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O paradoxo da onipotência
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20012011
O paradoxo da onipotência
O paradoxo da onipotência (também chamado de problema da onipotência) é uma família de paradoxos que questionam a possibilidade da existência de um ser onipotente (normalmente o Deus abraâmico) frente aos problemas lógicos derivados deste atributo. O centro destes paradoxos jaz na definição de "onipotência" que, quando é entendido como o poder de fazer literalmente todas as coisas, passa a implicar uma série de problemas.
Um típico paradoxo da onipotência é a pergunta: "Se um ser onipotente pode todas as coisas, então pode este ser não poder todas as coisas?", pois se este ser não pode, não é onipotente, mas se pode, "onde está a sua onipotência?". O mais famoso dessa família de paradoxos é o da pedra, que questiona: "Pode Deus criar uma pedra tão pesada que Ele não possa levantar? Porque, se pode, então não é onipotente, pois não consegue levantá-la; mas se não pode criar tal pedra, então não é onipotente desde o princípio, uma vez que há algo que não pode fazer."
Apresentação e defesa
O problema da onipotência é um dos argumentos mais antigos contra a existência de Deus, tendo sido discutido por filósofos como Averróis.[1] Todavia, tais paradoxos podem ser aplicados em áreas não-teológicoas, por exemplo, com o poder legislativo ou parlamentar, em que o órgão de poder deve ser onipotente e também ter a capacidade de se regular a si mesmo.[2]
Concernente ao paradoxo da pedra, J. L. Cowan no seu livro "The Paradox of Omnipotence Revisited" faz a seguinte avaliação:[3]
Apologética
Atualmente os paradoxos da onipotência aparentam estar em desuso pela comunidade anti-teísta de maior nível, tendo em vista que suas refutações parecem terem sido bem aceitas. Por outro lado, parece inevitável considerar o impacto que tais paradoxos infringiram na compreensão teísta acerca de Deus onde, nos níveis mais sofisticados de filosofia, quase sempre deixa-se explícito uma definição de "onipotência" que impeça, de forma preventiva, o apontamento do paradoxo (e.g. no livro de Richard Swinburne "The Existence of God").
As respostas dadas ao problema podem ser divididos em dois grupos: aqueles que aceitam que Deus pode fazer tudo e os que aceitam que Deus só pode fazer as coisas logicamente concebíveis, sendo que a maioria dos filósofos defendem esta última posição. No final, ambas as posições apologéticas se baseiam no problema da definição de "onipotência" para apresentar suas respostas.
Deus é ilógico
A resposta mais incomum ao problema[4] é a que assume que o significado de "onipotência" seja o poder para fazer "tudo, incluindo coisas ilógicas" (i.e. tem por correto a consideração inicial do paradoxo). René Descartes foi um filósofo que defendia esta posição.[4] Isso significa que Deus não está restrito à seguir as regras da lógica e da matemática, mas está livre para fazer literalmente todas as coisas. Logo, para Deus 2+2=5 é uma solução matemática possível.
A vantagem desta posição é que dela segue que qualquer tentativa de negar a existência de Deus baseado na lógica, da mesma maneira como com o paradoxo da pedra, é completamente inútil; Deus está acima dessa lógica e pode ter todos os tipos de contradições em si e continuar existindo. Desta forma, tomando o paradoxo da pedra como exemplo, Deus pode criar uma pedra tão pesada que não pode levantar e também pode levantar tal pedra. A contradição evidente em tal alegação não pode ser considerada, já que Deus esta "acima da lógica" e pode fazer inclusive coisas ilógicas. Portanto, a posição de Descartes não é vulnerável aos paradoxos da onipotência como o da pedra.[4]
Por outro lado, as desvantagens desta posição incluem que ela continua contendo suposições inaceitáveis.
Deus é lógico
Esquema sobre o "tudo" de acordo com o ponto de vista.
Por outro lado, filósofos como Tomás de Aquino argumentam que a onipotência de Deus não se aplica a literalmente todas as coisas sobre as quais podemos pronunciar,[4] e é nesta má compreensão do significado de "onipotência" que o paradoxo se forma.[5] De acordo com Aquino, Deus pode fazer todas as coisas possíveis, incluindo partir o mar vermelho, fazer Jesus ressuscitar entre outras, mas Deus não pode violar as leis da lógica e da matemática da maneira como Descartes aceitava, i.e. Deus não pode fazer coisas impossíveis do ponto de vista lógico.[4] A figura ao lado demonstra esta idéia partindo da alegação cristã tradicional de que "Deus pode fazer o impossível". Tal alegação, analisa o Fundador, só possui um sentido real quando se tem por referência o ser humano. Neste caso, partir o Mar Vermelho pode ser algo tradicionalmente visto como impossível, quando na verdade somente é impossível para o ser humano. Um impossível objetivo (e que por isso englobaria Deus) seria, por exemplo, "partir o Mar Vermelho sem parti-lo".
A posição de Aquino também sobrevive aos paradoxos da onipotência como o da pedra. Neste caso, isso se deve porque o paradoxo é mal-formulado, já que considera a possibilidade de "uma pedra tão pesada que Deus não pode suportar", o que é impossível, já que Deus pode suportar todas as coisas. Desta forma, como a posição de Aquino é que Deus só pode fazer coisas possíveis, o paradoxo é refutado porque considera a possibilidade de execução de algo impossível: a criação de tal pedra.[4]
Lógica e existência
A questão da onipotência como poder para fazer tão somente coisas que não sejam lógica e matematicamente invioláveis levanta uma questão paralela sobre a relação da lógica com a realidade.
Filósofos como Richard Swinburne negam que Deus possa fazer coisas ilógicas porque "afirmações ilógicas não descrevem um real estado de coisas",[6] ou seja, uma sentença que apresente uma alegação que quebre a Lei da Contradição não passa de um aglomerado de palavras desprovido de sentido, pois não descrevem realmente algo - suas afirmações não descrevem algo que possa existir em algum mundo possível. Por isso, ao dizer coisas como "eu existo e não existo ao mesmo tempo" não significam nada; não passam de um aglomerado de palavras. No caso do paradoxo da pedra, a alegação ilógica é a consideração de "uma pedra que Deus não pode levantar", já que Deus notoriamente pode levantar qualquer pedra possível, ou seja, esta frase é equivalente a "uma pedra que Aquele que levanta todas as pedras não pode levantar".
Acerca dessa questão, C.S. Lewis, no seu livro "The Problem of Pain" (p. 18), sustenta que a natureza do paradoxo é inerente à sua construção, uma vez que "Não é limitativo do Seu poder. Se dissermos que Deus pode dar livre arbítrio a uma criatura, ao mesmo tempo que lho nega, não se conseguiu dizer nada acerca de Deus: um conjunto de palavras sem significado não passa a adquiri-lo apenas porque se juntou como prefixo «Deus consegue»". [7] Ou seja, "não porque o Seu poder encontre um obstáculo, mas porque um disparate mantém-se um disparate mesmo que seja referido invocando o nome de Deus".[8]
Avaliação
Os paradoxo de onipotência revelam a importância do pensamento crítico sobre o que se crê, uma vez que a falta de análises sobre esses pode levar as pessoas a acreditar nas mais diversas e absurdas coisas. O paradoxo da onipotência (representado nesta análise pelo da pedra) consiste num dos pensamentos críticos que ajudaram os cristãos e demais teístas a analisarem as interpretações demasiadamente ligerias sobre suas Escrituras, fazendo-os tomarem uma posição mais crítica sobre sua fé do que apenas aceitar "aquilo que o pastor/padre diz".
Referências
Um típico paradoxo da onipotência é a pergunta: "Se um ser onipotente pode todas as coisas, então pode este ser não poder todas as coisas?", pois se este ser não pode, não é onipotente, mas se pode, "onde está a sua onipotência?". O mais famoso dessa família de paradoxos é o da pedra, que questiona: "Pode Deus criar uma pedra tão pesada que Ele não possa levantar? Porque, se pode, então não é onipotente, pois não consegue levantá-la; mas se não pode criar tal pedra, então não é onipotente desde o princípio, uma vez que há algo que não pode fazer."
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O problema da onipotência é um dos argumentos mais antigos contra a existência de Deus, tendo sido discutido por filósofos como Averróis.[1] Todavia, tais paradoxos podem ser aplicados em áreas não-teológicoas, por exemplo, com o poder legislativo ou parlamentar, em que o órgão de poder deve ser onipotente e também ter a capacidade de se regular a si mesmo.[2]
Concernente ao paradoxo da pedra, J. L. Cowan no seu livro "The Paradox of Omnipotence Revisited" faz a seguinte avaliação:[3]
- Ou Deus consegue ou não consegue criar a pedra que não é possível erguer.
- Se Deus consegue criar a pedra, não é omnipotente (já que não a consegue erguer).
- Se Deus não consegue criar a pedra não é omnipotente (pois não a consegue criar).
- Logo Deus não é omnipotente.
Apologética
Atualmente os paradoxos da onipotência aparentam estar em desuso pela comunidade anti-teísta de maior nível, tendo em vista que suas refutações parecem terem sido bem aceitas. Por outro lado, parece inevitável considerar o impacto que tais paradoxos infringiram na compreensão teísta acerca de Deus onde, nos níveis mais sofisticados de filosofia, quase sempre deixa-se explícito uma definição de "onipotência" que impeça, de forma preventiva, o apontamento do paradoxo (e.g. no livro de Richard Swinburne "The Existence of God").
As respostas dadas ao problema podem ser divididos em dois grupos: aqueles que aceitam que Deus pode fazer tudo e os que aceitam que Deus só pode fazer as coisas logicamente concebíveis, sendo que a maioria dos filósofos defendem esta última posição. No final, ambas as posições apologéticas se baseiam no problema da definição de "onipotência" para apresentar suas respostas.
Deus é ilógico
A resposta mais incomum ao problema[4] é a que assume que o significado de "onipotência" seja o poder para fazer "tudo, incluindo coisas ilógicas" (i.e. tem por correto a consideração inicial do paradoxo). René Descartes foi um filósofo que defendia esta posição.[4] Isso significa que Deus não está restrito à seguir as regras da lógica e da matemática, mas está livre para fazer literalmente todas as coisas. Logo, para Deus 2+2=5 é uma solução matemática possível.
A vantagem desta posição é que dela segue que qualquer tentativa de negar a existência de Deus baseado na lógica, da mesma maneira como com o paradoxo da pedra, é completamente inútil; Deus está acima dessa lógica e pode ter todos os tipos de contradições em si e continuar existindo. Desta forma, tomando o paradoxo da pedra como exemplo, Deus pode criar uma pedra tão pesada que não pode levantar e também pode levantar tal pedra. A contradição evidente em tal alegação não pode ser considerada, já que Deus esta "acima da lógica" e pode fazer inclusive coisas ilógicas. Portanto, a posição de Descartes não é vulnerável aos paradoxos da onipotência como o da pedra.[4]
Por outro lado, as desvantagens desta posição incluem que ela continua contendo suposições inaceitáveis.
Deus é lógico
Esquema sobre o "tudo" de acordo com o ponto de vista.
Por outro lado, filósofos como Tomás de Aquino argumentam que a onipotência de Deus não se aplica a literalmente todas as coisas sobre as quais podemos pronunciar,[4] e é nesta má compreensão do significado de "onipotência" que o paradoxo se forma.[5] De acordo com Aquino, Deus pode fazer todas as coisas possíveis, incluindo partir o mar vermelho, fazer Jesus ressuscitar entre outras, mas Deus não pode violar as leis da lógica e da matemática da maneira como Descartes aceitava, i.e. Deus não pode fazer coisas impossíveis do ponto de vista lógico.[4] A figura ao lado demonstra esta idéia partindo da alegação cristã tradicional de que "Deus pode fazer o impossível". Tal alegação, analisa o Fundador, só possui um sentido real quando se tem por referência o ser humano. Neste caso, partir o Mar Vermelho pode ser algo tradicionalmente visto como impossível, quando na verdade somente é impossível para o ser humano. Um impossível objetivo (e que por isso englobaria Deus) seria, por exemplo, "partir o Mar Vermelho sem parti-lo".
A posição de Aquino também sobrevive aos paradoxos da onipotência como o da pedra. Neste caso, isso se deve porque o paradoxo é mal-formulado, já que considera a possibilidade de "uma pedra tão pesada que Deus não pode suportar", o que é impossível, já que Deus pode suportar todas as coisas. Desta forma, como a posição de Aquino é que Deus só pode fazer coisas possíveis, o paradoxo é refutado porque considera a possibilidade de execução de algo impossível: a criação de tal pedra.[4]
Lógica e existência
A questão da onipotência como poder para fazer tão somente coisas que não sejam lógica e matematicamente invioláveis levanta uma questão paralela sobre a relação da lógica com a realidade.
Filósofos como Richard Swinburne negam que Deus possa fazer coisas ilógicas porque "afirmações ilógicas não descrevem um real estado de coisas",[6] ou seja, uma sentença que apresente uma alegação que quebre a Lei da Contradição não passa de um aglomerado de palavras desprovido de sentido, pois não descrevem realmente algo - suas afirmações não descrevem algo que possa existir em algum mundo possível. Por isso, ao dizer coisas como "eu existo e não existo ao mesmo tempo" não significam nada; não passam de um aglomerado de palavras. No caso do paradoxo da pedra, a alegação ilógica é a consideração de "uma pedra que Deus não pode levantar", já que Deus notoriamente pode levantar qualquer pedra possível, ou seja, esta frase é equivalente a "uma pedra que Aquele que levanta todas as pedras não pode levantar".
Acerca dessa questão, C.S. Lewis, no seu livro "The Problem of Pain" (p. 18), sustenta que a natureza do paradoxo é inerente à sua construção, uma vez que "Não é limitativo do Seu poder. Se dissermos que Deus pode dar livre arbítrio a uma criatura, ao mesmo tempo que lho nega, não se conseguiu dizer nada acerca de Deus: um conjunto de palavras sem significado não passa a adquiri-lo apenas porque se juntou como prefixo «Deus consegue»". [7] Ou seja, "não porque o Seu poder encontre um obstáculo, mas porque um disparate mantém-se um disparate mesmo que seja referido invocando o nome de Deus".[8]
Avaliação
Os paradoxo de onipotência revelam a importância do pensamento crítico sobre o que se crê, uma vez que a falta de análises sobre esses pode levar as pessoas a acreditar nas mais diversas e absurdas coisas. O paradoxo da onipotência (representado nesta análise pelo da pedra) consiste num dos pensamentos críticos que ajudaram os cristãos e demais teístas a analisarem as interpretações demasiadamente ligerias sobre suas Escrituras, fazendo-os tomarem uma posição mais crítica sobre sua fé do que apenas aceitar "aquilo que o pastor/padre diz".
Referências
- ↑ Averróis, Tahafut al-Tahafut (The Incoherence of the Incoherence) (A Incoerência da Incoerência) tradução para o inglês por Simon Van Der Bergh, Luzac & Company 1969, pp. 529–536
- ↑ Suber, P. (1990) The Paradox of Self-Amendment: A Study of Law, Logic, Omnipotence, and Change. Publicação Peter Lang.
- ↑ Artigo correspondente na Wikipédia lusófona [color:943a=#555](em português). Página visitada em 30 de junho de 2010.
- ↑ 4.0 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 The Paradox of the Stone [color:943a=#555](em inglês). Existence of God. Página visitada em 30 de junho de 2010.
- ↑ de Aquino, Tomás , Summa Theologica Livro 1 Questão 25. ISBN
- ↑ Swinburne, Richard , The Existence of God. ISBN 0199271682
- ↑ Lewis, C. S. , HarperOne, The Problem of Pain. ISBN 0060652969 “This is no limit to His power. If you choose to say God can give a creature free will and at the same time withhold free will from it, you have not succeeded in saying anything about God: meaningless combination of words do not suddenly acquire meaning simply because we prefix to them to other words «God can».”
- ↑ Lewis, C. S. , HarperOne, The Problem of Pain. ISBN 0060652969 “not because His power meets an obstacle, but because nonsense remains nonsense even when we talk it about God”
- Can God Create a Rock So Heavy He Can't Lift It? [color:943a=#555](em inglês). Estrelando William Lane Craig. Reasonable Faith Podcast. Produzido e editado por ReasonableFaith.org e publicado no YouTube por drcraigvideos em 16 de junho de 2009. Visualizado em 2 de outubro de 2010.
- Finalmente a verdade apareceu, Deus revela seu valor para humanidade! (Fórum) [color:943a=#555](em português). Página visitada em 19 de abril de 2010.
- Despindo Mitos (30 de dezembro de 2009). A Impotente Onipotência [color:943a=#555](em português). Blog "Despindo Mitos". Página visitada em 19 de abril de 2010.
- Henrique César Pinheiro (Setembro de 2008). Deus pode até existir, mas é uma incoerência [color:943a=#555](em português). Recanto das Letras em 07/10/2008. Página visitada em 19 de abril de 2010.
- Iuri Sônego Cardoso (17 de fevereiro de 2010). Revisitando o Paradoxo da Onipotência [color:943a=#555](em português). Ocionéticos. Página visitada em 19 de abril de 2010.
- Atheist's arguments against the existence of God (Alvin Plantinga) [color:943a=#555](em inglês). Estrelando Alvin Plantinga. Publicado no YouTube por AndreMijail em 26 de maio de 2010. Visualizado em 27 de novembro de 2010.
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