérbio.
Mateus e Lucas, ao omitirem o provérbio que estamos estudando, colocaram toda a ênfase do episódio na frase: "O Filho do Homem é senhor do sábado" (Mateus 12.8 e Lucas 6.5). Lucas, inclusive, por não mencionar (como faz Mateus) a questão do serviço do templo, faz com que o leitor seja claramente induzido a entender a comparação que Jesus fez de si mesmo com Davi. Observe que Jesus, como Davi, era o ungido de Deus, que agia sob orientação divina e por causa disto tinha grande autoridade.
"O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" é uma clara alusão à criação. Jesus usa o verbo na chamada voz passiva (`foi feito") para designar a ação de Deus. Deus criou o homem no sexto dia e estabeleceu o sétimo como dia de repouso.
A própria ordem da criação indica que o homem era o alvo do benefício do repouso sabático. Contudo, o modo rabínico de interpretar o Velho Pacto afastava o mandamento das intenções originais de Deus. O sábado, que era para ser um dom, um presente e um dia de refrigério, acabou sendo um dia de castigo, de opressão e de tensão devido à grande carga de mandamentos associados com ele e dos inúmeros preceitos reguladores. Esqueceram a função do sábado e ficaram apenas com a sua forma externa.
Este método de recorrer às origens e à criação para resolver questões é característico de Jesus. Na questão do divórcio, narrada em Marcos 10.2-12, enquanto todos buscavam alguma "interpretação" que permitisse o divórcio, Jesus buscava a intenção original do Cria-dor na instituição do primeiro casal (Marcos 12.6-9).
O SENHOR DO SÁBADO
Jesus arremata a questão dizendo: "De sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado" (Marcos 2.28). No evangelho de Marcos esta frase aparece como conclusão do texto, mas apresenta uma verdade que é anterior à argumentação. De fato, o ensino que Jesus é o Senhor do sábado e de tudo mais permite que ele diga como que o mandamento do sábado deve ser obedecido. A razão para aceitar o ensino de Jesus é o fato dele ser o Filho do Homem. Seu ensino não tem validade apenas por sua lógica ou por sua veracidade, mas sobre-tudo por causa de sua autoridade. O modo de Jesus interpretar a questão é importante, pois a norma é ele mesmo. A era messiânica já havia começado, e o conhecimento de quem era o Messias traria compreensão para saber cumprir a vontade de Deus.
APLICAÇÃO
Quatro lições para serem lembradas e desenvolvidas são:
1. Aprenda com Jesus a interpretar a Palavra de Deus.
O método de Jesus para interpretar a Bíblia é exemplo para nós. Jesus buscava compreender a "intenção original do Criador" ao ensinar um mandamento. O Sermão da Montanha está saturado de exemplos deste tipo de interpretação. "Não adulterarás ", no entender de Jesus, é uma recomendação à pureza de mente e não apenas a proibição do ato ilícito (Mateus 5.27-28). Jesus está expondo as intenções de Deus e não apenas a "letra" do mandamento. O caso de Marcos 10.2-12 é do mesmo tipo. A lição para nós é clara e aplicável a muitas situações: é necessário cumprir não somente a forma exterior do mandamento, mas também entender, respeitar e cumprir as intenções divinas por trás daquela ordem. Procedendo assim, não iremos manter uma forma com a função errada.
2. O sábado hoje.
Na Nova Aliança não temos de guardar o sábado (Colossenses 2.16; Gálatas 4.10-11). Nove dos dez mandamentos estão repetidos na Nova Aliança como mandamentos para a igreja: o mandamento do sábado é a exceção. Ele foi abolido com a lei do Velho Testamento (Hebreus 8.6-13). Também não temos de guardar o domingo. Temos de nos reunir no domingo para participar da ceia do Senhor, ofertar a Deus e ter comunhão com os irmãos (Atos 20.7; 1 Coríntios 16.2;
Apocalipse 1.10), mas isso não implica em guardar esse dia como dia de repouso. O sábado foi uma lei somente para os judeus (Êxodo 20.2; Deuteronômio 5.1-3). O sábado que aguardamos é o céu (Hebreus 4.9-11).
3. A bondade de Deus.
O provérbio "o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado"
não deve ser usado para exigir obediência ao descanso do sábado; muito pelo contrário, ele só determina a intenção original do estabelecimento do mandamento e a forma como devia ser praticado. Não fala nada a respeito de sua validade para hoje ou não. Ensina, contudo, que mais importante que o sábado em si mesmo é a bondade de Deus em estabelecer este mandamento. Deus é tão bom que providenciou um momento do homem descansar e contemplar o Criador. Jesus é o Senhor do sábado e de tudo mais: foi ele que alterou este manda-mento, convidando-nos agora para o descanso celestial.
4. Jesus é o Senhor.
Esta é a confissão de fé fundamental da igreja de Deus (1 Coríntios 12.3; Romanos 10.9-10). Seu senhorio é exercido sobre todo o domínio das coisas espirituais. Ele tem toda autoridade (Mateus 28.18) e direciona a compreensão das Escrituras conforme sua determinação. Jesus governa sobre todas as coisas do Pai.
Um estudo exegético de Êxodo 31:17
Resumo: Esse estudo exegético tem como objetivo entender o significado das palavras de Yahweh em Êx 31:17, onde coloca-se o sábado como sinal da aliança entre ele e o povo de Israel. A questão central é saber se a intenção de Yahweh era firmar um pacto baseado num sinal exclusivo para o Israel literal, ou se era estabelecer um símbolo distintivo para o seu povo em todas as eras.
[url=http://www.unasp.edu.br/kerygma/7.04Daniel%20Liedkt.pdf]http://www.unasp.edu.br/kerygma/7.04Daniel%20Liedkt.pdf[/url]
O estudo abaixo ainda precisa de melhorias, mas serve de material de pesquisa.
O Sábado Foi Estabelecido Por Causa Do Homem,
E Não O Homem Por Causa Do Sábado
de Álvaro César Pestana
[Este texto foi extraido do livro "Provérbios do Homem-Deus"
Copyright 2003 Editora Vida Cristã. Reproduzido com a devida autorização.]
E Não O Homem Por Causa Do Sábado
de Álvaro César Pestana
[Este texto foi extraido do livro "Provérbios do Homem-Deus"
Copyright 2003 Editora Vida Cristã. Reproduzido com a devida autorização.]
Idolatria, ritualismo e outros erros semelhantes são deturpações onde "tomou-se a forma e esqueceu-se a função". O caso clássico deste problema de não agrupar bem o binômio "forma-função" é o que ocorreu com a serpente de bronze na história de Israel. Em Números 21.4-9 vemo-la sendo levantada por Moisés, sob orientação divina, para curar os que tinham fé obediente entre os israelitas. A forma da serpente tinha a função de despertar e evidenciar a fé do povo. Quem tinha fé, olhava para a serpente e a mordedura das cobras não lhes faria mal. Os incrédulos e desobedientes, ao serem mordidos pelas mesmas serpentes, não obedeceriam a ordem de fé e morreriam em grande desespero.
A história da serpente de bronze, contudo, não terminou ali. Em 2 Reis 18.4 somos informados que o rei Ezequias destruiu esta mesma serpente. O motivo da destruição foi o fato dos israelitas adorarem essa imagem de bronze, como um ídolo, um talismã ou um deus. Eles tomaram a mesma forma, de fato o mesmo objeto que Moisés tinha feito, mas mudaram completamente a sua função. O provérbio de Jesus que vamos estudar observa o mesmo problema, em outra situação, e ensina como solucioná-lo.
FORMA CERTA E FUNÇÃO ERRADA
O judaísmo do tempo de Jesus estava cheio de usos errados das formas-funções estabelecidas no Velho Testamento. Um exemplo disto pode ser visto no início do Sermão da Montanha (Mateus 5) ou no discurso contra os líderes religiosos (Mateus 23).
O modo como a tradição judaica encarava o sábado também era um exemplo desta distorção das formas e funções veterotestamentárias. O sábado deveria servir para descanso e meditação, mas acabou sendo transformado em um pesadelo de regulamentos e listas "pode e não-pode".
Jesus corrigiu este problema ensinando: "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" (Marcos 2.27). Este aforismo acaba com os conceitos errados sobre a função do sábado.
Como era o costume de Jesus ao ensinar, ele volta à raiz da instituição para poder compreendê-la melhor. O Senhor faz referência à criação e pede que observemos a intenção do Criador ao estabelecer, posteriormente, a instituição do repouso sabático.
Este provérbio foi construído num claro caso de paralelismo antitético, onde as frases têm idéias que se contrapõem. Nos provérbios construídos em paralelismo antitético, geralmente a última frase da parelha recebe maior ênfase, mas este não é o caso aqui. Este provérbio é uma exceção à regra geral (ver Introdução), pois enfatiza mais a idéia: "o sábado foi feito por causa do homem". Esta quebra da regra geral também se explica pelo desejo de Jesus de enfatizar uma frase anexa ao provérbio onde ele disse: "de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado" (Marcos 2.28). Assim o provérbio tem ênfase na primeira frase do par antitético e também na frase anexa ao final.
O provérbio está em forma quiástica:
A "O sábado foi estabelecido
B por causa do homem,
B' e não o homem
A' por causa do sábado;
C de sorte que o Filho do homem
C' é senhor também do sábado" (Marcos 2.27)
A RAZÃO DA PERSEGUIÇÃO
Marcos 2.1-3.6 marca, neste evangelho, o início dos conflitos de Jesus com os líderes religiosos dos judeus que geraram conspirações (Marcos 3.6) que vão persistir (Marcos 12.13) e culminar na morte de Jesus (Marcos 14.1).
Esta oposição "mortal" nasceu no coração dos religiosos contemporâneos de Jesus pelo fato dele não concordar com a interpretação "oficial" da Lei, ou seja, Jesus discordava da Tradição Oral dos mestres judaicos em vários aspectos. Uma das questões sobre o sábado (Marcos 2.23-28), onde ocorre o provérbio que estamos estudando encontra-se exatamente dentro desta seção do evangelho.
INTERPRETAÇÃO OFICIAL CONTRA INTERPRETAÇÃO ORIGINAL
O que Jesus e os discípulos estavam fazendo em Marcos 2.23 seria perfeitamente lícito aos olhos dos fariseus se não fosse realizado no sábado (Deuteronômio 23.25). A Tradição Oral determinava minuciosamente o que podia e não podia ser feito aos sábados. Havia até uma lista de 39 verbos (trabalhos) que não podiam ser feitos naquele dia. Quatro destes verbos (colher, debulhar, limpar e preparar) eram descrições do que os discípulos estava fazendo ao comer.
Jesus combateu a tradição judaica muitas vezes, especialmente as tradições com respeito ao sétimo dia. Há uma grande quantidade de situações onde Jesus entrou em choque com os judeus nesta questão (Marcos 3.1-6; Lucas 13.10-17; 14.1-6; João 5.1-9,16-17; 7.22; 9.1-14). A seita dos chamados essênios, por exemplo, proibia claramente que um homem tirasse de uma cisterna ou fosso um animal que ali tivesse caído (Documento de Damasco, 11.13-14). Jesus, e até mesmo a maioria dos judeus, achava isto um absurdo (Mateus 12.11; Lucas 14.5, também 13.15).
O Mestre citou o exemplo de Davi em 1 Samuel 21.1-6 para chamar atenção dos seus opositores ao fato que nem tudo pode ser resumido ou explicado pela tradição rabínica. Davi comeu os pães da proposição (Levítico 24.5-9) numa situação de perigo de vida e não foi punido por isto. De fato, este evento ocorreu num sábado, dia no qual os pães eram retirados do tabernáculo, substituídos por outros e disponibilizados aos sacerdotes para seu alimento. Tal fato não prova que os pães da proposição podiam ser comidos por qualquer um; pelo contrário, a exceção prova a regra. Quebrar a lei de Deus quando houver necessidade não é o que Jesus ensina aqui. O que fica provado é que o modo rígido e legalista dos fariseus de interpretar a Lei não explicava tudo (Marcos 2.25-26).
De fato, Davi só comeu os pães da proposição impunemente por ter Deus concedido a ele esta prerrogativa naquele momento. De uma forma similar, Jesus tem prerrogativas e autoridade superiores às da Tradição e da própria Lei judaica. Jesus está dizendo: "Se Davi teve autorização para quebrar o protocolo, muito mais o Senhor de Davi pode fazê-lo".
Mateus ainda menciona o caso dos sacerdotes judaicos que trabalham no templo em pleno sábado (Mateus 12.5-7). Se o serviço no templo exige a suspensão da lei do sábado para alguns, a obra de Jesus exige a suspensão da mesma lei, pois Jesus é maior que o templo (Mateus 12.6). Se o templo era maior que o sábado e se Jesus era maior que o templo, certamente era maior que o sábado, um dos grandes preceitos da Lei.
Em tudo isto pode-se notar também que há prioridades dentro das prescrições da Lei, e que há momentos em que um princípio maior supera outras regras menores. A citação de Oséias 6.6 aponta nesta direção. 0 ritual não é maior que a fidelidade; a palavra do Cristo era maior que o ritual do sábado.
A RAZÃO DA INSTITUIÇÃO DO SÁBADO
O provérbio "O sábado foi estabelecido (feito) por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" é peculiar a Marcos, não sendo retomada por Mateus e Lucas. É difícil saber o motivo da omissão da frase nestes dois evangelhos. O interesse pode ser simplesmente o de resumir Marcos, gerando espaço para introduzir outros materiais. Este é o costume de Mateus e Lucas. Outro motivo seria o de eliminar qualquer ambigüidade ou mau uso da frase nas comunidades receptoras das obras, embora seja muito questionável e difícil imaginar quais seriam estes maus usos do provérbio.
Mateus e Lucas, ao omitirem o provérbio que estamos estudando, colocaram toda a ênfase do episódio na frase: "O Filho do Homem é senhor do sábado" (Mateus 12.8 e Lucas 6.5). Lucas, inclusive, por não mencionar (como faz Mateus) a questão do serviço do templo, faz com que o leitor seja claramente induzido a entender a comparação que Jesus fez de si mesmo com Davi. Observe que Jesus, como Davi, era o ungido de Deus, que agia sob orientação divina e por causa disto tinha grande autoridade.
"O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" é uma clara alusão à criação. Jesus usa o verbo na chamada voz passiva (`foi feito") para designar a ação de Deus. Deus criou o homem no sexto dia e estabeleceu o sétimo como dia de repouso.
A própria ordem da criação indica que o homem era o alvo do benefício do repouso sabático. Contudo, o modo rabínico de interpretar o Velho Pacto afastava o mandamento das intenções originais de Deus. O sábado, que era para ser um dom, um presente e um dia de refrigério, acabou sendo um dia de castigo, de opressão e de tensão devido à grande carga de mandamentos associados com ele e dos inúmeros preceitos reguladores. Esqueceram a função do sábado e ficaram apenas com a sua forma externa.
Este método de recorrer às origens e à criação para resolver questões é característico de Jesus. Na questão do divórcio, narrada em Marcos 10.2-12, enquanto todos buscavam alguma "interpretação" que permitisse o divórcio, Jesus buscava a intenção original do Cria-dor na instituição do primeiro casal (Marcos 12.6-9).
O SENHOR DO SÁBADO
Jesus arremata a questão dizendo: "De sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado" (Marcos 2.28). No evangelho de Marcos esta frase aparece como conclusão do texto, mas apresenta uma verdade que é anterior à argumentação. De fato, o ensino que Jesus é o Senhor do sábado e de tudo mais permite que ele diga como que o mandamento do sábado deve ser obedecido. A razão para aceitar o ensino de Jesus é o fato dele ser o Filho do Homem. Seu ensino não tem validade apenas por sua lógica ou por sua veracidade, mas sobre-tudo por causa de sua autoridade. O modo de Jesus interpretar a questão é importante, pois a norma é ele mesmo. A era messiânica já havia começado, e o conhecimento de quem era o Messias traria compreensão para saber cumprir a vontade de Deus.
APLICAÇÃO
Quatro lições para serem lembradas e desenvolvidas são:
1. Aprenda com Jesus a interpretar a Palavra de Deus.
O método de Jesus para interpretar a Bíblia é exemplo para nós. Jesus buscava compreender a "intenção original do Criador" ao ensinar um mandamento. O Sermão da Montanha está saturado de exemplos deste tipo de interpretação. "Não adulterarás ", no entender de Jesus, é uma recomendação à pureza de mente e não apenas a proibição do ato ilícito (Mateus 5.27-28). Jesus está expondo as intenções de Deus e não apenas a "letra" do mandamento. O caso de Marcos 10.2-12 é do mesmo tipo. A lição para nós é clara e aplicável a muitas situações: é necessário cumprir não somente a forma exterior do mandamento, mas também entender, respeitar e cumprir as intenções divinas por trás daquela ordem. Procedendo assim, não iremos manter uma forma com a função errada.
2. O sábado hoje.
Na Nova Aliança não temos de guardar o sábado (Colossenses 2.16; Gálatas 4.10-11). Nove dos dez mandamentos estão repetidos na Nova Aliança como mandamentos para a igreja: o mandamento do sábado é a exceção. Ele foi abolido com a lei do Velho Testamento (Hebreus 8.6-13). Também não temos de guardar o domingo. Temos de nos reunir no domingo para participar da ceia do Senhor, ofertar a Deus e ter comunhão com os irmãos (Atos 20.7; 1 Coríntios 16.2;
Apocalipse 1.10), mas isso não implica em guardar esse dia como dia de repouso. O sábado foi uma lei somente para os judeus (Êxodo 20.2; Deuteronômio 5.1-3). O sábado que aguardamos é o céu (Hebreus 4.9-11).
3. A bondade de Deus.
O provérbio "o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado"
não deve ser usado para exigir obediência ao descanso do sábado; muito pelo contrário, ele só determina a intenção original do estabelecimento do mandamento e a forma como devia ser praticado. Não fala nada a respeito de sua validade para hoje ou não. Ensina, contudo, que mais importante que o sábado em si mesmo é a bondade de Deus em estabelecer este mandamento. Deus é tão bom que providenciou um momento do homem descansar e contemplar o Criador. Jesus é o Senhor do sábado e de tudo mais: foi ele que alterou este manda-mento, convidando-nos agora para o descanso celestial.
4. Jesus é o Senhor.
Esta é a confissão de fé fundamental da igreja de Deus (1 Coríntios 12.3; Romanos 10.9-10). Seu senhorio é exercido sobre todo o domínio das coisas espirituais. Ele tem toda autoridade (Mateus 28.18) e direciona a compreensão das Escrituras conforme sua determinação. Jesus governa sobre todas as coisas do Pai.
Cristo disse que no periodo do Antigo Testamento certas violações eram toleradas pelo próprio Deus:
"Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?" (MT 12:3-5)
Mesmo com essas exceções o sábado continuava sendo um mandamento válido. Na época de Neemias haviam alguns que trabalhavam em áreas necessárias, veja:
"Em conseqüência, logo que as portas de Jerusalém foram cobertas pela sombra, antes do sábado, mandei que se fechassem as portas... Também disse aos levitas que se purificassem, e viessem guardar as portas, para santificar o sábado." (Neemias 13:19 e 22)
Mesmo com essas exceções o sábado continuava sendo um mandamento válido:
Ora, alguém poderia presumir que trabalhar em proveito prórprio seria uma forma de fazer o bem, mas em palavras de iniludível significado, o profeta apresenta a obra específica deste mandamento:
"Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança do teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isa. 58:13 e 14.
Então, devemos fazer o bem sem que a nossa vontade egocentrica esteja a frente, o bem a ser feito deve ser altruista, deve ser direcionado ao próximo.
"Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?" (MT 12:3-5)
Mesmo com essas exceções o sábado continuava sendo um mandamento válido. Na época de Neemias haviam alguns que trabalhavam em áreas necessárias, veja:
"Em conseqüência, logo que as portas de Jerusalém foram cobertas pela sombra, antes do sábado, mandei que se fechassem as portas... Também disse aos levitas que se purificassem, e viessem guardar as portas, para santificar o sábado." (Neemias 13:19 e 22)
Mesmo com essas exceções o sábado continuava sendo um mandamento válido:
"Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem." (Mat. 12:8-12). |
Ora, alguém poderia presumir que trabalhar em proveito prórprio seria uma forma de fazer o bem, mas em palavras de iniludível significado, o profeta apresenta a obra específica deste mandamento:
"Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança do teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isa. 58:13 e 14.
Então, devemos fazer o bem sem que a nossa vontade egocentrica esteja a frente, o bem a ser feito deve ser altruista, deve ser direcionado ao próximo.
A QUESTÃO SOBRE AS ESPIGAS
Em Lucas 6:1-2 lemos: "E aconteceu que, no sábado , passou pelas searas e os seus discípulos iam arrancando espigas e esfregando-as com as mãos, as comiam". E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados? O verso 1 mostra o contexto histórico desse conflito. O verso 2 registra o ataque dos fariseus, que ocorreu porque os discípulos quebraram 4 leis daquelas 1500 que haviam sobre a guarda do sábado. Primeiro, quando eles arrancavam as espigas, estavam sendo culpados por estarem fazendo COLHEITA. Segundo, quando eles esfregavam as espigas em suas mãos para limpa-las, estavam sendo culpados de DEBULHAR. Terceiro, quando eles sopravam as espigas em suas mãos para separar a sujeira, estavam sendo culpados de estarem PENEIRANDO. Quarto, quando eles engoliam as espigas, estavam sendo culpados de ESTOCAR, ARMAZENAR comida. Esta era a maneira extrema de se "construir uma cerca em volta da lei", naqueles tempos.
Por causa dessas regras, alguns fariseus não se arriscariam a andar sobre a grama no dia de sábado. Se fosse perguntado a um rabi daquela época: "O que há de errado em se andar sobre a grama no dia de sábado?", a resposta seria: "Nada. Você pode andar sobre a grama no dia de sábado". No entanto, há um problema. Este simples campo gramado, poderia ter algumas sementes crescendo nele. Uma pessoa que estivesse andando por esse campo, poderia inadvertidamente pisar naquela semente, separá-la de seu tronco e assim tornar-se culpada de estar colhendo no dia de sábado. Além do mais, se ela pisasse na semente com força suficiente para separar a semente da casca, esta pessoa seria culpada de estar debulhando no sábado. Se ela continuasse a andar, e o vento deslocado por suas vestes fizesse com que a casca da semente se separasse, seria culpada de estar peneirando no dia de sábado.
Finalmente, se essa pessoa fosse embora e um pássaro ou um roedor visse a semente e engolisse, ela seria culpada de estar estocando semente no dia de sábado. Jesus respondeu fazendo 6 declarações.
Primeiro, Ele relembrou um fato histórico ocorrido com o rei Davi, nos versos 3-4: "E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição e os comeu e deu também aos que estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes"? Ele mostrou que Davi também violou a lei farisaica, ao comer os pães da proposição. Moisés nunca disse que um levita não podia dar os pães da proposição a um não-levita. A lei farisaica, no entanto, dizia isso. No caso dos fariseus, eles não poderiam dizer que Davi viveu antes da lei oral, porque na teologia deles, Deus deu a lei oral a Moisés; por isso, a lei oral já existia no tempo de Davi. Se Davi podia quebrar a lei farisaica, então o principal dos filhos de Davi também podia (Mt.12:3-4; Mc. 2:25-26).
Segundo, a lei do descanso sabático não se aplicava em toda ocasião, conforme Mt.12:5: "Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa"? Esta era a situação dos que trabalhavam no templo. Para eles, o sábado não era um dia de descanso, mas sim um dia de trabalho. De fato, eles tinham que trabalhar mais no dia de sábado do que nos demais dias. Todos os dias tinham sacrifícios diários e rituais, mas no sábado, todos os sacrifícios eram em dobro. Além do mais, haviam rituais especiais realizados somente nos sábados. Por isso, o sábado não era um dia de descanso para aqueles que trabalhavam no templo. Isso mostra que a lei de Moisés permitia e ainda mandava que certos trabalhos fossem feitos no sábado. Até mesmo os fariseus permitiam certos trabalhos como por exemplo, a realização de partos, circuncisão e a preparação dos cadáveres no dia de sábado. A questão era que a lei do descanso sabático não se aplicava em todas as situações.
Terceiro, Ele mostrou que certos trabalhos eram SEMPRE permitidos no dia de sábado, como declarado em Mt.12:7: "Mas se vocês soubessem o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes". Citando Os.6:6, trabalhos de necessidade tal como se alimentar, e trabalhos de piedade tais como curas, sempre eram permitidos no sábado.
Em Quarto e último lugar, Ele declarou que eles tinham interpretado mal o propósito do sábado, em Mc. 2:27: "E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado". O judaísmo farisaico, ensinava que a razão pela qual Deus havia criado Israel, era honrar o sábado. Por isso, Israel foi feito para o sábado. Jesus, no entanto, ensinou que exatamente o oposto é que era verdade. O homem não foi feito para o sábado; o sábado foi feito para o homem. O propósito do sábado era dar ao homem um dia de refrigério e descanso, e não escravizar o homem em leis sabáticas. As 1500 regras e regulamentações criadas para se guardar o sábado, tinham o efeito de escravizar os homens ao sábado. Por isso, eles não entenderam o propósito do sábado.
Em Lucas 6:1-2 lemos: "E aconteceu que, no sábado , passou pelas searas e os seus discípulos iam arrancando espigas e esfregando-as com as mãos, as comiam". E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados? O verso 1 mostra o contexto histórico desse conflito. O verso 2 registra o ataque dos fariseus, que ocorreu porque os discípulos quebraram 4 leis daquelas 1500 que haviam sobre a guarda do sábado. Primeiro, quando eles arrancavam as espigas, estavam sendo culpados por estarem fazendo COLHEITA. Segundo, quando eles esfregavam as espigas em suas mãos para limpa-las, estavam sendo culpados de DEBULHAR. Terceiro, quando eles sopravam as espigas em suas mãos para separar a sujeira, estavam sendo culpados de estarem PENEIRANDO. Quarto, quando eles engoliam as espigas, estavam sendo culpados de ESTOCAR, ARMAZENAR comida. Esta era a maneira extrema de se "construir uma cerca em volta da lei", naqueles tempos.
Por causa dessas regras, alguns fariseus não se arriscariam a andar sobre a grama no dia de sábado. Se fosse perguntado a um rabi daquela época: "O que há de errado em se andar sobre a grama no dia de sábado?", a resposta seria: "Nada. Você pode andar sobre a grama no dia de sábado". No entanto, há um problema. Este simples campo gramado, poderia ter algumas sementes crescendo nele. Uma pessoa que estivesse andando por esse campo, poderia inadvertidamente pisar naquela semente, separá-la de seu tronco e assim tornar-se culpada de estar colhendo no dia de sábado. Além do mais, se ela pisasse na semente com força suficiente para separar a semente da casca, esta pessoa seria culpada de estar debulhando no sábado. Se ela continuasse a andar, e o vento deslocado por suas vestes fizesse com que a casca da semente se separasse, seria culpada de estar peneirando no dia de sábado.
Finalmente, se essa pessoa fosse embora e um pássaro ou um roedor visse a semente e engolisse, ela seria culpada de estar estocando semente no dia de sábado. Jesus respondeu fazendo 6 declarações.
Primeiro, Ele relembrou um fato histórico ocorrido com o rei Davi, nos versos 3-4: "E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição e os comeu e deu também aos que estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes"? Ele mostrou que Davi também violou a lei farisaica, ao comer os pães da proposição. Moisés nunca disse que um levita não podia dar os pães da proposição a um não-levita. A lei farisaica, no entanto, dizia isso. No caso dos fariseus, eles não poderiam dizer que Davi viveu antes da lei oral, porque na teologia deles, Deus deu a lei oral a Moisés; por isso, a lei oral já existia no tempo de Davi. Se Davi podia quebrar a lei farisaica, então o principal dos filhos de Davi também podia (Mt.12:3-4; Mc. 2:25-26).
Segundo, a lei do descanso sabático não se aplicava em toda ocasião, conforme Mt.12:5: "Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa"? Esta era a situação dos que trabalhavam no templo. Para eles, o sábado não era um dia de descanso, mas sim um dia de trabalho. De fato, eles tinham que trabalhar mais no dia de sábado do que nos demais dias. Todos os dias tinham sacrifícios diários e rituais, mas no sábado, todos os sacrifícios eram em dobro. Além do mais, haviam rituais especiais realizados somente nos sábados. Por isso, o sábado não era um dia de descanso para aqueles que trabalhavam no templo. Isso mostra que a lei de Moisés permitia e ainda mandava que certos trabalhos fossem feitos no sábado. Até mesmo os fariseus permitiam certos trabalhos como por exemplo, a realização de partos, circuncisão e a preparação dos cadáveres no dia de sábado. A questão era que a lei do descanso sabático não se aplicava em todas as situações.
Terceiro, Ele mostrou que certos trabalhos eram SEMPRE permitidos no dia de sábado, como declarado em Mt.12:7: "Mas se vocês soubessem o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes". Citando Os.6:6, trabalhos de necessidade tal como se alimentar, e trabalhos de piedade tais como curas, sempre eram permitidos no sábado.
Em Quarto e último lugar, Ele declarou que eles tinham interpretado mal o propósito do sábado, em Mc. 2:27: "E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado". O judaísmo farisaico, ensinava que a razão pela qual Deus havia criado Israel, era honrar o sábado. Por isso, Israel foi feito para o sábado. Jesus, no entanto, ensinou que exatamente o oposto é que era verdade. O homem não foi feito para o sábado; o sábado foi feito para o homem. O propósito do sábado era dar ao homem um dia de refrigério e descanso, e não escravizar o homem em leis sabáticas. As 1500 regras e regulamentações criadas para se guardar o sábado, tinham o efeito de escravizar os homens ao sábado. Por isso, eles não entenderam o propósito do sábado.
Algumas leis que os fariseus combravam de JESUS eram "mandamentos de homens que se desviam da Verdade" (Tt 1:14 / Mt 15:2).
Os discípulos ao "colherem", violaram o Sábado?
Mt 13:29 > Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher (grego - "sullego") o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
A palavra grega traduzida por "colher" é "sullego" aparece 9 vezes no NT. Eis os versículos:
Mt 7:16 / Mt 13:28-30 / Mt 13:41 / Lc 6:44 / Mt 13:40 / Mt 13:48 / Mt 13:30
A palavra "sullego" pode ser vertida como "coletar", "recolher" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries)
Mt 12:1 > Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher (grego - "tillo") espigas, e a comer.A palavra grega "tillo" aparece apenas 3 vezes na Bíblia, em especial, todas elas na mesma situação registrada em Mt 12:1.
Mt 12:1 / Mc 2:23 / Lc 6:1
A palavra "tillo" pode ser vertida como "retirar", "arrancar" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries)
Na gramática grega dá para notar a clara diferença entre o emprego de tais palavras gregas. O relato de Mt 12:1 registra que "os discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer". Logicamente, o que se nota é que não havia nenhuma ferramenta de colheita (Is 2:4 / Mt 3:12) nas mãos dos discípulos; provando assim que o que eles faziam em nada se assemelhava à colheita costumeira e labutosa (durante os outros 6 dias da semana) que exigia animais, servos e filhos, o que era, de fato, ilícito (Dt 5:14).
A aplicação da palavra grega "tillo" foi bem empregada; pois se, no lugar de tal, fosse empregada a palavra "sullego", o sentido do "colher espigas" seria mais penoso e cansativo, o que entra em contraste com o quarto mandamento.
Os discípulos não estavam colhendo espigas para comer no ato, em harmonia com o que está escrito na Lei (Dt 23:25).
Dt 23:25 > Quando entrares na seara do teu próximo, poderás colher espigas com a mão, porém não meterás a foice na seara do teu próximo.
Consideremos, pois, o paralelo que JESUS apresentou em resposta à acusação judaica:
Mt 12:3 >Ele, porém, lhes disse: Acaso não lestes o que fez Davi, QUANDO TEVE FOME, ele e seus companheiros?
JESUS apresenta EXTREMOS que devem ser reconsiderados pelo uso da MISERICÓDIA e não do SACRIFÍCIO.
Considere o que disse Paulo.
At 27:33-34 > Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum (espécie de sacrifício), não havendo provado coisa alguma. ROGO-VOS, portanto, QUE COMAIS ALGUMA COISA, PORQUE DISSO DEPENDE A VOSSA SEGURANÇA; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
Vendo a CONDIÇÃO DE FOME de Davi e seus companheiros, o sacerdote só daria o pão sagrado a eles se tais estivessem "ao menos se abstido de mulheres" (1Sm 21:4 / Ex 19:15)
Considerando agora o caso dos discípulos, QUE TAMBÉM ESTAVAM COM FOME, eles só poderiam comer "se colhessem com as mãos" e comessem no ato (Dt 23:25).
Assim como os sacerdotes (do caso de Davi – 1Sm 21:3-7) e Neemias (do caso de Jerusalém – Ne 13:15-22) tomaram atitudes APARENTEMENTE CONTRA A LEI em SITUAÇÕES EXTREMAS. Por que JESUS não permitiria que os discípulos, por estarem "mortos de fome", comessem? ISSO É QUE SERIA SACRIFÍCIO E NÃO MISERICÓDIA, o que contraria as Escrituras (Os 6:6 / Pr 21:3).
Bem sabia JESUS o que a Lei dizia a respeito daquela situação. É de consideração que, durante a vida dos apóstolos, por não ter havido outra SITUAÇÃO DE FOME, NÃO HOUVE MAIS A PRÁTICA DE TAL ATO NO SÁBADO.
Os discípulos ao "colherem", violaram o Sábado?
Mt 13:29 > Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher (grego - "sullego") o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
A palavra grega traduzida por "colher" é "sullego" aparece 9 vezes no NT. Eis os versículos:
Mt 7:16 / Mt 13:28-30 / Mt 13:41 / Lc 6:44 / Mt 13:40 / Mt 13:48 / Mt 13:30
A palavra "sullego" pode ser vertida como "coletar", "recolher" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries)
Mt 12:1 > Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher (grego - "tillo") espigas, e a comer.A palavra grega "tillo" aparece apenas 3 vezes na Bíblia, em especial, todas elas na mesma situação registrada em Mt 12:1.
Mt 12:1 / Mc 2:23 / Lc 6:1
A palavra "tillo" pode ser vertida como "retirar", "arrancar" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries)
Na gramática grega dá para notar a clara diferença entre o emprego de tais palavras gregas. O relato de Mt 12:1 registra que "os discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer". Logicamente, o que se nota é que não havia nenhuma ferramenta de colheita (Is 2:4 / Mt 3:12) nas mãos dos discípulos; provando assim que o que eles faziam em nada se assemelhava à colheita costumeira e labutosa (durante os outros 6 dias da semana) que exigia animais, servos e filhos, o que era, de fato, ilícito (Dt 5:14).
A aplicação da palavra grega "tillo" foi bem empregada; pois se, no lugar de tal, fosse empregada a palavra "sullego", o sentido do "colher espigas" seria mais penoso e cansativo, o que entra em contraste com o quarto mandamento.
Os discípulos não estavam colhendo espigas para comer no ato, em harmonia com o que está escrito na Lei (Dt 23:25).
Dt 23:25 > Quando entrares na seara do teu próximo, poderás colher espigas com a mão, porém não meterás a foice na seara do teu próximo.
Consideremos, pois, o paralelo que JESUS apresentou em resposta à acusação judaica:
Mt 12:3 >Ele, porém, lhes disse: Acaso não lestes o que fez Davi, QUANDO TEVE FOME, ele e seus companheiros?
JESUS apresenta EXTREMOS que devem ser reconsiderados pelo uso da MISERICÓDIA e não do SACRIFÍCIO.
Considere o que disse Paulo.
At 27:33-34 > Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum (espécie de sacrifício), não havendo provado coisa alguma. ROGO-VOS, portanto, QUE COMAIS ALGUMA COISA, PORQUE DISSO DEPENDE A VOSSA SEGURANÇA; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
Vendo a CONDIÇÃO DE FOME de Davi e seus companheiros, o sacerdote só daria o pão sagrado a eles se tais estivessem "ao menos se abstido de mulheres" (1Sm 21:4 / Ex 19:15)
Considerando agora o caso dos discípulos, QUE TAMBÉM ESTAVAM COM FOME, eles só poderiam comer "se colhessem com as mãos" e comessem no ato (Dt 23:25).
Assim como os sacerdotes (do caso de Davi – 1Sm 21:3-7) e Neemias (do caso de Jerusalém – Ne 13:15-22) tomaram atitudes APARENTEMENTE CONTRA A LEI em SITUAÇÕES EXTREMAS. Por que JESUS não permitiria que os discípulos, por estarem "mortos de fome", comessem? ISSO É QUE SERIA SACRIFÍCIO E NÃO MISERICÓDIA, o que contraria as Escrituras (Os 6:6 / Pr 21:3).
Bem sabia JESUS o que a Lei dizia a respeito daquela situação. É de consideração que, durante a vida dos apóstolos, por não ter havido outra SITUAÇÃO DE FOME, NÃO HOUVE MAIS A PRÁTICA DE TAL ATO NO SÁBADO.
"Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher (grego - "tillo") espigas, e a comer (Mt 12:1).
A palavra grega "tillo" aparece apenas 3 vezes na Bíblia, em especial, todas elas na mesma situação registrada em Mt 12:1.
Mt 12:1 / Mc 2:23 / Lc 6:1
A palavra "tillo" pode ser vertida como "retirar", "arrancar" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries).
"Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher (grego - "sullego") o joio, não arranqueis com ele também o trigo" (Mt 13:29).
Outra palavra grega vertida também como "colher" é "sullego" que aparece 9 vezes. Eis os versículos:
Mt 7:16 / Mt 13:28-30 / Mt 13:41 / Lc 6:44 / Mt 13:40 / Mt 13:48 / Mt 13:30
A palavra "sullego" pode ser vertida como "coletar", "recolher" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries).
Na gramática grega dá para notar a clara diferença entre o emprego de tais palavras gregas. O relato de Mt 12:1 registra que "os discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer". Logicamente, o que se nota é que não havia nenhuma ferramenta de colheita (Is 2:4 / Mt 3:12) nas mãos dos discípulos; provando assim que o que eles faziam em nada se assemelhava à colheita costumeira e labutosa (durante os outros 6 dias da semana) que exigia animais, servos e filhos (Dt 5:14).
A aplicação da palavra grega "tillo" ("colher" em Mt 12:1) foi bem empregada; pois se, no lugar de tal, fosse empregada a palavra "sullego" ("colher" em Mt 13:29), o sentido do "colher espigas" seria mais penoso e cansativo, o que entra em contraste com o quarto mandamento.
Os discípulos não estavam colhendo espigas para vender no mercado, e sim para comer no ato, em harmonia com o que está escrito na Lei.
Em suma:
Assim como há diferença entres as duas palavras gregas vertidas por "colher" no NT, a saber:
1 - "sullego" (coletar, recolher - Lexico Grego Strongs) (Mt 13:29)
2 - "tillo" (retirar, arrancar - Lexico Grego Strongs) (Mt 12:1)
Existe também diferença entre as palavras hebraicas vertidas por "colher" no AT, a saber:
1 - "laqat" (apanhar, juntar, respigar, recolher - Lexico Grego Strongs) (Ex 16:26)
2 - "qataph" (arrancar ou cortar fora, extirpar - Lexico Grego Strongs) (Dt 23:25)
Vemos que a colheita proibida no sábado era a de "laqat" ("sullego" - Mt 13:29) e não a que é incentivada em Dt 23:25 que é a de "qataph" ("tillo" - Mt 12:1).
Os discípulos, não transgrediram o sábado pela ótica da Lei do AT. Se alguma lei eles transgrediram ... então foi a lei da tradição dos anciãos.
A palavra grega "tillo" aparece apenas 3 vezes na Bíblia, em especial, todas elas na mesma situação registrada em Mt 12:1.
Mt 12:1 / Mc 2:23 / Lc 6:1
A palavra "tillo" pode ser vertida como "retirar", "arrancar" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries).
"Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher (grego - "sullego") o joio, não arranqueis com ele também o trigo" (Mt 13:29).
Outra palavra grega vertida também como "colher" é "sullego" que aparece 9 vezes. Eis os versículos:
Mt 7:16 / Mt 13:28-30 / Mt 13:41 / Lc 6:44 / Mt 13:40 / Mt 13:48 / Mt 13:30
A palavra "sullego" pode ser vertida como "coletar", "recolher" (fonte: Strong's Hebrew and Greek Dictionaries).
Na gramática grega dá para notar a clara diferença entre o emprego de tais palavras gregas. O relato de Mt 12:1 registra que "os discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer". Logicamente, o que se nota é que não havia nenhuma ferramenta de colheita (Is 2:4 / Mt 3:12) nas mãos dos discípulos; provando assim que o que eles faziam em nada se assemelhava à colheita costumeira e labutosa (durante os outros 6 dias da semana) que exigia animais, servos e filhos (Dt 5:14).
A aplicação da palavra grega "tillo" ("colher" em Mt 12:1) foi bem empregada; pois se, no lugar de tal, fosse empregada a palavra "sullego" ("colher" em Mt 13:29), o sentido do "colher espigas" seria mais penoso e cansativo, o que entra em contraste com o quarto mandamento.
Os discípulos não estavam colhendo espigas para vender no mercado, e sim para comer no ato, em harmonia com o que está escrito na Lei.
Em suma:
Assim como há diferença entres as duas palavras gregas vertidas por "colher" no NT, a saber:
1 - "sullego" (coletar, recolher - Lexico Grego Strongs) (Mt 13:29)
2 - "tillo" (retirar, arrancar - Lexico Grego Strongs) (Mt 12:1)
Existe também diferença entre as palavras hebraicas vertidas por "colher" no AT, a saber:
1 - "laqat" (apanhar, juntar, respigar, recolher - Lexico Grego Strongs) (Ex 16:26)
2 - "qataph" (arrancar ou cortar fora, extirpar - Lexico Grego Strongs) (Dt 23:25)
Vemos que a colheita proibida no sábado era a de "laqat" ("sullego" - Mt 13:29) e não a que é incentivada em Dt 23:25 que é a de "qataph" ("tillo" - Mt 12:1).
Os discípulos, não transgrediram o sábado pela ótica da Lei do AT. Se alguma lei eles transgrediram ... então foi a lei da tradição dos anciãos.
A Lei não é "só" punitiva; ela é justa, boa, santa ...
E tendo ela em mente Dt 23:25, o caso de "Davi e seus companehiros" e dos "saerdotes no Templo", que JESUS aplicou as Palavras escritas por Oséias (guardador da Lei).
O interessante é que quando JESUS diz:
"Acaso não lestes o que fez Davi, QUANDO TEVE FOME, ele e seus companheiros?" (Mt 12:3).
JESUS apresenta EMERGENCIAS que devem ser reconsiderados pelo uso da MISERICÓDIA e não do SACRIFÍCIO; e é pra isso que serve o sábado, para o homem o santifique, descanse ... e sem deixar de lado o amor às vidas e as boas obras.
No caso de Davi, o sacerdote, vendo a CONDIÇÃO DE FOME de Davi e seus companheiros, só daria o pão sagrado a eles se tais estivessem "ao menos se abstido de mulheres" (1Sm 21:4 / Ex 19:15).
Considerando agora o caso dos discípulos, QUE TAMBÉM ESTAVAM COM FOME, eles só poderiam comer "se colhessem com as mãos" e comessem no ato (Dt 23:25).
Assim como o sacerdote (do caso de Davi – 1Sm 21:3-7) tomaram atitudes APARENTEMENTE CONTRA A LEI em SITUAÇÕES EXTREMAS. Por que JESUS não permitiria que os discípulos, por estarem "mortos de fome", comessem? ISSO É QUE SERIA MISERICÓDIA E NÃO SACRIFÍCIO.
Bem sabia JESUS o que a Lei dizia a respeito daquela situação:
"Quando entrares na seara do teu próximo, poderás colher espigas com a mão, porém não meterás a foice na seara do teu próximo" (Dt 23:25).
É de consideração que, durante a vida dos apóstolos, por não ter havido outra SITUAÇÃO DE FOME, NÃO HOUVE MAIS A PRÁTICA DE TAL ATO NO SÁBADO.
E tendo ela em mente Dt 23:25, o caso de "Davi e seus companehiros" e dos "saerdotes no Templo", que JESUS aplicou as Palavras escritas por Oséias (guardador da Lei).
O interessante é que quando JESUS diz:
"Acaso não lestes o que fez Davi, QUANDO TEVE FOME, ele e seus companheiros?" (Mt 12:3).
JESUS apresenta EMERGENCIAS que devem ser reconsiderados pelo uso da MISERICÓDIA e não do SACRIFÍCIO; e é pra isso que serve o sábado, para o homem o santifique, descanse ... e sem deixar de lado o amor às vidas e as boas obras.
No caso de Davi, o sacerdote, vendo a CONDIÇÃO DE FOME de Davi e seus companheiros, só daria o pão sagrado a eles se tais estivessem "ao menos se abstido de mulheres" (1Sm 21:4 / Ex 19:15).
Considerando agora o caso dos discípulos, QUE TAMBÉM ESTAVAM COM FOME, eles só poderiam comer "se colhessem com as mãos" e comessem no ato (Dt 23:25).
Assim como o sacerdote (do caso de Davi – 1Sm 21:3-7) tomaram atitudes APARENTEMENTE CONTRA A LEI em SITUAÇÕES EXTREMAS. Por que JESUS não permitiria que os discípulos, por estarem "mortos de fome", comessem? ISSO É QUE SERIA MISERICÓDIA E NÃO SACRIFÍCIO.
Bem sabia JESUS o que a Lei dizia a respeito daquela situação:
"Quando entrares na seara do teu próximo, poderás colher espigas com a mão, porém não meterás a foice na seara do teu próximo" (Dt 23:25).
É de consideração que, durante a vida dos apóstolos, por não ter havido outra SITUAÇÃO DE FOME, NÃO HOUVE MAIS A PRÁTICA DE TAL ATO NO SÁBADO.
O Dilema do Marceneiro Jaime
Jaime era um marcineiro aplicado. Os móveis que produzia eram muito bem conceituados na cidade onde residia, e ele nem precisava fazer propaganda. A qualidade de seus serviços era a sua melhor publicidade. Pessoas visitando amigos e parentes viam móveis produzidos por ele em sua ativa oficina e se interessavam em saber onde haviam sido adquiridos. Assim, as virtudes de sua arte eram divulgadas de boca em boca, e as encomendas por serviços não paravam de lhe alcançar.
Ele costumava assistir aos programas dominicais numa Igreja Evangélica a vários quarteirões de sua casa, dedicando o domingo a tais atividades, bem como a passeios com a família, visitas a parentes e amigos e outras atividades compatíveis com os costumes cristãos quanto ao dia de observância. Mas o volume de trabalhos e prazos de entrega começaram a assoberbá-lo, e ele se viu forçado a falhar na freqüência às reunões da Igreja nos domingos pela manhã, deixando para fazê-lo à noite.
A esposa, dona Diva, reclamou dele a ausência às reuniões matinais da Igreja, e disse-lhe que não achava certo ele falhar aos cultos por causa de trabalhos. Mas ele sempre explicava que não tinha outra opção—as encomendas eram de gente importante da comunidade e ele não podia desapontar seus bons clientes, falhando em atender os prazos de entrega. "Eu estarei indo com vocês aos cultos da noite, então não há problema. Não estou deixando a congregação ‘como é costume de alguns’, como diz Hebreus 10:25", ele buscava se explicar.
Sua ausência na Escola Dominical e outras reuniões do domingo de manhã começou a ser notada, e seus irmãos da Igreja sempre perguntavam à esposa e filhos sobre o paradeiro do bem-conceituado profissional das madeiras. Eles ficavam meio sem jeito de dizer que ele ficara em casa trabalhando, mas não tinham meios de evitar declará-lo. "Bem, mas se ele vem aos trabalhos da noite, está tudo bem. . .", disse certa vez o pastor.
"Irmão, eu gostaria até de lhe fazer uma pergunta", disse dona Diva ao pastor. "Pois não, minha irmã, sou todo ouvidos. . ."
"O irmão mesmo disse que se o meu marido vem aos cultos da noite, não há problema quanto a suas faltas nos programas matinais. Mas não diz a Bíblia que o mandamento do dia de repouso é para ser totalmente isento de qualquer trabalho?"
"Bem, cara irmã, os tempos mudaram. Hoje a vida moderna é bem mais agitada e as exigências da sociedade fazem com que muitos tenham que trabalhar mais do que se costumava em décadas passadas. O importante é ele não perder o contato com a igreja, vir aprender com os sermões e participar conosco dos cânticos e orações quando puder".
"Mas não disse Jesus que ‘o sábado foi feito por causa do homem’? Não significa isso que é para ter esse como um dia realmente especial, dedicado às coisas de Deus e à família?"
"Bem, note que Jesus também disse, ‘não o homem por causa do sábado’, o que significa que não há tanta exigência em nossos tempos de observar o dia de repouso nos moldes do sábado da lei mosaica".
"E o que me diz da Confissão de Fé de nossa denominação, que ordena que se dediquem os momentos todos do dia do Senhor a Deus, sem atividades seculares ou recreativas?"
"Irmã, esse documento foi emitido séculos atrás, quando os tempos eram outros. Temos que evoluir, segundo a marcha da sociedade, como já lhe acentuei". Ademais, não se esqueça que o nosso sábado agora é Cristo.
"Bem, mas se tal princípio pode ser desprezado por ser de tempos antigos, então outros mais não poderiam também sofrer ajustes, segundo a marcha da sociedade?" insistia dna. Lídia. "Veja que há igrejas hoje em dia que, com base nesse raciocínio, estão abençoando uniões homossexuais, e até nomeando pastores que são declaradamente desse estilo de vida. Acha que isso é justificável?"
"Ora, minha querida irmã, isso já é um tanto extremo, não acha? A Bíblia é clara em condenar o homossexualismo".
"Mas a mesma Bíblia não é clara quanto a que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo para deixar um exemplo para o homem?"
"Sabe, essa idéia já é ultrapassada. . . Não se pode dizer que o sábado foi estabelecido na criação do mundo, como os sabatistas pregam. O sábado é um símbolo do descanso da salvação que o crente desfruta, nada de seguir regras legais da lei mosaica. . ."
"Mas Lutero, Calvino, Wesley e os documentos confessionais mais representativos das Igrejas evangélicas dizem isso. . . Será que é tudo coisa ultrapassada? Onde está o limite do que ainda vale e não mais vale, dos ensinos de líderes cristãos e documentos históricos das Igrejas, que sempre buscaram dar razões bíblicas para seus conceitos?"
"Minha irmã, veja eu tenho um mestrado em Teologia e deve confiar no que lhe digo. A gente agora deve agir segundo o Espírito nos indica, sem mais códigos do que fazer e não fazer, como se dava no tempo do Velho Testamento. . ."
"Está bem, vou estudar de novo minha Bíblia para ver se o Espírito me ilumina quanto a isso. . ."
"Pois faz muito bem, faça-o, mas concentre-se no Novo Testamento pois o Velho Testamento não mais nos serve tanto. Lembre-se que Jesus disse que agora o Seu novo mandamento é o do amor, não mais a lei de Moisés. . ."
Chegando em casa, dona Diva resolve examinar exatamente o ponto levantado pelo pastor—o novo mandamento do "amor". Ela não sabia onde encontrar na Bíblia, daí perguntou ao esposo, e este, após uma pequena pesquisa, localizou-lhe Marcos 12:28-34. Trata-se do texto em que o escriba pergunta a Jesus qual é o grande mandamento da lei, querendo apanhá-Lo contradizendo as tradições de Israel, e o que Jesus lhe diz, em vez de dar margem a críticas e acusações da parte do escriba, gera nele uma atitude de respeito pela resposta dada: "Muito bem, Mestre, disseste bem". Cristo lhe repetiu a lei áurea, segundo a qual o grande mandamento da lei é amar a Deus sobre todas as coisas, e amar o próximo como a si mesmo.
Diva leu com interesse a relato, mas notou algo interessante. "Jesus aqui não contrariou o que pensava o escriba", comentou ela com o marido. "Tanto que a reação dele foi de elogio às palavras de Cristo". "Bem, de fato se procurar a referência ao pé da página verá que o texto aponta ao que Moisés já havia dito. Veja essa letrinha que está no fim da passagem", respondeu seu marido.
Ele era um criterioso estudante da Bíblia, e toda noite tomava sua lição da Escola Dominical para estudá-la, sempre tomando a Bíblia como fundamento do estudo. Era uma forma em que buscava compensar as ausências à sua classe aos domingos.
Assim é que ele descobriu por si só a "regra da letrinha miúda", como ele chamava o seu costume de verificar as referências indicadas através de letrinhas dentro de textos ou ao fim dos mesmos, que conduziam a outras letrinhas ao rodapé que remetiam o leitor a textos paralelos.
"Mas então Jesus com esse ‘novo mandamento’ não está falando de nada novo", percebeu dona Diva. "Ele falava do que já era da lei mosaica—o princípio do amor a Deus e ao próximo. . ."
"Sim", confirmou Jaime, "Ele disse mesmo que não veio abolir a lei, e sim cumpri-la".
"Mas quanto dessa lei ainda é válida para nós cristãos? Eu me preocupo, como sabe, com o princípio do descanso semanal, que você não está levando a sério e que o pastor também deu a entender que não tem importância. Contudo, eu me lembro de ter lido no nosso documento confessional que os primeiros quatro mandamentos do Decálogo referem-se ao nosso relacionamento para com Deus, e os seis últimos tratam de nosso relacionamento para com o próximo. Isso ainda é válido?"
"Como assim, se isso é válido?" perguntou Jaime.
"Sim, porque o pastor me disse que o que ensinam os nossos artigos confessionais é coisa ultrapassada, mas será que não se aplica mais esse princípio?"
[Conclui no próximo quadro]
[Conclusão do quadro anterior]
"Não há por que não se aplicar. Agora, realmente nossa Igreja não se incomoda muito quanto a seguir o princípio do dia de repouso. Desde que o crente não deixe de freqüentar a Igreja num dos cultos, pelo menos, não há problema quanto a isso".
"Bem, mas não disse Jesus que o sábado foi feito por causa do homem? Então não foi uma boa coisa estabelecer um dia para o descanso do homem?"
"Ah, já vem você com seus sermões sobre o meu regime de trabalho. . . O pastor não lhe esclareceu que nosso sábado agora é Cristo?"
"Não se trata de sermões, mas de coerência com o que diz a Palavra de Deus". . .
"Já lhe expliquei que não deixo de ir no culto da noite. Ademais, se eu for seguir essa regra de sábado estarei sendo ‘legalista’ e negando a minha experiência de salvação em Cristo".
"Onde a Bíblia fala de dedicar só umas horinhas por semana para as coisas de Deus em cumprimento desse princípio? O que quer dizer ‘santificar’, com relação ao dia de repouso a dedicar ao Senhor?"
"É, os crentes mais antigos levavam mais a sério essa questão. . ."
"Mas o que mudou e por quê, ou seja, com que ordem bíblica?"
"Segundo a Bíblia, estamos agora sob um novo concerto, sendo o velho ultrapassado. Veja Hebreus 8:13: ‘Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer’.
"Bem, vou ler direito essa questão de velho pacto/novo pacto e ver se entendo melhor esse assunto", concluiu a esposa.
Jaime prosseguiu com seus trabalhos cada dia, incluindo os domingos, só parando à noite para o descanso, e aos domingos indo a igreja com a família. A esposa ainda não conseguia ver luz nas suas atitudes e no que o pastor lhe havia dito sobre os ensinos passados da denominação. Pois se o descanso semanal fora tão benéfico para aqueles que viviam em tempos menos trepidantes, por que agora, mais do que nunca, se faz necessário tal regime?, ficava ela a pensar. Sem falar no princípio de "santificar" um dia ao Senhor. Afinal, Ele não merece essa pausa semanal para dedicação de um dia inteiro só dedicado a Nele meditar e contemplar as Suas obras?
Buscando estudar a questão em profundidade, ela leu novamente o verso que o marido lhe havia indicado, mas resolveu ver o contexto. Daí, encontrou os vs. 6 a 10:
"Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores promessas. Pois, se aquele primeiro fora sem defeito, nunca se teria buscado lugar para o segundo. Porque repreendendo-os, diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto. Não segundo o pacto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; pois não permaneceram naquele meu pacto, e eu para eles não atentei, diz o Senhor. Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo".
"Veja aqui uma coisa interessante, Jaime", disse ela demonstrando certa ansiedade. "Esta passagem fala exatamente da mudança do velho para o novo pacto, que é o Novo Testamento. E diz que Deus mesmo escreve as Suas leis nos corações dos que aceitam a mensagem de salvação. Mas aqui não fala nada de ‘novas leis’, e sim das ‘Minhas leis’. Não vejo nenhuma informação de que nesse novo pacto qualquer das leis morais de Deus tenham sido deixadas de lado ou alteradas. Isso inclui a lei do princípio de descanso semanal".
"Ora, mulher, lá vem você com sua incompreensão das coisas. Afinal, não é uma boa coisa que eu tenha essa renda extra, e assim pudemos comprar tantas coisas para a casa, como sua nova máquina de lavar roupas e a reforma da cozinha? Pois eu não poderia arcar com essas despesas, não fosse meus ganhos adicionais trabalhando também aos domingos de manhã e à tarde. . ."
"Bem, eu não sei, mas vamos deixar as coisas assim por enquanto. Vou depois estudar isso melhor para ver onde o que é dito na nossa Confissão de Fé realmente se tornou ultrapassado neste e outros pontos. . ."
E assim, o tempo foi passando e o marcineiro Jaime buscava não falhar nas reuniões de domingo à noite, trabalhando ainda vigorosamente os sete dias, sem parar. Contudo, ele começou a sentir falta de entusiasmo para sair no domingo à noite, cansado como se achava, e ia dormir mais cedo, com a esposa indo sozinha à igreja com os filhos. Somente esporadicamente ia a alguma reunião mais rápida pelo meio da semana. Com o tempo, porém, nem isso sentia mais desejo de fazer, tanto era o seu esgotamento e indisposição física.
Dentro de uns meses, aproximando-se o tempo de inverno, uma epidemia de gripe atacou a cidade e muita gente ficou de cama. Jaime não escapou disso, e mesmo tendo muitas encomendas para concluir, desabou fortemente doente. A esposa fez o que pôde para tratá-lo com chás caseiros e outras providências. Nada parecia ajudar, pois o seu sistema imunológico estava negativamente afetado.
Como não melhorava após vários dias de cama, terminou indo ver um médico. O profissional ficou alarmado de ver sua condição e perguntou-lhe sobre o seu regime de vida. Jaime confessou que trabalhava direto, sete dias por semana, só parando à noite para descansar.
O médico passou-lhe um sermão e tanto por sua negligência em ter um dia semanal de repouso, como que compensando pela falta de seu pastor fazê-lo. Jaime daí compreendeu o erro de sua prática contrária aos princípios bíblicos, mas sua condição era das piores. Ele voltou para casa com muitas receitas de remédio, e procurou tomá-los religiosamente. Mas o período de repouso que o médico lhe prescreveu ele não podia seguir. Afinal, eram tantas as encomendas com datas de entrega já atrasadas por sua enfermidade. Assim, caiu no batente novamente, e no domingo seguinte ainda tinha muito por fazer. Trabalhou aquele domingo, e à noite nem se animou a sair de casa. Na segunda-feira, quando abriu a oficina, sentiu-se mal e teve que ser levado às pressas para o hospital. Um exame indicou uma úlcera estomacal bem avançada, sem falar numa forte pneumonia que o deixara fisicamente arrasado.
Ele foi hospitalizado de imediato, e ali ficava ainda mais aflito com suas encomendas de trabalhos deixadas sem cumprimento. Os dias se passaram, e ele ali preso ao leito hospitalar com sua condição só se complicando. Até que o médico teve que chamar a esposa e filhos e comunicar-lhes que ele não tinha muitas semanas mais de vida.
Foi muito chocante e triste para todos, mas o pobre homem realmente tinha ultrapassado os seus limites. No domingo seguinte um grupo de seus irmãos foi visitá-lo no seu leito de dor. Foi quando ele comentou: "Irmãos, eu sei que vou morrer em breve, mas digam ao pastor que cumpri plenamente as suas intruções sobre o simbolismo do sábado. Eu não o observei pois se o fizesse estaria negando a minha experiência de salvação. Afinal, ele deixou bem claro a minha esposa que o sábado é mero simbolismo de Cristo. Então, digam ao pastor que eu não fui ‘legalista’. Nada de sábado a observar, pois seria negar a salvação em Cristo. . ."
E assim, o marcineiro Jaime deu o seu último suspiro, vítima de debilidade física, aliada à debilidade de entendimento do sentido real do que ensina a Palavra de Deus.
"Não há por que não se aplicar. Agora, realmente nossa Igreja não se incomoda muito quanto a seguir o princípio do dia de repouso. Desde que o crente não deixe de freqüentar a Igreja num dos cultos, pelo menos, não há problema quanto a isso".
"Bem, mas não disse Jesus que o sábado foi feito por causa do homem? Então não foi uma boa coisa estabelecer um dia para o descanso do homem?"
"Ah, já vem você com seus sermões sobre o meu regime de trabalho. . . O pastor não lhe esclareceu que nosso sábado agora é Cristo?"
"Não se trata de sermões, mas de coerência com o que diz a Palavra de Deus". . .
"Já lhe expliquei que não deixo de ir no culto da noite. Ademais, se eu for seguir essa regra de sábado estarei sendo ‘legalista’ e negando a minha experiência de salvação em Cristo".
"Onde a Bíblia fala de dedicar só umas horinhas por semana para as coisas de Deus em cumprimento desse princípio? O que quer dizer ‘santificar’, com relação ao dia de repouso a dedicar ao Senhor?"
"É, os crentes mais antigos levavam mais a sério essa questão. . ."
"Mas o que mudou e por quê, ou seja, com que ordem bíblica?"
"Segundo a Bíblia, estamos agora sob um novo concerto, sendo o velho ultrapassado. Veja Hebreus 8:13: ‘Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer’.
"Bem, vou ler direito essa questão de velho pacto/novo pacto e ver se entendo melhor esse assunto", concluiu a esposa.
Jaime prosseguiu com seus trabalhos cada dia, incluindo os domingos, só parando à noite para o descanso, e aos domingos indo a igreja com a família. A esposa ainda não conseguia ver luz nas suas atitudes e no que o pastor lhe havia dito sobre os ensinos passados da denominação. Pois se o descanso semanal fora tão benéfico para aqueles que viviam em tempos menos trepidantes, por que agora, mais do que nunca, se faz necessário tal regime?, ficava ela a pensar. Sem falar no princípio de "santificar" um dia ao Senhor. Afinal, Ele não merece essa pausa semanal para dedicação de um dia inteiro só dedicado a Nele meditar e contemplar as Suas obras?
Buscando estudar a questão em profundidade, ela leu novamente o verso que o marido lhe havia indicado, mas resolveu ver o contexto. Daí, encontrou os vs. 6 a 10:
"Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores promessas. Pois, se aquele primeiro fora sem defeito, nunca se teria buscado lugar para o segundo. Porque repreendendo-os, diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto. Não segundo o pacto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; pois não permaneceram naquele meu pacto, e eu para eles não atentei, diz o Senhor. Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo".
"Veja aqui uma coisa interessante, Jaime", disse ela demonstrando certa ansiedade. "Esta passagem fala exatamente da mudança do velho para o novo pacto, que é o Novo Testamento. E diz que Deus mesmo escreve as Suas leis nos corações dos que aceitam a mensagem de salvação. Mas aqui não fala nada de ‘novas leis’, e sim das ‘Minhas leis’. Não vejo nenhuma informação de que nesse novo pacto qualquer das leis morais de Deus tenham sido deixadas de lado ou alteradas. Isso inclui a lei do princípio de descanso semanal".
"Ora, mulher, lá vem você com sua incompreensão das coisas. Afinal, não é uma boa coisa que eu tenha essa renda extra, e assim pudemos comprar tantas coisas para a casa, como sua nova máquina de lavar roupas e a reforma da cozinha? Pois eu não poderia arcar com essas despesas, não fosse meus ganhos adicionais trabalhando também aos domingos de manhã e à tarde. . ."
"Bem, eu não sei, mas vamos deixar as coisas assim por enquanto. Vou depois estudar isso melhor para ver onde o que é dito na nossa Confissão de Fé realmente se tornou ultrapassado neste e outros pontos. . ."
E assim, o tempo foi passando e o marcineiro Jaime buscava não falhar nas reuniões de domingo à noite, trabalhando ainda vigorosamente os sete dias, sem parar. Contudo, ele começou a sentir falta de entusiasmo para sair no domingo à noite, cansado como se achava, e ia dormir mais cedo, com a esposa indo sozinha à igreja com os filhos. Somente esporadicamente ia a alguma reunião mais rápida pelo meio da semana. Com o tempo, porém, nem isso sentia mais desejo de fazer, tanto era o seu esgotamento e indisposição física.
Dentro de uns meses, aproximando-se o tempo de inverno, uma epidemia de gripe atacou a cidade e muita gente ficou de cama. Jaime não escapou disso, e mesmo tendo muitas encomendas para concluir, desabou fortemente doente. A esposa fez o que pôde para tratá-lo com chás caseiros e outras providências. Nada parecia ajudar, pois o seu sistema imunológico estava negativamente afetado.
Como não melhorava após vários dias de cama, terminou indo ver um médico. O profissional ficou alarmado de ver sua condição e perguntou-lhe sobre o seu regime de vida. Jaime confessou que trabalhava direto, sete dias por semana, só parando à noite para descansar.
O médico passou-lhe um sermão e tanto por sua negligência em ter um dia semanal de repouso, como que compensando pela falta de seu pastor fazê-lo. Jaime daí compreendeu o erro de sua prática contrária aos princípios bíblicos, mas sua condição era das piores. Ele voltou para casa com muitas receitas de remédio, e procurou tomá-los religiosamente. Mas o período de repouso que o médico lhe prescreveu ele não podia seguir. Afinal, eram tantas as encomendas com datas de entrega já atrasadas por sua enfermidade. Assim, caiu no batente novamente, e no domingo seguinte ainda tinha muito por fazer. Trabalhou aquele domingo, e à noite nem se animou a sair de casa. Na segunda-feira, quando abriu a oficina, sentiu-se mal e teve que ser levado às pressas para o hospital. Um exame indicou uma úlcera estomacal bem avançada, sem falar numa forte pneumonia que o deixara fisicamente arrasado.
Ele foi hospitalizado de imediato, e ali ficava ainda mais aflito com suas encomendas de trabalhos deixadas sem cumprimento. Os dias se passaram, e ele ali preso ao leito hospitalar com sua condição só se complicando. Até que o médico teve que chamar a esposa e filhos e comunicar-lhes que ele não tinha muitas semanas mais de vida.
Foi muito chocante e triste para todos, mas o pobre homem realmente tinha ultrapassado os seus limites. No domingo seguinte um grupo de seus irmãos foi visitá-lo no seu leito de dor. Foi quando ele comentou: "Irmãos, eu sei que vou morrer em breve, mas digam ao pastor que cumpri plenamente as suas intruções sobre o simbolismo do sábado. Eu não o observei pois se o fizesse estaria negando a minha experiência de salvação. Afinal, ele deixou bem claro a minha esposa que o sábado é mero simbolismo de Cristo. Então, digam ao pastor que eu não fui ‘legalista’. Nada de sábado a observar, pois seria negar a salvação em Cristo. . ."
E assim, o marcineiro Jaime deu o seu último suspiro, vítima de debilidade física, aliada à debilidade de entendimento do sentido real do que ensina a Palavra de Deus.
A Caótica Teologia Semi-Antinomista/Dispensacionalista
As interpretações bíblicas da teologia antinomista, ou semi-antinomista, base do anti-sabatismo, representam um desafio ao bom-senso e à lógica. É uma teologia mais do que contraditória—verdadeiramente caótica. Senão, vejamos:
Primeiramente, pelo confuso raciocínio desses “teólogos”, temos um Deus um tanto quanto desorganizado, que mistura um preceito cerimonial dentro de um código de normas morais. Pois não é que esse Deus profere solenemente aos ouvidos do povo escolhido 10 mandamentos como base de um concerto muito especial com tal povo, depois ainda escreve tais mandamentos com o Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra, e isso por duas vezes (pois as primeiras pedras foram quebradas por Moisés), sendo 9 preceitos morais e um cerimonial?! Em vez de deixar o tal mandamento cerimonial para ditá-lo mais tarde a Moisés juntamente com as inúmeras outras regras rituais que Moisés escreveu num livro, esse “desorganizado” Legislador coloca o mandamento cerimonial bem no meio do código de leis morais—o preceito do sábado!
Mas, pior ainda, esse Deus dos antinomistas estabelece o princípio do sábado na Criação do mundo, separando o sétimo dia para o descanso, abençoando-o e santificando-o, mas deixa o homem sem esse repouso. Como não está escrito especificamente que Adão guardava o sábado, fica “provado” que ele devia trabalhar como jardineiro (Gên. 2:15) todos os sete dias, sem descanso. Ah, sim, ele tinha as noites para isso. . .
Valendo-se ainda do ineficaz “argumento do silêncio”, também não ficou escrito nada que Abraão e outros patriarcas bíblicos respeitassem não só esse preceito do sábado, mas outros preceitos, como o de não adorar imagens de esculturas ou furtar. Assim, é bem possível que Abraão, Isaque, Jacó fossem batedores de carteira nas horas vagas, pois não havia nenhuma regra escrita, “não furtarás”! E quem sabe Abraão mantivesse em sua tenda imagens de Santo Abel, Santo Enoque e São Noé para sua veneração? Afinal, onde estava escrito “não farás para ti imagens de esculturas. . . não te encurvarás diante delas nem as servirás?” Não disse Paulo que “onde não há lei, não há transgressão” (Rom. 4:15)?
E é esquisito como esse Deus do antinomismo, que fez do sábado “sinal” entre Ele e Seu povo (Êxo. 31:17), depois mudou radicalmente de idéia e disse que desprezava o tal sábado em Isaías 1:13 e até profetizou que ia acabar com essa instituição em Oséias 2:11, para mais tarde inspirar o restaurador da religião israelita a reinstituí-lo (Neem. 13:15ss). O mais estranho é que foi por causa da violação do sábado—que tinha dito ao povo que desprezava—que Ele os castigou com o cativeiro (ver Jeremias 17:27). . . Ou seja, o povo foi castigado por não respeitar um preceito que Deus disse que aborrecia!
E Deus ainda convida “os filhos dos estrangeiros” a unirem-se ao concerto divino com Israel observando exatamente, o quê? O sábado! Mas, espera aí, esse não era preceito só para judeu e ninguém mais? Pois é, só que o tal sábado, estabelecido só para o judeu, mais tarde Cristo disse que foi “feito por causa do homem-anthropós”. Bem, quem sabe o “homem” aí é só o judeu (e as judias) . . . . Contudo assim se dá também com a instituição do matrimônio, onde o mesmo homem-anthropós deixa o pai e a mãe e une-se a sua mulher (Mat. 19:5). E casamento é coisa só para judeu?
Por falar em Cristo, a teologia antinomista coloca o Filho de Deus em situação bem complicada. Primeiro, transforma-o num tremendo hipócrita que diz que não veio abolir a lei, e sim cumpri-la, recomenda a mais perfeita obediência a essa lei (Mat. 5:17-19), para depois violar consciente e propositadamente um dos seus mandamentos (adivinhem qual. . .—João 5:18)! Ou, se entendem que não o desrespeitou (porque estava ainda sujeito a essa lei, ainda não abolida) colocam-nO dedicando-se a uma campanha contra a validade desse mandamento, criticando os que o observavam! Como Ele dissera especificamente, porém, que quem ensinasse algo contrário a qualquer mandamento “ainda que dos menores” seria considerado mínimo no Reino dos céus (Mat. 5:19), estaria o Cristo desqualificando-se a Si mesmo, dentro da inescapável lógica antinomista.
E há até alguns que sustentam que os que não obedecem plenamente os mandamentos divinos, nem por isso deixarão de ir para o céu, só que lá ficarão numa condição de “mínimos”. Isto é, vão se salvar, mas não terão lá grande prestígio nos páramos da glória! Destarte, o próprio Cristo seria um Ser sem grande “patente” celestial, pois que ensinou direta ou indiretamente os Seus contemporâneos a não darem valor a um dos mandamentos, fazendo campanha contra o 4o. do Decálogo! Nessas circunstâncias, seria Sua situação melhor do que a daqueles aos quais chamou de “sepulcros caiados” que adotavam a filosofia do “façam o que eu digo, mas não o que faço”? E hipócritas sequer podem almejar um dia habitar as mansões eternas?
Todavia, embora querendo “acabar” com o sábado, na interpretação antinomista, Cristo “Se esquece” de dizer abertamente que não é para cumprir o mandamento. Diz, porém, que é para atentar ao que os chefes religiosos diziam, e praticar, mas não do modo hipócrita em que pretendiam obedecer à lei. Entretanto, uma das coisas que eles diziam para o povo cumprir era o descanso aos sábados (ver Mateus 23:1, 2 cf. Lucas 13:14)! Temos aí, pois, mais uma incrível contradição, pela ótica antinomista—Ele quer acabar com o sábado, mas não diz nada objetivamente nesse sentido, apenas fica com “indiretas”. Ao recomendar, porém, àquela gente que atentem ao que dizem seus líderes religiosos e cumpram (“fazei e guardai . . . TUDO quanto eles vos disserem”), a indireta termina sendo de recomendação ao sábado! O Cristo dos antinomistas é certamente bem pouco atento a esses importantes detalhes e termina caindo em evidente contradição!
Seja como for, Ele lança-Se em sua “campanha anti-sabática” apenas dando “pistas” quanto à futura atitude de desprezo pelo mandamento. Contudo, nesse empreendimento Ele decerto fracassou, pois não conseguiu convencer a Sua própria santa mãe e outras mulheres que O serviam com a máxima dedicação a desprezarem o sábado. Nem convenceu ao autor bíblico inspirado, Dr. Lucas. Este relata, escrevendo 30 anos após Sua morte, que as santas mulheres que preparavam ungüentos para embalsamar o corpo do Senhor pararam todas as atividades ao final da sexta-feira, e no sábado “repousaram conforme o mandamento” (Lucas 23:56). As “indiretas” de Cristo contra a guarda do sábado certamente não surtiram o efeito desejado ( . . . pelos antinomistas).
Cristo ainda atribui ao Pai a incoerência das incoerências, agora colocando o próprio Deus em situação também complicadíssima, sempre segundo a visão antinomista. Além de, como já vimos, Ele ter misturado preceitos morais com um cerimonial, ainda cria uma lei que, na prática, não funciona um dia por semana. Eis que “os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa” (Mat. 12:5), o que, nessa incrível teologia, significa simplesmente que eles não cumpriam o preceito divino porque atuavam no Templo, sacrificando até em dobro aos sétimos dias. Ou seja, a lei religiosa criada para elevar espiritualmente o povo era violada cada sábado pelos próprios líderes espirituais que tinham o dever de dar o melhor exemplo àquela boa gente, mas o Legislador se esqueceu do detalhe que aos sábados a lei não era respeitada justamente por aqueles que a deviam promover entre o povo! Um Legislador assaz incompetente. . .
Essa louca teologia, porém, prossegue ensinando que todos os Dez Mandamentos foram abolidos na cruz, contudo os princípios morais básicos foram sendo restaurados, menos a questão do dia de guarda. Tanto assim que todos os mandamentos estariam repetidos no Novo Testamento, menos o do sábado. Isso significa que, como dizemos em nossa matéria “10 Dilemas dos Que Negam a Validade dos 10 Mandamentos Como Norma Cristã”, se todos os mandamentos foram abolidos na cruz, mas sendo depois restaurados no Novo Testamento (menos o 4º.), imaginemos uma situação incrível que se estabeleceria: O 5º mandamento foi de embrulho com todos os demais regulamentos morais e cerimoniais quando Jesus exalou o último suspiro e declarou, “Está consumado”. Daí, no minuto seguinte, qualquer filho de um seguidor de Cristo poderia chutar a canela de seu pai ou mãe, xingá-los, desobedecê-los e desrespeitá-los livremente, eis que o 5o. mandamento só foi “restaurado” quando Paulo se lembrou de referi-lo, escrevendo aos efésios, e isso no ano 58 AD (ver Efés. 6: 1-3)! E, pior ainda, os termos do mandamento “não matarás” só foram reiterados por Paulo em Romanos 13:9, no ano 56 ou 58 AD (bem como “não adulterarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”. . .).
Ou seja, por quase 30 anos os filhos dos cristãos não tinham que respeitar os pais, pois o 5º. mandamento só é restaurado após umas três décadas, e mesmo assim só para os efésios. Muitas décadas mais se passaram até atingir toda a comunidade cristã para cientificar-se da necessidade de os filhos respeitarem seus pais! Além de os cristãos poderem matar uns aos outros, etc., nesse mesmo período “sem a lei restaurada”. . . Faz sentido isso tudo?
Por aí se vê a enrascada em que essa gente se mete ao contrariarem o “assim diz o Senhor” das Escrituras.
Contudo, a desvairada teologia semi-antinomista continua fazendo seus estragos. Segundo ela, Paulo diz quatro coisas diferente a respeito do princípio do dia repouso em quatro de suas epístolas:
a) Aos Romanos, segundo ainda essa teologia semi-antinomista, tanto faz guardar um dia como outro, ou dia nenhum, que Deus aceita tudo sem problema. Pode ser, conseqüentemente até o sábado! Os crentes que decidam livremente como será a sua liturgia de observância ou não de um dia dedicado a Deus, cada um segundo a sua preferência. Agora, como o “Deus de ordem e não de confusão” encararia isso, não é dito, sobretudo porque seria meio complicado pensar em que dia esses cristãos se reuniriam para o culto, já que Mateus dedica o domingo ao Senhor, Tiago a 2a. feira, André a 3a. feira, Filipe a 4a. feira, Pedro a 5a. feira, João a 6a. feira, Judas Tadeu o sábado e Bartolomeu, dia nenhum. . . A base disso? A interpretação que dão a Romanos 14:5 e 6.
b) Aos Gálatas a instrução é que guardar dias, e meses, e tempos e anos é voltar aos “rudimentos fracos e pobres”. Logo, não há nenhum dia mais para guardar, nem sábado, nem domingo, nem qualquer dia que seja. É até um pecado pensar em dedicar um dia ao Senhor, coisa “fraca”, e “pobre”. A base disso? — Gálatas 4:9 e 10.
c) Aos Colossenses, o sábado não é mais para ser observado porque foi abolido com a “cédula de ordenanças”. A base? — Colossenses 2:14-16. O que fica no lugar? Paulo simplesmente nada diz, e como se contradiz com o que dissera aos romanos, fica o mistério pairando no ar. . .
d) Aos Coríntios, ele sugere que os cristãos observem o primeiro dia da semana indo à Igreja regularmente para arrecadar ofertas (1 Cor. 16:2), não necessariamente para comemorar a Ressurreição que em parte alguma das Escrituras conta com qualquer recomendação de observância ou é prática sugerida.
Bem, mas se o sábado é um mandamento “cerimonial”, todas as cerimônias eram o antitipo que apontavam para o tipo—a sombra que encontrava a realidade. Qual era o sentido simbólico do sábado “cerimonial”? Oh, isso é fácil, segundo os antinomistas—o sentido se acha na epístola aos Hebreus que traz exatamente a exposição do cerimonial israelita detalhando o seu significado na expiação de Cristo.
É verdade, os capítulo 7 a 10 de Hebreus detalham muita coisa sobre o sentido do sangue de bodes e carneiros, e atividades dos sacerdotes e levitas, o sentido do santuário terrestre e das ofertas e suas peças do ritual todo de Israel, enfim, uma exposição bem completa expondo o fim do Velho Concerto [Velho Testamento] e o cumprimento do simbolismo de suas inúmeras cerimônias.
Mas, onde é que o “sábado cerimonial” entra nessa explicação toda do sentido do cerimonial judaico nos capítulos específicos onde o autor discorre a respeito? Não entra!
A questão do sábado merece dois capítulos especiais, o 3 e o 4, para expor, não que foi abolido por ter cumprido o seu papel prefigurativo, mas que “resta um repouso sabático [sabbatismós, em grego] para o povo de Deus” (Heb. 4:9). Então, em lugar de o sábado ser discutido nos capítulos 7 a 10 de Hebreus que tratam do sentido do cerimonial, nem aparece em tal local. Ou melhor, aparece sim, no capítulo 8:6-10 onde é dito que sob o Novo Concerto [Novo Testamento], Deus escreve a Sua lei nos corações e mentes dos que aceitam os seus termos. E em parte alguma é dito que quando Ele escreve, mediante a operação de Seu Espírito, as Suas leis nos corações e mentes de Seus Filhos, o mandamento do sábado fica de fora, ou tenha havido mudança do sábado para o domingo.
O pessoal da teologia antinomista gosta de dizer que agora não mais vivemos sob a “lei mosaica” (no que estão certos), e sim sob a “lei de Cristo”, ou “lei da fé”, ou “lei da graça”, ou “lei do Espírito” contudo nenhuma dessas expressões aparece neste texto (que é reprodução de Jeremias 31:31-33), que apenas faz referência às “minhas leis” (de Deus). Destarte, fica o ônus da prova com quem negue que as tais “minhas leis” é algo diverso das leis de Deus já conhecidas por Israel quando a promessa desse Novo Concerto havia sido primeiro estendida ao povo escolhido.
E os leitores cristãos-hebreus da epístola que leva o seu nome compreenderiam muito bem a que “minhas leis” o autor se referia. Mas, se essas “minhas leis” são as mesmas de Jeremias 31:31-33, então as cerimônias que vigoravam ao tempo do profeta também deveriam entrar, alegam alguns. Ocorre que é exatamente nos capítulos 7-10 que o autor de Hebreus explica o sentido das cerimônias e o porquê de terem findado. Como os leitores originais da epístola, os judeus-cristãos, já sabiam que o véu do Templo estava rasgado de alto a baixo, e como liam no capítulo 4:9 que “resta um repouso sabático para o povo de Deus”, eles não teriam dúvidas de que o mandamento do sábado não tinha por que estar excluído das “minhas leis” que Deus promete escrever nas mentes e corações dos filhos de Deus, segundo “superiores promessas”. E essas promessas representam a atuação do Espírito Santo, cuja posse leva o justo que vive pela fé a vivenciar a “a justiça da lei” (Romanos 8:3, 4).
Afinal, Paulo pergunta: “Anulamos, pois, a lei pela fé?” E ele mesmo responde: “Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei” (Rom. 3:31). Esta passagem final coloca as coisas dentro da devida perspectiva e representa um golpe mortal sobre as loucuras das interpretações antinomistas.
SÉCULO I
“Quase todas as igrejas no mundo celebram os sagrados mistérios [da Ceia do Senhor] no sábado de cada semana.” Socrates Scholasticus, Eccl. History
“Então a semente espiritual de Abraão [os cristãos] fugiram para Pela, do outro lado do rio Jordão, onde encontraram um lugar de refúgio seguro, e assim puderam servir a seu Mestre e guardar o Seu sábado.” Eusebius’s Ecclesiastical History
Filo, filósofo e historiador, afirma que o sábado correspondia ao sétimo dia da semana.
SÉCULO II
“Os cristãos primitivos tinham grande veneração pelo sábado, e dedicavam o dia para devoção e sermões. ... Eles receberam essa prática dos apóstolos, conforme vários escritos para esse fim.” D. T. H. Morer (Church of England), Dialogues on the Lord’s Day, Londres, 1701
SÉCULOS II, III, IV
“Desde o tempo dos apóstolos até o Concílio de Laodicéia [364 d.C.), a sagrada observância do sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovado por muitos autores, não obstante o voto contrário do concílio.” John Ley, Sunday A Sabbath, Londres, 1640
SÉCULO III
“Pelo ano 225 d.C., havia várias dioceses ou associações da Igreja Oriental, que guardavam o sábado, desde a Palestina até a Índia.” Mingana Early Spread of Christianity
SÉCULO IV
“Na igreja de Milão (Itália), o sábado era tido em alta consideração. Não que as igrejas do Oriente ou qualquer outra das restantes que observavam esse dia, fossem inclinadas ao judaísmo, mas elas se reuniam no sábado para adorar a Jesus, o Senhor do sábado.” Dr. Peter Heylyn, History of the Sabbath, Londres, 1636
“Por mais de 17 séculos a Igreja da Abissínia continuou a santificar o sábado como o dia sagrado do quarto mandamento.” Ambrósio de Morbius
“Ambrósio, famoso bispo de Milão, disse que quando ele estava em Milão, guardou o sábado, mas quando passou a morar em Roma, observou o domingo. Isso deu origem ao provérbio: ‘Quando você está em Roma, faça como Roma faz.’” Heylyn, History of the Sabbath
Pérsia 335-375 d.C. Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol.
“Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol. Zoroastro, o venerado fundador de nossas crenças divinas, não instituiu o domingo mil anos antes em honra ao Sol cancelando o sábado do Antigo Testamento? Os cristãos, contudo, realizam suas cerimônias religiosas no sábado.” O’Leary, The Syriac Church and Fathers
SÉCULO V
“Agostinho [cujo testemunho é mais incisivo pelo fato de ter sido um devotado observador do domingo] mostra... que o sábado era observado em seus dias ‘na maior parte do mundo cristão’.” Nicene and Post-Nicene Fathers, série 1, vol. 1, págs. 353 e 354
“No quinto século a observância do sábado judaico persistia na igreja cristã.” Lyman Coleman, Ancient Christianity Exemplified, pág. 526
SÉCULO VI
“Neste último exemplo, eles [a Igreja da Escócia] parecem ter seguido o costume do qual encontramos vestígios na primitiva igreja monástica da Irlanda, ou seja, afirmavam que o sábado era o sétimo dia no qual descansavam de todas as atividades.” W. T. Skene, Adamnan’s Life of St. Columba, 1874, pág. 96
Sobre Columba de Iona: “Tendo trabalhado na Escócia por trinta e quatro anos, ele predisse clara e abertamente sua morte, e no dia 9 de junho, um sábado, disse a seu discípulo Diermit: ‘Este é o dia chamado sábado, isto é, o dia de descanso, e como tal será para mim, pois ele colocará um fim aos meus labores’.” Butler’s Lives of the Saints, artigo sobre “St. Columba”
SÉCULO VII
“Parece que, nas igrejas célticas primitivas, era costume, tanto na Irlanda quanto na Escócia, guardar o sábado... como um dia de descanso. Eles obedeciam literalmente ao quarto mandamento no sétimo dia da semana.” Jas. C. Moffatt, The Church in Scotland
Disse Gregório I, Papa de Roma (590-604): “Cidadãos romanos: Chegou a meu conhecimento que certos homens de espírito perverso têm disseminado entre vós coisas depravadas e contrárias à fé cristã, proibindo que nada seja feito no dia de sábado. Como eu deveria chamá-los senão de pregadores do anticristo?”
SÉCULO VIII
Índia, China, Pérsia, etc. “Abrangente e persistente foi a observância do sábado entre os crentes da Igreja Oriental e dos Cristãos de São Tomás da Índia, que jamais estiveram ligados a Roma. O mesmo costume foi mantido entre as congregações que se separaram de Roma após o Concílio de Calcedônia, como por exemplo, os abissínios, jacobitas, marionitas e armênios.” New Achaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, artigo intitulado “Nestorians”
SÉCULO IX
“O papa Nicolau I, no nono século, enviou ao príncipe governante da Bulgária um extenso documento dizendo que se devia cessar o trabalho no domingo, mas não no sábado. O líder da Igreja Grega, ofendido pela interferência do papado, declarou o papa excomungado.” B. G. Wilkinson, Ph.D., The Truth Triumphant, pág. 232
SÉCULO X
“Os seguidores de Nestor não comem porco e guardam o sábado. Não crêem em confissão auricular nem no purgatório.” New Schaff-Herzog Encyclopedia, artigo “Nestorians”
SÉCULO XI
“Margaret da Escócia, em 1060, tentou arruinar os descendentes espirituais de Columba, opondo-se aos que observavam o sábado do sétimo dia em vez de o domingo.” Relatado por T. R. Barnett, Margaret of Scotland, Queen and Saint, pág. 97
SÉCULO XII
“Há vestígios de observadores do sábado no século doze, na Lombárdia.” Strong’s Encyclopedia
Sobre os valdenses, em 1120: “A observância do sábado... é uma fonte de alegria.” Blair, History of the Waldenses, vol.1, pág. 220
França: “Por vinte anos Pedro de Bruys agitou o sul da França. Ele enfatizava especialmente um dia de adoração reconhecido na época entre as igrejas celtas das ilhas britânicas, entre os seguidores de Paulo, e na Igreja Oriental, isto é, o sábado do quarto mandamento.” Coltheart, pág. 18
SÉCULO XIII
“Contra os observadores do sábado, Concílio de Toulouse, 1229: Canon 3: Os senhores dos diversos distritos devem procurar diligentemente as vilas, casas e matas, para destruir os lugares que servem de refúgio. Canon 4: Aos leigos não é permitido adquirir os livros tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos.” Hefele
SÉCULO XIV
“Em 1310, duzentos anos antes das teses de Lutero, os irmãos boêmios constituíam um quarto da população da Boêmia, e estavam em contato com os valdenses, que havia em grande número na Áustria, Lombárdia, Boêmia, norte da Alemanha, Turíngia, Brandenburgo e Morávia. Erasmo enfatizava que os valdenses da Boêmia guardavam o sétimo dia (sábado) de uma maneira estrita.” Robert Cox, The Literature of the Sabbath Question, vol. 2, págs. 201 e 202
SÉCULO XV
“Erasmo dá testemunho de que por volta do ano 1500 os boêmios não apenas guardavam estritamente o sábado, mas eram também chamados de sabatistas.” R. Cox, op. cit.
Concílio Católico realizado em Bergen, Noruega, em 1435: “Estamos cientes de que algumas pessoas em diferentes partes de nosso reino adotam e observam o sábado. A todos é terminantemente proibido – no cânon da santa igreja – observar dias santos, exceto os que o papa, arcebispos e bispos ordenam. A observância do sábado não deve ser permitida, sob nenhuma circunstância, de agora em diante, além do que o cânon da igreja ordena. Assim, aconselhamos a todos os amigos de Deus na Noruega que desejam ser obedientes à santa igreja, a deixar de lado a observância do sábado; e os demais proibimos sob pena de severo castigo da igreja por guardarem o sábado como dia santo.” Dip. Norveg., 7, 397
SÉCULO XVI
Noruega, 1544: “Alguns de vocês, em oposição à advertência, guardam o sábado. Vocês devem ser severamente punidos. Quem for visto guardando o sábado, pagará uma multa de dez marcos.” Krag e Stephanius, History of King Christian III
Liechtenstein: “Os sabatistas ensinam que o dia de repouso, o sábado, ainda deve ser guardado. Dizem que o domingo [como dia semanal de descanso] é uma invenção do papa.” Wolfgang Capito, Refutation of the Sabbath, c. de 1590
Índia: “Francisco Xavier, famoso jesuíta, chamado para a inquisição que foi preparada em Goa, Índia, em 1560, para verificar ‘a maldade judaica, a observância do sábado’.” Adeney, The Greek and Eastern Churches, págs. 527 e 528
Abissínia: “Não é pela imitação dos judeus, mas em obediência a Cristo e Seus apóstolos, que observamos este dia [o sábado].” De um legado abissínio na corte de Lisboa, 1534, citado na História da Igreja da Etiópia, de Geddes, págs. 87 e 88
SÉCULO XVII
“Cerca de 100 igrejas guardadoras do sábado, a maioria independentes, prosperaram na Inglaterra nos séculos dezessete e dezoito.” Dr. Brian W. Ball, The Seventh-Day Men, Sabbatarians and Sabbatarianism in England and Wales, 1600-1800, Clarendon Press, Oxford University, 1994
SÉCULO XVIII
Alemanha: “Tennhardt de Nuremberg adere estritamente à doutrina do sábado, por ser um dos dez mandamentos.” J. A. Bengel, Leben und Wirken, pág. 579
“Antes que Zinzendorf e os morávios de Belém [Pensilvânia] iniciassem a observância do sábado e prosperassem, havia um pequeno grupo de alemães observadores do sábado na Pensilvânia.” Rupp, History of the Religious Denominations in the United States
“Os abissínios e muitos do continente europeu, especialmente na Romênia, Boêmia, Morávia, Holanda e Alemanha, continuaram a guardar o sábado. Onde quer que a igreja de Roma predominasse, esses sabatistas eram penalizados com o confisco de suas propriedades, multas, encarceramento e execução.” Coltheart, pág. 26
SÉCULO XIX
China: “Os taiping, quando interrogados sobre a observância do sábado, responderam que, em primeiro lugar, porque a Bíblia o ensina, e, em segundo, porque seus ancestrais o guardavam como dia de culto.” A Critical History of Sabbath and Sunday
SÉCULO XX
[Nota do editor: Há milhões de observadores do sábado no mundo, espalhados por mais de 25 denominações e centenas de congregações independentes, observadoras do sábado.]
[url=mailto://eder.iasd2006@hotmail.com]eder.iasd2006@hotmail.com[/url]
“Quase todas as igrejas no mundo celebram os sagrados mistérios [da Ceia do Senhor] no sábado de cada semana.” Socrates Scholasticus, Eccl. History
“Então a semente espiritual de Abraão [os cristãos] fugiram para Pela, do outro lado do rio Jordão, onde encontraram um lugar de refúgio seguro, e assim puderam servir a seu Mestre e guardar o Seu sábado.” Eusebius’s Ecclesiastical History
Filo, filósofo e historiador, afirma que o sábado correspondia ao sétimo dia da semana.
SÉCULO II
“Os cristãos primitivos tinham grande veneração pelo sábado, e dedicavam o dia para devoção e sermões. ... Eles receberam essa prática dos apóstolos, conforme vários escritos para esse fim.” D. T. H. Morer (Church of England), Dialogues on the Lord’s Day, Londres, 1701
SÉCULOS II, III, IV
“Desde o tempo dos apóstolos até o Concílio de Laodicéia [364 d.C.), a sagrada observância do sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovado por muitos autores, não obstante o voto contrário do concílio.” John Ley, Sunday A Sabbath, Londres, 1640
SÉCULO III
“Pelo ano 225 d.C., havia várias dioceses ou associações da Igreja Oriental, que guardavam o sábado, desde a Palestina até a Índia.” Mingana Early Spread of Christianity
SÉCULO IV
“Na igreja de Milão (Itália), o sábado era tido em alta consideração. Não que as igrejas do Oriente ou qualquer outra das restantes que observavam esse dia, fossem inclinadas ao judaísmo, mas elas se reuniam no sábado para adorar a Jesus, o Senhor do sábado.” Dr. Peter Heylyn, History of the Sabbath, Londres, 1636
“Por mais de 17 séculos a Igreja da Abissínia continuou a santificar o sábado como o dia sagrado do quarto mandamento.” Ambrósio de Morbius
“Ambrósio, famoso bispo de Milão, disse que quando ele estava em Milão, guardou o sábado, mas quando passou a morar em Roma, observou o domingo. Isso deu origem ao provérbio: ‘Quando você está em Roma, faça como Roma faz.’” Heylyn, History of the Sabbath
Pérsia 335-375 d.C. Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol.
“Eles [os cristãos] desprezam nosso deus do Sol. Zoroastro, o venerado fundador de nossas crenças divinas, não instituiu o domingo mil anos antes em honra ao Sol cancelando o sábado do Antigo Testamento? Os cristãos, contudo, realizam suas cerimônias religiosas no sábado.” O’Leary, The Syriac Church and Fathers
SÉCULO V
“Agostinho [cujo testemunho é mais incisivo pelo fato de ter sido um devotado observador do domingo] mostra... que o sábado era observado em seus dias ‘na maior parte do mundo cristão’.” Nicene and Post-Nicene Fathers, série 1, vol. 1, págs. 353 e 354
“No quinto século a observância do sábado judaico persistia na igreja cristã.” Lyman Coleman, Ancient Christianity Exemplified, pág. 526
SÉCULO VI
“Neste último exemplo, eles [a Igreja da Escócia] parecem ter seguido o costume do qual encontramos vestígios na primitiva igreja monástica da Irlanda, ou seja, afirmavam que o sábado era o sétimo dia no qual descansavam de todas as atividades.” W. T. Skene, Adamnan’s Life of St. Columba, 1874, pág. 96
Sobre Columba de Iona: “Tendo trabalhado na Escócia por trinta e quatro anos, ele predisse clara e abertamente sua morte, e no dia 9 de junho, um sábado, disse a seu discípulo Diermit: ‘Este é o dia chamado sábado, isto é, o dia de descanso, e como tal será para mim, pois ele colocará um fim aos meus labores’.” Butler’s Lives of the Saints, artigo sobre “St. Columba”
SÉCULO VII
“Parece que, nas igrejas célticas primitivas, era costume, tanto na Irlanda quanto na Escócia, guardar o sábado... como um dia de descanso. Eles obedeciam literalmente ao quarto mandamento no sétimo dia da semana.” Jas. C. Moffatt, The Church in Scotland
Disse Gregório I, Papa de Roma (590-604): “Cidadãos romanos: Chegou a meu conhecimento que certos homens de espírito perverso têm disseminado entre vós coisas depravadas e contrárias à fé cristã, proibindo que nada seja feito no dia de sábado. Como eu deveria chamá-los senão de pregadores do anticristo?”
SÉCULO VIII
Índia, China, Pérsia, etc. “Abrangente e persistente foi a observância do sábado entre os crentes da Igreja Oriental e dos Cristãos de São Tomás da Índia, que jamais estiveram ligados a Roma. O mesmo costume foi mantido entre as congregações que se separaram de Roma após o Concílio de Calcedônia, como por exemplo, os abissínios, jacobitas, marionitas e armênios.” New Achaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, artigo intitulado “Nestorians”
SÉCULO IX
“O papa Nicolau I, no nono século, enviou ao príncipe governante da Bulgária um extenso documento dizendo que se devia cessar o trabalho no domingo, mas não no sábado. O líder da Igreja Grega, ofendido pela interferência do papado, declarou o papa excomungado.” B. G. Wilkinson, Ph.D., The Truth Triumphant, pág. 232
SÉCULO X
“Os seguidores de Nestor não comem porco e guardam o sábado. Não crêem em confissão auricular nem no purgatório.” New Schaff-Herzog Encyclopedia, artigo “Nestorians”
SÉCULO XI
“Margaret da Escócia, em 1060, tentou arruinar os descendentes espirituais de Columba, opondo-se aos que observavam o sábado do sétimo dia em vez de o domingo.” Relatado por T. R. Barnett, Margaret of Scotland, Queen and Saint, pág. 97
SÉCULO XII
“Há vestígios de observadores do sábado no século doze, na Lombárdia.” Strong’s Encyclopedia
Sobre os valdenses, em 1120: “A observância do sábado... é uma fonte de alegria.” Blair, History of the Waldenses, vol.1, pág. 220
França: “Por vinte anos Pedro de Bruys agitou o sul da França. Ele enfatizava especialmente um dia de adoração reconhecido na época entre as igrejas celtas das ilhas britânicas, entre os seguidores de Paulo, e na Igreja Oriental, isto é, o sábado do quarto mandamento.” Coltheart, pág. 18
SÉCULO XIII
“Contra os observadores do sábado, Concílio de Toulouse, 1229: Canon 3: Os senhores dos diversos distritos devem procurar diligentemente as vilas, casas e matas, para destruir os lugares que servem de refúgio. Canon 4: Aos leigos não é permitido adquirir os livros tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos.” Hefele
SÉCULO XIV
“Em 1310, duzentos anos antes das teses de Lutero, os irmãos boêmios constituíam um quarto da população da Boêmia, e estavam em contato com os valdenses, que havia em grande número na Áustria, Lombárdia, Boêmia, norte da Alemanha, Turíngia, Brandenburgo e Morávia. Erasmo enfatizava que os valdenses da Boêmia guardavam o sétimo dia (sábado) de uma maneira estrita.” Robert Cox, The Literature of the Sabbath Question, vol. 2, págs. 201 e 202
SÉCULO XV
“Erasmo dá testemunho de que por volta do ano 1500 os boêmios não apenas guardavam estritamente o sábado, mas eram também chamados de sabatistas.” R. Cox, op. cit.
Concílio Católico realizado em Bergen, Noruega, em 1435: “Estamos cientes de que algumas pessoas em diferentes partes de nosso reino adotam e observam o sábado. A todos é terminantemente proibido – no cânon da santa igreja – observar dias santos, exceto os que o papa, arcebispos e bispos ordenam. A observância do sábado não deve ser permitida, sob nenhuma circunstância, de agora em diante, além do que o cânon da igreja ordena. Assim, aconselhamos a todos os amigos de Deus na Noruega que desejam ser obedientes à santa igreja, a deixar de lado a observância do sábado; e os demais proibimos sob pena de severo castigo da igreja por guardarem o sábado como dia santo.” Dip. Norveg., 7, 397
SÉCULO XVI
Noruega, 1544: “Alguns de vocês, em oposição à advertência, guardam o sábado. Vocês devem ser severamente punidos. Quem for visto guardando o sábado, pagará uma multa de dez marcos.” Krag e Stephanius, History of King Christian III
Liechtenstein: “Os sabatistas ensinam que o dia de repouso, o sábado, ainda deve ser guardado. Dizem que o domingo [como dia semanal de descanso] é uma invenção do papa.” Wolfgang Capito, Refutation of the Sabbath, c. de 1590
Índia: “Francisco Xavier, famoso jesuíta, chamado para a inquisição que foi preparada em Goa, Índia, em 1560, para verificar ‘a maldade judaica, a observância do sábado’.” Adeney, The Greek and Eastern Churches, págs. 527 e 528
Abissínia: “Não é pela imitação dos judeus, mas em obediência a Cristo e Seus apóstolos, que observamos este dia [o sábado].” De um legado abissínio na corte de Lisboa, 1534, citado na História da Igreja da Etiópia, de Geddes, págs. 87 e 88
SÉCULO XVII
“Cerca de 100 igrejas guardadoras do sábado, a maioria independentes, prosperaram na Inglaterra nos séculos dezessete e dezoito.” Dr. Brian W. Ball, The Seventh-Day Men, Sabbatarians and Sabbatarianism in England and Wales, 1600-1800, Clarendon Press, Oxford University, 1994
SÉCULO XVIII
Alemanha: “Tennhardt de Nuremberg adere estritamente à doutrina do sábado, por ser um dos dez mandamentos.” J. A. Bengel, Leben und Wirken, pág. 579
“Antes que Zinzendorf e os morávios de Belém [Pensilvânia] iniciassem a observância do sábado e prosperassem, havia um pequeno grupo de alemães observadores do sábado na Pensilvânia.” Rupp, History of the Religious Denominations in the United States
“Os abissínios e muitos do continente europeu, especialmente na Romênia, Boêmia, Morávia, Holanda e Alemanha, continuaram a guardar o sábado. Onde quer que a igreja de Roma predominasse, esses sabatistas eram penalizados com o confisco de suas propriedades, multas, encarceramento e execução.” Coltheart, pág. 26
SÉCULO XIX
China: “Os taiping, quando interrogados sobre a observância do sábado, responderam que, em primeiro lugar, porque a Bíblia o ensina, e, em segundo, porque seus ancestrais o guardavam como dia de culto.” A Critical History of Sabbath and Sunday
SÉCULO XX
[Nota do editor: Há milhões de observadores do sábado no mundo, espalhados por mais de 25 denominações e centenas de congregações independentes, observadoras do sábado.]
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UM INTERESSE SEM PRECEDENTES PELO SÁBADO
Expõe o Dr. Samuele Bacchiocchi:
Um número crescente de cristãos das mais diferentes tradições confessionais tem expressado um interesse sem precedentes pelo sábado. Líderes eclesiásticos, organizações religiosas e pessoas de todos as áreas de atividade estão redescobrindo a validade e valor do sábado para a sua existência. O recém-lançado Catálogo de 400 Igrejas e Grupos Sabatarianos na América, a maioria dos quais veio à existência nos últimos trinta anos, o comprova.
Surpreendentemente, mesmo dentro de denominações tradicionais (batista, metodista, menonita, e pentecostal), há igrejas que estão transferindo seus cultos do domingo para o sábado. Um breve relatório dessas ocorrências consta de meu livro The Sabbath Under Crossfire [O sábado sob fogo cruzado]. O capítulo tem por título "Redescobrindo o Sábado". Para efeito de brevidade mencionarei somente alguns episódios, especialmente o de uma igreja batista do sul que conheço pessoalmente.
Em 11-12 de fevereiro de 1999, fui convidado a apresentar meu Seminário de Enriquecimento do Sábado na Universidade La Sierra, em Riverside, Califórnia. Na sexta-feira à noite, ao final de meu testemunho, o pastor da Universidade, Dan Smith, alertou-me que o Pr. Allan Stanfield, da Primeira Igreja Batista de Lucerne Valley, estava assentado no último banco com alguns dos membros de sua igreja.
Conversamos com o Pr. Stanfield por meia hora e eu lhe dei de presente um exemplar do mencionado livro. O Pr. Stanfield retornou no sábado pela manhã e à tarde. Ao terminar o programa, no sábado à noite, ele me disse que estava ansioso por redescobrir o sábado para si próprio e sua congregação.
Uma semana depois ele encomendou uma caixa de The Sabbath Under Crossfire, que entregou às famílias de liderança de sua congregação. Durante as seis semanas seguintes os membros de sua igreja reuniram-se às quartas-feiras à noite para estudar o sábado, empregando o livro como guia de estudo.
Então na noite de quarta-feira, 21 de abril de 1999, a igreja reuniu-se para tratar do assunto e votou-se quase unanimemente transferir os seus serviços religiosos do domingo para o sábado. No sábado seguinte, 24 de abril, a igreja reuniu-se pela primeira vez no sábado do sétimo dia. Desde então, outras igrejas batistas do sul seguiram o mesmo exemplo. Um fato notável é que puderam permanecer como membros da Convenção Batista do Sul.
REDESCOBERTA DO SÁBADO POR UMA IGREJA DO EXÉRCITO DE SALVAÇÃO
Relata mais o Dr. Samuele Bacchiocchi:
Toda semana recebo relatórios encorajadores sobre pastores e igrejas que estão redescobrindo o sábado. Na semana passada recebi um relatório de uma igreja do Exército de Salvação em Grant Pass, Oregon, EUA, que agora se reúne aos sábados. O relatório me foi enviado por Mark Kellner, um editorialista de vários jornais, inclusive o Los Angeles Times e Washington Post. Kellner uniu-se à Igreja Adventista alguns anos atrás após assistir a uma cruzada evangelística conduzida pelo Pastor John Carter em Los Angeles. Eu o conheci pessoalmente durante um seminário de fim de semana em Los Angeles. Trata-se de uma pessoa muito simpática que ofereceu-me transporte durante minha estada ali. Ele serviu por 19 anos como oficial do Exército de Salvação antes de unir-se à Igreja Adventista.
Keller relata que "o Exército de Salvação em Grants Pass, Oregon, está atualmente realizando seu principal programa de adoração aos sábados. . . . Essa iniciativa foi aprovada pelo comandante divisional, Major Paul Seiler."
O Capt. Roger Davis, líder da congregação do Exército de Salvação em Grant Pass, informou-me numa conversa telefônica que foi levado a aceitar o sábado por ler meus quatro livros sobre o sábado. Sua intenção original era desafiar a validade do sábado, mas quanto mais lia meus livros, mais se convencia da validade e valor do sábado para nossa vida cristã hoje. Ele levou meus livros sobre o sábado com ele numa viagem à Escócia onde encontrou muitos cristãos falando do domingo como o sábado cristão. A leitura o convenceu de que o domingo não é o dia de repouso. Os dois dias diferem em origem, significado e autoridade.
O Capt.Roger Davis decidiu aceitar o sábado e compartilhar sua recém-descoberta convicção com suas congregações. Alguns de seus membros reagiram negativamente e denunciaram a seu comandante divisional, Major Paul Seiler, que ele estava ensinando heresias sectárias. Finalmente o Major Seiler conversou com o Capt. Davis e sua congregação, e aceitou a decisão deles de observarem o sábado.
Durante a conversação telefônica senti que o Capt. Davis é um sincero e cálido cristão, ansioso por viver os princípios que Deus revelou. Ele me disse que adoraria assistir a um de meus Seminários Sobre o Sábado, caso eu alguma ocasião viesse para a região de Grant Pass. Planejo explorar a possibilidade de apresentar um Seminário Sobre o Sábado em nossa Igreja Adventista de Grant Pass em algum fim de semana de 2002. O Capt. Davis está ansioso por convidar sua congregação para participar de um tal seminário.
Gostaria de agradecer a Mark Kellner por informar-me sobre o Capt. Davis e sua congregação do Exército de Salvação que recentemente aceitou o sábado. Permitam-me encerrar este relatório com estas inspiradoras palavras do próprio Kellner: "Creio ser este um tremendo primeiro passo para o Exército de Salvação, e como alguém que passou 19 anos como membro de igreja ali oro para que mais unidades do Exército de Salvação sigam tal exemplo. Nestas alturas, não posso deixar de pensar no que a pena da inspiração declarou a respeito do Exército de Salvação, em palavras que podem agora verdadeiramente ser vistas como proféticas:
"Há almas preciosas e altruístas no Exército de Salvação. Devemos tratá-los bondosamente. Há no Exército de Salvação almas honestas que estão sinceramente servindo ao Senhor, e que verão maior luz, progredindo para a aceitação da verdade integral. Os obreiros do Exército de Salvação estão tentando salvar os esquecidos e excluídos. Não os desanimeis. Que realizem eles o tipo de trabalho por seus próprios métodos e à sua própria maneira". -- Ellen G. White, Welfare Ministry (Beneficência Social), página 251.
Como o Pastor Tony Lang e Sua Igreja Aceitaram o Sábado
O Pastor Tony Lang foi criado no catolicismo e freqüentava a Igreja Católica até idade de 12 anos. Com 17 anos foi batizado numa Igreja evangélica. Pelos últimos 20 anos ele defendia o domingo como o dia bíblico de repouso e adoração.
Cerca de quatro meses atrás, ele estava compulsando alguns livros num sebo e encontrou o livro do Dr. Samuele Bacchiocchi, Do Sábado Para o Domingo. Julgando que fosse um livro que fortaleceria as suas convicções, ele o adquiriu por 25 centavos de dólares! Enquanto lia o livro ficou surpreso em descobrir que o Dr. Bacchiocchi de fato estava defendendo que o sábado do sétimo dia era o dia correto de observância bíblico. Ao prosseguir a leitura, tornou-se cada vez mais convencido de que o Dr. Bacchiocchi estava correto. O sábado é o dia em que devemos cultuar especialmente a Deus e ele estava errado por todos aqueles anos.
Ao aumentar a sua convicção, convenceu-se de que devia apresentar o sábado a sua congregação. Ele decidiu apresentá-lo numa série de quatro sermões, durante quatro domingos consecutivos. Após o primeiro domingo ele distribuiu um questionário a cada membro perguntando o que achava do sermão, e indagando se gostaria que ele prosseguisse com a série sobre o mesmo tópico.
Reconhecendo que o tema tinha potencial de ser muito polêmico para sua congregação ele havia pedido um prova da parte de Deus para averiguar se estava seguindo na direção correta, e a prova era que 80% da congregação respondesse positivamente a sua pesquisa. Ao contar as respostas após o primeiro domingo, Deus respondeu-lhe as orações—80% da congregação indicou que gostariam que ele prosseguisse.
O ancião da Igreja Adventista de Quincy e sua esposa assistiram àquele primeiro sermão como forma de apoio ao Pr. Tony. Eles disseram que foi o melhor sermão sobre o sábado que já tinham ouvido, mesmo sendo ambos filhos de pastores adventistas!
O Pr. Tony pregou durante as próximas duas semanas, num total de três domingos consecutivos sobre o tópico. Apos seu sermão no terceiro domingo ele anunciou à Igreja que, a começar na sexta-feira, 3 de dezembro, e daí em diante, as portas da igreja abririam às sexta-feiras à noite e sábados pela manhã, mas estariam fechadas aos domingos.
A Igreja Comunitária de Quincy começou oficialmente a observar o sábado na noite de sexta-feira, 3 de dezembro, e prosseguiu observando o sábado no dia 4 de dezembro.
Uma dificuldade para o Pr. Lang é que seu cunhado era um dos anciãos e, infelizmente, até o presente, não quis compartilhar das suas convicções. Em resultado, renunciou a sua posição de ancião da Igreja. Contudo, seu cunhado continua a freqüentar a Igreja e o Pastor Lang está orando para que, com o tempo, o seu parente também se convença das verdades que acatou.
O Pastor Lang colocou um anúncio no jornal de Quincy notificando o público de que de agora em diante a Igreja Comunitária de Quincy se reuniria aos sábados, antes que aos domingos. A secretária eletrônica que responde chamadas na Igreja também indica isso.
O Pastor Lang tem recebido cartões de alguns pastores dizendo-lhe que estão orando em seu favor, e ele tem realmente apreciado essas mensagens encorajadoras. Ele continua mantendo contato com o Dr. Samuele Bacchiocchi e agora já está de posse da maior parte dos livros do autor adventista.
Mais Pastores Aceitam o Sábado
Diz mais o Pr. Bacchiocchi:
Uma das recompensas do meu ministério, é a interação com pastores que estão aceitando o sábado através das página impressa. Dificilmente uma semana passa sem eu receber telefonemas ou e-mails de ministros que têm aceito o sábado.
Semana passada, por exemplo, eu recebi um telefonema de um ministro batista, Ronald E. Davis, de Whitley City, no Kentucky. Ele compartilhou comigo sua experiência incomum.
Ao navegar na rede (web) ele encontrou um artigo meu sobre "vida no mundo por vir". Google, o mais poderoso instrumento de pesquisa na rede, tem cerca de 3000 links para minha persquisa, listando não somente todos os meus livros, mas também todos os meus artigos.
Ao ler o artigo, o Pastor Davis encontrou o endereço no meu site, que ele tem visitado muitas vezes. Eu coloquei cerca de 3000 páginas de pesquisa no meu site: [url=http://www.biblicalperspectives.com]www.biblicalperspectives.com[/url]
Ele leu muitos capítulos de meus 4 livros sobre o sábado. Finalmente o Pastor Davis baixou e imprimiu estes capítulos e compartilhou-os com sua congregação.
Depois de estudar o sábado por muitos meses com sua congregação, a maioria dos membros da sua igreja votou mudar os seus cultos do domingo para o sábado.
O Pr Davis me chamou por 2 razões:
1º - Ele estava ansioso por encomendar todos os meus 17 livros e gravações, que eu enviei a ele imediatamente.
2º - Ele queria me convidar para ajudá-lo na congregação para entender e experimentar o sábado mais completamente.
Eu prometi visitar a igreja dele mais tarde este ano porque até agosto todos os finais de semana já estavam preenchidos.
Durante os próximos poucos meses eu irei compartilhar meu ministério com pastores e membros de diferentes denominações em muitos países. Em 25, 26 e 27 de março, eu irei falar em Bermuda para uma congregação metodista local e crentes no advento. Então, de 15 a 18 de abril, o pastor metodista Noel Goh, de Cingapura, que recentemente visitou a Universidade de Andrews por 3 semanas, está arranjando um encontro em Cingapura com seus amigos ministros.
Poucos dias mais tarde, em 22 de abril, um encontro foi planejado para o clero local através do Dr Dicky Ng, de nosso Hospital Adventista de Penang, na Malásia. O encontro será realizado no Hotel Jóia da Coroa, em Tanjung Bungah, em Penang, Malásia.
Obrigado por lembrarem de mim em suas orações. Que Deus possa me conceder a sabedoria e a graça de comunicar verdades essenciais do tempo do fim com claridade e convicção para líderes de igrejas de diferentes fés.
[Prossegue no próximo quadro]
[Continuação do Quadro anterior]
Nova Experiência de Mais Um Que Aderiu ao Sábado
Conta o Dr. Bacchiocchi em seu boletim End Time Issues Newsletter no. 127:
Esta manhã recebi um chamado telefônico de um pastor em Sarasota, Flórida (EUA) que me prendeu ao telefone por quase uma hora. Ele me chamou para encomendar uma quantidade de meus livros e fitas, mas no decurso da conversação ele compartilhou comigo a sua experiência. Seu pai é um ministro batista e ele próprio serviu primeiro como pastor batista, depois como pastor da Igreja de Cristo.
A leitura de dois de meus livros, Imortalidade ou Ressurreição? e O Sábado Sob Fogo Cruzado, levaram-no a aceitar o ponto de vista holístico bíblico da natureza humana e a validade do sábado. Ele renunciou a seu posto na Igreja de Cristo e começou sua própria igreja independente.
Ele estava ansioso por encomendar, não só meus livros, mas também minhas fitas para compartilhá-las com a sua congregação. Ele me fez um convite para falar a sua congregação. No momento a minha agenda está lotada, mas espero ministrar a esses crentes mais adiante neste ano. É uma experiência acalentadora ver como o Senhor pode usar a página impressa para conduzir cristãos sinceros a um entendimento de Suas verdades reveladas.
Nova Experiência de Outra Congregação Que Aceita o Sábado
Narra o Dr. Bacchiocchi:
Durante as últimas semanas tenho recebido várias mensagens de ministros de diferentes denominações que estão lendo meus livros sobre o sábado e revelam interessados em aprender mais a respeito do sábado. Apenas para ser breve, compartilharei uma experiência que tive em Las Vegas, UT, na Igreja Adventista de Paradise Valley em 26 de fevereiro último.
Após a reunião de sexta-feira à noite, o primeiro ancião me disse: “Desejo convidar um pastor de uma igreja há uns 300 metros rua abaixo. Eu lhe ofereci um de seus livros sobre o sábado”. O Pr. Wally Smith, da Congregação do Evangelho Quadrangular, assistiu à reunião do sábado pela manhã. Ele prometeu voltar no sábado à noite após oficiar um casamento.
Durante a sessão de perguntas e respostas, perguntei-lhe se desejava compartilhar sua experiência com a congregação. Ele se levantou e disse que aceitar o sábado foi-lhe muito custoso. Ele perdeu alguns membros e sua congregação está dividida em dois grupos--um adorando aos sábados e outro aos domingos. Daí ele me perguntou se eu poderia pregar em sua congregação no dia seguinte, domingo pela manhã. Eu declinei do convite porque tinha vôo marcado de volta para casa no domingo cedo. Mas prometi-lhe que passaria um fim de semana com a sua congregação na Primavera.
Após o pôr do sol ele adquiriu a coleção completa de meus livros e fitas. Lembremo-nos do Pr. Wally em nossas orações.
Em semanas recentes tenho recebido convites semelhantes de ministros de diferentes fés que estão redescobrindo o sábado. Estes são acontecimentos muito animadores.
Há 30 anos Charlie Crump pastoreia uma Igreja Batista independente, chamada North Cross Baptist Church, localizada perto de Morganton, no Estado de Carolina do Norte.
Alguns anos atrás ele se encontrou com um membro leigo da Igreja Adventista e confessou-lhe que achava que certos aspectos da religião organizada não batiam com os ensinos bíblicos. O adventista, chamado Harland England, ofereceu-lhe vários livros da IASD e o pastor Crump dedicou-se a lê-los. Ele já havia estudado sobre o sábado, e a leitura de tais livros o levaram a ter confirmadas questões que já haviam chamado particularmente a sua atenção.
Ele recebeu convite para assistir a uma série evangelística do evangelista adventista Doug Batchelor, através de uma cadeia de TV via-satélite no Templo Adventista da cidade, e ali esteve com a família.
Em 2003 o Pr. Crump informou sua congregação que passariam a ter cultos aos sábados e domingos. Daí, adotou as lições da Escola Sabatina para uso em sua igreja, bem como outras publicações adventistas. Vários membros passaram a assistir aos cultos nos sábados.
Mais tarde, o pastor adventista da Igreja de Morgaton, Tim Sheridan, foi convidado a realizar uma série evangelística na Igreja Batista do Pr. Crump. Panfletos e cartas promovendo as reniões foram distribuídos e muitos visitantes de fora participaram das reuniões. Em resultado, vários aceitaram a mensagem adventista e uniram-se à Igreja Adventista de Morganton, inclusive o Pr. Crump, sua esposa e uma neta, além de quatro membros de sua congregação.
Mas ele continua realizando dois cultos na congregação batista por ele fundada—um no sábado, e outro no domingo. – Relatado por Ron Quick, em artigo de Tidings, “Baptist Pastor Leads the Way”, de abril de 2005, pág. 10.
Bacchiocchi narra mais uma experiência de congregação evangélica que aceita o sábado
Enquanto em Cingapura, minha esposa me chamou para contar-me que recebeu uma chamada telefônica de um ministro não-adventista [interessado em adquirir certo equipamento que os Bacchiocchis negociam]. Ela me comunicou o número dele e o chamei pelo meu programa Skype. . . Conversamos por meia hora. No decurso da conversação ele me contou como a minha pesquisa o ajudou a levar sua congregação a observar o sábado. Pedi-lhe que nos desse por escrito a sua experiência sobre o sábado e ele o fez e me mandou por e-mail. . . . Isto se tem repetido muitas vezes nos últimos anos. É animador ver como o Senhor pode usar a página impressa para levar convicção aos corações dos sinceros.
Segunda-feira, 18 de abril de 2005
Caro Dr. Bacchiocchi,
O irmão me pediu para compartilhar-lhe como minha congregação alterou os cultos da Igreja do domingo para o sábado.
Bem, talvez um pequeno histórico sobre mim ajude. Obtive o meu grau de bacharel em Teologia, depois, enquanto seguia um programa de mestrado em Teologia, estabeleci uma congregação na Pennsylvania, chamada Gospel Fellowship [Comunidade Evangélica]. Começamos há cinco anos com 14 membros. Agora somos 314. Eu pastoreio a Igreja enquanto concluo o meu programa de Doutoramento em Ministério.
Enquanto realizava pesquisa para minha dissertação doutoral, comecei a questionar a observância do domingo. A razão é que minha dissertação é a respeito de culto durante o tempo de Cristo e os costumes de culto da igreja apostólica. Não podia achar quaisquer referências a cultos aos domingos na Bíblia! Assim, busquei no [mecanismo de pesquisa internético] Google digitando “Sábado mudado para o domingo”. Assim surgiu alistado o seu website “biblicalperspectives”.
Examinei os livros que tinha para oferecer e encomendei Do Sábado Para o Domingo. No dia em que o livro chegou, imediatamente me pus a lê-lo. Terminei o livro no dia seguinte! Assim, li-o novamente. Eu o li duas vezes em cinco dias. Após ler toda a sua erudita pesquisa, reconheci que não há como refutá-la. Eu tinha que aceitar o sábado como ainda o dia de observância biblico. Destarte, preparei um sermão de estudo em seis partes [sobre a questão].
O resultado? 314 dos 329 membros aceitaram o sábado bíblico. Agora temos um estudo bíblico e comunhão às sextas-feira à noite culto aos sábados às 11 horas da manhã, seguido por um almoço comunal. Ainda mantemos nossa reunião de estudo e oração às quartas-feiras.
Nossa mudança de cultos do domingo para o sábado criou certa agitação. Recebi mais de 125 chamadas telefônicas de pessoas querendo saber por que mudamos nosso dia de culto. Para responder a essas indagações decidi realizar um seminário às quintas-feiras à noite intitulado “Por que Agora Adoramos aos Sábados”.
Tivemos 265 visitantes que assistiram a uma de nossas reuniões informativas de quinta-feira. Dos 265 visitantes, 103 estão agora assistindo regularmente nossos cultos aos sábados. Isso elevou nossa audiência para mais de 400 pessoas cada semana. Para acomodar os novatos, decidimos manter cultos em duas sessões! Agora temos o primeiro culto de sábado às 9:15 da manhã e um segundo culto às 11 horas.
E uma nota adicional: Também encomendei o seu livro Imortalidade ou Ressurreição? O ponto de vista holístico do homem faz muito mais sentido do que a visão dualística do modelo platônico. Estudarei isso mais a fundo e então apresentarei essa verdade biblica num formato de estudos para futuras reuniões de estudos bíblicos às quartas-feiras à noite. Dr. Bacchiocchi, o irmão é um erudito bem profundo. Não deixa uma pedra sem revolver. Planejo encomendar todos os seus livros e conferi-los com a Bíblia.
É estranho como deixei de perceber certas verdades biblicas vitais, conquanto fosse instruído num seminário do maior renome. Sua formação educacional e os seus anos de investigação realmente resplandecem em brilhantismo.
Mui grato por seu livro Do Sábado Para o Domingo e que Deus prossiga abençoando o seu ministério.
Ron Christman, Pastor, Gospel Fellowship
[Conclui no próximo quadro]
Última edição por Ronaldo em Seg Jan 18, 2010 10:42 pm, editado 1 vez(es)
Nova Experiência de Mais Um Que Aderiu ao Sábado
Conta o Dr. Bacchiocchi em seu boletim End Time Issues Newsletter no. 127:
Esta manhã recebi um chamado telefônico de um pastor em Sarasota, Flórida (EUA) que me prendeu ao telefone por quase uma hora. Ele me chamou para encomendar uma quantidade de meus livros e fitas, mas no decurso da conversação ele compartilhou comigo a sua experiência. Seu pai é um ministro batista e ele próprio serviu primeiro como pastor batista, depois como pastor da Igreja de Cristo.
A leitura de dois de meus livros, Imortalidade ou Ressurreição? e O Sábado Sob Fogo Cruzado, levaram-no a aceitar o ponto de vista holístico bíblico da natureza humana e a validade do sábado. Ele renunciou a seu posto na Igreja de Cristo e começou sua própria igreja independente.
Ele estava ansioso por encomendar, não só meus livros, mas também minhas fitas para compartilhá-las com a sua congregação. Ele me fez um convite para falar a sua congregação. No momento a minha agenda está lotada, mas espero ministrar a esses crentes mais adiante neste ano. É uma experiência acalentadora ver como o Senhor pode usar a página impressa para conduzir cristãos sinceros a um entendimento de Suas verdades reveladas.
Nova Experiência de Outra Congregação Que Aceita o Sábado
Narra o Dr. Bacchiocchi:
Durante as últimas semanas tenho recebido várias mensagens de ministros de diferentes denominações que estão lendo meus livros sobre o sábado e revelam interessados em aprender mais a respeito do sábado. Apenas para ser breve, compartilharei uma experiência que tive em Las Vegas, UT, na Igreja Adventista de Paradise Valley em 26 de fevereiro último.
Após a reunião de sexta-feira à noite, o primeiro ancião me disse: “Desejo convidar um pastor de uma igreja há uns 300 metros rua abaixo. Eu lhe ofereci um de seus livros sobre o sábado”. O Pr. Wally Smith, da Congregação do Evangelho Quadrangular, assistiu à reunião do sábado pela manhã. Ele prometeu voltar no sábado à noite após oficiar um casamento.
Durante a sessão de perguntas e respostas, perguntei-lhe se desejava compartilhar sua experiência com a congregação. Ele se levantou e disse que aceitar o sábado foi-lhe muito custoso. Ele perdeu alguns membros e sua congregação está dividida em dois grupos--um adorando aos sábados e outro aos domingos. Daí ele me perguntou se eu poderia pregar em sua congregação no dia seguinte, domingo pela manhã. Eu declinei do convite porque tinha vôo marcado de volta para casa no domingo cedo. Mas prometi-lhe que passaria um fim de semana com a sua congregação na Primavera.
Após o pôr do sol ele adquiriu a coleção completa de meus livros e fitas. Lembremo-nos do Pr. Wally em nossas orações.
Em semanas recentes tenho recebido convites semelhantes de ministros de diferentes fés que estão redescobrindo o sábado. Estes são acontecimentos muito animadores.
Outro Pastor Evangélico Decide-se pelo Sábado (e não é experiência de Bacchiocchi)
Há 30 anos Charlie Crump pastoreia uma Igreja Batista independente, chamada North Cross Baptist Church, localizada perto de Morganton, no Estado de Carolina do Norte.
Alguns anos atrás ele se encontrou com um membro leigo da Igreja Adventista e confessou-lhe que achava que certos aspectos da religião organizada não batiam com os ensinos bíblicos. O adventista, chamado Harland England, ofereceu-lhe vários livros da IASD e o pastor Crump dedicou-se a lê-los. Ele já havia estudado sobre o sábado, e a leitura de tais livros o levaram a ter confirmadas questões que já haviam chamado particularmente a sua atenção.
Ele recebeu convite para assistir a uma série evangelística do evangelista adventista Doug Batchelor, através de uma cadeia de TV via-satélite no Templo Adventista da cidade, e ali esteve com a família.
Em 2003 o Pr. Crump informou sua congregação que passariam a ter cultos aos sábados e domingos. Daí, adotou as lições da Escola Sabatina para uso em sua igreja, bem como outras publicações adventistas. Vários membros passaram a assistir aos cultos nos sábados.
Mais tarde, o pastor adventista da Igreja de Morgaton, Tim Sheridan, foi convidado a realizar uma série evangelística na Igreja Batista do Pr. Crump. Panfletos e cartas promovendo as reniões foram distribuídos e muitos visitantes de fora participaram das reuniões. Em resultado, vários aceitaram a mensagem adventista e uniram-se à Igreja Adventista de Morganton, inclusive o Pr. Crump, sua esposa e uma neta, além de quatro membros de sua congregação.
Mas ele continua realizando dois cultos na congregação batista por ele fundada—um no sábado, e outro no domingo. – Relatado por Ron Quick, em artigo de Tidings, “Baptist Pastor Leads the Way”, de abril de 2005, pág. 10.
Bacchiocchi narra mais uma experiência de congregação evangélica que aceita o sábado
Enquanto em Cingapura, minha esposa me chamou para contar-me que recebeu uma chamada telefônica de um ministro não-adventista [interessado em adquirir certo equipamento que os Bacchiocchis negociam]. Ela me comunicou o número dele e o chamei pelo meu programa Skype. . . Conversamos por meia hora. No decurso da conversação ele me contou como a minha pesquisa o ajudou a levar sua congregação a observar o sábado. Pedi-lhe que nos desse por escrito a sua experiência sobre o sábado e ele o fez e me mandou por e-mail. . . . Isto se tem repetido muitas vezes nos últimos anos. É animador ver como o Senhor pode usar a página impressa para levar convicção aos corações dos sinceros.
Segunda-feira, 18 de abril de 2005
Caro Dr. Bacchiocchi,
O irmão me pediu para compartilhar-lhe como minha congregação alterou os cultos da Igreja do domingo para o sábado.
Bem, talvez um pequeno histórico sobre mim ajude. Obtive o meu grau de bacharel em Teologia, depois, enquanto seguia um programa de mestrado em Teologia, estabeleci uma congregação na Pennsylvania, chamada Gospel Fellowship [Comunidade Evangélica]. Começamos há cinco anos com 14 membros. Agora somos 314. Eu pastoreio a Igreja enquanto concluo o meu programa de Doutoramento em Ministério.
Enquanto realizava pesquisa para minha dissertação doutoral, comecei a questionar a observância do domingo. A razão é que minha dissertação é a respeito de culto durante o tempo de Cristo e os costumes de culto da igreja apostólica. Não podia achar quaisquer referências a cultos aos domingos na Bíblia! Assim, busquei no [mecanismo de pesquisa internético] Google digitando “Sábado mudado para o domingo”. Assim surgiu alistado o seu website “biblicalperspectives”.
Examinei os livros que tinha para oferecer e encomendei Do Sábado Para o Domingo. No dia em que o livro chegou, imediatamente me pus a lê-lo. Terminei o livro no dia seguinte! Assim, li-o novamente. Eu o li duas vezes em cinco dias. Após ler toda a sua erudita pesquisa, reconheci que não há como refutá-la. Eu tinha que aceitar o sábado como ainda o dia de observância biblico. Destarte, preparei um sermão de estudo em seis partes [sobre a questão].
O resultado? 314 dos 329 membros aceitaram o sábado bíblico. Agora temos um estudo bíblico e comunhão às sextas-feira à noite culto aos sábados às 11 horas da manhã, seguido por um almoço comunal. Ainda mantemos nossa reunião de estudo e oração às quartas-feiras.
Nossa mudança de cultos do domingo para o sábado criou certa agitação. Recebi mais de 125 chamadas telefônicas de pessoas querendo saber por que mudamos nosso dia de culto. Para responder a essas indagações decidi realizar um seminário às quintas-feiras à noite intitulado “Por que Agora Adoramos aos Sábados”.
Tivemos 265 visitantes que assistiram a uma de nossas reuniões informativas de quinta-feira. Dos 265 visitantes, 103 estão agora assistindo regularmente nossos cultos aos sábados. Isso elevou nossa audiência para mais de 400 pessoas cada semana. Para acomodar os novatos, decidimos manter cultos em duas sessões! Agora temos o primeiro culto de sábado às 9:15 da manhã e um segundo culto às 11 horas.
E uma nota adicional: Também encomendei o seu livro Imortalidade ou Ressurreição? O ponto de vista holístico do homem faz muito mais sentido do que a visão dualística do modelo platônico. Estudarei isso mais a fundo e então apresentarei essa verdade biblica num formato de estudos para futuras reuniões de estudos bíblicos às quartas-feiras à noite. Dr. Bacchiocchi, o irmão é um erudito bem profundo. Não deixa uma pedra sem revolver. Planejo encomendar todos os seus livros e conferi-los com a Bíblia.
É estranho como deixei de perceber certas verdades biblicas vitais, conquanto fosse instruído num seminário do maior renome. Sua formação educacional e os seus anos de investigação realmente resplandecem em brilhantismo.
Mui grato por seu livro Do Sábado Para o Domingo e que Deus prossiga abençoando o seu ministério.
Ron Christman, Pastor, Gospel Fellowship
[Conclui no próximo quadro]
Última edição por Ronaldo em Seg Jan 18, 2010 10:42 pm, editado 1 vez(es)
[Continuação do quadro anterior e conclusão da série]
Nova Experiência de Aceitação do Sábado Por Pastor Evangélico
Relato do Dr. Samuele Bacchiocchi em seu boletim ENDTIME ISSUES NEWSLETTER No. 137:
O Pastor Eddie Garrett II, Th. D., é filho de um ministro batista. Ele obteve um doutoramento em Teologia e tem servido como pastor batista por vários. Ele escreveu vários livros e artigos. Tenho diante de mim o seu livro Salvation, the Law and the People of God [Salvação, a lei e o povo de Deus], no qual ele argumenta de modo convincente pela continuidade entre judaísmo e cristianismo.
Numa carta privada, o Dr. Garett explica como a leitura de meu livro The Sabbath Under Crossfire [O sábado sob fogo cruzado] ajudou-o a aceitar o sábado. Esta foi-lhe uma decisão custosa. Ele deixou sua grande Igreja batista para iniciar uma comunidade de observadores do sábado em sua própria casa.
Em 21, 22 de outubro o Dr. Garrett e membros de sua comunidade se juntarão a nós em culto e comunhão na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Saratosa. No sábado à tarde, antes de minha conferência final sobre o sábado, o Dr. Garrett compartilhará brevemente o seu testemunho quanto à aceitação do sábado e como a observância do sábado tem causado impacto em sua vida e ministério.
Uma clara indicação do interesse sem precedentes para o redescobrimento do sábado pode ser visto também no súbito surgimento de livros e artigos promovendo o sábado do sétimo dia. Exemplo bem adequado é o livro Catch Your Breath: God's Invitation to Sabbath Rest [Respire fundo: O Convite Divino Para o Repouso do Sábado] (1997), de autoria de Don Postema que serve como capelão da Universidade do Michigan, em Ann Arbor, Mich.
Em sua busca espiritual por paz e descanso, Postema tentou vários recursos, inclusive meditação oriental. Um dia ele deu-se conta de que “os judeus e os cristãos têm uma prática que está tão próxima quanto nossa Bíblia, tão junto a nós quanto nossa tradição, tão disponível quanto os próximos dez minutos ou o fim de semana: o sábado”. O livro oferece diretrizes práticas e criativas para uma observância significativa do sábado. Sua meta não é argumentar quanto à validade do sábado, mas convidar as pessoas a praticá-lo.
Escreve Postema: “O benefício do sábado não está simplesmente no estudo dele, porém mais certamente na sua prática--em viver o sábado. Ler e pensar sobre o sábado é como ler brochuras de viagem e sonhar sobre grandes locais de veraneio, mas nunca poder tirar férias lá. É interessante. Você pode aprender bastante. Mas não pode ter a experiência, a menos que faça a viagem”.
O livro oferece sugestões práticas sobre como tornar a observância do sábado uma experiência de renovação espiritual, física e mental.
Um lugar inesperado para encontrar-se um artigo promovendo o sábado seria a edição de fim de semana do periódico USA Today [Estados Unidos Hoje] de (2-4 de abril de 1999). O artigo de duas páginas tem por título “Lembra-te do sábado?” e é adaptado do livro do Prof. Wayne Muller, The Sabbath: Remembering the Sacred Rhythm of Rest and Delight [O Sábado: Lembrando o Ritmo Sagrado de Descanso e Deleite].
Muller oferece 10 sugestões para tornar o sábado uma experiência deleitosa. Ele encerra com um apelo para uma renovada observância sabática nos Estados Unidos de hoje. “Respiremos fundo coletivamente, descansemos, oremos, meditemos, caminhemos, cantemos, comamos e tiremos tempo para compartilhar a companhia sem pressa com aqueles que amamos. . . . Deus não deseja que nos esgotemos; Deus deseja que sejamos felizes. Assim, lembremo-nos do sábado.”
Outro lugar inesperado onde encontrar um artigo promovendo a redescoberta do sábado é a revista da empresa aérea United Airlines, Hemisphere [Hemisfério]. Num vôo para a Costa Oeste surpreendi-me ao ler na edição de julho de 1997 de dita revista um artigo excelente que tinha por título “Sabedoria Antiga”, escrito por Nan Chase, uma colaboradora constante para o jornal The Washington Post.
Chase narra a história de como descobriu o sábado lendo sobre ele num livro que encontrou na sala de espera de um consultório médico. Ela ficou admirada ao saber que a observância do sábado pode fortalecer o relacionamento conjugal por aproximar mais marido e esposa. Chase descreve os benefícios da observância do sábado dizendo: “Tanto minha vida pessoal, quanto minha vida profissional e minha vida familiar melhoraram. Eu planejo continuar celebrando o sábado”.
Os exemplos precedentes são de pessoas de diferentes posições que estão redescobrindo a observância do sábado “do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado” sem “cozinhar, nem fazer compras ou pagar contas, nem arrancar ervas daninhas ou aparar arbustos, nem limpar ou arrumar a casa, nem mesmo falar ou pensar sobre o trabalho e as atividades do escritório”.
Como pudemos ver, pessoas de diferentes ramos de atividade estão redescobrindo o sábado como um divino remédio para nossas vidas carregadas de tensão e estresse desmentem a alegação do Pr. Taylor [ex-pastor adventista] de que o sábado constitui “uma pedra de tropeço” para muitos virem a Cristo. O fato é que hoje mais do que nunca antes as pessoas necessitam do descanso e renovação que o sábado tem por fito propiciar.
Um correto entendimento e experiência do sábado torna as pessoas receptivas e responsivas ao convite de Cristo de ir a Ele para Nele encontrar descanso. Assim, o sábado pode ser, não uma pedra de tropeço, mas uma pedra que serve de degrau para alcançar a Cristo.
Última edição por Ronaldo em Seg Jan 18, 2010 10:44 pm, editado 1 vez(es)
Nova Experiência de Aceitação do Sábado Por Pastor Evangélico
Relato do Dr. Samuele Bacchiocchi em seu boletim ENDTIME ISSUES NEWSLETTER No. 137:
O Pastor Eddie Garrett II, Th. D., é filho de um ministro batista. Ele obteve um doutoramento em Teologia e tem servido como pastor batista por vários. Ele escreveu vários livros e artigos. Tenho diante de mim o seu livro Salvation, the Law and the People of God [Salvação, a lei e o povo de Deus], no qual ele argumenta de modo convincente pela continuidade entre judaísmo e cristianismo.
Numa carta privada, o Dr. Garett explica como a leitura de meu livro The Sabbath Under Crossfire [O sábado sob fogo cruzado] ajudou-o a aceitar o sábado. Esta foi-lhe uma decisão custosa. Ele deixou sua grande Igreja batista para iniciar uma comunidade de observadores do sábado em sua própria casa.
Em 21, 22 de outubro o Dr. Garrett e membros de sua comunidade se juntarão a nós em culto e comunhão na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Saratosa. No sábado à tarde, antes de minha conferência final sobre o sábado, o Dr. Garrett compartilhará brevemente o seu testemunho quanto à aceitação do sábado e como a observância do sábado tem causado impacto em sua vida e ministério.
Interesse Independente de Religião
Uma clara indicação do interesse sem precedentes para o redescobrimento do sábado pode ser visto também no súbito surgimento de livros e artigos promovendo o sábado do sétimo dia. Exemplo bem adequado é o livro Catch Your Breath: God's Invitation to Sabbath Rest [Respire fundo: O Convite Divino Para o Repouso do Sábado] (1997), de autoria de Don Postema que serve como capelão da Universidade do Michigan, em Ann Arbor, Mich.
Em sua busca espiritual por paz e descanso, Postema tentou vários recursos, inclusive meditação oriental. Um dia ele deu-se conta de que “os judeus e os cristãos têm uma prática que está tão próxima quanto nossa Bíblia, tão junto a nós quanto nossa tradição, tão disponível quanto os próximos dez minutos ou o fim de semana: o sábado”. O livro oferece diretrizes práticas e criativas para uma observância significativa do sábado. Sua meta não é argumentar quanto à validade do sábado, mas convidar as pessoas a praticá-lo.
Escreve Postema: “O benefício do sábado não está simplesmente no estudo dele, porém mais certamente na sua prática--em viver o sábado. Ler e pensar sobre o sábado é como ler brochuras de viagem e sonhar sobre grandes locais de veraneio, mas nunca poder tirar férias lá. É interessante. Você pode aprender bastante. Mas não pode ter a experiência, a menos que faça a viagem”.
O livro oferece sugestões práticas sobre como tornar a observância do sábado uma experiência de renovação espiritual, física e mental.
Um lugar inesperado para encontrar-se um artigo promovendo o sábado seria a edição de fim de semana do periódico USA Today [Estados Unidos Hoje] de (2-4 de abril de 1999). O artigo de duas páginas tem por título “Lembra-te do sábado?” e é adaptado do livro do Prof. Wayne Muller, The Sabbath: Remembering the Sacred Rhythm of Rest and Delight [O Sábado: Lembrando o Ritmo Sagrado de Descanso e Deleite].
Muller oferece 10 sugestões para tornar o sábado uma experiência deleitosa. Ele encerra com um apelo para uma renovada observância sabática nos Estados Unidos de hoje. “Respiremos fundo coletivamente, descansemos, oremos, meditemos, caminhemos, cantemos, comamos e tiremos tempo para compartilhar a companhia sem pressa com aqueles que amamos. . . . Deus não deseja que nos esgotemos; Deus deseja que sejamos felizes. Assim, lembremo-nos do sábado.”
Outro lugar inesperado onde encontrar um artigo promovendo a redescoberta do sábado é a revista da empresa aérea United Airlines, Hemisphere [Hemisfério]. Num vôo para a Costa Oeste surpreendi-me ao ler na edição de julho de 1997 de dita revista um artigo excelente que tinha por título “Sabedoria Antiga”, escrito por Nan Chase, uma colaboradora constante para o jornal The Washington Post.
Chase narra a história de como descobriu o sábado lendo sobre ele num livro que encontrou na sala de espera de um consultório médico. Ela ficou admirada ao saber que a observância do sábado pode fortalecer o relacionamento conjugal por aproximar mais marido e esposa. Chase descreve os benefícios da observância do sábado dizendo: “Tanto minha vida pessoal, quanto minha vida profissional e minha vida familiar melhoraram. Eu planejo continuar celebrando o sábado”.
Os exemplos precedentes são de pessoas de diferentes posições que estão redescobrindo a observância do sábado “do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado” sem “cozinhar, nem fazer compras ou pagar contas, nem arrancar ervas daninhas ou aparar arbustos, nem limpar ou arrumar a casa, nem mesmo falar ou pensar sobre o trabalho e as atividades do escritório”.
Como pudemos ver, pessoas de diferentes ramos de atividade estão redescobrindo o sábado como um divino remédio para nossas vidas carregadas de tensão e estresse desmentem a alegação do Pr. Taylor [ex-pastor adventista] de que o sábado constitui “uma pedra de tropeço” para muitos virem a Cristo. O fato é que hoje mais do que nunca antes as pessoas necessitam do descanso e renovação que o sábado tem por fito propiciar.
Um correto entendimento e experiência do sábado torna as pessoas receptivas e responsivas ao convite de Cristo de ir a Ele para Nele encontrar descanso. Assim, o sábado pode ser, não uma pedra de tropeço, mas uma pedra que serve de degrau para alcançar a Cristo.
Última edição por Ronaldo em Seg Jan 18, 2010 10:44 pm, editado 1 vez(es)
Bem, tenho dois estudos fortes e super profundos sobre a questão do sábado:
1. Fala básicamente quase tudo sobre o sábado. Defendendo-o nos mais debatidos pontos etc.
[url=http://www.sandoni.com.br/download/Sabado.zip]http://www.sandoni.com.br/download/Sabado.zip[/url]
2. Esse fala tudo sobre a questão "Sábado - Domingo", os motivos dessa mudança e tentativa. Como foi que ocorreu na Igreja Católica, nas protestantes etc. E hoje.
http://www.sandoni.com.br/download/SabadoParaDomingo.zip
1. Fala básicamente quase tudo sobre o sábado. Defendendo-o nos mais debatidos pontos etc.
[url=http://www.sandoni.com.br/download/Sabado.zip]http://www.sandoni.com.br/download/Sabado.zip[/url]
2. Esse fala tudo sobre a questão "Sábado - Domingo", os motivos dessa mudança e tentativa. Como foi que ocorreu na Igreja Católica, nas protestantes etc. E hoje.
http://www.sandoni.com.br/download/SabadoParaDomingo.zip
A seguir uma postagem do Prof. Azenilto Brito no fórum Cristãos On-Line sobre Colossenses 2:14-17.
A incompreensão tão comum do sentido do texto de Col. 2:14-17, empregado como verdadeiro “samba anti-sabático de uma nota só” por tantos anti-sabatistas é a falha de considerar a contextuação da passagem porque infelizmente as pessoas preconceituosas vão à Bíblia já com seus pressupostos definidos, em lugar de irem à Palavra de Deus com mente aberta para captar dela a real intenção do seu ensino à luz da contextuação histórica e literária. Como diz aquele dito comum entre crentes, “um texto fora do contexto é puro pretexto”. Essa declaração se aplica como uma luva nas interpretações que comumente se dão a tal texto, como se verá na exposição abaixo que tem por base a exposição erudita do texto da parte do Dr. Samuele Bacchiocchi.
INTRODUÇÃO
PENSAMENTO-CHAVE: “Os anti-sabatistas são muito bons na obra de DESTRUIR, mas nada de melhor têm para oferecer no lugar da coisa destruída”.
O primeiro problema nesse tópico [que trata do texto de Col. 2:14-16 com o intuito de desqualificar o mandamento do sábado] é que não se toma uma passagem da Bíblia isoladamente para daí formar-se doutrinas. Isso é típico de católicos, com Mateus 16:18 (Pedro supostamente nomeado primeiro papa), espíritas, com o episódio da aparição de um suposto espírito de Samuel a Saul, dos mórmons, com o texto isolado e pouco claro de 1 Cor. 15:29, para defender o batismo pelos mortos. . .
Os temas da Bíblia devem ser entendidos levando-se em conta o TEOR GLOBAL de seu ensino, e não tomando-se passagens aparentemente “favoráveis”, esquecendo-se de ver o conjunto todo do que trata o autor, e a própria contextuação imediata da passagem.
E se os próprios evangélicos em geral admitem que é bom ter um dia regular de descanso, e que Jesus confirmou isso ao dizer que “o sábado foi feito por causa do homem”, citar esta passagem do modo distorcido como fazem é uma NEGAÇÃO TOTAL do próprio princípio de um dia de descanso. E esse princípio de que o sábado foi feito por causa do homem, na criação do mundo, é o que tradicionalmente os cristãos entendem há séculos, como se percebe nas suas clássicas Confissões de Fé, Credos, Catecismos e Declarações Doutrinárias, além de ensino de grandes mestres nesse meio, não excluindo Lutero, Calvino e Wesley.
Note-se que no texto aludido Paulo não diz nada que com o suposto “fim do sábado” algo diferente toma o seu lugar. Ou seja, estão fazendo Paulo eliminar o próprio princípio do dia de repouso. Os anti-sabatistas são muito bons na obra de DESTRUIR, mas nada de melhor têm para oferecer no lugar da coisa destruída.
Mas por que Paulo iria fazer isso? Por que não é mais importante, válido e benéfico dedicar-se um dia regularmente ao Senhor? Se foi feito “por causa do homem” (independentemente de ser o 7o ou o 1o. dia da semana) estão fazendo Paulo ACABAR COM O PRINCÍPIO inteiramente!
Notem que ele NÃO DIZ, que em lugar do sábado, guarde-se o domingo. E ele também NÃO DIZ que NÃO É para guardar o sábado, e sim que não se deixassem julgar por outros [quanto a sua prática de observância sabática]. Mas que tal examinar todo o contexto? Alguém disse que a devida consideração do contexto de uma passagem cobre uma multidão de pecados interpretativos:
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”. (Col. 2:14-21).
Notem uma série de fatos sobre este texto, como ressaltados em vários estudos a respeito pelo erudito adventista, Dr. Samuele Bacchiocchi:
As tentativas de ler em Colossenses 2:14, seja a lei cerimonial ou tanto a lei moral ou a lei cerimonial, não tem fundamento por pelo menos duas razões: Primeiro, porque na epístola inteira a palavra lei-nomos, nem sequer aparece. Em segundo lugar, porque essas interpretações se desviam do argumento imediato, do vs. 13, que tem objetivo de provar quão completo é o perdão divino. A eliminação da lei moral ou cerimonial não propiciaria aos cristãos a divina segurança do perdão. A culpa não é removida pela destruição de códigos legais. Isso apenas deixaria a humanidade sem princípios morais.
O Sentido do Registro Que Era Contra Nós
Outro exemplo é o termo cheirographon (“registro escrito à mão”) que só ocorre em Colossenses 2:14. O termo tem sido interpretado historicamente como referência, seja à lei cerimonial ou à lei moral, que supostamente foram pregadas na cruz. Isto é errado, pois estudos recentes do emprego do termo em literatura apocalíptica e rabínica têm demonstrado que era empregado para denotar “o livro de registro dos pecados” ou um “certificado de débito de pecado”, mas não a lei moral ou cerimonial. Esse sentido se encaixa bem no contexto imediato onde Paulo discute a extensão do perdão divino (v. 13). Também é apoiado pela cláusula “e este ele retirou do meio” (Col. 2:14-VKJ). “O meio” era a posição ao centro do tribunal ou assembléia pela testemunha de acusação. No contexto de Colossenses, a testemunha de acusação é o “livro de registro de pecados” que Deus em Cristo apagou e removeu do tribunal.
Por essa ousada metáfora, Paulo afirma quão completo é o perdão de Deus. Mediante Cristo, Deus “cancelou”, “pôs e parte”, e “pregou na cruz” “o registro escrito de nossos pecados que por causa dos regulamentos eram contra nós”. A base legal do registro de pecados eram os “estatutos”, ou “regulamentos” (tois dogmasin), mas o que Deus destruiu na cruz não foi a base legal (lei) para que fiquemos embaraçados no pecado, mas o registro escrito de nossos pecados.
Para aliviar as ansiedades daqueles leitores que crêem que o “documento escrito” que foi pregado na cruz era a lei cerimonial, vale declarar que não há dúvida de que a lei cerimonial foi pregada na cruz, mas não é isso que Colossenses 2:14 ensina. Reitere-se que o termo “lei-nomos” não ocorre uma única vez em toda a epístola de Colossenses, porque a questão teológica abordada por Paulo não é o abuso da lei mosaica como em Gálatas, mas uma filosofia gnóstica que ensinava salvação mediante a mediação dos anjos e “rudimentos do mundo” (Col. 2:8). Paulo desafia essa ((( teoria ))) reassegurando aos crentes colossenses que não há razão para buscarem a ajuda de mediadores inferiores, uma vez que Cristo propiciou completa redenção e perdão.
Interpretação de Teólogos de Várias Confissões
Recorde-se que a interpretação “tradicional” de Colossenses 2:16-17 (de que se refere a leis cerimoniais, e que a menção aos sábados não inclui o mandamento do dia de repouso semanal), não é só dos adventistas. Adam Clarke, Jamieson, Fausset and Brown, Albert Barnes, Charles Hodge e outros eruditos evangélicos entendiam que o texto não se refere ao sábado semanal, e sim aos cerimoniais. Isso se dá porque esses autores percebem o dilema de desfazer o princípio do sábado, ou dia de repouso, levando Paulo a anular o que Cristo declarou sobre ter sido feito “por causa do homem”. Isso afetaria o próprio domingo, pois se o dia de repouso era mero cerimonial, sombra de Cristo, então com o findar de toda a “cédula de ordenanças” iria de embrulho esse princípio de dedicar ao Senhor todo um dia de adoração. pois Paulo nada fala sobre substituição de um dia por outro.
Portanto, a interpretação clássica de Col. 2:16, 17, segundo teólogos adventistas e outros, não está fora de propósito quando se percebe que o princípio do sábado é uma sombra da salvação em Cristo. Paulo não diz para não guardá-lo, apenas para que ninguém julgasse o seu semelhante pela forma de observá-lo, sem as restrições dos hereges colossenses.
Para ilustrar a extensão do perdão de Deus, que é realmente o tema da discussão paulina, o Apóstolo emprega duas metáforas. Primeiro, a metáfora da circuncisão, depois a do livro de registro dos pecados. Mediante a metáfora da circuncisão ilustra a experiência de “despojamento do corpo da carne” pelo sepultamento com Cristo no batismo, e ressurreição para uma nova vida (vs. 11, 12).
Ele menciona também a “incircuncisão” como uma metáfora de sua prévia condição pecaminosa, ou seja, “mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne” (vs. 13). Esse uso alegórico da circuncisão/incircuncisão pode parecer para alguns como referente à lei de Moisés, mas se há algo na metáfora a ser condenado, não é a circuncisão, e sim a incircuncisão.
O que muitos perdem de vista é a ligação íntima entre os vs. 13 e 14. Observe-se que o vs. 13 encerra com a afirmação de perdão de “todos os vossos delitos”. O vs. 14 é construído sobre o 13 com a explicação e expansão da medida do perdão divino. O verso se inicia com o aoristo particípio exaleithas-”tendo cancelado,” que objetiva dizer-nos o que significa o perdão de Cristo de nossos pecados. Isso Cristo executou pregando na cruz, não um código de leis, mas o cheirographon, esse relatório de débito devido ao pecado, então desfeito pelo perdão, não pela abolição da lei.
O QUE FOI PREGADO NA CRUZ?
A incompreensão tão comum do sentido do texto de Col. 2:14-17, empregado como verdadeiro “samba anti-sabático de uma nota só” por tantos anti-sabatistas é a falha de considerar a contextuação da passagem porque infelizmente as pessoas preconceituosas vão à Bíblia já com seus pressupostos definidos, em lugar de irem à Palavra de Deus com mente aberta para captar dela a real intenção do seu ensino à luz da contextuação histórica e literária. Como diz aquele dito comum entre crentes, “um texto fora do contexto é puro pretexto”. Essa declaração se aplica como uma luva nas interpretações que comumente se dão a tal texto, como se verá na exposição abaixo que tem por base a exposição erudita do texto da parte do Dr. Samuele Bacchiocchi.
INTRODUÇÃO
PENSAMENTO-CHAVE: “Os anti-sabatistas são muito bons na obra de DESTRUIR, mas nada de melhor têm para oferecer no lugar da coisa destruída”.
O primeiro problema nesse tópico [que trata do texto de Col. 2:14-16 com o intuito de desqualificar o mandamento do sábado] é que não se toma uma passagem da Bíblia isoladamente para daí formar-se doutrinas. Isso é típico de católicos, com Mateus 16:18 (Pedro supostamente nomeado primeiro papa), espíritas, com o episódio da aparição de um suposto espírito de Samuel a Saul, dos mórmons, com o texto isolado e pouco claro de 1 Cor. 15:29, para defender o batismo pelos mortos. . .
Os temas da Bíblia devem ser entendidos levando-se em conta o TEOR GLOBAL de seu ensino, e não tomando-se passagens aparentemente “favoráveis”, esquecendo-se de ver o conjunto todo do que trata o autor, e a própria contextuação imediata da passagem.
E se os próprios evangélicos em geral admitem que é bom ter um dia regular de descanso, e que Jesus confirmou isso ao dizer que “o sábado foi feito por causa do homem”, citar esta passagem do modo distorcido como fazem é uma NEGAÇÃO TOTAL do próprio princípio de um dia de descanso. E esse princípio de que o sábado foi feito por causa do homem, na criação do mundo, é o que tradicionalmente os cristãos entendem há séculos, como se percebe nas suas clássicas Confissões de Fé, Credos, Catecismos e Declarações Doutrinárias, além de ensino de grandes mestres nesse meio, não excluindo Lutero, Calvino e Wesley.
Note-se que no texto aludido Paulo não diz nada que com o suposto “fim do sábado” algo diferente toma o seu lugar. Ou seja, estão fazendo Paulo eliminar o próprio princípio do dia de repouso. Os anti-sabatistas são muito bons na obra de DESTRUIR, mas nada de melhor têm para oferecer no lugar da coisa destruída.
Mas por que Paulo iria fazer isso? Por que não é mais importante, válido e benéfico dedicar-se um dia regularmente ao Senhor? Se foi feito “por causa do homem” (independentemente de ser o 7o ou o 1o. dia da semana) estão fazendo Paulo ACABAR COM O PRINCÍPIO inteiramente!
Notem que ele NÃO DIZ, que em lugar do sábado, guarde-se o domingo. E ele também NÃO DIZ que NÃO É para guardar o sábado, e sim que não se deixassem julgar por outros [quanto a sua prática de observância sabática]. Mas que tal examinar todo o contexto? Alguém disse que a devida consideração do contexto de uma passagem cobre uma multidão de pecados interpretativos:
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”. (Col. 2:14-21).
Notem uma série de fatos sobre este texto, como ressaltados em vários estudos a respeito pelo erudito adventista, Dr. Samuele Bacchiocchi:
As tentativas de ler em Colossenses 2:14, seja a lei cerimonial ou tanto a lei moral ou a lei cerimonial, não tem fundamento por pelo menos duas razões: Primeiro, porque na epístola inteira a palavra lei-nomos, nem sequer aparece. Em segundo lugar, porque essas interpretações se desviam do argumento imediato, do vs. 13, que tem objetivo de provar quão completo é o perdão divino. A eliminação da lei moral ou cerimonial não propiciaria aos cristãos a divina segurança do perdão. A culpa não é removida pela destruição de códigos legais. Isso apenas deixaria a humanidade sem princípios morais.
O Sentido do Registro Que Era Contra Nós
Outro exemplo é o termo cheirographon (“registro escrito à mão”) que só ocorre em Colossenses 2:14. O termo tem sido interpretado historicamente como referência, seja à lei cerimonial ou à lei moral, que supostamente foram pregadas na cruz. Isto é errado, pois estudos recentes do emprego do termo em literatura apocalíptica e rabínica têm demonstrado que era empregado para denotar “o livro de registro dos pecados” ou um “certificado de débito de pecado”, mas não a lei moral ou cerimonial. Esse sentido se encaixa bem no contexto imediato onde Paulo discute a extensão do perdão divino (v. 13). Também é apoiado pela cláusula “e este ele retirou do meio” (Col. 2:14-VKJ). “O meio” era a posição ao centro do tribunal ou assembléia pela testemunha de acusação. No contexto de Colossenses, a testemunha de acusação é o “livro de registro de pecados” que Deus em Cristo apagou e removeu do tribunal.
Por essa ousada metáfora, Paulo afirma quão completo é o perdão de Deus. Mediante Cristo, Deus “cancelou”, “pôs e parte”, e “pregou na cruz” “o registro escrito de nossos pecados que por causa dos regulamentos eram contra nós”. A base legal do registro de pecados eram os “estatutos”, ou “regulamentos” (tois dogmasin), mas o que Deus destruiu na cruz não foi a base legal (lei) para que fiquemos embaraçados no pecado, mas o registro escrito de nossos pecados.
Para aliviar as ansiedades daqueles leitores que crêem que o “documento escrito” que foi pregado na cruz era a lei cerimonial, vale declarar que não há dúvida de que a lei cerimonial foi pregada na cruz, mas não é isso que Colossenses 2:14 ensina. Reitere-se que o termo “lei-nomos” não ocorre uma única vez em toda a epístola de Colossenses, porque a questão teológica abordada por Paulo não é o abuso da lei mosaica como em Gálatas, mas uma filosofia gnóstica que ensinava salvação mediante a mediação dos anjos e “rudimentos do mundo” (Col. 2:8). Paulo desafia essa ((( teoria ))) reassegurando aos crentes colossenses que não há razão para buscarem a ajuda de mediadores inferiores, uma vez que Cristo propiciou completa redenção e perdão.
Interpretação de Teólogos de Várias Confissões
Recorde-se que a interpretação “tradicional” de Colossenses 2:16-17 (de que se refere a leis cerimoniais, e que a menção aos sábados não inclui o mandamento do dia de repouso semanal), não é só dos adventistas. Adam Clarke, Jamieson, Fausset and Brown, Albert Barnes, Charles Hodge e outros eruditos evangélicos entendiam que o texto não se refere ao sábado semanal, e sim aos cerimoniais. Isso se dá porque esses autores percebem o dilema de desfazer o princípio do sábado, ou dia de repouso, levando Paulo a anular o que Cristo declarou sobre ter sido feito “por causa do homem”. Isso afetaria o próprio domingo, pois se o dia de repouso era mero cerimonial, sombra de Cristo, então com o findar de toda a “cédula de ordenanças” iria de embrulho esse princípio de dedicar ao Senhor todo um dia de adoração. pois Paulo nada fala sobre substituição de um dia por outro.
Portanto, a interpretação clássica de Col. 2:16, 17, segundo teólogos adventistas e outros, não está fora de propósito quando se percebe que o princípio do sábado é uma sombra da salvação em Cristo. Paulo não diz para não guardá-lo, apenas para que ninguém julgasse o seu semelhante pela forma de observá-lo, sem as restrições dos hereges colossenses.
Para ilustrar a extensão do perdão de Deus, que é realmente o tema da discussão paulina, o Apóstolo emprega duas metáforas. Primeiro, a metáfora da circuncisão, depois a do livro de registro dos pecados. Mediante a metáfora da circuncisão ilustra a experiência de “despojamento do corpo da carne” pelo sepultamento com Cristo no batismo, e ressurreição para uma nova vida (vs. 11, 12).
Ele menciona também a “incircuncisão” como uma metáfora de sua prévia condição pecaminosa, ou seja, “mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne” (vs. 13). Esse uso alegórico da circuncisão/incircuncisão pode parecer para alguns como referente à lei de Moisés, mas se há algo na metáfora a ser condenado, não é a circuncisão, e sim a incircuncisão.
O que muitos perdem de vista é a ligação íntima entre os vs. 13 e 14. Observe-se que o vs. 13 encerra com a afirmação de perdão de “todos os vossos delitos”. O vs. 14 é construído sobre o 13 com a explicação e expansão da medida do perdão divino. O verso se inicia com o aoristo particípio exaleithas-”tendo cancelado,” que objetiva dizer-nos o que significa o perdão de Cristo de nossos pecados. Isso Cristo executou pregando na cruz, não um código de leis, mas o cheirographon, esse relatório de débito devido ao pecado, então desfeito pelo perdão, não pela abolição da lei.
[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]
[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]
O Real Problema dos Cristãos de Colossos
O erudito adventista mostra adicionalmente que o argumento de que a referência de Paulo a “dias de festa”, “luas novas” e “sábados” (2:16), que são “sombra das coisas que haviam de vir” (vs. 17) . . . não indica realmente que Paulo está discutindo a lei de Moisés pregada na cruz. Paulo não está falando nada contra as observâncias dessas práticas, e sim contra quem quer que passe julgamento sobre o comer, beber e observar os tempos sagrados.
Deve-se notar o fato de que o juiz que passa julgamento não é Paulo, mas os falsos mestres colossenses que impõem “ordenanças” (2:20) sobre como observar essas práticas a fim de se atingir “rigor ascético”. No verso 22 ele fala que tais ordenanças são “preceitos e doutrinas dos homens” que “com o uso se destroem”. Portanto, dificilmente ele iria referir-se às leis dadas por intermédio de Moisés como “doutrinas dos homens”.
Ele cita um erudito evangélico, Prof. De Lacey, que corretamente comenta sobre Col. 2:16: “o juiz provavelmente seria um homem de tendências ascéticas que objeta ao comer e beber dos colossenses. O modo mais natural de entender-se o restante da passagem não é que ele também imponha um ritual de dias festivos, mas que faz objeção a certos elementos de tal observância” (p. 182). Presumivelmente o “juiz” desejava que a comunidade observasse essas práticas numa forma mais ascética (“rigor ascético”--2:23, 21), ou, para deixar em termos mais claros: menos festa e mais jejum.
Por advertir contra o direito dos falsos mestres “passarem julgamento” sobre como observar os festivais, Paulo está desafiando não a validade dos festivais como tais, mas a autoridade dos falsos mestres de “julgar”, ou seja, legislar a respeito da modalidade de suas mencionadas práticas, que incluem a guarda do sábado.
Para expressar doutro modo, o que Paulo está condenando não são as práticas em si, mas a perversão promovidas pelos falsos mestres.
Como Entender a Questão da “Sombra”
Finalmente, a questão das “sombra” é assim discutido por Bacchiocchi: Col 2:17 declara que “tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir, porém o corpo é de Cristo”. Isto tem sido interpretado à luz de Heb 8:5 e 10:1 numa conclusão de que em ambos os casos a referência é à lei de Moises. Esta interpretação, contudo, ignora os respectivos contextos de ditas passagens. Em Hebreus o termo “sombra-skia” é empregado para estabelecer uma correspondência vertical entre o santuário celeste e o terrestre, sendo o terestre uma “sombra” ou “tipo” do celeste.
Em Col. 2:17, contudo, o que antecede a “sombra” não parece absolutamente claro. O texto declara “tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir, porém o corpo é de Cristo” (Col 2:17). A que o pronome relativo “tudo isso” (ha em grego) se refere? Acaso faz referência às cinco práticas mencionadas no verso anterior, ou às “ordenanças (dogmata) concernentes a essas práticas promovidas pelos falsos mestres?
Note-se primeiramente, que no vs. 16 Paulo não está advertindo contra os méritos ou deméritos da lei mosaica concernente a alimentos e festivais, mas contra as “ordenanças” a respeito dessas práticas, advogadas pelos falsos mestres. Destarte, é mais plausível admitir que as “ordenanças”, antes que as práticas mesmas, sejam o que antecede “tudo isso”.
Em segundo lugar, nos versos que se seguem imediatamente, Paulo prossegue sua advertência contra os ensinos enganosos, declarando, por exemplo, “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade. . .” (2:18). “Por que . . . vos sujeitais a ordenanças: Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro” (2:20-21)?
Uma vez que o que precede e o que se segue a esse pronome relativo “isto tudo” trata com as “ordenanças” da filosofia colossense, concluímos que é o último item que Paulo descreve como “sombra das coisas que haviam de vir” (2:17).
Presumivelmente, os proponentes da “filosofia” colossense mantinham que suas “ordenanças” representavam uma cópia que capacitasse o crente a ter acesso à realidade (“plenitude”). Em tal caso, Paulo está fazendo o argumento deles voltar contra eles ao declarar que suas ordenanças “têm sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (2:17). Ao dar ênfase ao fato de que Cristo é o “corpo” e “cabeça” (2:17, 19), Paulo indica que qualquer “sombra” lançada pelas ordenanças não tem valor significativo.
Conclui-se que o que Paulo designa como “sombra” não é a lei mosaica ou o sábado, mas os ensinos enganosos da “filosofia” colossense que promovia práticas dietéticas e observância de tempos sagrados como meios auxiliares para a salvação. Então, parece que há duas “palavras-chave” nessa discussão: a) o sentido de cheirographon-escrito de dívidas, e b) de “sombra”. Sobre o primeiro termo, já discuti o suficiente para demonstrar que o sentido não é nenhum código de leis, pois estas não são CONTRA os filhos de Deus, mas os pecados registrados no escrito de dívidas. Aí, sim, faz sentido ser CONTRA nós.
Deve-se notar que o verbo no original grego está no tempo presente--”são (estin) sombra”, NÃO no passado. Muitos evangélicos alteram o verbo para o passado como sendo “eram sombras”, ou, como consta de certas versões bíblicas, “têm sido sombra”, a fim de apoiarem sua alegação de que sua função havia cessado inteiramente com a vinda de Cristo. Todavia, esse verbo no tempo presente significa que, refira-se o “tudo isso” às cinco práticas mencionadas no verso anterior ou às “ordenanças” concernentes a essas práticas promovidas pelos falsos mestres, Paulo não está pondo em disputa sua legitimidade, mas situando-as em sua apropriada perspectiva com Cristo, por meio do contraste “sombra-realidade”.
Por Dr. Samuelle Bacchiocchi. Adaptado por Prof. Azenilto Brito.
O SÁBADO CONFIRMADO NO NOVO TESTAMENTO
Algumas pessoas dizem que todos os mandamentos do decálogo foram reeditados no Novo Testamento e que o sábado foi inteiramente esquecido, e por isso não é mais válido. Porém, os leitores superficiais não sabem que Hebreus 4 oferece uma excelente confirmação da vigência do sábado na nova aliança; capítulo, aliás, muitas vezes citado para provar o contrário do que ele ensina de fato.
O apóstolo reporta-se nele ao exemplo de Israel no deserto, que deixou de entrar no repouso de Deus da salvação por Cristo por descrer do evangelho que lhe fora pregado como também o é a nós (vs.2), e dele tira uma lição importante para os que, como Israel, têm uma oportunidade de pela fé no evangelho entrar nesse repouso prometido, advertindo seriamente contra semelhante exemplo de incredulidade.
No capítulo 4, tanto no verso 3 como nos versos subseqüentes, com exceção do verso 9, a palavra aqui traduzida como “repouso” é o grego katápausis ( καταπαυσις ), substantivo do verbo katapaúo ( καταπαυω ), que significa propriamente “término de alguma coisa”, sendo uma evidente alusão ao término por parte de Deus das Suas obras no sétimo dia, a qual o sábado do sétimo dia tem por fim comemorar. Esse katápausis de Deus no sétimo dia é um tipo do repouso de Deus, em que o crente entra pela fé em Cristo, implicando o término das obras do pecado ou das próprias obras. A palavra katápausis (substantivo) ocorre sete vezes (3:11,18 / 4:1,3,5,10,11) e a palavra katapaúo (verbo) ocorre duas vezes (4:4,8).
É a relação deste repouso com o repouso de Deus no sétimo dia que o apóstolo estabelece nos versos seguintes, para daí tirar uma lição definitiva a respeito da continuidade da observância do sábado na nova dispensação por parte dos cristãos:
O fato de aqueles, a quem primeiro foi evangelizado, não terem entrado nesse repouso, “por causa de sua desobediência”, é a prova que estabelece o apóstolo de que “resta que alguns entrem nele”, e “que nós, os que temos crido, entramos neste repouso” (vs. 6 e 3). A exclusão desse repouso atingiu, pois, somente aqueles que foram incrédulos e desobedientes.
Continua o apóstolo:
Ora, como a entrada nesse repouso de Deus implicava necessariamente uma memoração constante desse repouso, que consistia na fiel observância do sábado, tão solenemente inculcado a Israel no deserto, mas que este por sua incredulidade desprezou e profanou, falhando por isso de entrar no repouso com que o sábado lhe acenava, o apóstolo Paulo muito naturalmente conclui que, como resta que alguns entrem nesse katápausis, também resta ipso facto um sabbatismos, (isto é, uma observância do sétimo dia) para o povo de Deus. E esta sua conclusão lógica ele a corrobora ainda com a declaração enfática que constitui a condição sine qua non da legítima observância do sábado, dizendo:
Obs.: Dúvidas quanto a lexicografia dos termos no original, consultar o “Greek-English Lexicon”, de Henry George Liddel e Robert Scott, 8ª ed. (1897), American Book Company, New York.
Fonte: Guilherme Stein Jr., “O Sábado ou o Repouso do Sétimo Dia”, cap. 7, p. 106–109. Adaptado.
Por Guilherme Stein Jr.
Adaptado por Marllington Klabin Will
Adaptado por Marllington Klabin Will
- “Portanto fica ainda um repouso no sétimo dia para o povo de Deus.”
Algumas pessoas dizem que todos os mandamentos do decálogo foram reeditados no Novo Testamento e que o sábado foi inteiramente esquecido, e por isso não é mais válido. Porém, os leitores superficiais não sabem que Hebreus 4 oferece uma excelente confirmação da vigência do sábado na nova aliança; capítulo, aliás, muitas vezes citado para provar o contrário do que ele ensina de fato.
O apóstolo reporta-se nele ao exemplo de Israel no deserto, que deixou de entrar no repouso de Deus da salvação por Cristo por descrer do evangelho que lhe fora pregado como também o é a nós (vs.2), e dele tira uma lição importante para os que, como Israel, têm uma oportunidade de pela fé no evangelho entrar nesse repouso prometido, advertindo seriamente contra semelhante exemplo de incredulidade.
No capítulo 4, tanto no verso 3 como nos versos subseqüentes, com exceção do verso 9, a palavra aqui traduzida como “repouso” é o grego katápausis ( καταπαυσις ), substantivo do verbo katapaúo ( καταπαυω ), que significa propriamente “término de alguma coisa”, sendo uma evidente alusão ao término por parte de Deus das Suas obras no sétimo dia, a qual o sábado do sétimo dia tem por fim comemorar. Esse katápausis de Deus no sétimo dia é um tipo do repouso de Deus, em que o crente entra pela fé em Cristo, implicando o término das obras do pecado ou das próprias obras. A palavra katápausis (substantivo) ocorre sete vezes (3:11,18 / 4:1,3,5,10,11) e a palavra katapaúo (verbo) ocorre duas vezes (4:4,8).
É a relação deste repouso com o repouso de Deus no sétimo dia que o apóstolo estabelece nos versos seguintes, para daí tirar uma lição definitiva a respeito da continuidade da observância do sábado na nova dispensação por parte dos cristãos:
- “Porque nós os que temos crido, entramos no repouso (katápausis), como disse: ‘Portanto jurei na Minha ira (falando dos que permaneceram incrédulos) que não entrarão no Meu repouso’ (katápausis, ou cessação das obras); posto que já as Suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo” (Hb.4:3).
- “porque em certo lugar (Deus) disse assim do dia sétimo: ‘E repousou (katépausen, pretérito do indicativo do verbo “cessar”, isto é, “cessou”) Deus de todas as Suas obras’. E outra vez neste lugar: ‘Não entrarão no Meu repouso (katápausis, ou seja, na Minha “cessação das obras”).” (vs.4–5).
O fato de aqueles, a quem primeiro foi evangelizado, não terem entrado nesse repouso, “por causa de sua desobediência”, é a prova que estabelece o apóstolo de que “resta que alguns entrem nele”, e “que nós, os que temos crido, entramos neste repouso” (vs. 6 e 3). A exclusão desse repouso atingiu, pois, somente aqueles que foram incrédulos e desobedientes.
- “A quem jurou que não entrariam no Seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa de sua incredulidade” (vs.18–19).
- “E dei-lhes os Meus estatutos, e lhes mostrei os Meus juízos, os quais, se os fizer o homem, viverá por eles. E também lhes dei os Meus sábados para que servissem de sinal entre Mim e eles; para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Ez.20:12).
- “Mas a casa de Israel se rebelou contra Mim no deserto, não andando nos Meus estatutos, e rejeitando os Meus juízos, os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles: e profanaram grandemente os Meus sábados; e Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor no deserto para os consumir” (Ez.20:11–13).
- “Disse a Seus filhos no deserto: Não andeis nos estatutos de vossos pais, nem guardeis os seus juízos, nem vos contamineis com os seus ídolos. Eu sou o Senhor vosso Deus; andai nos Meus estatutos, e guardai os Meus juízos, e fazei-os, e santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e entre vós para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus. Mas também os filhos se rebelaram contra Mim, e não andaram nos Meus estatutos, nem guardaram os Meus juízos para fazê-los, os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles; também profanaram os Meus sábados; e Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor, para cumprir contra eles a Minha ira no deserto. Porém retirei a Minha mão, e obrei por amor do Meu nome, para que não fosse profanado perante os olhos das nações, perante cujos olhos os fiz sair” (Ez.20:18–22).
Continua o apóstolo:
- “Visto pois que resta que alguns entrem nele, (Deus) determina outra vez um certo dia (isto é, uma nova oportunidade de salvação), a que chama ‘Hoje’, dizendo por Davi muito tempo depois, como está dito: ‘Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações como na provocação, no dia da tentação no deserto” (vs.7–8).
- “Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus” (vs.9).
- “Portanto fica ainda um repouso no sétimo dia para o povo de Deus” (tradução literal de Hebreus 4:9).
- “Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus”.
- “Assim ainda fica para o povo de Deus um descanso, como o descanso de Deus no sétimo dia”.
Ora, como a entrada nesse repouso de Deus implicava necessariamente uma memoração constante desse repouso, que consistia na fiel observância do sábado, tão solenemente inculcado a Israel no deserto, mas que este por sua incredulidade desprezou e profanou, falhando por isso de entrar no repouso com que o sábado lhe acenava, o apóstolo Paulo muito naturalmente conclui que, como resta que alguns entrem nesse katápausis, também resta ipso facto um sabbatismos, (isto é, uma observância do sétimo dia) para o povo de Deus. E esta sua conclusão lógica ele a corrobora ainda com a declaração enfática que constitui a condição sine qua non da legítima observância do sábado, dizendo:
- “Porque aquele que entrou no seu repouso (e aqui torna a empregar a palavra katápausis, a única de que sempre se serve para exprimir esse estado de repouso em Deus pela cessação das obras do pecado), também ele repousou (katépausen, pretérito do indicativo, “cessou”) das suas (isto é, das próprias) obras, como Deus das Suas”.
- “Procuremos pois entrar naquele repouso (o qual o sábado tipifica), para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (vs.10–11).
Obs.: Dúvidas quanto a lexicografia dos termos no original, consultar o “Greek-English Lexicon”, de Henry George Liddel e Robert Scott, 8ª ed. (1897), American Book Company, New York.
Fonte: Guilherme Stein Jr., “O Sábado ou o Repouso do Sétimo Dia”, cap. 7, p. 106–109. Adaptado.
RESUMO
Em Hb. 4, com exceção do vs. 9, “repouso” é o grego katápausis, substantivo do verbo katapaúo, que significa “término de alguma coisa”, sendo uma alusão ao término das obras de Deus no sétimo dia da criação, o qual o sábado tem por fim comemorar. A palavra katápausis ocorre sete vezes (3:11,18 / 4:1,3,5,10,11) e a palavra katapaúo ocorre duas vezes (4:4,8). Esse katápausis de Deus no sétimo dia é uma sombra do repouso de Deus, em que o crente entra pela fé em Cristo, implicando o término das obras do pecado ou das próprias obras. É a relação deste repouso com o repouso de Deus no sétimo dia que o apóstolo estabelece para concluir que o sábado está vigente na nova aliança.
O sábado continuamente lembra e comemora o repouso de Deus na criação. Sendo esse katápausis a sombra do repouso de Deus em Cristo, simbolizado pelo repouso do sábado (Gn.2:1–3 / Ex.20:8–11), nós, pela fé, devemos entrar nele à imitação de Deus, isto é, cessando das nossas próprias obras, como Deus cessou das Suas no sétimo dia. “Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus” (vs.9).
Não apenas “um repouso”, como erradamente algumas versões rezam, pois se o intuito do autor fora exprimir essa idéia, iria se servir aqui da palavra katápausis. Ao em vez disto, ele muito conscientemente se serve da palavra sabbatismos, substantivo do verbo sabbatizo, que significa “guardar ou observar o sétimo dia”. Portanto, em vez de “repouso”, deveria ter-se traduzido “observância do sábado”, que é a acepção própria e legítima dessa palavra segundo os mais autorizados lexicógrafos e lingüistas, rezando a conclusão do apóstolo como segue literalmente:
- “Portanto fica ainda um repouso no sétimo dia para o povo de Deus”
Quando as pessoas sinceras descobrem o evangelho, o sábado torna-se um constante lembrete de descansar da infindável luta. É tão natural e humano tentar conquistar nossa salvação pelas nossas próprias obras. Precisamos de um lembrete de que a primeira obra do cristão é repousar na obra que Jesus já realizou por nós. Por isso o sábado, sendo também memorial da redenção, é como uma vacina contra a tentativa de salvação pelas obras, pois nos lembra constantemente de descansarmos na graça de Cristo!
Portanto fica ainda um repouso no sétimo dia (sabbatismos) para o povo de Deus que aspira entrar no descanso (katápausis) prometido por Deus. Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras no sétimo dia, assim como Deus das Suas na semana da criação. Procuremos entrar naquele descanso!
Hebreus 3 e Hebreus 4
Há alguns meses, dediquei um tempo para estudar com calma e seriedade o contexto de Hb 3 e Hb 4, e como a Bíblia deve ser discernida espiritualmente, a oração, antes de analisar o contexto proposto, foi essêncial.
Abaixo publico o estudo particularmente feito, ponto a ponto, afirmação por afirmação, detalhe por detalhe. Já os publiquei em outros fóruns, e penso ser proveitoso peblicar aqui também. Peço tão somente, que os irmãos julguem a veracidade/coerencia das conclusões do estudo, e deixem seu parecer.
Hb 3:7-11
Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação [Dt 32:51], no dia da tentação [Ex 17:7 / Dt 6:16 / Dt 9:22 / Dt 33:8] no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso [Nm 14:21-23].
*
Os versos de 7 a 11 de Hb 3 é a citação dos versos de 7 a 11 do Sl 95 [coincidência?]. Essa Passagem do AT é empregada pelo escritor de Hebreus como Base de seu raciocínio. Tal Passagem tem alguns pontos a serem considerados:
1 - O fato de o escritor ter mencionado a expressão "assim, pois, como diz o Espírito Santo" deve-se ao fato de que, ao citar tal Salmo, ele tinha a convicção que "o Espírito do SENHOR tinha falado por intermédio de Davi, e a Sua Palavra tinha estado na língua dele" (2Sm 23:1-2).
2 - O evento em que o Texto do Sl 95 se refere é o de quando o povo murmurou por água (Nm 20:2-5) e Moisés, descrente que saísse água da rocha (Nm 20:10. 12), feriu a rocha duas vezes (Nm 20:11). Pelas suas constantes revoltas no deserto, DEUS jurou que os que duvidavam de Seu poder (Nm 14:11) não entraria em Canaã (Nm 14:21. 30).
3 - A palavra "descanso" do vs. 11 vem da palavra grega "katapausis" e aparece 8 vezes nas Escrituras do NT (At 7:49 / Hb 3:11. 18 / Hb 4:1. 3. 5.10-11). Por ser uma transliteração da palavra hebraica "m@nuchah" do verso 11 do Sl 95, a palavra "katapausis" não está relacionada à palavra grega "sabbaton", comumente relacionada ao sábado, o sétimo dia da semana. Como bem se nota, o "descanso" a qual o SENHOR jurou que eles não entrariam era a Terra Prometida, e não o sábado do sétimo dia, pois se o fosse tais rebeldes não teriam que guardar o sábado (Ex 20) logo após o "dia da provocação" (Ex 17).
Hb 3:12-14
Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.
*
Nos versos de 12 a 14 de Hb 3, o escritor faz uma advertência aos leitores da carta, tomando por base a incredulidade do povo nos tempos de Moisés; para não serem incrédulos como fora o povo de outrora. Para estimular a fé, o escritor diz que deve-se haver exortação mútua e diária; e essa exortação não dever ser adiada para 'amanhã', mas deve ser feita imediatamente, ou seja, "Hoje", pois essa firme confiança indica que "temos nos tornado participantes de CRISTO".
O ponto a se notar nesse Trecho é sobre a palavra "Hoje", que se refere ao momento presente. E tal palavra não se refere a nenhum tipo de "descanso", mas tão-somente está relacionada com a "exortação mútua".
Hb 3:15-19
Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação. Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade.
*
Nos versos de 15 a 19 de Hb 3, vemos uma ênfase no resultado gerado pela incredulidade do povo de Israel, ou seja, a perda da oportunidade de entrarem no descanso de DEUS, a Terra Prometida.
O escritor, além de mencionar a incredulidade do povo como motivo de tal juramento feito por DEUS, ele menciona também outras características do povo que não agradaram a DEUS; entre elas, a rebeldia (vs. 16), o pecado (vs. 17) e a desobediência (vs. 18), que, vistas de um ângulo geral, resumem-se em não terem feito a Vontade de DEUS, dentre tal pode-se mencionar a desobediência às Leis e aos Mandamentos de DEUS já existentes bem antes do Sinai (Ex 16:4. 28).
É bom ressaltarmos que, mais uma vez, vemos o "descanso de DEUS" como sendo a "entrada em Canaã".
Hb 4:1-3
Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
*
Nos versos de 1 a 3 de Hb 4, notamos a menção de três detalhes importantes:
O primeiro ponto é que o Texto diz que "nos foi deixada a promessa de entrar no descanso de DEUS", e esse "descanso", como vimos nos versos anteriores, era o próprio deleite na terra de Canaã. Abraão e seus descendentes peregrinaram nessa terra (Gn 47:9), incluindo os israelitas (1Cr 29:15 / Hb 11:13). Mas surge a pergunta: DEUS nos deixou a promessa de entrarmos na terra que o povo israelita entrou? Literalmente não, pois vemos que o próprio autor de Hebreus usa a "entrada na terra prometida" [a "pátria terrestre"] para referir-se à uma "pátria superior, isto é, celestial" (Hb 11:15). Assim, fica fácil entender que nos foi prometida a "entrada na Canaã Celestial", uma cidade "que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador" (Hb 11:10), e como Paulo escreveu aos gentios de Filipos, "a nossa pátria está nos céus" (Fl 3:20).
O segundo ponto é que as mesmas "boas novas" [o mesmo "Evangelho"] anunciadas aos israelitas da época de Moisés foram anunciadas em épocas posteriores (At 13:32), tanto a judeus quanto a gentios (Rm 1:16). Isso nos faz entender que o Evangelho anunciado por JESUS é a despeito do Reino dos Céus (Mt 4:17), por isso que ao dizer: "Desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" (Lc 16:16) notamos uma grande semelhança com a conclusão exposta pelo autor de Hebreus no verso 11 de Hb 4, que diz: "Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso".
O terceiro ponto é que o autor menciona que "os que crêem entraram no descanso", no sentido de que tornaram-se participantes da promessa feita aos israelitas de desfrutarem do descanso, mas o Celestial, pois pela fé, DEUS "nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:6) e temos "chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial" (Hb 12:22).
Em suma, o autor de Hebreus desvincula o sentido literal do "descanso de DEUS" em Sl 95, e o translitera, relacionando o "descanso de DEUS" à nossa "entrada na pátria Celestial".
Hb 4:4-5
Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso.
*
Nos versos de 4 a 5 de Hb 4, encontramos um dos trechos mais complicados de Hb 3 e Hb 4. Argumenta-se que o descanso no sábado foi substituído pelo "descanso de DEUS" mencionado nos versos anteriores. E para provarmos se esse argumento está em harmonia com o contexto, dependeremos da análise já feita dos versos anteriores e da análise dos versos posteriores.
No entanto, um ponto importante a nos ater nesses versos, é a despeito das expressões "em certo lugar, assim disse" [dito no Éden – Gn 2:2-3] e "novamente, no mesmo lugar" [dito próximo à Canaã – Nm 13:2 / Nm 14: 21-23].
As expressões nos passam a idéia de que as duas afirmações mencionadas pelo autor foram ditas "no mesmo lugar". Com isso pode-se subentender que:
1 – Tal "lugar" seja uma mesma região. E para isso seria necessário entender que a região próxima ao Éden seja a mesma região próxima a Canaã, embora não haja evidências precisas para afirmarmos a relação de tais lugares.
Ou,
2 – Tal "lugar" seja uma mesma Fonte de Informação da qual foram citados os relatos, ou seja, as Escrituras Hebraicas.
A dúvida de se saber a que tipo de "lugar" se refere, não afeta o entendimento desses versos, já que os versos anteriores e posteriores nos dão os esclarecimentos, principalmente para pormos à prova o 'argumento' sustentado erroneamente por esses versos de Hb 4.
Hb 4:6-7
Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas-novas, de novo, determina certo dia, Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
*
Nos versos de 6 a 7 de Hb 4, o autor declara que resta alguns entrarem no descanso, e para isso é necessário que tais creiam nas mesmas boas novas de entrarem no descanso de DEUS transmitidas aos israelitas da época de Moisés, ou seja, a entrada na pátria prometida, mas uma pátria melhor, a celestial.
Com isso, assim como foi exposto nos versos de 12 a 14 de Hb 3, o "certo dia" que foi determinado, "Hoje", é para que os que restam entrar no descanso sejam estimulados a ouvirem a Voz de DEUS de aceitarem a exortação diária e a promessa, para se tornarem "participantes de CRISTO" (Hb 3:14).
Hb 4:8-11
Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.
*
Nos versos de 8 a 11 de Hb 4, o autor de Hebreus deixa claro seu raciocínio. Ele expõe que o "descanso" que Josué deu ao povo, que foi a "entrada na pátria de Canaã", representava, profeticamente, um outro tipo de "descanso", a "entrada na pátria celestial".
Ao dizer que "resta um repouso para o povo de DEUS", o autor estimula a fé dos crentes, pois apesar de sermos participantes e termos entrado nesse descanso, devemos esperar a "concretização da promessa" (Hb 11:39), pois todos os da fé morreram "sem ter obtido as promessas; antes viram-nas, de longe, e saudaram-nas, e confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra" (Hb 11:13).
Quando o autor diz que "aquele que entrou no descanso de DEUS" [na pátria celestial], também "descansou de suas obras como DEUS das Suas", ou seja, descansou no sétimo dia, de todas as suas obras. Isso evidencia que o fato de sermos participantes de um descanso profético, isso não significa que devemos deixar de lado o descanso no sétimo dia. Para dar mais solidez a essa evidencia devemos saber como DEUS descansou de Suas obras, ou seja, se Ele realmente descansou no dia sétimo da semana e se Ele descansou das tarefas feitas nos outros seis dias da semana; e de acordo com Gn 2:2-3, foi exatamente dessa forma que DEUS descansou.
O autor finaliza seu raciocínio reforçando a exortação de entrarmos no descanso profético de DEUS, e com esforço, para não sermos desobedientes como o povo da época de Moisés.
Conclusão:
O descanso físico no sábado revigora nossas forças físicas (Lc 23:56). O Descanso Espiritual de CRISTO revigora nossas forças espirituais (Mt 11:28-29). Ter o Descanso Espiritual de CRISTO à nossa disposição não significa que nosso cansaço físico será revigorado sem o descanso físico (Mt 26:45 / Mr 6:31). Ter o descanso físico somente também não nos implica a nenhuma vantagem, pois é do SENHOR que vem a força (Dt 8:18 / Is 40:29-31).
A harmonia entre o descanso físico e o Descanso Espiritual é notória.
De acordo com Hb 3 e Hb 4, se somos crentes, temos o Descanso em CRISTO ("aquele que entrou no Descanso de DEUS" - Hb 4:10) e descansam no único dia santificado e abençoado por DEUS, no dia sétimo de todas as tarefas corriqueiras dos outros seis dias ("descansou de suas obras assim como DEUS das Suas" - Hb 4:10).
O SÉTIMO DIA SE EXTRAVIOU NA HISTÓRIA?
Qual é a prova apresentada para afirmar que o tempo se perdeu? Absolutamente nenhuma. Para o sábado perder-se no tempo, necessário seria esfacelar a própria semana, porém não existe uma prova sequer em favor da ruptura do ciclo semanal através da história. Somos simplesmente levados a crer que no passado distante todos despertaram uma manhã e concluíram simultaneamente que a segunda-feira se tornou a terça-feira, ou algo semelhante. Ou talvez que, quando o calendário foi mudado, os dias da semana tornaram-se confusos. Mas são apenas afirmações vagas, imprecisas e hipotéticas. Coisas do tipo: quem sabe foi na ocasião do dilúvio… quem sabe no período anárquico dos juízes… quem sabe… talvez… é possível… etc. Isto é um “complexo de extravio de tempo” que acomete os anti-adventistas, em grande parte devido ao modernismo religioso, calcado em equívocas idéias evolucionistas, que os induz a não levarem a sério a Antigüidade do dia de repouso. Portanto, a obrigação de provar algo fica a quem afirma que o sábado se perdeu no tempo, a saber, em que época, em que dia, de que mês e ano acorreu a suposta alteração dos dias da semana.
Não seria preciso dizer mais nada, afinal, o senso comum aponta para o óbvio: a semana tem-se mantido intacta, inviolável, pois é um espaço de tempo que corre sobre sete trilhos intermináveis. Contudo, gostaria de evidenciar a seguir vários fatos que provam definitivamente ser impossível o ciclo semanal ter se alterado durante o decorrer da história.
—> A Mantenenção Divina
É absurdo supor que Deus exija a observância de uma instituição, no caso o mandamento do sábado, e permita que este dia se extravie através dos tempos! Lembre-se que a Bíblia diz que Deus é onisciente, exato. Ele garantiu aos seres humanos de todas as épocas, de todas as latitudes e longitudes da Terra, que a semana jamais seria modificada. Por isso Deus não a ligou a nenhum corpo celeste que pudesse alterá-la. O ciclo semanal não tem nenhuma relação com qualquer fenômeno da natureza, como o dia, o mês ou o ano. Chova ou faça Sol, no inverno ou verão, a semana é um trilho eterno, onde correm sete dias intermináveis, imodificáveis e eternos enquanto “durar a Terra” (Gn.8:22). A semana tem sua origem em um Deus santo, que criou o mundo em seis dias e, ao sétimo, descansou, findando-a com chave de ouro, o sábado. Por que tanta indiferença a um dia que Deus criou, separou e santificou para o benefício do ser humano?
—> As Festividades Religiosas
A conservação exata dos registros do tempo é uma necessidade vital no culto religioso de todas as nações. O cristianismo e o judaísmo foram transmitidos através dos séculos desde os tempos bíblicos. A semana provavelmente é o elo mais definido que nos liga aos tempos antigos. Atualmente, na era cristã, há os que guardam o domingo (católicos e protestantes), os observadores da sexta-feira (muçulmanos) e os do fiéis observadores do sábado (judeus e cristãos tementes a Deus). Ninguém jamais teve a menor dúvida quanto ao dia que guardam.
—> O Calendário Atual
O ciclo semanal é ininterrupto, nada o obstrui, é uma máquina bem azeitada pelo nosso Pai do Céu. Por isso, aqui no Brasil, nas Américas, nos Continentes, enfim, em toda a Terra, todos os povos vivem a mesma semana no seu dia-a-dia. Ricos e pobres, moços e velhos, homens e mulheres e, sempre ao final da semana, chega o santo sábado, em todos os calendários. Interessante que o tempo é imaterial e universal, está em todos os lugares e todos têm acesso, por isso Deus ao santificar o sábado fez um segmento para todos. Atualmente o calendário ocidental está no ano 2008, o calendário judaico no ano 5768 e o islâmico no ano 1429. A contagem dos meses também é feita de maneira diferente. O ano novo judaico se dá por volta do nosso mês ocidental de setembro. Entretanto, o ciclo semanal é o mesmo no mundo todo! Mais uma prova de que o ciclo semanal nunca foi alterado.
—> A Irrazoabilidade Lógica
Por que o tempo deveria ser perdido? Quem gostaria de perdê-lo? A civilização e o comércio têm existido através de todos os séculos, e não podemos crer que aqueles que viveram antes de nós fossem tão hábeis como nós para guardar a contagem dos dias? Certamente toda sabedoria e todo conhecimento não estão confinados ao século presente. Uma simples pessoa dificilmente perde a contagem de um dia. Mais difícil é que uma família o faça. Seria concebível que um povoado, ou cidade, ou um país inteiro perdesse simultaneamente a contagem de um dia, o que envolveria confusão em todos os seus dias santos? E se tal pensamento fosse concebível, poderíamos crer que todos os povos de todas as partes do mundo perdessem exatamente a mesma quantidade de tempo? Para manter a idéia de que o tempo se perdeu, a pessoa tem de ir a tal incrível absurdo! Seria, pois, estupidez admitir que o mundo com seus bilhões de habitantes, grande parte sempre observando algum dia definido, perdesse a contagem de um único dia sequer.
Uma vez que a contagem do ciclo semanal estava estabelecido e generalizado entre os primeiros homens, é obvio que se tomava impossível qualquer confusão a respeito do legítimo sétimo dia e, assim, impossível perder-se a noção do dia definido. Admitindo embora a inexistência de um registro escrito e que para suprir este o homem primitivo houvesse de empregar um maior esforço de retentiva, o que, aliás, muito devia contribuir para robustecer e desenvolver nele essa faculdade, seria insensato concluir que pudesse ter-se dado em algum tempo um lapso de memória de tal modo geral, com respeito à sucessão exata dos dias, que ele escapasse por completo a uma retificação e viesse a perder-se assim o conhecimento do legítimo dia de sábado. Qualquer aberração nesse sentido a longevidade dos primitivos teria perfeitamente evitado. Por exemplo, segundo a cronologia bíblica, Adão viveu até o tempo de Matusalém, e este até o tempo de Sem, filho de Noé, o qual por sua vez chegou a ser contemporâneo de Isaque, filho de Abraão, o pai do povo hebreu.
Veja na imagem a seguir uma tentativa de reconstrução da cronologia bíblica da criação ao Êxodo, de acordo com o registro hebraico:
Imagem montada segundo as informações de “Seventh-Day Adventist Bible Commentary”, vol. I, p. 185, Review and Herald Publishing Association, Washington D.C., 4th Printing, 1953.
Noé, metido na arca, continuava, mesmo em meio à subversão geral do mundo, a guardar o conhecimento da semana original, calculando por ela o tempo, e transmitindo o seu conhecimento à posteridade (Gn.8:10–12). Dos tempos pós-diluvianos, porém, até aos tempos modernos, temos, na conformidade do cálculo dos dias da semana, observado entre povos os mais afastados entre si pelo tempo, pelo espaço e pela origem, o mais decisivo testemunho da uniformidade de vistas que sempre existiu a tal respeito.
—> As Ramificações Lingüísticas
O Dr. William Mead Jones, notável arqueólogo americano, após pacientes e aturadas investigações com a cooperação de competentes lingüistas de todo o mundo, levadas a efeito com muito trabalho e despesas, elaborou um quadro da semana, com 162 idiomas e dialetos, intitulado: “Chart of the Week — Showing the Unchanged Order of the Days and the True Position of the Sabbath, as proved by the Combined Testimony of Ancient and Modern Languages” (Mapa da Semana — Demonstrando a Ordem Inalterada dos Dias e a Legítima Posição do Sábado pelo Testemunho Combinado de Línguas Antigas e Modernas). Esse mapa, concluído em 1886, revela que em 140 línguas antigas e modernas o sétimo dia conserva o nome de “sábado” ou o nome equivalente, derivado do hebraico šabbath ( שבת ), ao passo que em 160 línguas é atestada a uniformidade dos dias, e, portanto, a identidade da semana primitiva e da atual! A parte referente aos idiomas europeus foi compilada pelo eminente lingüista Príncipe Louis-Lucien Bonaparte.
Na introdução ao seu trabalho, diz o autor:
Por Marllington Klabin Will
Qual é a prova apresentada para afirmar que o tempo se perdeu? Absolutamente nenhuma. Para o sábado perder-se no tempo, necessário seria esfacelar a própria semana, porém não existe uma prova sequer em favor da ruptura do ciclo semanal através da história. Somos simplesmente levados a crer que no passado distante todos despertaram uma manhã e concluíram simultaneamente que a segunda-feira se tornou a terça-feira, ou algo semelhante. Ou talvez que, quando o calendário foi mudado, os dias da semana tornaram-se confusos. Mas são apenas afirmações vagas, imprecisas e hipotéticas. Coisas do tipo: quem sabe foi na ocasião do dilúvio… quem sabe no período anárquico dos juízes… quem sabe… talvez… é possível… etc. Isto é um “complexo de extravio de tempo” que acomete os anti-adventistas, em grande parte devido ao modernismo religioso, calcado em equívocas idéias evolucionistas, que os induz a não levarem a sério a Antigüidade do dia de repouso. Portanto, a obrigação de provar algo fica a quem afirma que o sábado se perdeu no tempo, a saber, em que época, em que dia, de que mês e ano acorreu a suposta alteração dos dias da semana.
Não seria preciso dizer mais nada, afinal, o senso comum aponta para o óbvio: a semana tem-se mantido intacta, inviolável, pois é um espaço de tempo que corre sobre sete trilhos intermináveis. Contudo, gostaria de evidenciar a seguir vários fatos que provam definitivamente ser impossível o ciclo semanal ter se alterado durante o decorrer da história.
—> A Mantenenção Divina
É absurdo supor que Deus exija a observância de uma instituição, no caso o mandamento do sábado, e permita que este dia se extravie através dos tempos! Lembre-se que a Bíblia diz que Deus é onisciente, exato. Ele garantiu aos seres humanos de todas as épocas, de todas as latitudes e longitudes da Terra, que a semana jamais seria modificada. Por isso Deus não a ligou a nenhum corpo celeste que pudesse alterá-la. O ciclo semanal não tem nenhuma relação com qualquer fenômeno da natureza, como o dia, o mês ou o ano. Chova ou faça Sol, no inverno ou verão, a semana é um trilho eterno, onde correm sete dias intermináveis, imodificáveis e eternos enquanto “durar a Terra” (Gn.8:22). A semana tem sua origem em um Deus santo, que criou o mundo em seis dias e, ao sétimo, descansou, findando-a com chave de ouro, o sábado. Por que tanta indiferença a um dia que Deus criou, separou e santificou para o benefício do ser humano?
—> As Festividades Religiosas
A conservação exata dos registros do tempo é uma necessidade vital no culto religioso de todas as nações. O cristianismo e o judaísmo foram transmitidos através dos séculos desde os tempos bíblicos. A semana provavelmente é o elo mais definido que nos liga aos tempos antigos. Atualmente, na era cristã, há os que guardam o domingo (católicos e protestantes), os observadores da sexta-feira (muçulmanos) e os do fiéis observadores do sábado (judeus e cristãos tementes a Deus). Ninguém jamais teve a menor dúvida quanto ao dia que guardam.
—> O Calendário Atual
O ciclo semanal é ininterrupto, nada o obstrui, é uma máquina bem azeitada pelo nosso Pai do Céu. Por isso, aqui no Brasil, nas Américas, nos Continentes, enfim, em toda a Terra, todos os povos vivem a mesma semana no seu dia-a-dia. Ricos e pobres, moços e velhos, homens e mulheres e, sempre ao final da semana, chega o santo sábado, em todos os calendários. Interessante que o tempo é imaterial e universal, está em todos os lugares e todos têm acesso, por isso Deus ao santificar o sábado fez um segmento para todos. Atualmente o calendário ocidental está no ano 2008, o calendário judaico no ano 5768 e o islâmico no ano 1429. A contagem dos meses também é feita de maneira diferente. O ano novo judaico se dá por volta do nosso mês ocidental de setembro. Entretanto, o ciclo semanal é o mesmo no mundo todo! Mais uma prova de que o ciclo semanal nunca foi alterado.
—> A Irrazoabilidade Lógica
Por que o tempo deveria ser perdido? Quem gostaria de perdê-lo? A civilização e o comércio têm existido através de todos os séculos, e não podemos crer que aqueles que viveram antes de nós fossem tão hábeis como nós para guardar a contagem dos dias? Certamente toda sabedoria e todo conhecimento não estão confinados ao século presente. Uma simples pessoa dificilmente perde a contagem de um dia. Mais difícil é que uma família o faça. Seria concebível que um povoado, ou cidade, ou um país inteiro perdesse simultaneamente a contagem de um dia, o que envolveria confusão em todos os seus dias santos? E se tal pensamento fosse concebível, poderíamos crer que todos os povos de todas as partes do mundo perdessem exatamente a mesma quantidade de tempo? Para manter a idéia de que o tempo se perdeu, a pessoa tem de ir a tal incrível absurdo! Seria, pois, estupidez admitir que o mundo com seus bilhões de habitantes, grande parte sempre observando algum dia definido, perdesse a contagem de um único dia sequer.
Uma vez que a contagem do ciclo semanal estava estabelecido e generalizado entre os primeiros homens, é obvio que se tomava impossível qualquer confusão a respeito do legítimo sétimo dia e, assim, impossível perder-se a noção do dia definido. Admitindo embora a inexistência de um registro escrito e que para suprir este o homem primitivo houvesse de empregar um maior esforço de retentiva, o que, aliás, muito devia contribuir para robustecer e desenvolver nele essa faculdade, seria insensato concluir que pudesse ter-se dado em algum tempo um lapso de memória de tal modo geral, com respeito à sucessão exata dos dias, que ele escapasse por completo a uma retificação e viesse a perder-se assim o conhecimento do legítimo dia de sábado. Qualquer aberração nesse sentido a longevidade dos primitivos teria perfeitamente evitado. Por exemplo, segundo a cronologia bíblica, Adão viveu até o tempo de Matusalém, e este até o tempo de Sem, filho de Noé, o qual por sua vez chegou a ser contemporâneo de Isaque, filho de Abraão, o pai do povo hebreu.
Veja na imagem a seguir uma tentativa de reconstrução da cronologia bíblica da criação ao Êxodo, de acordo com o registro hebraico:
Imagem montada segundo as informações de “Seventh-Day Adventist Bible Commentary”, vol. I, p. 185, Review and Herald Publishing Association, Washington D.C., 4th Printing, 1953.
Noé, metido na arca, continuava, mesmo em meio à subversão geral do mundo, a guardar o conhecimento da semana original, calculando por ela o tempo, e transmitindo o seu conhecimento à posteridade (Gn.8:10–12). Dos tempos pós-diluvianos, porém, até aos tempos modernos, temos, na conformidade do cálculo dos dias da semana, observado entre povos os mais afastados entre si pelo tempo, pelo espaço e pela origem, o mais decisivo testemunho da uniformidade de vistas que sempre existiu a tal respeito.
—> As Ramificações Lingüísticas
O Dr. William Mead Jones, notável arqueólogo americano, após pacientes e aturadas investigações com a cooperação de competentes lingüistas de todo o mundo, levadas a efeito com muito trabalho e despesas, elaborou um quadro da semana, com 162 idiomas e dialetos, intitulado: “Chart of the Week — Showing the Unchanged Order of the Days and the True Position of the Sabbath, as proved by the Combined Testimony of Ancient and Modern Languages” (Mapa da Semana — Demonstrando a Ordem Inalterada dos Dias e a Legítima Posição do Sábado pelo Testemunho Combinado de Línguas Antigas e Modernas). Esse mapa, concluído em 1886, revela que em 140 línguas antigas e modernas o sétimo dia conserva o nome de “sábado” ou o nome equivalente, derivado do hebraico šabbath ( שבת ), ao passo que em 160 línguas é atestada a uniformidade dos dias, e, portanto, a identidade da semana primitiva e da atual! A parte referente aos idiomas europeus foi compilada pelo eminente lingüista Príncipe Louis-Lucien Bonaparte.
Na introdução ao seu trabalho, diz o autor:
- “Tem o presente mapa por fim responder às seguintes asserções freqüentemente feitas:
1) Que a semana não constituiu uma divisão uniforme de tempo;
2) que não há certeza alguma quanto à ordem exata dos dias da semana;
3) que a ninguém é dado saber qual seja o primeiro dia da semana e qual o sétimo;
4) que o sábado original foi o domingo — que o dia foi mudado quando Israel saiu do Egito — que desde a ressurreição de Cristo até a presente data os cristãos têm estado observando o sábado original instituído no Éden.
“Há um bom número de anos ocorreu ao autor indagar o que a esse respeito adiantava a história das línguas. A linguagem de um povo revela as idéias, costumes e práticas do povo que a fala. Se do começo da linguagem escrita até ao tempo atual o seu testemunho for unânime sobre este ponto, ele é merecedor de toda a confiança, a evidência deve ser aceita e o nosso juízo formulado de acordo com a mesma.
“A organização deste mapa exigiu, como é natural, longos e pacientes estudos e a consulta de grande número de obras; além de correspondência com estrangeiros, entrevistas com indígenas, missionários, viajantes e autores, sem levar em linha de conta a longa demora do próprio autor e os estudos por ele pessoalmente feitos em países do oriente.
“Como ao leitor atento é dado verificar, o hebraico tem as suas formas antigas, medievais e modernas, como as têm os demais idiomas semíticos e bem assim os da família hamítica e jafética. Todos eles, porém, concordam em que o domingo é o primeiro dia da semana e o sábado o dia sétimo. É digno de nota também que o sétimo dia conservasse sempre o seu primitivo nome de sábado conferido por Deus. Temos aí pois uma história contínua da semana e do sábado, história ininterrupta, inalterada, sem lacunas e sem o extravio de um único dia, desde a criação até o tempo presente. O autor dedicou o melhor dos seus esforços e do seu tempo, e durante um bom número de anos, a reunir essas vozes dos países de sua procedência para trazê-las ao conhecimento dos seus colegas cristãos, na firme esperança de por este meio varrer de todo o espírito sincero os sofismas e insinuações, as asserções inexatas e frioleiras acerca do extravio de um dia, de uma mudança do sábado ou de ser o domingo o sétimo dia original. Depois de um estudo atento do presente mapa, o leitor chegará naturalmente à conclusão de que é absolutamente impossível que o testemunho dessas línguas históricas minta, persuadindo-se de que elas dizem a verdade, toda a verdade e só a verdade sobre o assunto em questão.
“O mapa oferece em suma uma perspectiva da história lingüística da semana de sete dias desde a antigüidade mais remota até o tempo atual. Ele demonstra a continuidade ininterrupta de nosso ciclo semanal desde o começo da linguagem falada senão do próprio tempo. Uma meia hora de estudo que dedique a este trabalho bastará para convencer ao leitor de que é manifesta a mão dirigente de Deus em preservar intacta desde o princípio até agora, entre as nações, essa simples mas importante divisão do tempo, que é a um tempo o monumento e a memória de Sua obra criadora.” — Para saber mais sobre a “Chart of the Week”, acesse o seguinte site: http://www.seventh-day.org/chartweek.htm (acessado 12/07/2007).
[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]
[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]
—> As Diversas Culturas
Em todas as épocas, todos os povos tiveram e têm uma semana com sete dias. Inúmeros calendários foram utilizados por civilizações diferentes. O calendário árabe, usado pelos povos maometanos, é baseado no movimento da Lua. Os gregos primitivos, mongóis, chineses, judeus e indianos, usavam calendários luni-solares, com o mesmo período dos demais calendários, e os meses eram regulados de maneira a começarem e terminarem com uma lunação. Mas, todos sem afetar a semana.
Quanto ao povo judeu, tem-se conservado um registro exato do sábado através dos séculos. Durante o Êxodo, antes do Sinai, Deus pelo milagre do maná deixou claro qual era o verdadeiro sétimo dia. Existia maná sempre em quantidade suficiente para cada dia, mas qualquer pessoa que o colhesse em quantidade para o próximo dia, o maná sempre estragava. Mas no sexto dia uma dupla porção de maná caia do céu e as pessoas colhiam o suficiente para dois dias sem que o maná estragasse, pois aos sábados o maná não cairia do céu (Ex.16:28–30).
É curioso notar, entretanto, como no decorrer do tempo, mais de uma vez, ainda que mal-sucedidas, tentativas foram feitas no sentido de introduzir novas divisões do tempo em substituição à da semana de sete dias e até mesmo uma modificação da ordem primitiva dos dias que constituem a semana. E não estamos nos referimos à alteração que os dias da semana experimentaram em suas designações em conseqüência da astrolatria, alteração que, embora adaptada e consagrada em muitos povos, absolutamente não influiu para uma alteração da sua ordem legítima, servindo, ao contrário, ainda hoje, de atestar que esta continua absolutamente a mesma. Os babilônios, que foram sem dúvida os primeiros a introduzir essa nova designação dos dias da semana, conservaram ao lado do nome planetário de Saturno, dado ao sétimo dia, o seu nome legítimo de “sábado”, como ficou demonstrado pelas recentes descobertas feitas; os vestígios do sábado, porém, remontam até aos sumerianos, os fundadores da civilização babilônica, em cuja língua, a mais antiga de que temos notícia, o sábado é interpretado como “um dia de descanso para a alma” (ver Archibald Henry Sayce, “The Higher Criticism and the Verdict of the Monuments”, p. 74).
Estamos nos referir-nos antes de tudo às divisões do tempo que foram introduzidas e estiveram em voga na Grécia e em Roma, sendo em Roma as nundinae, espécie de semana de nove dias, e na Grécia a divisão do mês em três períodos de dez dias, respectivamente. Não sabemos se essas instituições eram destinadas a substituir a semana de sete dias; o que é certo, porém, é que a sua duração foi limitada, não logrando nunca foros de universais, e ainda menos influir sobre a ordem primitiva dos dias da semana, que tiveram entre esses povos as mesmas designações que entre os babilônios.
Outra tentativa, mas de evidente má fé, foi a da Revolução Francesa, que, insurgindo-se contra toda a espécie de religião, estabeleceu uma semana de dez dias em substituição à de sete, instituição que, sobre as precedentes teve apenas a vantagem de uma extensão mais limitada e de uma existência ainda mais efêmera. Semelhantemente o governo soviético eliminou da semana tanto o sábado e o domingo pretendendo deixar a semana apenas com cinco dias, tentativa tão fracassada que esteve em vigência apenas quatro meses, entre outubro de 1929 e janeiro de1930.
Coisa mais curiosa nos oferece a China. Os chineses maometanos adotaram para os dias da semana as designações semíticas de “primeiro do sábado” (domingo), “segundo do sábado” (segunda-feira), etc., ao passo que os católicos, sem alterarem a ordem dos dias, designaram a começar pelo domingo ou o primeiro dia da semana: “dia de olhar para cima e de render culto” (domingo), “dia de culto dois” (segunda-feira), “dia de culto três” (terça-feira) e ao sábado “dia de culto sete”, conservando, portanto, a sua numeração exata. Não assim os protestantes, que vieram mais tarde e que, alterando essa numeração, designaram o domingo “dia de culto ou de adoração respeitosa”, a segunda-feira “dia de culto um”, a terça-feira “dia de culto dois”, e o sábado, “dia de culto seis”, figurando aí o sábado como sexto dia, em vez de sétimo, que no cálculo deles passou a ser o domingo.
Contudo, nem mesmo essa inovação conseguiu estender-se além da igreja, muito menos influir de modo geral e decisivo sobre a ordem legítima dos dias, pois os chineses, que também adotaram o sistema babilônico de designar os dias, conservam por ele a ordem inalterada observada por todos os demais povos, possuindo, além disso, um sistema particular de divisão de tempo, que consiste num período de 28 dias, de sucessão absolutamente regular, o qual se divide em quatro períodos de sete dias, a que eles denominam “os sete reguladores”, e que correspondem à nossa semana. Com referência a ele diz Sir Mead Jones:
- “Esse sistema de cálculo da semana é antiqüíssimo e representa um quádruplo testemunho da ordem inalterada da série de sete dias tão conhecida na antigüidade quanto nos tempos modernos. Esse sistema tem sido uma salvaguarda contra o extravio de um dia, ou substituição de um dia pelo outro.” — Em “Chart of the Week”.
—> O Relato Bíblico
A Bíblia revela claramente que Jesus foi crucificado no dia da preparação (Lc. 23:54) e ressuscitou dos mortos no primeiro dia da semana (Mt. 28:1; Mr. 16:1, 9; Lc. 24:1; Jo. 20:1). Os Seus seguidores guardaram o sábado “conforme o mandamento” (Lc. 23:55-56), isto é, no mesmo dia semanal que terminou “o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Ex. 20:11). Até a época de Cristo, portanto, o sábado se manteve inalterado entre o dia da preparação (sexta-feira) e o primeiro dia (domingo).
É claro que não temos uma história que nos conte exata, explícita e especificamente tudo o que aconteceu desde a criação. Mas pelo menos sabemos que, quando chegamos ao tempo da crucifixão de Cristo, “o sábado segundo o mandamento” era definidamente conhecido, e que aquele dia era o dia entre a sexta-feira da crucifixão e o domingo da ressurreição, o sétimo dia do ciclo semanal. Isso torna definitivamente desnecessária nossa sondagem do tempo antes de Cristo. Não há absolutamente nenhuma incerteza ao remontar as semanas aos tempos bíblicos. Na era pré-cristã não se perdeu o dia original de repouso. Na nossa era não seria possível perder-se.
Nessa época, os judeus eram extremados na guarda do sábado. Ao serem espalhados, dispersos por todas as nações da Terra, após a destruição de Jerusalém (em 70 AD), levaram consigo a observância sabática do sétimo dia a todas as nações em que se estabeleceram. O eminente Rabino Isaac M. Wise tem o seguinte a testemunhar:
- “Não há época na história que não esteja compreendida na tradição dos judeus. Poder-se-ia tão bem afirmar que o domingo não é o primeiro dia da semana ou o terceiro dia depois da crucificação, como afirmar que os judeus olvidaram a ordem dos dias, sendo o sábado tão sagrado para eles. Qualquer que sustentar que houve extravio de um dia deve poder provar em que lugar e a que tempo os judeus cometeram um lapso no cálculo dos dias.
“Os judeus não têm nomes para os dias da semana, designando-os simplesmente ‘primeiro, segundo, terceiro, etc., do sábado’. Admitido pois que em qualquer parte para onde foram dispersos oitocentos anos antes de Cristo alguns deles houvessem errado no cálculo dos dias, outros haveria, em outros lugares, que não teriam cometido o mesmo erro, devendo dai naturalmente ter-se originado entre eles uma disputa quanto ao legitimo dia a observar. A história nada absolutamente diz a esse respeito.
“O Sinédrio de Jerusalém publica regularmente todos os anos o calendário judaico para os judeus em todo o mundo. Em que tempo teria ele pois se enganado a respeito do sábado? Aqueles que pretendem que houve extravio de um dia sustentam um absurdo.” — Em “Tempo Extraviado”, de “Arauto da Verdade”, vol. 9, n° 7, p. 114, julho de 1908.
—> Os Fatos Históricos
Houve, de fato, mudanças no calendário. Nenhuma delas, porém, mexeu com a ordem dos dias da semana. Não vamos referir-nos às reformas precárias que não foram adotadas, ou apenas simbólicas como o calendário positivista, o da Revolução Francesa, e outros que não vingaram. Analisemos sucintamente somente as mudanças que alteraram o cômputo dos meses, dias e anos.
O calendário judaico vinha dos primeiros tempos bíblicos, e consignava o sábado. Os calendários das demais nações do Oriente, embora dessemelhantes quanto aos meses ou anos, eram contudo idênticos na divisão semanal. O calendário romano mais antigo, que se crê fora dado por Rômulo, supunha um ano de 305 dias, em 10 meses, a partir de março. Seu sucessor, Numa, acrescentou dois meses, elevando o ano civil para 365 dias. Quando Júlio César subiu ao poder supremo de Roma, notando que o calendário vigente era deficiente, chamou o famoso astrólogo Alexandrino Sosígenes para estudar a questão. Este determinou que se abandonasse o calendário dos meses lunares, e se adotasse o egípcio. Foi feita a reforma no ano 45 AC e a semana que vinha no calendário egípcio era paralela à do calendário judaico, e foi mantida. O calendário ficou alterado, mas sem afetar a ordem dos dias semanais. Essa é a reforma chamada Juliana.
Assim a ordem de sete dias dos dias da semana não se alterou. Isso foi antes do nascimento de Cristo. Nos tempos de Jesus e dos apóstolos, a semana na Palestina coincidia com a semana dos romanos quanto à ordem dos dias. A denominação dos dias também era a designação ordinal, pois os nomes dos dias da semana se devem a Constantino, o mesmo que, por decreto, legalizou a observância do primeiro dia.
E quanto aos séculos depois de Cristo? Será que as mudanças de calendário embaralharam nossa contagem das semanas? Felizmente, não precisamos ficar em dúvida. Vamos aos fatos. Desde o tempo de Jesus, houve apenas uma única mudança relevante de calendário, a do Juliano para o Gregoriano, sob o qual hoje vivemos. Este é o nosso atual calendário, conhecido como “Calendário Gregoriano”.
Em 1582, o papa Gregório XIII encomendou um estudo que descobriu que o ano tinha 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 50 segundos, ou seja, 11 minutos e 10 segundos menos que os cálculos do calendário Juliano. Essa diferença tinha ocasionado um ganho de 10 dias ao calendário. Então, decidiu-se tirar esses 10 dias do calendário passando diretamente do dia 4 de outubro para o dia 15 de outubro de 1582, havendo uma redução de 10 dias do mês, dando origem ao atual calendário Gregoriano, que permitiu um grande salto nos anos. Como resultado, o calendário foi sincronizado com o ano solar. Essa reforma alterou o cômputo, mas não a ordem semanal. O dia 4 foi quinta-feira, e o dia 15, logo a seguir, foi sexta-feira. Portanto, o ciclo semanal não foi mudado. A seqüência dos dias da semana permaneceu a mesma. Somente a numeração mudou.
A mudança para o novo calendário foi feita primeiro nos países latinos: Espanha, Portugal e Itália aceitaram-na em 1682 AD, por um edito papal. Então ficou havendo uma diferença de 12 dias no calendário dos países latinos pra os países anglo-saxões. Mas o ciclo semanal era o mesmo em qualquer país. Enquanto era segunda-feira em Portugal, também era segunda-feira na Inglaterra. Embora usassem calendários diferentes, o ciclo semanal permanecia inalterado.
Nos países de fala inglesa a mudança Gregoriana só foi aceita mais tarde, em setembro do ano de 1752, quando o dia 2, quarta-feira, foi seguido pelo dia 14, uma quinta-feira. O resultado foi que, embora certos dias fossem retirados do mês, a ordem dos dias da semana não foi afetada. E este é o ciclo semanal que atualmente mede os dias de sábado para nós. Com o passar dos anos, as outras diversas nações gradualmente foram mudando do calendário Juliano para o Gregoriano. E cada nação, ao fazer a mudança, empregou a mesma regra de retirar dias do mês sem tocar na ordem dos dias da semana.
[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]
[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]
Veja a imagem a seguir para entender melhor o que ocorreu em outubro de 1582:
Mas o caso é ainda mais forte do que isso. Além de a semana não ser alterada na revisão do calendário, nem mesmo a idéia de romper de alguma maneira o ciclo semanal foi cogitada quando se sugeriu a mudança propriamente dita. Falando da variedade de planos indicados para a correção do calendário, diz a “Enciclopédia Católica”:
- “Cada proposta imaginável foi feita; somente uma idéia nunca foi mencionada, isto é, o abandono da semana de sete dias.” — Vol. 9, p. 251. Em inglês
“Ao ser organizado o Calendário Gregoriano, notou o astrônomo Luiz Lílio que havia um atraso de dez dias, de acordo com os calendários existentes. Luiz Lílio deu conselhos ao Papa Gregório XIII, e este decidiu que o dia seguinte a 4 de outubro de 1582 se chamasse 15 de outubro. A mesma reforma foi ordenada por Carta Patente do Rei Henrique III e a segunda-feira, 20 de dezembro de 1592, sucedeu ao domingo 9, isto é, o dia seguinte a 9 de dezembro devia ser 10 e passou a ser 20. Houve protestos. Os protestantes não se conformaram com as decisões do Papa. Os ingleses concordam em 1572. Fazem suceder ao dia 2 do mês de setembro do referido ano, o dia 14, isto é, o dia 3 passa a ser dia 14, ficando todos os povos cristãos com um mesmo calendário, o Gregoriano.” — Itanel Ferraz, “Segue-Me”, p. 13.
—> A Prova Científica da Astronomia
Considere a questão ainda por ainda outro ângulo. Pergunte a qualquer astrônomo se o tempo se perdeu, ou se a ordem semanal foi alterada e ele lhe dirá simplesmente que não. Os principais cientistas do mundo comprovam o fato de que a seqüência da ordem semanal nunca mudou. Os centros astronômicos Royal Naval Observatory, dos EUA, e na Ingalaterra, o Royal Greenwich Observatory, confirmam o fato de haver um ciclo semanal constante e imutável.
Fato de realce e da mais alta importância para consolidar o assunto, é a informação exata de que os registros astronômicos e datas que remontam a 600 AC concordam com o cômputo dos astrônomos de hoje, de que jamais houve alteração em algum tempo da seqüência ciclo semanal. Quem poderá contestar os astrônomos? Não creio haver pessoas mais bem informadas a respeito do assunto do que eles. Recorramos, pois, a eles. Eis a seguir o que depõem:
- “Tivemos o ensejo de investigar os resultados dos trabalhos de especialistas em cronologia, e jamais se soube de um sequer que tivesse a menor dúvida acerca da continuidade do ciclo semanal desde muito tempo antes da era cristã. Nenhuma das reformas havidas em nosso calendário, em séculos passados, afeta de algum modo o ciclo da semana.” — Dr. A. James Robertson, diretor do Observatório Naval de Washington, em resposta a carta de consulta, em 1932. Fotocópia publicada à p. 560 de “Answers to Objections”, de Francis D. Nichol.
- “Tanto quanto se sabe, nas várias mudanças do Calendário, não tem havido nenhuma alteração na ordem dos sete dias da semana, a qual transcorre inalterada desde os mais remotos tempos.” — Idem, p. 562.
- “A quebra da continuidade da semana, que tem atravessado, ainda intata, os séculos e todos os calendários conhecidos, e o uso universal desta unidade de medição do tempo, são as razões que se opõem a esta mudança de calendário”
- “A regularidade ininterrupta da seqüência das semanas, que têm decorrido sem uma quebra por mais de três mil anos está agora suscitando debates… Alguns… defendem a utilidade de manter-se a unidade do tempo que se mantém invariável desde o alvorecer da História.”
- “Evidência clara é que o período de sete dias era contado independentemente do mês e de todos os períodos astronômicos. Da Igreja judaica passou-se ele para a Igreja Cristã.” — Em “National Almanac” de 1931, p. 740.
- “As mudanças do calendário de modo algum interferiram na continuidade dos dias da semana … Não produziram quebra no ciclo semanal. As datas do mês foram alteradas mas nunca os dias da semana. A continuidade dos dias da semana… não foi alterada quando a França cancelou dez dias de seu calendário no mês de dezembro. A mudança teve lugar numa sexta-feira, mas continuou sendo sexta feira dia 20 em vez de sexta-feira dia 10…. Os dias do ciclo semanal jamais foram alterados em tempo algum, em qualquer reforma processada no calendário.” — Em “Congressional Record”, junho de 1829, p. 5.
- “A divisão da semana vem inalterável em milhares de anos.” — Em “Report on the Reform of the Calendar”, 17 de agosto de 1926, p. 51.
Concluiremos com a transcrição dos debates ocorridos em torno da reforma do calendário, no Congresso de Washington, extraída dos Anais do Congresso, sessão de 21/1/1929, entre os congressistas Cyrenus Cole, Sol Bloom e W. S. Eichelberger, então diretor do Observatório Naval dos EE.UU.:
- “MR. BLOOM: Não é um fato que, nas mudanças produzidas no calendário, as datas foram mudadas, porém nunca os dias? V. Excia. sabe de algum tempo na História em que algum calendário, a partir do princípio do remoto calendário egípcio, em que o dia da semana se tenha trocada?
“MR. EICHELBERGER: Não, não sei absolutamente.
“MR. BLOOM: Mas m datas foram mudadas?
“MR. EICHELBERGER: Sim, não há dúvida.
“MR. BLOOM: V. Excia. pode mudar qualquer data do calendário a seu critério, como o fez o Papa Gregório, desprezando 10 dias em 1582, e os britânicos 11 dias em seu calendário, instituindo-se assim o calendário sob o qual vivemos. As datas foram trocadas, mas não foi alterada sequer um dia da semana…
“MR. EICHELBERGER: Tanto quanto eu saiba, isto é exato.
“MR. COLE: Há fundamento na crença de que sábado, ou outros dias da semana se têm sucedido em ininterrupta continuidade desde os tempos mais remotos?
“MR. EICHELBERGER: Tanto quanto eu saiba, isto é verídico.” — Em “Congressional Report”, p. 68. Grifos acrescentados.
PONDERAÇÃO FINAL
O importante a destacar é que em todas as alterações no afã de acertar dias, minutos, horas e segundos, nada, repito, NADA mesmo alterou o ciclo semanal. Temos absoluta certeza de que o dia de sábado jamais se perdeu na meada dos séculos. Ele tem cortado os milênios e chegado até nós hoje, tal qual fê-lo o nosso Criador ao término da criação. Não há dúvida! Negar esta verdade é uma grande falta do que dizer.
A despeito da multiplicidade das provas, contentamo-nos com uma: sendo o dia que tem o brilho imarcescível da bênção divina, jamais se perderia na noite dos tempos. O próprio Deus onisciente cuidou que assim fosse. Como de fato tem sido. Graças a Deus!
Já o mesmo não ocorre com os professos cristãos em relação ao seu espúrio dia de repouso, o domingo. Esses não têm certeza de que não se tenha extraviado nalguma alteração cronológica ou mudança de calendário na era cristã. Com esse “complexo de extravio de dia”, os próprios objetores não têm certeza do dia que guardam. Isto, porém, é problema deles.
O SELO DE DEUS E A MARCA DA BESTA NO TEMPO DO FIM
A Igreja Adventista entende ser a adoração no sétimo dia o selo de Deus a questão básica na crise final. Mas será que há fundamento bíblico para sustentar essa idéia, uma vez que a palavra “sábado” nem sequer aparece no livro de Apocalipse? Ademais, como isso seria possível sendo que a questão sábado/domingo nem se apresenta relevante no mundo moderno? O dia de observância é realmente a questão central no fim, ou os adventistas estão vivendo num mundo de fantasia?
—> Os Mandamentos em Apocalipse
Em Apocalipse 12:17 encontramos duas características para a igreja remanescente no tempo do fim: “os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus”. Duas qualidades, por sinal, também são apresentadas em Apocalipse 14:12: “aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. Note bem que, em ambos os textos, a obediência aos “mandamentos de Deus” é a primeira característica apresentada e a única que é repetida. Isso deixa implícito que, de algum modo, a questão entre os que serão enganados e os fiéis a Deus está na observância de Seus mandamentos, porque o selo de Deus está em Sua lei (Dt.6:8 / Is.8:16; cf. Ex.31:18). Mas se preceitos do tipo “não matarás” são amplamente aceitos, será que o contexto não se concentra em um ou mais mandamentos específicos?
A questão chave está na “adoração”, palavra que só no capítulo 13 e 14 é repetida oito vezes! Em Apocalipse 13:4, “adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta.” Em seguida, no verso 8, “adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra.” No verso 12, as pessoas são forçados a adorar a Besta, e no verso 15 são forçadas a adorar a imagem da Besta! E assim prossegue no capítulo 14 (vs.6,9–11). A adoração sempre foi o que diferenciou o verdadeiro do falso (Gn.4:3–9 / 1Re.18:16–46 / Mt.4:8–10). Portanto, a verdade-teste no tempo do fim centraliza-se na questão da adoração apropriada. Essa questão nos remete aos primeiros quatro mandamentos, pois preocupam-se diretamente com nosso relacionamento para com Deus e com a Sua adoração.
O primeiro mandamento diz: “Não terás outros deuses diante de Mim”, mas a Besta toma o lugar de Deus por pretender receber adoração (Ap.13:4,8). O segundo mandamento adverte contra o culto às imagens, contudo a Besta estabelece uma imagem a ser adorada (Ap.13:14–15). O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, em contraste a Besta tem nomes de blasfêmia escritos sobre si (Ap.13:1,5–6). E o quarto mandamento que manda separar o tempo sagrado a Deus foi atacado quando o Anticristo cuidou “em mudar os tempos e a lei” (Dn.7:25). Todos os quatro mandamentos da primeira tábua da lei sofrem ataque.
—> O Sábado em Apocalipse
Ainda em Apocalipse, novamente é feita alusão à primeira tábua da lei, quando no capítulo 14 o anjo apocalíptico apresenta as mesmas motivações para a observância dos mandamentos que são encontradas na primeira tábua da lei.
A primeira é a motivação da salvação (ver Ex.20:1–3), uma motivação positiva. Deus livrou o povo do Egito assim como Cristo nos livra do pecado, que é a mensagem do evangelho. O anjo tem o “evangelho eterno para pregar” (Ap.14:6), o mesmo tipo de motivação. A segunda motivação é mais negativa, a motivação do julgamento: “Eu castigo aqueles que me odeiam” (Ex.20:5). O anjo avisa que “é chegada a hora do Seu juízo” (Ap.14:7), fazendo alusão à motivação do julgamento. A terceira e última motivação é especial e a principal.
Sete vezes em Apocalipse 13 e 14 é alertado contra a falsa adoração: “Eles adoraram o dragão”; “adorar a besta”; “adorar a imagem da besta”. Somente uma vez nesses capítulos há um apelo a adorar o verdadeiro Deus. O tem principal é o confronto entre o verdadeiro culto versus o falso. Quando o Apocalipse finalmente chega ao ponto de apelar às pessoas para adorarem o verdadeiro Deus, esse convite é feito no contexto do quarto mandamento, com a motivação da criação. O anjo apocalíptico grita em boa voz a última motivação: “adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar” (Ap.14:7), apelando a todos que adorem ao Criador, fazendo clara alusão ao mandamento do sábado. Usa, inclusive, as mesmas palavras da fonte veterotestamentária: “porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar” (Ex.20:11). Em ambos os textos, a motivação e o chamado para a adoração têm lugar no contexto da criação, cujo memorial, o sábado, aponta continuamente a Deus como objeto de culto.
A mensagem do anjo apocalíptico, portanto, contém as mesmas motivações como na primeira tábua da lei. O texto de Apocalipse 13 e 14 oferece, pois, várias indicações de como o modo pelo qual nos relacionamos com a primeira tábua da lei é a questão básica no tempo do fim, especialmente em relação ao sábado, considerado pelo autor, em certo sentido, como a questão crucial. Os que estão aguardando a volta de Jesus se preocuparão com a adoração apropriada, e isso está estritamente relacionado com o dia correto de adoração.
—> O Selo nos Mandamentos
Uma vez que a primeira tábua da lei jaz ao centro da batalha entre o Dragão e o remanescente, procuremos diligentemente qual é o mandamento que representa especificamente o selo de Deus. Para isso, levemos em consideração alguns requisitos básicos que se fazem necessários na caracterização de um selo oficial. São eles:
—> O Selo Falsificado
Esse conceito de um selo é importante no Apocalipse também. O sábado, selo de Deus, é dado “por sinal na mão e… por frontais entre os olhos” (Dt.6:8) aos 144 mil que são selados em suas frontes (Ap.14:1 / Ap.7:3–4; cf. Ex.31:13,17). O Dragão tem um selo falsificado, a marca da Besta (Ap.13:16–17), o qual ele impõe do mesmo modo, “sobre a mão direita ou sobre a fronte” (Ap.13:16). Daí fica evidente que a marca da besta é um dia de adoração falsificado, pois em oposição ao selo de Deus, o sábado, está a marca da besta, o sinal da apostasia. Em contrafação do verdadeiro dia de adoração, está o dia de adoração modificado pelo Anticristo (ver Dn.7:25) e, conseqüentemente, a falsa adoração, que é a questão chave de Apocalipse 13 e 14, da qual tanto esse texto adverte!
Como o sábado foi dado para ser um sinal que fizesse o homem se lembrar de Deus, percebe-se imediatamente que um poder que buscasse exaltar-se acima de Deus procuraria remover aquilo que chama a atenção do homem para seu Criador e impor seu próprio dia de adoração em seu lugar. Isso não poderia ser feito com maior eficiência do que encobrindo o memorial divino, o sábado do sétimo dia, e colocando o outro dia em seu lugar, o domingo!
É interessante notar que essa mudança do dia de guarda, a “abolição” do sábado e instituição do domingo como “Dia do Senhor” é reconhecida oficialmente pela Igreja Católica! Suas autoridades eclesiásticas pensam que o papado tem poder para modificar a Lei de Deus, mudando o quarto mandamento para o terceiro do catecismo e ordenando a santificação do primeiro dia da semana em vez do sétimo. Tudo isso é reconhecido em seus documentos oficiais, bulas e cartas papais, credos, catecismos, concílios e sínodos. Como se não bastasse, o papado ainda roga instituição do domingo como a marca de sua autoridade eclesiástica perante toda a cristandade, uma vez que os protestantes a observam apenas com fundamento na tradição católica. Leiamos a seguir algumas declarações extraídas de fontes autorizadas e de documentos oficiais.
O Sr. H. F. Thomas, chanceler do Cardeal James Gibbons, numa carta escrita em novembro de1895, em resposta a uma consulta sobre se a Igreja Católica se atribui à mudança do sábado, afirma:
Por Marllington Klabin Will
A Igreja Adventista entende ser a adoração no sétimo dia o selo de Deus a questão básica na crise final. Mas será que há fundamento bíblico para sustentar essa idéia, uma vez que a palavra “sábado” nem sequer aparece no livro de Apocalipse? Ademais, como isso seria possível sendo que a questão sábado/domingo nem se apresenta relevante no mundo moderno? O dia de observância é realmente a questão central no fim, ou os adventistas estão vivendo num mundo de fantasia?
—> Os Mandamentos em Apocalipse
Em Apocalipse 12:17 encontramos duas características para a igreja remanescente no tempo do fim: “os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus”. Duas qualidades, por sinal, também são apresentadas em Apocalipse 14:12: “aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. Note bem que, em ambos os textos, a obediência aos “mandamentos de Deus” é a primeira característica apresentada e a única que é repetida. Isso deixa implícito que, de algum modo, a questão entre os que serão enganados e os fiéis a Deus está na observância de Seus mandamentos, porque o selo de Deus está em Sua lei (Dt.6:8 / Is.8:16; cf. Ex.31:18). Mas se preceitos do tipo “não matarás” são amplamente aceitos, será que o contexto não se concentra em um ou mais mandamentos específicos?
A questão chave está na “adoração”, palavra que só no capítulo 13 e 14 é repetida oito vezes! Em Apocalipse 13:4, “adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta.” Em seguida, no verso 8, “adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra.” No verso 12, as pessoas são forçados a adorar a Besta, e no verso 15 são forçadas a adorar a imagem da Besta! E assim prossegue no capítulo 14 (vs.6,9–11). A adoração sempre foi o que diferenciou o verdadeiro do falso (Gn.4:3–9 / 1Re.18:16–46 / Mt.4:8–10). Portanto, a verdade-teste no tempo do fim centraliza-se na questão da adoração apropriada. Essa questão nos remete aos primeiros quatro mandamentos, pois preocupam-se diretamente com nosso relacionamento para com Deus e com a Sua adoração.
O primeiro mandamento diz: “Não terás outros deuses diante de Mim”, mas a Besta toma o lugar de Deus por pretender receber adoração (Ap.13:4,8). O segundo mandamento adverte contra o culto às imagens, contudo a Besta estabelece uma imagem a ser adorada (Ap.13:14–15). O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”, em contraste a Besta tem nomes de blasfêmia escritos sobre si (Ap.13:1,5–6). E o quarto mandamento que manda separar o tempo sagrado a Deus foi atacado quando o Anticristo cuidou “em mudar os tempos e a lei” (Dn.7:25). Todos os quatro mandamentos da primeira tábua da lei sofrem ataque.
—> O Sábado em Apocalipse
Ainda em Apocalipse, novamente é feita alusão à primeira tábua da lei, quando no capítulo 14 o anjo apocalíptico apresenta as mesmas motivações para a observância dos mandamentos que são encontradas na primeira tábua da lei.
A primeira é a motivação da salvação (ver Ex.20:1–3), uma motivação positiva. Deus livrou o povo do Egito assim como Cristo nos livra do pecado, que é a mensagem do evangelho. O anjo tem o “evangelho eterno para pregar” (Ap.14:6), o mesmo tipo de motivação. A segunda motivação é mais negativa, a motivação do julgamento: “Eu castigo aqueles que me odeiam” (Ex.20:5). O anjo avisa que “é chegada a hora do Seu juízo” (Ap.14:7), fazendo alusão à motivação do julgamento. A terceira e última motivação é especial e a principal.
Sete vezes em Apocalipse 13 e 14 é alertado contra a falsa adoração: “Eles adoraram o dragão”; “adorar a besta”; “adorar a imagem da besta”. Somente uma vez nesses capítulos há um apelo a adorar o verdadeiro Deus. O tem principal é o confronto entre o verdadeiro culto versus o falso. Quando o Apocalipse finalmente chega ao ponto de apelar às pessoas para adorarem o verdadeiro Deus, esse convite é feito no contexto do quarto mandamento, com a motivação da criação. O anjo apocalíptico grita em boa voz a última motivação: “adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar” (Ap.14:7), apelando a todos que adorem ao Criador, fazendo clara alusão ao mandamento do sábado. Usa, inclusive, as mesmas palavras da fonte veterotestamentária: “porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar” (Ex.20:11). Em ambos os textos, a motivação e o chamado para a adoração têm lugar no contexto da criação, cujo memorial, o sábado, aponta continuamente a Deus como objeto de culto.
A mensagem do anjo apocalíptico, portanto, contém as mesmas motivações como na primeira tábua da lei. O texto de Apocalipse 13 e 14 oferece, pois, várias indicações de como o modo pelo qual nos relacionamos com a primeira tábua da lei é a questão básica no tempo do fim, especialmente em relação ao sábado, considerado pelo autor, em certo sentido, como a questão crucial. Os que estão aguardando a volta de Jesus se preocuparão com a adoração apropriada, e isso está estritamente relacionado com o dia correto de adoração.
—> O Selo nos Mandamentos
Uma vez que a primeira tábua da lei jaz ao centro da batalha entre o Dragão e o remanescente, procuremos diligentemente qual é o mandamento que representa especificamente o selo de Deus. Para isso, levemos em consideração alguns requisitos básicos que se fazem necessários na caracterização de um selo oficial. São eles:
- a) O TÍTULO de Autoridade — Mostra o atributo e o direito para governar.
b) O NOME de Legislador — Identifica a quem pertence.
c) O DOMÍNIO de Jurisdição — Extensão do território de governo.
- “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho... porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.” (Ex.20:8–11).
- a) TÍTULO: “fez o Senhor” — O quarto é o único mandamento que mostra Deus com o título de Criador (Gn.2:3 / Ex.20:11).
b) NOME: “o Senhor, teu Deus” — Se o fato de ser Deus o Criador é a grande característica que O distingue dos falsos deuses (Jr.10:10–12 / At.14:15 / 17:23–24), então somente o quarto mandamento mostra Deus sendo o único verdadeiro.
c) DOMÍNIO: “…e tudo que neles há” — Também é o único mandamento que mostra Deus dominando os céus, a terra, o mar e tudo que neles há, pois tudo pertence a Ele (Hb.1:1–2).
—> O Selo Falsificado
Esse conceito de um selo é importante no Apocalipse também. O sábado, selo de Deus, é dado “por sinal na mão e… por frontais entre os olhos” (Dt.6:8) aos 144 mil que são selados em suas frontes (Ap.14:1 / Ap.7:3–4; cf. Ex.31:13,17). O Dragão tem um selo falsificado, a marca da Besta (Ap.13:16–17), o qual ele impõe do mesmo modo, “sobre a mão direita ou sobre a fronte” (Ap.13:16). Daí fica evidente que a marca da besta é um dia de adoração falsificado, pois em oposição ao selo de Deus, o sábado, está a marca da besta, o sinal da apostasia. Em contrafação do verdadeiro dia de adoração, está o dia de adoração modificado pelo Anticristo (ver Dn.7:25) e, conseqüentemente, a falsa adoração, que é a questão chave de Apocalipse 13 e 14, da qual tanto esse texto adverte!
Como o sábado foi dado para ser um sinal que fizesse o homem se lembrar de Deus, percebe-se imediatamente que um poder que buscasse exaltar-se acima de Deus procuraria remover aquilo que chama a atenção do homem para seu Criador e impor seu próprio dia de adoração em seu lugar. Isso não poderia ser feito com maior eficiência do que encobrindo o memorial divino, o sábado do sétimo dia, e colocando o outro dia em seu lugar, o domingo!
É interessante notar que essa mudança do dia de guarda, a “abolição” do sábado e instituição do domingo como “Dia do Senhor” é reconhecida oficialmente pela Igreja Católica! Suas autoridades eclesiásticas pensam que o papado tem poder para modificar a Lei de Deus, mudando o quarto mandamento para o terceiro do catecismo e ordenando a santificação do primeiro dia da semana em vez do sétimo. Tudo isso é reconhecido em seus documentos oficiais, bulas e cartas papais, credos, catecismos, concílios e sínodos. Como se não bastasse, o papado ainda roga instituição do domingo como a marca de sua autoridade eclesiástica perante toda a cristandade, uma vez que os protestantes a observam apenas com fundamento na tradição católica. Leiamos a seguir algumas declarações extraídas de fontes autorizadas e de documentos oficiais.
O Sr. H. F. Thomas, chanceler do Cardeal James Gibbons, numa carta escrita em novembro de1895, em resposta a uma consulta sobre se a Igreja Católica se atribui à mudança do sábado, afirma:
- “A Igreja (Católica) declara, naturalmente, ter sido a mudança (do sábado para o domingo) um ato seu, (…) e o ato é um sinal de sua autoridade eclesiástica em assuntos religiosos.” — Grifos acrescentados.
- “O domingo é uma instituição católica e suas reivindicações de observância podem ser definidas unicamente em princípios católicos. Desde o princípio até o fim das Escrituras não é possível encontrar uma só passagem que autorize a mudança do dia de adoração pública semanal do último dia da semana ao primeiro.” — 25 de agosto de 1900. Grifos acrescentados.
“Pergunta: ‘Que dia da semana a Bíblia manda santificar?’
“Resposta: ‘O sábado. Eis as passagens da Bíblia… (a seguir o autor cita os seguintes versos bíblicos: Ex.20:8–11 / 31:14–15 / Dt.5:12–14 / Hb.4:9).’
“Pergunta: ‘Mas a Bíblia manda observar o domingo no lugar do sábado?’
“Resposta: ‘Não.’
“Pergunta: ‘Quem mudou o dia do Senhor do sábado para o domingo?’
“Resposta: ‘A Igreja Católica.’
“Pergunta: ‘Mas os protestantes observam o descanso no domingo.’
“Resposta: ‘Então, neste ponto, seguem a tradição católica.’” — Cônego Hugo Bressane de Araújo, em “Perguntas e Respostas”, p. 22–23. Grifos acrescentados.
- “Pergunta: ‘Como podeis provar que a Igreja (Católica) possui poder de ordenar festas e dias santos?’
“Resposta: ‘Pelo próprio fato dela haver mudado o sábado para o domingo, o qual todos os protestantes aceitam; e portanto, contradizem-se positivamente, observando estritamente o domingo, e violando a maioria dos outros dias de festas ordenados pela Igreja (Católica).’
“Pergunta: ‘Como se prova isto?’
“Resposta: ‘Porque por observar o domingo eles reconhecem o poder da Igreja para ordenar festas e exigi-las sob pena de transgressão, e por não observar as demais, igualmente por ela ordenadas, negam de fato o mesmo poder.’” — D.D., de Douay College, França 1649, p. 58. Ver também em “Manual of Christian Doctrine” (Manual da Doutrina Cristã), ou “Catholic Belief and Practice” (Crença e Prática Católicas), Dublin: M. H. Gill & Son Ltd., 1916, p. 67–68. Grifos acrescentados.
- “Pergunta: ‘Tendes alguma outra maneira de provar que a Igreja (Católica) tem o poder de instituir dias de guarda por preceito?’
“Resposta: ‘Se não tivesse esse poder, não poderia ter feito aquilo em que todas as modernas religiões com ela concordam: não poderia ter substituído a observância do sábado do sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, uma mudança para a qual não existe autoridade nas Escrituras.’” — P. 174. Grifos acrescentados.
O SÁBADO NA IGREJA PRIMITIVA
Muitos cristãos que se opõem ao sábado afirmam que em nenhum lugar do Novo Testamento o mandamento foi reeditado. Entretanto, os mesmos não vêem nada de impressionante e prejudicial no fato que não há nenhuma ordem ou evidência no Antigo nem no Novo Testamento a favor da santificação do domingo. O mais absurdo é que esses insistem que o fato do Novo Testamento não emitir nenhum novo mandamento em prol do sábado tem a finalidade de desviar a atenção para o domingo. Na verdade, esses pretendem desviar a atenção do fato que a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, silencia completamente acerca de uma ordem a favor da santificação do domingo.
Sem dúvida os conversos do paganismo precisavam de instrução quanto à guarda de um dia, seja qual for. Portanto, se o domingo fosse o dia que devia ser santificado, onde está o registro da instrução apostólica? Aquele que for atrás disso no Novo Testamento buscará em vão uma ordem, ou qualquer fórmula de serviço religioso, ou qualquer sugestão de santidade a favor do domingo. As igrejas primitivas, pela leitura do Antigo Testamento ou pelo que os apóstolos escreveram (Novo Testamento), jamais teriam se deparado com a idéia de deixar de santificar o sábado, muito menos com a idéia de santificar qualquer outro dia.
E quanto ao sábado? Os cristãos primitivos teriam lido no Novo Testamento 59 referências que o retratavam como o dia semanal de adoração. Dia em que o apóstolo Paulo e outros dedicavam a fins religiosos. Também liam que os seguidores de Jesus guardavam “o dia de sábado segundo o mandamento” (Lc.23:56). Muitas das referencias ao sábado no Novo Testamento são casuais; ou seja, partem de um pressuposto de que seus leitores já estavam familiarizados com a idéia. Mas, como os conversos do paganismo estavam familiarizados com o sábado?
O apóstolo Paulo disse que não havia ensinado nada “senão o que os profetas disseram haver de acontecer” (At.26:22). Nisso, ele seguiu o curso delineado por Cristo que, “começando por Moisés, discorrendo pro todos os profetas, expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc.24:7). Os discípulos viram nas sagradas Escrituras o modelo para sua pregação (At.17:2). As Escrituras que eles expunham eram, naturalmente, o que chamamos de Antigo Testamento.
Ora, a fim de que Paulo ou os outros apóstolos ensinassem o Antigo Testamento, eles teriam de levá-lo consigo. Enquanto ganhavam conversos, exortavam os novos crentes a ler as Escrituras (Antigo Testamento). O cristianismo sempre tem sido a religião do livro, uma religião revelada. Nem precisaria acrescentar que, quando aqueles conversos lessem as Escrituras, certamente encontrariam, logo no relato da criação, o sábado sendo abençoado e santificado por Deus; e, com certeza, encontrariam o sábado no coração dos Dez Mandamentos, cuja observância é exortada no Novo Testamento inteiro, desde Mateus até Apocalipse (Mt.5:17–18 / 19:17 / Lc.16:17 / Jo.12:50 / 14:15 / 15:10 / Rm.2:13 / 3:28–31 / 6:1–2,14–15 / 7:12–16,25 / 8:4 / Hb.8:10 / 10:16 / Tg.2:10–12,14–26 / 1Jo.2:4–6 / 5:3 / Ap.12:17 / 14:12). Portanto, com muita certeza, os primitivos cristãos o conheceriam e compreenderiam as referências casuais a ele no Novo Testamento. Por que, então, os apóstolos precisariam reeditar um mandamento tão claro e unânime quanto o sábado?
Em vista de que os conversos do paganismo concluiriam naturalmente que o sábado devia ser santificado, não é estranho o silêncio do Novo Testamento em relação ao sábado, assim, tornando o argumento que se baseia nisso sem sentido. Também se torna claro o porquê da ausência de ordem para a santificação do domingo, pois jamais houve uma.
Os escritos de Paulo são cheios de discussões do ritual cerimonial que Deus deu a Israel no Sinai. O âmago da controvérsia entre ele e os líderes judaizantes era o rito da circuncisão. Ele disse repetidamente que a circuncisão não era necessária na era cristã. Por causa disso, turbas de judeus procuravam matá-lo. Os judeus estavam tão fanaticamente ligados ao sábado quanto à circuncisão. Estavam dispostos a matar Cristo por simplesmente ter curado no sábado. Portanto, se Paulo ou qualquer outro apóstolo tivesse pregado, indo de um lado para o outro declarando que o sábado foi abolido, como declaravam que a circuncisão foi abolida, sem dúvida isso teria despertado um enorme furor. E algo desse furor não ocorre nas páginas do Novo Testamento, como ocorreu com a controvérsia da circuncisão.
No capitulo 15 de Atos vemos que quando, porventura, houvesse alguma discórdia, a igreja se reunia em Jerusalém para lá retomarem a unidade de fé novamente. A igreja de Jerusalém desfrutava de uma liderança indiscutível (Gl.2:6–9). Então, como a controvérsia da circuncisão era algo que estava gerando conflito na igreja, foi levada ao concílio de Jerusalém. Isso claramente nos sugere que se, por qualquer hipótese, houvesse ocorrido alguma mudança na liturgia que alterasse o dia tradicional de culto, um assunto de tal relevância teria, no mínimo, causado uma controvérsia e um conflito entre os cristãos; e, conseqüentemente, teria sido relatado na Bíblia, sendo levado ao concílio de Jerusalém, como no caso da circuncisão. Porém, a questão do sábado jamais foi discutida nesse concílio, e não há nada nas Escrituras que indique essa suposta controvérsia. Evidentemente, porque o sábado nunca esteve em conflito na igreja primitiva, pois era um preceito bem claro, unânime e difundido.
À luz de todos esses fatos, as únicas conclusões lógicas coerentes podem ser resumidas em: (1) os novos crentes, conversos do paganismo, concluiriam naturalmente que o sábado devia ser santificado; (2) o fato do sábado não ser discutido no concílio de Jerusalém prova que o preceito estava em unanimidade por todos naquele tempo; e (3) é fato que os apóstolos e todos os cristãos primitivos dedicavam o sábado para as reuniões e serviço religioso.
O sábado foi guardado por todos os cristãos, desde Paulo até meados do século IV. A partir daí os judeus continuaram a guardá-lo nas Sinagogas, mas… a Igreja Cristã, que pena, por influência pagã, monopolizada pelo papado, foi adentrando aos poucos um caminho triste e estranho à Bíblia.
Fonte: Francis D. Nichol, “Respostas a Objeções”, parte 2, cap. 31, págs. 167-171. Adaptado.
Por Francis D. Nichol, Dr.
Adaptado por Marllington Klabin Will
Adaptado por Marllington Klabin Will
Muitos cristãos que se opõem ao sábado afirmam que em nenhum lugar do Novo Testamento o mandamento foi reeditado. Entretanto, os mesmos não vêem nada de impressionante e prejudicial no fato que não há nenhuma ordem ou evidência no Antigo nem no Novo Testamento a favor da santificação do domingo. O mais absurdo é que esses insistem que o fato do Novo Testamento não emitir nenhum novo mandamento em prol do sábado tem a finalidade de desviar a atenção para o domingo. Na verdade, esses pretendem desviar a atenção do fato que a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, silencia completamente acerca de uma ordem a favor da santificação do domingo.
Sem dúvida os conversos do paganismo precisavam de instrução quanto à guarda de um dia, seja qual for. Portanto, se o domingo fosse o dia que devia ser santificado, onde está o registro da instrução apostólica? Aquele que for atrás disso no Novo Testamento buscará em vão uma ordem, ou qualquer fórmula de serviço religioso, ou qualquer sugestão de santidade a favor do domingo. As igrejas primitivas, pela leitura do Antigo Testamento ou pelo que os apóstolos escreveram (Novo Testamento), jamais teriam se deparado com a idéia de deixar de santificar o sábado, muito menos com a idéia de santificar qualquer outro dia.
E quanto ao sábado? Os cristãos primitivos teriam lido no Novo Testamento 59 referências que o retratavam como o dia semanal de adoração. Dia em que o apóstolo Paulo e outros dedicavam a fins religiosos. Também liam que os seguidores de Jesus guardavam “o dia de sábado segundo o mandamento” (Lc.23:56). Muitas das referencias ao sábado no Novo Testamento são casuais; ou seja, partem de um pressuposto de que seus leitores já estavam familiarizados com a idéia. Mas, como os conversos do paganismo estavam familiarizados com o sábado?
O apóstolo Paulo disse que não havia ensinado nada “senão o que os profetas disseram haver de acontecer” (At.26:22). Nisso, ele seguiu o curso delineado por Cristo que, “começando por Moisés, discorrendo pro todos os profetas, expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc.24:7). Os discípulos viram nas sagradas Escrituras o modelo para sua pregação (At.17:2). As Escrituras que eles expunham eram, naturalmente, o que chamamos de Antigo Testamento.
Ora, a fim de que Paulo ou os outros apóstolos ensinassem o Antigo Testamento, eles teriam de levá-lo consigo. Enquanto ganhavam conversos, exortavam os novos crentes a ler as Escrituras (Antigo Testamento). O cristianismo sempre tem sido a religião do livro, uma religião revelada. Nem precisaria acrescentar que, quando aqueles conversos lessem as Escrituras, certamente encontrariam, logo no relato da criação, o sábado sendo abençoado e santificado por Deus; e, com certeza, encontrariam o sábado no coração dos Dez Mandamentos, cuja observância é exortada no Novo Testamento inteiro, desde Mateus até Apocalipse (Mt.5:17–18 / 19:17 / Lc.16:17 / Jo.12:50 / 14:15 / 15:10 / Rm.2:13 / 3:28–31 / 6:1–2,14–15 / 7:12–16,25 / 8:4 / Hb.8:10 / 10:16 / Tg.2:10–12,14–26 / 1Jo.2:4–6 / 5:3 / Ap.12:17 / 14:12). Portanto, com muita certeza, os primitivos cristãos o conheceriam e compreenderiam as referências casuais a ele no Novo Testamento. Por que, então, os apóstolos precisariam reeditar um mandamento tão claro e unânime quanto o sábado?
Em vista de que os conversos do paganismo concluiriam naturalmente que o sábado devia ser santificado, não é estranho o silêncio do Novo Testamento em relação ao sábado, assim, tornando o argumento que se baseia nisso sem sentido. Também se torna claro o porquê da ausência de ordem para a santificação do domingo, pois jamais houve uma.
Os escritos de Paulo são cheios de discussões do ritual cerimonial que Deus deu a Israel no Sinai. O âmago da controvérsia entre ele e os líderes judaizantes era o rito da circuncisão. Ele disse repetidamente que a circuncisão não era necessária na era cristã. Por causa disso, turbas de judeus procuravam matá-lo. Os judeus estavam tão fanaticamente ligados ao sábado quanto à circuncisão. Estavam dispostos a matar Cristo por simplesmente ter curado no sábado. Portanto, se Paulo ou qualquer outro apóstolo tivesse pregado, indo de um lado para o outro declarando que o sábado foi abolido, como declaravam que a circuncisão foi abolida, sem dúvida isso teria despertado um enorme furor. E algo desse furor não ocorre nas páginas do Novo Testamento, como ocorreu com a controvérsia da circuncisão.
No capitulo 15 de Atos vemos que quando, porventura, houvesse alguma discórdia, a igreja se reunia em Jerusalém para lá retomarem a unidade de fé novamente. A igreja de Jerusalém desfrutava de uma liderança indiscutível (Gl.2:6–9). Então, como a controvérsia da circuncisão era algo que estava gerando conflito na igreja, foi levada ao concílio de Jerusalém. Isso claramente nos sugere que se, por qualquer hipótese, houvesse ocorrido alguma mudança na liturgia que alterasse o dia tradicional de culto, um assunto de tal relevância teria, no mínimo, causado uma controvérsia e um conflito entre os cristãos; e, conseqüentemente, teria sido relatado na Bíblia, sendo levado ao concílio de Jerusalém, como no caso da circuncisão. Porém, a questão do sábado jamais foi discutida nesse concílio, e não há nada nas Escrituras que indique essa suposta controvérsia. Evidentemente, porque o sábado nunca esteve em conflito na igreja primitiva, pois era um preceito bem claro, unânime e difundido.
À luz de todos esses fatos, as únicas conclusões lógicas coerentes podem ser resumidas em: (1) os novos crentes, conversos do paganismo, concluiriam naturalmente que o sábado devia ser santificado; (2) o fato do sábado não ser discutido no concílio de Jerusalém prova que o preceito estava em unanimidade por todos naquele tempo; e (3) é fato que os apóstolos e todos os cristãos primitivos dedicavam o sábado para as reuniões e serviço religioso.
O sábado foi guardado por todos os cristãos, desde Paulo até meados do século IV. A partir daí os judeus continuaram a guardá-lo nas Sinagogas, mas… a Igreja Cristã, que pena, por influência pagã, monopolizada pelo papado, foi adentrando aos poucos um caminho triste e estranho à Bíblia.
Fonte: Francis D. Nichol, “Respostas a Objeções”, parte 2, cap. 31, págs. 167-171. Adaptado.
ENCONTRANDO PAZ
A Bíblia diz que no princípio a Terra toda estava envolta numa enorme tempestade. Em meio a uma escuridão impenetrável, água, ar, rochas e terra se agitavam num turbilhão caótico (Gn.1:1–2). Então Deus falou, e a escuridão deu lugar à luz. Ele falou novamente e a atmosfera veio à existência, os continentes apareceram, montanhas se ergueram e o mar foi contido no seu leito. O que esses pormenores nos contam é que o processo da Criação foi um movimento da desordem para a ordem, da turbulência para a calma.
É interessante notar que Deus registrou Sua satisfação com o que estava ocorrendo. O vs. 10 diz: “E viu Deus que isso era bom”. Por que teria Ele dito isso pela primeira vez, precisamente neste ponto, no terceiro dia? Talvez porque a luz, o ar, a água e a terra agora existiam. Eram os quatro elementos necessários para sustentar a vida vegetal. Em outras palavras, eles deixavam tudo pronto para o passo seguinte. Mais tarde, no mesmo dia, a terra se vestiu de verde. Gramas, folhagens, musgos e samambaias apareceram. Árvores majestosas erguiam os braços para o céu. Pinheiros e flores acrescentavam cor à paisagem e perfumavam o ar. A vegetação fora designada para servir à vida animal, produzindo alimento e oxigênio. E, pela segunda vez no mesmo dia, Deus falou e disse que “isso era bom” (vs.12).
No quinto dia e no início do sexto, Deus falou novamente, e o mar, a terra e os céus fervilharam de criaturas que nadavam, voavam, andavam ou rastejavam. Novamente, o Criador expressou a Sua satisfação com os resultados (vs.25).
A ciência nos assegura que a matéria consiste de elétrons e prótons, que na realidade são uma forma de energia, mas uma energia organizada de maneira altamente sofisticada e complexa. A matéria é classificada na forma de elementos, indo desde o hidrogênio, o mais leve e simples, até os mais pesados e radioativos, como o urânio. Alguns são tão instáveis que só existem por uma fração de segundo. Os elementos se unem, formando moléculas, que também vão desde as simples, como o sal de mesa, até as extremamente complexas, que ocorrem apenas em organismos vivos e, portanto, são chamadas de moléculas orgânicas. Uma única molécula de proteína pode ter dezenas de milhões de átomos. E todo organismo vivo, desde o diminuto micróbio até a maior baleia, é constituído deles.
Assim, mesmo no nível de elementos e moléculas, a Criação foi uma marcha rumo à ordem e organização. Cada passo em frente nesse processo implicou milhares e, em alguns casos, bilhões de mudanças.
—> Contrário à Natureza
Os físicos sintetizaram três leis da termodinâmica. A segunda lei afirma que todos os sistemas da natureza mostram um movimento invariável rumo à desintegração, à desordem e à perda de energia. Os cientistas o chamam de princípio da entropia. A Criação envolveu precisamente o oposto. Através de processos bioquímicos e físicos de imensa complexidade, Deus transformou um planeta caótico num mundo de ordem. Quando Ele disse que tudo era “muito bom”, foi porque a turbulência havia acabado, a desordem fora vencida, o caos se fora e a Terra toda era uma simbiose pacífica em todas as suas diferentes partes e relações. Cada pormenor da Criação foi designado a servir aos outros. A uma voz, todas as coisas testificavam do amor e da infinita sabedoria de Alguém que havia planejado e trazido tudo à existência.
A relação de idéias que aparece no pronunciamento final de Deus ao encerrar-se o relato da Criação não ocorre por acaso. Diz o texto:
a) Deus viu que tudo era muito bom, e então
b) descansou.
Está claro que o descanso do Criador nada tem a ver com fadiga. É o descanso que vem quando a ordem toma o lugar do caos. É a paz que aparece após a tormenta. Deus viu que a Terra estava em repouso, e então descansou.
—> Obra Concluída
Aqui está a passagem na qual aparece a declaração de Deus (note especialmente os termos que numeramos):
—> Sinal de uma Provisão Perfeita
Uma ilustração pode servir para realçar a importância deste ponto. Tente imaginar por um momento que Adão, após ser criado, tenha se colocado em pé e dito:
— O Senhor precisa de mim para ajudá-Lo em alguma coisa?
Diante disso, o Criador teria sorrido e respondido:
— Não, Adão; o trabalho já terminou.
— Mas deve haver algo que eu possa fazer. Quem sabe, pintar uns enfeites nas asas da borboleta.
— Não, as asas da borboleta já estão coloridas.
— Hmmmm, bem… talvez eu possa ensinar os passarinhos a cantar.
— Não, eles já sabem cantar muito melhor do que você poderia ensinar-lhes.
— E se eu verificar o ar, para ver se ele tem a quantidade certa de oxigênio? O Senhor sabe que um pouquinho a mais ou a menos é perigoso. Talvez eu possa ajudá-Lo na calibragem.
— Não; já cuidei disso também.
— Mas, Senhor, deve haver algo que eu possa fazer.
— Sim, na verdade há.
— O que é, Senhor?
— Quero que você descanse.
— Descansar? Mas como vou descansar se não fiz nada?
— Quero que você confie em mim, Adão. Você precisa acreditar que, na verdade, o trabalho está feito, que tomei providências completas e perfeitas para todas as suas
necessidades, e por isso quero que você descanse.
E é esse o significado do descanso no sétimo dia. Se Deus tivesse criado os seres humanos no início da semana e nos tivesse pedido algum tipo de ajuda, ou pelo menos solicitado nossa opinião, poderíamos receber algum crédito, não é mesmo? Mas Ele não o fez. A observância do sábado foi, é e sempre será uma celebração da obra de Deus, e não da nossa. Assim como Adão, descansamos para mostrar nossa aceitação dessa realidade e dizer que confiamos na perfeita provisão de Deus para o nosso bem-estar e realização. Isso significa que repousamos tranqüilamente em Suas mãos, confiando em Sua sabedoria, Seu plano e Suas providências para a nossa vida. Reconhecemos a posição de Deus como Criador e aceitamos a nossa como criaturas. Dessa forma, num sentido profundo e significativo, o descanso no sétimo dia é um ato de adoração.
Em quase todas as religiões falsas, incluindo o falso cristianismo, a adoração é uma questão de fazer algo. Na Bíblia, porém, somos instruídos a adorar deixando de lado nossos afazeres. Devemos pôr à parte nossos esforços e lutas, cessar nosso labor e descansar na serena confiança de que o trabalho em nosso benefício está feito. O quarto mandamento declara: “o sétimo dia é o sábado.” A palavra “sábado” significa, literalmente, “descanso”. O sétimo dia é o descanso apontado pelo próprio Deus. É o dia durante o qual o Criador nos convida a participar com Ele do Seu descanso. Por isso, lemos: “não farás nenhum trabalho”. Ao repousar com Deus, declaramos ao Universo que o descanso sabático é sinal de um relacionamento com o Criador baseado na fé. Mas o descanso no sábado não simboliza apenas esse relacionamento; ele o promove e aprofunda, tornando-se parte dessa realidade. Nosso descanso no sétimo dia não apenas declara que encontramos segurança (e, portanto, paz) no amor de Deus; ele fortalece essa segurança. Afirma e confirma o relacionamento entre Deus e Sua criação.
Por isso, o sábado é o complemento e a garantia dos primeiros três mandamentos, que nos ordenam adorar a Deus e dar-Lhe o primeiro lugar em nossa vida. Seria possível guardar os três primeiros mandamentos em nosso íntimo, observá-los de alguma forma que não fosse imediatamente visível a outras pessoas. Poderíamos decidir de coração honrar a Deus e torná-Lo o primeiro. É bem possível que ninguém notasse que não nos inclinamos diante de imagens. Mas isso não seria verdade com respeito à observância do sábado. Por ser óbvia, ela é um anúncio público. Essa pode ser a razão pela qual a Escritura diz que o sábado é um “sinal” do concerto entre Deus e Seu povo (Ez.20:12,20).
Por Loron Wade
Adaptado por Marllington Klabin Will
Adaptado por Marllington Klabin Will
A Bíblia diz que no princípio a Terra toda estava envolta numa enorme tempestade. Em meio a uma escuridão impenetrável, água, ar, rochas e terra se agitavam num turbilhão caótico (Gn.1:1–2). Então Deus falou, e a escuridão deu lugar à luz. Ele falou novamente e a atmosfera veio à existência, os continentes apareceram, montanhas se ergueram e o mar foi contido no seu leito. O que esses pormenores nos contam é que o processo da Criação foi um movimento da desordem para a ordem, da turbulência para a calma.
É interessante notar que Deus registrou Sua satisfação com o que estava ocorrendo. O vs. 10 diz: “E viu Deus que isso era bom”. Por que teria Ele dito isso pela primeira vez, precisamente neste ponto, no terceiro dia? Talvez porque a luz, o ar, a água e a terra agora existiam. Eram os quatro elementos necessários para sustentar a vida vegetal. Em outras palavras, eles deixavam tudo pronto para o passo seguinte. Mais tarde, no mesmo dia, a terra se vestiu de verde. Gramas, folhagens, musgos e samambaias apareceram. Árvores majestosas erguiam os braços para o céu. Pinheiros e flores acrescentavam cor à paisagem e perfumavam o ar. A vegetação fora designada para servir à vida animal, produzindo alimento e oxigênio. E, pela segunda vez no mesmo dia, Deus falou e disse que “isso era bom” (vs.12).
No quinto dia e no início do sexto, Deus falou novamente, e o mar, a terra e os céus fervilharam de criaturas que nadavam, voavam, andavam ou rastejavam. Novamente, o Criador expressou a Sua satisfação com os resultados (vs.25).
- “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (vs.26).
A ciência nos assegura que a matéria consiste de elétrons e prótons, que na realidade são uma forma de energia, mas uma energia organizada de maneira altamente sofisticada e complexa. A matéria é classificada na forma de elementos, indo desde o hidrogênio, o mais leve e simples, até os mais pesados e radioativos, como o urânio. Alguns são tão instáveis que só existem por uma fração de segundo. Os elementos se unem, formando moléculas, que também vão desde as simples, como o sal de mesa, até as extremamente complexas, que ocorrem apenas em organismos vivos e, portanto, são chamadas de moléculas orgânicas. Uma única molécula de proteína pode ter dezenas de milhões de átomos. E todo organismo vivo, desde o diminuto micróbio até a maior baleia, é constituído deles.
Assim, mesmo no nível de elementos e moléculas, a Criação foi uma marcha rumo à ordem e organização. Cada passo em frente nesse processo implicou milhares e, em alguns casos, bilhões de mudanças.
—> Contrário à Natureza
Os físicos sintetizaram três leis da termodinâmica. A segunda lei afirma que todos os sistemas da natureza mostram um movimento invariável rumo à desintegração, à desordem e à perda de energia. Os cientistas o chamam de princípio da entropia. A Criação envolveu precisamente o oposto. Através de processos bioquímicos e físicos de imensa complexidade, Deus transformou um planeta caótico num mundo de ordem. Quando Ele disse que tudo era “muito bom”, foi porque a turbulência havia acabado, a desordem fora vencida, o caos se fora e a Terra toda era uma simbiose pacífica em todas as suas diferentes partes e relações. Cada pormenor da Criação foi designado a servir aos outros. A uma voz, todas as coisas testificavam do amor e da infinita sabedoria de Alguém que havia planejado e trazido tudo à existência.
A relação de idéias que aparece no pronunciamento final de Deus ao encerrar-se o relato da Criação não ocorre por acaso. Diz o texto:
a) Deus viu que tudo era muito bom, e então
b) descansou.
Está claro que o descanso do Criador nada tem a ver com fadiga. É o descanso que vem quando a ordem toma o lugar do caos. É a paz que aparece após a tormenta. Deus viu que a Terra estava em repouso, e então descansou.
—> Obra Concluída
Aqui está a passagem na qual aparece a declaração de Deus (note especialmente os termos que numeramos):
- “Viu Deus tudo quanto fizera (1), e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia. Assim, pois, foram acabados (2) os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado (3) no dia sétimo a Sua obra, que fizera (4), descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito (5). E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra (6) que, como Criador, fizera (7).” (Gn.1:31 – 2:3).
—> Sinal de uma Provisão Perfeita
Uma ilustração pode servir para realçar a importância deste ponto. Tente imaginar por um momento que Adão, após ser criado, tenha se colocado em pé e dito:
— O Senhor precisa de mim para ajudá-Lo em alguma coisa?
Diante disso, o Criador teria sorrido e respondido:
— Não, Adão; o trabalho já terminou.
— Mas deve haver algo que eu possa fazer. Quem sabe, pintar uns enfeites nas asas da borboleta.
— Não, as asas da borboleta já estão coloridas.
— Hmmmm, bem… talvez eu possa ensinar os passarinhos a cantar.
— Não, eles já sabem cantar muito melhor do que você poderia ensinar-lhes.
— E se eu verificar o ar, para ver se ele tem a quantidade certa de oxigênio? O Senhor sabe que um pouquinho a mais ou a menos é perigoso. Talvez eu possa ajudá-Lo na calibragem.
— Não; já cuidei disso também.
— Mas, Senhor, deve haver algo que eu possa fazer.
— Sim, na verdade há.
— O que é, Senhor?
— Quero que você descanse.
— Descansar? Mas como vou descansar se não fiz nada?
— Quero que você confie em mim, Adão. Você precisa acreditar que, na verdade, o trabalho está feito, que tomei providências completas e perfeitas para todas as suas
necessidades, e por isso quero que você descanse.
E é esse o significado do descanso no sétimo dia. Se Deus tivesse criado os seres humanos no início da semana e nos tivesse pedido algum tipo de ajuda, ou pelo menos solicitado nossa opinião, poderíamos receber algum crédito, não é mesmo? Mas Ele não o fez. A observância do sábado foi, é e sempre será uma celebração da obra de Deus, e não da nossa. Assim como Adão, descansamos para mostrar nossa aceitação dessa realidade e dizer que confiamos na perfeita provisão de Deus para o nosso bem-estar e realização. Isso significa que repousamos tranqüilamente em Suas mãos, confiando em Sua sabedoria, Seu plano e Suas providências para a nossa vida. Reconhecemos a posição de Deus como Criador e aceitamos a nossa como criaturas. Dessa forma, num sentido profundo e significativo, o descanso no sétimo dia é um ato de adoração.
Em quase todas as religiões falsas, incluindo o falso cristianismo, a adoração é uma questão de fazer algo. Na Bíblia, porém, somos instruídos a adorar deixando de lado nossos afazeres. Devemos pôr à parte nossos esforços e lutas, cessar nosso labor e descansar na serena confiança de que o trabalho em nosso benefício está feito. O quarto mandamento declara: “o sétimo dia é o sábado.” A palavra “sábado” significa, literalmente, “descanso”. O sétimo dia é o descanso apontado pelo próprio Deus. É o dia durante o qual o Criador nos convida a participar com Ele do Seu descanso. Por isso, lemos: “não farás nenhum trabalho”. Ao repousar com Deus, declaramos ao Universo que o descanso sabático é sinal de um relacionamento com o Criador baseado na fé. Mas o descanso no sábado não simboliza apenas esse relacionamento; ele o promove e aprofunda, tornando-se parte dessa realidade. Nosso descanso no sétimo dia não apenas declara que encontramos segurança (e, portanto, paz) no amor de Deus; ele fortalece essa segurança. Afirma e confirma o relacionamento entre Deus e Sua criação.
Por isso, o sábado é o complemento e a garantia dos primeiros três mandamentos, que nos ordenam adorar a Deus e dar-Lhe o primeiro lugar em nossa vida. Seria possível guardar os três primeiros mandamentos em nosso íntimo, observá-los de alguma forma que não fosse imediatamente visível a outras pessoas. Poderíamos decidir de coração honrar a Deus e torná-Lo o primeiro. É bem possível que ninguém notasse que não nos inclinamos diante de imagens. Mas isso não seria verdade com respeito à observância do sábado. Por ser óbvia, ela é um anúncio público. Essa pode ser a razão pela qual a Escritura diz que o sábado é um “sinal” do concerto entre Deus e Seu povo (Ez.20:12,20).
[CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO QUADRO]
[CONTINUAÇÃO DO QUADRO ANTERIOR]
—> Um Mandamento de Misericórdia
Você tem idéia de quantas pessoas se sentem desesperadas e frustradas com as responsabilidades e os problemas da vida? Vivemos apressados e preocupados. O tempo nunca é suficiente. Precisamos ganhar o sustento, manter a casa, melhorar os relacionamentos, educar os filhos, cuidar da saúde, conseguir um diploma, pagar as contas e seguir urna carreira. Essas e milhares de outras tarefas exigem constantemente nossa atenção. O problema é que somos finitos, e a vida nunca pára de exigir mais e mais. Quando o famoso magnata britânico Cecil Rhodes estava para morrer, teria murmurado: “Tão pouco realizado e tanto por fazer!” Hoje, um número incontável de pessoas ecoa essa frustração. Em meio à desenfreada sucessão de eventos e às estridentes exigências de uma vida que, como a boca da sepultura, nunca brada “Já basta!”, o grande Deus Criador nos oferece o sábado. O autor Herman Wouk, que observava o sábado, escreveu: “o sábado representa os braços de uma mãe que se estendem para receber um filho cansado.”
“Seis dias trabalharás”, diz o mandamento. Esse é o tempo que lhe foi concedido. Trabalhe, lute e dê o melhor de si durante esse tempo. O quarto mandamento ordena trabalhar, mas não diz: “Trabalhe até cair exausto.” Tampouco manda continuar labutando até que o trabalho esteja concluído. Em vez disso, declara que você deve, sim, trabalhar, mas há um limite para o que tem de fazer — o sábado. Nesse dia, você deve descansar. O sábado é uma parábola da vida, porque ensina que chegaremos ao fim dos nossos dias e daremos nosso último suspiro ainda pensando em coisas que gostaríamos de fazer — se tivéssemos tempo. Ele nos ensina a fazer o que podemos no tempo disponível, e depois descansar. Com o sábado, aprendemos a medir nossas realizações não pela norma de nossa própria perfeição, mas pelo padrão do amor de Deus.
Aquele que nos criou sabe que nossa ambição egoísta (ou mesmo o nosso desejo sincero de fazer o melhor) pode levar-nos à intemperança e ao excesso. Conseqüentemente, Ele nos deu o quarto preceito do Decálogo como um mandamento de misericórdia. “Seis dias trabalharás”, diz Ele, “mas no sétimo dia não farás nenhum trabalho.” Jesus relembrou ao povo de Sua época que o sábado foi feito para a humanidade (Mc.2:27). É uma preciosa dádiva oferecida para nosso benefício e proteção. O sábado é um porto, nosso abrigo da interminável tormenta da existência, um oásis onde o viajante cansado pode encontrar restauração e renovação antes de retomar as lutas da vida.
—> O Sábado num Mundo Fragmentado
“É assim que Deus disse: ‘Não comer eis de toda árvore do jardim’?” Essa pergunta deve ter parecido inocente. E a mulher, sem suspeitar de nada, foi rápida em responder. Ela defenderia o Criador de uma acusação falsa (ver Gn.3:1–5). “Não é verdade!”, disse ela. “Temos a permissão de comer do fruto das árvores do jardim. Mas com relação ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais’”.
“É lógico que vocês não vão morrer!”, afirmou o inimigo, com um sorriso afetado. “O que acontece é que Deus sabe que, quando vocês comerem deste fruto, seus olhos se abrirão e vocês serão como Ele, conhecendo o bem e o mal. Aqui está algo que Deus não quer que vocês conheçam. Ele está retendo informações que seriam para benefício de vocês.”
O sábado era uma mensagem de fé: “Confiem em Mim. Aceitem que realmente tomei providências perfeitas.” Mas a mensagem do inimigo era precisamente o oposto: “Não é verdade que Deus tomou providências perfeitas. Está faltando alguma coisa. Vocês precisam se afastar do plano d’Ele, escolher o próprio rumo e se defender por conta própria.” Ao aceitar essas insinuações, Adão e Eva se uniram ao inimigo em sua atitude de desconfiança e desobediência. Isso causou a necessidade de uma providência adicional, um plano pelo qual Deus pudesse resgatar seres humanos de sua confusão e restaurá-los a um relacionamento de fé, confiança e obediência.
Foi numa sexta-feira que Deus concluiu Sua obra e descansou da tarefa da Criação. E também foi numa sexta-feira que Jesus concluiu a obra da redenção. Quando inclinou a cabeça ao morrer, disse: “Está consumado!” (Jo.19:30). Depois disso, os discípulos tiveram apenas o tempo suficiente para remover o corpo da cruz e colocá-Lo na tumba nova de José. Enquanto saíam apressados, o sol se punha. A Escritura diz: “E começava o sábado” (Lc.23:54). Assim, pela segunda vez, o Salvador descansou no sétimo dia de uma obra terminada. O sábado, criado para comemorar as providências de Deus para um mundo perfeito, assumiu então um significado adicional. Daquele dia em diante, simbolizaria também Suas providências para um mundo em pecado: o plano para nos redimir, curar e restaurar a uma relação de fé e confiança n’Ele.
Este segundo significado do sábado foi apresentado muito tempo antes da cruz. Quando Deus deu os Dez Mandamentos no Sinai, explicou a razão para o sábado, fazendo alusão à Criação. Mas, quando Moisés repetiu os mandamentos 40 anos mais tarde, citou-os de uma forma que prenunciava claramente a segunda razão para a observância do sábado: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt.5:15).
Deus criou os seres humanos para ocuparem uma posição de soberania (Gn.1:26–27). A escravidão é o oposto disso. O Senhor não só havia resgatado Seu povo da escravidão literal, mas tinha a intenção de resgatá-lo para um relacionamento de confiança com Ele (Ex.19:4). Como resultado, o povo deveria assumir uma posição de liderança, sendo elevado ao status de “sacerdócio real” (ver os vs.5–6 / 1Pe.2:9 / Ap.5:10). Dessa forma, o sábado é uma comemoração não apenas da Criação, mas também da redenção.
Já observamos o significado do sábado como complemento e garantia dos três primeiros mandamentos. Mas, como sinal de nosso resgate da escravidão, o sábado também nos traz à consciência a necessidade de respeitar nossos semelhantes. Ordena que nos lembremos da rocha de onde fomos talhados e do poço do qual fomos cavados (Is.51:1). Assim, o quarto mandamento também dá sentido aos seis preceitos seguintes, que lidam com nossos deveres para com as outras pessoas (ver Dt.16:11–12).
—> Entrando no Descanso
Paulo confessou:
- “Não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. (…) Não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. (…) Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo.” (Rm. 7:15–23).
Em outro lugar, a Escritura fala do sábado como um tipo ou símbolo desse repouso espiritual que Deus concede a Seus filhos. “Portanto, resta um repouso sabático para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas” (Hb.4:9–10).
Adão aceitou que Deus realmente havia feito uma provisão para ele na obra perfeita de criação, e mostrou essa aceitação descansando no sábado. Os cristãos se unem a ele para comemorar a bondade e a amorosa providência de Deus na Criação. Ao apartar-nos do ritmo incessante de nossas atividades habituais e da pressão da vida durante as horas sabáticas, lembramo-nos de que o mundo não gira em torno de nós. Afinal, o Sol não se ergue pela manhã e as flores não desabrocham por ordem nossa. A criação pode continuar perfeitamente bem sem qualquer ajuda de nossa parte. O descanso físico no sábado reconhece e celebra a maravilhosa providência para nós no mundo físico, assim como tem acontecido com o povo de Deus desde o começo do mundo.
E nossa fé em Jesus acrescenta uma nova e gloriosa dimensão a tudo isso. Como indica a passagem de Hebreus 4, o repouso do sábado agora significa que aceitamos que Cristo realmente alcançou para nós a salvação na cruz do Calvário. Devido a essa obra consumada, o cristão pode “descansar de suas obras”, isto é, do esforço frustrante de obter a salvação através de bons atos pessoais. Simplesmente aceitamos pela fé que, quando Jesus disse “Está consumado”, realmente estava consumado, e que Ele alcançou uma salvação plena e ilimitada “para todo o que n’Ele crê” (Jo.3:16).
Essa relação de fé e confiança em Deus, simbolizada e aprofundada quando descansamos no sétimo dia, é “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Fl.4:7). É o descanso desfrutado por todos os que estão “em Cristo Jesus”. Não mais necessitam ser jogados daqui para lá num mar de problemas e ansiedades. Podem entrar no porto e encontrar paz e descanso. Talvez você esteja indagando o que fazer a respeito de tudo isso. Insisto para que você não hesite mais. Com passos alegres e confiantes, entre no repouso sabático. “Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado” (Hb.4:1).
Fonte: Extraído de “Os Dez Mandamentos — Princípios Divinos para Melhorar Seus Relacionamentos”, de Loron Wade, cap. 4. Adaptado.
O Shabat
Significado do Shabat. O nome do sétimo dia da semana é derivado do hebraico - Shabat - que significa simplesmente "cessar de trabalhar". O Shabat não é somente um dia de descanso: é um dia de santidade, quando as pessoas podem, por um curto período de tempo, deixar de lado suas preocupações e objetivos materiais da vida, e devotar-se para a renovação espiritual e para a atividade religiosa.
O Shabat é totalmente observado quando há ambos, descanso físico e recreação espiritual. Esta combinação de elementos do Shabat é enfatizada nos Dez Mandamentos e em outras partes da Torá, onde ambos os aspectos, o social e o religioso, são descritos.
No Kidush, a benção da santificação recitada no dia do Shabat, a importância social deste dia está expressa na frase "zecher l'yitziat Mitzraim" - em recordação à saída do Egito - quando o povo de Israel foi redimido da escravidão física. O significado religioso é apontado pela designação do dia como "zikaron lemaasê Bereshit" - em memória à Criação do Universo pelo poder divino, superior a todas as outras forças.
Um Dia de Descanso - Proibição de Trabalho. O cessar de toda forma de trabalho é fundamental para a observância do Shabat. Os rabinos definiram "trabalho" com 39 categorias principais (associadas com a construção do Santuário no deserto), que virtualmente englobam todo tipo de atividade com potencial de quebrar a paz e o descanso no dia do Shabat. Tarefas que pareçam similares a quaisquer uma das 39 divisões do trabalho proíbidas, assim como diversos tipos de atividade que nos distrairiam da santidade do Shabat, ou que seriam muito pesadas para um dia de descanso.
Sempre que houver caso de perigo à vidas humanas, a Lei Judaica requer que o Shabat seja violado.
Observância na Sinagoga
Kabalat Shabat. Os serviços religiosos no Shabat são diferentes dos serviços dos outros dias da semana. O serviço da noite de sexta-feira é chamado Kabalat Shabat - "A Inauguração do Shabat" - e inclui a recitação de seis salmos (95-99, 24), correspondendo aos seis dias da Criação, e o salmo especial do Shabat (92).
Lechá Dodi. Uma parte central do serviço da noite de sexta-feira é o famoso hino do século XVI, composto por Solomon Alkabetz de Safed, conhecido por suas palavras iniciais "Lechá Dodi" - "Venha, amigo, encontrar-se com a noiva". O Shabat é poeticamente descrito na literatura judaica como "a noiva".
Kidush. A santificação do vinho - Kidush - é geralmente recitada na sinagoga ao fim do serviço religioso, uma vez que era costume entreter as pessoas na sinagoga, e a recitação pública do Kidush os isentaria de ter que recitar individualmente.
Leitura da Lei. O serviço matutino tem características próprias, das quais a mais importante é a Kiriat HaTorá (Leitura da Torá). Normalmente assume-se que a leitura pública das Escrituras data de tempos antigos, ainda anteriores a que Ezrá (séc V AEC) instituísse leituras mais regulares da Torá. Nos séculos seguintes, o costume na Terra de Israel de se ler a Torá a cada três anos foi substituído pelo ciclo anual, praticado na Babilônia. O Pentateuco (Chumash) é dividido em 54 porções semanais, e então a leitura da Torá é completada em um ano. Sete homens são chamados para a leitura da Torá. Este é o máximo número de pessoas chamadas na sinagoga em qualquer dia sagrado.
Haftará. Depois que a sidrá (porção semanal da Torá) é lida, a haftará - lição dos profetas - consiste numa conclusão apropriada para a leitura das Escrituras. O costume de se ler a Haftará começou durante o século II a.e.c, quando a leitura da Torá foi proibida pelos gregos/sírios, durante a revolta dos Macabeus. Como os judeus não recitavam a porção de seus cinco livros sagrados (Torá) de cor, por medo de errar, começaram a recitar porções de outros livros da Bíblia, que tinham alguma conexão com a leitura semanal que deveria ser feita caso não fosse proibido.
Mussaf. Depois do serviço matutino em Shabat e outras festas, um serviço adicional - Mussaf - é lido, para celebrar os sacrifícios adicionais no Templo.
Observância em Casa
Uma experiência espiritual. No círculo familiar o Shabat é visto com todo seu poder de transformar um vida pesada de trabalho no dia-a-dia numa experiência alegre e espiritual. Diversas preparações são feitas na véspera, em honra ao Shabat. A sexta-feira é chamada de Erev Shabat - véspera de Shabat. A mesa representa um altar, a santidade elevada pelo pão (chalá), velas acesas e vinho de Kidush.
Alguns costumes de Shabat:
Chalot - Dois pedaços de pão representam a porção dupla de maná que caía para os hebreus nas sextas-feiras durante sua passagem pelo deserto, para que eles não precisassem ir atrás de comida no Shabat. Os pedaços de chalá são cobertos com uma toalha, simbolizando a proteção sobre o maná.
Luzes de Shabat - Dois é o número mínimo, simbolizando os mandamentos pares para "lembrar" - Zachor - e "observar" - Shamor" o Shabat (Exôdo 20; Deutoronômio 5, 12).
Benção sobre as Crianças - Na véspera de Shabat o pai, chefe da casa, coloca suas mãos sobre as cabeças de seus filhos e sussura uma benção tradicional, junto com a benção para que elas cresçam de acordo com a tradição dos patriarcas e matriarcas de Israel.
Kidush - O Kidush é recitado antes do início da refeição. O vinho é o símbolo da benção e alegria; consequentemente, é usual que se recite a benção de Shabat sobre o vinho. (Se não há vinho disponível, a cerimônia pode ser feita com o pão).
Zemirot - Hinos de Shabat são cantados durante a refeição. A maior parte dos hinos fala da dádiva do Shabat como o maior tesouro religioso de Israel, e a recompensa espiritual para aqueles que piedosamente observam o dia santo.
Seudá Shlishit - (lit. 'A Terceira Refeição') - Três refeições formais são prescritas para o Shabat: na sexta-feira ao anoitecer, no sábado após o serviço matutino de Shabat, e no fim da tarde do Shabat. O termo, no entanto, é frequentemente utilizado para se referir exclusivamente à última refeição no fim da tarde do Shabat, que é geralmente elaborada com mais zemirot e discussão religiosa.
Oneg Shabat - "Alegria do Shabat" - Este é um termo que se tornou popular nos últimos anos e descreve a reunião na tarde do Shabat para estudo, frescor e recreação social. O costume se tornou popular com o poeta moderno Bialik, em Israel, e desde então tem se espalhado pela diáspora.
Havdalá - "Cerimônia de Despedida" - A partida do Shabat é uma mistura de despedida com ritual religioso. A palavra Havdalá significa, literalmente "divisão", e se aplica ao ritual colorido realizado com vinho ou outra bebida (não água), uma vela acesa e uma caixa com especiarias. Faz-se o vinho transbordar do cálice, o que é uma simbologia para representar a esperança de que a semana que entra será repleta de bençãos divinas. A luz representa o primeiro produto da Criação de D'us e a vela acesa simboliza o início da semana de trabalho. As especiárias nos lembram da fragrância da 'alma adicional do Shabat', que neste momento já partiu.
Fonte: Jewish Agency for Israel
Significado do Shabat. O nome do sétimo dia da semana é derivado do hebraico - Shabat - que significa simplesmente "cessar de trabalhar". O Shabat não é somente um dia de descanso: é um dia de santidade, quando as pessoas podem, por um curto período de tempo, deixar de lado suas preocupações e objetivos materiais da vida, e devotar-se para a renovação espiritual e para a atividade religiosa.
O Shabat é totalmente observado quando há ambos, descanso físico e recreação espiritual. Esta combinação de elementos do Shabat é enfatizada nos Dez Mandamentos e em outras partes da Torá, onde ambos os aspectos, o social e o religioso, são descritos.
No Kidush, a benção da santificação recitada no dia do Shabat, a importância social deste dia está expressa na frase "zecher l'yitziat Mitzraim" - em recordação à saída do Egito - quando o povo de Israel foi redimido da escravidão física. O significado religioso é apontado pela designação do dia como "zikaron lemaasê Bereshit" - em memória à Criação do Universo pelo poder divino, superior a todas as outras forças.
Um Dia de Descanso - Proibição de Trabalho. O cessar de toda forma de trabalho é fundamental para a observância do Shabat. Os rabinos definiram "trabalho" com 39 categorias principais (associadas com a construção do Santuário no deserto), que virtualmente englobam todo tipo de atividade com potencial de quebrar a paz e o descanso no dia do Shabat. Tarefas que pareçam similares a quaisquer uma das 39 divisões do trabalho proíbidas, assim como diversos tipos de atividade que nos distrairiam da santidade do Shabat, ou que seriam muito pesadas para um dia de descanso.
Sempre que houver caso de perigo à vidas humanas, a Lei Judaica requer que o Shabat seja violado.
Observância na Sinagoga
Kabalat Shabat. Os serviços religiosos no Shabat são diferentes dos serviços dos outros dias da semana. O serviço da noite de sexta-feira é chamado Kabalat Shabat - "A Inauguração do Shabat" - e inclui a recitação de seis salmos (95-99, 24), correspondendo aos seis dias da Criação, e o salmo especial do Shabat (92).
Lechá Dodi. Uma parte central do serviço da noite de sexta-feira é o famoso hino do século XVI, composto por Solomon Alkabetz de Safed, conhecido por suas palavras iniciais "Lechá Dodi" - "Venha, amigo, encontrar-se com a noiva". O Shabat é poeticamente descrito na literatura judaica como "a noiva".
Kidush. A santificação do vinho - Kidush - é geralmente recitada na sinagoga ao fim do serviço religioso, uma vez que era costume entreter as pessoas na sinagoga, e a recitação pública do Kidush os isentaria de ter que recitar individualmente.
Leitura da Lei. O serviço matutino tem características próprias, das quais a mais importante é a Kiriat HaTorá (Leitura da Torá). Normalmente assume-se que a leitura pública das Escrituras data de tempos antigos, ainda anteriores a que Ezrá (séc V AEC) instituísse leituras mais regulares da Torá. Nos séculos seguintes, o costume na Terra de Israel de se ler a Torá a cada três anos foi substituído pelo ciclo anual, praticado na Babilônia. O Pentateuco (Chumash) é dividido em 54 porções semanais, e então a leitura da Torá é completada em um ano. Sete homens são chamados para a leitura da Torá. Este é o máximo número de pessoas chamadas na sinagoga em qualquer dia sagrado.
Haftará. Depois que a sidrá (porção semanal da Torá) é lida, a haftará - lição dos profetas - consiste numa conclusão apropriada para a leitura das Escrituras. O costume de se ler a Haftará começou durante o século II a.e.c, quando a leitura da Torá foi proibida pelos gregos/sírios, durante a revolta dos Macabeus. Como os judeus não recitavam a porção de seus cinco livros sagrados (Torá) de cor, por medo de errar, começaram a recitar porções de outros livros da Bíblia, que tinham alguma conexão com a leitura semanal que deveria ser feita caso não fosse proibido.
Mussaf. Depois do serviço matutino em Shabat e outras festas, um serviço adicional - Mussaf - é lido, para celebrar os sacrifícios adicionais no Templo.
Observância em Casa
Uma experiência espiritual. No círculo familiar o Shabat é visto com todo seu poder de transformar um vida pesada de trabalho no dia-a-dia numa experiência alegre e espiritual. Diversas preparações são feitas na véspera, em honra ao Shabat. A sexta-feira é chamada de Erev Shabat - véspera de Shabat. A mesa representa um altar, a santidade elevada pelo pão (chalá), velas acesas e vinho de Kidush.
Alguns costumes de Shabat:
Chalot - Dois pedaços de pão representam a porção dupla de maná que caía para os hebreus nas sextas-feiras durante sua passagem pelo deserto, para que eles não precisassem ir atrás de comida no Shabat. Os pedaços de chalá são cobertos com uma toalha, simbolizando a proteção sobre o maná.
Luzes de Shabat - Dois é o número mínimo, simbolizando os mandamentos pares para "lembrar" - Zachor - e "observar" - Shamor" o Shabat (Exôdo 20; Deutoronômio 5, 12).
Benção sobre as Crianças - Na véspera de Shabat o pai, chefe da casa, coloca suas mãos sobre as cabeças de seus filhos e sussura uma benção tradicional, junto com a benção para que elas cresçam de acordo com a tradição dos patriarcas e matriarcas de Israel.
Kidush - O Kidush é recitado antes do início da refeição. O vinho é o símbolo da benção e alegria; consequentemente, é usual que se recite a benção de Shabat sobre o vinho. (Se não há vinho disponível, a cerimônia pode ser feita com o pão).
Zemirot - Hinos de Shabat são cantados durante a refeição. A maior parte dos hinos fala da dádiva do Shabat como o maior tesouro religioso de Israel, e a recompensa espiritual para aqueles que piedosamente observam o dia santo.
Seudá Shlishit - (lit. 'A Terceira Refeição') - Três refeições formais são prescritas para o Shabat: na sexta-feira ao anoitecer, no sábado após o serviço matutino de Shabat, e no fim da tarde do Shabat. O termo, no entanto, é frequentemente utilizado para se referir exclusivamente à última refeição no fim da tarde do Shabat, que é geralmente elaborada com mais zemirot e discussão religiosa.
Oneg Shabat - "Alegria do Shabat" - Este é um termo que se tornou popular nos últimos anos e descreve a reunião na tarde do Shabat para estudo, frescor e recreação social. O costume se tornou popular com o poeta moderno Bialik, em Israel, e desde então tem se espalhado pela diáspora.
Havdalá - "Cerimônia de Despedida" - A partida do Shabat é uma mistura de despedida com ritual religioso. A palavra Havdalá significa, literalmente "divisão", e se aplica ao ritual colorido realizado com vinho ou outra bebida (não água), uma vela acesa e uma caixa com especiarias. Faz-se o vinho transbordar do cálice, o que é uma simbologia para representar a esperança de que a semana que entra será repleta de bençãos divinas. A luz representa o primeiro produto da Criação de D'us e a vela acesa simboliza o início da semana de trabalho. As especiárias nos lembram da fragrância da 'alma adicional do Shabat', que neste momento já partiu.
Fonte: Jewish Agency for Israel
Encontramos a questão do Sábado no Decálogo, nos livros de Êxodo e Deuteronômio. Este era um dia de descanso, o Dia do Sábado, sendo que este vem a ser o mandamento mais extenso e com muitas explicações e acréscimos, o que nos faz observar a sua importância para aquele povo. Vamos observar isso na comparação sinótica abaixo entre Êxodo 20.8 - 11 e Deuteronômio 5.12-15:
DEUTERONÔMIO | ÊXODO |
12 Guarda o dia do sábado, para o santificar, como te ordenou o senhor teu Deus; | 8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. |
13 seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; | 9 Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; |
14 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem assim como tu. | 10 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. |
11 Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou. | |
15 Lembra-te de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado. |
Este mandamento deveria ser motivo de bênção para o povo, mas infelizmente, no tempo de Jesus principalmente, transformou-se numa carga onde, na realidade poucos/as poderiam observar, se é que poderiam (Ver: Mc 2.23-27; Mc 3.1-5; Lc 13.15-16; Lc 14.5). Por isso, Jesus entra em confronto com os fariseus, que não observavam corretamente a lei.
O que é: A lembrança
O Shabbat é o sétimo dia no calendário israelita e judaico. A palavra shabbat pode significar interrupção, suspensão dos trabalhos. Hoje a palavra shabbat é usada em Israel, quando falam em greve: “Quando há o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho, a paralisação chama-se greve; e é interessante notar que uma das palavras hebraicas usadas hoje em Israel para dizer greve é, também, shabbat.” ( V.V.A.A. Os Dez Mandamentos: Várias leituras, Estudos Bíblicos nº 09, Petropólis,Vozes,1986, p.08).
A lembrança de ter um dia para descansar é um costume muito antigo em Israel. Falam dele antes do exílio, como podemos ver no texto que segue:
Ë um costume muito antigo em Israel. Já se fala nisto antes mesmo do exílio (por volta do ano 600 a.C.); cf. 2 Rs 4.23; 11.5; Am. 8.5;. Nada sabemos sobre culto ou celebrações religiosas nesse dia. É possível até que existisse como conseqüência do repouso. Os profetas não insistem no sábado. A insistência começa um pouco antes do exílio; Jr 17.21; Ez. 20.12…” ( Idem.p.16).
Mas, ainda quanto à lembrança, podemos dizer que o termo hebráico Shabbat aparece como substantivo somente na linguagem religiosa e designa o 7º dia da semana; (...) Shabbat deve ser considerado como denominativo do verbo Shabat, cujo significado básico é independente do Sábado, e significa, de modo muito geral, 'cessar, ficar parado' (Gn 8.22; Is 24.8), etimologia esta que o próprio texto bíblico apresenta (Gn 2.2) (BAUER, J. B. Dicionário de Teologia Bíblica, Vol. II, São Paulo, Edições Loyola, 1973, p. 1003).
MACKENZIE diz em seu dicionário bíblico que a palavra Shabbat parece estar ligada a uma palavra do acádio (sapattu), que é mencionada em textos rituais. Esse dia era considerado como de "Mau agouro", no qual era perigoso empreender atividades (MACKENZIE, J.R. Dicionário Bíblico, São Paulo, Edições Paulinas, 1973, p. 809. Também encontramos isso em BAUER, J.B. Op. Cit.). Mas o Sapattu também é visto como um dia muito bom, designando a festa do dia que marca a metade do mês ou o dia da lua cheia (VVAA. Dicionário de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo, Edições Vida Nova, 1998, p. 1521).
Percebemos que o caráter humanitário tem mais força no texto de Deuteronômio, pois lembra que assim como eles foram escravos no Egito, estando sob o jugo de Faraó, que eles deveriam ser complacentes com aqueles/as que estão debaixo de seu senhorio, tanto familiares, escravos e animais, e a cada sete anos deveriam deixar descansar o próprio campo de plantio, conforme os preceitos do ano sabático, que encontramos em Ex 21.2-6; 23.10-11. O surgimento desse ano sabático "deve ser procurado no desejo de frear o desenvolvimento do pauperismo e da escravidão por causa das dívidas" ( MONLOUBOU & BUIT. Dicionário Bíblico Universal, Aparecida/Petrópolis, Santuário/Vozes, 1997, p. 699).
Sábado. Um dia de descanso, para lembrar do jugo em que um dia o povo esteve. Com isso, podemos observar que Israel deve ter na sua lembrança que, da mesma forma como Javé agiu no passado, libertando, o sábado deve ser "agente libertador, pondo em liberdade aqueles que na sociedade sofrem algum tipo de jugo" ( VVAA. Dicionário Internacional de Teologia: Antigo Testamento, São Paulo, Edições Vida Nova, 1998, p. 1522). Daí podemos tirar que Shabbat pode significar interrupção, suspensão de trabalhos. Libertação e complacência, não rigidez
Origem:
Origem:
Já dissemos algo dessa origem quando citamos o dicionário de MACKENZIE. "Etimologicamente, a explicação mais provável continua sendo, segundo parece, que é derivada do verbo sabat., 'cessar', 'fazer pausa'. Esta explicação está submetida em Gn 2.2-3." (BROWN, C. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vol. IV, São Paulo, Edições Vida Nova, 1983, p. 265). Daí vem a tradição de não fazer nada de Sábado. Mas será que essa era a intenção última: não fazer nada no sábado? Isso nós vamos ver mais adiante.
Diante desse quadro, nós temos várias possibilidades de origem para o Sábado, tendo como ponto de partida, para o povo judeu, a lei de Moisés. Se por influência de povos vizinhos, se religiosa, levando-se em conta a escravidão... o que sabemos é que essa prática se torna muito forte entre os judeus, causando até exageros, que chegaram ao tempo de Jesus, em nome de uma religiosidade.
Com o passar do tempo, o Sábado não continuou sendo um mero dia para descanso e para dar descanso. Começou-se a exigir uma precisão extremamente rigorosa frente a observância do Sábado. Não se preocupava em parar um dia e deixar de trabalhar: era uma observação exagerada. Não poderia levar o boi para beber água (Lc 13.15) ou tirá-lo de um poço se lá caísse (Lc 14.5), não poderia libertar alguém de Satanás (13.16), não poderia colher para comer, mesmo com fome (Mc 2.23-26), nem mesmo propiciar a cura a alguém (Mc 3.1-5).
O Sábado, que era para o bem estar do ser humano (Mc 2.27-28), torna-se algo enfadonho para ser cumprido. Jesus entra em cena, vindo contra os doutores da lei, mas não indo contra a observação do Sábado: vai contra as interpretações que trazem enfado ao ser humano. "Jesus anuncia que na sua pessoa chegou o tempo da liberdade frente a regra sabática" (MONLOUBOU &.BUIT. Dicionário Bíblico Universal, Aparecida/São Paulo, Santuário/Vozes, 1997, p. 699). Mesmo com liberdade, a regra sabática permanece, sendo um tempo para descanso, não com necessidades pré-estabelecidas, para limitar o ser humano, causando-lhe encargo. Todos/as nós precisamos de um tempo para “nos desligar” das coisas e situações ao nosso redor e praticar um pouco o descanso, mesmo que com recreações.
Jesus se opõe aos doutores da lei que, em vez de deixarem o Sábado ser algo sadio, escravizavam as pessoas em sua observação. Assim, nós voltamos à questão que "o Sábado recorda o fato de os israelitas terem sido libertos do Egito, de igual forma deve tornar-se um agente libertador, pondo em liberdade aqueles que na sociedade sofrem algum tipo de jugo" ( V.V.A.A. Dicionário Internacional de Teologia do AT., São Paulo, Edições Vida Nova, 1998, p. 1522).
Disso podemos tirar que mais que uma regra, o Sábado é também um sinal (como a circuncisão ou o arco-íris). A guarda do Sábado mostra que Israel confia em Javé, tanto que se dedica a um tempo de descanso, lembrando de Seus atos salvíficos, e tendo atitude igual para com os/as que os/as rodeiam.
Sábado no pré-exílio e no exílio – trabalho de sol à sol:
A Lei que envolve o Sábado nos mostra algo de pré-exílica: a lembrança do Egito. Isso mostra um indício de uma aproximação com a época mosaica (Cf. CHADY, T. C. Os Dez Mandamentos: Os alicerces da nova sociedade, Petrópolis, Editora Vozes, 1988, pp. 29 e 30). Javé ouve dos céus o clamor do povo que está passando por maus momentos de opressão no Egito. É daí que Javé levanta Moisés para falar com Faraó e libertar o povo do Egito.
O clamor do povo era claro: libertação do trabalho de sol à sol. Não era mais suportável essa situação. E quando Javé livra, dá ao povo uma série de preceitos que devem ser observados. Dentre esses está o shabbat que, como já dissemos (p. 05), é um dos mandamentos mais explicados no Decálogo. E uma das explicações faz alusão ao tempo em que o povo foi escravo no Egito. Deve descansar no dia de sábado tendo na lembrança que um dia não podia descansar. Isso nos faz notar a grandeza e amplitude desse mandamento, uma vez que, se era para descansar lembrando que um dia não pode descansar, então o sábado tem a dimensão da libertação. Com isso, insistimos que o sábado não era para carga sobre o povo, mas para a lembrança da liberdade e para se dar continuidade nessa liberdade, uma vez que o shabbat não era exclusivo para quem era judeu, e sim para toda e qualquer pessoa que estivesse com os judeus. Era para a liberdade e não para a carga e escravidão.
Mas a força maior é no exílio. Na Babilônia, eles "podia se movimentar livremente, mas eram obrigados a executar determinados serviços por ordem dos babilônicos" ( METZGER, M. História de Israel, São Leopoldo, Editora Sinodal, 1991, p. 14). Disso podemos tirar a importância da observação do sábado no exílio. Pensamos que a maior contribuição deste costume e de outros foi manter o povo unido e lembrá-los que eram israelitas e que suas vidas pertenciam a Javé.
Os dirigentes do povo observaram que ele (o povo), para manter a unidade e a lealdade a Javé, necessitava observar costumes da terra natal. Então transformaram esses costumes em lei, e esse foi o caso do sábado e da circuncisão. “No exílio e depois dele, perdida a terra e o templo, a circuncisão e a observância do sábado, tornaram-se os sinais de que pertencia a Javé” ( Idem.p.17). Nos parece que o costume começa a caminhar por uma estrada para deixar de ser um benefício, uma benção para transformar-se em um jugo.
Metzger faz uma afirmação muito interessante do período exílico: Para aquele povo que estava no exílio oferecer um culto legitimo era impossível, pois estavam longe de Jerusalém e do Templo, então observar os elementos que não estavam diretamente ligados ao culto torna-se muito importante. Esses elementos eram o Sábado e a Circuncisão, já praticados na época pré-exilíca, mas que agora tornaram-se sinais da fé em Javé, ou seja em Sinais de Aliança.
SÁBADO NO PÓS-EXÍLIO:
Quando a Neemias foi permitido retornar a Judá, ele teve a necessidade de resgatar antigos costumes que foram perdidos, e um deles foi o de resgatar a prática da observância do sábado, como podemos observar em Neemias 13.15ss.
Mckenzie diz que o judaísmo tornou o sábado como uma das principais leis a ser observada, e ainda que a observância do sábado “Desenvolveu-se paralelamente com a religião da sinagoga, não estava ligado ao templo e podia ser observado em qualquer lugar.” ( MCKENZIE,J.L. Dicionário Bíblico, São Paulo, Edições Paulinas,1983.p.810). É interessante notar que a observação do sábado, acabou por tornar-se uma marca dos judeus, algo que os identificava distinguindo-os dos gentios.
Como dissemos anteriormente, durante o período do exílio, com a finalidade de manter a unidade do povo e demonstrar sua fidelidade a Javé, o costume da observância do sábado acabou por tornar-se lei.
No tempo de Jesus esta lei e outras começam a deixar de ser uma benção, um benefício; um dia que todos poderiam recuperar suas forças para o trabalho semanal, para tornar-se uma carga.
Parece que os que detinham o poder religioso esqueceram que seus pais foram escravos no Egito; e acabaram providenciando outro tipo de opressão para impingir ao povo. Então o sábado deixa de ser um “espaço que Deus dá para renovação e uma vida melhor” (CRUZ DE MALTA, Os Dez Mandamentos, v.1, São Bernardo do Campo, Imprensa Metodista,1988, p.21).
Cumprir a lei da observância do sábado no tempo de Jesus acabou por tornar-se algo insuportável, chegando-se ao ponto que a prática do bem foi proibido, lembremos que Jesus foi acusado de não pertencer a Deus por curar no sábado (Jo 9.16), mas Jesus recordou que Davi comeu o pão da proposição, os quais não eram lícitos comer (Mt 12.4), mas somente ao sacerdote, e este por oferecer sacrifico no templo também acabava trabalhando. Isso mostra que, mesmo que o judeu quisesse, era quase impossível fugir de fazer algo no sábado. Nem mesmo o grande rei Davi conseguiu! E Jesus quer mostrar que o problema não está no fazer ou deixar de fazer algo no sábado, mas na lembrança da libertação e na necessidade de continuar-se a praticar essa liberdade. MAckenzie afirma que Jesus.
Foi particularmente severo quando os fariseus o criticaram por curar em dia de sábado, observando que não existe tempo que é proibido fazer o bem aos outros; o homem tem pelo menos tanto direito a assistência quanto o animal que se desgarra e cai num buraco, de onde o seu proprietário ou qualquer pessoa pode salvá-lo no sábado.
Apesar de todo o jugo imposto pelos escribas e fariseus, Jesus fez uma afirmação muito importante: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mc 2.27-28). Ou seja, o sábado foi feito para o benefício do ser humano e não para servir de mais um peso na vida humana.
CONCLUSÃO
Diante da pesquisa feita, percebemos que o Dia do Sábado foi criado para o benefício do ser humano, sendo ele necessário para descanso e um tempo hábil para recuperar-se as forças que foram dispensadas no trabalho semanal. Além do mais o sábado era também para o povo dedicar-se ao culto e adoração a Deus e uma oportunidade sem igual para ficar mais próximos da família, uma vez que, depois de legitimado pelo Templo, o dia do Sábado passa a ter caráter religioso, para a participação nas programações no próprio Templo. Sem contar com a dimensão libertadora desse dia.
O dia de descanso em nossos dias parece que está perdendo sua importância. Trabalha-se muito sem parar, alcançar a produtividade é o que mais importa, fala-se até em “trabalho da igreja”. Parece que nos nossos dias, estamos quase voltando aos tempos de Jesus, onde não se tinha um dia para descanso e sim um dia para servir de carga, com leis específicas (hoje, necessidades específicas), e não com a dimensão de lembrar que um tempo antes não se podia descansar, mas agora se pode.
O ser humano da atualidade parece não dar valor em estar perto da família, conversando com a esposa, brincando com os filhos/as. Não percebe a importância de, pelo menos uma vez por semana, estar em contato com o criador.
Nós cristão/as precisamos perceber a importância de se ter um dia assim, dedicado para Deus e para o próximo e para si mesmo. Precisamos ter em mente qual a proposta do Criador com o dia do descanso. Não podemos nos limitar a um ativismo e nem a um momento de descanso apenas por se ter. É necessária a dimensão libertadora do sábado ser levada em conta para que a integralidade do ser humano possa ser observada. Isso deve partir de nós, cristãos/ãs.
A História confirma que o Sábado era o dia Observado pelos Cristãos nos 1ºs séculos
O que os historiadores dizem a respeito dos cristãos e o sábado no período dos apóstolos.
Dialogues on the Lord’s Day, pág, 189
Morer, erudito clérigo da Igreja da Inglaterra, diz: “Os primitivos cristãos tinham grande respeito para com o sábado e passavam o dia em devoção e admoestações. E não devemos duvidar, pois eles copiaram esse procedimento dos próprios apóstolos.”
A learned Treatise of the Sabath, pág.77
Diz o Prof. Edward Brerewood, do Gresham College, Londres:
“O antigo sábado continuou e foi observado…pelos cristãos da igreja do oriente, por mais de trezentos anos após a morte de nosso Salvador.”
Ancient Christianity Exemplified 26, Seção 2, pág. 527
Historiador e teólogo Lyman Coleman diz:
“Até o quinto século a observância do sábado judaico teve continuidade na igreja cristã, mas com um rigor e solenidade cada vez menores, até que cessou completamente.”
Ecclesiastical History, livro 5 Cap. 22
Sócrates, historiador da igreja grega do 5º século diz:
“Quase todas as igrejas, em todas as partes do mundo, celebravam os sagrados mistérios no sábado de cada semana; todavia os cristãos de Alexandria e de Roma, por causa de uma antiga tradição, tinham deixado de fazer isso.”
Robert Cox, Literature of the Sabbath Question, vol I, pág. 361.
Euzébio, bispo da Igreja Católica e pai da história afirma:
“ Todas as coisas, sejam quais forem, que houvessem sido obrigatórias fazer no sábado, esta nós as transferimos para o dia do Senhor, Domingo.”
Livro Catecismo dos convertidos, edição de 1977, pág. 50. Papa Pio X
Pergunta: Qual o dia de descanso?
Resposta: O dia de descanso é o domingo.
Pergunta: Porque observamos o domingo ao invés do sétimo dia?
Resposta: Observamos o domingo ao invés do sétimo dia, porque a igreja católica transferiu a solenidade do sétimo dia para o domingo.
Estas informações históricas e muitas outras poderão ser conhecidas no livro "O Despertar de um Mandamento"
Maiores informações aqui
O que os historiadores dizem a respeito dos cristãos e o sábado no período dos apóstolos.
Dialogues on the Lord’s Day, pág, 189
Morer, erudito clérigo da Igreja da Inglaterra, diz: “Os primitivos cristãos tinham grande respeito para com o sábado e passavam o dia em devoção e admoestações. E não devemos duvidar, pois eles copiaram esse procedimento dos próprios apóstolos.”
A learned Treatise of the Sabath, pág.77
Diz o Prof. Edward Brerewood, do Gresham College, Londres:
“O antigo sábado continuou e foi observado…pelos cristãos da igreja do oriente, por mais de trezentos anos após a morte de nosso Salvador.”
Ancient Christianity Exemplified 26, Seção 2, pág. 527
Historiador e teólogo Lyman Coleman diz:
“Até o quinto século a observância do sábado judaico teve continuidade na igreja cristã, mas com um rigor e solenidade cada vez menores, até que cessou completamente.”
Ecclesiastical History, livro 5 Cap. 22
Sócrates, historiador da igreja grega do 5º século diz:
“Quase todas as igrejas, em todas as partes do mundo, celebravam os sagrados mistérios no sábado de cada semana; todavia os cristãos de Alexandria e de Roma, por causa de uma antiga tradição, tinham deixado de fazer isso.”
Robert Cox, Literature of the Sabbath Question, vol I, pág. 361.
Euzébio, bispo da Igreja Católica e pai da história afirma:
“ Todas as coisas, sejam quais forem, que houvessem sido obrigatórias fazer no sábado, esta nós as transferimos para o dia do Senhor, Domingo.”
Livro Catecismo dos convertidos, edição de 1977, pág. 50. Papa Pio X
Pergunta: Qual o dia de descanso?
Resposta: O dia de descanso é o domingo.
Pergunta: Porque observamos o domingo ao invés do sétimo dia?
Resposta: Observamos o domingo ao invés do sétimo dia, porque a igreja católica transferiu a solenidade do sétimo dia para o domingo.
Estas informações históricas e muitas outras poderão ser conhecidas no livro "O Despertar de um Mandamento"
Maiores informações aqui
Vejam que em Hebreus 4 destaca-se que Israel não entrou no descanso da salvação como nação. Mas dentro de Israel houve aqueles que entraram nesse descanso (como os heróis todos da “galeria de heróis da fé”, de Hebreus 11. Nem por isso qualquer deles deixou de observar o sábado por ter encontrado tal descanso.
Vejam como os eruditos bíblicos Jamieson, Fausset e Brown (batistas) comentam Heb. 4:8 e 9:
4:8 Se o descanso de Deus significasse Canaã, Deus não iria, após a entrada deles nessa terra, ter falado . . . de outro dia (futuro) de entrar no descanso.
4:9 Este verso indiretamente estabelece a obrigação do descanso do sábado; pois o tipo prossegue até que o antitipo o supere: assim os sacrifícios legais prosseguriam até que o grande Sacrifício antitípico os superasse. Igualmente o sábado de descanso antitípico do céu não se dará até que Cristo, nosso Evangelho . . . venha para nos introduzir nele, o sábado terreno típico deve prosseguir até então. Os judeus chamam o futuro descanso de “o tempo que é todo sábado".
O autor de Hebreus, para ilustrar o repouso espiritual prometido por Deus a Seu povo utilizou-se no capítulo 4 da figura do sábado (não do domingo, o que seria de esperar pelo ano 64-70 se a igreja já estivesse adotado tal dia de "repouso") e a palavra que emprega para "repouso" por todo o capitulo é katapausin. Quando, porém, chega ao verso 9 ele se vale de um termo especial, e a única vez aparece em toda a Bíblia--sabbatismos.
Vejamos como analisa isto um reconhecidamente competente tradutor bíblico, George Lamsa, de origem aramaica e muito qualificado para realizar tal tradução. Pois bem, ao verter dessa forma particular do Novo Testamento, o aramaico, ele diz que Hebreus 4:9 assim seria: "Portanto, é o dever do povo de Deus observar o sábado". -- The New Testament From the Aramaic. The Translation of Eastern Sources of the New Testament.
Uma leitura atenta dos capítulos 3 e 4 indica que o autor fala do "repouso" espiritual para o povo de Deus em três perspectivas: passado, presente e futuro. Ele repetidamente exorta os seus contemporâneos: "tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado" (3:12, 13); "Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado" (4:1). Mais adiante, após o vs. 9 ("portanto, resta um repouso sabático [rodapé] para o povo de Deus") a exortação repete-se no tempo presente: "Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência" (4:11).
O autor faz aplicação do repouso do sétimo dia no vs. 4:4: "Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia:
"Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no setimo dia, de todas as obras que fizera". Sendo que ocorre esse uso diferenciado do termo sabbatismos no vs. 9, que esse competente tradutor verte como "o dever do povo de Deus observar o sábado", sem dúvida o autor de Hebreus deseja lembrar a seus leitores que esse dever da observância do sábado ilustra bem o repouso espiritual presente e futuro. Não se trata de nenhuma "ordem para guardarmos o sábado", mas seria um lembrete de que ele não está tratando do sábado apenas como símbolo de algo que não se liga à celebração do próprio sábado semanal regular.
Há quem goste de citar Hebreus 4 para indicar que o sábado é símbolo do repouso em Cristo, portanto sendo este o seu objetivo "cerimonial". Contudo, ainda que podendo ter tal simbolismo em parte, na verdade uma coisa não exclui a outra. Se Israel houvesse entrado no "repouso" pela fé, isso não isentaria a nação de continuar observando o mandamento do sábado. Prova disso é que de fato houve dentro de Israel os que acataram tal repouso, como os heróis alistados em Hebreus 11, e nem por isso deixaram de observar o sábado. É o caso de Davi que declarou: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei" (Salmo 40:8). Esta seria a experiência que idealmente deveria ter sido a de toda a nação. Assim, fica resolvida a questão.
Por aí vemos que quem escreveu a epístola foi possivelmente Paulo, pois ele costumava valer-se de certos recursos de linguagem para realçar pontos que poderiam ser mal compreendidos. Por isso, em Romanos 7:7 ele pergunta: "Que diremos, pois, é a lei pecado?" E passa a explicar que não era sua intenção dizer isso ilustrando como a lei aponta o pecado através de um mandamento da lei. Busca, assim, desfazer qualquer noção de ser um antinomista, de condenar a lei não só como meio de salvação, mas como norma de conduta.
Vejam como os eruditos bíblicos Jamieson, Fausset e Brown (batistas) comentam Heb. 4:8 e 9:
4:8 Se o descanso de Deus significasse Canaã, Deus não iria, após a entrada deles nessa terra, ter falado . . . de outro dia (futuro) de entrar no descanso.
4:9 Este verso indiretamente estabelece a obrigação do descanso do sábado; pois o tipo prossegue até que o antitipo o supere: assim os sacrifícios legais prosseguriam até que o grande Sacrifício antitípico os superasse. Igualmente o sábado de descanso antitípico do céu não se dará até que Cristo, nosso Evangelho . . . venha para nos introduzir nele, o sábado terreno típico deve prosseguir até então. Os judeus chamam o futuro descanso de “o tempo que é todo sábado".
O autor de Hebreus, para ilustrar o repouso espiritual prometido por Deus a Seu povo utilizou-se no capítulo 4 da figura do sábado (não do domingo, o que seria de esperar pelo ano 64-70 se a igreja já estivesse adotado tal dia de "repouso") e a palavra que emprega para "repouso" por todo o capitulo é katapausin. Quando, porém, chega ao verso 9 ele se vale de um termo especial, e a única vez aparece em toda a Bíblia--sabbatismos.
Vejamos como analisa isto um reconhecidamente competente tradutor bíblico, George Lamsa, de origem aramaica e muito qualificado para realizar tal tradução. Pois bem, ao verter dessa forma particular do Novo Testamento, o aramaico, ele diz que Hebreus 4:9 assim seria: "Portanto, é o dever do povo de Deus observar o sábado". -- The New Testament From the Aramaic. The Translation of Eastern Sources of the New Testament.
Uma leitura atenta dos capítulos 3 e 4 indica que o autor fala do "repouso" espiritual para o povo de Deus em três perspectivas: passado, presente e futuro. Ele repetidamente exorta os seus contemporâneos: "tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado" (3:12, 13); "Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado" (4:1). Mais adiante, após o vs. 9 ("portanto, resta um repouso sabático [rodapé] para o povo de Deus") a exortação repete-se no tempo presente: "Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência" (4:11).
O autor faz aplicação do repouso do sétimo dia no vs. 4:4: "Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia:
"Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no setimo dia, de todas as obras que fizera". Sendo que ocorre esse uso diferenciado do termo sabbatismos no vs. 9, que esse competente tradutor verte como "o dever do povo de Deus observar o sábado", sem dúvida o autor de Hebreus deseja lembrar a seus leitores que esse dever da observância do sábado ilustra bem o repouso espiritual presente e futuro. Não se trata de nenhuma "ordem para guardarmos o sábado", mas seria um lembrete de que ele não está tratando do sábado apenas como símbolo de algo que não se liga à celebração do próprio sábado semanal regular.
Há quem goste de citar Hebreus 4 para indicar que o sábado é símbolo do repouso em Cristo, portanto sendo este o seu objetivo "cerimonial". Contudo, ainda que podendo ter tal simbolismo em parte, na verdade uma coisa não exclui a outra. Se Israel houvesse entrado no "repouso" pela fé, isso não isentaria a nação de continuar observando o mandamento do sábado. Prova disso é que de fato houve dentro de Israel os que acataram tal repouso, como os heróis alistados em Hebreus 11, e nem por isso deixaram de observar o sábado. É o caso de Davi que declarou: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei" (Salmo 40:8). Esta seria a experiência que idealmente deveria ter sido a de toda a nação. Assim, fica resolvida a questão.
Por aí vemos que quem escreveu a epístola foi possivelmente Paulo, pois ele costumava valer-se de certos recursos de linguagem para realçar pontos que poderiam ser mal compreendidos. Por isso, em Romanos 7:7 ele pergunta: "Que diremos, pois, é a lei pecado?" E passa a explicar que não era sua intenção dizer isso ilustrando como a lei aponta o pecado através de um mandamento da lei. Busca, assim, desfazer qualquer noção de ser um antinomista, de condenar a lei não só como meio de salvação, mas como norma de conduta.
1 – Jesus expressou preocupação sobre os cristãos de Jerusalém que deveriam orar para que a fuga deles, quando da invasão de sua terra (Jerusalém e Judéia) em 70 AD pelas tropas romanas, não tivesse que se dar “no inverno, nem no sábado” (Mat. 24:20). Cristo sabia da inconveniência e perigo se os inimigos cercassem a cidade no dia em que estavam na igreja ou dedicados à adoração particular a Deus, alheios ao que se passava fora. Por esta passagem se percebe que Cristo antecipa que duas coisas estariam existindo após Sua partida: a) o inverno com suas dificuldades para quem tivesse que fugir para os montes nessa estação; b) a observância do sábado pelos Seus seguidores.
2 - Em Atos 15:20 e 29 encontramos uma das maiores provas em favor do sábado nas Escrituras. Entre o que ficou decidido no Concílio de Jerusalém, ante o desafio dos judaizantes que pertubavam a comunidade cristã primitiva, quatro regras básicas de conduta foram definidas. E as quatro regras tratam daquilo de que os cristãos gentios deviam ABSTER-SE, sem que o sábado constasse de tal lista.
Se não está lá o sábado, como algo que os cristãos não deviam praticar, então é óbvio que não houve tal preocupação quanto ao sábado, já que prosseguia normalmente como um dos mandamentos da lei divina que Paulo disse que com a sua mente servia (Rom. 7:25), sendo a “lei de Deus” que trazia o mandamento “não cobiçarás” (vs. 7 e e que ele considerava santa, justa, boa, espiritual, prazenteira (vs. 12, 14, 22, 23). Esta passagem mostra que Paulo nada sabia de nenhuma abolição dos 10 Mandamentos como normativos aos cristãos, tanto que recomenda os 5o., 6o., 7o., 8o., 9o. e 10o. tanto aos cristãos gentios de Éfeso quanto de Roma (ver Efé. 6:1-3, 4:25-31; Rom. 13:8-10).
3 - Em Atos 21:20 vemos que a composição étnica dos primeiros cristãos da igreja-mãe de Jerusalém era judaica, e eles eram “zelosos da lei”. Assim, se houvesse a mínima atitude de algum líder cristão de acabar com o sábado, isso provocaria um tremendo debate entre esses judeus cristãos, pois o sábado era algo muito arraigado na cultura secular e religiosa dos judeus. E não se sabe de debate nenhum a respeito, prova de que não houve alteração do que Israel sempre entendeu e praticou quanto ao princípio do dia de repouso.
Há tanto debate sobre a circuncisão, justamente porque era também algo arraigado na sua cultura. Como é que não há qualquer debate quanto ao sábado? É que certamente todos o guardavam naturalmente e não se precisava discutir sobre o assunto.
4 - Uma prova adicional disso encontramos em Atos 25:8 onde Paulo se defende dos seus acusadores dizendo que “não cometi nenhum pecado contra a lei”. Ora, se ele fosse um violador do sábado, sem dúvida essa acusação seria imediatamente assacada contra ele. Mas Paulo pôde dizer, sem susto, que não contrariou NADA da lei, inclusive do sábado que ele observava.
5 - E mais uma prova adicional achamos em Atos 15:21: “Porque Moisés, desde tempos antigos, tem em cada cidade homens que o preguem, e cada sábado é lido nas sinagogas”.
Sabe-se que os primeiros cristãos não dispunham de Bíblias do modo fácil e disponível como qualquer de nós. O preço de uma Bíblia, ou conjunto de rolos da Torah naquele tempo, alguém calculou como algo em torno do preço de um automóvel 0 km. Ora, só mesmo nas sinagogas é que se podia ter Bíblias, então os cristãos inicialmente freqüentavam as sinagogas para obter instrução bíblica, ouvir a leitura da Palavra de Deus, até serem expulsos mais tardes pelos judeus. Qualquer historiador eclesiástico de gabarito sabe desse detalhe na história do cristianismo primitivo.
Agora, se eles fossem para a sinagoga em qualquer outro dia, ou dariam com a porta fechada ou não haveria leitura da Torah! Portanto, até neste aspecto temos uma prova adicional de que os cristãos primitivos nada sabiam da guarda do domingo. Eles eram sabatistas mesmo, e o ônus da prova fica com os que neguem tal realidade.
6 - Paulo em Atos 16:13 saiu para junto de um rio, em Filipos, um lugar onde não havia sinagoga, num sábado para orar. O fato de ser mencionado que era “sábado” quando foi orar é significativo pois ele certamente orava outros dias também. E ele passou um ano e meio discutindo com os judeus em Corinto, e ao longo de todo esse tempo NUNCA se lembrou de dizer a eles que deviam passar a se reunir no domingo, mesmo quando os judeus abandonaram o local e ele ficou somente com os gentios (Atos 18:1-4 e 11).
7 – Paulo dedica os capítulos 7 a 10 de Hebreus para discutir o sentido dos cerimoniais judaicos e se o sábado fosse um dos tipos de Cristo, como tantos sacrifícios e ofertas, sem dúvida ele destacaria tal papel para algo tão importante e prática tão arraigada dos judeus, quanto era o sábado. Mas não se acha uma linha de referência ao sábado como algo simbólico, cerimonial, daí abolido, nesses referidos capítulos.
8 – Ainda em Hebreus, o sábado é mencionado mas não num sentido de desqualificá-lo ou indicar sua abolição, nos capítulos 3 e 4. Em certo sentido o sábado simboliza o “repouso” espiritual que se encontra em Cristo. Mas se Israel como uma nação falhou em encontrar tal repouso, dentro de Israel houve os que realmente o encontraram, como são os heróis alistados no capítulo 11. E nem por isso deixaram de lado o sábado. Pelo contrário, Davi pôde dizer: “Agrada-me fazer a Tua vontade; ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei” (Sa. 40:. A experiência de Davi deveria ter sido a de toda a sua nação.
9 – E a declaração do autor de Hebreus (cap. 4, vs. 9) de que resta um descanso sabático para o povo de Deus (no grego, sabbatismós, em contraste com todas as demais referências a “descanso” no capítulo, para as quais usa o termo katapausín—vs. 3, 4, 5, é significativa. O autor faz aplicação do repouso do sétimo dia no vs. 4:4: “Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera”. Sendo que ocorre esse uso diferenciado do termo sabbatismos no vs. 9, um competente tradutor de origem aramaica, George Lamsa, verte isso como “o dever do povo de Deus observar o sábado”. Sem dúvida o autor de Hebreus deseja lembrar a seus leitores que esse dever da observância do sábado ilustra bem o repouso espiritual presente e futuro. Não se trata de nenhuma “ordem para guardarmos o sábado”, mas seria um lembrete de que ele não está tratando do sábado apenas como símbolo de algo que não se liga à celebração do próprio sábado semanal regular.
10 – Finalmente, em Hebreus é onde encontramos a mais clara explicação da razão de termos a Bíblia como um livro dividido em duas seções—Velho Testamento e Novo Testamento. acha-se em Heb. 8:6-10 e 10:16. Ali é falado do novo concerto estabelecido entre Deus e o Seu povo, que se no passado era o Israel nacional, no presente é o Israel expandido, constituído por todos aqueles que são filhos de Abraão pela fé (Gál. 3:7, 29). E ao falar da passagem do velho para o novo concerto, é dito que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitarem os termos desse novo concerto o que é tratado como “minhas leis”, e estas são as mesmas que prevaleciam ao tempo de Jeremias, já que o texto é mera reprodução de Jer. 31:31-33. Claro que os aspectos cerimoniais da lei não entram nesse arranjo porque tanto o autor de Hebreus quanto seus leitores primários sabiam que àquelas alturas o véu do templo já se havia rasgado de alto a baixo e o sentido do fim de todo cerimonial da legislação israelita.
O mais significativo é que não ocorre a mínima pista de que nessa passagem do velho para o novo concerto, ao Deus escrever as Suas leis nos corações e mentes dos Seus fiéis filhos, nesse processo Ele, a) deixe de fora o mandamento do sábado; b) mantenha o mandamento do sábado, mas trocando o dia de repouso do sábado para o domingo; nem, c) mantenha o mandamento do sábado, mas deixando-o como algo vago, voluntário e variável, podendo ajustar-se aos interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador).
2 - Em Atos 15:20 e 29 encontramos uma das maiores provas em favor do sábado nas Escrituras. Entre o que ficou decidido no Concílio de Jerusalém, ante o desafio dos judaizantes que pertubavam a comunidade cristã primitiva, quatro regras básicas de conduta foram definidas. E as quatro regras tratam daquilo de que os cristãos gentios deviam ABSTER-SE, sem que o sábado constasse de tal lista.
Se não está lá o sábado, como algo que os cristãos não deviam praticar, então é óbvio que não houve tal preocupação quanto ao sábado, já que prosseguia normalmente como um dos mandamentos da lei divina que Paulo disse que com a sua mente servia (Rom. 7:25), sendo a “lei de Deus” que trazia o mandamento “não cobiçarás” (vs. 7 e e que ele considerava santa, justa, boa, espiritual, prazenteira (vs. 12, 14, 22, 23). Esta passagem mostra que Paulo nada sabia de nenhuma abolição dos 10 Mandamentos como normativos aos cristãos, tanto que recomenda os 5o., 6o., 7o., 8o., 9o. e 10o. tanto aos cristãos gentios de Éfeso quanto de Roma (ver Efé. 6:1-3, 4:25-31; Rom. 13:8-10).
3 - Em Atos 21:20 vemos que a composição étnica dos primeiros cristãos da igreja-mãe de Jerusalém era judaica, e eles eram “zelosos da lei”. Assim, se houvesse a mínima atitude de algum líder cristão de acabar com o sábado, isso provocaria um tremendo debate entre esses judeus cristãos, pois o sábado era algo muito arraigado na cultura secular e religiosa dos judeus. E não se sabe de debate nenhum a respeito, prova de que não houve alteração do que Israel sempre entendeu e praticou quanto ao princípio do dia de repouso.
Há tanto debate sobre a circuncisão, justamente porque era também algo arraigado na sua cultura. Como é que não há qualquer debate quanto ao sábado? É que certamente todos o guardavam naturalmente e não se precisava discutir sobre o assunto.
4 - Uma prova adicional disso encontramos em Atos 25:8 onde Paulo se defende dos seus acusadores dizendo que “não cometi nenhum pecado contra a lei”. Ora, se ele fosse um violador do sábado, sem dúvida essa acusação seria imediatamente assacada contra ele. Mas Paulo pôde dizer, sem susto, que não contrariou NADA da lei, inclusive do sábado que ele observava.
5 - E mais uma prova adicional achamos em Atos 15:21: “Porque Moisés, desde tempos antigos, tem em cada cidade homens que o preguem, e cada sábado é lido nas sinagogas”.
Sabe-se que os primeiros cristãos não dispunham de Bíblias do modo fácil e disponível como qualquer de nós. O preço de uma Bíblia, ou conjunto de rolos da Torah naquele tempo, alguém calculou como algo em torno do preço de um automóvel 0 km. Ora, só mesmo nas sinagogas é que se podia ter Bíblias, então os cristãos inicialmente freqüentavam as sinagogas para obter instrução bíblica, ouvir a leitura da Palavra de Deus, até serem expulsos mais tardes pelos judeus. Qualquer historiador eclesiástico de gabarito sabe desse detalhe na história do cristianismo primitivo.
Agora, se eles fossem para a sinagoga em qualquer outro dia, ou dariam com a porta fechada ou não haveria leitura da Torah! Portanto, até neste aspecto temos uma prova adicional de que os cristãos primitivos nada sabiam da guarda do domingo. Eles eram sabatistas mesmo, e o ônus da prova fica com os que neguem tal realidade.
6 - Paulo em Atos 16:13 saiu para junto de um rio, em Filipos, um lugar onde não havia sinagoga, num sábado para orar. O fato de ser mencionado que era “sábado” quando foi orar é significativo pois ele certamente orava outros dias também. E ele passou um ano e meio discutindo com os judeus em Corinto, e ao longo de todo esse tempo NUNCA se lembrou de dizer a eles que deviam passar a se reunir no domingo, mesmo quando os judeus abandonaram o local e ele ficou somente com os gentios (Atos 18:1-4 e 11).
7 – Paulo dedica os capítulos 7 a 10 de Hebreus para discutir o sentido dos cerimoniais judaicos e se o sábado fosse um dos tipos de Cristo, como tantos sacrifícios e ofertas, sem dúvida ele destacaria tal papel para algo tão importante e prática tão arraigada dos judeus, quanto era o sábado. Mas não se acha uma linha de referência ao sábado como algo simbólico, cerimonial, daí abolido, nesses referidos capítulos.
8 – Ainda em Hebreus, o sábado é mencionado mas não num sentido de desqualificá-lo ou indicar sua abolição, nos capítulos 3 e 4. Em certo sentido o sábado simboliza o “repouso” espiritual que se encontra em Cristo. Mas se Israel como uma nação falhou em encontrar tal repouso, dentro de Israel houve os que realmente o encontraram, como são os heróis alistados no capítulo 11. E nem por isso deixaram de lado o sábado. Pelo contrário, Davi pôde dizer: “Agrada-me fazer a Tua vontade; ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei” (Sa. 40:. A experiência de Davi deveria ter sido a de toda a sua nação.
9 – E a declaração do autor de Hebreus (cap. 4, vs. 9) de que resta um descanso sabático para o povo de Deus (no grego, sabbatismós, em contraste com todas as demais referências a “descanso” no capítulo, para as quais usa o termo katapausín—vs. 3, 4, 5, é significativa. O autor faz aplicação do repouso do sétimo dia no vs. 4:4: “Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera”. Sendo que ocorre esse uso diferenciado do termo sabbatismos no vs. 9, um competente tradutor de origem aramaica, George Lamsa, verte isso como “o dever do povo de Deus observar o sábado”. Sem dúvida o autor de Hebreus deseja lembrar a seus leitores que esse dever da observância do sábado ilustra bem o repouso espiritual presente e futuro. Não se trata de nenhuma “ordem para guardarmos o sábado”, mas seria um lembrete de que ele não está tratando do sábado apenas como símbolo de algo que não se liga à celebração do próprio sábado semanal regular.
10 – Finalmente, em Hebreus é onde encontramos a mais clara explicação da razão de termos a Bíblia como um livro dividido em duas seções—Velho Testamento e Novo Testamento. acha-se em Heb. 8:6-10 e 10:16. Ali é falado do novo concerto estabelecido entre Deus e o Seu povo, que se no passado era o Israel nacional, no presente é o Israel expandido, constituído por todos aqueles que são filhos de Abraão pela fé (Gál. 3:7, 29). E ao falar da passagem do velho para o novo concerto, é dito que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitarem os termos desse novo concerto o que é tratado como “minhas leis”, e estas são as mesmas que prevaleciam ao tempo de Jeremias, já que o texto é mera reprodução de Jer. 31:31-33. Claro que os aspectos cerimoniais da lei não entram nesse arranjo porque tanto o autor de Hebreus quanto seus leitores primários sabiam que àquelas alturas o véu do templo já se havia rasgado de alto a baixo e o sentido do fim de todo cerimonial da legislação israelita.
O mais significativo é que não ocorre a mínima pista de que nessa passagem do velho para o novo concerto, ao Deus escrever as Suas leis nos corações e mentes dos Seus fiéis filhos, nesse processo Ele, a) deixe de fora o mandamento do sábado; b) mantenha o mandamento do sábado, mas trocando o dia de repouso do sábado para o domingo; nem, c) mantenha o mandamento do sábado, mas deixando-o como algo vago, voluntário e variável, podendo ajustar-se aos interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador).
Em Hebreus 3 e 4 o autor ilustra o descanso espiritual que o crente obtém em Cristo. Em todo o desenvolvimento de sua discussão ele usa o termo grego katapausin para “descanso”, mas quando chega no 4:9 a palavra utilizada é sabbatismos, que, aliás, aparece com exclusividade em tal texto.
O autor de Hebreus ilustra a questão do descanso espiritual do povo que foi perdido, ou poderia ser desfrutado (dependendo da decisão de cada um), com base no mandamento do sábado. Por aquelas alturas, em torno de 65 AD, se o domingo tivesse sido adotado pela comunidade cristã, seria natural que ele ilustrasse esse “repouso” com o descanso dominical. . .
Então, o fato de empregar o sábado como ilustração é altamente significativo. O verso 9 diz, segundo tradução livre compatível com o original: “Resta um descanso do sábado do sétimo dia para o povo de Deus”.
O sentido de sabbatismos segundo se constatou em outras literaturas gregas e judaicas é esse. A palavra significa simplesmente isso—observância do sábado semanal. Por todo o capítulo 4 o autor vale-se do termo katapausin que é “descanso” de modo genérico, mas parece que ao encerrar o seu arrazoado quis recordar aos leitores “hebreus” que ele não estava descartando o descanso literal do 7o. dia ao acentuar o descanso espiritual que se encontra em Cristo.
Sobre o sábado ser símbolo do descanso espiritual em Cristo, o fato é que uma coisa não exclui a outra. Embora como nação Israel falhasse nesse ideal, houve dentro do povo eleito os que fielmente entraram no repouso de Deus, como os heróis alistados em Heb. 11. E acaso, esses que “entraram no repouso” espiritual deixaram com isso de observar o sábado semanal? De modo nenhum, como no exemplo de Davi que declarou: “Agrada-me fazer a Tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei” (Sal. 40:8). Tais palavras representam o que seria o ideal para todo o povo de Deus.
Conclusão:
Hebreus 3 e 4 são evidências adicionais de que o sábado é tratado de modo muito especial pelo autor. Os capítulos 7 a 10 tratam do sentido de todo o cerimonialismo de Israel, e se o sábado tivesse mera função simbólica, cerimonial, seria discutido nesses capítulos.
Contudo, recebe é tratamento especial nos caps. 3 e 4, indicativo de que é ainda o repouso que “resta” ao povo de Deus. Empregar, pois, Hebreus 3 e 4 para contrariar a verdade do sábado é outro evidente “tiro” interpretativo que sai pela culatra.
Os cristãos são “salvos pela graça? Então, por que guardar o sábado?
Sim, sem dúvida, os cristãos são “salvos pela graça” (Efésios 2:8). Mas é vital saber, salvos de quê? Eis a resposta: Jesus Cristo veio ao nosso mundo escuro para “salvar seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). Essa era sua missão. Próxima pergunta: O que é o pecado? Eis a resposta: “O pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4). Próxima pergunta: Que lei? Eis a resposta: Paulo escreveu: “foi a lei que me fez saber o que é pecado”. Em seguida, ele citou o décimo mandamento, “Não cobiçarás” (Romanos 7:7 – NTLH). Assim, segundo Paulo, é a lei dos Dez Mandamentos, que revela o pecado para nós. A boa notícia é que Jesus Cristo “morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas” (1 Coríntios 15:3), o que inclui quebrar o mandamento do sábado também. Desde a época de Adão e Eva, a humanidade se afastou de seu Criador. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rom 3:23), por terem quebrado a Sua lei. Uma vez culpados, não podemos ser salvos ou “justificados”, guardando a lei (Romanos 3:20), mas apenas através da fé em Jesus Cristo, nosso Salvador (Romanos 3:21-28). Se confessarmos os nossos pecados, Deus promete nos perdoar (1 João 1:9). Então, Jesus diz: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15 NVI). Quais? Eis a resposta: Ao comparar João 14:15 com Êxodo 20:6, descobrimos que Jesus estava citando o segundo mandamento. Assim, os Dez Mandamentos são mandamentos de Jesus Cristo (juntamente com todos os Seus ensinamentos), pois Jesus Cristo é Deus (João 1:1-3; leia atentamente também Mateus 5:17-19). Se amamos o nosso Salvador, vamos querer obedecer os Seus mandamentos, não para sermos salvos, mas porque somos salvos pelo Seu amor e graça.
Estão Todos os “guardadores do Domingo” Perdidos?
Obviamente que não. Ao longo da história milhões de cristãos cheios do Espírito não entenderam o mandamento do sábado e guardaram o domingo. O mesmo ocorre hoje em dia. No entanto, ouça a Palavra de Deus: “No passado Deus não levou em conta essa ignorância. Mas agora ele manda que todas as pessoas, em todos os lugares, se arrependam dos seus pecados” (Atos 17:30 NTLH). Quando recebemos luz adicional, Deus quer que a sigamos. “…até o tempo do fim. Muitos irão por todo lado em busca de maior conhecimento” (Daniel 12:4). O conhecimento sobre o sábado é hoje cada vez maior. Você pode não estar ciente desta tendência, mas em todo o mundo, ministros e cristãos de várias denominações estão estudando e aceitando a verdade sobre o sábado de Jesus Cristo.
O Sábado é assim tão Importante para Deus?
Pergunte a Adão e Eva. Uma mordida e nosso mundo inteiro mergulhou no caos e provocou a morte de Jesus Cristo. O dia de sábado é muito importante para Deus. Veja Ezequiel 22:26; Jeremias 17:19; 27, Isaías 58:13. A Bíblia diz que quebrar a lei de Deus é pecado (cf. 1 João 3:4), e que o pecado é o que causou a morte de Jesus Cristo no Calvário (cf. 1 Coríntios 15:3).
Será que não devemos adorar a Deus todos os dias?
Claro, mas apenas “o sétimo dia é o sábado do Senhor” (Êxodo 20:10). O sábado é o único dia em que Deus descansou, abençoou e santificou. Ver Gênesis 2:1-3.
Como Pode Tantas Pessoas Boas Estarem Erradas?
Eva não foi apenas uma pessoa boa, ela era uma pessoa perfeita, mas errou quando obedeceu a serpente (cf. Gn 3:1-6). Apenas oito pessoas entraram na arca de Noé, o que nos ensina que a opinião da maioria não deve ser nosso guia (Veja Mateus 7:13-14). Jesus disse a um grupo de líderes religiosos: “Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição” (Marcos 7:13). Se isso aconteceu com os líderes religiosos nos dias de Cristo, também pode acontecer hoje. Muitas pessoas “boas” nunca realmente estudaram o assunto com cuidado.
Artigo escrito por Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do original “Biblical Answers to Good Questions”
Sim, sem dúvida, os cristãos são “salvos pela graça” (Efésios 2:8). Mas é vital saber, salvos de quê? Eis a resposta: Jesus Cristo veio ao nosso mundo escuro para “salvar seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). Essa era sua missão. Próxima pergunta: O que é o pecado? Eis a resposta: “O pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4). Próxima pergunta: Que lei? Eis a resposta: Paulo escreveu: “foi a lei que me fez saber o que é pecado”. Em seguida, ele citou o décimo mandamento, “Não cobiçarás” (Romanos 7:7 – NTLH). Assim, segundo Paulo, é a lei dos Dez Mandamentos, que revela o pecado para nós. A boa notícia é que Jesus Cristo “morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas” (1 Coríntios 15:3), o que inclui quebrar o mandamento do sábado também. Desde a época de Adão e Eva, a humanidade se afastou de seu Criador. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rom 3:23), por terem quebrado a Sua lei. Uma vez culpados, não podemos ser salvos ou “justificados”, guardando a lei (Romanos 3:20), mas apenas através da fé em Jesus Cristo, nosso Salvador (Romanos 3:21-28). Se confessarmos os nossos pecados, Deus promete nos perdoar (1 João 1:9). Então, Jesus diz: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15 NVI). Quais? Eis a resposta: Ao comparar João 14:15 com Êxodo 20:6, descobrimos que Jesus estava citando o segundo mandamento. Assim, os Dez Mandamentos são mandamentos de Jesus Cristo (juntamente com todos os Seus ensinamentos), pois Jesus Cristo é Deus (João 1:1-3; leia atentamente também Mateus 5:17-19). Se amamos o nosso Salvador, vamos querer obedecer os Seus mandamentos, não para sermos salvos, mas porque somos salvos pelo Seu amor e graça.
Estão Todos os “guardadores do Domingo” Perdidos?
Obviamente que não. Ao longo da história milhões de cristãos cheios do Espírito não entenderam o mandamento do sábado e guardaram o domingo. O mesmo ocorre hoje em dia. No entanto, ouça a Palavra de Deus: “No passado Deus não levou em conta essa ignorância. Mas agora ele manda que todas as pessoas, em todos os lugares, se arrependam dos seus pecados” (Atos 17:30 NTLH). Quando recebemos luz adicional, Deus quer que a sigamos. “…até o tempo do fim. Muitos irão por todo lado em busca de maior conhecimento” (Daniel 12:4). O conhecimento sobre o sábado é hoje cada vez maior. Você pode não estar ciente desta tendência, mas em todo o mundo, ministros e cristãos de várias denominações estão estudando e aceitando a verdade sobre o sábado de Jesus Cristo.
O Sábado é assim tão Importante para Deus?
Pergunte a Adão e Eva. Uma mordida e nosso mundo inteiro mergulhou no caos e provocou a morte de Jesus Cristo. O dia de sábado é muito importante para Deus. Veja Ezequiel 22:26; Jeremias 17:19; 27, Isaías 58:13. A Bíblia diz que quebrar a lei de Deus é pecado (cf. 1 João 3:4), e que o pecado é o que causou a morte de Jesus Cristo no Calvário (cf. 1 Coríntios 15:3).
Será que não devemos adorar a Deus todos os dias?
Claro, mas apenas “o sétimo dia é o sábado do Senhor” (Êxodo 20:10). O sábado é o único dia em que Deus descansou, abençoou e santificou. Ver Gênesis 2:1-3.
Como Pode Tantas Pessoas Boas Estarem Erradas?
Eva não foi apenas uma pessoa boa, ela era uma pessoa perfeita, mas errou quando obedeceu a serpente (cf. Gn 3:1-6). Apenas oito pessoas entraram na arca de Noé, o que nos ensina que a opinião da maioria não deve ser nosso guia (Veja Mateus 7:13-14). Jesus disse a um grupo de líderes religiosos: “Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição” (Marcos 7:13). Se isso aconteceu com os líderes religiosos nos dias de Cristo, também pode acontecer hoje. Muitas pessoas “boas” nunca realmente estudaram o assunto com cuidado.
Artigo escrito por Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do original “Biblical Answers to Good Questions”
Dez Razões por que o Sábado não é apenas para os Judeus
1) Adão e Eva não eram judeus. “Deus abençoou o sétimo dia e o santificou” (Gênesis 2:3) antes do pecado ter entrado. “Santificado” significa “ser separado para uso santo”. Os únicos no Jardim do Éden, para quem o sábado foi “separado” foram Adão e Eva, que não eram judeus.
2) “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27). Jesus disse isso. Ele foi “estabelecido” no Jardim do Éden antes de ter sido escrito nas tábuas de pedra no Monte Sinai. O sábado foi “feito” para o “homem”, e não apenas para os judeus.
3) Os outros nove mandamentos não são “apenas para judeus”. Deus escreveu “Dez Mandamentos” em pedra, e não apenas nove (Veja Deut. 4:12, 13; Ex. 20). Será que “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás” e “Não levantarás falso testemunho” só se aplica aos judeus?
4)“O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus” (Êxodo 20:10). Deus chama o sábado, “meu dia santo” (Isaías 58:13). A Bíblia nunca o chama de “sábado dos judeus”, pois não é deles mas de Deus.
5) O mandamento do sábado é para o “estrangeiro” também. O quarto mandamento diz que o próprio “estrangeiro” deve descansar no sábado (Êxodo 20:10). “Estrangeiros” são os não-judeus, ou gentios. Assim, o sábado se aplica a eles também. Leia também Isaías 56:6.
6) Isaías disse que os gentios deviam guardar o sábado. “E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto, sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:6-7). Assim, o sábado é também para os gentios e para “todas as pessoas” não somente para os judeus.
7) “Toda a humanidade” irá guardar o sábado na Nova Terra. Na “nova terra … de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor” (Isaías 66:22-23). Aqui Deus diz que “toda a carne” guardará o sábado na “nova terra”. Se este for o caso – e o é – não devemos começar a fazê-lo desde agora?
8) Os gentios guardaram o sábado no livro de Atos. “Os gentios rogaram que estas palavras fossem pregadas a eles no sábado seguinte … Paulo e Barnabé … os persuadiam a perseverar na graça de Deus” (Atos 13:42-43 – King James). Aqui os gentios salvos pela graça guardaram o sábado (ver também o versículo 44).
9) “A lei [dos Dez Mandamentos] é para “todo o mundo”, não só para os judeus. Paulo escreveu estas palavras. Leia Romanos 2:17-23; 3:19, 23.
10) Lucas era um gentio que guardava o sábado. Lucas foi o único gentio que escreveu livros do Novo Testamento (ele escreveu O Evangelho Segundo São Lucas e os Atos dos Apóstolos). Lucas viajou com Paulo e escreveu: “No sábado, saímos da cidade para junto do rio, pois pensávamos que ali devia haver um lugar de oração” (Atos 16:13). Era o sábado do sétimo dia, o memorial da criação (cf. Ex. 20:11). Tanto Lucas como Paulo sabiam disso.
Escrito por Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do Original “Ten Reasons why the Sabbath is not Jewish”
1) Adão e Eva não eram judeus. “Deus abençoou o sétimo dia e o santificou” (Gênesis 2:3) antes do pecado ter entrado. “Santificado” significa “ser separado para uso santo”. Os únicos no Jardim do Éden, para quem o sábado foi “separado” foram Adão e Eva, que não eram judeus.
2) “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (Marcos 2:27). Jesus disse isso. Ele foi “estabelecido” no Jardim do Éden antes de ter sido escrito nas tábuas de pedra no Monte Sinai. O sábado foi “feito” para o “homem”, e não apenas para os judeus.
3) Os outros nove mandamentos não são “apenas para judeus”. Deus escreveu “Dez Mandamentos” em pedra, e não apenas nove (Veja Deut. 4:12, 13; Ex. 20). Será que “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás” e “Não levantarás falso testemunho” só se aplica aos judeus?
4)“O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus” (Êxodo 20:10). Deus chama o sábado, “meu dia santo” (Isaías 58:13). A Bíblia nunca o chama de “sábado dos judeus”, pois não é deles mas de Deus.
5) O mandamento do sábado é para o “estrangeiro” também. O quarto mandamento diz que o próprio “estrangeiro” deve descansar no sábado (Êxodo 20:10). “Estrangeiros” são os não-judeus, ou gentios. Assim, o sábado se aplica a eles também. Leia também Isaías 56:6.
6) Isaías disse que os gentios deviam guardar o sábado. “E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto, sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:6-7). Assim, o sábado é também para os gentios e para “todas as pessoas” não somente para os judeus.
7) “Toda a humanidade” irá guardar o sábado na Nova Terra. Na “nova terra … de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor” (Isaías 66:22-23). Aqui Deus diz que “toda a carne” guardará o sábado na “nova terra”. Se este for o caso – e o é – não devemos começar a fazê-lo desde agora?
8) Os gentios guardaram o sábado no livro de Atos. “Os gentios rogaram que estas palavras fossem pregadas a eles no sábado seguinte … Paulo e Barnabé … os persuadiam a perseverar na graça de Deus” (Atos 13:42-43 – King James). Aqui os gentios salvos pela graça guardaram o sábado (ver também o versículo 44).
9) “A lei [dos Dez Mandamentos] é para “todo o mundo”, não só para os judeus. Paulo escreveu estas palavras. Leia Romanos 2:17-23; 3:19, 23.
10) Lucas era um gentio que guardava o sábado. Lucas foi o único gentio que escreveu livros do Novo Testamento (ele escreveu O Evangelho Segundo São Lucas e os Atos dos Apóstolos). Lucas viajou com Paulo e escreveu: “No sábado, saímos da cidade para junto do rio, pois pensávamos que ali devia haver um lugar de oração” (Atos 16:13). Era o sábado do sétimo dia, o memorial da criação (cf. Ex. 20:11). Tanto Lucas como Paulo sabiam disso.
Escrito por Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do Original “Ten Reasons why the Sabbath is not Jewish”
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