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Como falar de criacionismo
Por Michelson Borges*

Palestra: Criacionismo na Mídia


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Para muita gente, criacionismo não passa de religião. Outros consideram que Deus não existe. Assim, o criacionismo seria uma ilusão. Teriam eles razão? Primeiramente, é interessante mostrar para o cético o que é o verdadeiro ceticismo. Não considero o ceticismo uma coisa totalmente negativa. Um dos doze discípulos era ligeiramente cético e Jesus não o repreendeu por isso. Esse era Tomé. Ele buscava experimentar por si mesmo aquilo que os outros falavam. A melhor forma de apresentar o criacionismo é convidar o cético a ser cético de verdade; questionar tudo e buscar evidências que sejam sólidas para sua cosmovisão. O criacionista tem bastantes evidências para apresentar: atualmente muitas descobertas da biologia molecular apontam para o design inteligente da vida. A arqueologia bíblica está aí ajudando a desencavar o pano de fundo histórico das Escrituras. Então, mostre os fatos e deixe que os céticos tirem suas próprias conclusões.

A complexidade da vida fala em favor do criacionismo. Os próprios darwinistas confirmam essa complexidade. Por exemplo, Richard Dawkins, no livro O Relojoeiro Cego, diz que o núcleo de uma ameba tem tanta informação quanto todos os 30 volumes da enciclopédia Barsa. Toda forma de vida, desde a mais “simples” até a mais complexa, revela que houve planejamento. E todo mundo sabe que informação complexa e específica simplesmente não surge do nada.

Há os que dizem que o criacionista tem a mente fechada, mas, na verdade, ele abre a mente para o natural e o sobrenatural (afinal, o mundo natural e as leis naturais não podem ser a causa deles mesmos), enquanto os naturalistas fecham a mente para o sobrenatural e ficam diante de um dilema: Como tudo passou a existir a partir do nada? A verdade é ampla e deveria ser buscada de maneira igualmente ampla.

Se quiser dialogar de maneira construtiva com os naturalistas, o criacionista precisa compreender o que é ciência. É importante saber diferenciar a ciência experimental da ciência histórica. Por exemplo, quando se fala da origem da vida, as pessoas acham que isso é ciência experimental, mas não é, porque não tem como demonstrar em laboratório como a vida “surgiu”. Como testar algo que não se sabe como aconteceu? Simular um suposto “ambiente primordial” sem que haja a certeza de que foi nele que tudo teve início não é ciência, é suposição.

Se o criacionista entender o que é ciência, fica mais fácil dialogar com o darwinista.


* Michelson Borges - Jornalista e editor do blog www.criacionismo.com.br

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Como os hebreus da Antiguidade sabiam com certeza o que a ciência e o resto da humanidade demoraram 40 séculos para conhecer?

Em uma série de artigos que inicia aqui, proponho que a estranha afinação do Universo é coerente com as idéias judaico-cristãs da Criação, definidas a partir de Santo Agostinho de Hipona, mas cujos princípios remontam uns 4.000 anos antes, desde o tempo do patriarca Abraão e até mesmo antes.

A idéia não é provar que Deus existe. Deus pode provar sua própria existência através de sua manifestação misteriosa a cada ser humano. A experiência de Deus é pessoal e aqueles que decidem não crer na existência de Deus adotam um dos caminhos possíveis, justamente porque são livres para fazê-lo.

A aparente ausência de Deus no Universo nos dá a opção de crer ou não crer n'Ele. Se Deus se manifestasse na existência comum da humanidade e não estivesse "prima facie" oculto aos nossos sentidos, sua própria presença nos intimidaria e não seria possível deixar de crer n'Ele, tal como agora não é possível deixar de crer nos benefícios da respiração. Alguém é livre para não respirar, mas é óbvio que essa liberdade apenas pode ser exercida por um tempo limitado. Com Deus, ao contrário, a experiência pode ser postergada, justamente porque Deus não torna manifesta sua presença nem exige que alguém creia n'Ele. Deus não nos intimida a crer e sua aparente ausência nos permite a agir com liberdade.

No entanto, na concepção judaico-cristã do mundo, Deus não está ausente mas se manifesta de uma maneira indireta ou misteriosa. Quero empregar essa palavra em seu sentido arcaico de "mistério", como se emprega, por exemplo, em "mistérios eleusicos".

Por que Deus se manifesta de maneira misteriosa na concepção judaico-cristã do mundo? Antes de responder a essa pergunta, devemos fazer uma breve análise histórica das peculiaridades da religião original abraâmica, da qual se originaram tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo. Esta religião, que conhecemos apenas pelos registros contidos na Bíblia e um pouquíssimo mais, é radicalmente diferente das outras religiões que lhe são contemporâneas. Não é propósito deste artigo apreciar estas crenças detalhadamente pois isto exigiria vários volumes. Desejo apenas apontar certas diferenças.

Na contramão de todas as religiões de sua época, a religião de Abraão é, em primeiro lugar, monoteísta. Deus é Uno e existe por seus próprios meios. Em contraste, as religiões do Crescente Fértil são desenvolvimentos de um animismo mais primitivo, que possui miríades de deuses maiores e menores, cada um com suas necessidades e fraquezas. Os deuses do mundo da Idade do Ferro são simplesmente como os seres humanos, com apenas uma única diferença: são imortais. No mais, são quase iguais aos seres humanos: têm violentas emoções, casam-se, possuem filhos, triunfam e fracassam, são enganados etc.

Uma das coisas que diferenciam o Deus de Abraão do restante do panteão caldaico-sumério é a sua própria natureza: é eterno, não tem princípio nem fim; não se limita a ser meramente imortal. Outra nota distintiva do Deus abraâmico é a sua versão da história da Criação: enquanto os demais deuses - todos, de um extremo a outro do mundo - criam o mundo a partir de algo (uma árvore, o mar, uma mulher, um dragão etc.), o Deus de Abraão começa "ex nihilo": a partir do nada mais absoluto. O início do relato abraâmico da Criação é simples e direto: "Beresith barah Elohim...", ou seja, "No princípio Deus criou..."; não há materiais para com eles construir, nem dragões, nem nada. Quando a luz faz falta, Deus simplesmente diz: "Faça-se"; e eis aí a luz.

Consideremos por um instante isto que é realmente sem igual. Da palavra de Deus são criadas todas as coisas. Os seres humanos de todos os tempos estão acostumados a enxergar um símbolo como representação de algo (p.ex., a palavra "luz"). Isto não mudou desde os primórdios dos tempos. Mas é simplesmente revolucionária a idéia, em uma era tão remotamente distante no tempo, que uma palavra possa existir antes do objeto que representa e ser a causa de tal objeto.

Quarenta séculos depois, descobrimos que uma palavra no código do DNA pode representar a diferença entre dois tipos de seres vivos. Imaginamo-nos em profundíssimas teorias ao limite da Matemática e da Física, que alguns diminutos detalhes denominados "strings" podem cumprir uma função comparável à do DNA na formação dos elementos básicos do Universo; uma ligeira diferença na vibração e, ao invés de chumbo, temos urânio. A relação palavra-realidade aparece na cíência de nossos dias como um eco distante da história da Criação relatada pelo Deus de Abraão.

Em pleno século XXI, poucos recordam o que a ciência afirmava há cerca de 100 anos atrás. Mas se pesquisarmos um pouco os livros de História observaremos que o mundo inteiro, Babilônia, Grécia, Roma e aqueles que os sucederam, todos acreditavam que o Universo simplesmente sempre tinha estado ali e que tudo estava ligado a ciclos sucessivos - a "anakuklosis"[1] -, os inevitáveis ciclos ou eras que dominavam a vida da humanidade. O povo de Abraão experimentou muitas transformações nos séculos que seguiram, no entanto nunca perdeu a crença na Criação a partir do nada, apesar do mundo inteiro pensar de outra maneira. Até o início do século XX, a crença em um Universo estável e permanente era aceita como algo evidente. Einsten, com toda a sua maravilhosa intuição, começou a sua vida crendo no Universo estável, mas já pelo tempo de sua morte as coisas começavam a mudar e o Deus de Abraão ia ser apontado, depois de ter sido ignorado por 40 séculos, neste assunto que aborda o princípio do Universo.

Em 1889, nascia Edwin Hubble, em Marshfiel, Webster County, Missouri (Estados Unidos). Em 1919, Hubble, que então fazia parte da equipe de astrônomos do Observatório de Monte Palomar, confirmou o que já se vinha suspeitando há alguns anos: que a Via Láctea não era o Universo inteiro e que o "gás interestelar" que se observava nos telescópios da época não era gás, mas conjuntos inteiros de galáxias. O Universo concedia à humanidade e à ciência outra lição de humildade. A Terra não era o centro do Universo; tampouco o Sol, a estrela mais próxima da Terra; tampouco a nossa galáxia era o Universo inteiro... era apenas uma galáxia no meio de incontáveis outras galáxias espalhadas na imensidão até onde os telescópios podiam enxergar.

Fazendo uso das descobertas de Christian Doppler, Hubble e seus colaboradores se dispuseram - sem saber - a nos dar outra colherada de humildade. Estabeleceram a correlação entre o espectro lumínico e a velocidade de afastamento de uma galáxia, o que, no seu tempo, mostrou-se consistente com as equações da Relatividade Geral definidas por Einsten, demonstrando que o nosso Universo se expandia à velocidade da luz em todas as direções, embora Einsten resistisse à idéia de que o Universo não era estável e tivesse acrescentado aos seus cálculos um "tensor", uma variável que permitia o ajuste de certas anomalias que logo foram identificadas como resultantes da expansão isotrópica do Universo. Corria então o ano de 1929.

Esta confirmação de Hubble dava razão aos cálculos puramente matemáticos do Padre Georges Henri Joseph Édouard Lemaître, um sacerdote católico belga, descendente espiritual de Abraão e integrante da teimosa descendência do hebreu que acreditava na criação "ex nihilo". Esse bom religioso católico também é considerado o "pai do Big Bang", a teoria da Grande Explosão. Em 1927, publicava nos Anais da Sociedade Científica de Bruxelas o artigo "Un Univers homogène de masse constante et de rayon croissant rendant compte de la vitesse radiale des nébuleuses extragalactiques"[2]. Nesse relatório, o Padre Lemaître apresentava a idéia do Universo em expansão. Com o passar do tempo, completou a derivação matemática das primeiras observações de Hubble e sua equipe. Como a Bélgica é um país bem pequenino, pouquíssima gente ficou sabendo desta conclusão revolucionária do bom Padre Georges. Einsten, descendente genético de Abraão, que havia perdido a crença de seus ancestrais de quarenta séculos, resistia a acreditar em um Universo em expansão. Para entender o Universo, Einsten precisava ficar quieto e não agir até que ele acabasse de demonstrar como funcionava. Em bom francês, disse ao Padre Lemaître: "Vos calculs sont corrects, mais votre physique est abominable"[3]. Infelizmente para Einsten, o Padre estava certo. Enquanto eles conversavam amigavelmente sobre Física, um grupo de físicos e matemáticos, composto principalmente por franceses e alemães, começava a alargar as fronteiras da Relatividade Geral e ingressava no território selvagem e inexplorado da Física Quântica.

O Padre Lemaître faleceu em 1966, pouco após Penzias e Wilson descobrirem a tela de radiação de microondas que confirmava a explosão inicial do Big Bang, possibilitando calcular a idade do Universo em 15,5 bilhões de anos.

Com o passar do tempo, outros homens de ciência propuseram que toda a matéria do Universo tinha estado concentrada em um ponto milhões de vezes menor que o ponto final desta frase.

Esse ponto - dizem os astrofísicos de hoje - começou a se expandir de uma forma precisa e deliberada que permitiu o desenvolvimento de 17 constantes universais sem as quais o nosso Universo jamais poderia ter existido. Se apenas uma destas constantes fosse modificada em grau de 0,140, o Universo não poderia se sustentar. Para que isto resultasse assim, precisou ocorrer uma série de fatos particulares, que os cientistas denominam "singularidades". Estas singularidades sugerem uma Vontade externa e anterior ao "continuum" do tempo-espaço (se é que podemos chamar "externo e anterior" a algo que "estava-está-estará" ali quando não existiam nem o tempo e nem o espaço propriamente ditos).

Roger Penrose e seu colega Stephen Hawking, ambos astrofísicos renomados, concluem que todas as singularidades indicam que existe "uma força que é prévia e independente ao Universo". Acrescentam que "não se pode rejeitar a existência desta singularidade. A teoria é tão sólida que muitos astrofísicos já aceitam a conclusão metafísica: a necessidade de uma Criador, fora do espaço e do tempo".

De toda esta série de singularidades, torno a me concentrar na única que foi revelada ao pastor "Avram", a quem logo Deus lhe daria um novo nome: Abraão. Este personagem obscuro, filho do chefe de um clã de pastores-guerreiros que habitaram o Crescente Fértil próximo de Ur há quarenta séculos, já sabia que o Universo tinha começado do nada, que tudo tinha tido um princípio embora intuitivamente parecesse que nada mudava e tudo girava em ciclos que o homem podia observar. Este mesmo homem, um homem de ação na pré-história, sabia que Deus, o Criador de tudo - Ele que não tem princípio nem fim - de alguma maneira era externo e anterior à sua Criação.

Esse mesmo Deus prometeu a Abraão: "Farei tua descendência tão numerosa quanto as estrelas do céu", promessa esta que ao pobre Abraão, de 90 anos, sem filhos e casado com uma senhora de 80 anos, podia parecer uma brincadeira de mau gosto. Mas acreditou e confiou em Deus. Acreditando ou não, mais da metade da população do mundo de hoje afirma crer no Deus de Abraão, a quem Deus chamou "Pai das Nações" há quarenta séculos. E o resto do mundo finalmente concorda com Abraão no sentido de que certamente houve um princípio e algumas das cabeças mais brilhantes deste planeta, estudando cuidadosamente o assunto, começam a vislumbrar a obra dessa Singularidade Absoluta que falou com Abraão há quarenta séculos em uma colina da Caldéia.

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Notas:
[1] Herman, Arthur. "La idea de decadencia en la historia occidental" (=A idéia de decadência na História Ocidental). Santiago do Chile: Ed. Andrés Bello, p.25 da edição castelhana. Do original "Original The Idea of Decline in Western History", Simon & Schuster Inc., 1997.
[2] Um Universo homogêneo de massa constante e raio crescente resultante da velocidade radial das nebulosas extragaláticas.
[3] "Vossos cálculos são corretos, mas a vossa física é abominável".

http://www.veritatis.com.br/article/6082/a-anomalia-abraamica
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Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra :: Comentários

Eduardo

Mensagem Sáb maio 22, 2010 9:30 pm por Eduardo

Por que os Adventistas são Criacionistas?

Por: Gilson Medeiros

Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra CapaRC80

Frequentemente somos bombardeados com informações retiradas das teorias evolucionistas, tais como: os milhões de anos dos fósseis, o "nascimento" da Terra, a origem do homem... apenas para citar os mais comuns.

Mas temos uma ferramenta muito útil para podermos fundamentar melhor a fé criacionista. Através da SOCIEDADE CRIACIONISTA BRASILEIRA, liderada por Adventistas do 7º Dia, todos temos acesso aos mais atuais e completos estudos que mostram as falhas da teoria evolucionista, ao mesmo tempo em que fundamentam cientificamente (e não apenas teologicamente) os pressupostos criacionistas.

Especialmente para estudantes, que são diariamente confrontados com estes temas em sala de aula, o site da SCB é uma parada obrigatória.

Se você ainda não conhece a SCB, não sabe o que está perdendo. E não deixe de participar também dos CONGRESSOS CRIACIONISTAS, promovidos nas diversas regiões do Brasil, durante todo o ano.

Clique aqui e entre no site da SCB.

Bons estudos!

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Eduardo

Mensagem Qua Jun 02, 2010 9:53 pm por Eduardo

Em busca das digitais do Criador

Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Capa+eclesia+peq

Em sua última edição (Ano 11, edição 118), a revista Eclésia - "A revista evangélica do Brasil" - publicou entrevista de cinco páginas com o jornalista e membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) Michelson Borges, que fala sobre ciência e religião, design inteligente, idade da Terra, dilúvio, dinossauros, fósseis e muito mais. Confira a íntegra da entrevista aqui:

Vários cientistas costumam criticar o criacionismo e chamá-lo de “pseudo-ciência”, alegando que se trata de uma filosofia religiosa e não uma teoria com bases científicas. O criacionismo é ou não científico?

O criacionismo, no fundo, está mais para filosofia e teologia do que para ciência, uma vez que em sua base jaz a crença no Deus Criador, algo que de fato não pode ser demonstrado em laboratório. Mas muitas das premissas criacionistas podem ser verificadas empiricamente, sim. Como, por exemplo, a impossibilidade da origem da vida a partir de matéria inorgânica, de maneira casual. Por muitos anos, os cientistas evolucionistas vêm tentando criar os componentes básicos da vida em laboratório, mas sem sucesso (mesmo o famoso experimento de Urey-Miller vem sofrendo sérios questionamentos). E ainda que os cientistas conseguissem, contra todas as probabilidades, fazer surgir alguma coisa parecida com uma célula ou quem sabe o DNA, estariam apenas provando que para se criar vida é necessário planejamento inteligente e condições programadas. Note: com toda a tecnologia de que dispõem e depois de tanto tempo e dinheiro gastos em pesquisas, os evolucionistas querem nos fazer crer que algo que eles não conseguem criar teria surgido de maneira espontânea e não planejada. É justo dizer que isso também se trata de filosofia; ou mesmo “teologia”: a “teologia” dos deuses tempo e acaso.

Ciência e religião podem ser conciliadas?

Depende de que ciência e de que religião se está tratando. Se você se refere à religião bíblica e à ciência experimental, a conciliação é perfeitamente possível. Exemplo disso são os chamados “pais da ciência”. Galileu, Copérnico, Kepler, Descartes, Newton e outros grandes gênios científicos do passado eram também homens de profundas convicções religiosas. Para Newton, o principal objetivo da ciência é realizar uma argumentação retrospectiva ao longo da cadeia de causas e efeitos mecânicos até chegar à primeira de todas as causas, que certamente não é mecânica, e que, para Newton, era Deus. Por isso, ele encarava o aprendizado como uma forma de obsessão, uma busca a serviço de Deus.

Segundo Nancy Pearcey e Charles Thaxton, autores de A Alma da Ciência, “o tipo de pensamento conhecido hoje em dia como científico, com sua ênfase na experimentação e formulação matemática surgiu numa cultura específica – a da Europa Ocidental – e em nenhuma outra. ... Os mais diversos estudiosos reconhecem que o Cristianismo forneceu tanto os pressupostos intelectuais quanto a sanção moral para o desenvolvimento da ciência moderna”. Como assim?

Primeiro, a Bíblia ensina que a natureza é real, diferentemente de outros sistemas religiosos que a consideram irreal, como o panteísmo, o hinduísmo e o idealismo. Segundo, a doutrina bíblica da Criação implica que o mundo não é ilusório; antes, é “uma esfera de estruturas definíveis e relações reais e, portanto, um objeto passível tanto do estudo científico quanto filosófico”, nas palavras de Langdon Gilkey, professor de Teologia da University of Chicago School of Divinity. Terceiro, na visão bíblica, a natureza tem valor, pois o que Deus fez é bom. Os gregos antigos, por exemplo, não tinham essa convicção. Eles equiparavam o mundo material ao mal e à desordem, daí o fato de denegrirem qualquer coisa relacionada à esfera material. O trabalho manual era relegado aos escravos, enquanto os filósofos levavam uma vida de ócio, na busca das “coisas elevadas”. Provavelmente esse seja um dos motivos pelos quais os gregos não desenvolveram uma ciência empírica, que requer observação prática e de primeira mão, bem como a experimentação. O cristianismo ensina que o mundo físico tem grande valor como criação de Deus e que as coisas materiais devem ser usadas para a glória de Deus e para o bem da humanidade. Por isso, na Europa Ocidental cristã nunca houve o mesmo desprezo pelo trabalho manual. Não havia uma classe de escravos para realizar trabalhos e os artesãos eram respeitados.

“Enquanto a natureza é objeto de adoração religiosa, sua análise é considerada uma heresia... O monoteísmo da Bíblia [do Deus fora da matéria] exorcizou os deuses da natureza, libertando a humanidade para desfrutá-la e investigá-la sem medo. Somente quando o mundo deixou de ser um objeto de adoração é que pôde tornar-se um objeto de estudo”, dizem os autores de A Alma da Ciência. E para que se tornasse um objeto de estudo, o mundo deveria ser encarado como um lugar onde os acontecimentos ocorrem de modo confiável e regular – o que, diga-se de passagem, também foi um legado do cristianismo bíblico.

Portanto, a ciência experimental e a religião bíblica não apenas são compatíveis, como aquela nasceu com a ajuda desta.

Quais são os principais argumentos para se defender que o mundo foi criado por Deus e não houve uma evolução de milhões de anos?

Se tivesse havido uma evolução de milhões de anos, isso teria de alguma forma sido preservado no registro fóssil. Deveria haver milhares de elos de transição entre os animais fósseis. Mas não é o que se vê. Os fósseis são perfeitamente reconhecidos conforme seus “tipos básicos”. Note que mesmo antes de Darwin surgir no cenário histórico, Newton já percebia essa incoerência: “Se os homens, animais, etc., tivessem sido criados por ajuntamentos fortuitos de átomos, haveria neles muitas partes inúteis, aqui uma protuberância de carne, ali um membro a mais. Alguns animais poderiam ter um olho só, outros, mais dois.” Ainda nem se falava em design inteligente, mas Newton já advogava a idéia.

Outra evidência de que o mundo foi criado e planejado nos vem dos chamados “princípios antrópicos”. Por exemplo, temos 21% de oxigênio na atmosfera, o que torna a vida possível na Terra. Se fossem 25%, haveria incêndios espontâneos. Se fossem 15%, os seres humanos ficariam sufocados. Se a atmosfera fosse menos transparente, não haveria radiação solar suficiente sobre a superfície da Terra. Se fosse mais transparente, seríamos bombardeados com muito mais radiação solar. E o que dizer da interação gravitacional Terra-Lua? A distância entre elas faz com que os efeitos sobre as marés, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação sejam ideais para manter a vida e a estabilidade no clima. Finalmente, Se a força gravitacional fosse alterada em 0,00000000000000000000000000000000000001 por cento, o nosso Sol não existiria e, portanto, nós também não.

Ninguém jamais aceitaria que os equipamentos de suporte de vida de uma espaçonave pudessem surgir por acaso ou se ajustar ao longo de milhões de anos. O que dizer, então, do fino sistema de suporte de vida da “nave” conhecida como Terra?

Você percebe que a existência da vida é uma inescapável conseqüência da lógica e de planejamento inteligente?

Como o criacionismo explica a medição de tempo e de idades de rochas e fósseis que remontam a origem da vida há milhões de anos no passado?

O arqueólogo Säve Söderbergh referiu-se às atitudes comuns entre seus colegas nos seguintes termos: “Se uma datação radiocarbônica apoia nossas teorias, nós a colocamos no texto; se ela não contradiz frontalmente, colocâmo-la no rodapé e, se for discrepante, simplesmente não a mencionamos.” Bastante tendencioso, não?

O criacionista clássico, fundamentado na Bíblia, admite que a vida na Terra tenha cerca de 6 a 10 mil anos. Assumindo a origem da população humana com Noé, e admitindo um crescimento médio anual da ordem de 0,5% (hoje ele se situa em torno de 2%) para assimilar guerras, epidemias, pragas, baixo nível de conhecimento e outros fatores que fazem baixar o nível de crescimento populacional, 4.300 anos seriam suficientes para ser atingida a atual população da Terra. Um crescimento médio de 0,35% ao ano, desde Noé até Cristo, permitiria que a população mundial atingisse os supostos 300 milhões de habitantes daquele tempo. Por outro lado, se a espécie humana tivesse um milhão de anos de existência, como dizem, mesmo a pequena taxa de crescimento médio de 0,1% ao ano faria surgir um número fantasticamente grande de habitantes, os quais nem todo o Sistema Solar poderia conter!

Também é interessante notar que o comportamento dos elementos radioativos nem sempre promove, em todos os casos, a idéia de uma Terra extremamente antiga, como querem os evolucionistas. Robert Gentry, incontestável perito mundial em halos radioativos, percebeu isso. Os radiohalos (ou halos radioativos) correspondem a microscópicas feições encontradas preferencialmente em biotita, um dos minerais essenciais das rochas graníticas. Essas minúsculas estruturas são originadas pela emissão de partículas alfa, a partir de um pequeno grão de material radioativo. No seu trajeto, essas partículas danificam a porção mineral circunjacente. Tendo em vista o contínuo processo de desintegração radioativa de “pai” para “filho”, partículas alfa com energias ou velocidades diferenciadas são produzidas, gerando então uma estrutura equivalente a várias esferas concêntricas, cujo centro conteria o referido grão radioativo.

Segundo o próprio Gentry, sua maior descoberta foi verificar a presença de radiohalos de Polônio, de origem primária, em granitos pré-cambrianos (0,6 a 4,6 bilhões de anos). Acrescentando-se à descoberta o fato de que os halos radioativos só são preservados a temperaturas inferiores a 300 °C, chegou a seguinte conclusão: os granitos “pré-cambrianos” foram criados a baixa temperatura e de maneira praticamente instantânea, afinal, a meia-vida do Polônio218 é de apenas três minutos! A evidência era tão grande que Gentry tornou-se criacionista.

Gentry descobriu que os granitos tiveram que ser criados de forma rápida e à frio. Para o pesquisador, o granito “pré-cambriano”, ou embasamento cristalino primordial da crosta terrestre, teria sido criado por Deus no primeiro instante (tempo inferior a três minutos) do primeiro dia da criação, há cerca de 6 mil anos. E até agora ninguém contradisse o perito em alguma publicação científica.

Existe uma idéia divulgada entre os criacionistas de que o dilúvio bíblico explicaria a extinção dos dinossauros. Pode explicar melhor essa história?

Os fósseis dos dinossauros estão aí para contar a história. Fósseis só se formam se o animal for soterrado rapidamente sob lama e sedimentos (se o bicho morre e fica exposto, acaba devorado por outros animais ou se decompõe). A pergunta é: De onde veio tanta lama para sepultar tantos animais gigantescos em várias partes do mundo? Muitos desses fósseis, inclusive, indicam que os animais morreram em estado de agonia. As pegadas fósseis também contam uma história interessante. Elas só ficaram registradas porque os dinossauros pisaram na lama e depois essas marcas acabaram cobertas por mais lama e ambas se solidificaram. Recentemente, uma equipe de cientistas europeus descobriu marcas de dinossauros no fundo de um lago na Espanha. Liderado por Ruben Ezquerra, da Fundação do Patrimônio Paleontológico de La Rioja, o estudo foi publicado na edição de junho do jornal científico norte-americano Geology. “Quando você vê pegadas, dá para realmente reconhecer um pé no chão. Mas neste caso nós temos apenas séries de sulcos – longos sulcos de 60 centímetros, por exemplo – que são realmente característicos do corpo do animal sendo sustentado pela água”, afirma Loic Costeur, paleontólogo da universidade francesa de Nantes e co-autor do estudo. Agora visíveis na superfície, essas marcas teriam sido deixadas por um dinossauro nadando e arranhando o fundo do lago com as patas traseiras, talvez um carnívoro de grande porte do grupo do Tiranossauro Rex.

Se alguns filhotes de alguns tipos de dinossauros foram salvos na arca de Noé, não sabemos. O que sabemos é que muitas espécies acabaram extintas não apenas pelo Dilúvio, mas também pelos efeitos posteriores e decorrentes da catástrofe.

Se realmente o dilúvio foi universal, uma catástrofe global, de onde veio tanta água, a ponto de cobrir as mais altas montanhas?

Primeiramente, é bom que se diga que as mais altas montanhas do mundo antediluviano provavelmente não fossem tão altas assim. Cordilheiras como a dos Andes e mesmo o Everest estão em movimento e tudo leva a crer que tinham altitude bem inferior há alguns milhares de anos. Somando as águas subterrâneas (“fontes do abismo”) e as águas em forma de vapor na atmosfera (as “águas” sobre o firmamento, de que fala o Gênesis), seria teoricamente possível cobrir toda a superfície da Terra. Depois, toda essa água acabou acumulada nos grandes mares e lagos.

Talvez a menção da formação das cordilheiras há milhares de anos chame a atenção de alguns. Mas é bom lembrar que essa possibilidade existe. Em meu livro A História da Vida, menciono dois exemplos de transformações topográficas rápidas, entre muitas outras registradas na história geológica. Em 27 de agosto de 1883, o vulcão Perbuatão, na ilha de Cracatoa, explodiu e fez afundar a maior parte da ilha, que tinha anteriormente uma área de 40 km2. Em 1950, na Índia, um terremoto transformou a configuração de cordilheiras inteiras na região do Himalaia. Em questão de horas e até minutos, muita coisa pode ser transformada por catástrofes naturais locais; imagine do que seria capaz um cataclismo mundial como o Dilúvio de Gênesis!

O que costuma ser também muito intrigante são alguns fósseis que os evolucionistas costumam classificar como pertencentes a antepassados do homem e dos animais modernos. Como os criacionistas interpretam esses fósseis?

Esse assunto é sempre cercado de muita controvérsia e de vez em quando vemos o que antes eram certezas sendo desfeitas por novas pesquisas. Recentemente, um dos maiores achados arqueológicos foi posto em dúvida por um grupo de antropólogos israelenses. Em um estudo publicado na edição on-line da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, antropólogos da Universidade de Tel Aviv afirmam que Lucy (que depois se descobriu ser Lúcio), o famoso esqueleto de Australopithecus afarensis, de supostos 3,2 milhões de anos, encontrado em 1974 na Etiópia, não é o último ancestral comum entre os humanos modernos e uma família de grandes primatas conhecidos como “hominídeos robustos”. Segundo os pesquisadores, determinadas características morfológicas encontradas em Lucy – e que também são encontradas nos Australopithecus robustus – não existem nos humanos.

Volta e meia a árvore evolutiva humana é alterada por novas descobertas que mostram que a tal “árvore” está mais para um monte de galhos desconectados. A propósito, o famoso elo imaginário entre homens e símios continua perdido...

Quais foram os grandes erros de Darwin na elaboração de sua teoria da evolução?

Segundo a Dra. Márcia Oliveira de Paula, professora do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) e presidente do Núcleo de Estudos das Origens (NEO), ninguém pode tirar o mérito de Darwin pelo seu trabalho, que inclui a idéia da seleção natural, a qual explica como organismos que possuem características mais vantajosas podem sobreviver em um determinado ambiente, em detrimento de outros organismos que não a possuem, e passar essa característica para os seus descendentes. Porém, o grande problema de Darwin e de outros evolucionistas é que eles se baseiam em pequenas mudanças plausíveis, que são observadas na natureza, ou seja, surgimento de novas espécies a partir de uma espécie ancestral, e extrapolam que mudanças muito maiores, nunca observadas na natureza e nem experimentalmente, seriam possíveis, bastando apenas ter ocorrido em milhões ou bilhões de anos. Por isso há quem diga que Darwin acertou no varejo, mas errou no atacado.

Resumindo, a teoria da evolução não consegue explicar a origem da vida por processos naturais, a partir de matéria não viva; também não consegue explicar a origem da informação genética nem de sistemas irredutivelmente complexos; não consegue explicar o aumento de complexidade que teria acontecido nos organismo durante o processo evolutivo, ou seja, não consegue explicar a origem de novos órgãos, sistemas de órgãos e novos planos corporais. Em relação ao registro fóssil, a teoria da evolução não consegue explicar a Explosão Cambriana; e também não consegue explicar a falta de formas de transição entre os principais grupos de organismos. Por outro lado, a teoria da evolução explica muito bem processos como a microevolução e especiação (processo de formação de novas espécies).

No livro A caixa preta de Darwin, o bioquímico norte-americano Michael Behe defende que os sistemas vivos, em nível molecular, são melhor explicados como fruto de um planejamento inteligente. Esse é um dos argumentos do design inteligente contra o evolucionismo. Qual a sua opinião sobre esse movimento?

A Teoria do Design Inteligente (TDI) tem como objetivo demonstrar as insuficiências epistêmicas do darwinismo, propondo um debate científico a respeito da viabilidade ou não dos postulados evolucionistas. Vejo com bons olhos essa iniciativa, já que a idéia é discutir o assunto em âmbito estritamente científico, coisa que o criacionismo dificilmente consegue, devido ao preconceito. Mas, curiosamente, muitos darwinistas viram as costas à discussão e blindam o darwinismo contra essas críticas, alegando que a TDI se trata de um novo tipo de criacionismo.

Tanto o criacionismo como o design inteligente podem ser vistos como teorias estritamente científicas, que não precisam apelar para a religião para ter fundamento?

A TDI pode ser vista dessa forma, já que não apela para livros religiosos ou divindades. O criacionismo, por outro lado, pode ser considerado uma teoria híbrida científico-religiosa, pois vai além do escopo científico, ao identificar o designer como sendo o Deus Criador. A TDI se vale de apenas uma ferramenta: a ciência. O criacionismo também usa a ciência, mas não dispensa a ferramenta da teologia. É o que Newton fazia. E ele pôde enxergar mais longe por isso.

Costuma-se dizer que os criacionistas não têm credenciais científicas e seriam “especialistas autoproclamados”. Qual a sua opinião sobre isso? Pode citar quem são os cientistas criacionistas mais qualificados na atualidade?

Quando li pela primeira vez essa expressão aplicada aos pesquisadores criacionistas, resolvi mostrar que isso não é verdade. Realizei doze entrevistas com pesquisadores cujas credencias são indiscutíveis e publiquei o material em forma de livro, intitulado Por Que Creio. Onze deles são criacionistas brasileiros que atuam em áreas como física, biologia, arqueologia, matemática, botânica, etc. Apenas um, o Michael Behe, não é criacionista, mas questiona o darwinismo de maneira estritamente científica.

Acusar os criacionistas de “especialistas autoproclamados”, portanto, é apelar para o argumento ad hominem é desviar o foco da discussão. O pessoal do Geoscience Research Institute, nos Estados Unidos, é um bom exemplo de gente que faz pesquisa séria em criacionismo.

Apesar do criacionismo, a Igreja Católica finalmente admitiu que o processo de criação do mundo pode ter durado milhões de anos. Essa postura já era aceita por teólogos liberais. Nos próximos anos quem deverá mudar mais: a igreja ou a ciência convencional?


A Igreja Católica tem um histórico de mudanças doutrinárias e de postura ao longo da História. Não concordo que a teologia deva se adaptar às descobertas da ciência, que são bastante mutáveis. Imagine se a Bíblia fosse concordar com a visão geocêntrica aristotélica esposada pelo catolicismo nos tempos de Galileu... A Palavra de Deus é imutável justamente pelo fato de ter sido inspirada por aquele que sabe todas as coisas e não erra. A ciência é um tipo de busca pela verdade, mas nesse processo de busca acaba enveredando por caminhos tortuosos e freqüentemente precisa retornar ao ponto de partida. Não há nenhum problema nisso. A ciência deve ser assim mesmo. O erro está em elevá-la ao status da teologia, sem se entender seu caráter transitório como ferramenta humana.

Ao tentar hibridizar o evolucionismo com a fé na criação, a Igreja Católica acaba criando uma terceira teoria amorfa mais problemática. Se antes de ter existido o primeiro ser humano já havia morte no mundo, então a morte foi criada por Deus, como algo inerente à Sua criação e não é resultado do pecado humano. Isso é absurdo! Jamais aceitaria um Deus assim. Se a história relatada nos primeiros capítulos de Gênesis é mitológica, por que Jesus teria Se referido a ela de maneira literal? Estaria Ele errado e a Igreja certa? Se essa história é mesmo uma alegoria, então o pecado também é uma ilusão. Então, Jesus morreu por quê?

Não sei quem vai mudar mais, se a ciência ou a igreja. O que sei é que a igreja deveria mesmo é se ater a uma visão bíblica que permita que as Escrituras se interpretem a si mesmas e defender essa visão neste mundo cético e irreverente. A tendência conciliatória evita os debates, mas afasta as pessoas da verdade.

Uma das grandes polêmicas educacionais na atualidade é justamente a introdução do ensino da criação no currículo escolar. Como você vê essa questão? Dá para ensinar a teoria criacionista sem ser proselitista?


Considero curiosa a reação negativa de alguns segmentos à inclusão do criacionismo nas aulas de religião, por exemplo. Não vivem dizendo que criacionismo é apenas religião? Então, por que se opor ao seu ensino nas aulas de educação religiosa? Num contexto cristão, considerando-se que o criacionismo é bíblico, não considero seu ensino como sendo proselitismo.

Recentemente começaram as comemorações dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin. Como sempre, a mídia deu grande destaque e alfinetou as religiões que acreditam em Deus como Criador. Como você analisa a cobertura da mídia nessas questões? Há parcialidade e até discriminação?

O que mais me chama a atenção é a ausência de homenagens similares a cientistas que deram maiores contribuições à ciência, como Newton e Einstein, por exemplo. Outra postura reprovável é o sensacionalismo. Recentemente, uma revista popular de divulgação científica estampou na capa o seguinte título: “Darwin, o homem que matou Deus.” É a típica capa feita para vender. Infelizmente, de modo geral, a mídia secular está vendida à visão de mundo naturalista e tudo que se oponha a isso acaba sendo hostilizado ou depreciado.

Falando sobre mídia, é possível perceber uma explosão de reportagens, programas e produções com temática espiritualista. Reencarnação, ioga e vidas passadas, por exemplo, são assuntos sempre constantes nas grandes revistas e nas novelas da televisão. Por que tanta ênfase nesses assuntos?

Para mim, evolucionismo e espiritualismo são duas faces da mesma moeda. O grande conflito entre o bem e o mal neste universo teve início quando uma criatura alimentou o espírito de independência. Quis ser mais do que devia e procurou viver como se Deus não existisse; ou melhor, quis ser Deus. A idéia de evolução sem Deus está entranhada em ambas as filosofias, embora uma seja materialista e a outra não.

Sei que pode parecer coisa de teorias conspiratórias, mas o fato é que, à medida que a volta de Jesus se aproxima, esse ser que queria ser Deus tenta cada vez mais incutir nas pessoas o desejo que ele mesmo inaugurou e acalentou por tantos séculos: a independência de Deus, que acaba distanciando a criatura do Criador.

Por outro lado, os evangélicos quase sempre costumam ser criticados pela imprensa secular. Existe alguma discriminação ou até manipulação?

O preconceito existe, sim. Mas às vezes a culpa é dos próprios evangélicos. A fé irracional manifestada por alguns crentes acaba lançando vitupério sobre todos os evangélicos. O cristão atual deve estar, tanto quanto possível, bem informado e evitar fazer afirmações sobre assuntos que desconhece. É muito comum ouvir crentes dizendo que o homem “veio do macaco”, por exemplo. Nada mais incorreto, mesmo para os darwinistas.

Mas o preconceito existe e não há dúvida. Um mesmo telejornal que critica o criacionismo como se fosse mera crendice veicula reportagem sobre as “pílulas” de Frei Galvão de maneira séria.

Uma das mais duras críticas à mídia é de que ela banaliza a sexualidade, incentivando a promiscuidade. Agora, pega fogo a discussão sobre o controle daquilo que a mídia veicula. Você concorda com esse tipo de controle? Não seria um tipo de censura?

Pode até caracterizar um tipo de censura, mas quando se percebe que as letras relativamente inocentes dos sucessos musicais do passado deram lugar a uma linguagem sexual ousada e de palavrões; quando um escritório de advocacia de Chigago causa polêmica com um novo anúncio em que os corpos seminus de um homem e uma mulher dividem um outdoor e incentivam o divórcio; quando novelas veiculam imagens com forte conteúdo sexual em horários nos quais as crianças estão “coladas” na tela da TV; fico pensando se esse não acaba sendo o mal menor. Algum tipo de controle deve haver, já que os pais não têm conseguido fazer isso em casa.

Você pode citar exemplos de como a mídia tem contribuído para erotizar e aumentar a violência, principalmente no universo infantil?

Há poucos meses, um portal de notícias da internet mostrou crianças pedindo autógrafos a uma modelo, durante a festa de lançamento de uma revista masculina na qual ela aparece nua. E tudo como se fosse a coisa mais natural do mundo. O que podemos esperar desta geração que está crescendo com a idéia de que vender o corpo para ser observado é algo perfeitamente normal? Que tipo de homens e mulheres comporão a sociedade nas próximas décadas? Depois não venham reclamar que as mulheres estão sendo tratadas como objeto, que o romantismo foi embora, e coisas do tipo. Quem planta vento, colhe tempestade.

Como você vê o uso de mensagens e propagandas subliminares em filmes, novelas e até desenhos? Algum caso já o deixou mais indignado?

Uma pesquisa publicada na revista Current Biology sugere que propagandas que usam imagens subliminares provavelmente têm efeito. Esta é a primeira vez que pesquisadores conseguiram provas fisiológicas do impacto dessas imagens. E como as propagandas subliminares funcionam, eu as considero uma violação do direito de escolha do cidadão. Ainda assim, as mensagens subliminares que mais me deixam indignado são as ideológicas e dirigidas às crianças. Se os adultos mal podem se defender dessas mensagens, imagine os pequenos.

Quando se fala em mídia, é impossível esquecer da música. Qual é a sua opinião sobre o mercado musical evangélico e sobre a qualidade daquilo que se toca e canta nas igrejas atualmente?

Esse é outro tema polêmico. Por isso, prefiro antes deixar um ex-roqueiro dizer o que ele pensa. Brian Neumann, cuja história de envolvimento com o rock é contata por Samuele Bacchiocchi, em The Christian and Rock Music, faz o seguinte relato: “Logo reconheci que não havia diferença significativa entre o rock secular e sua versão ‘cristã’, independentemente da letra. Música cristã contemporânea que se conforma com os critérios básicos do rock não pode ser usada legitimamente como música de igreja. A razão é simples: o impacto do rock ocorre pela música e não pela letra.”

Se rastrearmos a origem do rock, chegaremos aos tambores dos cultos vodus, caracterizados por orgias sexuais e sacrifícios. A batida dos tambores favorecia o transe e o contato com os “espíritos”. Quando esse estilo musical é exportado para o ocidente, na década de 1969, “coincidentemente” tem início o movimento da contracultura, com sua negação dos valores morais. Droga, sexo e rock’n’roll são as palavras de ordem. Bem, Raul Seixas mesmo já dizia que o diabo é o pai do rock. A jogada de mestre desse “pai” foi introduzir esse estilo musical nas igrejas. Que efeitos terá isso sobre as congregações? Será que o tipo de reavivamento embalado pelo rock e ritmos derivados dele é bíblico? Como pergunta a Bíblia, que comunhão há entre a luz e as trevas? Taí algo para se pensar.

Hollywood parece cada vez mais sintonizada com a religião. Isso fica claro em produções como Sinais, Ghost, Sexto Sentido e Matrix. Como essas produções influenciam o público?

De fato, Hollywood está interessada em religião, porque o povo está interessado nisso. Mas que tipo de religião? A religião do descompromisso. Mera religiosidade fast-food, na qual eu determino as regras e a forma de adoração, se é que se adora alguém. Além disso, os espíritos estão a solta nos filmes e novelas, doutrinando as pessoas com esse tipo de religião que, como já disse, prega a independência humana.

Há uma enorme polêmica sobre a influência de desenhos animados, filmes, videogames no público, principalmente crianças. Até que ponto a fantasia pode influenciar a realidade?

Muitas pesquisas indicam que essa influência é real e não apenas sobre as crianças. Por isso, devemos estabelecer critérios de seleção baseados nos princípios bíblicos. Somos aquilo que pensamos; é da mente que procedem os bons e os maus desígnios; portanto, temos que levar a sério o assunto da proteção mental (se é que queremos ter a “mente de Cristo”). É importante passar mais tempo em contato com a Bíblia e em oração. Gastamos horas e horas na frente da televisão, lendo revistas ou jogando videogames, mas quanto tempo temos dedicado à nossa comunhão com Deus? Enfraquecidos espiritualmente, vamos sucumbir aos apelos da mídia e seremos cristão infelizes, fracos e formais.

Qualquer tipo de mídia pode virar um tipo de vício. Por isso, é preciso tratar o assunto da perspectiva de um viciado: se não consegue dominar a situação, saia de perto. Mas e se vier a tentação? Aceite o conselho de Gordon Van Rooy: “Quando o demônio bate à porta, peça que Jesus vá abri-la.”

Falando sobre você: como foi sua conversão e como surgiu seu interesse pela ciência, mais especificamente sobre o criacionismo?

Desde criança, sempre gostei de ler sobre ciência, especialmente assuntos relacionados aos dinossauros. Fui aficionado por livros de ficção científica e por séries como Jornada nas Estrelas, o que me levou a apreciar os estudos de astronomia. Antes de conhecer a Bíblia mais a fundo, eu era o que se pode considerar um evolucionista teísta. Cria em Deus, mas aceitava também as idéias darwinistas. Mas confesso que essa forma de pensar não me satisfazia plenamente. Quando me deparei com o criacionismo, por volta dos 17 ou 18 anos, fiquei surpreso e desapontado ao mesmo tempo. Surpreso por descobrir que havia outra maneira de explicar a origem da vida; e desapontado por perceber que não me haviam ensinado isso nem na igreja à qual eu pertencia, nem nas escolas pelas quais passei. Percebi o tipo de doutrinação pela qual as crianças passam desde cedo, ouvindo da tal “sopa primordial” onde teria surgido a primeira forma de vida. Essa “explicação” acompanha a pessoa ao longo de sua vida estudantil, de tal forma que, quando chega à universidade, ela não questiona mais os pressupostos darwinistas. Tremenda lavagem cerebral.

Hoje louvo a Deus por ver as coisas de outro modo e por saber que existe um Criador que me ama e Se interessa por mim. Ele administra as galáxias incontáveis e mantém a estrutura do espaço-tempo; conhece cada estrela pelo seu nome, mas também cuida de cada aspecto de minha vida.

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Eduardo

Mensagem Dom Jul 04, 2010 10:52 pm por Eduardo

Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Capa_Parousia+1+Semestre+2010

A revista da Faculdade Adventista de Teologia do Unasp, Parousia, deste primeiro semestre de 2010, traz como tema principal o criacionismo. São 133 páginas e sete artigos escritos por estudiosos da área: “Os céus, o intervalo e a semana da criação”, por Ruben Aguilar; “A Suméria e os testemunhos extrabíblicos de Gênesis 1-11”, por Rodrigo Silva; “Como a evolução substituiu a criação para explicar a origem da vida”, por Wellington dos Santos Silva; “Uma visão criacionista da educação”, por Ruy Carlos de Camargo Vieira; “Criacionismo na mídia”, por Michelson Borges; “O desafio das origens”, por Roberto Cesar de Azevedo; e “Os atuais desastres geológicos: uma breve chave para o passado e para o futuro”, por Nahor Neves de Souza Jr.

O texto de contracapa diz o seguinte:

“Todo o edifício teológico que se ergueu por séculos com o material extraído das páginas das Escrituras Sagradas está, por assim dizer, alicerçado nas informações apresentadas nos primeiros capítulos do livro de Gênesis. Elimine-se a confiança na absoluta veracidade daquelas narrativas, e estarão irreparavelmente comprometidas também a veracidade e a objetividade de doutrinas bíblicas capitais, tais como a do pecado e da salvação.

“Perdura nos dias atuais, seja em círculos acadêmicos ou não acadêmicos, uma visão distorcida do conhecimento chamado científico, que insiste em caracterizá-lo pela oposição com os outros saberes, considerados inferiores. Calcada no positivismo filosófico que ganhou corpo no século 19, tal visão só admite como concretos os dados passíveis de observação e experimentação. O pensamento evolucionista que começou a se destacar no mesmo período se beneficia hoje da influência daquela corrente filosófica, embora paradoxalmente careça justamente da prova experimental por ela imposta. Sua força é tão grande na atualidade, que diversos e significativos segmentos cristãos já aceitam com naturalidade a posição que nega a historicidade da seção de Gênesis 1-11, atribuindo-lhe ares míticos ou alegóricos.

“Esta edição de Parousia apresenta uma seleção de artigos produzidos por teólogos e pesquisadores de outras áreas do conhecimento. Seu objetivo é demonstrar ao leitor que, a rigor, não existe entre o criacionismo e a ciência qualquer incompatibilidade a não ser aquela forjada nas oficinas do cientificismo ateísta ou pseudo-ateísta. Inclusive, diversos pontos do pensamento criacionista podem ser comprovados por disciplinas científicas tão diversas como, por exemplo, a Geologia, a Biologia e a Arqueologia. Os autores procuraram tornar as questões de cunho técnico-científico o mais claras possível para o leitor não iniciado. Tais contribuições certamente reforçarão a convicção cristã numa das mais decisivas reivindicações que a Bíblia faz acerca de si mesma: ali está a Verdade.”

Mais informações pelo fone (19) 3858-9322 ou pelo e-mail unaspress@unasp.edu.br

Não fique sem esse rico material que certamente vai contribuir para esclarecer aspectos da controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo.

Criacionismo em alta


Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Criacao

Durante a Assembleia Mundial da Igreja Adventista em Atlanta, EUA, importante declaração favorável ao criacionismo foi reafirmada pelos delegados. Lendo atentamente essa reafirmação, algumas conclusões rápidas podem ser apreendidas e compreendidas. A primeira delas é que os adventistas do sétimo dia se posicionam oficialmente a favor de uma criação literal, tal como está no registro bíblico. Isso é importante porque muitas denominações cristãs têm mantido uma espécie de omissão quanto a suas crenças ou, então, têm titubeado, ora como evolucionistas, ora como adeptos do criacionismo. Ora, até, adeptos de um misto dos dois, como se isso fosse possível.

É bom que a Igreja Adventista do Sétimo Dia, com quase 17 milhões de fieis ao redor do mundo e uma expressiva rede educacional, se posicione oficialmente como organização cristã criacionista. Portanto, o criacionismo não é uma opção oficial, mas faz parte do conjunto de doutrinas. Tudo a ver com quem crê no sábado como memorial da criação, prova de que tudo o que Deus fez é o melhor e de que Ele santificou o sétimo dia.

Outra leitura a partir dessa declaração é que os adventistas admitem que o criacionismo não dá todas as respostas científicas que a sociedade espera para explicação da origem do mundo e dos seres vivos. É dito ali textualmente que a visão criacionista tem valor quando combinada com o entendimento de que a Bíblia é a fonte principal para se entender o plano divino como Criador e Redentor da humanidade. Deduzo, portanto, que a ciência não é capaz de oferecer todas as respostas. Mesmo porque o ingrediente fé tem muito valor, ainda mais se entendermos que somos feitura divina e não produto de uma sequência de acasos.

(Felipe Lemos, jornalista de Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, direto de Atlanta para o blog Criacionismo)

Criação: a cosmovisão bíblica


Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Genesis

Durante a 59ª Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que está sendo realizada em Atlanta, EUA, foi votada a seguinte resolução que reforça uma das crenças fundamentais da igreja:

A Igreja Adventista do Sétimo Dia afirma sua crença no relato bíblico da criação, em contraste com uma explicação evolutiva para a origem dos seres vivos e a relação dos seres humanos com outras formas de vida. Adventistas do sétimo dia têm grande interesse no crescente debate em torno do design inteligente na natureza e as evidências que dão suporte a esse ponto de vista. À luz do considerável interesse público sobre esse assunto, a igreja aproveita essa oportunidade para expressar sua confiança no registro bíblico. Os adventistas do sétimo dia creem que Deus é o Criador de toda a vida e que a Bíblia revela um registro confiável de Sua atividade criadora. Além disso, acreditamos que os eventos bíblicos registrados em Gênesis 1-11, incluindo a criação especial dos seres humanos, são históricos e recentes, que os sete dias da criação foram dias literais de 24 horas, formando uma semana literal, e que o dilúvio foi global na natureza. A crença na criação é fundamental para a compreensão adventista do sétimo dia não apenas no que diz respeito à criação. Os objetivos e missão de Deus descritos na Bíblia, a responsabilidade humana para a gestão do ambiente, a instituição do casamento e do significado sagrado do sábado – todos encontram seu significado na doutrina da criação. Os adventistas do sétimo dia reconhecem que o registro bíblico da criação não responde a todas as perguntas que podem ser feitas sobre as origens. Nossa compreensão de tais mistérios é limitada. Prevemos que o estudo continuado, tanto da Bíblia quanto da natureza, vai aprofundar nossa compreensão do poder de Deus e fortalecer nossa fé em Sua Palavra e no relato da criação contido nela.

(Esta afirmação está apoiada por numerosas passagens bíblicas, incluindo: Salmo 19:1; Colossenses 1:16, 17; Gênesis 1-11; Salmo 139:14; Êxodo 20:8-11, Marcos 2:27, Romanos 8:20, 21.)


Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Cliff

Nas mãos do pastor norte-americano Clifford Goldstein, de 54 anos, estão os manuscritos do que será a Lição da Escola Sabatina de 2013 sobre criacionismo. Neste momento, é esse conteúdo que ele analisa antes de tudo ir para a impressão. Responsável pela edição da lição [bíblica] que é estudada por milhões de adventistas em todo o mundo, ele conversou rapidamente com a reportagem da Agência Sul-Americana de Notícias (ASN), na tarde desta quarta-feira, dia 30. Disse que os leitores da Lição da Escola Sabatina precisam ter atitude e buscar o Espírito Santo de Deus antes de lerem o guia preparado por um autor principal e referendado por um comitê de estudiosos. Quando fala em atitude, ele quer dizer que a necessidade é de disposição para absorver os princípios ali contidos e vivê-los de maneira efetiva. “Não tenho condições de entrar na mente das pessoas e saber o que cada uma delas precisa. O que faço é tornar este conteúdo o mais relevante e prático possível para que as pessoas tirem proveito espiritual disso”, comenta.

Goldstein, convertido há 30 anos ao adventismo, explica que, para os próximos anos, no que depender do seu trabalho como editor, as lições da Escola Sabatina, pensadas para estudo diário dos cristãos, continuarão com foco na salvação pela fé em Cristo em harmonia com a mensagem da verdade presente, ou seja, as três mensagens angélicas de Apocalipse que apontam para a volta de Jesus Cristo, necessidade de adoração ao verdadeiro Deus e juízo iminente. O editor diz que o comitê responsável pela finalização do material da lição troca ideias com ele e que possui liberdade para aceitar ou não as sugestões dadas pelos integrantes da comissão.

(Felipe Lemos, Portal Adventista)

Nota: Sou "fã" do Goldstein pela capacidade de síntese, brilhantismo e clareza com que ele escreve. O livro 1844 é um dos mais simples e interessantes sobre as profecias de Daniel. A biografia de Goldstein (Meu Encontro com Deus) é um livro impressionante que tive o prazer de editorar há alguns anos (pena que não está mais sendo publicado em português; mas a versão em inglês você encontra aqui). O livro relata o que Deus fez para convencer e converter o ex-agnóstico judeu cujo sonho era escrever um best-seller e ficar famoso. Sem dúvida, Goldstein, por sua agudeza mental e capacidade de expressão, é a pessoa ideal para editar a Lição da Escola Sabatina, essa importante publicação trimestral mundial dos adventistas do sétimo dia. Neste trimestre, o tema de estudo da Lição é a carta de Paulo aos Romanos.[MB]

Criacionismo Reafirmado Sob a Liderança de Ted Wilson


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A IASD, sob a liderança de seu novo Presidente Mundial, o Pr. Ted Wilson afirmou na última semana da Conferência Geral de forma inquestionável a Criação como doutrina bíblica e entendimento Adventista das origens.


Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Screen+shot+2010-06-30+at+5.40.22+PMEssa posição foi forte e corretamente afirmada após vários meses de controvérsias entre a Universidade Adventista La Sierra na Califórnia que iniciou uma classe para discussão da teoria da evolução e a Associação do Estado de Michigan, que resolveu cessar o auxílio a filhos de obreiros que estudam naquela Instituição.


Embora a Universidade não tenha apoiado oficialmente o ensino da teoria da Evolução, muitos dos cientistas no departamento de biologia são simpatizantes de vários aspectos da hipótese evolucionista. Aparentemente a classe iniciada ali tinha apenas o intuito de ventilar idéias e fomentar o diálogo. Porém, isso não foi bem visto por vários líderes da Igreja.


O Presidente da União da Califórnia Ricardo Graham reafirmou o compromisso da Universidade La Sierra com a educação que promove valores profundamente adventistas e que continuará a servir famílias adventistas com a mesma dedicação de antes.


Louvamos os esforços da Igreja de estabelecer a doutrina Criação de maneira inegociável. É importante também ressaltar que os Adventistas com toda sua rede de escolas tem formado excelentes acadêmicos que devem liderar o diálogo entre ciência e religião mantendo ao mesmo tempo, a lealdade ao relato Bíblico da Criação.


Última edição por Ronaldo em Dom Jul 04, 2010 11:03 pm, editado 4 vez(es)

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Eduardo

Mensagem Sex Jul 16, 2010 11:39 am por Eduardo

Artigos

Reafirmando nossa crença na Criação
Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Terra2

Criacionismo - No princípio criou Deus os céus e a Terra Arvore
As primeiras palavras da Bíblia fornecem o fundamento de tudo o que se segue: "No princípio, criou Deus os céus e a Terra." Gên. 1:1. Ao longo das Escrituras, a Criação é celebrada como oriunda das mãos de Deus. que é exaltado e adorado como Criador e Mantenedor de tudo. "Os céus proclamam a glória de Deus. e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos."Sal.19:1.
A partir desta maneira de ver do mundo, flui uma concatenada série de doutrinas que jazem no âmago da mensagem adventista do sétimo dia ao mundo: um mundo perfeito sem pecado e sem morte criado não muito tempo atrás; o sábado. a queda dos nossos primeiros pais; a assolação do pecado; degradação e morte estendidas por sobre toda a criação; a vinda de Jesus Cristo, Deus encarnado para viver entre nós e resgatar-nos do pecado por meio de de Sua morte e ressurreição; a segunda vinda de Jesus, nosso Criador e Redentor, e a restauração total de tudo que foi perdido por meio da queda.
Como cristãos que levam a sério a Bíblia e procuram viver orientados por seus preceitos, os adventistas do sétimo dia têm uma visão elevada acerca da natureza. Cremos que, apesar de seu atual estado de decadência, a natureza revela o eterno poder de Deus (Rom 1:20). "'Deus é amor' (I João 4:8), está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota." - Caminho a Cristo, pag 10.
Para nós , toda a Escritura é inspirada e põe à prova todos os outros métodos, incluindo a natureza, por meio da qual Deus revela a Si mesmo. Temos grande respeito pela ciência, e reconhecemos a relevância dos departamentos de ciência em nossas instituições de ensino superior e de saúde. Valorizamos, igualmente, os cientistas pesquisadores adventistas não contratados pela igreja. Preparamos os estudantes de nossas escolas e universidades para que aprendam a empregar rigorosamente o método científico. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a restringir nossa busca da verdade às limitações impostas somente pelo método científico.

A questão das origens - Durante séculos, pelo menos no mundo cristão, a história bíblica da Criação foi o padrão de exposições das questões a respeito das origens. Entre os séculos 18 e 19, as metodologias da ciência resultaram no aumento da compreensão de como as coisas aconteceram. Atualmente ninguém pode negar que a ciência tem provocado notável impacto em nossa vida por meio dos avanços nas áreas da agricultura, comunicação, ecologia, engenharia, genética, saúde e exploração espacial. Em muitos aspectos da vida o conhecimento advindo da natureza e o saber oriundo da revelação divina contida nas Escrituras parecem estar em harmonia.
Avanços no conhecimento científico geralmente confirmam a veracidade das questões de fé. Entretanto, com respeito à origem do Universo, da Terra e da vida e sua história, encontramos opiniões contraditórias do ponto de vista mundano. Asserções baseadas em estudos das Escrituras com freqüência apresentam-se em declarado contraste às hipóteses sugeridas pela Ciência e metodologias empregadas no estudo da natureza. Essa tensão produz impacto direto na vida da igreja, sua mensagem e testemunho.
Celebramos a vida de fé. Defendemos a vida de aprendizado. Ambas estão nas Escrituras e no processo do planejamento da natureza, vemos indicadores da maravilhosa mente do Criador.
Desde os seus primeiros dias, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem promovido o desenvolvimento da mente e da compreensão por meio de disciplinas da adoração, educação e observação.
Nas primeiras décadas, a discussão sobre a teoria das origens ocorreu primeiramente em nível acadêmico. Entretanto, o naturalismo filosófico (inteiramente natural, fortuito e por um processo aleatório acerca do passar do tempo) tem obtido larga aceitação na educação e formas básicas de suposição pela maior parte do que é ensinado pelas ciências sociais e naturais. Em muitos aspectos do dia-a-dia, membros e estudantes adventistas enfrentam esse parecer e suas implicações.
Em sua Declaração das Crenças Fundamentais [Nisto Cremos], a Igreja Adventista do Sétimo Dia afirma a criação divina conforme descrita na narrativa do primeiro capítulo de Gênesis. "Deus é o Criador de todas as coisas, e revelou nas Escrituras o relato autêntico de Sua atividade criadora. 'Em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra e tudo que tem vida sobre a terra' e descansou no sétimo dia daquela primeira semana. Assim, Ele estabeleceu o sábado como perpétuo monumento comemorativo de Sua esmerada obra criadora. O primêiro homem e âprimeiraêfuttlher fó_ ram formados à imagem de Deus, como obra-prima da Criação. Foi-lhes dado o domínio sobre o mundo e atribuiu-se-lhes a responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi concluído, ele era 'muito bom: proclamando a glória de Deus. (Gên. 1; 2; Êxo. 20:8-11; SaL 19: 1-6; 33:6 e 9; 104; Heb. 11:3.)"

Congressos sobre ciência e fé - Em virtude da crescente e penetrante influência da teoria da evolução, a Comissão Executiva da Associação Geral (Concílio anual 2001) autorizou a realização de uma série de conferências sobre fé e ciência durante três anos. Esses congressos não foram elaborados com a finalidade de modificar a posição da Igreja longamente defendida acerca da Criação, mas para rever as contribuições e limitações que tanto a fé como a ciência trazem à nossa compreensão a respeito das origens. As principais razões que motivam a realização desses congressos envolvem:
1. Questões filosóficas. Existe um constante desafio para definir o relacionamento entre a teologia e a ciência, entre a fé e a razão. Existem duas correntes de conhecimento em parceria ou em conflito? Devem ser vistas como interativas, ou são independentes, sem omitir as esferas do conhecimento? O parecer dominante no mundo da sociedade moderna interpreta a vida, a realidade física e o comportamento, de forma notadamente diversa do ponto de vista cristão. Como pode um cristão relacionar-se com essas coisas?
2. Questões teológicas. Como deve ser interpretada a Bíblia? O que é requerido do crente pela leitura completa do texto? Com que amplitude o conhecimento científico deve acrescentar informação ou enriquecer nossa compreensão das Escrituras, e vice-versa?
3. Questões científicas. Os mesmos dados a respeito da natureza estão disponíveis para todos os observadores. O que dizem, ou o que significam eles? Como alcançaremos interpretações e conclusões corretas? É a Ciência instrumento ou filosofia? Como podemos distinguir entre a boa e a má ciência?
4. Instrução para os membros da igreja. Como deve um membro da igreja lidar com a variedade de interpretações do relato do Gênesis? Que tem a Igreja a dizer com respeito aos que encontram em seu currículo educacional idéias que confrontam sua fé? Manter silêncio quanto a tais assuntos dá a entender coisas confusas, sugere a incerteza e promove solo fértil para pontos de vista dogmáticos não comprovados.
5. Desenvolvimento da fé viva. O esclarecimento e a reafirmação da teologia acerca das origens com base na Bíblia concederão aos membros uma estrutura para que estejam habilitados a lidar com os desafios concernentes a este assunto.
Congressos sobre Fé e Ciência não foram elaborados simplesmente para incentivo intelectual de seus participantes, mas para servir de oportunidade que lhes proveja orientação e guia práticas para os membros da Igreja. Esta não pode pretender manter suas crenças em lugar seguro contra todo desafio. Assim procedendo, logo elas se tornam relíquias. Os ensinamentos da Igreja precisam estar empenhados e ligados com os temas do dia-a-dia, a fim de que permaneçam como fé viva. De outro modo, não serão nada mais que dogmas mortos.

Congressos - Dois Congressos Internacionais de Fé e Ciência foram realizados: um em Ogden, Utah, no ano 2002, e em Denver, Colorado, 2004 com vasta representação internacional de teólogos, cientistas, administradores de igrejas. Além disso, sete das treze divisões da Igreja realizaram congresso em nível de divisão ou associação, apresentando a interação entre a fé e a ciência em palestras sobre as origens. A Comissão Organizadora manifesta apreciação aos participantes dessas convenções pela contribuição para com este relatório. A pauta do Congresso de Ogden foi designada a atender os participantes com diferentes maneiras pelas quais a teologia e a ciência oferecem explicações acerca da origem da Terra e da vida. As pautas para os congressos em divisões foram definidas por vários organizadores, embora a inclua diversos tópicos apresentados em Ogden. O congresso realizado em Denver foi o último da série de três anos. Sua pauta teve início com sumários acerca dos assuntos teológicos e científicos. Então, foram abordadas várias questões quanto à fé e à ciência na vida da Igreja. Estas questões abrangem:
. Lugar que o aspecto acadêmico ocupa na Igreja. Como pode a Igreja manter a natureza confessional de seus ensinos e ao mesmo tempo estar aberta ao desenvolvimento futuro em sua compreensão da verdade?
. Modelos educacionais do trato para com assuntos controvertidos e temas éticos que envolvem professores e líderes de igrejas. Como podemos ministrar cursos científicos em nossas escolas de tal maneira que enriqueçam a fé em vez de causar erosão nela?
. Que considerações éticas ficam evidentes quando uma convicção particular difere do ensino denominacional? De que modo a liberdade pessoal de crença interfere na função pública como de um líder da igreja? Em outras palavras, quais são os princípios de responsabilidade pessoal e da ética da divergência?
. Quais são as responsabilidades e processos administrativos no trato com a diversidade ou reformulação de um parecer doutrinário?
Palestras acadêmicas foram apresentadas e discutidas por cientistas e educadores (o Instituto de Pesquisas e Geociência mantém um arquivo de todas as palestras apresentadas nos congressos). Os de Ogden e Denver envolveram pelo menos algumas representações de cada divisão do campo mundial. Mais de 200 pessoas participaram desses congressos durante o período de três anos. Mais de 130 participaram das reuniões em Denver; a maioria dessas havia assistido a pelo menos um dos congressos de Fé e Ciência.
Observações gerais - 1. Louvamos a seriedade e a dignidade que caracterizaram as convenções.
2. Notamos que prevaleceu um profundo senso de dedicação e lealdade para com a igreja.
3. Comprovamos que, mesmo em meio à aparente tensão que notamos em algumas vezes, relacionamentos cordiais foram mantidos entre os participantes, com a amiz;1de transcendendo as diferenças de parecer.
4. Testemunhamos nessas conferências um elevado nível de conhecimento básico, principalmente o papel normativo das Escrituras, apoiado pelos escritos de Ellen G. White, e pela crença de todos em Deus como benigno Criador.
5. Não encontramos apoio nem defesa para o naturalismo filosófico, segundo o qual o Universo veio à existência sem a atuação de um Criador.
6. Compreendemos que o conflito entre o parecer bíblico e o contemporâneo é impactante para os cientistas bem como para os teólogos.
7. Reconhecemos que a atmosfera tensa entre a fé e a compreensão é um elemento de vida com o qual o crente precisa aprender a conviver.
, 8. Observamos que rejeitar as interpretações contemporâneas científicas a respeito das origens em conflito com as asserções bíblicas não significa depreciação de nenhuma ciência nem do cientista.
9. Ao mesmo tempo em que encontramos grande confirmação da compreensão da Igreja acerca da vida na Terra, reconhecemos que alguns entre nós interpretam o relato bíblico de tal modo que isso os leva a conclusões profundamente diferentes.
10. Aceitamos que, tanto a teologia como a ciência contribuem para a nossa compreensão da realidade.
Descobertas - 1. O grau de divergência que existe quanto à nossa compreensão das origens varia ao redor do mundo. Nas regiões em que a ciência tem feito seus maiores progressos na sociedade, as questões entre os membros da Igreja são mais divulgadas. Com o avanço da ciência em todas as sociedades e sistemas educacionais, haverá um correspondente aumento de membros tentando conciliar o ensino da Igreja com as teorias naturais da origem. Grande número de adventistas do sétimo dia e estudantes freqüentam as escolas públicas onde a evolução é ensinada e promovida na sala de aula sem os correspondentes materiais de apoio e argumentos em apoio ao relato bíblico a respeito das origens.
2. A reafirmação da crença fundamental da Igreja quanto à Criação éfirmemente apoiada. A crença adventi5ta do sétimo dia em uma criação literal e histórica de seis dias é teologicamente consistente e está em harmonia com o ensino de toda a Bíblia.
3. A Criação é um pilar fundamental no sistema inteiro da doutrina adventista do sétimo dia. Ela apresenta um relacionamento direto com muitas, senão com todas as demais crenças fundamentais. Qualquer interpretação alternativa da história da Criação precisa ser examinada à luz de seu impacto sobre as outras crenças. Muitas das palestras sobre Fé e Ciência reconsideraram interpretações alternativas do primeiro capítulo de Gênesis, incluindo a idéia da evolução teística. Essas outras interpretações são falhas quanto à coerência teológica de toda a Escritura e revelam áreas de inconsistência com o restante da doutrina adventista do sétimo dia. Portanto, são inaceitáveis substitutos para a doutrina bíblica da Criaçãomantida pela Igreja.
4. Inquietações têm sido manifestadas quanto ao que alguns vêem como ambigüidade na sentença "seis dias" encontrada na declaração da Igreja na crença da Criação. Pretendese que não seja mencionado o significado implícito de que os seis dias da Criação descritos no Gênesis foram realizados numa semana literal e histórica. Esta condição dá margem à incerteza a respeito do que a Igreja crêrealmente. Além disso, ela abre espaço para que outras explanações sobre a Criação se harmonizem com o texto. Existe o desejo de que a voz da Igreja seja ouvida em trazer esclarecimento adicional ao que em verdade expressa a Crença Fundamental nº 6.
5. Embora alguns dados científicos possam ser interpretados de maneira coerente com o conceito bíblico de Criação, também reconsideramos os dados interpretados de maneira a desafiar a crença da Igreja em uma criação recente. A força dessas interpretações não pode ser subestimada. Respeitamos as reivindicações da ciência, nós as estudamos e esperamos uma resolução. Isto não elimina um re-exame das Escrituras a fim de nos certificarmos de que esteja sendo interpretada adequadamente. Contudo, quando não é possível uma interpretação em harmonia com as descobertas científicas, não admitimos para a ciência uma posição privilegiada, na qual ela determine automaticamente a conclusão. Entretanto, reconhecemos que não é justificável manter os claros ensinos das Escrituras em submissão às atuais interpretações científicas dos dados.
6. Reconhecemos que, entre nós, existem diferentes interpretações teológicas quanto aos capítulos 1-11 de Gênesis. Diante das várias interpretações, percebemos um elevado grau de considerações daqueles que estão envolvidos no ministério adventista de ensino a fim de cumprir sua missão com ética e com integridade - conforme os padrões de sua profissão, ensinos das Escrituras e a compreensão básica mantida pelo corpo de crentes. Desde que os adventistas do sétimo dia reconheçam que sua compreensão da verdade é uma experiência crescente, existe uma necessidade sempre presente de continuar o estudo das Escrituras, da Teologia e da Ciência, a fim de que as verdades que sustentamos constituam uma fé viva, capaz de abordar as teorias e filosofias atuais.
7. Aceitamos e endossamos o valor significativo de se promover diálogo interestadual e interdisciplinar entre os teólogos, cientistas, educadores e administradores adventistas.
Declarações - Como resultado dos dois congressos internacionais e sete conferências em nível de associação, a Comissão Organizadora relata:
1. Declaramos a supremacia das Escrituras na compreensão adventista do sétimo dia acerca das origens.
2. Declaramos a compreensão histórica adventista do sétimo dia sobre o primeiro capítulo de Gênesis segundo a qual a vida na Terra foi criada em seis dias literais e é de origem recente.
3. Confirmamos a declaração bíblica a respeito da queda que trouxe a morte e o mal.
4. Confirmamos a asserção bíblica de um dilúvio catastrófico, um ato do juízo de Deus que afetou todo o planeta, como chave importante para a compreensão da história da Terra.
5. Declaramos que nossa compreensão limitada a respeito das origens requer humildade e que pesquisas posteriores acerca dessas questões nos conduzam a mistérios profundos e maravilhosos.
6. Confirmamos a natureza homogênea da doutrina da Criação com as demais doutrinas adventistas do sétimo dia.
7. Declaramos que a natureza é uma testemunha do Criador, a despeito de seu estado de degradação.
8. Aprovamos os cientistas adventistas do sétimo dia em seu empenho por compreender a obra das mãos do Criador por meio de metodologias de suas disciplinas.
9. Aprovamos os teólogos adventistas do sétimo dia em seus esforços por desvendar e ordenar o conteúdo da revelação.
10.Aprovamos os educadores adventistas em seu ministério de vital importância para com as crianças e jovens da Igreja.
11. Declaramos que a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia, identificada em Apocalipse 14:6 e 7, inclui um convite à adoração a Deus como o Criador de tudo.
Recomendações - A Comissão Organizadora de Congressos Internacionais de Fé e Ciência recomenda que:
1. A fim de referir-se ao que alguns interpretam como falta de clareza na Crença Fundamental nQ 6, a compreensão histórica adventista a respeito da narração do Gênesis seja afirmada mais explicitamente.
2. Os líderes da Igreja, em todos os níveis, sejam incentivados a fazer levantamento e a monitorar a efetividade com que os sistemas e programas denominacionais atuam no preparo de jovens, incluindo os que freqüentam escolas não adventistas, na compreensão bíblica das origens e em alerta contra os desafios que podem enfrentar quanto a essa compreensão.
3. Sejam promovidas cada vez mais oportunidades para diálogo e pesquisa interdisciplinares, em ambiente seguro, entre os alunos das escolas adventistas de todo o mundo.
Conclusão - A Bíblia tem início com a história da Criação e encerra com a história da re-criação. Tudo o que foi perdido com a queda de nossos primeiros pais é restaurado. Aquele que, no princípio, fez todas as coisas por meio da palavra de Sua boca, conduz a longa luta com o pecado, o mal e a morte para uma conclusão triunfante e gloriosa. Ele é quem habitou entre nós e morreu em nosso lugar no Calvário. Assim como os anjos do Céu cantaram de alegria na primeira Criação, assim também os redimidos da Terra proclamarão: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas. ... Digno é o Cordeiro que foi morto" (Apoc. 4:11; 5:12).
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Notícia publicada em abril de 2005 na
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