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O adultério é um imperativo biológico ? Empty O adultério é um imperativo biológico ?




Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados


O adultério é um imperativo biológico ? Flerte1
Uma nova pesquisa joga um balde de água fria em quem justifica a infidelidade como “natural”. Segundo um experimento da Universidade da Flórida, a fidelidade também pode ser explicada pela biologia. Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida. Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando. “No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem”, diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.

A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.

No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.

“Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando”, disse o psicólogo Maner.

Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal. “A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona. Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso.”

Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões. “Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia.”

(Folha.com)

Nota: Onde estão os darwinistas de plantão e suas “explicações” do tipo: o homem pula a cerca por um imperativo biológico de espalhar seus genes por aí, não importando se a mulher é comprometida ou não? Essa pesquisa parece contradizer a teoria da poligamia inata e mostra que, na verdade, o adultério e a infidelidade são mesmo desvios de conduta (pecado), já que, ao que tudo indica, fomos programados para a fidelidade.[MB]

Leia também: "Resistir à tentação fortalece o caráter", "Adúlteros – é como a evolução nos torna" e "Adúlteros pela própria natureza"



Resistir à tentação fortalece o caráter


O adultério é um imperativo biológico ? TemptationDepois de esbarrar com uma pessoa atraente as mulheres tendem a ficar ainda mais comprometidas, ao reforçarem sua relação atual com o amor de suas vidas. Mas os homens têm mais chances de verem suas namoradas de uma maneira mais negativa depois de um acidental e indesejável encontro com a tentação. Felizmente um homem comprometido pode resistir à sedução com um pouco de planejamento prévio, ao imaginar anteriormente como resistir à tentação de outra mulher. O psicólogo John Lydon, da Universidade McGill em Montreal, oferece esses resultados em um estudo publicado na edição de julho da revista científica Journal of Personality and Social Psychology. Um dos experimentos de John sobre a tentação descobriu que, depois de encontrar um homem atraente e disponível, as mulheres tinham mais 18% de chance de perdoar seu “parceiro romântico” que hipoteticamente teria revelado um traço embaraçoso ou mentido sobre o porquê teria recentemente cancelado um encontro. E os homens, depois de haverem conhecido uma mulher atraente disponível, tinham 12% menor chance de perdoar gafes comparáveis das suas parceiras.

Os homens podem parecer incapazes de resistir ao estrogênio extra, possivelmente porque eles interpretam suas interações com mulheres de maneira diferente do que as mulheres. Mas se os homens adotavam o ponto de vista feminino da tentação, eles poderiam desenvolver essa característica mais defensiva.

“Nós pensamos que se o homem pensa que uma mulher atraente e disponível é uma ameaça a sua relação atual, ele pode tentar proteger essa relação”, disse John.

Usando cenários de realidade virtual em outro experimento, os pesquisadores descobriram que o comprometimento dos homens pode não solucionar tudo. Mas se os homens imaginam uma reação conservadora, na próxima vez que se confrontarem com uma “outra” mulher atraente, eles podem estar melhor preparados para superar tentações futuras – assumindo que seja isso que eles realmente desejam.

“Mesmo que o homem seja comprometido com a sua relação”, disse John, “ele ainda pode necessitar formular estratégias para proteger sua relação ao evitar aquela mulher disponível e atraente.”

(Hypescience)

Nota: A melhor estratégia contra a tentação e a traição é alimentar o amor romântico no casamento e ter íntima comunhão com Deus, que é a fonte do amor verdadeiro. Essa pesquisa está de acordo com um conceito expresso há um século pela escritora Ellen White, segundo a qual a vitória sobre uma tentação torna o caráter mais forte e apto a resistir a uma segunda tentação.[MB]



Adúlteros – é como a evolução nos torna


O adultério é um imperativo biológico ? Adulterio2Dois artigos apresentados no mesmo dia no LiveScience.com são um estudo de contrastes. Um tem como título “Sobrevivendo à infidelidade – O que as esposas fazem quando os homens traem”. O outro, “O ser humano foi projetado para ser monogâmico?”. O fio que os interliga é a evolução. O primeiro artigo admite o sofrimento, a vergonha e o senso de traição que as esposas sentem ao serem traídas pelo marido, bem como os sentimentos de raiva e desonra que os maridos sentem com a infidelidade da esposa. “Muitos cônjuges jamais se recuperam por completo de seus sentimentos de traição e raiva, ainda que continuem juntos”, disse um conselheiro matrimonial. Os homens e as mulheres diferem em suas reações gerais, mas “as reações típicas de ambos os sexos incluem se tornarem irados, tristes, humilhados e deprimidos”. O artigo não forneceu qualquer explicação ou aconselhamento, a não ser métodos estóicos de competição, sugerindo que a evolução tornou as pessoas assim.

Tais diferenças podem ter raízes evolucionistas profundas. “Com base na perspectiva masculina, a infidelidade sexual historicamente colocou em risco sua certeza de paternidade – ‘o bebê da mamãe ou talvez do papai’”, disse Buss [David Buss é professor de Psicologia na Universidade do Texas, em Austin]. O ciúme sexual masculino é, entre outros, uma adaptação desenvolvida para solucionar o problema genético da traição que, no contexto de sua declaração, foi projetada pela evolução. Em nenhum lugar, o artigo sugeriu uma explicação não-evolucionista para esse problema de infidelidade – nem explicou que, se a evolução causou isso, por que não a colocou longe do sofrimento.

O segundo artigo foi além, propondo abertamente a ideia de que o ser humano não deveria ficar obcecado com a fidelidade marital (monogamia), pois os outros animais são promíscuos, ainda que felizmente (veja a informação adicional, “Animal sex no stinking rules” [O sexo animal sem regras sujas]. O artigo afirma que “apenas 3 ou 5% das quase cinco mil espécies de mamíferos (incluindo os humanos) formam laços duradouros e monógamos com os mais notórios sendo os castores, lobos e alguns morcegos”. Isso implica que os cônjuges fiéis deveriam dançar conforme a música, ou pelo menos se livrar de seus bloqueios mentais quanto à promiscuidade. Então, qual é a resposta para as suas questões? Os humanos são feitos para serem monógamos? Não procure aqui por qualquer bússola moral universal. A fidelidade, se valer alguma coisa, é também uma estratégia evolucionista. Psicólogos evolucionistas já sugeriram que os homens são mais suscetíveis a terem sexo extraconjugal; parcialmente, devido à necessidade masculina de “espalhar os genes” ao disseminarem esperma. Tanto mulheres como homens, dizem esses cientistas, tentam melhorar seu progresso evolucionista ao procurarem parceiros de alta qualidade, embora o façam de maneiras diferentes.

A parceria comprometida entre um homem e uma mulher evoluídos, dizem alguns, é para o bem-estar dos filhos. “As espécies humanas evoluíram para formar compromissos entre homens e mulheres, com o propósito de cuidar de sua prole. Portanto, isso é um laço”, disse Jane Lancaster, antropóloga evolucionista da Universidade do Novo México (EUA). “No entanto, esse laço pode se enquadrar em todo tipo de padrões de casamento: poligamia, pais e mães solteiros, monogamia.” O que quer que funcione.

O artigo encerra declarando que a monogamia não é algo natural – é uma regra social, não biológica. “Não acho que sejamos animais monogâmicos”, disse Pepper Schwartz, professora de Sociologia da Universidade de Washington em Seattle. Ela acrescentou que a “monogamia foi criada para haver ordem e investimento, mas não necessariamente porque seja `natural’”. Essa menção é parte de uma série do LiveScience.com chamada Life’s Little Misteries [Os pequenos mistérios da vida].

Conforme a visão difundida nesses dois artigos, os humanos adultos são presos a um verdadeiro inferno, controlados por desejos primitivos, vindos de algum passado animal nunca visto, destinados a causar mágoas, raiva, dor, tristeza, angústia, desconfiança, indignação, humilhação, até mesmo fúria.

(Tradução: Elizandra Milene da Rocha)



Adúlteros pela própria natureza


O adultério é um imperativo biológico ? Adultery
Pesquisadores resolveram estudar a infidelidade através de um site propício para isso: o site de adultério AshleyMadison.com, iniciado em 2001 como um “serviço discreto de namoro” para pessoas já envolvidas em um relacionamento. O nome do site é uma homenagem a dois nomes populares para meninas na época, uma tentativa de atrair mulheres ao serviço. Os pesquisadores mapearam anúncios acessíveis ao público de 200 homens e 200 mulheres escolhidos aleatoriamente no site. Eles pesquisaram o que essas pessoas queriam de um relacionamento adúltero: “curto prazo”, “longo prazo”, “indecisos”, “vale tudo”, “caso na internet/bate-papo erótico”, ou “qualquer coisa que me excite”. Eles também observaram as idades dos anunciantes, as idades dos parceiros que eles buscavam, e o número total de adjetivos que eles usaram para descrever a si mesmos e o que eles queriam em um parceiro, especificamente adjetivos que envolvem riqueza, atributos físicos e realizações educacionais e esportivas.

Os resultados confirmam estereótipos comuns de homens e mulheres. Eles são mais promíscuos, elas são mais exigentes. Os homens, em média de 42 anos, anunciaram “vale tudo” mais de duas vezes mais que as mulheres, enquanto elas, em média com 39 anos, procuraram relacionamentos de longo prazo cerca de dois terços mais do que os homens.

Além disso, as mulheres usavam mais adjetivos para descrever a riqueza e os atributos físicos que eles queriam nos parceiros, enquanto eles usavam mais adjetivos para descrever a própria riqueza, interesses esportivos e realizações educacionais.

Os resultados sugerem que as preferências dos parceiros, mesmo entre pessoas casadas, são baseadas nas tentativas do sexo feminino de chegar a um relacionamento com recursos controlados pelo homem.

As mulheres casadas usaram mais adjetivos para descrever os atributos físicos que procuravam nos parceiros e menos adjetivos para descrever suas qualidades materiais do que as solteiras. Isso sugere que as mulheres comprometidas se empolgam mais com a criação de bons genes para os descendentes. Muitas das mulheres do estudo ainda seriam capazes de engravidar. Mesmo as que não eram, há ainda a satisfação derivada do cruzamento com um companheiro em boa forma física.

Segundo os cientistas, o estudo do adultério é importante no sentido amplo, porque ajuda a entender quem nós somos. Os seres humanos colocam-se em um pedestal, acima de outros seres vivos, mas os dados revelam que somos um produto das mesmas forças seletivas e processos evolutivos que moldaram os outros tipos de vida.

(Hypescience)

Nota: Cada vez mais a vida dos sem-vergonha fica mais fácil. Traiu? É só colocar a culpa em Darwin: “Foram meus genes, querida!” Na verdade, essa situação toda é um grande e imoral círculo vicioso. A mídia ajuda a propagar o glamour da infidelidade, apresentando e reafirmando com insistência a “normalidade” dos polígonos amorosos (sim, porque triângulo já é banal). Então, vêm os pesquisadores e constatam que as pessoas estão traindo mais. Conclusão? “Somos um produto das mesmas forças seletivas e processos evolutivos que moldaram os outros tipos de vida.” Ou seja, somos macacos pelados e não temos culpa de nos comportar de modo errado – aliás, para nós, animais evoluídos que somos, certo e errado nem existem. Como se pode ver, a posição que adotamos sobre as origens determina em grande medida nossos comportamentos e nosso julgamento sobre esses comportamentos.[MB]
Eduardo
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