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Mensagem por Eduardo Ter Jul 27, 2010 6:30 pm

Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Image001


Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais



Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Palmada


Tento me mover pela vida a partir das dúvidas. Mesmo quando acho que tenho uma razoável certeza sobre algum tema, me pergunto várias vezes: “será?”. E guardo uma parte de mim sempre aberta para mudar de ideia diante de algum fato novo ou argumento bem fundamentado. É o caso da lei da palmada, que me parece desde sempre um total disparate. Ao constatar que o projeto de lei enviado pelo presidente Lula ao Congresso em 14 de julho é apoiado e defendido em entrevistas e artigos por pessoas cuja inteligência e atuação pública tenho grande respeito, me forcei a um questionamento ainda maior. Será que palmada é crime e eu não estou percebendo algo importante?

O projeto, que ficou conhecido como “lei da palmada”, se propõe a alterar o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nele, fica proibido o uso de castigos corporais de qualquer tipo na educação dos filhos. O castigo corporal é definido como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”. Li, pesquisei, estudei e continuo achando um total disparate. Não encontro um único argumento que me convença de uma lei proibindo palmadas.

Antes de seguir, quero deixar muito claro que, obviamente, espancamento é crime. Seja dos pais ou de quem for. Palmada não. E nada me convence de que precisamos de mais uma lei, já que a legislação existente pune o espancamento e demais agressões físicas. Nada tampouco me convence de que o Estado deve interferir neste nível na vida privada, na maneira como cada um educa seus filhos. Não por uma postura liberal, mas por algo bem mais sério que vou abordar mais adiante.

Um dos argumentos em defesa da nova lei é de que as pessoas não saberiam a diferença entre uma palmada e um espancamento. Acredito que a maioria das pessoas sabe muito bem a diferença entre dar um tapa na bunda de uma criança e espancar uma criança. Não vale como estatística, mas nunca conheci ninguém que não soubesse, exceto pessoas com distúrbios muito graves, que também não sabiam a diferença entre quase tudo. Quem espanca não acha que está dando uma palmada. Tem certeza de que espanca e quer espancar.

Outro argumento é de que a suposta violência começaria com uma palmada e evoluiria para um espancamento. Não me parece que temos provas de que isso seja um fato verídico. [...]

Me parece muito perigoso tachar de criminosos pais que dão palmadas. Por vários motivos. O primeiro deles é a injustiça da afirmação. Crime é algo muito sério e algo com que o Estado e todos nós precisamos nos preocupar porque rompe e ameaça o tecido social, portanto a sobrevivência de todos. Não pode e não deve ser banalizado. Chamar de criminoso um pai ou uma mãe que dá uma palmada na criança na tentativa de educar é, além de um equívoco, um flagrante abuso.

Me preocupa muito, por exemplo, o fato de demorarmos a agir no caso das denúncias de espancamentos e de agressão sexual. Assim como me preocupa a falta de instrumentos de proteção efetivos para amparar as crianças violadas de todas as formas. Quem trabalha com a prevenção da violência contra crianças sabe que há escassez de assistência. Isso resulta em traumas físicos e psicológicos para as vítimas e impunidade para os agressores. Quando o Estado coloca a palmada e o espancamento no mesmo nível, como se fosse a mesma coisa, todas as lacunas de prevenção, assistência e repressão podem se tornar ainda mais largas.

Se o Estado se propõe a entrar na casa das pessoas e fiscalizar se todos os pais do Brasil estão dando ou não palmadas em seus filhos, em vez de concentrar seus recursos e esforços naquilo que é importante – a prevenção do espancamento e a punição dos espancadores, assim como dos abusadores de todo tipo – temo que o tiro possa sair pela culatra, com o perdão do clichê. Acho que na vida, seja para um governante, um legislador ou um cidadão comum, é importante ter foco.

Este tipo de debate é rico porque todos têm suas próprias experiências. E eu acredito muito na experiência. Vivemos numa época em que a tradição foi desmoralizada e a maioria corre para especialistas de todo o tipo para saber como deve agir ou pensar. Não confia nem na soma de experiências próprias e dos que acertaram e erraram antes – nem em seus próprios instintos. Uma pena, porque perdemos muito. Todos nós perdemos muito. E, talvez, mais que todos, nossas crianças. [...]

Mas o aspecto que mais me preocupa se este projeto de lei for aprovado é o de reforçar aquele que me parece ser – este sim – um dos grandes problemas atuais: a dificuldade dos pais de educar seus filhos. Não me parece que o problema da maioria das crianças hoje seja a palmada que eventualmente recebe dos pais. Mas o fato de não receber limites de seus pais, de não ser efetivamente educada.

Boa parte dos pais me parece completamente perdida. As crianças gritam, as crianças querem porque querem, as crianças interrompem às vezes aos berros quando o pai conversa com outra pessoa, as crianças não cumprimentam ninguém nem na chegada nem na saída, fazem exigências como se o mundo e todos os adultos dentro dele existissem para servi-las, testam e testam para ver se alguém vai fazê-las parar, botar algum limite, e nada. Basta sair na rua para testemunhar cenas lamentáveis em restaurantes, shoppings, cinemas e lugares públicos protagonizadas por pequenos déspotas diante de pais infantilizados. Pais esvaziados, inseguros sobre sua capacidade de educar o filho que botaram no mundo e que parecem duvidar que têm algo a ensinar àquelas crianças. Pais sem nenhuma autoridade.

O que uma parte destes pais faz quando se torna insuportável viver com estes filhos? Leva para um especialista que diagnostica a criança como a mais nova portadora da epidemia da moda: a tal da TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. E dá-lhe medicamento cada vez mais cedo. Como boa parte das crianças ao redor já foi diagnosticada com a “doença” esta, ninguém acha suspeito. Imagino que, quando parte desta geração crescer, o rito de passagem vai ser apenas mudar o medicamento: aos 18 anos ganha um carro e sua primeira caixa de antidepressivos.

Pobres pais? Não! Pobres crianças que visivelmente estão cada vez mais infelizes porque ninguém nasce sabendo sobre seus limites e todo o resto. Um filho precisa que os pais sejam pais. Diante deste quadro, o que o Estado faz? Infantiliza e esvazia de autoridade ainda mais estes pais ao se meter na vida privada e dizer como eles devem educar. Ou que eles não podem tocar nos seus filhos para educar sob pena de serem tratados como criminosos ou párias. Ou, talvez o pior: tratados como maus pais.

Na escola, os professores já choram diante de crianças e adolescentes que desafiam sua combalida autoridade dizendo: “Você não pode me mandar fazer nada porque quem paga o seu salário é o meu pai”. A tradução é: portanto, eu mando em você e, portanto, não há educação possível a partir desta premissa. Se a lei da palmada for aprovada, é possível imaginar as variações dentro de casa: “Se me bater eu te denuncio para o conselho tutelar.” [...]

Ao exercer sua autoridade de forma abusiva, o Estado esvazia de autoridade e infantiliza seus cidadãos. Isto é grave. Embora eu tenha poucos motivos para confiar neste Congresso que aí está, espero que vozes com bom senso se ergam para impedir este projeto de virar lei. Se virar, como todas as leis sem lastro na realidade, não será cumprida. E isto desmoraliza a democracia.

(Época)

Nota: O artigo de Elaine Brum é irretocável. Como ela falou na importância das boas tradições, quero acrescentar apenas uma passagem bíblica: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina” (Pv 13:24); note que o motivo da disciplina é o amor e o filho deve saber disso. Na verdade, a palmada, para os pais que sabem impor limites aos filhos, é praticamente o último recurso disciplinar. Se aprovada, a “lei da palmada” revela uma tendência perigosa: a da intromissão cada vez maior do Estado em assuntos familiares, comportamentais (que não afetam a ordem pública) e mesmo sexuais e religiosos. Como disse na postagem sobre liberdade religiosa, dias piores virão.[MB]

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Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Empty Bater em crianças é covardia

Mensagem por Telma Ter Ago 31, 2010 9:59 am

É uma pena que não tenha idéia do que é educar.
Bater é completo reflexo da falta de autoridade. Pais que não tem controle sobre os filhos batem. Autoridade não é agredir, é ter pulso, é demonstrar quem manda. É se impor. Numa empresa, num trabalho, nas ruas é preciso bater para impor respeito? Somos seres pensantes não precisamos disso, não somos animais. O fato é que os pais estão perdidos por mudar as verdades e as maneiras de se relacionar com os filhos. Já foi aceitável um homem bater em sua esposa, já foi aceitavel um patrão bater num funcionério (escravo). Até matar por honra. Será que não vê que bater numa criança indefesa, frágil, fraca e sem estrutura emocional completa é algo aterrorizante? As vezes é duro mudar por ter de assumir que os nossos pais estavam errado e não nos educaram tão bem assim. Pena que poucas pessoas tenham real cosnciência dos malefícios que tiveram devido a isso. Ignorância, claro, mas, lamentável mesmo assim. Agredir uma criança leva a parecer que isso é normal e se tornará um adulto capaz de agredir e de achar normal. Os pais mimam, deixam fazer tudo, sedem a todos os pedidos, não colocam limites, não cumprem castigos. Os filhos sabem que nada que dizem é sério e abusam, pois, todos querem ter suas vontades atendidas, é preciso mostrar que não podem ter e fazer tudo que querem, é assim a vida em sociedade, mas, os pais depois de tantos erros, já não sabem como para-los e batem. Ter respeito não é ter medo. Ter autoridade não é agredir. O que acharia se seu chefe lhe batesse? E se batesse no cara do mercado porque deu troco errado? Por que quer bater logo numa criança? E se uma criança mais velha bater em seu filho? Vai logo você um adulto bater?Crianças entendem frases curtas, firmes e lógicas, seguidas de atitudes coerentes e também firmes. "Ah mas tenho dó e acabo fazendo o que querem." E depois não tem dó de bater. Vai entender o ser humano.
Abra sua mente. Romper com certezas, com o passado, com os erros de nossos pais, que não tinham a mesma consciência de hoje, não nos deixa a deriva e nem rompe com o amor destes pais.
As verdades podem ser relativas, cuidado, pense em quem seria você se tivesse nascino no Afeganistão, no Japão, no Egito, na idade média, no futuro, na Africa, numa família mulsumana, budista... Será que seguiria as mesmas verdades de hoje?
Coragem.

Telma
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Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Empty Ser enérgico é a diferença. Agredir é ridículo

Mensagem por Ana Ter Ago 31, 2010 10:12 am

Tive professores que ameaçavam, brigavam e não obedeciamos.
Principalmente os que chegavam com arrogância isso a 20 anos, não é coisa recente. Tive professor, mais de um que chorou na sala de aula por não ter autoridade.
MAS TIVE UMA PROFESSORA, COM SEUS 1,55M, DE APARENCIA FRAGIL, VOZ BAIXA E ROUCA. NA FAIXA DOS 70 A 75 ANOS, QUE MANTINHA A MAIS COMPLETA ORDEM COM OS MESMOS ALUNOS E MESMA TURMA. Ainda era querida e admirada, pelos mesmos alunos indiciplinados. ELA TEM AUTORIDADE. Ela fala e cumpre, fala firme, se impõe. Este é o segredo. Não precisou de mais nada.
Os pais os mesmos, os alunos os mesmos.
Simples assim.
Que Deus lhe ilumine e lhe abra a mente.

Ana
Convidado


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Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Empty Pais perdidos e culpados, pais agressivos!

Mensagem por André Ter Ago 31, 2010 10:30 am

Bater é ignorância. Os filhos estão perdidos, pq os pais de hoje estão perdidos. Os pais de hoje não querem que os filhos os vejam como aquele pai bravo que tiveram. Ainda tem remorso por não terem mais tempo para os filhos. Os pais de hoje são caretes e desorientados.
Mimam, mimam, mimam e depois, quando não aguentam mais, batem.
Vejo pais que deixam os filhos amolar a todos, atrapalhar no cinema, bagunçar na sala de espera. Matratar os outros. Bater nos tios e avós e se calam, fingem não ver. Agem como se a responsabilidade pela criança não fosse sua. E quando a criança os irrita, ai eles acordam do transe e batem na criança.
São completamente atordoados. As crianças são agressivas nas escolas porque podem tido e depois, são contidas com agressão.
São agressivas por serem agredidas.
Não entendem o que é limite, ninguem nasce sabendo. São uma copia de seus relacinamentos em casa.
Criança entende tudo tão fácil é só ter coerencia, paciencia, amor, respeito e ser muito firme.
Se os professores dissessem, seu pai paga meu salário e os pais de seus colegas também, por tanto não posso tolerar que atrapalhe o aprendizado de todos. Vou cumprir meu dever. Se seu pai pagou vou honrar meu salário, ensinar e manter a ordem. E tomasse atitude, tirar pontos da nota, mandar para a diretoria, e se não for chamar o diretor e até os pais, e peitar todo mundo se for necessário. E orientar estes pais que passar a mão na cabeça dos filhos não irá ajudar.
Se for firme e decidido nada vai ser uma afronta e obstácilo intransponível. Quem fala desta forma é ouvido e não é agredido com facilidade. Sem arrôgancia é claro.
Obrigado

André
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Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Empty Não Zombe ou julgue os problemas que não conhece.

Mensagem por Laura Ter Ago 31, 2010 11:56 am

Você é uma pessoa desrespeitosa. Respeite o que não entende e busque mais informações.

tenho disturbio de atenção e na minha infância ninguém entendia isso. Sofri demais e dou Graças a Deus por hoje outras pessoas não passarem pelo que passei, não conseguia acompanhar a aula e não me concentrava para estudar, acabava estudando o dia todo pois, minha escola era muito forte. Era completamente quieta e comportada, comportada demais, reprimida eu diria, o excesso de cobranças de meus pais, para ser perfeita , para me esforçar mais, a descepção por eu não ir tão bem, me machucaram muito e na adolescencia até o inicio deste ano quando tive alta, ou seja mais de 15 anos de minha vida passei com depressão crônica embora de leve a média de intensidade, ai, a coisa desandou de vez, mesmo assim acabei a escola, entrei na faculdade, e a terminei dentro do esperado, com muita dificuldade, na guerra pela falta de atenção, pela autocobrança que nos trava e pela depressão ansiosa que me tirava toda a atenção. Sofri demais e não admito este tipo de zombaria. Respeite para ser respeitado.
Só depois de muita terapia consegui perceber que apesar das diculdade e de ter perdido muito no aprendizado, sou mais inteligente que a maioria das pessoas a minha volta.
Comecei a lembrar das poucas vezes que devido ao desespero acabava conseguindo me conscentar, afinal naquele momento era tudo ou nada e nesta situação nada mais vinha a minha mente, assim tinha desempenho muito alto. Pena que só conseguia isso em situações extremas.
A falta de compreensão e excesso de cobrança agrava o problema e leva a depressão como no meu caso. E isso quem sentiu não deseja a ninguém.
Sugiro que busque mais informações sobre autoconhecimento, autosabotagem, ansiedade,...
Não fico lamentando nada, fez parte de meu crescimento, mas, não posso deixar alguém que ignora o assunto falar desta forma. Banalizar é fácil.
Não sabe o que diz. Não tem discernimento, não tem coerência.
Deus te ajude.

Laura
Convidado


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Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais  Empty Re: Com a proibição da palmada Estado infantiliza os pais

Mensagem por Eduardo Ter Ago 31, 2010 6:32 pm

Sim, a Palavra de Deus não só legitima como também destaca a importância dessa medida disciplinar. Por exemplo: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Pv 22.15). Ou em outra versão: “É natural que as crianças façam tolices, mas a correção as ensinará a se comportarem” (NTLH). Outras passagens que reforçam essa forma de disciplina como legítima, contanto que o castigo físico seja aplicado com equilíbrio, são: “Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte” (Pv 23.13,14, NTLH); “Aquele que poupa sua vara não ama seu filho, mas aquele que o ama o disciplina com diligência e o castiga desde cedo” (Pv 13.24, Bíblia Ampliada); “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Pv 29.15, ARA). E textos como o de Provérbios 19.18 condenam os excessos no castigo físico, absurdos estes que obviamente devem não apenas serem reprovados e repelidos em qualquer tipo de disciplina, mas também punidos, pois são atos criminosos que não têm nada a ver com a disciplina física de que falam as Sagradas Escrituras.

Segundo o relato bíblico, Davi enfrentou várias dificuldades na área familiar porque negligenciou a disciplina sobre seus herdeiros (2Sm 13.21; 1Rs 1.6). Diz a Bíblia que porque ele não disciplinou Amnom e Adonias, eles terminaram mortos prematuramente, além de seu filho Absalão se tornar um rebelde que tentou matar seu pai e terminou morto ainda muito jovem. Por falta de disciplina sobre os filhos, Davi foi um grande fracasso como pai. O sacerdote Eli foi outro pai que fracassou na educação de seus filhos por não discipliná-los (1Sm 2.27-36; 3.11-14), e o fim deles foi trágico.

Por outro lado, é bom lembrar que a Bíblia não apresenta a disciplina física como o único recurso na educação dos filhos, mas apenas como um recurso possível e legítimo, e dá a entender ainda que apenas em certa fase da vida da criança (quando, segundo Salomão, “a estultícia está ligada ao seu coração”), ela é imprescindível. Trata-se daquela fase em que a criança ainda não tem condições de entender explicações, pois ainda é muito pequena para isso. Ou seja, a palmada é um recurso legítimo, se utilizada de forma equilibrada; e, por outro lado, é possível não promover uma educação frouxa, mas disciplinar de verdade, sem necessariamente usar palmadas. Elas são um recurso bíblico, legítimo e possível, mas não imprescindível em todas as idades. Enfim, deve valer sempre o bom senso no uso e no não-uso das palmadas.
+ + + + + +
Dar uma palmada de vez em quando, disciplina e educa as crianças. A Bíblia diz em provérbios, o Rei Salomão, homem mais sábio do mundo, diz: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Provérbios 13:24) Certamente, o rei sabia a diferença entre corrigir com palmadas e espancar. Mesmo assim, era categórico em afirmar que a “vara”, ou seja, a repreensão mais incisiva era essencial.

O que podemos aprender com isso é que nem sempre uma simples conversa resolve. Nem sempre a ameaça de retirar o vídeo game ou o computador por uma semana da vida da criança também resolve.

As vezes, o que a criança precisa é de uma correção maior, tal qual pede a Bíblia. Não de forma a deixá-la marcada, traumatizada, mas educada, respeitadora, consciente de seus atos e erros e sabendo que não é o céu o seu limite, mas o respeito aos seus pais e aos outros.

Não é raro vermos crianças cheias de vontade, com excesso de mimo e pais sem saber o que fazer; pais que parecem amiguinhos tentando remediar situações de estresse dos filhos e ficando totalmente estressados. O difícil é ver, pelo menos hoje, pais que consigam impor sua autoridade (e não autoritarismo) para que os filhos vejam e sintam quem manda e quem obedece.

Filhos precisam de pais que os eduquem de fato e não apenas de amigos para compartilhar confidências. Pais presentes, respeitadores e exemplares têm mais chances de terem filhos da mesma forma. Para isso, a base desta educação deve ser o temor – dos pais a Deus e dos filhos aos pais. É o que diz Salomão: “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Provérbios 29:15)

O curioso é que a orientação bíblica contraria a sugestão de alguns especialistas, que defendem a “lei da palmada” porque acreditam que isso impede a violência, já que, segundo eles, a criança que recebe palmada pode tornar-se agressiva. Logicamente, casos extremos de violência podem gerar mais violência, mas dizer que palmada é o fator propulsor que gera violência é tirar dos pais o dever de disciplinar e dos filhos o direito de serem educados, não de forma violenta, mas sábia.
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