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Já É Tempo
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27022010
Já É Tempo
Já É Tempo
Por Angel Manuel Rodríguez
PERGUNTA: Os períodos de tempo mencionados em Daniel 12:11, 12 (1290 dias e 1335 dias) devem ser compreendidos como literais ou simbólicos?
Os adventistas seguem o método historicista de interpretação profética, segundo o qual as profecias recebidas por Daniel compreendem o período de tempo desde os dias do profeta até o estabelecimento do reino de Deus.
De acordo com essa abordagem, o princípio dia-ano (Ez 4:6) é usado para interpretar os períodos proféticos. A abordagem historicista alega que esses períodos foram anos e que se cumpriram no fim da Idade Média.
Alguns adventistas, hoje, argumentam que o princípio dia-ano não se aplica a essas duas profecias e que esses períodos proféticos deveriam ser compreendidos como dias literais de eventos a se cumprir antes do retorno de Jesus. São forçados a especular sobre os acontecimentos que marcarão o fim desses períodos. Para entender esse assunto, examinemos o contexto da passagem.
1. Contexto Imediato e o Fim dos Tempos. Nem tudo que é descrito em Daniel 12:5-13 está relacionado com o tempo do fim. Por exemplo, o selamento do livro e a multiplicação do conhecimento começam antes desse tempo (versos 4, 9); antes do tempo do fim, o ser celestial jura “por Aquele que vive eternamente” (verso 7), quando o poder do povo santo for espalhado e todas “essas coisas” chegarem a um fim (verso 8).
O povo de Deus sempre foi provado ao longo da História, não simplesmente no tempo do fim (verso 10). Portanto, é incorreto dizer que, uma vez que o contexto imediato menciona o tempo do fim, os períodos proféticos pertencem a esse mesmo período.
2. Períodos Proféticos em Daniel: Mesmo reconhecendo que os períodos proféticos estão em um contexto no qual não existem visões e que a linguagem é predominantemente literal, não significa que os dias são literais. Em Daniel, os períodos proféticos nunca são revelados de forma visual. O profeta ouve ou é instruído pelo ser celestial. Em Daniel 7:25, os três tempos e meio não são introduzidos durante a visão, mas durante a explanação que o anjo faz da visão. Em Daniel 8:14, os 2300 dias são dados no contexto de uma revelação na qual a linguagem é predominantemente literal. Finalmente, em Daniel 9, encontramos a profecia das 70 semanas dada a Daniel por meio de uma explanação oral. Em todos esses casos, a linguagem usada na interpretação da visão é basicamente literal, mas os períodos proféticos não o são. Eles são introduzidos após a visão como informação adicional, mas seu conteúdo simbólico não é completamente explanado. Isso é exatamente o que encontramos em Daniel 12:11, 12. Durante a apresentação oral, os períodos proféticos são dados sem interpretação detalhada. Daniel não consegue compreendê-los, mas é levado a crer que o povo de Deus o compreenderia no futuro.
3. Conexão Entre os Períodos de Tempo: Os 1290 dias são uma extensão dos 1260 dias mencionados em Daniel 7:25 e 12:7 como “um tempo, tempos e metade do tempo”. A diferença em Daniel 12:11 são 30 dias, sugerindo que foi adicionado um mês para aumentar o período (uma prática comum nos calendários lunares). Uma vez que o período de 1290 dias é baseado nos 1260 dias e é reconhecido pelos intérpretes historicistas que os 1260 dias são anos, temos de concluir que o princípio dia-ano se aplica também aos 1290 dias.
A referência aos 1260 dias em Daniel 7:25 enfatiza o tempo durante o qual o povo de Deus sofreria perseguição. Daniel 12:7 realça o momento em que as atividades dos inimigos de Deus findarão. Os 1290 dias mencionados em Daniel 12:11 enfatizam o momento em que o período profético começa. Para sincronizar o início da profecia com um acontecimento específico, o período é estendido pela adição de um mês e, em vez de 42 meses (1260 dias), temos agora 43 (1290 dias). Essa intercalação permite que o anjo intérprete seja mais preciso em relação ao acontecimento com que se inicia o período, bem como à sua extensão completa. O período profético de 1290 dias é, então, aumentado em 45 dias extras, somando um total de 1335 anos proféticos, baseados no princípio dia-ano.
Concluindo, esses dois períodos de tempo são extensões de um período profético bem estabelecido e devem ser interpretados simbolicamente, em harmonia com o resto da profecia.
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.
Por Angel Manuel Rodríguez
PERGUNTA: Os períodos de tempo mencionados em Daniel 12:11, 12 (1290 dias e 1335 dias) devem ser compreendidos como literais ou simbólicos?
Os adventistas seguem o método historicista de interpretação profética, segundo o qual as profecias recebidas por Daniel compreendem o período de tempo desde os dias do profeta até o estabelecimento do reino de Deus.
De acordo com essa abordagem, o princípio dia-ano (Ez 4:6) é usado para interpretar os períodos proféticos. A abordagem historicista alega que esses períodos foram anos e que se cumpriram no fim da Idade Média.
Alguns adventistas, hoje, argumentam que o princípio dia-ano não se aplica a essas duas profecias e que esses períodos proféticos deveriam ser compreendidos como dias literais de eventos a se cumprir antes do retorno de Jesus. São forçados a especular sobre os acontecimentos que marcarão o fim desses períodos. Para entender esse assunto, examinemos o contexto da passagem.
1. Contexto Imediato e o Fim dos Tempos. Nem tudo que é descrito em Daniel 12:5-13 está relacionado com o tempo do fim. Por exemplo, o selamento do livro e a multiplicação do conhecimento começam antes desse tempo (versos 4, 9); antes do tempo do fim, o ser celestial jura “por Aquele que vive eternamente” (verso 7), quando o poder do povo santo for espalhado e todas “essas coisas” chegarem a um fim (verso 8).
O povo de Deus sempre foi provado ao longo da História, não simplesmente no tempo do fim (verso 10). Portanto, é incorreto dizer que, uma vez que o contexto imediato menciona o tempo do fim, os períodos proféticos pertencem a esse mesmo período.
2. Períodos Proféticos em Daniel: Mesmo reconhecendo que os períodos proféticos estão em um contexto no qual não existem visões e que a linguagem é predominantemente literal, não significa que os dias são literais. Em Daniel, os períodos proféticos nunca são revelados de forma visual. O profeta ouve ou é instruído pelo ser celestial. Em Daniel 7:25, os três tempos e meio não são introduzidos durante a visão, mas durante a explanação que o anjo faz da visão. Em Daniel 8:14, os 2300 dias são dados no contexto de uma revelação na qual a linguagem é predominantemente literal. Finalmente, em Daniel 9, encontramos a profecia das 70 semanas dada a Daniel por meio de uma explanação oral. Em todos esses casos, a linguagem usada na interpretação da visão é basicamente literal, mas os períodos proféticos não o são. Eles são introduzidos após a visão como informação adicional, mas seu conteúdo simbólico não é completamente explanado. Isso é exatamente o que encontramos em Daniel 12:11, 12. Durante a apresentação oral, os períodos proféticos são dados sem interpretação detalhada. Daniel não consegue compreendê-los, mas é levado a crer que o povo de Deus o compreenderia no futuro.
3. Conexão Entre os Períodos de Tempo: Os 1290 dias são uma extensão dos 1260 dias mencionados em Daniel 7:25 e 12:7 como “um tempo, tempos e metade do tempo”. A diferença em Daniel 12:11 são 30 dias, sugerindo que foi adicionado um mês para aumentar o período (uma prática comum nos calendários lunares). Uma vez que o período de 1290 dias é baseado nos 1260 dias e é reconhecido pelos intérpretes historicistas que os 1260 dias são anos, temos de concluir que o princípio dia-ano se aplica também aos 1290 dias.
A referência aos 1260 dias em Daniel 7:25 enfatiza o tempo durante o qual o povo de Deus sofreria perseguição. Daniel 12:7 realça o momento em que as atividades dos inimigos de Deus findarão. Os 1290 dias mencionados em Daniel 12:11 enfatizam o momento em que o período profético começa. Para sincronizar o início da profecia com um acontecimento específico, o período é estendido pela adição de um mês e, em vez de 42 meses (1260 dias), temos agora 43 (1290 dias). Essa intercalação permite que o anjo intérprete seja mais preciso em relação ao acontecimento com que se inicia o período, bem como à sua extensão completa. O período profético de 1290 dias é, então, aumentado em 45 dias extras, somando um total de 1335 anos proféticos, baseados no princípio dia-ano.
Concluindo, esses dois períodos de tempo são extensões de um período profético bem estabelecido e devem ser interpretados simbolicamente, em harmonia com o resto da profecia.
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.
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