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O Papado e o Islamismo na Profecia Bíblica
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05112010
O Papado e o Islamismo na Profecia Bíblica
O Papado e o Islamismo na Profecia Bíblica
Por Samuele Bacchiocchi
Publicado em 05/11/2010 por Seventh Day
Vários leitores têm protestado fortemente contra a minha sugestão de que Obama poderia favorecer a expansão do Islã nos EUA. Seu raciocínio é que Obama é um cristão, não um muçulmano. Alguns chegam a afirmar que Obama nunca teve qualquer ligação com muçulmanos em sua vida e, consequentemente, ele não tem nenhuma razão ou desejo de facilitar a expansão do Islã na América. Essa alegação é negada por várias evidências a serem apresentadas em breve. Mas a questão em minha mente não é se Obama teve ligações muçulmanas no passado ou que tenha tendências muçulmanas hoje. Afinal a América é uma sociedade multi-cultural que pode legitimamente eleger um presidente muçulmano, judeu ou católico.
Será que Obama vai promover a expansão do Islã nos EUA?
De uma perspectiva profética, nossa preocupação não é investigar a prática religiosa de Obama, por si só. Afinal Obama tem o direito de professar qualquer religião que escolher. Pelo contrário, nossa preocupação é ver se durante os próximos quatro anos da administração Obama, a presença e poder muçulmano crescerá significativamente nos Estados Unidos, assim como a influência católica cresceu enormemente durante os últimos oito anos da administração Bush.
O crescimento da influência católica Durante o governo Bush
No boletim 208 discuti longamente a expansão da influência da Igreja Católica durante a administração Bush. Escrevendo para o The Washington Post David Burke oferece este bom resumo: “Este presidente protestante [Bush] se cercou de intelectuais católicos, escritores de discurso, professores, padres, bispos e políticos. Estes católicos – e sua doutrina social católica – têm ao longo dos últimos oito anos moldado os discursos, políticas e legado de Bush, a um grau talvez sem precedentes na história dos EUA.
“Bush também colocou católicos em papéis proeminentes no governo federal, e contou com a tradição católica de fazer um caso público para tudo, de sua iniciativa com base na fé à legislação anti-aborto. Ele casou a intelectualidade católica com a experiente política evangélica para forjar uma poderosa coalizão eleitoral.” (The Washington Post, 13 de abril de 2008).
Para uma discussão e documentação do crescimento da influência da Igreja Católica durante a administração Bush, leia o boletim 208 “Será que o presidente Bush se converteu ao catolicismo?
Será que a besta semelhante a um cordeiro de Apocalipse 13 será habilitada tanto pelo Papado como pelo Islã?
Se Obama irá facilitar o crescimento da presença e poder dos muçulmanos na América, como Bush fez com o catolicismo, então podemos ver como a besta semelhante a um cordeiro do Apocalipse 13, que nossa Igreja Adventista identificou como a América, será habilitada, tanto pela Papado como pelo Islã a se opor ao verdadeiro povo de Deus.
No devocional de 2008, O Evangelho de Patmos, o professor Jon Paulien escreve: “Há algo de cordeiro sobre o animal quando ele aparece pela primeira vez [EUA], mas a sua oposição ao dragão desaparece e com o tempo ele começa a falar como um dragão. A besta da terra passa a ser o articulador decisivo no cenário mundial, trazendo uma unidade mundial no fim dos tempos, em oposição ao verdadeiro povo de Deus (Ap 13:12-18).
Vinte e cinco anos atrás, o pensamento de que a América poderia se tornar o articulador dominante no cenário mundial parecia loucura. Do Vietnã ao caso Watergate, da estagflação às desculpas de Jimmy Carter, a América parecia em declínio no cenário mundial. Antes que você possa falar como um dragão você tem que ter o poder de um dragão e as cordas vocais! Mas o cenário do Apocalipse é credível hoje. ” (P. 240).
Pode o papado e o islã trabalharem juntos para trazerem o confronto final sobre a adoração?
A resposta de vários leitores é “NÃO”, porque eles argumentam que estas duas religiões são radicalmente diferentes em suas crenças e em seus métodos para alcançarem a dominação mundial. Veremos que o problema com esse raciocínio é a incapacidade de reconhecer que a fé católica e a muçulmana, compartilham muito mais em comum do que muitos imaginam. Neste boletim, tentarei mostrar que tanto João Paulo II como Bento XVI têm trabalhado intensamente para desenvolver uma nova parceria entre o papado e o islamismo.
É interessante notar que, em 4 de novembro de 2008, enquanto os americanos votavam por seu novo presidente, mais de 130 líderes muçulmanos estavam reunidos no Vaticano para discutirem maneiras de melhorarem seu relacionamento e desenvolverem uma nova parceria.
Este importante assunto é examinado neste boletim. Você pode não concordar com todos os pontos do meu estudo da Bíblia. Mas isso não é um problema. Eu não espero que todos concordem com tudo que eu escrevo. O que eu apresento é uma proposta para uma análise mais aprofundada, e não uma posição dogmática. Meu objetivo é estimular o seu pensamento e ampliar sua compreensão das profecias do fim dos tempos.
Obama vai promover a expansão do Islã nos EUA?
Como mencionado anteriormente, vários leitores têm protestado fortemente contra a minha sugestão de que Obama poderia favorecer a expansão do Islã nos EUA. Seu raciocínio é que Obama é um cristão, não um muçulmano. Alguns chegam a afirmar que Obama nunca teve qualquer ligação com muçulmanos em sua vida e, consequentemente, ele não tem nenhuma razão para facilitar a expansão do Islã na América.
Em retrospectiva, penso que teria sido mais sensato para mim ter evitado fazer qualquer comentário sobre os candidatos presidenciais, porque é evidente que os americanos se sentem muito apaixonados por eles. Para alguns evangélicos, como declarou Pat Robertson no Larry King Live, Obama é “alguém entre Moisés e o Messias”. Para mim, porém, Obama e McCain não são libertadores messiânicos, mas políticos falíveis que tentam ganhar apoio popular, prometendo muito mais do que podem cumprir.
Nenhum presidente americano pode legitimamente ser glorificado como um libertador enviado por Deus, tendo um mandato divino para resolver os problemas que enfrentamos hoje, como a crise econômica, a criminalidade, as alarmantes taxas de divórcio, o aborto, o impulso para casamentos do mesmo sexo, a cobertura de saúde para 45 milhões de americanos não segurados, a educação acessível e o desemprego.
A partir de uma perspectiva profética quanto mais perto estivermos do fim, mais estes problemas se intensificarão, inaugurando o que o Apocalipse chama de “A Grande Tribulação”. A solução definitiva para os problemas da América e do mundo, encontra-se no divino penetrando no tempo e na história humana com a Vinda de Cristo. Sua segunda vinda, em breve colocará fim a todas as crises econômicas, sociais e políticas e estabelecerá o reino eterno de Deus de paz e prosperidade.
Ideologias humanistas Enfraquecem a Esperança do Advento
É importante notar que um fato importante que tem levado muitas pessoas a rejeitarem a esperança do Advento é o humanismo. Simplesmente declarado, o humanismo ensina que a humanidade possui recursos políticos, econômicos, científicos e tecnológicos para construir um amanhã melhor. Assim, não há necessidade de que Cristo regresse para estabelecer um novo mundo, porque a humanidade possui os recursos para construir um amanhã melhor.
Lembrei-me dessas ideologias humanistas, enquanto assistia aos discursos e debates dos candidatos presidenciais. Eles corajosamente apresentaram os seus programas como uma solução para todos os problemas que a América enfrenta hoje. Milhões de americanos foram cativados por sua eloqüência e responderam, contribuindo com seu tempo e quase um bilhão de dólares para apoiarem o candidato de sua escolha. Eles acreditam sinceramente que seu candidato vai implementar políticas que darão início a um futuro melhor. Essa crença, em última análise obscurece a necessidade do Segundo Advento para estabelecer o reino eterno de Deus.
A paixão e o entusiasmo gerado pela campanha presidencial, me ensinou uma lição importante. As pessoas podem ficar muito animadas e dispostas a contribuirem com seu tempo e dinheiro para apoiar um homem que lhes oferece a esperança para um futuro melhor. Cerca de um bilhão de dólares foram arrecadados para os candidatos presidenciais. Nós temos sido inundados com chamadas telefônicas, folhetos, cartazes, cartas, exortando-nos a votar em determinado candidato presidencial.
Que maravilhoso seria se a nossa igreja adventista pudesse gerar a mesma empolgação e apoio para preparar um povo para o breve retorno do Salvador! Será que a igreja precisa aprender novas estratégias com os gurus das campanhas presidenciais de como convencer, inspirar e mobilizar as pessoas para proclamarem as boas novas de um Salvador que breve virá? Pode ser que precisemos aprender como desenvolver uma simples e clara “plataforma”, uma mensagem sobre o fim dos tempos que ofereça às pessoas a esperança e confiança de um amanhã melhor.
Obama nega ligações muçulmanas
A discussão da possível ligação de Obama com o Islã, não se entende como uma crítica de sua filiação religiosa. Como mencionado anteriormente, na América, qualquer pessoa tem o direito de professar e praticar qualquer religião. O interesse por esta investigação decorre do fato de que o possível crescimento da presença e poder dos muçulmanos nos Estados Unidos durante a administração de Obama, pode representar um significativo cumprimento profético de Apocalipse 13. Nós Podemos ver como a besta semelhante a um cordeiro em Apocalipse 13, que nossa Igreja Adventista identificou como a América, será habilitada tanto pelo Papado como pelo Islã a se opor ao verdadeiro povo de Deus.
Obama tem repetidamente afirmado: “Eu sempre fui um cristão”, e invariavelmente negado ter sido um muçulmano. “A única conexão que eu tive com o Islã é que o meu avô do lado do meu pai veio daquele país [Quênia]. Mas eu nunca pratiquei o Islamismo”. Em fevereiro, ele afirmou: “Eu nunca fui muçulmano. Além do meu nome e do fato de que eu vivi em um populoso país muçulmano por quatro anos, quando eu era uma criança [na Indonésia, de 1967 à 71], tenho uma ligação muito pequena com a religião islâmica”. Http://www.danielpipes.org / article/5544
“Sempre” e “nunca” deixa pouco espaço para equívocos. Mas muitos fatos biográficos recolhidos por jornalistas americanos e estrangeiros, sugerem que durante sua infância, Obama teve uma educação muçulmana razoável sob os auspícios de seu padrasto indonésio.
O pai queniano de Obama, o Sr. Barack Hussein Obama (1936-1982), foi um muçulmano que nomeou seu filho de Barack Hussein Obama Jr. “Hussein” é um nome comum dado aos meninos muçulmanos.
O padrasto de Obama, Lolo Soetoro, também era muçulmano. De fato, como a meia-irmã de Obama, Maya Soetoro-Ng explicou a Jodi Kantor, do New York Times: “Minha família inteira era muçulmana, e a maioria das pessoas que eu conhecia eram muçulmanas”.
As informações provenientes da escola católica Fransiskus Asisia Strada, que Obama frequentou na Indonésia, 1967-70, sugere que ele se registrou como muçulmano. Nedra Pickler da Associated Press informa que “os documentos mostram que ele se matriculou como muçulmano” enquanto frequentou a escola católica durante os três primeiros graus. Kim Barker do Chicago Tribune confirma que Obama foi “listado como um muçulmano no formulário de inscrição para a escola católica”.
A escola pública que Obama frequentou 1970-71, na Indonésia, é também conhecida como Sekolah Dasar Nasional Menteng No. 1, ou escola Basuki. Paul Watson do Los Angeles Times foi informado pelos indonésios familiarizados com Obama quando ele vivia em Jacarta, que ele “foi registrado pela família como um muçulmano em ambas as escolas que freqüentou.” Haroon Siddiqui do Toronto Star visitou a escola pública de Jakarta que Obama frequentou e concluiu que “três dos seus professores disseram que ele foi matriculado como muçulmano.”
A família indonésia de Obama: Seu padrasto, Lolo Soetoro, era um muçulmano. De fato, como a meia-irmã de Obama, Maya Soetoro-Ng explicou a Jodi Kantor, do New York Times: “Minha família inteira era muçulmana, e a maioria das pessoas que eu conhecia eram muçulmanas”. Uma publicação da Indonésia, o Banjarmasin Post relata que um ex-colega de Obama, Rony Amir, recordou que “Todos os parentes do pai de Barry [apelido dado a Obama] eram muçulmanos muito devotos”. (Http://www.jewishworldreview.com/0408/pipes042908 . php3)
Obama relembra com carinho o chamado para à oração noturna. Em uma entrevista de 2007 ao New York Times, intitulada “Obama, um homem do mundo”, Obama lembrou com carinho à chamada para oração noturna islâmica como “Um dos sons mais bonitos na Terra do sol”. Segundo o artigo, “Obama passou a recitar suas linhas iniciais com um perfeito sotaque árabe:”Allah é Supremo! Allah é Supremo! Allah é Supremo! Allah é Supremo! Eu testemunho que não há nenhum deus além de Allah! Eu testemunho que não há nenhum deus além de Allah! Eu testemunho que Maomé é seu profeta!”
É difícil compreender como um cristão genuíno poderia dizer: “Allah é supremo e não há nenhum deus além de Allah.” É evidente que Obama ainda encontra sentido em sua tradição religiosa islâmica. (http://www.christiannewswire.com/news/558288452.html)
A Declaração de Obama “Minha fé muçulmana”: Em 05 de setembro de 2008, em uma entrevista ao vivo a rede de televisão ABC, com o comentarista político, George Stephanopoulos, Obama pronunciou a frase “Você está absolutamente certo de que John McCain não falou de minha fé muçulmana”. Apesar da frase “Minha fé muçulmana” ter sido explicada como um deslize verbal, talvez ela possa refletir uma persistente atração subconsciente de Obama por sua herança muçulmana. http://sooshisoo.wordpress.com/2008/09/07/obama-on-abc-news-my-muslim-faith/)
Obama acredita que existem muitos caminhos para a Salvação. Os comentários mais extensos já oferecidos por Obama sobre a sua fé vieram em uma entrevista de 2004 ao Chicago Sun-Times. Quando perguntado sobre o que ele acredita, Obama disse: “Eu sou um cristão. Estou enraizado na tradição cristã. Eu acredito que existem muitos caminhos para o mesmo lugar, e isso é uma crença de que existe um poder maior, uma crença de que estamos ligados como um povo. Que existem valores que transcendem raça ou cultura, e que nos movem para a frente, e há uma obrigação de todos nós, tanto individualmente como coletivamente de assumir a responsabilidade de tornar tais valores vividos. “(http://www.wnd.com/index.php?pageId=78757)
A crença de Obama de que existem muitos caminhos para o mesmo lugar, é contrária às afirmações bíblicas, como a encontrada em João 14:6: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida: ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
A campanha de Obama tinha um Diretor de Divulgação para os muçulmanos. Eu nunca ouvi a mídia dizendo que Obama designou um Diretor de Divulgação para os muçulmanos. No entanto, segundo Jim Popkin, Produtor Sênior de Investigação da NBC News, a campanha de Obama nomeou um diretor de divulgação muçulmano que participou de uma reunião em meados de Setembro, que contou com a presença de vários ativistas muçulmanos controversos. A campanha de Obama admitiu que foi um equívoco, e que seu importante funcionário muçulmano não teria participado dessa reunião se conhecesse a lista de participantes, antecipadamente.
Em 15 de setembro de 2008, a recém-nomeada diretora de divulgação muçulmana Minha Husaini falou a um pequeno grupo de líderes muçulmanos e potenciais apoiadores de Obama em um hotel em Springfield, Virgínia. Dois outros funcionários filiados ao Partido Democrático de Obama, juntaram-se à Husaini e também falaram com a multidão. Alguns ativistas muçulmanos e cidadãos interessados da Virgínia e Washington, compareceram, e panfletos foram distribuídos aos “árabe-americanos”. (deepbackground.msnbc.msn.com/archive/2008/10/09/1525564.aspx).
Grande parte do mundo árabe alegrou-se sobre a eleição de Obama
A eleição de Obama como presidente dos Estados Unidos foi aclamada em países árabes e muçulmanos como uma vitória para o Islã. Celebrações sem precedentes ocorreram na maioria dos países muçulmanos.
Pela primeira vez desde a Revolução Islâmica de 1979, o presidente iraniano felicitou o presidente eleito dos EUA, Barack Obama nesta quinta-feira, e se ofereceu para se encontrar com ele. O conselheiro do Hamas, Ahmed Yousef, também disse ao WorldNetDaily, que a eleição de Obama marcou um “ponto de retorno” e que “Todo mundo está olhando para a frente, com Obama.”
O Presidente líbio Muamar Kadafi declarou a seu povo que Obama é muçulmano porque o seu nome atesta isso. Ele disse: “Todas as pessoas no mundo árabe, no mundo islâmico e os africanos o têm aplaudido e estão esperando bons resultados.”
Mesmo os líderes jihadistas radicais compartilham a vitória de Obama. Por exemplo, Abu Omar al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico do Iraque, uma organização que alega ter ligações com a Al Qaeda, afirmou que ”A eleição de Obama – e a rejeição do candidato republicano, o senador John McCain – foi uma vitória para o movimento islâmico, uma reivindicação que já começou a repercutir entre os fiéis radicais. O Sr. Baghdadi destacou o desafio que o novo presidente enfrentará, quando ele ponderar sobre como retirar as tropas do Iraque, sem dar a movimentos como a Al Qaeda, uma poderosa ferramenta de divulgação a ser usada para o recrutamento.
“E a outra verdade que os políticos têm vergonha de admitir”, disse o Sr. Baghdadi, “É que a sua guerra injusta sobre as casas do Islã, com suas grandes e sucessivas perdas e as operações contínuas de esgotamento de seu poder e de sua economia, foram a principal causa do colapso do gigante econômico”. “New York Times, 08 de novembro de 2008.
(Http://www.nytimes.com/2008/11/08/world/middleeast/08jihadi.html?partner=rssnyt).
A Razão pela qual Obama não busca abertamente o apoio Muçulmano
À luz das evidências acima, pergunto por que Obama não admite abertamente que sua campanha foi buscar o apoio dos muçulmanos. A resposta é dada em um artigo publicado no Islamica Magazine, uma revista muçulmana. O artigo diz: “Embora seja impossível dizer, seria razoável supor que, se Obama pudesse dizer algo agradável sobre os muçulmanos ele diria porque ele quer os votos de todo e qualquer americano. . . . A única razão que um candidato como Obama não diria algo bom sobre os muçulmanos, é porque ele está fazendo um cálculo político claro. Os votos que ele ganharia com os muçulmanos são muito menores do que os votos que ele perderia em sua associação com os muçulmanos.
“Esta é uma realidade política que os muçulmanos nos Estados Unidos devem enfrentar. É uma demonstração clara de que os esforços coletivos de fortalecimento institucional dos muçulmanos nos últimos 20 anos têm largamente deixado de fazer qualquer progresso real quando se trata de impactar o processo político americano, pelo menos a nível nacional. Os muçulmanos encontraram o candidato ideal, mas não podem apoiá-lo em voz alta por medo de que se o fizerem, eles podem ser a razão pela qual ele perca”. (www.islamicamagazine.com/Online-Analysis/Muslim-Voters-and-Obama.html). Note que a eleição de Obama é vista pelos muçulmanos como um chamado para expandir seu poder e influência na América.
Conclusão
Obama é aclamado pelos muçulmanos como seu “candidato perfeito”, porque percebem nele um presidente que irá apoiar sua causa. Isso nos dá razões para acreditar que durante os próximos quatro anos haverá uma expansão significativa da presença e poder muçulmano na América. Este crescimento apoia nossa compreensão do papel profético que o papado e o Islã irão cumprir no confronto final sobre a adoração.
A nova parceria entre o papado e o Islã
Neste ponto a questão que precisamos considerar é a seguinte: o Papado e o Islã desenvolverão uma parceria que irá capacitar os Estados Unidos, a besta semelhante a um cordeiro de Apocalipse 13 a opor-se ao povo de Deus? À primeira vista, este parece ser um cenário impossível, porque, historicamente, o Islã e o Papado foram inimigos violentos que lutaram pelo controle dos territórios do império romano. Eventualmente o Islã engoliu a maioria dos países cristãos, incluindo a ala oriental do Império Romano, restringindo a influência do papado a alguns países ocidentais.
Na época da Reforma, os muçulmanos estavam mais dispostos a empunhar a espada contra os católicos do que contra os protestantes, porque os católicos veneravam as imagens de Jesus, dos santos e de Maria – uma prática abominável, especialmente para os muçulmanos. A veneração das imagens católicas permaneceu a mesma, mas a sua política em relação ao Islã mudou radicalmente nos últimos anos.
O entendimento de Lutero e Calvino sobre o Islã e o Papado
No último boletim revisamos a compreensão de Lutero e Calvino, sobre o islamismo e o Papado como sendo os dois aspectos do poder do Anticristo predito em Daniel e Apocalipse. Vimos que essa interpretação foi defendida até mesmo por Jonathan Edwards, o primeiro presidente da Universidade de Princeton e um dos mais respeitados teólogos norte-americanos.
Em seu livro A História da Obra da Redenção, Edwards escreveu: “As duas grandes obras do diabo que operavam contra o Reino de Cristo eram…Seus reinos anti-cristãos (Romano ou papal) e maometano (muçulmano ou islâmico), que foram e ainda são, dois reinos de grande extensão e força. Os dois juntos engoliram o antigo Império Romano, o reino (papal) do Anticristo engoliu o Império do Ocidente; e o reino maometano de Satanás o Império do Oriente. . .No livro do Apocalipse (cap. 16-20). . .a destruição destes que a gloriosa vitória de Cristo na introdução dos gloriosos tempos da Igreja, irá principalmente consistir “.
Penso que esta interpretação histórica merece séria consideração. Assim, no último boletim, examinei as marcas de identificação do Anticristo profético. Observamos que tanto o Papado como o Islã preenchem as características distintivas do Anticristo apresentadas em 1 João, Daniel e Apocalipse.
Neste boletim, continuamos nosso estudo, explorando a nova parceria que se desenvolve entre o papado e o Islã à luz do papel profético passado e presente do Anticristo. Especificamente, queremos descobrir se a luta pela supremacia no passado entre o papado e o Islã e as novas formas de cooperação existentes entre eles, são parte da visão profética do papel do Anticristo.
Nosso estudo se divide em duas partes. A primeira parte analisa a nova parceria que se desenvolve entre o papado e o islamismo. Vou argumentar que a tentativa do papa para ganhar os muçulmanos para si mesmo, reconhecendo Allah como sendo essencialmente o mesmo Deus da revelação bíblica, pode ser politicamente correta, mas é bíblicamente errada. Os dois deuses são radicalmente diferentes em sua natureza e ensinamentos sobre coisas como métodos de evangelismo, de salvação, etc.
A segunda parte aborda algumas das crenças e práticas distintas que a Igreja Católica compartilha em comum com o Islã. Vou argumentar que essa comunalidade pode fornecer a base para a compreensão do futuro papel profético desses dois poderes.
Última edição por Ronaldo em Sex Nov 05, 2010 7:06 pm, editado 1 vez(es)
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O Papado e o Islamismo na Profecia Bíblica :: Comentários
O papado tenta cortejar Meca para Roma
Ambos Bento XVI e João Paulo II tem trabalhado para melhorar as relações com os muçulmanos. Por exemplo, no final de novembro de 2006, Bento XVI fez uma visita histórica à Turquia, a qual ganhou a simpatia do povo.
Em um artigo intitulado “De Foe para um amigo na Turquia”, o jornal alemão Spiegel, escreve: ”Antes dele chegar, os turcos o odiavam. Porém, agora que o Papa Bento XVI está na Turquia, ele fez 73 milhões de novos amigos. Não apenas tem ele procurado curar
a divisão entre cristãos e muçulmanos, mas ele também apoia a adesão da Turquia à UE num momento em que o país realmente precisa de um aliado.
“Não demorou muito para que o Papa Bento XVI se transformasse de um dos piores inimigos da Turquia num dos melhores amigos do país. Já na quarta-feira o papa estava sendo elogiado por suas tentativas de colmatar as lacunas entre cristãos e muçulmanos.” (http://www.spiegel.de/international/0,1518,451418,00.html)
A BBC relata: “A visita à mesquita, uma parada extra inserida no programa do Papa, só no último minuto, parece ter caído muito bem com seus anfitriões. Foi um gesto ousado, considerando que esta foi apenas a segunda vez na história do papado que um papa de Roma entrou em um lugar de culto dos muçulmanos.” http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/6199350.stm
Segundo a BBC, “Em 6 de novembro de 2007 o Papa Bento XVI encontrou-se com o rei Abdullah da Arábia Saudita na terça-feira em um momento de tensas relações entre o Islã e o cristianismo a respeito do terrorismo global, a guerra no Iraque e a falta de liberdade religiosa para quase 1 milhão de trabalhadores migrantes católicos que vivem no estado do Golfo Pérsico.
“Foi a primeira reunião entre o monarca saudita, que também supervisiona o santuário mais sagrado do Islã, em Meca, e o chefe da Igreja Católica. . . .A assessoria de imprensa do Vaticano disse que o encontro foi cordial e “constituiu uma oportunidade para examinar as questões perto do coração” de ambos os lados. A declaração disse que os funcionários do Vaticano desejavam
a prosperidade de todos os povos que vivem na Arábia Saudita embora salientando “a presença positiva e operosa dos cristãos”.
“A Arábia Saudita e a Santa Sé não têm relações diplomáticas formais; a prática do país de estrita Wahhabi se opõe a laços estreitos com organizações cristãs em solo saudita”.
“O encontro e o aperto de mão entre o rei e o papa ofereceu incentivo aos esforços para resolver a crise política e religiosa em todo o Oriente Médio. O comunicado do Vaticano disse que os dois líderes enfatizaram a “importância da colaboração entre cristãos, muçulmanos e judeus para a promoção da paz, justiça e valores espirituais e morais.”(http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7080327.stm)
Em 04 de novembro de 2008, no mesmo dia, quando os americanos estavam a votar para o novo presidente, os funcionários do Papa, os líderes islâmicos e acadêmicos começaram um encontro histórico no Vaticano para promover uma melhor compreensão e uma nova parceria entre as duas maiores religiões do mundo. (http://www.catholicnews.com/data/stories/cns/0801242.htm)
João Paulo II e os muçulmanos
Bento XVI está construindo sobre o legado do Papa João Paulo II, que trabalhou duro para atrair Meca para Roma. Em maio de 2001 João Paulo fez história ao se tornar o primeiro líder católico a pôr os pés em uma mesquita e participar em um serviço de oração organizado. A reunião simbólica aconteceu quando o Papa entrou na Mesquita Omíada na capital síria, Damasco. Esta mesquita tem significado tanto para muçulmanos como para cristãos. Para os muçulmanos, é a mesquita de pedra mais antiga do mundo, enquanto que para os cristãos é o lugar onde alegadamente João Batista foi enterrado.
Doze dias após os horrores do 11 de setembro de 2001, o Papa renovou o seu compromisso de trabalhar em direção a uma nova parceria com os muçulmanos em sua mensagem à nação predominantemente muçulmana do Cazaquistão. O papa declarou: “Há um só Deus”. O Apóstolo proclama, antes de tudo, a unidade absoluta de Deus. Esta é uma verdade que os cristãos herdaram dos filhos de Israel e que eles compartilham com os muçulmanos: a fé no único Deus, “Senhor do céu e da terra” (Lc 10:21), onipotente e misericordioso. Em nome desse Deus, dirijo-me ao povo de profundas e antigas tradições religiosas, o povo do Cazaquistão.”(Homilia do Papa, em Astana, no Cazaquistão, no domingo, 23 de setembro de 2001).
O Papa apelou aos muçulmanos e cristãos trabalharem juntos para construir uma “civilização de amor”: “Esta ‘lógica do amor” é o que ele [Jesus] estende a nós, pedindo-nos para vivê-la acima de tudo através da generosidade à quem precisa. É uma lógica que pode reunir cristãos e muçulmanos, e comprometê-los a trabalharem juntos para a “civilização do amor”. É uma lógica que supera toda a astúcia deste mundo e nos permite fazer verdadeiros amigos que nos darão as boas vindas nos tabernáculos eternos” (Lc 16:9).
Em sua última oração, o Papa apelou de novo para os cristãos e muçulmanos trabalharem juntos, lado a lado no cumprimento da vontade de Deus:
“E nesta celebração queremos rezar para o Cazaquistão e os seus habitantes, para que esta grande nação, com toda a sua diversidade étnica, cultural e religiosa, cresça mais forte em solidariedade, justiça e paz. Possa este progresso, com base na particular cooperação entre cristãos e muçulmanos, ser construído dia a dia, lado a lado, no esforço para cumprir a vontade de Deus.” (Ibid)
Apesar dos acontecimentos catastróficos do 11 de Setembro, o Papa continuou a trabalhar em direção a uma parceria com os muçulmanos. A base desta parceria é a crença de que católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus de Abraão.
A reavaliação do Islã
Essa crença é claramente expressa no novo Catecismo da Igreja Católica, que fala do novo relacionamento católico com os muçulmanos, nestes termos: ”O plano da salvação inclui também aqueles que reconhecem o Criador, em primeiro lugar entre os quais estão os muçulmanos, professando manter a fé de Abraão, e, que juntos, adoram conosco o Deus único e misericordioso, juiz da humanidade no último dia. “(Catecismo da Igreja Católica, (San Francisco, CA, 1994) N º 84).
O Catecismo continua afirmando que ”A Igreja tem também um grande respeito para com os muçulmanos. Eles adoram a Deus, que é único, vivo e subsistente, misericordioso e onipotente, criador do céu e da terra, que também falou aos homens. Eles se esforçam para apresentarem-se sem reservas aos decretos ocultos de Deus, assim como Abraão submeteu-se ao plano de Deus, cuja fé os muçulmanos avidamente vinculam para si próprios. Embora não o reconhecendo como Deus, veneram a Jesus como profeta, e sua virgem Mãe eles também honram e às vezes até mesmo devotadamente a invocam. Além disso, eles esperam o dia do juízo e a recompensa de Deus após a ressurreição dos mortos. Por esta razão, eles altamente estimam uma vida reta e adoram a Deus, especialmente através da oração, esmolas e jejum” (Vatican Council II: The Conciliar and Post Conciliar Documents, No. 56, Nostra Aetate, Austin P. Flannery, ed. (Grand Rapids, MI, 1975 & 1984) Vol. I., pp. 739-740).
É evidente que a estimativa Católica do Islã tem sofrido uma mudança fundamental: de religião de “infiéis”, para uma religião de crentes que cultuam o mesmo Deus de Abraão. Enquanto no passado a Igreja Católica denunciou o Islã como uma religião do mal a ser reprimida pelas cruzadas (Guerra Santa), hoje ela agradece e afirma que os muçulmanos têm a mesma fé de Abraão assim como ela.
A força motriz por trás dessa reavaliação tática do Islã é a determinação do Vaticano para trazer uma Nova Ordem Mundial sob a liderança moral e religiosa do Papa. Esta meta foi expressa no Concílio Vaticano II, que declara: ” A promoção da unidade está em harmonia com a natureza mais profunda da missão da igreja [Católica Romana] (Ibid., n. 64, Gaudium et Spes, Vol. I , cap. 42, p. 942).
O profundo perigo que os cristãos evangélicos enfrentam hoje é ingenuamente aceitar a pretensão do Papa de ser o porta-voz oficial de Cristo na Terra - um engano que está profundamente enraizado no novo impulso para criar uma coalizão global de nações com base em um Deus politicamente construído, que pode ser adaptado a diferentes sistemas religiosos.
A determinação do Papa para desenvolver uma parceria com os muçulmanos, vem do simples fato de que seus 1,3 bilhões de membros ultrapassam o 1 bilhão de membros católicos. Ao reconhecer a legitimidade da fé Islâmica, o Papa está facilitando a aceitação dos muçulmanos de seu papel como líder de uma futura Nova Ordem Mundial.
As aparições de Fátima
Em seu papel informativo sobre o “Islã e o Vaticano,” Richard Bennet e Robert Nicholson mencionam um episódio altamente emocional que tem contribuído para a construção de uma base comum entre Roma e Meca, ou seja, as aparições de Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Fátima , em Portugal. Uma vez que Fátima era o nome da filha de Maomé, foram feitas tentativas para explicar as aparições de Fátima como fenômenos muçulmanos. (Richard Bennett and Robert Nicholson, “Islam and the Vatican: A New Partnership with Muslims,” at www.users.bigpond.com/farel/wfs3gu.html, p. 3.).
Bennet e Nicholson escrevem: “Citando uma organização católica de notícias, ‘Nossa Senhora de Fátima é realmente Fátima, filha do profeta Maomé …. Em 23 de outubro de 1995, a televisão iraniana começou a circular histórias de que as aparições em Fátima, Portugal, em 1917, eram fenômenos religiosos de origem muçulmana. “(Ibid., p. 3-4).
“O Islã nos ensina que os homens podem alcançar graça diante de Deus por aquilo que uma pessoa faz. No site de Fátima, em Portugal
em 13 maio de 2000, o papa proclamou uma mensagem que poderia ser prontamente aceita tanto por muçulmanos como por católicos. ”Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores; muitas almas vão para o inferno porque elas não têm ninguém para orar e fazer sacrifícios por elas…” (www.vatican.va/holy_father/john_p…/hf_jp-ii_hom_ 20000513_beatification-fatima_en.htm accessed 6/1/00.).
Feitos heróicos para ganhar a aprovação de Deus, apelos ao homem natural, incluindo o muçulmano devoto; estão, no entanto, a anos-luz do Evangelho da graça. A mensagem do Papa, e a mensagem e veneração de heroísmo no Islã são uma negação total do Evangelho, ”Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou” (Tito 3:5).
É o Deus do Alcorão o mesmo Deus da Bíblia?
A diferença entre o ensino do Alcorão e da Bíblia não se limita à doutrina da salvação, mas inclui a própria compreensão de Deus. Na verdade, todas as crenças e práticas distintas do Islã e do Cristianismo, derivam de seus respectivos entendimentos a respeito de Deus. Notamos que o papa está tentando construir uma nova parceria com os muçulmanos afirmando que eles adoram o mesmo Deus de Abraão adorado pelos católicos.
Na minha leitura, descobri que esta visão é abraçada por inúmeros líderes e estudiosos de diferentes credos. Por exemplo, os secretários do episcopado europeu reuniram-se em Istambul, na Turquia, por um período de cinco dias em junho de 2002 para discutirem a relação entre o Islã e o cristianismo. A suposição é que, reconhecendo a Deus, o Deus retratado no Corão, como sendo essencialmente o mesmo que Elohim / Yaweth, o Deus revelado na Bíblia, é possível desenvolver uma relação de compreensão e aceitação mútua entre o Islã e o cristianismo.
Esta suposição está correta? Uma comparação cuidadosa entre o Deus do Alcorão e o Deus da Bíblia, mostra claramente que os dois deuses são radicalmente diferentes. Apesar do nome árabe Allah derivar do nome hebraico para Deus Eloha, a semelhança é apenas etimológica, e não teológica. Em outras palavras, os dois nomes soam parecidos, mas seus respectivos ensinamentos são totalmente diferentes. Para ilustrar este ponto, vamos olhar para alguns ensinamentos importantes.
Nosso objetivo é mostrar que a tentativa do Papa e de outros líderes da Igreja Cristã de construirem uma parceria com os muçulmanos, reconhecendo o seu Deus, Alá, como sendo essencialmente o mesmo Deus da revelação bíblica, deturpa brutalmente o Deus bíblico. A razão é que os dois deuses diferem radicalmente no que eles têm revelado sobre si e seus atos criativos e redentores para a família humana.
De uma perspectiva profética esta nova parceria entre o papado e o Islã, representa a conseqüência histórica do poder do Anticristo. Nós mostramos no boletim anterior, que esse poder está empenhado em promover a falsa adoração à Deus e perseguir o povo de Deus. Veremos que tanto o Papado como o Islã cumprem as marcas de identificação profética do Anticristo.
A compreensão de Deus
Muçulmanos e cristãos acreditam que há um só Deus, mas a forma como conceituam a Deus em suas respectivas teologias é radicalmente diferente. Por exemplo, enquanto o Deus da Bíblia é um ser encarnado, que entrou no tempo humano e na carne humana para redenção, para ser o Emanuel, Deus conosco, o Deus do Alcorão não poderia encarnar. Ele é distante, inescrutável, totalmente inacessível ao conhecimento humano. Embora os seres humanos sejam suas criaturas, nenhum relacionamento interpessoal é possível com Alá.
A diferença entre a visão unitária do Deus do Alcorão (“Há um só Deus, Alá, e Maomé, o seu profeta”), e a visão trinitária do Deus bíblico (composto de Pai, Filho e Espírito Santo), não difere apenas em número, mas em natureza e caráter. O Deus da Bíblia é um ser trino, porque Ele é amor. O amor não pode ser exercido de forma isolada. Você não pode ser todo-amoroso e estar sozinho ao mesmo tempo. O amor se manifesta nos relacionamentos. Agostinho expressou esta verdade com eloqüência, quando ele disse: ”Ubi amor, ibi Trinitas – Onde há amor, há uma trindade.” Com isso ele queria dizer, que onde há amor, há um amante, um amado, e um espírito de amor.
Para os muçulmanos o ensino bíblico de que Cristo é o Filho de Deus é uma blasfêmia. ”Blasfemam aqueles que dizem: Deus é um de três numa Trindade, pois não há Deus, exceto Um Deus” (Surata 5:76)”(Surata 5:76). O ensino do Islã da Unidade absoluta de Deus provém da sua crença de que Deus está “muito acima” e além de qualquer relacionamento íntimo. Ele vive em solitária indiferença. Tal ensino deriva de seitas gnósticas que existiram na Arábia Saudita na época de Maomé. Em contraste, o Deus da Bíblia é composto de três seres que vivem em comunhão eterna. Ele é tanto transcendente como imanente, para além e dentro de Sua criação.
O Deus da Bíblia não se contentou em abençoar a Sua criação de fora dela. Ele se humilhou ao ponto de tornar-se parte de sua natureza criada através da encarnação de Seu Filho Jesus Cristo. Ao tornar-se parte de sua natureza criada, Deus santificou a humanidade. A Filiação de Jesus na Bíblia, é um testemunho do amor divino, um amor que transcende a compreensão humana.
É a partir dessa perspectiva que nós, como cristãos, podemos ajudar nossos amigos muçulmanos a entenderem a singularidade do Deus trino da Bíblia. Ao invés de desperdiçar tempo para provar a Trindade, um mistério sublime que transcende qualquer explicação humana, podemos afirmar que o Deus bíblico não vive na indiferença solitária, mas em uma comunhão de três seres, porque Ele é amor. Precisamos explicar aos nossos amigos muçulmanos que os três seres da divindade são de fato um Deus, porque compartilham o mesmo centro de consciência - Um mistério além da compreensão humana.
Método de Revelação
Outra diferença significativa entre o Deus da Bíblia e o do Corão, é o método de revelação. No Alcorão, Deus falou por meio de um livro. Na Bíblia, Deus se revelou supremamente através de uma Pessoa, Jesus Cristo. No Islã, a grande maravilha de Deus pode ser encontrada na versão árabe do Corão. No cristianismo, o grande milagre é encontrado na Pessoa de Jesus Cristo. Sendo um Deus pessoal, o Deus cristão pode se revelar mais plenamente através de uma pessoa, do que através de um livro.
A diferença radical entre o Deus da Bíblia e o do Deus do Corão, torna-se ainda mais evidente quando comparamos os seus ensinamentos nas respectivas áreas, como pecado, salvação, Jesus, inferno, paraíso, evangelismo e feminilidade. Por razões de brevidade, vamos olhar apenas para os dois últimos.
Método de Evangelismo
No boletim nº. 85, observamos que o Deus do Alcorão explicitamente ordena matar os pagãos, judeus e cristãos que não abraçam o Islã. “Quando os meses sagrados houverem transcorrido, lutem e matem os pagãos, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, que observem a oração e paguem o zakat (esmola), e abra-se o caminho a eles. Sabei que Alá é Indulgente, Misericordiosíssimo” (Surata 9:5).
Tal método coercitivo de evangelismo está em contraste com os ensinamentos do Deus bíblico para conquistar os homens para o Seu Reino, anunciando-lhes a Boa Nova da Sua graça salvadora através do sacrifício expiatório de Cristo.
Aparentemente, o Papa não tem nenhum problema em aceitar os ensinamentos de Alá sobre o extermínio dos infiéis, porque, historicamente, a Igreja Católica tem ensinado e feito a mesma coisa.
Tomás de Aquino, que é justamente considerado como o mais influente teólogo católico que já existiu, afirma claramente em sua Summa Theologica que os hereges não devem ser tolerados, mas exterminados. Ele escreveu: “Com relação aos hereges dois pontos devem ser observados: um, em seu próprio lado, o outro, do lado da igreja. Pelo seu lado, há o pecado pelo qual eles merecem não apenas ser separados da igreja pela excomunhão, como também afastados do mundo pela morte. Pois é uma questão muito mais grave corromper a fé que vivifica a alma, do que forjar o dinheiro, que sustenta a vida temporal. Portanto, se o falsificador de dinheiro e outros malfeitores são imediatamente condenados à morte pela autoridade secular, muito mais razão há para os hereges, assim que forem condenados por heresia, a serem não apenas excomungados mas também condenados à morte”(Tomás de Aquino, Summa Theologica, Questão 11, artigo 3 º).
Este histórico ensinamento católico, que se “os hereges” não se retratarem, devem ser não apenas excomungados, mas também exterminados, soa muito parecido com os ensinos do Corão. Tal ensino comum, explica por que a Igreja Católica tem historicamente usado as Guerras Santas (cruzadas) para exterminar muçulmanos “infiéis” e cristãos “hereges”. O fato de que a Igreja Católica tem historicamente adotado e usado a Jihad islâmica, as Guerras Santas, para exterminar os dissidentes, nos ajuda a entender por que o papa acha o Deus do Alcorão semelhante ao Deus intolerante adorado pelos católicos. Tais deuses, entretanto, estão a anos-luz de distância do Deus da revelação bíblica.
O Alcorão e a Bíblia sobre Feminilidade
A superioridade infinita do Deus bíblico sobre o do Corão, é mais evidente no ensino sobre o estatuto das mulheres, especialmente no que se refere ao casamento, divórcio e mundo por vir .. Uma breve comparação entre os dois pode ser instrutiva. Ela nos ajudará a ver que, apesar do que diz o Papa, o Deus bíblico não pode ser legitimamente comparado com Alá.
O Deus da Bíblia criou a mulher do homem para ser sua contraparte (Gn 2:18), correspondendo-lhe mentalmente, fisicamente e espiritualmente, fazendo dele uma pessoa maior do que ele seria estando sozinho. O mesmo é verdade para o homem. Ele traz para a esposa uma perspectiva que amplia sua vida, fazendo dela uma pessoa mais completa do que ela poderia ser sem ele. Assim, “no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher” (1 Coríntios 11:11).
A Bíblia consistentemente ensina que o casamento é um pacto sagrado e permanente que o próprio Deus testemunha e protege. Por esta razão, o matrimônio é efetivamente usado no Antigo Testamento para retratar a relação de Deus com Israel, e no Novo Testamento para representar a relação de Cristo com Sua igreja.
A alta estima que o Deus bíblico coloca sobre o papel da mulher no lar e na igreja, é estranha ao Corão. De acordo com Alá, as mulheres existem principalmente para a satisfação sexual dos homens. Para garantir esse objetivo, o Corão permite que um muçulmano comum se case com quatro mulheres, embora os muçulmanos ricos possam preencher seus haréns, na medida de sua riqueza e luxúria. Esta prática tem sido incentivada pelo exemplo do próprio Maomé, que não seguia as limitações do Alcorão de quatro esposas.
Após a morte de sua primeira esposa, Khadija, casou-se com nove esposas. Uma delas, Aiysha, tinha apenas nove anos de idade. Ela era filha de Abu Bakr As Siddiq, amigo próximo do profeta. Maomé tinha 53 anos quando ele insistiu em se casar com Aiysha, uma criança de nove anos de idade, imatura, e, obviamente, ignorante da vida de casado. Ele também deu a sua filha de 12 anos de idade, Fátima, em casamento a seu primo Ali Taleb bin Abu. Estes atos criminosos de abuso de crianças por si só são suficientes para desacreditar a afirmação de Maomé ser o maior profeta enviado por Deus, maior até que o próprio Jesus Cristo.
Espanta-me como os muçulmanos podem aceitar Maomé como um grande profeta, apesar do fato dele ter tido relações sexuais com uma criança de nove anos de idade. Se o Deus do Alcorão autoriza o abuso de crianças para gratificação sexual, então ele deve ser exposto como um Deus criminoso, ao invés de ser adorado como um ser sagrado. Talvez o Papa não se preocupe com a má conduta sexual do Profeta, porque a Igreja Católica tem tido sua quota de escândalos sexuais, não só no passado, quando alguns papas tinham amantes mulheres e filhos, mas ainda hoje, quando os padres católicos estão sendo processados em muitos países por abusar sexualmente de menores.
O fato de que o Deus do Alcorão permite que pessoas especiais como Maomé façam coisas proibidas com os outros, levanta sérias dúvidas sobre seu caráter moral e coerência.
Maomé afirma que Deus lhe deu permissão de se casar com qualquer mulher que ele imaginasse. Aqui está o texto em causa do Corão:
“Ó Profeta, em verdade, tornamos lícitas, para ti as esposas que tenhas dotado, assim como as que a tua mão direita possui (cativas), que Deus tenha feito cair em tuas mãos, as filhas de teus tios e tias paternas, as filhas de teus tios e tias maternas, que migraram contigo, bem como toda a mulher fiel que se dedicar ao Profeta, por gosto, e uma vez que o Profeta queira desposá-la; este é um privilégio exclusivo teu, vedado aos demais fiéis ”(Surah, The Confederates, vs. 49 ff.).
A disposição especial concedida pelo Alcorão a um homem como Maomé para ter qualquer mulher como esposa, mesmo aquelas que são capturadas na guerra, sem qualquer consideração a vontade das mulheres, mostra claramente que Alá trata as mulheres como cordeiros para serem levados ao abate pelos caprichos dos homens. Depois que um homem tenha obtido tudo o que ele deseja de uma mulher, ele está livre para mantê-la ou demiti-la sem medo de injustiças. Isto é claramente ensinado na mesma Surata: “Podes abandonar, dentre elas, as que desejares e tomar as que te agradarem; e se desejares tomar de novo a qualquer delas que tiveres abandonado, não terás culpa alguma” (Surah, The Confederates, v. 50).
É evidente que Alá não tem respeito pelas emoções e direitos de uma mulher. Ele trata as mulheres como objetos descartáveis. Em contraste, o Deus da Bíblia ensina que “devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos”(Efésios 5:28). “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (1 Coríntios 7:4). Esta igualdade mútua e complementaridade ensinadas pelo Deus da Bíblia, é estranha para o Deus do Alcorão.
A poligamia e o concubinato servil ensinados pelo Corão, destróem a dignidade da mulher, a beleza do lar, além de desacreditar a moralidade do caráter de Alá.
As mulheres na vida após a morte
Um exemplo mais convincente da diferença gritante entre o Deus bíblico e o deus do Alcorão, encontra-se nos ensinamentos do Corão sobre o papel das mulheres na vida após a morte. Isso veio a mim como um choque quando li no Alcorão e no Hadith – tradicionais ensinamentos de Maomé - que na vida após a morte, a maioria das mulheres são remetidas ao fogo do inferno para sofrer eternamente. Apenas algumas donzelas castas, conhecidas como hur, viverão no jardim do Paraíso, a fim de proporcionar prazer sexual para os muçulmanos fiéis.
O ensinamento de que a maioria das mulheres estarão fadadas ao fogo do inferno, é dito ter vindo de uma visão do profeta Maomé. Esta visão é relatada em várias tradições (hadith). Segundo uma tradição, o Profeta relatou: “Eu também vi o Inferno de fogo, e nunca tive uma visão tão horrível. Vi que a maioria dos habitantes dele eram mulheres.” O povo perguntou: “Oh, mensageiro de Allá! Por que isso?” O Profeta disse: “Por causa da ingratidão delas.” Foi perguntado se elas são ingratas a Allá. O Profeta disse: “Não, mas são ingratas a seus companheiros [maridos] e ingratas à caridade que seus maridos mostraram a elas” (Ahmad ibn Hanbal, Musnad, Cairo, 1895, vol. 1, p. 359).
A mesma visão é relatada com pequenas variações em outras tradições (hadith), que falam também do pecado da quebra de confiança. Francamente, acho lamentável que o Deus do Alcorão condene a maioria das mulheres ao fogo do inferno, porque supostamente todas sejam ingratas e indignas de confiança. Este ensinamento é um insulto não só para as mulheres em geral, mas especialmente às devotas mulheres muçulmanas.
Uma visita a qualquer igreja cristã mostra que as mulheres superam os homens na freqüência à igreja e piedade religiosa. É difícil acreditar que as mulheres muçulmanas são menos religiosas e confiáveis do que sua contraparte cristã e, conseqüentemente, mereçam ser reservadas para o fogo do inferno. O problema não é as mulheres muçulmanas, mas o ensino do Corão que trata as mulheres
como mentalmente e moralmente deficientes. A baixa auto-estima das mulheres é especialmente evidente em sua ausência no serviço de adoração da mesquita na maioria dos países muçulmanos.
Donzelas castas para deliciar os muçulmanos de fé no paraíso
Enquanto a maioria das mulheres são remetidas ao fogo do Inferno, algumas donzelas castas, conhecidas como hur, viverão no jardim do Paraíso, para deleite dos fiéis muçulmanos. O Alcorão refere-se quatro vezes a essas moças castas, que nenhum homem jamais tocou (Surata 52:20, 56:22, 55:72, 44:54). Elas são descritas no Corão como castas, com olhos como pérolas, lindas, virginais, e da mesma idade dos crentes do sexo masculino (cerca de 30 anos) para quem elas servem como uma recompensa.
Em seu livro A Compreensão Islâmica da Morte e Ressurreição, Jane Idleman Smith e Yvonne Yazbeck Haddad oferecem um resumo útil dos ensinamentos tradicionais sobre as donzelas castas do Paraíso: ”Nos hadiths [tradições] os detalhes da descrição delas difere, mas geralmente é dito que elas são compostas de açafrão desde os pés até os joelhos, de almíscar dos joelhos ao peito, de âmbar do peito até o pescoço, e de cânfora do pescoço até a cabeça. Trabalhando muitas vezes com múltiplos de sete, os tradicionalistas as têm descrito como vestindo setenta a 70.000 vestidos, através dos quais até a medula dos ossos pode ser vista por causa da delicadeza da sua carne, deitadas em setenta sofás de jacinto vermelho incrustados com rubis e jóias, e afins. As hurs [castas donzelas] não dormem, não engravidam, não menstruam, gospem ou assoam o nariz, e nunca adoecem. Referências aos grandes benefícios sexuais daqueles crentes do sexo masculino para cujo prazer as hurs [castas donzelas] se destinam, são numerosos; os relatos deixam claro que as hurs foram criadas especificamente como uma recompensa para os homens da comunidade muçulmana que foram fiéis a Deus. “(Jane Idleman Smith e Yvonne Yazbeck Haddad, A Compreensão Islâmica da Morte e Ressurreição, State University of New York Press, 1981), p. 164).
O elemento sensual que contamina até mesmo a visão corânica do Paraíso, mostra a enorme diferença que existe entre a obsessão sexual de Alá e a santidade e pureza que caracteriza Jeová.
A comparação anterior entre o ensino do Corão e da Bíblia, são suficientes para mostrar que a tentativa do papa de igualar o Deus da revelação bíblica com o do Alcorão, pode ser politicamente correta, mas é biblicamente errada. Os dois deuses diferem como o dia da noite em sua natureza, caráter, e plano para a vida humana e seu destino. O Deus bíblico oferece a salvação como um dom da graça, o Deus do Alcorão ensina que a salvação é uma conquista humana.
Em função das diferenças radicais que temos encontrado entre o Deus bíblico e o deus do Alcorão, uma pergunta: Como pode o Papa trabalhar para uma nova parceria com os muçulmanos, elogiando a sua fé como sendo a mesma fé de Abraão? Será que o Papa se sente atraído ao Islã mais do que a qualquer outra religião não-cristã, pois há semelhanças significativas entre o Islã e o catolicismo? Para testar a validade desta hipótese, vamos dar uma breve olhada em algumas semelhanças significativas entre as duas religiões.
Forma de Governo autocrático da Igreja
Em primeiro lugar, tanto o Islã como o Catolicismo, tem uma similar forma de governo autocrático da igreja, onde a sede da autoridade reside em uma pessoa: o Papa no catolicismo e Maomé no Islã. O que o papa é para os católicos, Maomé é para os muçulmanos. Ambos são aceitos como representantes de Deus na terra. O Papa afirma ser o vigário de Cristo e Maomé proclama ser o maior profeta de Alá, substituindo o próprio Cristo. O que isto significa é que tanto os católicos como os muçulmanos compartilham da mesma admiração e veneração por um líder humano que dita as suas crenças e práticas.
Importância das boas obras para merecer a salvação
A segunda semelhança impressionante entre o Islã e o catolicismo é a sua compreensão da respectiva importância das boas obras para merecer a salvação. Tanto no catolicismo como no islamismo a salvação é o resultado de uma combinação de graça e obras. No catolicismo, a graça de Deus é infundida nos crentes para que possam fazer as boas obras necessárias para merecerem a salvação no dia do julgamento.
Em uma veia semelhante, no Islã a salvação é uma combinação da graça de Alá e obras muçulmanas. No Dia do Juízo, se as boas obras de um muçulmano superarem as más, e se Alá aceitar suas boas obras, então eles podem ser perdoados de todos os seus pecados e entrarem no Paraíso. Portanto, o Islam é uma religião de salvação pelas obras, porque combina as obras do homem com a graça de Alá.
Poucos versos do Alcorão são suficientes para exemplificar a importância das obras: ”Para aqueles que crêem e praticam atos de justiça, Deus prometeu perdão e uma grande recompensa” (Surata 5:9). ”Então, aqueles cujo saldo (de boas ações) são pesados, serão bem sucedidos. Mas aqueles cujas ações forem leves serão aqueles que perderam suas almas; e no inferno habitarão”(Surata 23:102-103).
A compreensão muçulmana das boas obras é amplamente determinada pelo desempenho dos Cinco Pilares do Islã. São eles: (1) a recitação do credo de que não há outra divindade além de Alá e que Maomé é o seu profeta; (2) orar cinco vezes ao dia; (3) Jejuarem e absterem-se de relações sexuais durante as horas do dia do mês de Ramadan; (4) dar esmola aos pobres; (5) Peregrinação a Meca,
se possível, pelo menos uma vez na vida.
Definição Similar de Boas Obras
Os entendimento dos católicos romanos das boas obras é muito semelhante. Tal como os muçulmanos, os católicos repetem o Credo dos Apóstolos em seu serviço da igreja. A recitação da oração é também uma parte importante da religiosidade católica.
Lembro-me vividamente de meus parentes Católicos recitando suas orações à noite. Eles seguravam um rosário nas mãos para contar o número de Aves Maria e Pai Nossos que tinham recitado. O jejum também é recomendado aos católicos, especialmente como forma de penitência para expiar os pecados confessados a um padre. A esmola é também um aspecto importante da religiosidade católica. As esmolas normalmente são dadas na forma de contribuições de caridade a várias organizações religiosas (monásticas) que ministram aos órfãos e aos pobres.
Tal como os muçulmanos, os católicos também são incentivados a fazer uma peregrinação à Roma, especialmente durante o Santo Anno, que é o Ano Santo, que agora é comemorado a cada 25 anos. Durante o Grande Jubileu do Ano de 2000, estima-se que mais de 40 milhões de católicos fizeram sua peregrinação a Roma, buscando a remissão dos seus pecados, e indulgências para os seus entes queridos no purgatório. Uma indulgência é a remissão da pena temporal pelos pecados em nome de seus entes queridos, que pode ser obtida através de orações, peregrinações e missas especiais. Isso pode encurtar no entendimento deles a duração do castigo vivido pelos entes queridos no purgatório.
É evidente que os meios de salvação no islamismo e no catolicismo romano são muito similares. Infelizmente, ambos os sistemas religiosos ignoram que a salvação é um dom da graça divina (Ef 2:8) e não uma conquista humana. Obras de obediência não são a base da nossa salvação, mas uma resposta de amor para a provisão graciosa da salvação. É porque “o amor de Cristo nos constrange” (2 Cor. 5:14), que observamos os Seus mandamentos (João 14:15).
Intercessores humanos
A terceira notável semelhança entre o catolicismo e o islamismo é a função de intercessão dos agentes humanos. No catolicismo, os crentes oram a Maria e aos santos para intercederem junto a Deus em seu nome ou em nome de seus entes queridos. Observamos anteriormente que o novo Catecismo oficial da Igreja Católica, reconhece que “os muçulmanos veneram Jesus como profeta, e também honram à sua virgem Mãe e às vezes até mesmo a invocam devotamente”.
Para os muçulmanos o papel supremo de intercessor é reservado para Maomé. No último dia de julgamento, o Profeta prostrar-se-á diante de Deus que, segundo a tradição, vai dizer-lhe: “Ó Maomé! levanta a sua cabeça, e fale, serás ouvido e o que pedir, lhe será dado, interceda e a quem o fizeres será aprovado” (A. N. Matthews, Translator, Mishcat-ul-Masabih, The Tibrizi Collection, Calcutta, 1810, vol. 1, p. 607.). O texto continua indicando que Deus vai retirar do fogo do inferno aqueles por quem Maomé interceder.
A noção de mediadores humanos intercedendo junto a Deus em nome de outros, é estranha às Escrituras. A Bíblia ensina que “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2:5). Somente Jesus Cristo, quem morreu, e ressurgiu dentre os mortos, interecede por nós (Romanos 8:34).
Imortalidade da Alma
A quarta semelhança notável entre o Catolicismo e o Islã, é a crença na sobrevivência da alma separada do corpo no momento da morte. No meu livro Imortalidade ou Ressurreição? Eu tenho mostrado que uma série de heresias derivam ou são em grande parte dependentes da crença de que a alma é imortal por natureza, e sobrevive ao corpo no momento da morte.
Por exemplo, a crença no papel de intercessão de Maomé, Maria e dos santos mencionados acima, derivam da crença de que na morte as almas dos fiéis ascendem à bem-aventurança do Paraíso, conhecido como “O Jardim” no Corão. Da mesma forma as crenças de que na morte as almas daqueles cujos pecados são perdoáveis vão para o purgatório, enquanto que as almas dos pecadores impenitentes são lançadas no fogo eterno do inferno, são baseadas na crença da imortalidade da alma. Tanto o catolicismo como o islamismo sustentam a crença no purgatório e no inferno.
É engraçado ler alguns dos manuais Islâmicos descrevendo o processo de extração da alma do corpo. Por exemplo, Al-Ghazali, em al-Durra al-fakhira oferece esta colorida descrição: ”E quando alguém se aproxima do destino, ou seja, de sua morte terrena, então quatro anjos descem para ele; o anjo que puxa a alma de seu pé direito, o anjo que a puxa do pé esquerdo, o anjo que a puxa de sua mão direita, e o anjo que a puxa de sua mão esquerda…Então ele fica em silêncio para que a sua língua esteja ligada, enquanto puxam a alma das pontas dos seus dedos. A boa alma desliza para fora como um jato de água, mas o espírito libertino guincha para fora como um espeto de lã molhada.” (Cited by Jane Idleman Smith and Yvonne Yazbeck Haddad (n. 14), p. 37).
Quando a alma é extraída do corpo, os anjos a levam para um dos três lugares: Paraíso (O Jardim), o Purgatório, ou o inferno, dependendo do julgamento de Deus sobre o indivíduo. Como discutimos anteriormente os prazeres dos Jardins concedidos para os muçulmanos fiéis, vamos limitar nossos comentários para o Purgatório e o Inferno.
Purgatório e Inferno
As duas doutrinas do purgatório e do inferno são muito semelhantes tanto no catolicismo como no islamismo. Ambas as religiões acreditam que as almas dos pecadores penitentes precisam passar por um processo de purgação ou purificação antes de serem admitidas no Paraíso. Nos ensinamentos católicos o sofrimento do purgatório é necessário para pagar a pena temporal dos pecados cometidos na terra. No Islã, os sofrimentos são infligidos como castigo pelos pecados de omissão.
Jane Smith e Yvonne Haddad, explicam que nos ensinamentos islâmicos, o sofrimento do purgatório é necessário, porque ”Apesar de tudo o que o crente piedoso possa ter feito de acordo com os mandamentos de Deus na Terra, ele ainda pode ter cometido alguns delitos, ainda que ligeiros, ou deixado de fazer certas coisas que ele deveria ter feito. Muitas das tradições sugerem punição unicamente para o pecado da omissão. “Por que vocês estão me punindo quando eu fazia as orações e pagava a esmola e jejuava no Ramadã assim e assim? “ O anjo respondeu: ‘Eu estou punindo você porque um dia você passou por uma pessoa oprimida, que estava pedindo a sua ajuda, mas você não a ajudou. Um dia você orou, mas você não se limpou depois de urinar. ‘”(Ibid., p 48). Este último pecado, refere-se à exigência do Corão para lavar os órgãos genitais antes da oração – uma prática comum no mundo muçulmano até hoje.
A noção de que os crentes sofrem no purgatório para pagar o castigo dos seus pecados antes de serem admitidos no Paraíso, nega toda a suficiência do sacrifício vicário de Cristo para pagar a penalidade dos nossos pecados. A Escritura ensina claramente que Cristo “apareceu uma vez por todas no fim dos tempos para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9:26; cf 1 Cor 15,3). A Boa Nova do Evangelho é que “quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Romanos 5:8). Não há nenhuma necessidade para os pecadores arrependidos sofrerem o castigo dos seus pecados nesta vida ou na próxima, porque o sacrifício expiatório de Cristo pagou a penalidade dos nossos pecados.
A visão islâmica do Inferno é muito semelhante à Católica. De fato, alguns autores sugerem que as sete histórias do Inferno de Dante Alighieri, foram inspiradas no inferno islâmico com sete histórias, cada qual para uma classe distinta de ímpios.
Em sua tese sobre os Ensinos Escatológicos do Islã, Wadie Farag escreve: ”Dificilmente uma cruél ou mais bárbara imagem do inferno poderia ser concebida do que a descrita no Corão e no Hadith. O fogo do inferno é setenta vezes mais intenso que o fogo terrestre. Os ímpios que sofrerão por toda a eternidade, se esquecerão de que um dia desfrutaram de qualquer prazer na terra. Suas línguas saltarão para fora e os homens pisarão sobre eles. Eles sofrerão de fome e quando receberem comida ela parará em suas gargantas. “água quente é servida a eles, com ganchos de ferro, e quando ela chega perto de seus rostos, eles se queimam e quando ela entra em suas barrigas rasgará cada coisa lá em pedaços” (Wadie Farag, “Eschatological Teachings of Islam,” A Thesis Presented to the Faculty of the Seventh-day Adventist Theological Seminary, Andrews University, 1949, pp. 74-75).
“Escorpiões tão grandes como mulas, e cobras os atormentará, rios fedorentos cheios de criaturas vis os enredará, os condenados têm peles negras carbonizadas, enormes línguas compridas, bocas vômitando pus e sangue, entranhas cheias de fogo; seus corpos serão grandemente alargados para que possam mais adequadamente experimentar a tortura. Todos sofrem pelo fogo, embora o grau de punição difere de acordo com o pecado. Os condenados tentam fugir, mas toda vez os guardiões do Fogo os capturam e os lançam novamente lá” (Jane Idleman Smith and Yvonne Yazbeck Haddad, p. 87).
A horríveis e bárbaras descrições do inferno, que são comuns tanto ao Islã como ao catolicismo, pode servir à causa da promoção do culto de seu terrível Deus - um Deus a ser temido em vez de amado. Isso difama o Deus bíblico, que em Sua misericórdia aniquilará os malfeitores na Sua vinda (2 Ts 1:09; 5:2-3; Gl 6:8).
Conclusão
A comparação anterior de algumas das crenças compartilhadas em comum pelo catolicismo e o islamismo, tem nos ajudado a entender por que o Papa está trabalhando em direção a uma nova parceria com os muçulmanos, reconhecendo a semelhança entre suas respectivas crenças. Vimos que a base para essa parceria não é apenas uma visão genérica de Deus, mas uma forma semelhante de governo autocrático da Igreja, bem como crenças semelhantes em áreas como o papel das boas obras na salvação, o papel da intercessão de agentes humanos, a imortalidade da alma, os métodos coercitivos de evangelismo, e a visão do purgatório e do inferno.
A uniformização de certas crenças e práticas entre o catolicismo e o islamismo, incentivou-nos agora no boletim anterior a explorar o papel profético passado e futuro destes dois poderes. Uma compreensão básica dos dois sistemas religiosos é essencial para compreender a característica profética do Islã e do Papado como duas manifestações do anticristo.
Sugerimos, no início deste boletim que se Obama facilitar o crescimento da presença e poder dos muçulmanos na América, como Bush fez para o catolicismo, então podemos ver como a besta semelhante a um cordeiro do Apocalipse 13, que a nossa Igreja Adventista tem identificado como a América, será habilitada tanto pelo Papado como pelo Islã a se opor ao verdadeiro povo de Deus.
O tempo vai logo dizer se a nossa sugestão é baseada em um entendimento correto do papel profético que o catolicismo e o islamismo desempenharão no confronto final sobre a adoração.
Estudo de autoria de Samuele Bacchiocchi, publicado no site Biblical Perspectives. Crédito da tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com
Ambos Bento XVI e João Paulo II tem trabalhado para melhorar as relações com os muçulmanos. Por exemplo, no final de novembro de 2006, Bento XVI fez uma visita histórica à Turquia, a qual ganhou a simpatia do povo.
Em um artigo intitulado “De Foe para um amigo na Turquia”, o jornal alemão Spiegel, escreve: ”Antes dele chegar, os turcos o odiavam. Porém, agora que o Papa Bento XVI está na Turquia, ele fez 73 milhões de novos amigos. Não apenas tem ele procurado curar
a divisão entre cristãos e muçulmanos, mas ele também apoia a adesão da Turquia à UE num momento em que o país realmente precisa de um aliado.
“Não demorou muito para que o Papa Bento XVI se transformasse de um dos piores inimigos da Turquia num dos melhores amigos do país. Já na quarta-feira o papa estava sendo elogiado por suas tentativas de colmatar as lacunas entre cristãos e muçulmanos.” (http://www.spiegel.de/international/0,1518,451418,00.html)
A BBC relata: “A visita à mesquita, uma parada extra inserida no programa do Papa, só no último minuto, parece ter caído muito bem com seus anfitriões. Foi um gesto ousado, considerando que esta foi apenas a segunda vez na história do papado que um papa de Roma entrou em um lugar de culto dos muçulmanos.” http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/6199350.stm
Segundo a BBC, “Em 6 de novembro de 2007 o Papa Bento XVI encontrou-se com o rei Abdullah da Arábia Saudita na terça-feira em um momento de tensas relações entre o Islã e o cristianismo a respeito do terrorismo global, a guerra no Iraque e a falta de liberdade religiosa para quase 1 milhão de trabalhadores migrantes católicos que vivem no estado do Golfo Pérsico.
“Foi a primeira reunião entre o monarca saudita, que também supervisiona o santuário mais sagrado do Islã, em Meca, e o chefe da Igreja Católica. . . .A assessoria de imprensa do Vaticano disse que o encontro foi cordial e “constituiu uma oportunidade para examinar as questões perto do coração” de ambos os lados. A declaração disse que os funcionários do Vaticano desejavam
a prosperidade de todos os povos que vivem na Arábia Saudita embora salientando “a presença positiva e operosa dos cristãos”.
“A Arábia Saudita e a Santa Sé não têm relações diplomáticas formais; a prática do país de estrita Wahhabi se opõe a laços estreitos com organizações cristãs em solo saudita”.
“O encontro e o aperto de mão entre o rei e o papa ofereceu incentivo aos esforços para resolver a crise política e religiosa em todo o Oriente Médio. O comunicado do Vaticano disse que os dois líderes enfatizaram a “importância da colaboração entre cristãos, muçulmanos e judeus para a promoção da paz, justiça e valores espirituais e morais.”(http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7080327.stm)
Em 04 de novembro de 2008, no mesmo dia, quando os americanos estavam a votar para o novo presidente, os funcionários do Papa, os líderes islâmicos e acadêmicos começaram um encontro histórico no Vaticano para promover uma melhor compreensão e uma nova parceria entre as duas maiores religiões do mundo. (http://www.catholicnews.com/data/stories/cns/0801242.htm)
João Paulo II e os muçulmanos
Bento XVI está construindo sobre o legado do Papa João Paulo II, que trabalhou duro para atrair Meca para Roma. Em maio de 2001 João Paulo fez história ao se tornar o primeiro líder católico a pôr os pés em uma mesquita e participar em um serviço de oração organizado. A reunião simbólica aconteceu quando o Papa entrou na Mesquita Omíada na capital síria, Damasco. Esta mesquita tem significado tanto para muçulmanos como para cristãos. Para os muçulmanos, é a mesquita de pedra mais antiga do mundo, enquanto que para os cristãos é o lugar onde alegadamente João Batista foi enterrado.
Doze dias após os horrores do 11 de setembro de 2001, o Papa renovou o seu compromisso de trabalhar em direção a uma nova parceria com os muçulmanos em sua mensagem à nação predominantemente muçulmana do Cazaquistão. O papa declarou: “Há um só Deus”. O Apóstolo proclama, antes de tudo, a unidade absoluta de Deus. Esta é uma verdade que os cristãos herdaram dos filhos de Israel e que eles compartilham com os muçulmanos: a fé no único Deus, “Senhor do céu e da terra” (Lc 10:21), onipotente e misericordioso. Em nome desse Deus, dirijo-me ao povo de profundas e antigas tradições religiosas, o povo do Cazaquistão.”(Homilia do Papa, em Astana, no Cazaquistão, no domingo, 23 de setembro de 2001).
O Papa apelou aos muçulmanos e cristãos trabalharem juntos para construir uma “civilização de amor”: “Esta ‘lógica do amor” é o que ele [Jesus] estende a nós, pedindo-nos para vivê-la acima de tudo através da generosidade à quem precisa. É uma lógica que pode reunir cristãos e muçulmanos, e comprometê-los a trabalharem juntos para a “civilização do amor”. É uma lógica que supera toda a astúcia deste mundo e nos permite fazer verdadeiros amigos que nos darão as boas vindas nos tabernáculos eternos” (Lc 16:9).
Em sua última oração, o Papa apelou de novo para os cristãos e muçulmanos trabalharem juntos, lado a lado no cumprimento da vontade de Deus:
“E nesta celebração queremos rezar para o Cazaquistão e os seus habitantes, para que esta grande nação, com toda a sua diversidade étnica, cultural e religiosa, cresça mais forte em solidariedade, justiça e paz. Possa este progresso, com base na particular cooperação entre cristãos e muçulmanos, ser construído dia a dia, lado a lado, no esforço para cumprir a vontade de Deus.” (Ibid)
Apesar dos acontecimentos catastróficos do 11 de Setembro, o Papa continuou a trabalhar em direção a uma parceria com os muçulmanos. A base desta parceria é a crença de que católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus de Abraão.
A reavaliação do Islã
Essa crença é claramente expressa no novo Catecismo da Igreja Católica, que fala do novo relacionamento católico com os muçulmanos, nestes termos: ”O plano da salvação inclui também aqueles que reconhecem o Criador, em primeiro lugar entre os quais estão os muçulmanos, professando manter a fé de Abraão, e, que juntos, adoram conosco o Deus único e misericordioso, juiz da humanidade no último dia. “(Catecismo da Igreja Católica, (San Francisco, CA, 1994) N º 84).
O Catecismo continua afirmando que ”A Igreja tem também um grande respeito para com os muçulmanos. Eles adoram a Deus, que é único, vivo e subsistente, misericordioso e onipotente, criador do céu e da terra, que também falou aos homens. Eles se esforçam para apresentarem-se sem reservas aos decretos ocultos de Deus, assim como Abraão submeteu-se ao plano de Deus, cuja fé os muçulmanos avidamente vinculam para si próprios. Embora não o reconhecendo como Deus, veneram a Jesus como profeta, e sua virgem Mãe eles também honram e às vezes até mesmo devotadamente a invocam. Além disso, eles esperam o dia do juízo e a recompensa de Deus após a ressurreição dos mortos. Por esta razão, eles altamente estimam uma vida reta e adoram a Deus, especialmente através da oração, esmolas e jejum” (Vatican Council II: The Conciliar and Post Conciliar Documents, No. 56, Nostra Aetate, Austin P. Flannery, ed. (Grand Rapids, MI, 1975 & 1984) Vol. I., pp. 739-740).
É evidente que a estimativa Católica do Islã tem sofrido uma mudança fundamental: de religião de “infiéis”, para uma religião de crentes que cultuam o mesmo Deus de Abraão. Enquanto no passado a Igreja Católica denunciou o Islã como uma religião do mal a ser reprimida pelas cruzadas (Guerra Santa), hoje ela agradece e afirma que os muçulmanos têm a mesma fé de Abraão assim como ela.
A força motriz por trás dessa reavaliação tática do Islã é a determinação do Vaticano para trazer uma Nova Ordem Mundial sob a liderança moral e religiosa do Papa. Esta meta foi expressa no Concílio Vaticano II, que declara: ” A promoção da unidade está em harmonia com a natureza mais profunda da missão da igreja [Católica Romana] (Ibid., n. 64, Gaudium et Spes, Vol. I , cap. 42, p. 942).
O profundo perigo que os cristãos evangélicos enfrentam hoje é ingenuamente aceitar a pretensão do Papa de ser o porta-voz oficial de Cristo na Terra - um engano que está profundamente enraizado no novo impulso para criar uma coalizão global de nações com base em um Deus politicamente construído, que pode ser adaptado a diferentes sistemas religiosos.
A determinação do Papa para desenvolver uma parceria com os muçulmanos, vem do simples fato de que seus 1,3 bilhões de membros ultrapassam o 1 bilhão de membros católicos. Ao reconhecer a legitimidade da fé Islâmica, o Papa está facilitando a aceitação dos muçulmanos de seu papel como líder de uma futura Nova Ordem Mundial.
As aparições de Fátima
Em seu papel informativo sobre o “Islã e o Vaticano,” Richard Bennet e Robert Nicholson mencionam um episódio altamente emocional que tem contribuído para a construção de uma base comum entre Roma e Meca, ou seja, as aparições de Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Fátima , em Portugal. Uma vez que Fátima era o nome da filha de Maomé, foram feitas tentativas para explicar as aparições de Fátima como fenômenos muçulmanos. (Richard Bennett and Robert Nicholson, “Islam and the Vatican: A New Partnership with Muslims,” at www.users.bigpond.com/farel/wfs3gu.html, p. 3.).
Bennet e Nicholson escrevem: “Citando uma organização católica de notícias, ‘Nossa Senhora de Fátima é realmente Fátima, filha do profeta Maomé …. Em 23 de outubro de 1995, a televisão iraniana começou a circular histórias de que as aparições em Fátima, Portugal, em 1917, eram fenômenos religiosos de origem muçulmana. “(Ibid., p. 3-4).
“O Islã nos ensina que os homens podem alcançar graça diante de Deus por aquilo que uma pessoa faz. No site de Fátima, em Portugal
em 13 maio de 2000, o papa proclamou uma mensagem que poderia ser prontamente aceita tanto por muçulmanos como por católicos. ”Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores; muitas almas vão para o inferno porque elas não têm ninguém para orar e fazer sacrifícios por elas…” (www.vatican.va/holy_father/john_p…/hf_jp-ii_hom_ 20000513_beatification-fatima_en.htm accessed 6/1/00.).
Feitos heróicos para ganhar a aprovação de Deus, apelos ao homem natural, incluindo o muçulmano devoto; estão, no entanto, a anos-luz do Evangelho da graça. A mensagem do Papa, e a mensagem e veneração de heroísmo no Islã são uma negação total do Evangelho, ”Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou” (Tito 3:5).
É o Deus do Alcorão o mesmo Deus da Bíblia?
A diferença entre o ensino do Alcorão e da Bíblia não se limita à doutrina da salvação, mas inclui a própria compreensão de Deus. Na verdade, todas as crenças e práticas distintas do Islã e do Cristianismo, derivam de seus respectivos entendimentos a respeito de Deus. Notamos que o papa está tentando construir uma nova parceria com os muçulmanos afirmando que eles adoram o mesmo Deus de Abraão adorado pelos católicos.
Na minha leitura, descobri que esta visão é abraçada por inúmeros líderes e estudiosos de diferentes credos. Por exemplo, os secretários do episcopado europeu reuniram-se em Istambul, na Turquia, por um período de cinco dias em junho de 2002 para discutirem a relação entre o Islã e o cristianismo. A suposição é que, reconhecendo a Deus, o Deus retratado no Corão, como sendo essencialmente o mesmo que Elohim / Yaweth, o Deus revelado na Bíblia, é possível desenvolver uma relação de compreensão e aceitação mútua entre o Islã e o cristianismo.
Esta suposição está correta? Uma comparação cuidadosa entre o Deus do Alcorão e o Deus da Bíblia, mostra claramente que os dois deuses são radicalmente diferentes. Apesar do nome árabe Allah derivar do nome hebraico para Deus Eloha, a semelhança é apenas etimológica, e não teológica. Em outras palavras, os dois nomes soam parecidos, mas seus respectivos ensinamentos são totalmente diferentes. Para ilustrar este ponto, vamos olhar para alguns ensinamentos importantes.
Nosso objetivo é mostrar que a tentativa do Papa e de outros líderes da Igreja Cristã de construirem uma parceria com os muçulmanos, reconhecendo o seu Deus, Alá, como sendo essencialmente o mesmo Deus da revelação bíblica, deturpa brutalmente o Deus bíblico. A razão é que os dois deuses diferem radicalmente no que eles têm revelado sobre si e seus atos criativos e redentores para a família humana.
De uma perspectiva profética esta nova parceria entre o papado e o Islã, representa a conseqüência histórica do poder do Anticristo. Nós mostramos no boletim anterior, que esse poder está empenhado em promover a falsa adoração à Deus e perseguir o povo de Deus. Veremos que tanto o Papado como o Islã cumprem as marcas de identificação profética do Anticristo.
A compreensão de Deus
Muçulmanos e cristãos acreditam que há um só Deus, mas a forma como conceituam a Deus em suas respectivas teologias é radicalmente diferente. Por exemplo, enquanto o Deus da Bíblia é um ser encarnado, que entrou no tempo humano e na carne humana para redenção, para ser o Emanuel, Deus conosco, o Deus do Alcorão não poderia encarnar. Ele é distante, inescrutável, totalmente inacessível ao conhecimento humano. Embora os seres humanos sejam suas criaturas, nenhum relacionamento interpessoal é possível com Alá.
A diferença entre a visão unitária do Deus do Alcorão (“Há um só Deus, Alá, e Maomé, o seu profeta”), e a visão trinitária do Deus bíblico (composto de Pai, Filho e Espírito Santo), não difere apenas em número, mas em natureza e caráter. O Deus da Bíblia é um ser trino, porque Ele é amor. O amor não pode ser exercido de forma isolada. Você não pode ser todo-amoroso e estar sozinho ao mesmo tempo. O amor se manifesta nos relacionamentos. Agostinho expressou esta verdade com eloqüência, quando ele disse: ”Ubi amor, ibi Trinitas – Onde há amor, há uma trindade.” Com isso ele queria dizer, que onde há amor, há um amante, um amado, e um espírito de amor.
Para os muçulmanos o ensino bíblico de que Cristo é o Filho de Deus é uma blasfêmia. ”Blasfemam aqueles que dizem: Deus é um de três numa Trindade, pois não há Deus, exceto Um Deus” (Surata 5:76)”(Surata 5:76). O ensino do Islã da Unidade absoluta de Deus provém da sua crença de que Deus está “muito acima” e além de qualquer relacionamento íntimo. Ele vive em solitária indiferença. Tal ensino deriva de seitas gnósticas que existiram na Arábia Saudita na época de Maomé. Em contraste, o Deus da Bíblia é composto de três seres que vivem em comunhão eterna. Ele é tanto transcendente como imanente, para além e dentro de Sua criação.
O Deus da Bíblia não se contentou em abençoar a Sua criação de fora dela. Ele se humilhou ao ponto de tornar-se parte de sua natureza criada através da encarnação de Seu Filho Jesus Cristo. Ao tornar-se parte de sua natureza criada, Deus santificou a humanidade. A Filiação de Jesus na Bíblia, é um testemunho do amor divino, um amor que transcende a compreensão humana.
É a partir dessa perspectiva que nós, como cristãos, podemos ajudar nossos amigos muçulmanos a entenderem a singularidade do Deus trino da Bíblia. Ao invés de desperdiçar tempo para provar a Trindade, um mistério sublime que transcende qualquer explicação humana, podemos afirmar que o Deus bíblico não vive na indiferença solitária, mas em uma comunhão de três seres, porque Ele é amor. Precisamos explicar aos nossos amigos muçulmanos que os três seres da divindade são de fato um Deus, porque compartilham o mesmo centro de consciência - Um mistério além da compreensão humana.
Método de Revelação
Outra diferença significativa entre o Deus da Bíblia e o do Corão, é o método de revelação. No Alcorão, Deus falou por meio de um livro. Na Bíblia, Deus se revelou supremamente através de uma Pessoa, Jesus Cristo. No Islã, a grande maravilha de Deus pode ser encontrada na versão árabe do Corão. No cristianismo, o grande milagre é encontrado na Pessoa de Jesus Cristo. Sendo um Deus pessoal, o Deus cristão pode se revelar mais plenamente através de uma pessoa, do que através de um livro.
A diferença radical entre o Deus da Bíblia e o do Deus do Corão, torna-se ainda mais evidente quando comparamos os seus ensinamentos nas respectivas áreas, como pecado, salvação, Jesus, inferno, paraíso, evangelismo e feminilidade. Por razões de brevidade, vamos olhar apenas para os dois últimos.
Método de Evangelismo
No boletim nº. 85, observamos que o Deus do Alcorão explicitamente ordena matar os pagãos, judeus e cristãos que não abraçam o Islã. “Quando os meses sagrados houverem transcorrido, lutem e matem os pagãos, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, que observem a oração e paguem o zakat (esmola), e abra-se o caminho a eles. Sabei que Alá é Indulgente, Misericordiosíssimo” (Surata 9:5).
Tal método coercitivo de evangelismo está em contraste com os ensinamentos do Deus bíblico para conquistar os homens para o Seu Reino, anunciando-lhes a Boa Nova da Sua graça salvadora através do sacrifício expiatório de Cristo.
Aparentemente, o Papa não tem nenhum problema em aceitar os ensinamentos de Alá sobre o extermínio dos infiéis, porque, historicamente, a Igreja Católica tem ensinado e feito a mesma coisa.
Tomás de Aquino, que é justamente considerado como o mais influente teólogo católico que já existiu, afirma claramente em sua Summa Theologica que os hereges não devem ser tolerados, mas exterminados. Ele escreveu: “Com relação aos hereges dois pontos devem ser observados: um, em seu próprio lado, o outro, do lado da igreja. Pelo seu lado, há o pecado pelo qual eles merecem não apenas ser separados da igreja pela excomunhão, como também afastados do mundo pela morte. Pois é uma questão muito mais grave corromper a fé que vivifica a alma, do que forjar o dinheiro, que sustenta a vida temporal. Portanto, se o falsificador de dinheiro e outros malfeitores são imediatamente condenados à morte pela autoridade secular, muito mais razão há para os hereges, assim que forem condenados por heresia, a serem não apenas excomungados mas também condenados à morte”(Tomás de Aquino, Summa Theologica, Questão 11, artigo 3 º).
Este histórico ensinamento católico, que se “os hereges” não se retratarem, devem ser não apenas excomungados, mas também exterminados, soa muito parecido com os ensinos do Corão. Tal ensino comum, explica por que a Igreja Católica tem historicamente usado as Guerras Santas (cruzadas) para exterminar muçulmanos “infiéis” e cristãos “hereges”. O fato de que a Igreja Católica tem historicamente adotado e usado a Jihad islâmica, as Guerras Santas, para exterminar os dissidentes, nos ajuda a entender por que o papa acha o Deus do Alcorão semelhante ao Deus intolerante adorado pelos católicos. Tais deuses, entretanto, estão a anos-luz de distância do Deus da revelação bíblica.
O Alcorão e a Bíblia sobre Feminilidade
A superioridade infinita do Deus bíblico sobre o do Corão, é mais evidente no ensino sobre o estatuto das mulheres, especialmente no que se refere ao casamento, divórcio e mundo por vir .. Uma breve comparação entre os dois pode ser instrutiva. Ela nos ajudará a ver que, apesar do que diz o Papa, o Deus bíblico não pode ser legitimamente comparado com Alá.
O Deus da Bíblia criou a mulher do homem para ser sua contraparte (Gn 2:18), correspondendo-lhe mentalmente, fisicamente e espiritualmente, fazendo dele uma pessoa maior do que ele seria estando sozinho. O mesmo é verdade para o homem. Ele traz para a esposa uma perspectiva que amplia sua vida, fazendo dela uma pessoa mais completa do que ela poderia ser sem ele. Assim, “no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher” (1 Coríntios 11:11).
A Bíblia consistentemente ensina que o casamento é um pacto sagrado e permanente que o próprio Deus testemunha e protege. Por esta razão, o matrimônio é efetivamente usado no Antigo Testamento para retratar a relação de Deus com Israel, e no Novo Testamento para representar a relação de Cristo com Sua igreja.
A alta estima que o Deus bíblico coloca sobre o papel da mulher no lar e na igreja, é estranha ao Corão. De acordo com Alá, as mulheres existem principalmente para a satisfação sexual dos homens. Para garantir esse objetivo, o Corão permite que um muçulmano comum se case com quatro mulheres, embora os muçulmanos ricos possam preencher seus haréns, na medida de sua riqueza e luxúria. Esta prática tem sido incentivada pelo exemplo do próprio Maomé, que não seguia as limitações do Alcorão de quatro esposas.
Após a morte de sua primeira esposa, Khadija, casou-se com nove esposas. Uma delas, Aiysha, tinha apenas nove anos de idade. Ela era filha de Abu Bakr As Siddiq, amigo próximo do profeta. Maomé tinha 53 anos quando ele insistiu em se casar com Aiysha, uma criança de nove anos de idade, imatura, e, obviamente, ignorante da vida de casado. Ele também deu a sua filha de 12 anos de idade, Fátima, em casamento a seu primo Ali Taleb bin Abu. Estes atos criminosos de abuso de crianças por si só são suficientes para desacreditar a afirmação de Maomé ser o maior profeta enviado por Deus, maior até que o próprio Jesus Cristo.
Espanta-me como os muçulmanos podem aceitar Maomé como um grande profeta, apesar do fato dele ter tido relações sexuais com uma criança de nove anos de idade. Se o Deus do Alcorão autoriza o abuso de crianças para gratificação sexual, então ele deve ser exposto como um Deus criminoso, ao invés de ser adorado como um ser sagrado. Talvez o Papa não se preocupe com a má conduta sexual do Profeta, porque a Igreja Católica tem tido sua quota de escândalos sexuais, não só no passado, quando alguns papas tinham amantes mulheres e filhos, mas ainda hoje, quando os padres católicos estão sendo processados em muitos países por abusar sexualmente de menores.
O fato de que o Deus do Alcorão permite que pessoas especiais como Maomé façam coisas proibidas com os outros, levanta sérias dúvidas sobre seu caráter moral e coerência.
Maomé afirma que Deus lhe deu permissão de se casar com qualquer mulher que ele imaginasse. Aqui está o texto em causa do Corão:
“Ó Profeta, em verdade, tornamos lícitas, para ti as esposas que tenhas dotado, assim como as que a tua mão direita possui (cativas), que Deus tenha feito cair em tuas mãos, as filhas de teus tios e tias paternas, as filhas de teus tios e tias maternas, que migraram contigo, bem como toda a mulher fiel que se dedicar ao Profeta, por gosto, e uma vez que o Profeta queira desposá-la; este é um privilégio exclusivo teu, vedado aos demais fiéis ”(Surah, The Confederates, vs. 49 ff.).
A disposição especial concedida pelo Alcorão a um homem como Maomé para ter qualquer mulher como esposa, mesmo aquelas que são capturadas na guerra, sem qualquer consideração a vontade das mulheres, mostra claramente que Alá trata as mulheres como cordeiros para serem levados ao abate pelos caprichos dos homens. Depois que um homem tenha obtido tudo o que ele deseja de uma mulher, ele está livre para mantê-la ou demiti-la sem medo de injustiças. Isto é claramente ensinado na mesma Surata: “Podes abandonar, dentre elas, as que desejares e tomar as que te agradarem; e se desejares tomar de novo a qualquer delas que tiveres abandonado, não terás culpa alguma” (Surah, The Confederates, v. 50).
É evidente que Alá não tem respeito pelas emoções e direitos de uma mulher. Ele trata as mulheres como objetos descartáveis. Em contraste, o Deus da Bíblia ensina que “devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos”(Efésios 5:28). “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (1 Coríntios 7:4). Esta igualdade mútua e complementaridade ensinadas pelo Deus da Bíblia, é estranha para o Deus do Alcorão.
A poligamia e o concubinato servil ensinados pelo Corão, destróem a dignidade da mulher, a beleza do lar, além de desacreditar a moralidade do caráter de Alá.
As mulheres na vida após a morte
Um exemplo mais convincente da diferença gritante entre o Deus bíblico e o deus do Alcorão, encontra-se nos ensinamentos do Corão sobre o papel das mulheres na vida após a morte. Isso veio a mim como um choque quando li no Alcorão e no Hadith – tradicionais ensinamentos de Maomé - que na vida após a morte, a maioria das mulheres são remetidas ao fogo do inferno para sofrer eternamente. Apenas algumas donzelas castas, conhecidas como hur, viverão no jardim do Paraíso, a fim de proporcionar prazer sexual para os muçulmanos fiéis.
O ensinamento de que a maioria das mulheres estarão fadadas ao fogo do inferno, é dito ter vindo de uma visão do profeta Maomé. Esta visão é relatada em várias tradições (hadith). Segundo uma tradição, o Profeta relatou: “Eu também vi o Inferno de fogo, e nunca tive uma visão tão horrível. Vi que a maioria dos habitantes dele eram mulheres.” O povo perguntou: “Oh, mensageiro de Allá! Por que isso?” O Profeta disse: “Por causa da ingratidão delas.” Foi perguntado se elas são ingratas a Allá. O Profeta disse: “Não, mas são ingratas a seus companheiros [maridos] e ingratas à caridade que seus maridos mostraram a elas” (Ahmad ibn Hanbal, Musnad, Cairo, 1895, vol. 1, p. 359).
A mesma visão é relatada com pequenas variações em outras tradições (hadith), que falam também do pecado da quebra de confiança. Francamente, acho lamentável que o Deus do Alcorão condene a maioria das mulheres ao fogo do inferno, porque supostamente todas sejam ingratas e indignas de confiança. Este ensinamento é um insulto não só para as mulheres em geral, mas especialmente às devotas mulheres muçulmanas.
Uma visita a qualquer igreja cristã mostra que as mulheres superam os homens na freqüência à igreja e piedade religiosa. É difícil acreditar que as mulheres muçulmanas são menos religiosas e confiáveis do que sua contraparte cristã e, conseqüentemente, mereçam ser reservadas para o fogo do inferno. O problema não é as mulheres muçulmanas, mas o ensino do Corão que trata as mulheres
como mentalmente e moralmente deficientes. A baixa auto-estima das mulheres é especialmente evidente em sua ausência no serviço de adoração da mesquita na maioria dos países muçulmanos.
Donzelas castas para deliciar os muçulmanos de fé no paraíso
Enquanto a maioria das mulheres são remetidas ao fogo do Inferno, algumas donzelas castas, conhecidas como hur, viverão no jardim do Paraíso, para deleite dos fiéis muçulmanos. O Alcorão refere-se quatro vezes a essas moças castas, que nenhum homem jamais tocou (Surata 52:20, 56:22, 55:72, 44:54). Elas são descritas no Corão como castas, com olhos como pérolas, lindas, virginais, e da mesma idade dos crentes do sexo masculino (cerca de 30 anos) para quem elas servem como uma recompensa.
Em seu livro A Compreensão Islâmica da Morte e Ressurreição, Jane Idleman Smith e Yvonne Yazbeck Haddad oferecem um resumo útil dos ensinamentos tradicionais sobre as donzelas castas do Paraíso: ”Nos hadiths [tradições] os detalhes da descrição delas difere, mas geralmente é dito que elas são compostas de açafrão desde os pés até os joelhos, de almíscar dos joelhos ao peito, de âmbar do peito até o pescoço, e de cânfora do pescoço até a cabeça. Trabalhando muitas vezes com múltiplos de sete, os tradicionalistas as têm descrito como vestindo setenta a 70.000 vestidos, através dos quais até a medula dos ossos pode ser vista por causa da delicadeza da sua carne, deitadas em setenta sofás de jacinto vermelho incrustados com rubis e jóias, e afins. As hurs [castas donzelas] não dormem, não engravidam, não menstruam, gospem ou assoam o nariz, e nunca adoecem. Referências aos grandes benefícios sexuais daqueles crentes do sexo masculino para cujo prazer as hurs [castas donzelas] se destinam, são numerosos; os relatos deixam claro que as hurs foram criadas especificamente como uma recompensa para os homens da comunidade muçulmana que foram fiéis a Deus. “(Jane Idleman Smith e Yvonne Yazbeck Haddad, A Compreensão Islâmica da Morte e Ressurreição, State University of New York Press, 1981), p. 164).
O elemento sensual que contamina até mesmo a visão corânica do Paraíso, mostra a enorme diferença que existe entre a obsessão sexual de Alá e a santidade e pureza que caracteriza Jeová.
A comparação anterior entre o ensino do Corão e da Bíblia, são suficientes para mostrar que a tentativa do papa de igualar o Deus da revelação bíblica com o do Alcorão, pode ser politicamente correta, mas é biblicamente errada. Os dois deuses diferem como o dia da noite em sua natureza, caráter, e plano para a vida humana e seu destino. O Deus bíblico oferece a salvação como um dom da graça, o Deus do Alcorão ensina que a salvação é uma conquista humana.
Em função das diferenças radicais que temos encontrado entre o Deus bíblico e o deus do Alcorão, uma pergunta: Como pode o Papa trabalhar para uma nova parceria com os muçulmanos, elogiando a sua fé como sendo a mesma fé de Abraão? Será que o Papa se sente atraído ao Islã mais do que a qualquer outra religião não-cristã, pois há semelhanças significativas entre o Islã e o catolicismo? Para testar a validade desta hipótese, vamos dar uma breve olhada em algumas semelhanças significativas entre as duas religiões.
Forma de Governo autocrático da Igreja
Em primeiro lugar, tanto o Islã como o Catolicismo, tem uma similar forma de governo autocrático da igreja, onde a sede da autoridade reside em uma pessoa: o Papa no catolicismo e Maomé no Islã. O que o papa é para os católicos, Maomé é para os muçulmanos. Ambos são aceitos como representantes de Deus na terra. O Papa afirma ser o vigário de Cristo e Maomé proclama ser o maior profeta de Alá, substituindo o próprio Cristo. O que isto significa é que tanto os católicos como os muçulmanos compartilham da mesma admiração e veneração por um líder humano que dita as suas crenças e práticas.
Importância das boas obras para merecer a salvação
A segunda semelhança impressionante entre o Islã e o catolicismo é a sua compreensão da respectiva importância das boas obras para merecer a salvação. Tanto no catolicismo como no islamismo a salvação é o resultado de uma combinação de graça e obras. No catolicismo, a graça de Deus é infundida nos crentes para que possam fazer as boas obras necessárias para merecerem a salvação no dia do julgamento.
Em uma veia semelhante, no Islã a salvação é uma combinação da graça de Alá e obras muçulmanas. No Dia do Juízo, se as boas obras de um muçulmano superarem as más, e se Alá aceitar suas boas obras, então eles podem ser perdoados de todos os seus pecados e entrarem no Paraíso. Portanto, o Islam é uma religião de salvação pelas obras, porque combina as obras do homem com a graça de Alá.
Poucos versos do Alcorão são suficientes para exemplificar a importância das obras: ”Para aqueles que crêem e praticam atos de justiça, Deus prometeu perdão e uma grande recompensa” (Surata 5:9). ”Então, aqueles cujo saldo (de boas ações) são pesados, serão bem sucedidos. Mas aqueles cujas ações forem leves serão aqueles que perderam suas almas; e no inferno habitarão”(Surata 23:102-103).
A compreensão muçulmana das boas obras é amplamente determinada pelo desempenho dos Cinco Pilares do Islã. São eles: (1) a recitação do credo de que não há outra divindade além de Alá e que Maomé é o seu profeta; (2) orar cinco vezes ao dia; (3) Jejuarem e absterem-se de relações sexuais durante as horas do dia do mês de Ramadan; (4) dar esmola aos pobres; (5) Peregrinação a Meca,
se possível, pelo menos uma vez na vida.
Definição Similar de Boas Obras
Os entendimento dos católicos romanos das boas obras é muito semelhante. Tal como os muçulmanos, os católicos repetem o Credo dos Apóstolos em seu serviço da igreja. A recitação da oração é também uma parte importante da religiosidade católica.
Lembro-me vividamente de meus parentes Católicos recitando suas orações à noite. Eles seguravam um rosário nas mãos para contar o número de Aves Maria e Pai Nossos que tinham recitado. O jejum também é recomendado aos católicos, especialmente como forma de penitência para expiar os pecados confessados a um padre. A esmola é também um aspecto importante da religiosidade católica. As esmolas normalmente são dadas na forma de contribuições de caridade a várias organizações religiosas (monásticas) que ministram aos órfãos e aos pobres.
Tal como os muçulmanos, os católicos também são incentivados a fazer uma peregrinação à Roma, especialmente durante o Santo Anno, que é o Ano Santo, que agora é comemorado a cada 25 anos. Durante o Grande Jubileu do Ano de 2000, estima-se que mais de 40 milhões de católicos fizeram sua peregrinação a Roma, buscando a remissão dos seus pecados, e indulgências para os seus entes queridos no purgatório. Uma indulgência é a remissão da pena temporal pelos pecados em nome de seus entes queridos, que pode ser obtida através de orações, peregrinações e missas especiais. Isso pode encurtar no entendimento deles a duração do castigo vivido pelos entes queridos no purgatório.
É evidente que os meios de salvação no islamismo e no catolicismo romano são muito similares. Infelizmente, ambos os sistemas religiosos ignoram que a salvação é um dom da graça divina (Ef 2:8) e não uma conquista humana. Obras de obediência não são a base da nossa salvação, mas uma resposta de amor para a provisão graciosa da salvação. É porque “o amor de Cristo nos constrange” (2 Cor. 5:14), que observamos os Seus mandamentos (João 14:15).
Intercessores humanos
A terceira notável semelhança entre o catolicismo e o islamismo é a função de intercessão dos agentes humanos. No catolicismo, os crentes oram a Maria e aos santos para intercederem junto a Deus em seu nome ou em nome de seus entes queridos. Observamos anteriormente que o novo Catecismo oficial da Igreja Católica, reconhece que “os muçulmanos veneram Jesus como profeta, e também honram à sua virgem Mãe e às vezes até mesmo a invocam devotamente”.
Para os muçulmanos o papel supremo de intercessor é reservado para Maomé. No último dia de julgamento, o Profeta prostrar-se-á diante de Deus que, segundo a tradição, vai dizer-lhe: “Ó Maomé! levanta a sua cabeça, e fale, serás ouvido e o que pedir, lhe será dado, interceda e a quem o fizeres será aprovado” (A. N. Matthews, Translator, Mishcat-ul-Masabih, The Tibrizi Collection, Calcutta, 1810, vol. 1, p. 607.). O texto continua indicando que Deus vai retirar do fogo do inferno aqueles por quem Maomé interceder.
A noção de mediadores humanos intercedendo junto a Deus em nome de outros, é estranha às Escrituras. A Bíblia ensina que “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2:5). Somente Jesus Cristo, quem morreu, e ressurgiu dentre os mortos, interecede por nós (Romanos 8:34).
Imortalidade da Alma
A quarta semelhança notável entre o Catolicismo e o Islã, é a crença na sobrevivência da alma separada do corpo no momento da morte. No meu livro Imortalidade ou Ressurreição? Eu tenho mostrado que uma série de heresias derivam ou são em grande parte dependentes da crença de que a alma é imortal por natureza, e sobrevive ao corpo no momento da morte.
Por exemplo, a crença no papel de intercessão de Maomé, Maria e dos santos mencionados acima, derivam da crença de que na morte as almas dos fiéis ascendem à bem-aventurança do Paraíso, conhecido como “O Jardim” no Corão. Da mesma forma as crenças de que na morte as almas daqueles cujos pecados são perdoáveis vão para o purgatório, enquanto que as almas dos pecadores impenitentes são lançadas no fogo eterno do inferno, são baseadas na crença da imortalidade da alma. Tanto o catolicismo como o islamismo sustentam a crença no purgatório e no inferno.
É engraçado ler alguns dos manuais Islâmicos descrevendo o processo de extração da alma do corpo. Por exemplo, Al-Ghazali, em al-Durra al-fakhira oferece esta colorida descrição: ”E quando alguém se aproxima do destino, ou seja, de sua morte terrena, então quatro anjos descem para ele; o anjo que puxa a alma de seu pé direito, o anjo que a puxa do pé esquerdo, o anjo que a puxa de sua mão direita, e o anjo que a puxa de sua mão esquerda…Então ele fica em silêncio para que a sua língua esteja ligada, enquanto puxam a alma das pontas dos seus dedos. A boa alma desliza para fora como um jato de água, mas o espírito libertino guincha para fora como um espeto de lã molhada.” (Cited by Jane Idleman Smith and Yvonne Yazbeck Haddad (n. 14), p. 37).
Quando a alma é extraída do corpo, os anjos a levam para um dos três lugares: Paraíso (O Jardim), o Purgatório, ou o inferno, dependendo do julgamento de Deus sobre o indivíduo. Como discutimos anteriormente os prazeres dos Jardins concedidos para os muçulmanos fiéis, vamos limitar nossos comentários para o Purgatório e o Inferno.
Purgatório e Inferno
As duas doutrinas do purgatório e do inferno são muito semelhantes tanto no catolicismo como no islamismo. Ambas as religiões acreditam que as almas dos pecadores penitentes precisam passar por um processo de purgação ou purificação antes de serem admitidas no Paraíso. Nos ensinamentos católicos o sofrimento do purgatório é necessário para pagar a pena temporal dos pecados cometidos na terra. No Islã, os sofrimentos são infligidos como castigo pelos pecados de omissão.
Jane Smith e Yvonne Haddad, explicam que nos ensinamentos islâmicos, o sofrimento do purgatório é necessário, porque ”Apesar de tudo o que o crente piedoso possa ter feito de acordo com os mandamentos de Deus na Terra, ele ainda pode ter cometido alguns delitos, ainda que ligeiros, ou deixado de fazer certas coisas que ele deveria ter feito. Muitas das tradições sugerem punição unicamente para o pecado da omissão. “Por que vocês estão me punindo quando eu fazia as orações e pagava a esmola e jejuava no Ramadã assim e assim? “ O anjo respondeu: ‘Eu estou punindo você porque um dia você passou por uma pessoa oprimida, que estava pedindo a sua ajuda, mas você não a ajudou. Um dia você orou, mas você não se limpou depois de urinar. ‘”(Ibid., p 48). Este último pecado, refere-se à exigência do Corão para lavar os órgãos genitais antes da oração – uma prática comum no mundo muçulmano até hoje.
A noção de que os crentes sofrem no purgatório para pagar o castigo dos seus pecados antes de serem admitidos no Paraíso, nega toda a suficiência do sacrifício vicário de Cristo para pagar a penalidade dos nossos pecados. A Escritura ensina claramente que Cristo “apareceu uma vez por todas no fim dos tempos para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9:26; cf 1 Cor 15,3). A Boa Nova do Evangelho é que “quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Romanos 5:8). Não há nenhuma necessidade para os pecadores arrependidos sofrerem o castigo dos seus pecados nesta vida ou na próxima, porque o sacrifício expiatório de Cristo pagou a penalidade dos nossos pecados.
A visão islâmica do Inferno é muito semelhante à Católica. De fato, alguns autores sugerem que as sete histórias do Inferno de Dante Alighieri, foram inspiradas no inferno islâmico com sete histórias, cada qual para uma classe distinta de ímpios.
Em sua tese sobre os Ensinos Escatológicos do Islã, Wadie Farag escreve: ”Dificilmente uma cruél ou mais bárbara imagem do inferno poderia ser concebida do que a descrita no Corão e no Hadith. O fogo do inferno é setenta vezes mais intenso que o fogo terrestre. Os ímpios que sofrerão por toda a eternidade, se esquecerão de que um dia desfrutaram de qualquer prazer na terra. Suas línguas saltarão para fora e os homens pisarão sobre eles. Eles sofrerão de fome e quando receberem comida ela parará em suas gargantas. “água quente é servida a eles, com ganchos de ferro, e quando ela chega perto de seus rostos, eles se queimam e quando ela entra em suas barrigas rasgará cada coisa lá em pedaços” (Wadie Farag, “Eschatological Teachings of Islam,” A Thesis Presented to the Faculty of the Seventh-day Adventist Theological Seminary, Andrews University, 1949, pp. 74-75).
“Escorpiões tão grandes como mulas, e cobras os atormentará, rios fedorentos cheios de criaturas vis os enredará, os condenados têm peles negras carbonizadas, enormes línguas compridas, bocas vômitando pus e sangue, entranhas cheias de fogo; seus corpos serão grandemente alargados para que possam mais adequadamente experimentar a tortura. Todos sofrem pelo fogo, embora o grau de punição difere de acordo com o pecado. Os condenados tentam fugir, mas toda vez os guardiões do Fogo os capturam e os lançam novamente lá” (Jane Idleman Smith and Yvonne Yazbeck Haddad, p. 87).
A horríveis e bárbaras descrições do inferno, que são comuns tanto ao Islã como ao catolicismo, pode servir à causa da promoção do culto de seu terrível Deus - um Deus a ser temido em vez de amado. Isso difama o Deus bíblico, que em Sua misericórdia aniquilará os malfeitores na Sua vinda (2 Ts 1:09; 5:2-3; Gl 6:8).
Conclusão
A comparação anterior de algumas das crenças compartilhadas em comum pelo catolicismo e o islamismo, tem nos ajudado a entender por que o Papa está trabalhando em direção a uma nova parceria com os muçulmanos, reconhecendo a semelhança entre suas respectivas crenças. Vimos que a base para essa parceria não é apenas uma visão genérica de Deus, mas uma forma semelhante de governo autocrático da Igreja, bem como crenças semelhantes em áreas como o papel das boas obras na salvação, o papel da intercessão de agentes humanos, a imortalidade da alma, os métodos coercitivos de evangelismo, e a visão do purgatório e do inferno.
A uniformização de certas crenças e práticas entre o catolicismo e o islamismo, incentivou-nos agora no boletim anterior a explorar o papel profético passado e futuro destes dois poderes. Uma compreensão básica dos dois sistemas religiosos é essencial para compreender a característica profética do Islã e do Papado como duas manifestações do anticristo.
Sugerimos, no início deste boletim que se Obama facilitar o crescimento da presença e poder dos muçulmanos na América, como Bush fez para o catolicismo, então podemos ver como a besta semelhante a um cordeiro do Apocalipse 13, que a nossa Igreja Adventista tem identificado como a América, será habilitada tanto pelo Papado como pelo Islã a se opor ao verdadeiro povo de Deus.
O tempo vai logo dizer se a nossa sugestão é baseada em um entendimento correto do papel profético que o catolicismo e o islamismo desempenharão no confronto final sobre a adoração.
Estudo de autoria de Samuele Bacchiocchi, publicado no site Biblical Perspectives. Crédito da tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com
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