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A Canonicidade do livro de Apocalipse
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07062011
A Canonicidade do livro de Apocalipse
O Apocalipse é fortemente atestado como obra canônica e apostólica desde o mais antigo período pós-neotestamentário da história da Igreja, a começar por Hermas, no início do século II D.C., até Orígenes, na primeira metade do século III D.C. As dúvidas surgiram somente mais tarde, mormente por causa do argumento de Dionísio, no sentido que as diferenças existentes entre o Apocalipse e o Evangelho e as epístolas de João excluem uma autoria comum: o apóstolo João, assim sendo, não poderia ter escrito o livro de Apocalipse. É verdade que do ângulo gramatical e literário, o estilo grego do Apocalipse é inferior ao do evangelho joanino e ao das três epístolas de João. Sem embargo, R.H. Charles, quiçá o maior perito sobre literatura apocalíptica, considerava a “gramática deficiente” como algo deliberado, com propósitos enfáticos e para aludir a trechos vetero-testamentários em estilo hebraico, e não por motivo de ignorância ou descuido. (R H. Charles, A Critical and Exegetical Commentary on the Revelation of St. John. The International Critical Commentary (Edimburgo T & T Clarck, 1920), vol. l, págs. cxvii-clix.) Outros estudiosos têm pensado que a “gramática deficiente” resultou de um estado emocional de êxtase por parte de João, quando recebeu suas profecias na forma de visões. A solução mais simples consiste de dizermos que, na qualidade de prisioneiro na ilha de Patmos, no mar Egeu, o apóstolo João não contava com o assessoramento de um amanuense que suavizasse o seu estilo impolido, conforme, aparentemente, sucedeu com o seu evangelho e com as suas epístolas. Não é mesmo impossível que todos os três fatores, acima citados, tenham contribuído para o estilo diferente que se nota no livro de Apocalipse.
É provável que já pelo fim do século I ou começo do século II, treze epístolas paulinas (excluindo Hebreus) fossem conhecidas na Grécia, Ásia Menor e Itália. Todos os manuscritos e textos das epístolas paulinas resultaram de uma coleção que se harmoniza com nosso Corpus paulinum. É verdade que as primitivas coleções mostraram variações na ordem das epístolas, mas o número de escritos permanecia o mesmo. Não há citação de Paulo que não seja tirada de uma das epístolas canônicas, embora seja certo que o Apóstolo escreveu outras cartas. Assim por volta do ano 125, havia dois grupos de escritos que possuíam a garantia apostólica e cuja autoridade era reconhecida por todas as comunidades que os possuíam.
Sobre os outros escritos temos poucos relatos na primeira metade do século II. Clemente conhecia Hebreus; Policarpo conhecia 1 Pedro e 1 João; Pápias conhecia 1 Pedro, 1 João e Apocalipse. Na segunda metade do século, Atos, Apocalipse e, pelo menos, 1 João e 1 Pedro eram considerados canônicos; eles tomaram o seu lugar ao lado dos evangelhos e das epístolas paulinas.
http://www.abiblia.org/artigosview.asp?id=28
No Egito, Clemente e Orígenes acreditou sem hesitações na sua Joannine autoria. Eles eram eruditos e os dois homens de juízo crítico. Sua opinião é tanto mais valioso quanto eles tinham nenhuma simpatia para com o ensinamento milenar do livro. Eles contentou-se com uma interpretação alegórica de certas passagens, mas nunca atreveu a contestar a sua autoridade. Aproximando mais de perto a idade apostólica, temos o testemunho de S. Justino Mártir, cerca de meados do segundo século. Desde Eusébio (hist. Eccl., IV, XVIII, 8), bem como do seu diálogo com o judeu, Tryphon (c. 81), realizado em Éfeso, a residência do apóstolo, sabemos que ele admitiu a autenticidade dos o Apocalipse. Outra testemunha de aproximadamente ao mesmo tempo, é Papias, bispo de Hierapolis, um lugar não muito longe de Éfeso. Se ele próprio não tinha sido um ouvinte de São John, ele certamente foi pessoalmente familiarizado com vários de seus discípulos (Eusébio, Hist. Eccl., III, 39)... (este link também temos os argumento CONTRA , mas uma coisa fica clara, a colocação de que não rejeitavam Apocalipse na igreja primitiva é mero fruto de vontade negatório)
http://mb-soft.com/believe/tts/revelati.htm
dúvidas sobre Apocalipse só passaram a existir, quanto mais a igrejas se HELENIZAVA (processo que acabou gerando várias doutrinas da Icar , aliás) :
1. Clemente de Alexandria: reconheceu catorze epístolas paulinas (incluindo Hebreus); omitiu Tiago, II Pedro e III João.
2. Orígenes: cita todos os livros, com exceção de Tiago e Judas.
3. Clemente: bispo de Roma, 95 d.C., cita como canônicos – I Pedro, Mateus, Lucas, Romanos, I e II Coríntios, Hebreus e I Timóteo.
4. Policarpo: bispo de Smirna e discípulo de João citou muitos livros do Novo Testamento.
5. Taciano: No ano 160 d.C., escreveu uma harmonia entre os 4 Evangelhos.
6. Justino: o mártir escreveu as apologias (defesa) do Evangelho, e citou Atos dos Apóstolos, Efésios, Colossenses e Apocalipse de João.
7. Irineu: 130 a 200 d.C. cita a maioria dos livros do Novo Testamento.
* No ano 210 d.C. surgiu a versão siríaca do Novo Testamento, que era quase completa.
8. Hipólito: que viveu no ano 170 d.C. citou os 27 livros do Novo Testamento como autênticos. Tinha dúvidas quanto ao livro de Hebreus.
9. Eusébio Panfílio: 315 d.C. citou todos os livros do Novo Testamento, mas afirma que há contestação da parte de alguns a respeito de Tiago, Judas, II Pedro, II e III João, e Apocalipse.
10.Cirilo de Jerusalém: 340 d.C. citou todos os livros menos o Apocalipse.
http://www.verdadesbiblicas.com.br/estudos/123-o-berco-do-cristianismo-iii-o-canon-107
e por fim :
JUSTINO, O MÁRTIR
Justino, cognominado o Mártir, nasceu na Grécia no ano 100. Aceitou Jesus como Salvador quando já era um filósofo famoso. Sendo pressionado a negar a fé, resistiu e foi morto no ano 163. Desse valoroso servo de Deus chegaram até nós três livros: Duas Apologias, e o Diálogo com o Judeu Trifão. Nessas três obras, Justino cita 268 vezes os Evangelhos, 10 vezes Atos dos Apóstolos, 43 vezes o Apocalipse, totalizando 330 citações.
IRINEU, PASTOR DA IGREJA DE LIÃO
Nasceu na cidade asiática de Esmirna, no ano 130. Morreu em 202. Em seus livros, Irineu cita 1.038 vezes os Evangelhos, 194 vezes Atos dos Apóstolos, 499 as epístolas paulinas, 23 as epístolas gerais, e 65 vezes o Apocalipse, totalizando 1.819 citações.
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