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Mensagem por Eduardo Qui Dez 16, 2010 10:17 pm

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Recentemente o rev. Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Mackenzie, foi alvo de comentários e protestos públicos por causa de uma nota de posicionamento que se encontrava no sítio eletrônico desta instituição de ensino. A nota explicava porque a instituição (que é confessional) se posicionava de forma contrária à aprovação da PLC 122/2006 – a famosa e controversa “lei da homofobia”. Após a explosão de comentários e a organização de uma manifestação na porta da universidade (que aconteceu alguns dias depois, com cerca de 500 participantes), como que tentando apagar um grande incêndio com baldes d’água, o sítio eletrônico da universidade retirou do ar a nota de posicionamento contrária à aprovação da PLC 122/2006 e lançou uma pequena nota de esclarecimento sobre o ocorrido:

“O pronunciamento sobre o PL 122 é da Igreja Presbiteriana do Brasil, Associada Vitalícia do Mackenzie, feito em 2007, e se encontra em seu site. O Mackenzie se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação (sic) feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição.”
Mas isto não foi suficiente. Todas os órgãos de imprensa noticiaram o ocorrido. Com exceção do blog reacionário de Reinaldo Azevedo, a maior parte da mídia foi contrária à postura adotada pela Universidade Mackenzie e do rev. Augustus Nicodemus Lopes. Alguns órgãos não midiáticos também comentaram o caso, como a OAB, que taxou a postura da universidade de “medieval”.
Agora, este artigo passa longe de querer realmente discutir quem está certo nesta história, se são gays, se é o reverendo calvinista, se é a universidade ou se é a mídia. A questão sobre a validade legal do projeto de lei que criminaliza a “homofobia” ainda é uma questão pertinente. Aliás, a própria definição do que é “homofobia” também merece atenção da sociedade. Mas nenhuma destas questões serão tratadas aqui. A notícia acima foi narrada apenas para introduzir você, leitor, à minha reflexão neste texto.
Esta reflexão, que pretendo começar a trabalhar a partir do próximo parágrafo, recentemente que me causou certo assombro, me colocando contra a parede e me esmurrando em algumas partes. (E olha que eu nem faço parte da turminha de direita que faz protestinhos na internet contra a aprovação da lei da homofobia.)
Pois bem, você provavelmente concordará comigo que Cristo é nosso norte. Nenhum cristão é livre para discordar disto. (No momento que discordar, cristão ele já não é.)
Jesus Cristo é aquele quem devemos imitar, ou tentar ao máximo imitar. Mesmo quem não pratica esta imitação (e eu vergonhosamente me incluo nesta lista em muitos aspectos) ao menos reconhece que ser cristão significa ser um “tipo de Cristo”, e reconhece (como eu reconheço) a sua falha em não ser imitador de Cristo naquilo que ele deveria imitar. A grande missão da Igreja cristã é aprender a como imitar a Cristo diante das novas dificuldades que surgem diariamente.

A “Igreja cristã”, mencionada acima, geralmente é considerada como sendo o conjunto total daqueles que são imitadores de Jesus Cristo. Mas, permitindo-me trabalhar um pouquinho melhor esta definição, sabendo que os primeiros “cristãos” foram assim chamados pela primeira vez porque eles foram identificados (pelos de fora) como sendo adeptos da “seita cristã” (algumas vezes chamada de “seita do caminho”), poderíamos, à luz disto, dizer que a igreja é o conjunto daqueles que são identificados publicamente como imitadores de Jesus Cristo, mais do que simplesmente aqueles que afirmam imitar Cristo.
A banda de rock brasileira Fruto Sagrado refletiu sobre esta necessidade da Igreja em ser identificada como imitadora de Cristo em uma de suas mais belas músicas:

“Quando mundo tenta nos enxergar,
Será que vê o que realmente somos?

Pra falar do amor
Tenho que aprender a repartir o pão
Chorar com os que choram
Me alegrar com os que cantam
Senão ninguém vai me ouvir…

(…)
O que na verdade somos?
O que você vê quando me vê?
Se o mundo ainda é mau
O culpado está diante do espelho!

O que na verdade somos?
O que você vê quando me vê?
Pra que serve a luz que não acende e não ilumina a escuridão?”

A questão é: O mundo vê Cristo quando olha para a Igreja, assim como o mundo do primeiro século via Cristo quando olhava para os primeiros cristãos?
Bem, tomemos como exemplo o recente caso das declarações “homofóbicas” (é irrelevante, para esta reflexão, se as declarações publicadas no sítio eletrônico da Mackenzie são ou não homofóbicas) do chanceler rev. Augustus Nicodemus Lopes. O mundo enxergou Cristo em suas declarações? Uma vez que o reverendo estava naturalmente em uma posição onde “representava” os cristãos (suas palavras não representam minhas ideias, a propósito), o que elas geraram? Elas fizeram com que o mundo enxergasse o amor de Jesus Cristo por parte dos cristãos?
Não! O mundo não enxerga amor, bondade, autossacrifício e Cristo nas palavras e nas ações destes cristãos midiáticos que tomam parte em lobbies políticos contra o que, para eles, são pontos que “ferem seus princípios”. (É realmente curioso como a exploração de menores não fere princípios destes cristãos; como a destruição progressiva deste planeta, que é obra de Deus, não fere princípios destes cristãos; como a exploração assassina dos países ricos sobre os pobres não fere princípios destes cristãos; como a violência contra a mulher não fere princípios destes cristãos; como as “doenças da pobreza” como diarreia, desnutrição, malária, tuberculose, dengue, febre amarela e falta de assistência médica, que somente no Brasil matam 226 pessoas por dia, não ferem os princípios destes cristãos; como a fome, que a cada minuto mata 12 crianças no mundo, não fere os princípios destes cristãos. E a lista prossegue… Como a Igreja não se posiciona contra estes problemas na mesma intensidade com que faz lobby contra casamento homossexual, eu só posso concluir que as maiores mazelas que ocorrem no mundo, de acordo com estes cristãos, não ferem seus “princípios”.)
É interessante (e perturbador) observar que enquanto Jesus atraía para si as prostitutas, os publicanos e todos aqueles que eram considerados no contexto da época como “escória”, a Igreja (o conjunto daqueles que deveriam ser identificados pelo mundo como os que “imitam” Jesus) de hoje repele estas pessoas. As prostitutas e os publicanos do nosso tempo não são atraídos pelo Evangelho, assim como eram atraídos as prostitutas e os publicanos do tempo de Jesus.
A dura verdade é que Igreja repele as prostitutas e os publicanos de nosso tempo assim como os fariseus repeliam estas pessoas na época de Jesus. A verdade é que quando o mundo tenta enxergar Cristo na vida da Igreja, ele consegue enxergar apenas os fariseus (que tem alguns nomes modernos como “fundamentalistas” e “intolerantes” – que para muitos são sinônimos).
Há pouco tempo um amigo disse algo muito interessante e profundo. “O dia em que heresia for não amar como Cristo amou, o mundo vai dizer que Deus é conosco.” Eu negligenciei suas palavras quando as li na hora, mas elas estão absolutamente certas.
Mas esta reflexão não é uma mensagem do tipo “vocês estão errando”. Eu provavelmente sou o primeiro da fila quanto a não ser reflexo de Cristo para o mundo. Mas eu sinceramente não sei dizer se esta turminha reacionária direitista que passou a considerar como objetivo maior da igreja “zelar pela moral do nosso país” tem esta mesma consciência. Pior que um cego, é aquele cego que acredita que enxerga. Mas sinceramente eu acho que eles pensam o contrário. Eu acho que, no fundo, eles pensam ser os grandes embaixadores de Cristo para zelar pela santidade da nação (se não há gays, não há abortos e somos todos evangélicos, logo somos santos, Aleluia!) e acham que estão fazendo um grande trabalho para o Reino quando agem como agiram.
Mas é muito fácil saber se eles estão ou não certos. Basta se perguntar: estas ações geram aproximação das prostitutas e dos publicanos de nossa época, ou os repele? Se Cristo tivesse aqui, certamente suas ações de amor os atrairia…
Eduardo
Eduardo

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