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[Música] O uso do melisma na igreja
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17032011
[Música] O uso do melisma na igreja
Melisma em música é a técnica de alterar a nota (sensação de frequência) de uma sílaba de um texto enquanto ela está a ser cantada. A música cantada neste estilo é dita melismática, ao contrário de silábica, em que cada sílaba de texto corresponde a única nota. A música das culturas antigas usavam técnicas melismáticas para atingir um estado hipnótico no ouvinte, útil para ritos místicos de iniciação (Mistérios Eleusinianos) e cultos religiosos. Esta qualidade ainda é encontrada na música contemporânea hindu e muçulmana. Na música ocidental, o termo refere-se mais comumente ao Canto gregoriano, mas pode ser usado para descrever a música de qualquer género, incluindo o canto barroco e mais tarde o gospel. Geralmente, Aretha Franklin é considerada uma das melhores empregadoras modernas desta técnica.
O Melisma apareceu pela primeira vez na forma escrita (o seu registro mais antigo data de meados do século X D.C.) em alguns géneros do Canto Gregoriano, usados em certas secções da Missa. Por exemplo, o gradual e o aleluia, em particular, eram melismáticos por característica, enquanto o trato não, e padrões melódicos repetitivos eram evitados deliberadamente no estilo. O rito bizantino também usava elementos melismáticos na sua música, que se desenvolvia em concorrência ao canto Gregoriano.
A sequência de notas do “Glória”, de Edward Shippen Barnes, que é conhecido em inglês como o hino 'Angels We Have Heard On High', contém uma das sequências mais melismáticas do reportório "popular" de música cristã, no “o” da palavra “Gloria”.
Atualmente o Melisma é usado na música popular do Oriente Médio. O Melisma também é comumente apresentado na música popular ocidental, que tem sido fortemente influenciada pelas técnicas vocais e musicais afro-americanas, por artistas tais como Whitney Houston, Stevie Wonder, Beyoncé Knowles, Mariah Carey, Celine Dion, Nelly Furtado e Melody Thornton.
O Melisma também é o nome de um sistema de computação para executar vários tipos de análises musicais (tais como métrica, agrupamento, harmonia, afinação e análise de contraponto) nas representações MIDI de melodias (Temperley, 2001).
Referências
Floreios e contorcionismos vocais
“Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Unem-se a nós nos cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 510).
Por que será que os anjos não se agradam das “notas prolongadas” e dos “floreios comuns nas óperas”, quando usados na igreja? A expressão a seguir, sua definição e aplicação é um forte auxílio para que compreendamos os motivos para a orientação recebida do Céu, segundo Aurélio Ludvig, professor de Educação Musical no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam):
Ad libitum. Essa expressão aparece na partitura de algumas óperas e outras formas musicais. Refere-se principalmente às partes dos solistas, nas quais eles têm liberdade de interpretação, a parte da contagem rítmica. As notas musicais (sons definidos, com nome e altura) podem ser identificadas nesse tipo de recurso vocal, a coloratura. Em geral, isso faz com que o solista seja exaltado pela plateia porque ele pode mostrar ali todo o seu virtuosismo. Traduzindo: show.
O louvor dos anjos passa longe disso: “Os serafins ao redor do trono acham-se tão cheios de solene reverência ao contemplar a glória de Deus, que nem por um instante se olham a si mesmos com admiração. Seu louvor é para o Senhor dos Exércitos. Ao contemplarem o futuro, quando toda a Terra será cheia de Sua glória, o triunfante cântico ecoa de um a outro em melodioso acento: ‘Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos’ (Is 6:3). Acham-se plenamente satisfeitos de glorificar a Deus; permanecendo em Sua presença, sob Seu sorriso de aprovação, nada mais desejam” (Ellen White, Obreiros Evangélicos, p. 21).
Para Ludvig, o Ad libitum se assemelha ao famoso melisma. “Nesse recurso, não há a possibilidade de identificação das notas musicais. Muitas vezes, as pessoas não conseguem alcançar notas mais agudas, por isso fazem uma pequena curvatura nelas, até as definirem. Mas se não alcançam, por que não experimentam cantar aquelas músicas que sabem que não precisarão de um ‘jeitinho’? Se cada palavra deve ser pronunciada claramente, em tom harmonioso, para que serve o melisma?”
O Melisma apareceu pela primeira vez na forma escrita (o seu registro mais antigo data de meados do século X D.C.) em alguns géneros do Canto Gregoriano, usados em certas secções da Missa. Por exemplo, o gradual e o aleluia, em particular, eram melismáticos por característica, enquanto o trato não, e padrões melódicos repetitivos eram evitados deliberadamente no estilo. O rito bizantino também usava elementos melismáticos na sua música, que se desenvolvia em concorrência ao canto Gregoriano.
A sequência de notas do “Glória”, de Edward Shippen Barnes, que é conhecido em inglês como o hino 'Angels We Have Heard On High', contém uma das sequências mais melismáticas do reportório "popular" de música cristã, no “o” da palavra “Gloria”.
Atualmente o Melisma é usado na música popular do Oriente Médio. O Melisma também é comumente apresentado na música popular ocidental, que tem sido fortemente influenciada pelas técnicas vocais e musicais afro-americanas, por artistas tais como Whitney Houston, Stevie Wonder, Beyoncé Knowles, Mariah Carey, Celine Dion, Nelly Furtado e Melody Thornton.
O Melisma também é o nome de um sistema de computação para executar vários tipos de análises musicais (tais como métrica, agrupamento, harmonia, afinação e análise de contraponto) nas representações MIDI de melodias (Temperley, 2001).
Referências
- Richard L. Crocker: "Melisma". Grove Music (Grove Dictionary of Music and Musicians) online, ed. L. Macy, acessado em 27 de março de 2005.
- Internet-Encyclopedia article "Melisma"* David Temperley, The Cognition of Basic Musical Structures. MIT Press, 2001.
- American Heritage Dictionary of the English Language entry on "melisma"
- Virginia Tech Multimedia Music Dictionary entry on melisma
- The Melisma Music Analyzer
Floreios e contorcionismos vocais
“Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Unem-se a nós nos cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 510).
Por que será que os anjos não se agradam das “notas prolongadas” e dos “floreios comuns nas óperas”, quando usados na igreja? A expressão a seguir, sua definição e aplicação é um forte auxílio para que compreendamos os motivos para a orientação recebida do Céu, segundo Aurélio Ludvig, professor de Educação Musical no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam):
Ad libitum. Essa expressão aparece na partitura de algumas óperas e outras formas musicais. Refere-se principalmente às partes dos solistas, nas quais eles têm liberdade de interpretação, a parte da contagem rítmica. As notas musicais (sons definidos, com nome e altura) podem ser identificadas nesse tipo de recurso vocal, a coloratura. Em geral, isso faz com que o solista seja exaltado pela plateia porque ele pode mostrar ali todo o seu virtuosismo. Traduzindo: show.
O louvor dos anjos passa longe disso: “Os serafins ao redor do trono acham-se tão cheios de solene reverência ao contemplar a glória de Deus, que nem por um instante se olham a si mesmos com admiração. Seu louvor é para o Senhor dos Exércitos. Ao contemplarem o futuro, quando toda a Terra será cheia de Sua glória, o triunfante cântico ecoa de um a outro em melodioso acento: ‘Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos’ (Is 6:3). Acham-se plenamente satisfeitos de glorificar a Deus; permanecendo em Sua presença, sob Seu sorriso de aprovação, nada mais desejam” (Ellen White, Obreiros Evangélicos, p. 21).
Para Ludvig, o Ad libitum se assemelha ao famoso melisma. “Nesse recurso, não há a possibilidade de identificação das notas musicais. Muitas vezes, as pessoas não conseguem alcançar notas mais agudas, por isso fazem uma pequena curvatura nelas, até as definirem. Mas se não alcançam, por que não experimentam cantar aquelas músicas que sabem que não precisarão de um ‘jeitinho’? Se cada palavra deve ser pronunciada claramente, em tom harmonioso, para que serve o melisma?”
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