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Resenha: “O Mal e a Justiça de Deus” – N. T. Wright



Posso dizer sem medo que algumas posições teológicas foram profundamente alteradas após a leitura de alguns livros de N. T. Wright (especialmente Surpreendido pela Esperança) ao longo do segundo semestre de 2010. Este consagrado estudioso britânico propõe uma maneira radical de pensar a teologia cristã à partir do evento da ressurreição de Cristo e esta nova maneira de pensar a teologia, esta nova perspectiva que a ressurreição nos dá, traz nova luz sobre várias outras questões teológicas.
Uma destas questões que o autor pretendeu analisar à luz desta perspectiva (que ele insiste ser a perspectiva correta, apostólica) da ressurreição é o famoso problema do mal, a teodicéia, em seu livro O Mal e a Justiça de Deus (Ultimato, 2009).
Praticamente todos já devem ter se perguntado: se Deus existe, é todo poderoso e quer nosso bem, por que existe tanto mal no mundo? Desde o filósofo helênico Epicuro de Samos (quem primeiro elaborou este problema de forma mais organizada), diversas formas de apresentar a teodicéia foram elaboradas. Fiodor Dostoievski e C. S. Lewis são apenas alguns dos grandes pensadores cristãos que trataram deste problema. (Dostoievski, diga-se de passagem, de forma bem mais profunda, em seu romance Os Irmãos Karamazov.)
Especialmente nos tempos pós-modernos em que vivemos, o problema do mal tem constituído uma grande barreira para que a nossa sociedade, totalmente imersa no pragmatismo e no imediatismo, se posicione de forma aberta ao Evangelho. A sociedade que quer resultados (e resultados rápidos e fáceis) simplesmente não vê “utilidade” em um Deus que não serve para resolver seus problemas de forma imediata. (Não é por acaso que as igrejas neo-pentecostais, que têm pregado o “Deus de milagres”, “Deus de Promessas” e “Deus da Prosperidade”, um Deus que agrada aos interesses da sociedade capitalista e pós moderna, têm crescido de forma assustadora.)
Os apologistas (aqueles que tentam defender a fé cristã em face das objeções que o mundo levanta) têm concentrado seus esforços basicamente nas seguintes frentes quando lidam com o problema do mal: (i) demonstrar que não há incoerência entre a ideia de um Deus bom e a existência de mal no mundo e (ii) propor “razões morais suficientes” para que Deus permita a ocorrência de mal no mundo. Alguns (como Chad Meister) são mais ousados e tentam provar a existência de Deus à partir da evidência de existência de mal no mundo.
De acordo com N. T. Wright, no entanto, estas respostas empacotadas da apologética não lidam de fato com o problema do mal, e apenas o contornam. Diferentemente destes apologistas N. T. Wright não apresenta em seu livro nenhuma explicação para a existência do mal no mundo. O motivo desta esquiva, de acordo com o autor, é simples: a Bíblia não apresenta uma explicação para a existência do mal e esta questão na verdade não preocupava os cristãos primitivos (que tanto foram perseguidos. Quando a Bíblia com o problema do mal, argumenta o autor, ela não está tentando prover uma explicação para a existência do mal, mas demonstrar o que Deus tem feito para endireitar o mundo e livrá-lo deste problema.

De forma centrral e crucial, os Evangelhos contam uma história que permanece única entre toda a literatura do mundo, entre todas as teorias e visões religiosas do mundo: a história do Deus Criador assumindo a responsabilidade pelo que aconteceu com a criação, carregando o peso dos problemas dela em seus ombros. (p. 84)
E é por isto que o evento da ressurreição tem um papel importantíssimo na “solução” do problema do mal. Não se trata de tentar apresentar explicações mirabulosas e carregadas de pressuposições como os apologistas tem feito a fim de eximir Deus de sua responsabilidade pela ocorrência de mal no mundo. Em Cristo, Deus assumiu toda a responsabilidadade pela existência de mal no mundo, e levou esta responsabilização atéas últimas consequências. Estamos olhando para o problema do mal, argumenta Wright, por uma perspectiva que não era a mesma dos apóstolos, e só teremos alguma chance de compreender o sentido da existência de mal neste mundo se olharmos para o problema pela perspectiva correta:

Só quando colocamos tudo na perspectiva correta veremos como o Novo Testamento oferece a solução completa para o problema do mal. (p. 124)
Agora, é impossível que nesta resenha eu consiga resumir todo a argumentação de N. T. Wright em O Mal e a Justiça de Deus. Aliás, o próprio livro (de apenas 160 páginas) já é um resumo de toda a bagagem que N. T. Wright acumulou ao longo de décadas de pesquisa e vivência pastoral.
Para quem se interessar pelo problema do mal (seja de forma intelectual, seja de forma pessoal) e estiver disposto a ler a abordagem evangelista (isto é, baseada nos evangelhos) de N. T. Wright, eu sinceramente sugiro a leitura do livro O Mal e a Justiça de Deus. O melhor em ter um livro de N. T. Wright nas mãos é que, antes de ler o índice, já temos a certeza que o piso histórico que ele vai construir antes de apresentar seus argumentos nos esclarecerá muita coisa.
Eduardo
Eduardo

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