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Mensagem por Eduardo Qua Jul 14, 2010 5:15 pm

Quando li o texto abaixo vi parte de minha vida retratada em suas linhas:
Eu chegava da escola e corria para o quarto de hóspedes. Lá, meu pai guardava uma velha vitrola. Escolhia o disco, soprava bem, garantindo que o pó não prejudicaria a audição. Senão, procurava por alguma fita cassete. Gostava especialmente das guitarras. Geralmente, ouvia vocais melosos: Beatles, Doors ou Black Sabath (eles também têm músicas melodiosas e tranquilas). Casualmente, escutava algo mais dançante. Apenas na adolescência, escutei dance music, e as distorções psicodélicas de Led Zeppelin.

Alguma coisa do som da década de oitenta, hoje tão em voga, povoou a minha infância e adolescência. Pink Floyd, Duran Duran, Simple minds, Dire strait, A-há, Phil Collins e depois Guns n’ Roses e Nirvana. Mas havia brasileiros: Barão Vermelho, Titãs, Raul Seixas, Engenheiros do Havaii, Legião Urbana, Camisa de Vênus (!) entre outros. Todos eles fizeram barulho na velha vitória, no rádio da sala ou no som do carro do meu pai. Hoje são menos do que pálidas lembranças. Em algum super-mercado, quando ouço uma dessas canções, minha memória sente que, de alguma forma, estiveram na minha meninice, e eu os vejo como velhos vizinhos, com os quais se perdeu o contato, e de quem não se tem nenhuma boa lembrança.

À sua moda, os roqueiros eram rebeldes inveterados, uivando de ódio por terem sido abandonados por uma mulher ou doces garanhões, com palavras sensuais. Eles gritavam contra o sistema político ou denunciavam a pobreza com versos de extrema penúria poética (devia ser meta-linguagem)… Toda tentativa de aproximação entre as letras de Rock com poetas (Baudelaire, Rimbaud, Mallarmé, Poe ou os Beats) nunca foi bem sucedida. Os poetas conseguiam ser mais demoníacos, irados e maliciosos do que os garotos com guitarras e tatuagens – além de que os poetas eram incomparavelmente mais inteligentes e possuíam domínio superior da linguagem.

Ainda assim, roqueiros representaram uma cultura surtando, em arroubos de festa ou depressão macabra. O poder de suas estrofes violentas e seus lirismos piegas infestaram as rádios e influenciaram gerações. Até o mundo cristão, que atacou quando pode o rock, hoje tira sua inspiração dos seus acordes para fazer o “louvorzão” de domingo à noite.

Se “o diabo é pai do Rock”, como dizia em estribilho Raul Seixas, é certo que ele é pai do axé, do samba, da rumba, do pagode, do jazz e de muitos outros ritmos sensuais, libertinos e que promovem revolta, depressão e insatisfação. No fundo, o rock, como expressão cultura, demonstra o vazio, tristeza e solidão do coração humano. O Rock é uma fuga, que se mistura com outras, como orgias, drogas e prazer instantâneo. O estilo de vida a ele associado pode parecer, em muitos casos, mero non sense ou algo que faça os pais dizerem: “todo adolescente passa por isso mesmo!”

Entretanto, eu só pude perceber o que faltava quando encontrei o que me completava: Jesus. Quando me tornei um cristão adventista, em 1995/1996, percebi que meu estilo de vida, do qual fazia parte a apreciação pelo Rock, tinha de ser combatido como um inimigo. Alguém justificaria minha reação como um excesso de zelo juvenil, quando se ama ou se odeia algo com incrível volubilidade. Se fosse o caso, porém, meu pensamento teria se modificado, quinze anos depois. Não julgo ser o caso. Ainda penso que minhas descobertas espirituais daquele período se mostraram libertadoras, além de fomentarem padrões estéticos que cultivo até a atualidade.

Por certo, não poderia achar a paz do Céu, a esperança da cruz e cultivar os mesmos valores. Não consigo hoje ouvir nada muito barulhento ou que mexa com meus instintos mais baixos. O lugar das pedras que rolam foi ocupado hoje pela Rocha Eterna e pelos sons que me façam pensar na eternidade de paz
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Eduardo
Eduardo

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