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Abismos Tenebrosos para os Anjos Maus
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22092009
Abismos Tenebrosos para os Anjos Maus
Abismos Tenebrosos para os Anjos Maus
Por Angel Manuel Rodríguez
PERGUNTA: Por favor, explique 2 Pedro 2:4 (NVI): “Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo.…”
Sobre esse assunto, deveríamos considerar também uma passagem similar encontrada em Judas 6 (NVI): “O anjo me disse: E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, Ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia.” Vamos examinar o contexto, discutir a natureza da prisão e comentar o pecado dos anjos.
1. Contexto: Pedro está discutindo o trabalho dos falsos mestres. Segundo ele, a presença deles entre o povo de Deus não é recente (2 Pedro 2:1). Uma coisa, entretanto, é certa: eles experimentarão o julgamento de Deus. Para apoiar esse argumento, Paulo usa três exemplos bíblicos de pecados que resultaram em julgamento: a experiência dos anjos, a punição dos antediluvianos e a destruição de Sodoma e Gomorra.
O contexto em Judas é similar. Também se refere aos falsos mestres e seus três
exemplos de julgamento divino são: a rebelião dos israelitas no deserto, a queda dos anjos e Sodoma e Gomorra. Essas passagens não são especificamente sobre a natureza do pecado dos anjos, ou sobre o lugar para onde foram enviados.
2. A Prisão: Pedro usa uma linguagem clara para descrever o destino dos anjos maus: Deus “os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos”. “Inferno”, na Bíblia, é o lugar dos mortos, a tumba. A palavra para “inferno” no grego comum é hades, que se refere a lugar dos mortos, submundo. Mas nesse caso, Pedro usa uma palavra diferente, o verbo tartaroo, “lançar dentro/manter cativo em tartaros”. Na mitologia grega, tartaros designava a área mais profunda do hades, reservado para a punição dos deuses desobedientes. Pedro usa essa imagem para expressar a ideia de que os anjos caídos agora estão na prisão de trevas e morte, separados da divina fonte de vida. Essa não é uma prisão literal porque os demônios ainda estão ativos no mundo dos humanos (e.g., 1 Pedro 5:8; Judas 9).
Essa ideia é apoiada por Judas, que simplesmente diz que eles estão acorrentados e aprisionados nas trevas. Por falar nisso, a frase “abismos tenebrosos” em Pedro é interpretada, às vezes, como “grilhões das trevas”. No mundo antigo, em muitos casos, as prisões eram masmorras escuras, um símbolo apropriado para tumba (cf Ap 1:18). Aparentemente, as prisões da antiguidade não tinham como propósito o aprisionamento de criminosos como uma forma de punição. Os presos eram, geralmente, forçados a trabalhar duramente. Mas, em muitos casos, os prisioneiros estavam esperando pelo julgamento ou execução da pena já sentenciada contra eles (cf Lv 24:10-12; Nm 15:32-36). De acordo com Pedro, os anjos caídos estão encarcerados em trevas espirituais, no reino dos mortos, esperando a execução de sua sentença. Eles já foram julgados.
3. O Pecado: Nem Pedro nem Judas falam sobre a natureza do pecado dos anjos. Segundo Judas, os anjos “não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada”. A queda dos anjos é descrita como abandono de suas funções no Céu, seu lar original. A opinião comum entre os estudiosos é que Judas usou Gênesis 6:1-4, como interpretado pela literatura intertestamental judaica, referindo-se à queda dos anjos quando abandonaram o Céu e tiveram relações sexuais com mulheres. Eles argumentam que o contexto em Judas é sobre o pecado da imoralidade. Essa interpretação dificilmente se encaixa no contexto de Pedro. Embora não se possa excluir totalmente a possibilidade de Judas, é sempre melhor considerar o testemunho das Escrituras e evitar especulação. A ideia expressa nas duas passagens parece encaixar melhor em Isaías 14, onde é narrada a queda de Lúcifer: “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (verso 15); assim como em Apocalipse 12:1-4, 7-9, onde a expulsão dos anjos é precedida por uma guerra no Céu.
Conclusão: O destino final dos anjos maus está determinado. Entretanto, cuidado com os falsos mestres em sua igreja e esteja atento à sua voracidade (2 Pedro 2:2)!
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas
Bíblicas da Associação Geral.
http://portuguese.adventistworld.org/index.php?option=com_content&view=article&id=414
Por Angel Manuel Rodríguez
PERGUNTA: Por favor, explique 2 Pedro 2:4 (NVI): “Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo.…”
Sobre esse assunto, deveríamos considerar também uma passagem similar encontrada em Judas 6 (NVI): “O anjo me disse: E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, Ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia.” Vamos examinar o contexto, discutir a natureza da prisão e comentar o pecado dos anjos.
1. Contexto: Pedro está discutindo o trabalho dos falsos mestres. Segundo ele, a presença deles entre o povo de Deus não é recente (2 Pedro 2:1). Uma coisa, entretanto, é certa: eles experimentarão o julgamento de Deus. Para apoiar esse argumento, Paulo usa três exemplos bíblicos de pecados que resultaram em julgamento: a experiência dos anjos, a punição dos antediluvianos e a destruição de Sodoma e Gomorra.
O contexto em Judas é similar. Também se refere aos falsos mestres e seus três
exemplos de julgamento divino são: a rebelião dos israelitas no deserto, a queda dos anjos e Sodoma e Gomorra. Essas passagens não são especificamente sobre a natureza do pecado dos anjos, ou sobre o lugar para onde foram enviados.
2. A Prisão: Pedro usa uma linguagem clara para descrever o destino dos anjos maus: Deus “os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos”. “Inferno”, na Bíblia, é o lugar dos mortos, a tumba. A palavra para “inferno” no grego comum é hades, que se refere a lugar dos mortos, submundo. Mas nesse caso, Pedro usa uma palavra diferente, o verbo tartaroo, “lançar dentro/manter cativo em tartaros”. Na mitologia grega, tartaros designava a área mais profunda do hades, reservado para a punição dos deuses desobedientes. Pedro usa essa imagem para expressar a ideia de que os anjos caídos agora estão na prisão de trevas e morte, separados da divina fonte de vida. Essa não é uma prisão literal porque os demônios ainda estão ativos no mundo dos humanos (e.g., 1 Pedro 5:8; Judas 9).
Essa ideia é apoiada por Judas, que simplesmente diz que eles estão acorrentados e aprisionados nas trevas. Por falar nisso, a frase “abismos tenebrosos” em Pedro é interpretada, às vezes, como “grilhões das trevas”. No mundo antigo, em muitos casos, as prisões eram masmorras escuras, um símbolo apropriado para tumba (cf Ap 1:18). Aparentemente, as prisões da antiguidade não tinham como propósito o aprisionamento de criminosos como uma forma de punição. Os presos eram, geralmente, forçados a trabalhar duramente. Mas, em muitos casos, os prisioneiros estavam esperando pelo julgamento ou execução da pena já sentenciada contra eles (cf Lv 24:10-12; Nm 15:32-36). De acordo com Pedro, os anjos caídos estão encarcerados em trevas espirituais, no reino dos mortos, esperando a execução de sua sentença. Eles já foram julgados.
3. O Pecado: Nem Pedro nem Judas falam sobre a natureza do pecado dos anjos. Segundo Judas, os anjos “não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada”. A queda dos anjos é descrita como abandono de suas funções no Céu, seu lar original. A opinião comum entre os estudiosos é que Judas usou Gênesis 6:1-4, como interpretado pela literatura intertestamental judaica, referindo-se à queda dos anjos quando abandonaram o Céu e tiveram relações sexuais com mulheres. Eles argumentam que o contexto em Judas é sobre o pecado da imoralidade. Essa interpretação dificilmente se encaixa no contexto de Pedro. Embora não se possa excluir totalmente a possibilidade de Judas, é sempre melhor considerar o testemunho das Escrituras e evitar especulação. A ideia expressa nas duas passagens parece encaixar melhor em Isaías 14, onde é narrada a queda de Lúcifer: “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (verso 15); assim como em Apocalipse 12:1-4, 7-9, onde a expulsão dos anjos é precedida por uma guerra no Céu.
Conclusão: O destino final dos anjos maus está determinado. Entretanto, cuidado com os falsos mestres em sua igreja e esteja atento à sua voracidade (2 Pedro 2:2)!
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