O mundo que não escolheu Deus

O mundo que não escolheu Deus


Na manhã deste Sábado, eram 5:30h quando peguei nos meus livros. Lá fora, uma escuridão ainda quase total e um silêncio que ninguém ousava quebrar. Nem sequer os pássaros estavam já dispostos a anunciar a parte clara do novo dia. Tudo permanecia imóvel e sereno como raras vezes conseguimos perceber no atribulado mundo atual.

Por um momento, quis acreditar que esta terra poderia ser capaz de uma vez, pelo menos uma única vez, observar a santidade do dia sagrado como deveria fazer sempre, hábito que jamais devera ter perdido. Como que se fosse possível forçar a imaginação ao ponto de a tornar realidade, demorei-me a pensar na bênção enorme que seria para as pessoas desgastadas, consumidas pelos seus duros afazeres, pararem um pouco, colocarem de lado as suas tarefas e se consagrarem à adoração do Criador dos céus e da terra.


Mas, bastou um pouco de tempo para que o ruído de uma máquina a funcionar, anunciando o início de um dia de trabalho para alguém, me fizesse cair daquela cena ideal. E recordar, mais uma vez, que este mundo não escolheu Deus...



Ainda assim, deu para refletir na vantagem que é a observância do Sábado. Agora já com o canto das aves, cujo louvor e suave afinação entram em claro desacordo com o incómodo barulho dos que retomam as suas atividades como se este dia fosse igual aos outros, fico a pensar o que terá sido o primeiro Sábado, esse que temos a certeza de não ter sido perturbado por sons ou atos desagradáveis. O gozo sereno que terá sido a primeira celebração do Criador neste mundo. Os animais que alegremente se juntaram ao primeiro par, sentados ou deitados no chão, também eles em reconhecimento ao Autor da vida.


No fundo, este pode e deve ser o nosso tema de cada Sábado. Por um momento apenas, podemos fechar os olhos e cerrar os ouvidos para o triste deambular do errante proceder da Terra e querer desfrutar, física, mental e espiritualmente daquilo que é não mais do que uma pequena parte do que foi o privilégio dos nossos pais. E termos a vontade enorme de continuarmos a preparação para reviver, desta vez todos juntos, esse grande espetáculo: um Sábado feliz e perfeito com o Criador!


"E será que, desde uma lua nova até à outra, e desde um Sábado até outro, virá toda a carne adorar perante Mim" (Isaías 66:23).


Caro amigo, porque não querer hoje antecipar um pouco do que será esse grande dia, o Sábado no qual, finalmente, todos os que lá estiverem escolherão Deus?