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[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas HomoChimp


70% e não 98.5% de semelhança entre humanos e chimpanzés


Sexta-feira, Novembro 07, 2008


Chimpanzé?

10/10/2008 17:12 Dr. Richard Buggs

De 1964 a 2004, acreditava-se que os humanos eram quase idênticos aos macacos no nível genético. Dez anos atrás, nós pensávamos que a informação codificada em nosso DNA era 98.5% a mesma que codificava no DNA de chimpanzé. Isso levou alguns cientistas a afirmarem que os humanos eram simplesmente outra espécie de chimpanzés. Eles argumentavam que os humanos não tinham um lugar especial no mundo, e que os chimpanzés deveriam ter os mesmos ‘direitos’ que os humanos.

Outros cientistas adotaram uma opinião diferente. Eles disseram que é óbvio que nós somos muito diferentes dos chimpanzés em nossa aparência e estilo de vida: se nós somos quase que idênticos aos chimpanzés na nossa seqüência de DNA, isto simplesmente significa que a seqüência de DNA é o lugar errado de se verificar tentando entender o que é que faz os humanos diferentes. Por este ponto de vista, o número de 98.5% não mina o lugar especial dos humanos. Em vez disso, mina a importância da genética no pensar a respeito do que significa ser humano.

Felizmente (tanto para o status dos seres humanos como para o status da genética) agora nós sabemos que o número 98.5% é muito enganador. Em 2005 os cientistas publicaram um rascunho de leitura da seqüência completa de DNA (genoma) de um chimpanzé. Quando isso é comparado com o genoma de um humano, nós encontramos grandes diferenças.

Para compararmos os dois genomas, a primeira coisa que nós devemos fazer é alinhar as partes de cada genoma que são semelhantes. Quando nós fazemos este alinhamento, nós descobrimos que somente 2.400 milhões das 3.164 milhões de letras do genoma humano se alinham com o genoma do chimpanzé — isto é, 76% do genoma humano. Alguns cientistas argumentaram que os 24% do genoma humano que não se alinha com o genoma do chimpanzé é o inútil DNA “lixo”. Todavia, parece que agora este DNA pode conter 600 genes que codificam proteínas, e codificam também moléculas de RNA funcionais.

Olhando detalhadamente a semelhança do chimpanzé em 76% do genoma humano, nós descobrimos que para fazermos um alinhamento exato, freqüentemente nós temos que introduzir lacunas artificiais ou no genoma humano ou no genoma do chimpanzé. Essas lacunas dão outros 3% de diferença. De modo que agora, nós temos uma semelhança de 73% entre os dois genomas.

Nas seqüências bem alinhadas nós agora descobrimos outra forma de diferença, onde uma única ‘letra’ é diferente entre os genomas humano e do chimpanzé. Essas letras fornecem outro 1.23% de diferença entre os dois genomas. Assim, o percentual de diferença está agora em torno de 72%.

Nós também encontramos locais onde os dois pedaços de genoma humano se alinham com apenas um pedaço do genoma do chimpanzé, ou dois pedaços do genoma do chimpanzé se alinham com um pedaço do genoma humano. Esta “variação de número de cópia” causa outra diferença de 2.7% entre as duas espécies. Portanto, a semelhança total dos genomas pode ser abaixo dos 70%.

Este número não inclui as diferenças na organização dos dois genomas. No presente, nós não podemos calcular totalmente uma diferença na estrutura dos dois genomas, porque o genoma humano foi usado como um modelo (ou “plataforma”) quando o rascunho do genoma do chimpanzé ainda estava sendo montado.

O nosso conhecimento dos genomas humano e de chimpanzé contradiz a idéia de que os humanos são 98% idênticos aos chimpanzés, e mina as implicações que foram tiradas daquele número. O número sugere existir uma imensa quantidade de pesquisas emocionantes ainda por ser feita em genética humana.

O autor é geneticista pesquisador na Universidade da Flórida.

+++++

Fui, não sei por que, me lembrando de minha infância. Quando eu enchia o saco de um amigo, ele, chateado, me dizia: “Ora, vá pentear macacos!” pra não dizer outra coisa e passar por mal educado.

98.5% de DNA idênticos entre humanos e chimpanzés? Cálculo precipitado??? Ora, vão pentear chimpanzés, deixem a ideologia do naturalismo filosófico de lado, e façam mais ciência! Afinal de contas, somos nós que pagamos os seus salários, viagens, estadas em hotéis, congressos, y otras cositas mais!

Obrigado Feyerabend pela sua idéia de democracia científica e que os cientistas devem sim prestar contas com a população dos resultados práticos de suas pesquisas.


[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Sciam+capa


Um recente artigo publicado na revista Science observa que o valor de 1% "reflete apenas substituições de bases, não reflete os muitos trechos de DNA que foram inseridos ou excluídos do genoma" [1]

Por outras palavras, quando o genoma de chimpanzé não tem trechos similares de DNA humano, tais seqüência de ADN são ignoradas por aqueles que andam por aí a espalhar que os seres humanos e os chimpanzés são diferentes geneticamente apenas em 1%.

Por esta razão, o referido artigo da Science foi intitulado "O Mito do 1%", e por essa razão foi empregue a seguinte linguagem para descrever a estatística do 1%:

- "estudos revelam que [os seres humanos e os chimpanzés] não são tão semelhantes como muitos tendem a acreditar" - a estatística do 1% é uma "evidência [que] deveria ser posta de lado" - a estatística do 1% é "mais um obstáculo para o entendimento do que uma ajuda" - "a diferença de 1% não era a história toda" –

"Os pesquisadores estão a descobrir que, sobre as diferenças de 1%, pedaços de DNA perdido, extra genes, conexões alteradas nas redes de genes, bem como a própria estrutura dos cromossomas confundem qualquer quantificação daquilo que é 'Humano' versus 'Chimpanzé'.

Na verdade, devido às enormes reticências na estatística do 1%, alguns cientistas estão sugerindo que o melhor método de medição daquilo que são diferenças genéticas entre humanos e chimpanzés pode ser a contagem de cópias de genes individuais.

Quando essa métrica é empregada, os DNAs de humanos e chimpanzés são diferentes em 5%.

Mas novas descobertas em genética mostram que o DNA codificador de genes pode até não ser o lugar certo para procurar as diferenças entre os seres humanos e os chimpanzés.

Mas há uma questão mais profunda:

(2) Se os seres humanos e os chimpanzés fossem realmente diferentes em apenas 1% a nível genético, porque razão isso havia de demonstrar uma ascendência comum?

Como se observou no Slide [9], semelhanças nas principais seqüência genéticas podem ser explicadas como resultado de requisitos funcionais e design comum, em vez de mera ascendência comum.

Poderíamos razoavelmente perguntar ao evolucionista porque razão uma diferença de 1% é considerada evidência poderosa para a evolução darwinista, e a que ponto é que a comparação deixaria de apoiar a evolução darwinista?

Que tal uma diferença de 2%? 3%? 5%? 10%? Existe aqui alguma métrica objetiva de falseabilidade, ou será que a PBS está a apresentar um argumento falacioso para a ascendência comum de humanos e chimpanzés?

O design inteligente é certamente compatível com uma ascendência comum de humanos e chimpanzés, mas a verdade é que a diferença percentual nada nos diz sobre se os seres humanos e chimpanzés partilham um ancestral comum.

A porcentagem de similaridade genética entre seres humanos e símios não demonstra a evolução darwinista, a menos que se exclua a possibilidade de design inteligente.

Assim como os agentes inteligentes "re-utilizam" componentes funcionais que funcionam e voltam a funcionar em diversos sistemas (por exemplo, rodas de carros e rodas de aviões), as semelhanças genéticas entre seres humanos e chimpanzés também poderiam ser explicadas como o resultado da re-utilização de programas genéticos (projetos) comuns devido a exigências funcionais do plano corporal hominídeo, meio obvio isso né?

Referência Citada:

1]: Jon Cohen, "Relative Diferenças: O Mito de 1%", Science, vol. 316:1836 (29 de junho de 2007).

[Nota do Site: Este é o Slide [10] de uma série de 14 Slides disponíveis em JudgingPBS.com, um novo WebSite que mostra as "Predições de Darwin que falharam", em resposta ao material online do documentário da PBS-NOVA chamado "Dia do Juízo: Design Inteligente no banco dos réus"]

(por Casey Luskin)


O Mito de 1% [Parte 2]

Foi o título de um artigo publicado recentemente na Science escrito por Jon Cohen.

Quando o Genoma do Chimpanzé foi publicado em 2005, havia um frenesim dos mídia (imprensa) que sugeria que agora tínhamos a prova que os Chimpanzés e os seres humanos compartilhavam aproximadamente 99% do DNA!

Este engano persistiu por mais de 25 anos e foi baseado originalmente na comparação dos genes codificadores de proteínas das duas espécies .

Não obstante, por definição, esta comparação só podia ser baseada nos genes codificadores de proteína que ambas as espécies possuem.

Sabe-se agora que os seres humanos possuem centenas de genes que são existem nos chimpanzés.

Um exame mais cuidado dos dados publicados provenientes do projeto do Genoma do chimpanzé revela outras diferenças profundas que fazem com que a alegação de 1% de diferenças pareça uma grande tolice.

Estas incluem:

1. Diferenças estruturais básicas entre os cromossomas das duas espécies incluindo o número de cromossomas, a posição dos centrômeros e o número de inversões de segmentos e de relocações.

2. Diferenças profundas entre as espécies na seqüência do DNA dentro dos telomeros nas extremidades de cada cromossoma.

3. Seqüências de DNA únicas em cada espécie envolvidas no controle particular e complexo de genes similares.

4. Regiões radicalmente diferentes e especificas de cada espécie envolvidas na Recombinação Genética, um processo iniciando na meiose que conduz à formação do esperma e do ovo.

Um trabalho mais recente destacou diferenças entre os seres humanos e os chimpanzés que são muito mais profundas do que se tinha reconhecido anteriormente.

Por exemplo, Oldham at al. publicaram um trabalho que descreve redes genéticas nos cérebros do ser humano e do chimpanzé no "Proceedings of the National Academy of Sciences".

De acordo com estes autores, 17.4% das conexões de rede no cérebro foram encontradas no ser humano mas não no chimpanzé.

Para além disso, Matthew Hahn e colegas de trabalho relataram uma diferença de 6.4% no número da cópias de gene entre o ser humano e o chimpanzé, num artigo de dezembro 2006 da PLoS One.

Com a publicação continuada de dados do projeto ENCODE, tornar-se-á cada vez mais difícil manter a mitologia do “1% de diferença” entre as duas espécies. As implicações para a evolução Darwinista são muitas.

A evolução humana permanece um mistério...

Em 1980, o famoso paleontólogo evolucionista Stephen Jay Gould observou que, a - "maior parte dos fósseis de hominídeos, apesar de servirem de base para intermináveis especulações e elaboradas narrativas, são apenas fragmentos de mandíbulas e pedaços de crânios" – [1]

A PBS afirma com grande confiança que a nossa espécie, o Homo sapiens, evoluiu de espécies simiescas, mas o registro fóssil conta uma história diferente.

O registro fóssil contém dois tipos básicos de hominídeos: aqueles que podem ser classificados como simiescos e aqueles que podem ser classificados como semelhantes aos humanos modernos.

Mas continua a haver um claro abismo entre a morfologia das espécies simiescas e a morfologia das espécies semelhantes aos humanos modernos, abismo que não é superado pelo conhecimento que temos do registro fóssil.

Por exemplo, a PBS exibe Lucy, um membro da espécie hominídea Australopithecus afarensis, como sendo um representante dos ancestrais da humanidade.

Mas muitos estudos descobriram que os australopitecíneos eram mais semelhantes aos macacos modernos do que ao homem moderno.

Por exemplo, Lucy é habitualmente chamada de precursor da locomoção bípede dos humanos, no entanto um estudo descobriu que Lucy tinha ossos das mãos como os de um macaco que caminha sobre os punhos.
Outro estudo diz - "De acordo com a nossa interpretação, tal como a de muitos outros, as evidências anatômicas mostram que os primeiros Homo sapiens eram significativa e dramaticamente diferentes dos australopitecíneos anteriores e contemporâneos em praticamente todos os elementos do seu esqueleto e em todos os seus comportamentos remanescentes" – [2]

Estas mudanças rápidas, únicas, e com significado genético foram chamadas de - "revolução genética" - na qual - "nenhum australopitecíneo é, obviamente, uma transição" [2]

Um comentador propôs que esta evidência implica uma "teoria do big bang" (veja só!) da evolução humana [3]

Do mesmo modo, dois paleoantropólogos afirmaram na revista Nature que os primeiros fósseis semelhantes aos humanos aparecem tão repentinamente no registro que - "é difícil, neste momento, identificar a sua ascendência imediata no leste africano. Não é por acaso que tem sido descrito como um hominídeo sem um antepassado, sem um passado claro"- [4]

Um paleoantropólogo evolucionista de Harvard declarou recentemente no New York Times, que fósseis hominídeos recentemente descobertos - "mostram 'quão interessante e complexo foi o gênero humano e como entendemos tão mal a transição de ser algo muito mais simiesco para ser algo do tipo mais humano'" – [5]

Tal admissão foi retomada logo depois por um conjunto diferente de paleoantropólogos evolucionistas que afirmaram que - "não sabemos nada sobre a forma como a linha humana realmente emergiu dos símios" – [6]

Embora estes pesquisadores apóiem sem dúvida a opinião de que os seres humanos e símios partilham um ancestral comum, talvez a PBS fizesse melhor figura se explicasse que há muitos mistérios por resolver sobre a origem humana, em vez de apresentar a frente unida de que os seres humanos são inequivocamente descendentes de espécies simiescas: A verdade é que cépticos da evolução humana tem ampla justificação científica para os seus pontos de vista.

Referências Citadas:

1. Stephen Jay Gould, The Panda's Thumb, página 126 (W.W. Norton, 1980).

2. J. Hawks, K. Hunley, L. Sang-Hee, and M. Wolpoff, “Population Bottlenecks and Pleistocene Evolution,” Journal of Molecular Biology and Evolution, Vol. 17(1): 2-22 (2000).

3. University of Michigan News and Information Services News Release, "New study suggests big bang theory of human evolution" (January 10, 2000)

4. Robin Dennell & Wil Roebroeks, "An Asian perspective on early human dispersal from Africa," Nature, Vol. 438:1099-1104 (22/29 de Dezembro de 2005).

5. Daniel Lieberman, citado em “Fossils in Kenya Challenge Linear Evolution,” by John Noble Wilford, New York Times (9 de Agosto de 2007)

6. Scientists quoted in "Fossil find pushes human-ape split back millions of years," (24 de Agosto de 2007),

[Nota do Site: Este é o Slide [11] de uma série de 14 Slides disponíveis em JudgingPBS.com, um novo WebSite que mostra as "Predições de Darwin que falharam", em resposta ao material online do documentário da PBS-NOVA chamado "Dia do Juízo: Design Inteligente no banco dos réus"]

(por Casey Luskin)

BOMBA! BOMBA! A semelhança genética de 99% de chimpanzés-humanos era MITO

Sábado, Junho 30, 2007

Não sei como a Nomenklatura científica e a Grande Mídia internacional e tupiniquim vão reagir diante da confissão feita por Jon Cohen na revista Science desta semana. [1]

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Chimpanze-pensant Gente, eu quase caí para trás diante da honestidade cristalina de Cohen: esta noção amplamente divulgada na Grande Mídia internacional e tupiniquim, e por todos os nossos melhores autores de livros didáticos: a noção de que humanos e chimpanzés são 99% geneticamente idênticos é um MITO é deve ser abandonada.

Historiadores da ciência têm agora um prato cheio, oops uma linha de pesquisa interessante: desde 1975, os livros didáticos, a Grande Mídia, e, pasmem, até os museus científicos enfatizaram esta semelhança próxima. Cohen citou um bom número de cientistas afirmando que, possivelmente, o número não pode ser assim tão pequeno, e provavelmente não pode ser quantificado. Uma vez que a estatística durou mais do que a sua utilidade, este percentual deve ser descartado.

Quem deu origem a tudo isso foi Allan Wilson em 1975 com as pesquisas de substituições de bases quando os genes foram comparados lado a lado. Outras comparações, contudo, deram resultados muito diferentes, mas não teve a repercusssão devida.

Os genomas de humanos e chimpanzés diferem ACENTUADAMENTE em:

1. Grandes porções de DNA ausentes
2. Extra genes
3. Número e estrutura dos cromossomos
4. Conexões alteradas nas redes de genes
5. Indels (inserções e deleções)
6. Número de cópia de gene
7. Genes coexpressados

Nesta última medição, por exemplo, uma diferença de 17.4% foi encontrada em genes expressos no córtex cerebral. Cohen chamou a atenção para uma pesquisa do PLoS One de dezembro de 2006 onde Matthew Hahn encontrou uma “enorme diferença de 6.4%” nos números de cópias de gene, levando-o a dizer que “a duplicação e a perda de gene pode ter desempenhado um papel muito maior do que a substituição de nucleotídeos na evolução dos fenótipos exclusivamente humanos e certamente um papel muito maior do que tem sido amplamente apreciado.”

Se pararmos para refletir um pouco sobre esses cálculos, até os 6.4% de Hahn induz ao erro. Se as medidas diferentes produzem tais resultados diferentes, é provavelmente impossível chegar-se a um único percentual de diferença que não descreva enganosamente a situação. Os cientistas não estão seguros quanto a priorizar as medidas a pesquisar porque “permanece uma tarefa desanimadora ligar o genótipo ao fenótipo.” Depreender as diferenças importantes é “realmente difícil”, disse um geneticista. Um pedaço de DNA que parece sem-sentido pode, na verdade, ser vital para a regulação dos genes.

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Pinochio Gente, se tem uma coisa IMPRESSIONANTE nesta confissão é como certos biólogos evolucionistas estão avaliando a semelhança genética tardiamente. Nos anos 1970s, era considerada uma opinião “herética” que os nossos genomas pudessem ser semelhantes, mas Cohen comenta, “Pesquisas subseqüentes produziram suas conclusões, e hoje nós tomamos como um dado que as duas espécies são 99% geneticamente as mesmas.” Mas, “a verdade seja dita”, Cohen inicia sua próxima frase, A INEXATIDÃO DA ESTATÍSTICA ERA CONHECIDA DESDE O INÍCIO:

Mas a verdade deve ser dita, Wilson e King também perceberam que a diferença de 1% não era a história toda. Eles predisseram que deveria haver profundas diferenças fora dos genes — eles focalizaram na regulação dos genes — para dar conta das disparidades anatômicas e comportamentais entre os nossos ‘primos’ e nós. Diversas pesquisas recentes têm revelado os percentuais novamente perspicazes, levantando a questão se a BANALIDADE do 1% deve ser retirada.

“Por muitos, muitos anos, a diferença de 1% nos serviu bem porque não era devidamente considerado quão semelhantes nós éramos” disse Pascal Gagneux, zoólogo da Universidade da Califórnia em San Diego. “Agora é totalmente claro que isso é mais um impedimento ao entendimento do que uma ajuda.”

Já no fim do artigo, Cohen citou Svante Paabo, que disse algo ainda mais revelador. Após admitir que ele não pensava que houvesse alguma maneira para calcular um só número, Paabo disse, “No final, é uma coisa política, social e cultural sobre como nós percebemos as nossas diferenças.”

Eu fui darwinista de carteirinha, e um artigo desses é muito perturbador. Se você for um darwinista honesto. Pense bem, aqui nós ficamos sabendo que os cientistas darwinistas enganaram DELIBERADAMENTE todo o mundo por mais de 30 anos. Preste bem atenção no que disse Gagneux: “Por muitos, muitos anos, a diferença de 1% nos serviu bem”. Cara-pálida, quem é esse “nós” em “nos serviu bem”? O “nos” ali são os cientistas que mentiram descaradamente em nome da Ciência. Fosse na Bolsa de Valores de São Paulo, e um daqueles corretores ou investidor mentisse para auferir lucros, e um juiz comprometido somente, tão-somente, com o DURA LEX SED LEX fosse informado dessa falcatrua, essa turma já estaria na cadeia há muito tempo.

A KGB da Nomenklatura científica sabe muito bem como utilizar o expediente da máquina de propaganda de Goebbels, um nazista — transformar uma mentira em verdade. Qual a razão desta estratégia maquiavélica que vai se revelar mais tarde no contexto da justificação epistêmica uma deslavada mentira?

São 32 anos enganando todo o mundo, sem nenhum remorso, mas tão-somente o expediente orwelliano da Novilíngua de que uma mentira é útil, e caso descoberta, inventa-se outra mentira.

NOTA BENE: Svante Paabo disse que eles tinham uma agenda socio-politico-cultural.

Cohen disse que “A VERDADE DEVE SER DITA”, mas levou 32 anos. Tarde demais. Eles nem sabem, eticamente, o que é verdade. Verdade que evolui por ser tão-somente uma propriedade emergente de partículas materiais, por acaso e necessidade, por mutações filtradas pela seleção natural e outros mecanismos evolutivos, não é verdade: é ilusão da projeção da mente mesmerizada pelo naturalismo filosófico mascarado de ciência.

NOTA:

1. Jon Cohen, News Focus on Evolutionary Biology, “Relative Differences: The Myth of 1%,” Science http://www.sciencemag.org/cgi/content/full/316/5833/1836 , 29 June 2007: Vol. 316. no. 5833, p. 1836, DOI: 10.1126/science.316.5833.1836.

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Alô MEC/SEMTEC/PNLEM — PRO BONUM SCIENTIAE, está mais do que na hora de fazer uma profunda revisão da abordagem das atuais teorias da origem e evolução da vida em nossos livros-texto do ensino médio e superior, e nos PCNs.

EDUCAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS JÁ, PORQUE O QUE TEMOS NÃO É EDUCAÇÃO CIENTÍFICA, MAS DOUTRINAÇÃO FILOSÓFICO-MATERIALISTA

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Educa%C3%A7%C3%A3o+baseada+em+evid%C3%AAncias

Educação Baseada em evidências — A utilização dos achados científicos para a qualificação da prática pedagógica”, de Gary Thomas, Richard Pring e colaboradores. Porto Alegre, Artmed, 2007, ISBN: 9788536308876, R$ 42,00


Primeiro foi o chimpanzé, agora é o DNA do orangotango: 97% igual ao humano



Segunda-feira, Janeiro 31, 2011


Estudo | 26/01/2011 18:25


DNA do orangotango é 97% igual ao humano


Estudo que analisou o genoma da espécie encontrou uma diversificação genética que pode ajudar o animal a sobreviver


Marlowe Hood, da AFP



[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Orangotango+-+Exame




Orangotango: animal está em risco de extinção





Paris - Os orangotangos são muito mais diversos geneticamente do que se pensava, uma descoberta que pode ajudar em sua sobrevivência, afirmam cientistas que acabam de concluir o primeiro exame de DNA da espécie de macaco, em risco crítico de extinção.


O estudo, publicado na edição desta quinta-feira da revista científica Nature, também revela que o símio - conhecido como "o homem da floresta" - quase não evoluiu nos últimos 15 milhões de anos, em forte contraste com o 'Homo sapiens' e seu primo mais próximo, o chimpanzé.


Antes amplamente distribuídos pelo sudeste da Ásia, apenas duas populações do símio inteligente e escalador de árvores vivem na natureza, ambas em ilhas da Indonésia.


De 40 mil a 50 mil indivíduos vivem em Bornéu, enquanto em Sumatra o desmatamento e a caça fizeram reduzir uma comunidade que antes chegava a ter 7.000 indivíduos, segundo a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
...


Leia mais aqui: EXAME


+++++


NOTA DESTE BLOGGER:


Vocês se lembram que disseram que a semelhança do DNA humano e de chimpanzés era de 99%? Só que nunca salientaram o que era este 1% de grande diferença:


Os genomas de humanos e chimpanzés diferem ACENTUADAMENTE em:


1. Grandes porções de DNA ausentes
2. Extra genes
3. Número e estrutura dos cromossomos
4. Conexões alteradas nas redes de genes
5. Indels (inserções e deleções)
6. Número de cópia de gene
7. Genes coexpressados


Isso foi trazido a público por Jon Cohen na revista Science, e destacado neste blog: BOMBA! BOMBA! A semelhança genética de 99% de chimpanzés-humanos era MITO, e que levou mais de 30 anos para revelar a agenda ideológica por detrás da manutenção desse mito. Ainda não li o artigo Comparative and demographic analysis of orang-utan genome da Nature, mas, provavelmente não será muito diferente do mito de 99% de semelhança entre os genomas.


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FREE PDF GRÁTIS


1. Relative Differences: The Myth of 1%


2. Comparative and demographic analysis of orang-utan genome

Supplementary data [10 MB]


O que nos faz humanos

A revista Scientific American deste mês traz a matéria de capa "O que nos faz humanos", assinada pela bioestatística Katherine S. Pollard. No texto, a pesquisadora fala sobre comparações entre genomas humanos e de chimpanzés que revelam extensões de DNA exclusivas de nossa espécie. Num dos boxes da matéria, é dito que "mudanças para certas sequências genômicas podem ter efeitos graves no cérebro. Mutações do gene ASPM, por exemplo, levam a uma redução marcante no tamanho do cérebro comparando-se com o cérebro normal, indicando que esse gene exerceu um papel fundamental na evolução do cérebro grande em humanos". A pergunta é: Como, quando e por que surgiu o tal gene fundamental ASPM? Qual a explicação para o surgimento de informação genética fundamental, complexa e especificada?

O texto do box prossegue: "O mau funcionamento nos neurônios em que o HAR1 [parte de um gene ativo do cérebro] é ativo durante o desenvolvimento, entretanto, pode levar a uma doença grave na qual o córtex cerebral não se dobra corretamente, sugerindo que o HAR1 é essencial para a formação de um córtex sadio." Você não acha que é muita perfeição, muito ajuste fino para ter ocorrido por fatores aleatórios advindos da evolução cega? Se uma parte de apenas um gene não funciona direito, o desenvolvimento do cérebro desanda. Como conceber que toda essa complexidade um dia não tenha existido e passou a existir, pura a simplesmente?

Embora tenha sabor darwinista do começo ao fim, a matéria de Pollard admite: "O cérebro humano é bem conhecido por diferir consideravelmente do cérebro do chimpanzé em termos de tamanho, organização e complexidade, entre outras peculiaridades."

A imagem e a semelhança de Deus não são nossas por acaso...[MB]


DNA do orangotango é 97% igual ao humano. E daí?

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Orangotango

Um consórcio internacional de mais de 30 cientistas decodificou o sequenciamento completo do genoma de uma fêmea de orangotango de Sumatra, chamada Susie. Eles, então, completaram as sequências de outros 10 adultos, cinco de cada população. “Nós descobrimos que o orangotango médio é mais diverso, geneticamente falando, do que o homem médio”, relatou o chefe das pesquisas, Devin Locke, geneticista evolutivo da Universidade de Washington no Missouri. Os genomas de humanos e orangotangos se justapõem em 97%, enquanto que o de humanos e chimpanzés, em 99%, afirmou. Mas a grande surpresa foi que a população de Sumatra, consideravelmente menor, demonstrou ter mais variações no DNA do que seu primo comum de Bornéu. Embora perplexos, os cientistas disseram que isto pode aumentar as chances de sobrevivência da espécie. “Sua variação genética é uma boa notícia porque, a longo prazo, permite que mantenham uma população saudável” e ajudará a dar forma aos esforços de conservação, explica o co-autor do estudo, Jeffrey Rogers, professor do Baylor College de Medicina. [...]

Os cientistas também ficaram assombrados pela estabilidade persistente do genoma do orangotango, que parece ter mudado muito pouco desde que se ramificou para um caminho evolutivo separado [sic]. Isso significa que a espécie é geneticamente mais próxima do nosso ancestral comum [quem é ele mesmo?] do qual se supõe que todos os grandes símios tenham se originado, de 14 a 16 milhões de anos atrás [sic].

Uma pista possível para a falta de mudanças estruturais no DNA do orangotango é a relativa ausência, na comparação com os humanos, de marcadores genéticos conhecidos como “Alu”. Estes curtos segmentos de DNA compõem cerca de 10% do genoma humano - por volta de 5.000 - e podem aparecer em lugares imprevisíveis para criar novas mutações, algumas das quais persistem.

“No genoma do orangotango, nós encontramos apenas 250 novas cópias de Alu em um período de tempo de 15 milhões de anos”, disse Locke. Os orangotangos são os únicos grandes símios a viver principalmente em árvores. Na natureza, eles podem viver de 35 a 45 anos e em cativeiro, mais 10 anos. As [fêmeas] dão à luz, em média, a cada oito anos, o maior intervalo entre nascimentos entre os mamíferos. [...]

(Exame)

Nota: O foco não deveria estar nas semelhanças, mas nas diferenças entre humanos e símios (confira aqui). As semelhanças genéticas são realmente esperadas, já que humanos e macacos têm metabolismo, morfologia e fisiologia semelhantes. O curioso é que a alegada “pouca diferença” genômica confere aos humanos a capacidade de falar, escrever, compor sinfonias, estudar bioquímica e genética, ter pensamentos transcendentes sobre a vida e a morte, nutrir a espiritualidade, etc. Mas já que a intenção é enfatizar as semelhanças de genoma, é bom lembrar que essa semelhança genética não ocorre apenas em relação ao orangotango; animais sem “parentesco” próximo se assemelham muito a nós, do ponto de vista genético (confira aqui). E aí? Com relação à estabilidade do genoma do orangotango, se não fosse a mitologia evolutiva segundo a qual todos os seres vivos teriam evoluído de um ancestral comum (macroevolução), os cientistas darwinistas perceberiam que, na verdade, essa estabilidade é mais ou menos percebida em toda a coluna geológica: peixes, anfíbios, répteis, mamíferos e aves são perfeitamente identificados (sem seus esperados inúmeros elos de transição) de alto a baixo da coluna. Quando a ciência lida com fatos – o genoma de seres vivos, por exemplo –, percebe a estabilidade do patrimônio genético que sofre uma ou outra modificação sem ganho de informação (microevolução); mas, quando se aventura pelos meandros da ciência histórica (leia-se macroevolução/darwinismo), com base apenas em fósseis muitas vezes incompletos e muita, muita especulação, surgem as interpretações mitológicas.[MB]

Leia também: “Somos ‘macacos-pelados’?” e “O que nos faz diferentes?”

99% de semelhança genômica entre chimpanzés e humanos: KGB da Nomenklatura científica + GMT impedem a divulgação ampla da notícia deste MITO

Quinta-feira, Julho 05, 2007

Desde 29 de junho eu faço, em vão, uma busca no Google para saber se a Grande Mídia tupiniquim publicou alguma coisa sobre o MITO de 99% de semelhança genômica entre chimpanzés e humanos. Nem podia. Ele está lá no INDEX PROHIBITORUM. A Nomenklatura científica tupiniquim não vai emitir o NIHIL OBSTAT para o IMPRIMATUR desta importante notícia científica. Kuhn explica: é a força do dogma científico! Mais uma vez os ultradarwinistas foram apanhados com a mão na cumbuca!!!

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Three+monkeys

A Nomenklatura científica, a KGB da Nomenklatura científica e a Grande Mídia Tupiniquim

Por que não publicaram? Porque a Grande Mídia Tupiniquim [GMT], o nosso jornalismo científico sofre da síndrome de Ricupero: “O que Darwin tem de bom, a gente mostra; o que Darwin tem de ruim, a gente esconde”, e vive uma relação incestuosa com a Nomenklatura científica. Além de incestuosa, é uma despudorada relação mostrando as entranhas podres das editorias de ciência de nossos melhores jornais e revistas: o que vale não são as evidências. As evidências, ora, que se danem as evidências, o que vale é a teoria (Theodosius Dobzhansky no Brasil).

O que é mais vergonhoso, deplorável, e inexplicável é que até órgãos de divulgação científica pagos com recursos públicos estão sonegando esta importante informação científica de pesquisadores e alunos do ensino médio e superior: JC E-Mail, FAPESP.

Eu sempre vou bater duro neste tipo de louvaminhice a Darwin, e a tentativa infantil da Akademia em querer tapar o Sol das evidências contrárias às atuais teorias da origem e evolução da vida com uma peneira furada de desculpas esfarrapadas, notas promissórias epistêmicas, e comportamentos aéticos como este. Que vergonha para a ilustre Akademia tupiniquim! Vocês se esqueceram que existe a internet???

Bem, vou postar aqui um artigo do meu amigo Paul Nelson, Ph. D. em filosofia e história da Biologia pela Universidade de Chicago, sobre isso:

O mito de 1%, e o quebra-cabeça aberto da macroevolução

por Paul Nelson

Fiquem em torno da fogueira, crianças, e eu vou lhes contar toda a triste estória.

Uma vez Mary-Claire King e o falecido Allan Wilson publicaram um artigo — que se tornou um clássico amplamente citado — sobre a semelhança genética de chimpanzés e humanos. “Evolution at Two Levels in Humans and Chimpanzees” [Evolução em dois níveis em humanos e chimpanzés] Science 188 (1975):107-116 foi, lamentavelmente, citado muito mais para provar a quase identidade genética de chimpazés e humanos do que para a sua muito mais interessante, profunda e incômoda mensagem: NINGUÉM REALMENTE ENTENDE COMO QUE A MACROEVOLUÇÃO ACONTECE.

Resumindo: King e Wilson compararam as seqüências de aminoácidos dos chimpanzés vs. humanos de diversas proteínas (tais como o citocromo c, hemoglobina, e mioglobina), e encontraram as seqüências ou idênticas, ou muito próximas de idênticas. A conclusão deles? “…as seqüências de polipeptídeos humanos e de chimpanzés examinados até agora são, em média, mais do que 99% idênticos” (p. 108). E assim nasceu o que Jon Cohen, na última edição da revista Science, chama de “The Myth of 1%” [O mito do 1%] isto é, que o Homo sapiens e o Pan troglodytes são “99% geneticamente idênticos.” (Vide Jon Cohen, Relative Differences: The Myth of 1%, Science 316 [29 June 2007]:1836.)

Mas ninguém pode responsabilizar King e Wilson pelo o que leitores preguiçosos [Alô Renato Sabattini, UNICAMP, não sei por que pensei em você. Lembra daquele seu artigo sobre esta questão? Renato Sabattini, eminente professor da UNICAMP, quem diria — um leitor preguiçoso!!!] fizeram do seu artigo poderoso. A mensagem do “1%” aparace na segunda página do artigo (p. 108). Se ser o mais próximo de um chimpanzé, geneticamente falando, for o que interesssa a um leitor, as chances são que ele fará o que Simon e Garfunkel cantaram na música “The Boxer” — “a man hears what he wants to hear, and disregards the rest” [O lutador — “um homem escuta o que ele quer ouvir, e não se importa com o resto”] — e para de ler o resto.

A verdadeira mensagem de King e Wilson 1975 parece mais tarde no artigo, onde os leitores casuais nem se importam de seguir:

A similaridade molecular entre os chimpanzés e humanos é extraordinária porque eles diferem muito mais do que as espécies aparentadas em anatomia e estilo de vida. Embora os humanos e os chimpanzés são bem similares na estrutura do tórax e dos braços, eles diferem substancialmente não apenas em tamanho de cérebro, mas também na anatomia do pélvis, pés, e mandíbulas, bem como nos comprimentos relativos dos membros e dos dígitos. Os humanos e os chimpanzés também diferem significantemente em muitos outros aspectos anatômicos, a ponto de que quase cada osso no corpo de um chimpanzé é prontamente distinguível em formato ou tamanho de sua contraparte humana. Associado com essas diferenças anatômicas há, é claro, grandes diferenças na postura…, modo de locomoção, métodos de procurar alimento, e meios de comunicação. Por causa destas grandes diferenças em anatomia e estilo de vida, os biólogos colocam as duas espécies não apenas em gêneros separados, mas em famílias separadas. Assim, parece que os métodos de avaliação da diferença chimpanzé-humano produzem conclusões bem diferentes. [1]

[NOTA BENE: PRODUZEM CONCLUSÕES BEM DIFERENTES!!!]

Deve ter mais para a [hipótese da] macroevolução — e.g., a origem de chimpanzés e humanos a partir de um ancestral comum — do que as mudanças de aminoácidos local por local, que foi o quadro amplamente desenhado em livros-texto neodarwinistas daquela época (1975). A hemoglobina de chimpanzé é muito idêntica à hemoglobina humana, e assim por diante, não obstante é sempre os chimpanzés que estão por trás das barras, olhando atentamente, quando alguém visita o zoológico:

Os contrastes entre a evolução do organismo e molecular indicam que os dois processos são, em grande parte, independentes uns dos outros. É possível, portanto, que a diversidade das espécies resulte de mudanças moleculares em vez de diferenças seqüenciais nas proteínas? [2]

Quais mudanças genéticas provocaram as diversas diferenças de organismos entre os chimpanzés e humanos? Afinal de contas, é isso que nós queremos que a evolução explique.

King e Wilson especularam sobre “as mutações reguladoras”, que é onde se encontra hoje a biologia evolutiva, 32 anos depois. Com a palavra Cohen:
Apesar disso, permanece uma tarefa desanimadora associar o genótipo com o fenótipo. Muitas, se não a maioria, das 35 milhões de mudanças de par de bases, 5 milhões de indels em cada espécie, e 689 genes extras em humanos podem não ter significado funcional. “Para separar as diferenças que importam daquelas que não importam é realmente difícil”, disse David Haussler, um engenheiro biomolecular na Universidade da Califórnia — Santa Cruz…(p. 1836).

Sempre leia um artigo até o fim.

NOTAS:

1. “The molecular similarity between chimpanzees and humans is extraordinary because they differ far more than sibling species in anatomy and way of life. Although humans and chimpanzees are rather similar in the structure of the thorax and arms, they differ substantially not only in brain size but also in the anatomy of the pelvis, foot, and jaws, as well as in relative lengths of limbs and digits. Humans and chimpanzees also differ significantly in many other anatomical respects, to the extent that nearly every bone in the body of a chimpanzee is readily distinguishable in shape or size from its human counterpart. Associated with these anatomical differences there are, of course, major differences in posture…, mode of locomotion, methods of procuring food, and means of communication. Because of these major differences in anatomy and way of life, biologists place the two species not just in separate genera but in separate families. So it appears that methods of evaluating the chimpanzee-human difference yield quite different conclusions.”“Evolution at Two Levels in Humans and Chimpanzees”, Science 188 (1975):113.

2. “The contrasts between organismal and molecular evolution indicate that the two processes are to a large extent independent of each other. Is is possible, therefore, that species diversity results from molecular changes other than sequence differences in proteins?”, ibid, p. 114.

+++++

Renato Sabbatini, fala a verdade pra todo o Brasil — você não leu TODO o artigo de King e Wilson? Leu? Se leu, você não entendeu... Eu aposto uma pizza a la Brasília que o Sabbatini nem leu o artigo de King e Wilson.

Somos “macacos-pelados”?

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Terramacaco

“Você vai compreender melhor esta reportagem se fizer um pequeno exercício mental: esqueça de que é um membro da espécie Homo sapiens sapiens – a espécie humana – e adote um ponto de vista neutro. Imagine, por exemplo, que você é um alienígena enviado ao nosso planeta para estudar um bicho que, ao longo de sua evolução, desenvolveu características que o colocaram numa posição privilegiada na cadeia alimentar e reprodutiva do planeta. Ele tem a capacidade de comer quase tudo e se reproduz em qualquer tipo de ecossistema e clima, graças principalmente a algumas propriedades muito particulares de seu enorme e complexo cérebro. Esse bicho se autonomeou ‘humano’.”

Assim começa a matéria de capa da revista Terra deste mês, com o título “Planeta dos macacos”. O texto de Vinícius Romanini insiste em fazer o leitor tentar observar as semelhanças entre humanos e símios de uma perspectiva neutra – como a de um suposto alienígena –, mas oferece apenas a versão darwinista da história e se baseia unicamente em quatro livros: O Macaco Nu, A Mulher Nua, Guerra de Esperma e O Mapa do Amor, todos de autores declaradamente evolucionistas.

A neutralidade acaba quando a matéria insiste em idéias como estas (tentando como que convencer o “alienígena”, antes de deixá-lo julgar os fatos por si mesmo):

“Não somos seres destacados do resto da vida biológica da Terra, mas a continuidade de uma linhagem que começa com o próprio surgimento da vida e que se estende até os dias de hoje. Antes de sermos humanos, somos bichos.”

Se déssemos um pouco de tempo para o nosso amigo “alienígena” pesquisar, ele perceberia que a tal “linhagem até o surgimento da vida” ainda não foi provada (os elos perdidos continuam perdidos) e é alvo de muitas controvérsias (leia o texto “Cientista questiona teoria da criação da vida de Darwin”).

“Se um zoólogo alienígena usasse os mesmos pressupostos que usamos quando classificamos os animais que descobrimos”, insiste Vinícius, “não resta dúvida de que seríamos catalogados por nossas características mais óbvias e aparentes. A primeira conclusão a que esse observador neutro chegaria é que o homem é uma espécie de macaco, ou parente muito próximo dos atuais chimpanzés.”

Então, já que o “alienígena” é neutro, eu gostaria de apresentar-lhe outras informações, extraídas da entrevista que fiz com o matemático e pesquisador Orlando Rubem Ritter, publicada em meu livro Por Que Creio, da Casa Publicadora Brasileira (www.cpb.com.br).

** A SUPERIORIDADE HUMANA

Pense na moça ou no rapaz mais bonito que você conhece. Agora imagine um chimpanzé ou um orangotango... São parecidos? Apresente-os ao nossos amigo “alienígena”. Será que ele os consideraria “primos”? Bem, tirando o fato de que ambos – humanos e símios – têm muitas semelhanças estruturais (duas pernas, dois braços, dois olhos...) e biológicas, a comparação não pode ir muito mais longe. Os seres humanos são a obra-prima da criação de Deus, e como tal, devem ser muito superiores aos animais.

[Genoma] Semelhança entre o homem e os primatas Parentes

Segundo o Professor Ritter, há um grande número de atributos que conferem ao homem status singular que jamais poderia ter se desenvolvido gradualmente a partir de atributos animalescos. Tampouco poderiam existir num mundo sem significado ou propósito. Mostremos alguns ao “alienígena”:

Capacidade para raciocínio abstrato e para o uso de linguagem complexa. As línguas possuem uma subestrutura universal que compreende a gramática, o vocabulário e, eventualmente, a fonologia. Por isso, não existem “línguas primitivas” ou “pré-línguas”, mesmo entre os povos considerados atrasados. Os seres humanos estão, portanto, pré-programados para a fala, o que é em si forte evidência de desígnio.

Capacidade de produzir cultura “cultivando” a mente ao prover-lhe conhecimento e ao interagir com outros nos modos de pensar, crer, relacionar-se e comportar-se.

Senso de história e temporalidade. É próprio do ser humano descobrir-se imerso no tempo, “datado”, sentindo o presente, o hoje, sem a ele ficar preso, podendo atingir o ontem, o passado, e reconhecer o amanhã, o futuro.

Senso de responsabilidade e dever. Tremenda é a peculiar capacidade humana de possuir e de poder desenvolver uma consciência que o dirige ao que é certo, de acordo com códigos morais que o homem pode conhecer, entender, cumprir e ele mesmo elaborar.

Transcendência. O ser humano, embora consciente da realidade objetiva na qual se situa e imerso na matéria, é capaz de libertar-se da unidimensionalidade e do seu senso de finitude e transcender ao sobrenatural e ao espiritual. (Tratei disso no artigo “Por que creio”.)

Capacidade de fazer escolhas livres. Outro grande atributo do ser humano que normalmente possui o senso de que “existe” e não meramente de que “vive” ou “acontece”. Ele é capaz de defrontar escolhas e opções, refletir antes de agir, e depois de haver optado e já tendo agido, bem ou mal, sente ainda que poderia ter agido diferente.

Apreciação da beleza e gratificação estética são outras marcas essencialmente humanas. Apenas um ser muito singular em toda a natureza seria capaz de extasiar-se ante um amanhecer, ante uma noite estrelada ou na contemplação de uma paisagem calma. Somente o ser humano é capaz de apreciar a beleza. Interessante... há a beleza que parece propositalmente existir para ser apreciada e há o ser humano que, de propósito, parece feito para apreciá-la, desde o ciciar da brisa mansa até os acordes de uma Nona Sinfonia.

Feitos incríveis da humanidade. Em todos os domínios do conhecimento e das realizações, são notáveis as realizações humanas, alcançadas em decorrência da tremenda força do espírito humano, capaz de enfrentar obstáculos e desafios os mais diversos e atingir alturas quase inimagináveis.

O que será que nosso amigo “alienígena” concluiria, ao se defrontar com essas e outras informações que apontam para a singularidade e superioridade humana?

** O CÉREBRO E AS SAFADEZAS HUMANAS

A matéria da Terra afirma ainda que o complexo cérebro humano surgiu devido à necessidade de maior processamento de informação, condizente com os desafios que os “ancestrais do macaco-pelado enfrentavam”, e que o tamanho do cérebro humano é o “necessário para realizar as tarefas que sua natureza exige”. Mas aqui podemos perguntar: Por que, então, o cérebro humano tem uma capacidade ociosa muito maior do que aquela efetivamente utilizada? Há quem diga que os mais sábios de nós chegaram a usar apenas dez por cento de sua capacidade mental. Por que esse esbanjamento de “hardware”, se ele não seria plenamente utilizado? Ou a seleção natural trabalharia como uma espécie de “vidente”, dotando o ser humano de algo que ele só viria eventualmente utilizar num futuro distante? A tremenda capacidade não utilizada do cérebro parece apontar para uma criação perfeita que, por um motivo explicado no livro bíblico de Gênesis, acabou degenerando com o tempo.

Terra contribui também para justificar biologicamente comportamentos condenáveis, como a traição. “A infidelidade é um desses mecanismos, usado tanto pelo homem quanto pela mulher, mas com grandes diferenças de estratégias... Devido ao mesmo mecanismo evolutivo, a mulher tende a trair seu parceiro durante o período fértil, aumentando as chances de ter um filho do amante.” Muito conveniente essa explicação, não? Se o amigo “alienígena” fosse monogâmico e fiel, acharia que nossa espécie faz coisas erradas e tenta encontrar justificativas “científicas” para tanto...

** GENÉTICA

Vinícius faz uso da genética, repetindo uma informação questionável para tentar explicar a semelhança entre humanos e chimpanzés. Diz ele que o estudo do código genético humano “comprovou” que os genes do ser humano são 98 por cento idênticos aos de seus “parentes” mais próximos, “isso significa que entre 5 e 7 milhões de anos ambos tiveram um ancestral comum, uma espécie de tataravô primitivo”.

Não é bem assim. De fato, não faz muito tempo, os meios de comunicação anunciaram a suposta semelhança genética entre homens e chimpanzés e afirmaram que ambos partilham 99,4 por cento de seu DNA. Mas o que ocorreu foi que a equipe de pesquisadores, dirigida por Morris Goodman, da Faculdade de Medicina da Wayne State University, comparou 97 genes de seres humanos, chimpanzés, gorilas, orangotangos e camundongos. Os pesquisadores concluíram que os genes de chimpanzés e bonobos (gênero Pan) têm mais em comum com os genes humanos do que com os de quaisquer outros primatas.

Dificilmente esses dados seriam suficientes para sustentar uma conclusão tão radical. Os pesquisadores compararam apenas 97 genes, porém o genoma humano (que foi mapeado em sua totalidade de uma maneira muito “geral”) tem pelo menos 30 mil genes – portanto eles compararam apenas 0,03 por cento do total. Além disso, os genomas dos primatas não foram nem sequer mapeados de maneira aproximada. Assim, qualquer tentativa de comparar o DNA total atualmente é apenas uma conjectura.

Como, de fato, os chimpanzés são mais semelhantes aos seres humanos do que outros macacos ou símios, por que isso não se refletiria em alguns de seus genes? Não é surpresa que a anatomia similar refletisse genes similares, porém isso nada tem a ver com a origem das similaridades, seja no nível anatômico, seja no nível genético. A questão da ancestralidade comum versus projeto comum não se decide pelo grau de similaridade.

O problema é que, embora equivocado, o número de 99,4 por cento (ou 98, segundo Terra) chama a atenção. O público em geral é levado a interpretar as reportagens como tendo dito que os chimpanzés são “99,4 por cento humanos”. Mesmo antes que esse percentual de similaridade total tivesse sido rebaixado para 95 por cento, a sociedade criacionista australiana “Answers in Genesis” já havia ressaltado a falácia dessa lógica. Isso foi feito citando o professor evolucionista Steven Jones, que afirmara que as bananas compartilham 50 por cento de seus genes com os seres humanos, mas que isso não torna as bananas 50 por cento humanas!

** QUE O ALIENÍGENA TIRE SUAS CONCLUSÕES

Bem, se queremos que o “alienígena” da revista Terra faça realmente uma análise neutra de nossa origem e semelhança com outros seres criados, devemos dar-lhe todas as informações necessárias e permitir que ele chegue às próprias conclusões.

Dizer que “o homem é, basicamente, um macaco que se tornou agressivo”, que “a religião parece ser uma derivação da ancestral submissão que o grupo de macacos sentia pelo ‘macaco-chefe’ ou macho dominante”, e que o hábito humano de ir ao cabeleireiro advém do costume dos macacos de “catar-se mutuamente, retirando piolhos, escamações da pele e sujeiras de seus vizinhos”, é tentar manipular a opinião do “visitante de outro planeta” (como bem faz a mídia em nosso).

Como esse ser imaginário não terá lido A Origem das Espécies e não terá sofrido a influência do naturalismo e do materialismo, talvez sua conclusão a respeito da humanidade surpreenda – e decepcione alguns.

P.S.: Fica aqui uma frase de Mário Quintana, para a gente pensar: "O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro."

Michelson Borges
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