Fórum Adventista
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Últimos assuntos
» Decreto dominical a caminho
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyDom Fev 19, 2017 7:48 pm por Augusto

» Acordem adventistas...
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyTer Fev 07, 2017 8:37 pm por Augusto

» O que Vestir Para Ir à Igreja?
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyQui Dez 01, 2016 7:46 pm por Augusto

» Ir para o céu?
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyQui Nov 17, 2016 7:40 pm por Augusto

» Chat do Forum
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptySáb Ago 27, 2016 10:51 pm por Edgardst

» TV Novo Tempo...
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyQua Ago 24, 2016 8:40 pm por Augusto

» Lutas de MMA são usadas como estratégia por Igreja Evangélica para atrair mais fiéis
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyDom Ago 21, 2016 10:12 am por Augusto

» Lew Wallace, autor do célebre livro «Ben-Hur», converteu-se quando o escrevia
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptySeg Ago 15, 2016 7:00 pm por Eduardo

» Ex-pastor evangélico é batizado no Pará
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyQua Jul 27, 2016 10:00 am por Eduardo

» Citações de Ellen White sobre a Vida em Outros Planetas Não Caídos em Pecado
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyTer Jul 26, 2016 9:29 pm por Eduardo

» Viagem ao Sobrenatural - Roger Morneau
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptyDom Jul 24, 2016 6:52 pm por Eduardo

» As aparições de Jesus após sua morte não poderiam ter sido alucinações?
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? EmptySáb Jul 23, 2016 4:04 pm por Eduardo

SEU IP
IP

Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ?

Ir para baixo

29052011

Mensagem 

Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? Empty Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ?




Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés.

O LEITOR MEDIANO PROVAVELMENTE OBSERVARÁ QUE, VISTO QUE VIVEMOS APÓS O TEMPO DE MOISÉS, A LEI SE APLICA A NÓS, E NÃO ESTAMOS, portanto, preocupados quanto ao tempo em que a mesma foi dada.

É verdade, e poderíamos encerrar aqui o assunto, se não fosse o fato de que o objetor está tentando construir um argumento plausível sobre esta objeção. Se admitimos que o mundo girou em segurança durante séculos antes de Moisés sem os Dez Mandamentos, então nós mesmos temos meio caminho preparado para crer na próxima objeção, a saber, que a lei foi abolida na cruz. Se homens piedosos como Enoque e Abraão não precisavam dos Dez Mandamentos, por que precisariam os cristãos?

Portanto, devido ao sutil argumento construído sobre esse arrazoado, devemos dedicar alguma atenção à alegação de que os Dez Mandamentos não existiam antes de Moisés.

Em face disso, esta é uma afirmação inacreditável. O Decálogo ordena aos homens que não façam ídolos, por exemplo, nem tomem o nome de Deus em vão, não matem, não furtem, nem cometam adultério. Poderíamos ser levados a crer que tal código de leis não vigorava antes de Moisés? Há algumas coisas inacreditáveis demais, e esta é uma delas.

Na verdade, nenhuma das principais denominações crê assim. Não há nenhum ponto em que as grandes ramificações da igreja cristã estejam mais de acordo do que o fato de que os Dez Mandamentos estiveram em vigor desde o princípio do mundo.

A essência plausível da objeção acima é a afirmação de que aqueles que pecaram antes dos dias de Moisés não poderiam ter stdo transgressores do Decálogo, porque ele ainda não fora dado. Eis o argumento:

“Anjos ‘pecaram’ (II Ped. 2:4), mas eles não violaram a lei do Sinai, porque ela só foi dada milhares de anos depois da sua queda, e de qualquer forma eles não estavam debaixo dela. Adão pecou muito antes que a lei fosse dada (veja Rom. 5:12-14); Caim pecou (Gên. 4:7); os sodomitas eram ‘pecadores’ (Gên. 13:13), e afligiam a Ló com suas ‘obras iníquas’ (lI Ped. 2:8). Certamente nenhum deles violou ‘a lei’, que não foi dada antes de Moisés.”

Mas não se pode necessariamente concluir que, pelo fato de os dez preceitos do Decálogo não terem sido proclamados audivelmente antes do Sinai, ou escritos antes daquela data, eles não existiam antes daquele tempo.

A analogia com as leis humanas revela que essa conclusão é injustificada. Durante séculos, a Inglaterra teve o que se conhece como “lei comum” ou “direito consuetudinário”, que é parte integrante de todo o sistema de jurisprudência inglês e, posteriormente, americano. Mas apenas lentamente a lei comum foi codificada e posta em forma escrita. Por séculos, muitos estatutos desse direito consuetudinário foram transmitidos de uma geração para outra com pouca ou nenhuma referência escrita.

Contudo, mesmo pessoas iletradas receberam como legado de seus pais o suficiente da lei comum para torná-las bem familiarizadas com seus direitos primários em face da lei. Não houve nenhum momento específico na história da Inglaterra em que a lei comum fosse completamente transcrita em um livro e proclamada pelo rei como a lei do país.

E mesmo que tivesse existido tal momento na história legal da Inglaterra, o que pensaríamos de alguém que, relembrando o evento, declarasse que antes dessa grande proclamação legal os criminosos que perturbavam a Inglaterra jamais tinham violado a lei? Que outra lei violaram aqueles criminosos antes que a Inglaterra tivesse um código legal escrito para que todos vissem e lessem?

Não, a História nos ensina que uma lei não precisa ser formalmente proclamada ou escrita em um livro a fim de vigorar. O mesmo pode-se afirmar das leis morais de Deus para a humanidade.

Quando Adão e Eva foram criados, eles eram perfeitos e serviam a Deus com um coração perfeito. Daí concluímos apropriadamente que eles tinham a lei de Deus escrita no coração. Deus também falava com eles. Durante uma existência de quase mil anos, foi-lhes permitido transmitir a instrução divina que tinham recebido. Nem eles nem seus filhos precisavam de um código escrito em pergaminho ou em pedra. Bem afirma Paulo que “a lei não é feita para os justos”, isto é, a lei como é ordinariamente compreendida: um código formalmente anunciado e escrito. A lei é escrita no coração da pessoa justa.

Logo depois do pecado de Adão, os homens iniciaram um rápido declínio para o abismo da corrupção, como o declara Paulo (veja Romanos 1). Poderiam eles desculpar suas más ações sob pretexto de que não estavam cientes de qualquer lei que tivessem violado? Não, Paulo declara enfaticamente que eram “indesculpáveis” (verso 20). Mas como poderiam estar sem desculpas a menos que ainda retivessem algum conhecimento dos santos requisitos e leis de Deus?

Nossa responsabilidade por nossos pecados é em função do nosso conhecimento (veja João 15:22). Paulo amplia o assunto explicando que quando os “gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência” (Rom. 2:14 e 15).

Cremos que há apenas uma conclusão razoável: embora as pessoas cedo se afastassem de Deus, o conhecimento dEle não desapareceu imediata ou completamente de sua memória, nem o código divino, originalmente escrito no coração de nossos primeiros pais, Adão e Eva, se extinguiu subitamente. A perturbadora luz da consciência, apesar de os raios ficarem indistintos, de vez em quando iluminava os obscuros mas celestiais traços sobre o coração.

Como diz a Bíblia na Linguagem de Hoje: “Eles mostram, pela sua maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos, que, às vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram isso” (Rom. 2:15).

A menos que sustentemos que o mundo antes de Moisés tinha conhecimento suficiente da lei de Deus para compreender a importância moral de seus atos, estaremos acusando a Deus de injustiça em destruí-lo por suas más ações.

A única maneira possível de o objetor evitar o embaraçante significado deste fato é afirmar que, embora os homens que viveram antes de Moisés não conhecessem nada dos Dez Mandamentos, eles tinham um conhecimento de certos princípios morais eternos procedentes do Céu.

Se este argumento possui alguma validade, deve residir no reconhecimento de que esses princípios morais eternos — não definidos pelo crítico — eram diferentes dos Dez Mandamentos. Só assim pode ser mantido que os Dez Mandamentos não são eternos.

Mas que princípios são mais eternamente morais do que os dos Dez Mandamentos? E como poderia Deus ser justo em condenar os antigos por ações que podemos descrever como pecaminosas apenas por sua não conformidade com os Dez Mandamentos, se realmente tais mandamentos não estavam ainda em vigor? Além disso, se todas as ações pecaminosas dos demônios e dos homens antigos podem ser julgadas e condenadas em função dos Dez Mandamentos, que necessidade existe de invocar princípios morais completamente indefinidos e não revelados a fim de lidar com a rebelião moral daqueles que viveram há tanto tempo?

E podem suas ações ser condenadas em função dos Dez Mandamentos? Sim. A Bíblia diz que Satanás foi “mentiroso” e “homicida desde o princípio” (João 8:44). Os Dez Mandamentos lidam com suas ações. Ele também procurou colocar-se no lugar de Deus. Aqui está uma violação do primeiro mandamento. Adão e Eva muito certamente cobiçaram o fruto proibido; de outro modo, não teriam estendido a mão para ele, considerando que Deus lhes havia dito expressamente que o mesmo não lhes pertencia. Eles cobiçaram e furtaram.

E os Dez Mandamentos abrangem estes maus atos. Caim matou a seu irmão. Os Dez Mandamentos são adequados para julgá-lo. Os sodomitas foram distinguidos por sua luxúria. Cristo revelou que o sétimo mandamento abrange tanto o pensamento impuro quanto o ato impuro, e eles eram culpados de ambos.

Mas não dependemos apenas dos processos de dedução — embora sejam conclusivos — para chegar à conclusão de que os Dez Mandamentos vigoravam antes do Sinai. Os escritores da Bíblia têm muito a dizer acerca de pecado e pecadores. E como definem o pecado? “Pecado é a transgressão da lei”, diz João (I João 3:4). Paulo observa:

“Onde não há lei, também não há transgressão”, “pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rom. 4:15; 3:20). Não há dúvida quanto a que lei Paulo está se referindo, porque ele acrescenta: “Eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás” (Rom. 7:7). E qual lei diz: “Não cobiçarás”? A lei dos Dez Mandamentos.

Quando Tiago falou daqueles que cometem pecado, “sendo argüidos pela lei como transgressores”, também não deixou dúvida quanto a que lei estava se referindo. E à lei que diz: “Não adulterarás” e “Não matarás” (Tia. 2:9-11).

Há aqueles que dizem, e citamos suas palavras, que “pecado é um desrespeito a alguma lei, mas não necessariamente à chamada ‘lei moral’, ou os Dez Mandamentos”. Porém, não é isso o que Paulo e Tiago dizem. Não vemos como poderiam ter afirmado mais claramente que a transgressão de uma certa lei é pecado e que essa lei é a lei dos Dez Mandamentos.

Além disso, os objetores se esquecem de dizer-nos a que lei João se refere, em I João 3:4, se não é ao Decálogo. Eles não sabem, porque a Bíblia não lança nenhuma luz sobre “alguma lei” que tenha obrigação moral sobre os homens a não ser o Decálogo. E os objetores, assim como nós, são dependentes das revelações da Escritura.

O mesmo era verdade quanto àqueles que viviam nos dias de João. Por isso, é inacreditável que ele devesse definir o pecado — essa coisa horrível que mantém as pessoas afastadas do Céu — como a “transgressão da lei”, sem definir a qual lei se referia, se ele realmente se referia a alguma outra lei além daquela a que Paulo e Tiago se referiram quando escreveram sobre o pecado! O próprio fato de João não oferecer nenhum comentário explicativo quanto a que lei ele se referia é a prova mais forte possível de que se referia à lei que seus leitores, que tinham lido Paulo e Tiago, compreendiam como “a lei”, o Decálogo.

Um texto favorito daqueles que procuram provar que o Decálogo era desconhecido antes do Sinai é a declaração de Moisés: “Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança e sim conosco, todos os que, hoje, aqui estamos vivos” (Deut. 5:3). O argumento é assim expresso: Deus declara que os Dez Mandamentos são a Sua aliança. Moisés aqui está falando dessa aliança e diz que ela não foi feita com os pais antes do Sinai; portanto, os Dez Mandamentos não foram dados (e de fato eram desconhecidos) antes daquele tempo.

Que estranha crença teríamos de sustentar se chegássemos a esta conclusão! No capítulo precedente, Moisés se refere a essa aliança e adverte a Israel: “Guardai-vos não vos esqueçais da aliança do Senhor, vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma cousa que o Senhor, vosso Deus, vos proibiu” (Deut, 4:23).

Devemos concluir que nenhum dos filhos de Deus sabia que era errado fazer imagens esculpidas? Dificilmente podemos acreditar que alguém responda “sim”. Mas a proibição de imagens é o segundo dos Dez Mandamentos. Daí concluímos que aqueles que viveram antes do Sinai devem ter conhecido o Decálogo. Esta é a única conclusão a que podemos chegar.

Então o que Moisés queria dizer em Deuteronômio 5:3? A explicação mais simples é que ele via o povo reunido no Sinai como o nascimento da nação escolhida que Deus tinha prometido que procederia de Abraão. Por intermédio de Moisés, Deus disse aos israelitas que, se fossem obedientes à Sua aliança, seriam um “reino de sacerdotes e nação santa” (Êxo. 19:6).

Antes do Sinai não foi literalmente possível fazer uma aliança com a “nação” ou “reino” dos judeus. Também é verdade que antes do Sinai não houve qualquer proclamação formal do Decálogo. Antes do Sinai, os pais jamais haviam ouvido Deus proclamar Sua lei como ocorreu com Israel. E a lei assim proclamada era a base da aliança. Assim, em um sentido muito real, a aliança feita com Israel no Sinai nunca tinha sido feita anteriormente.

Os comentaristas diferem em sua tentativa de esclarecer este texto. Adam Clarke procura fazê-lo com a adição de palavras entre parênteses: “O Senhor não fez esta aliança com nossos pais (somente) mas conosco (também).”

Jamieson, Fausset e Brown observam: “O significado é, ‘não com nossos pais’ apenas, ‘mas conosco’ também, admitindo ser este ‘um concerto’ de graça; ou ‘não com nossos pais’ de qualquer modo, se a referência é ao exclusivo estabelecimento do concerto do Sinai; a lei não foi dada a eles como a nós, nem foi a aliança ratificada da mesma maneira pública, e pelas mesmas sanções solenes. Ou, finalmente, ‘não com nossos pais’ que morreram no deserto, em conseqüência de sua rebelião, e a quem Deus não concedeu as recompensas prometidas somente aos fiéis; mas ‘conosco’ apenas que, estritamente falando, gozaremos os benefícios desta aliança entrando na posse da Terra Prometida.”

Mas diz, finalmente, o objetor: “Se o Decálogo existia antes de Moisés, como é que ele foi pela primeira vez proclamado e pela primeira vez escrito no Sinai ?“ Tal pergunta revela um esquecimento de história. Nesse caso, poderíamos apropriadamente indagar se qualquer instrução moral da Santa Bíblia é realmente obrigatória para nós, visto que nenhuma delas foi escrita antes de Moisés.

O fato simples é que no tempo de Moisés e dos filhos de Israel o conhecimento de Deus e Suas leis havia se tomado tão obscurecido na mente humana que se tomou necessário dar ao mundo uma revelação escrita. Saindo diretamente das trevas egípcias, os israelitas tinham necessidade especial de declarações bem definidas sobre os grandes preceitos morais.

Por esse motivo, Deus esculpiu os Dez Mandamentos na pedra eterna com o Seu próprio dedo. Ninguém precisa, portanto, estar em dúvida. As mutáveis concepções morais dos israelitas poderiam ser corrigidas continuamente pelas imutáveis palavras esculpidas na pedra.

Fonte: Francis D. Nichol, “Respostas a Objeções”.

O Decálogo no Éden

Muitos acreditam que os Dez Mandamentos surgiram quando Moisés os recebeu no monte Sinai, e até então eram desconhecidos. Outros creem que eles foram substituídos por "dois novos" que Cristo nos deixou. Existe ainda um terceiro engano, que os Dez Mandamentos foram destinados aos judeus e não precisam ser obedecidos pelos gentios. A Bíblia, porém, revela uma realidade totalmente oposta a esses falsos ensinos. No livro de Gênesis encontramos o seguinte relato:

"Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito... Abraão obedeceu à Minha palavra e guardou os Meus mandados, os Meus preceitos, os Meus estatutos e as Minhas leis." (Gênesis 18:19; Gênesis 26:5 cf Gênesis 13:14-17)
O próprio Deus declara que escolheu Abraão para ensinar aos seus descendentes a Sua justiça e leis, Seus juízos e preceitos. E declara ainda que Abraão obedeceu e seguiu tudo o que lhe fora ordenado. E os descendentes de Abraão, será que foram igualmente zelosos com relação a justiça, as leis, juízos, enfim, com os caminhos do Senhor? Vejamos:

"Disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que Eu ponha à prova se anda na Minha lei ou não. Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.
Ao sexto dia, colheram pão em dobro e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele:
Isto é o que disse o SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte...
... comei-o hoje, porquanto o sábado é do SENHOR; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá.
Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam. Então, disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os Meus mandamentos e as Minhas leis?" (Êxodo 16:2-31)

Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? 0000090

Isso ocorreu no deserto de Sim, antes que os filhos de Abraão chegassem ao deserto de Sinai, onde receberam as duas tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos (Lei de Deus) na sua forma escrita, após firmarem com o Senhor o pacto de aliança (Êxodo 16:1; Êxodo 20:1-17; Êxodo 34:1-4).

Agora surgi a pergunta: Por que Deus colocaria à prova os descendentes de Abraão sobre Sua lei, e mais especificamente sobre o 4.º mandamento, que está incluído nela, se eles ainda "iriam" recebê-la em tábuas de pedra?

A afirmativa de que esta lei era desconhecida naquele momento não procede e, a Bíblia revela isso sem margem para dúvidas. Observe que Deus ainda enfatiza dizendo: "até quando?", o que demonstra que o povo, além de serem conhecedores da Lei de Deus, vinham de longa data negligenciando-a. Deus jamais teria "testado-os" naquela ocasião se eles não conhecessem a Sua lei. Isso seria injusto, inadmissível. Abraão ensinou aos seus filhos o conhecimento adquirido e passado de geração a geração desde a época de Adão.

A LEI DE DEUS NO ÉDEN

Adão e Eva transgrediram no Éden quase todos os mandamentos da Lei de Deus quando cederam aos ensinos de Satanás pois, desprezaram a verdade, o amor e a justiça de Deus. Nessa atitude infeliz, eles desonraram o SENHOR perante todo o universo; tiveram um "deus" no lugar do Deus Criador ao aceitarem os argumentos sutis de Satanás; cobiçaram e furtaram o que não lhes pertenciam ao se apropriarem do "fruto do conhecimento do bem e do mal"; sentenciaram a morte gerações, pois perderam o direito a vida eterna e condenaram seus filhos ao mesmo destino; e se esses fatos ocorreram no sábado, ainda pode-se afirmar que tais transgressões ofenderam o Senhor no Seu santo dia.1

Antes desse trágico acontecimento eles não conheciam as consequência ou resultados do pecado. "Eis que o homem se tornou como um de nós conhecedor do bem e do mal" (Gênesis 3:22). Eles conheciam perfeitamente a bondade e desfrutavam em perfeita harmonia o amor de Deus, dia-a-dia, e tinham conhecimento desse amor representado na Sua lei. A respeito dessa transgressão, no Éden, a Bíblia revela:
"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. [e]... o salário do pecado é a morte..."2
Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? 0000089

"Adão e Eva persuadiram-se de que seria questão insignificante o comer do fruto proibido, e que tal ato não poderiam resultar em terríveis consequências como as de que Deus os avisara. Mas essa questão insignificante constituía uma transgressão da imutável e santa lei divina, e separou o homem de Deus, abrindo os diques da morte e trazendo sobre o mundo misérias indizíveis. Século após século tem subido da Terra um contínuo grito de lamento, e toda criação geme aflita, em resultado da desobediência do homem. O próprio Céu sentiu os efeitos da rebelião de Satanás contra Deus.

O Calvário aí está como um monumento do estupendo sacrifício exigido para expiar a transgressão da lei divina. Não podemos considerar o pecado coisa trivial. Depois da desobediência, Adão e Eva a princípio imaginaram-se ter obtido uma condição mais elevada de existência. Mas logo o pensamento de seus pecados os encheram de terror. Desapareceram o amor e a paz que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma intuição de pecado, um terror pelo futuro. A veste de luz que os rodeara, desapareceu; e para suprir sua falta procuraram fazer para si uma cobertura, pois enquanto estivessem nus, não podiam enfrentar o olhar de Deus e dos santos anjos. Mas a nudez era mais do que física, era também uma nudez de alma."3


Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? 0000048

Lúcifer, que posteriormente se tornou Satanás, transgrediu inicialmente no Céu o décimo mandamento, pois cobiçou ser como Deus, e, tal atitude levou-o posteriormente a pisar os demais mandamentos4. E aquilo que ele não conseguiu obter no Céu, tenta a todo custo obter na Terra, que é levar todos a segui-lo em desobediência ao Decálogo. E, não importa qual dos mandamentos, basta um deles, pois de forma sagaz ele entende perfeitamente o que significa os ensinos de Tiago:
"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, Aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade." (Tiago 2:10-13 cf Mateus 19:16-19; I João 2:1-7)
Outros exemplos bíblicos demonstram a existência do Decálogo antes de ser entregue no monte Sinai, como: o assassinato de Abel; promiscuidade e idolatria de vários povos da antiguidade como de Sodoma e Gomorra5; Abrão antes de se tornar Abraão mentiu a respeito de seu parentesco com Sara (Gênesis 12:10-20); José resistiu ao pecado do adultério (Gênesis 39:7-23), enfim, a Bíblia revela que o Decálogo existiu antes de Moisés, e nunca foi restrita ou destinada a um povo, ou a um determinado tempo; estes acontecimentos relatados em Gênesis ocorreram muito antes de surgir a nação israelense.

Os atos pecaminosos registrados nesse livro, não poderiam ser classificados como tal se a Lei de Deus não existisse anteriormente para revelá-los (Romanos 5:10-15; Romanos 7:7-8). Os ensinos bíblicos não favorecem ideologias contrárias aos Dez Mandamentos, agir contra eles é auxiliar Satanás contra Deus e Seu governo. E eis os motivos para o tremendo ódio do "arqui-inimigo" de Deus para com ela:

Deus é amor - A base da lei é o amor (I João 4:8; Romanos 13:9-10)
Deus é santo - Sua lei é santa (Salmos 99:5; Romanos 7:12)
Deus é bom - Sua lei é boa (Marcos 10:18; Romanos 7:16 cf I Timóteo 1:8)
Deus é justo - Sua lei é justa (Salmos 7:11; Romanos 7:12)
Deus é eterno - Sua lei é eterna (I Timóteo 1:17; Lucas 16:17 cf Isaías 24:5)
Deus é imutável - Sua lei é imutável (Tiago 1:17 cf Malaquias 3:6; Mateus 5:17-19)
Deus é a verdade - Sua lei é a verdade (João 14:6; Salmos 119:142)

Alinhadas acima características inerentes a Deus e atribuídas, também, a Sua lei. E Por que?

Porque os mandamentos dela descrevem o próprio caráter de Deus, revelam o amor e os cuidados dEle pelo homem. A lei (Decálogo) é a base de Seu governo e a norma de Sua justiça, por ela Deus julgará e punirá (Tiago 2:12 cf Romanos 2:13). Não é de admirar que Satanás odeie tanto esta lei e, de todas as formas possíveis, tente ocultá-la da "mente e do coração" do homem (Hebreus 10:16-17).

E Cristo, terá o próprio Legislador substituído-os por "dois novos"? (João 1:1-3 cf Marcos 2:28). Analisemos:
MOISÉS: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Deuteronômio 6:5; Levítico 19:18)
CRISTO: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22:37-40)
PAULO: "Não adulterarás, não matarás... se há qualquer outro mandamento, tudo se resume em: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Romanos 13:9)
JOÃO: "Peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o principio: que nos amemos uns aos outros." (II João 1:5)

Compare II João 1:5, com as palavras de Moisés em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18. Note que todos repetem o que Moisés escrevera no início, e João chama atenção para isso dizendo: "não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o princípio".

Obedecendo aos quatro primeiros mandamentos estamos amando a Deus com todo coração e entendimento e os seis últimos ao próximo como a nós mesmos. Porém todos estão interligados, negligenciar qualquer um deles é tropeçar em todos como alerta Tiago 2:10-13. Cristo e os demais apenas citaram o que o Velho Testamento já ensinava, e observe que em nenhum momento é dito que o Decálogo foi modificado ou anulado6.

A Bíblia revela claramente que a Lei de Deus é eterna e que existiu antes da criação do homem e, consequentemente antes de Moisés. E foi estabelecida na Terra para toda a humanidade (Eclesiástes 12:13 cf Isaías 24:1-6). Os descendentes de Abraão, posteriormente chamados de povo de Israel, antes de serem convocados por Deus para representá-Lo e, levarem Seus ensinos as demais nações (Êxodo 19:5-6; Romanos 3:2), já tinham o conhecimento dessa lei antes de recebê-la na sua forma escrita no Monte Sinai.

Deus não é um Criador e Governador "de improviso", que realiza Seus propósitos sem planejamento e desígnio. Ele não cria leis e regras conforme o surgimento dos acontecimentos ou das circunstâncias. E um exemplo que confirma tais afirmativas, é a seguinte declaração: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (João 1:29; Apocalipse 8:13; Hebreus 9:26). Esse sacrifício único e derradeiro foi justamente pelos pecados do homem, que pelos ensinos bíblicos é ocasionado pela desobediência aos princípios do Decálogo (Hebreus 10:12-13 cf I João 3:4; Romanos 7:7-12).

O plano de salvação foi minuciosamente articulado antes da criação. O Criador tinha conhecimento das transgressões que o homem causaria a Sua lei influenciado por Satanás (Apocalipse 12:7-12). Um "fruto" de uma árvore, obviamente, não foi a causa do grande conflito em que a humanidade se envolveu. As implicações registradas em Gênesis 3 vão muito além disso.




Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? 0000018Vídeos relacionados: Os Dez Mandamentos
1. Gênesis 3:1-24; Romanos 5:12-15 cf I João 3:4; Romanos 6:23; Malaquias 3:6-7; Romanos 7:12-17.
2. Romanos 5:12-13; I João 3:4-6; Romanos 6:23 cf Romanos 7:7; Romanos 4:15.
3. WHITE, E. G. Patriarcas e Profetas, p. 52.
4. Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:2-6 cf João 8:44; Apocalipse 12:7-17.
5. Gênesis 18:20; Gênesis 19:4-5 cf Romanos 1:18-32.
6. Mateus 5:17-19; Lucas 16:17 cf Malaquias 3:6; Tiago 1:17.


Eduardo
Eduardo

Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010

Ir para o topo Ir para baixo

Compartilhar este artigo em: reddit

Os Dez Mandamentos Não Existiam antes do tempo de Moisés ? :: Comentários

Eduardo

Mensagem Dom maio 29, 2011 10:19 am por Eduardo

Ir para o topo Ir para baixo

Eduardo

Mensagem Dom maio 29, 2011 10:21 am por Eduardo

  • TRINDADE: UM DOGMA DE CONSTANTINO

    Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat

    Ou seja, seria a Trindade um dogma de Constantino? Suas origens se devem ao Concílio de. Nicéia? Para responder a estas perguntas, é necessário que ...

    www.centrowhite.org.br/textos.pdf/03/parousia_iii.pdf
  • Ir para o topo Ir para baixo

    Mensagem  por Conteúdo patrocinado

    Ir para o topo Ir para baixo

    Ir para o topo

    - Tópicos semelhantes

     
    Permissões neste sub-fórum
    Não podes responder a tópicos