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Cientistas contestam estudo sobre bactéria composta por Arsênio
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09122010
Cientistas contestam estudo sobre bactéria composta por Arsênio
NASA desdenha dos críticos e sofre mais críticas por impedir o livre debate de ideias
The Observatory — December 7, 2010 05:07 PM
The Right Place for Scientific Debate?
Scientists snub media as controversy over arsenic-eating microbes rolls on
By Curtis Brainard
TAGS: arsenic, extraterrestrials, microbiology, NASA
First there was the wild speculation about the discovery of extraterrestrial life. Then came widespread, sometimes misguided, coverage of the real news: discovery of a bacterium than can substitute arsenic for phosphorus, one six elements considered essential for life (which may, perhaps, expand the scope of humanity’s search for life beyond this planet).
Now comes the third installment in the commotion-filled saga: widespread criticism of the paper detailing the discovery, published last Thursday in Science, and an apparent snubbing of the media by the paper’s authors and NASA (which helped fund the research), who rebuffed journalists’ requests for a response to the criticism.
The latest round of controversy began on Saturday when University of British Columbia microbiologist Rosie Redfield penned a scathing critique of the paper, “A Bacterium That Can Grow by Using Arsenic Instead of Phosphorous,” on her personal blog. One of the key findings of the study was that the bacterium, discovered in Mono Lake and cultured in a lab, incorporated arsenic into its DNA. But Redfield argued that the paper didn’t “present ANY convincing evidence” that that actually happened (for DNA or any of the bacterium’s other biological molecules).
Redfield criticized a number of the research team’s methodologies. For instance, she argued that scientists did not correctly purify the DNA in order to remove any arsenic that might simply have been sticking to the DNA. She also said that the bacterium was grown in an environment with enough phosphorous (even at such a depleted level) to account for the observed bacterial growth, which was attributed to arsenic. The “bottom line,” Redfield wrote, was “lots of flim-flam, but very little reliable information.”
Redfield’s post immediately caught on in the blogosphere. Science reporter David Dobbs highlighted it on his Wired Science blog, Neuron Culture, observing that although he wasn’t familiar with Redfield, “her opinion was quickly seconded in the blog’s comments and on Twitter by many sharp scientists.”
Things got even more interesting when NASA rebuffed the Canadian Broadcasting Corporation after it sought comment on Redfield’s critique. According to its article, published Monday evening:
When NASA spokesman Dwayne Brown was asked about public criticisms of the paper in the blogosphere, he noted that the article was peer-reviewed and published in one of the most prestigious scientific journals. He added that [Felisa] Wolfe-Simon [the paper’s lead author] will not be responding to individual criticisms, as the agency doesn’t feel it is appropriate to debate the science using the media and bloggers. Instead, it believes that should be done in scientific publications.
“Any discourse will have to be peer-reviewed in the same manner as our paper was, and go through a vetting process so that all discussion is properly moderated,” wrote Felisa Wolfe-Simon of the NASA Astrobiology Institute. “The items you are presenting do not represent the proper way to engage in a scientific discourse and we will not respond in this manner.”
...
Read more here/Leia mais aqui: Columbia Journalism Review
+++++
NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:
Alguns cientistas quando falam em nome da Nomenklatura científica, são de uma empáfia nauseabunda, como se eles tivessem a palavra final sobre as descobertas científicas: não admitem críticas às suas descobertas. O mesmo se aplica também à Grande Mídia que, segundo Marcelo Leite, jornalista especial da Folha de São Paulo, a atitude para com os críticos deve ser: "Não damos espaço".
Gente, não admitir críticas e controvérsias em ciência é uma manifestação de ditadura epistêmica. É somente pelas críticas e controvérsias (ocorrendo publica e civilmente em todos os espaços) é que é saudável e contribui para o avanço da ciência.
As universidades brasileiras, quando a questão é sobre as teorias da origem e evolução do universo e da vida, também impede que outras ideias sejam debatidas. Mesmo as científicas. Universidade, eu aprendi, é um universo de ideias, e as ideias estão aí para serem debatidas.
O que assistismos hoje no Brasil é esta mesma empáfia zombadora dos críticos e oponentes, e daqueles que trazem novas ideias para serem debatidas academicamente: complexidade irredutível de sistemas biológicos e informação complexa especificada como no DNA, e o que isso significa em termos da robustez dos atuais paradigmas. O que nós vemos e assistimos é uma inquisição sem fogueiras no tratamento dispensado aos que não rezam pelos dogmas da cartilha da Nomenklatura científica. Infelizmente, nas universidades brasileiras, ninguém pensa diferente, e assim todos estão pensado em nada.
A atitude de empáfia eu chamo de Síndrome luciferiana: julgar-se o dono da verdade e de lançar luz sobre pontos obscuros que a natureza reluta revelar.
+++
Uma reportagem publicada nesta terça-feira (7) no site Slate traz críticas de cientistas ao estudo divulgado pela Nasa na última quinta-feira sobre uma bactéria que consegue viver com o elemento químico arsênio em seu DNA. O anúncio repercutiu na imprensa mundial pelo fato de todas as formas de vida até então conhecidas serem baseadas principalmente na combinação de apenas seis átomos básicos: carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P) e enxofre (S). Para a professora de microbiologia Rosie Redfield, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, o trabalho denominado “Uma bactéria que consegue crescer usando arsênio em vez de fósforo” é “sem sentido”. “Fiquei impressionada com o nível ruim de ciência do artigo”, disse ao site. Ela pretende escrever uma carta à revista Science, que publicou o estudo, formalizando suas queixas.
Para o microbiologista Forest Rohwer, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), especialista em novas espécies de bactérias e vírus em recifes de corais, a descoberta seria interessante, se fosse confiável. “Nenhum dos argumentos foi muito convincente”, disse o cientista. Já Shelley Copley, da Universidade de Colorado, vai mais longe. “O artigo não deveria ter sido publicado.”
Apesar das censuras, nenhum dos pesquisadores consultados pelo site negou a possibilidade de a estranha bactéria ser possível. Roger Summons, professor do Instituto Tecnológico de Massachussetts (MIT, na sigla em inglês) e um dos entrevistados, foi coautor de um estudo da Academia Americana de Ciências sobre vida extraterrestre que defendia a pesquisa em biologia com base em arsênio, publicado na Science em 2007.
Uma das críticas citadas refere-se ao método de retirada do DNA do micro-organismo utilizado pelos cientistas da Nasa, que deveria ter contado com precauções a mais para “limpar” o material de outras moléculas. Sem essas medidas, o arsênio pode simplesmente ter se atrelado ao DNA. “É bem trivial fazer um trabalho melhor que esse”, disse Rohwer.
Para o microbiologista Alex Bradley, da Universidade Harvard, os cientistas da Nasa demonstraram, sem querer, falhas na pesquisa. Ao fazer a imersão do DNA da bactéria GFAJ-1 na água para análise, os pesquisadores deveriam ter observado uma fragmentação do material genético, já que compostos com arsênio se desintegram rapidamente no contato com o líquido.
Bradley defende que o DNA manteve-se unido por causa da presença de fosfato, mesmo em quantidades reduzidas. O pesquisador lembra que micro-organismos crescem no Atlântico Norte com níveis de fosfato 300 vezes menores que os aferidos em culturas de laboratório.
Como os pesquisadores da Nasa utilizaram sais para alimentar as bactérias que, segundo eles próprios admitiram, continham pequenas doses de fosfato, os críticos acreditam que as bactérias usaram parte dessa provisão escassa do elemento químico para sobreviver.
Norman Pace, também da Universidade de Colorado, pioneiro na identificação de micro-organismos pela análise de DNA e coautor do trabalho divulgado há três anos, foi outro a não poupar críticas. “Níveis reduzidos de fosfato, investigadores ingênuos e revisores ruins fazem a história desse estudo”, disse.
“Todo debate proposto deverá passar por uma revisão, da mesma forma que nosso artigo passou, com todas as discussões podendo ser moderadas corretamente”, disse Felisa Wolfe-Simon, do instituto de astrobiologia da Nasa e principal autora do artigo publicado na semana passada na Science.
Já Ronald Oremland, ligado a um órgão de pesquisa geológica norte-americano, disse que o debate sobre o estudo não pode descambar para um “fórum midiático”. “Se estamos errados, outros cientistas deveriam reproduzir nossos achados. Se estivermos certos, então nossos competidores nos aceitarão e nos ajudarão a compreender melhor esse fenômeno.”
A negativa de debater em público os resultados contestados não convenceu Jonathan Eisen, da Universidade da Califórnia em Davis. “Eles fizeram ciência por meio de notas para a imprensa e órgãos de mídia”, disse o pesquisador. “É um pouco hipócrita eles quererem basear sua defesa agora na literatura científica.”
De acordo com o site, a equipe da Nasa ofereceu a cultura de bactéria GFAJ-1 para testes que decidirão, de uma vez por todas, se o micro-organismo possui, de fato, um DNA sustentado com base no arsênio.
(G1 Notícias)
Nota: Bem que eu disse que era preciso mais cautela com esses estardalhaços midiáticos e que seria salutar esperar por mais pesquisas. Taí...[MB]
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