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Darwin disse: "Espero ter ajudado a derrubar o dogma da criação"

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03022011

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Darwin disse: "Espero ter ajudado a derrubar o dogma da criação" Empty Darwin disse: "Espero ter ajudado a derrubar o dogma da criação"




Darwin disse: "Espero ter ajudado a derrubar o dogma da criação" Darwin_silence

Darwin disse que sua intenção real em escrever a teoria da evolução através da seleção natural não foi científica, mas ideológica.

A razão por que Darwin elaborou a teoria da evolução através da seleção natural

“Alguns dos que admitem o princípio da evolução, mas rejeitam a seleção natural, parecem esquecer, quando criticam meu livro, que eu tinha os dois objetos acima em vista; assim, se eu errei em dar grande poder à seleção natural, que eu estou muito longe em admitir, ou de ter exagerado seu poder, que em si mesmo é provável, pelo menos eu tenho, como eu espero, feito um bom serviço em ajudar a derrubar o dogma das criações separadas.”


“Some of those who admit the principle of evolution, but reject natural selection, seem to forget, when criticising my book, that I had the above two objects in view; hence if I have erred in giving to natural selection great power, which I am very far from admitting, or in having exaggerated its power, which is in itself probable, I have at least, as I hope, done good service in aiding to overthrow the dogma of separate creations.”

Charles Darwin, The Descent of Man, 2nd. ed., London, John Murray, 1879. London, Penguin Classics, 2004, p. 82.

+++++

NOTA DESTE BLOGGER:

Esta intenção ideológica de Darwin ter "feito um bom serviço em ajudar a derrubar o dogma das criações separadas" invalida a plausibilidade científica de sua teoria? Segundo Roberto Berlinck, O ensino da Teoria da Evolução e a ficha que ainda não caiu, sim.

QED: Segundo Berlinck, Darwin ao ser motivado por sua crença materialista, invalidou a plausibilidade científica de sua teoria da evolução através da seleção natural.

Berlinck, dois pesos, duas medidas? Assim não dá, companheiro!!!

[*] Principais cientistas evolucionistas que rejeitavam o poder criativo da seleção natural atribuído por Darwin:


1. Charles Lyell

2. Thomas Huxley

3. St. George Jackson Mivart

entre outros cientistas da época de Darwin.



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O que é Seleção Natural


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Que termo melhor designaria a Seleção Natural proposta por Charles Darwin?

Na tradução para a Língua Portuguesa do livro “A Origem das Espécies” encontrei, por exemplo, os seguintes designativos para este conceito darwiniamo:

PRINCÍPIO
“Dei a este princípio, em virtude do qual uma variação, por insignificante que seja, se conserva e se perpetua, se for útil, o nome de seleção natural, para indicar as relações desta seleção com a que o homem pode operar” (p. 76). / “Dei o nome de seleção natural a este princípio de conservação ou de persistência do mais apto. Este princípio conduz ao aperfeiçoamento de cada criatura relativamente às condições orgânicas e inorgânicas da sua existência; e, por conseguinte, na maior parte dos casos, ao que podemos considerar como um progresso de organização” (p. 145).

PODER
“Mas a seleção natural, como veremos mais adiante, é um poder sempre pronto a atuar; poder tão superior aos fracos esforços do homem como as obras da natureza são superiores às da arte” (p. 76).

LEI
“Compreenderemos melhor a aplicação da lei da seleção natural tomando para exemplo um país submetido a quaisquer ligeiras alterações físicas, uma alteração climatérica, por exemplo” (p. 95). / “... nos dois casos, as leis da variação têm sido as mesmas, e as modificações têm-se acumulado, em virtude da mesma lei, a seleção natural” (p. 411).

DOUTRINA
“Sei bem que esta doutrina da seleção natural, baseada sobre exemplos análogos àqueles que acabo de citar, pode levantar as objeções que a princípio se tinham oposto às magníficas hipóteses de sir Charles Lyell, quando quis explicar as transformações geológicas pela ação das causas atuais” (p. 110). / “O fato de poucas ou nenhumas modificações se produzirem depois do período glaciário teria algum valor contra os que crêem numa lei inata e necessária de desenvolvimento; mas é impotente contra a doutrina da seleção natural, ou da persistência do mais apto, porque esta implica a conservação de todas as variações e de todas as diferenças individuais e vantajosas que surjam, o que somente pode acontecer em circunstâncias favoráveis” (p.229). / “É a doutrina de Malthus aplicada a todo o reino animal e a todo o reino vegetal” (p. 17).

TEORIA
“A teoria da seleção natural faz-nos compreender claramente porque não sucede assim; a seleção natural, com efeito, atua apenas aproveitando leves variações sucessivas, não pode pois jamais dar saltos bruscos e consideráveis, só pode avançar por graus insignificantes, lentos e seguros” (p. 214). / “A teoria da seleção natural permite-nos compreender claramente o valor completo do antigo axioma: Natura non facit saltum” (p. 226).

AGENTE
“Mas, desde que as minhas conclusões têm sido, recentemente, fortemente deturpadas, e desde que se tem afirmado que atribuo as modificações das espécies exclusivamente à seleção natural, permitir-se-me-á, sem dúvida, fazer notar que, na primeira edição desta obra, assim como nas edições subseqüentes, sempre reproduzi numa posição bem evidente, isto é, no fim da introdução, a frase seguinte: “Estou convencido que a seleção natural tem sido o agente principal das modificações, mas jamais o foi exclusivamente”. Isto foi em vão, tão grande é o poder de uma constante e falsa demonstração; todavia, a história da ciência prova felizmente que não dura muito tempo” (p. 544).

PROCESSO
“Ora, em dois países muito diferentes com relação às condições de vida, indivíduos pertencendo a uma mesma espécie, tendo, porém, uma constituição ou uma conformação ligeiramente diferentes, podem muitas vezes aclimatar-se melhor num país que noutro; resulta que, por processo de seleção natural que mais adiante exporemos minuciosamente, podem formar-se duas sub-raças” (p. 48: Charles Darwin: "A Origem das Espécies". Tradução: Joaquim da Mesquita Paul. Lello & Irmão Editores. Porto, 2003).

Bom. Pouco importa qual seja o melhor ou o pior designador dessa tautologia da ciência, o que realmente interessa é: ela explica verdadeiramente aquilo a que se propõe?

Pegue-se qualquer outro termo o bote no lugar da expressão “Seleção Natural”, e o resultado mostrará que isso faz pouca ou nenhuma diferença, pois sua “essência” não é científica, mas ideológica:

"Alguns daqueles que admitem o princípio da evolução, mas rejeitam a seleção natural, ao tecerem críticas ao meu livro parecem esquecer que eu tinha pelo menos dois objetivos em mente. Com efeito, se me equivoquei ao atribuir à seleção natural uma excessiva importância, a qual hoje estou bem longe de admitir, ou se lhe exagerei o poder que em si mesmo é provável, pelo menos espero ter prestado um bom serviço, ajudando a pôr por terra o dogma das criações separadas" (Charles Darwin: "A Origem do Homem e a Seleção Sexual". Hemus Editora. São Paulo, 1974, p. 76).

Seleção natural: a deusa de Darwin


Quarta-feira, Março 02, 2011


“Eu falo da seleção natural como uma força ativa ou uma Divindade… é difícil evitar a personificação da palavra Natureza; mas eu quis dizer com [a palavra] natureza, somente a ação agregada e o produto de muitas leis naturais” (Darwin, 1897, p. 99).


Ele disse também “Eu nada daria pela teoria da seleção natural se ela precisasse de adições milagrosas em qualquer uma das etapas de descendência” que faria de “minha Divindade ‘Seleção Natural’ supérflua” e “consideraria a Divindade—se houver tal—responsável pelos fenômenos que são corretamente atribuídos somente à” seleção natural (Darwin, 1991, p. 345; Darwin, 1897. p. 99; Moore, 1979, p. 322).


...


“I speak of natural selection as an active power or Deity… it is difficult to avoid personifying the word Nature; but I mean by nature, only the aggregate action and product of many natural laws” (Darwin, 1897, p. 99).


He also said “I would give absolutely nothing for the theory of natural selection if it requires miraculous additions at any one stage of descent” which would make “my Deity ‘Natural Selection’ superfluous” and would “hold the Deity—if such there be—accountable for phenomena which are rightly attributed only to” natural selection (Darwin, 1991, p. 345; Darwin, 1897. p. 99; Moore, 1979, p. 322).


References


DARWIN, Charles. 1897. The Origin of Species. Vol 1 6th edition. Nova York: D. Appleton and Company.


______. 1991. The Correspondence of Charles Darwin: 1858-1859 – Vol 7 Cambridge University Press. Edited by Frederick Burkhardt.


MOORE, James. 1979. The Post Darwinian Controversies. Nova York: Cambridge University Press.


+++++


NOTA CAUSTICANTE DESTE BLOGGER:


Situação surrealista-kafkiana para darwinistas que afirmam a compatibilidade das especulações transformistas de Darwin e as crenças de subjetividades religiosas, e dos teístas evolucionistas [que só são tolerados pelos darwinistas para descerem o cacete nos criacionistas, defensores do Design Inteligente, e críticos científicos de Darwin] que, se leram alguma vez Darwin, passaram por cima de suas declarações sobre a seleção natural: MINHA DEUSA!!!


Fui, nem sei por que, rindo da cara de alguns na Nomenklatura científica que tentam este compatibilismo, dos teístas evolucionistas que vão ter que engolir este sapo histórico, e a Galera dos meninos e meninas de Darwin que não vão poder usar este argumento.
Eduardo
Eduardo

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