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O ano da inauguração do santuário celestial Empty O ano da inauguração do santuário celestial




Durante muito tempo tem sido levantada a questão em relação ao papel que Cristo exerce hoje como sumo-sacerdote e mediador. Questões que poderiam ser resolvidas com simples perguntas como: "Porque o ministério de Jesus Cristo foi tão curto neste planeta?" Apenas 3 anos e meio. Mesmo com a grande importância que teve a morte vicária de Cristo, será que todo o plano da redenção resume-se apenas em 3 anos e meio? Por que o autor de Hebreus revela que Cristo é sumo-sacerdote? O que fazia um sumo-sacerdote? O que tem isso haver com os seres humanos?

O grande ponto controverso contra os adventistas é justamente a questão sobre o que quer dizer o autor de Hebreus.

Vejamos os versos:

Hb 6:19-20 "A qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo-sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque".

Hb 9:12 "Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção".

Hb 10:19-20 " Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne.

Muitos teólogos de nome, afirmam com base nos versos acima, que Jesus entrara no santíssimo já no ano 31 d.C, data de sua morte expiatória. Afirmam também que Jesus já ressuscitou como sumo-sacerdote, quando foi recebido no céu, assim, o fato de Hebreus nos dizer que entrou no santíssimo, ele então havia feito o dia da expiação, tendo em vista que quando o sumo-sacerdote entrava no santíssimo é porque era este dia. Se isso é verdade, então perde-se o valor para 1844. Os adventistas estão completamente enganados e tudo não se trata de heresias e equivocadas interpretações.

Muito bem... vejamos a explicação das coisas!

Todos os teólogos estão certos quando afirmam que no ano 31 d.C Cristo entrou no santíssimo e quando Jesus ressuscitou como sumo-sacerdote, mas estão errados quando dizem ter começado o dia da expiação.

A primeira pergunta que faremos é: Quantas vezes o sumo-sacerdote entrou no santíssimo? Talvez você já tenha respondido em sua mente dizendo: 1 vez, no dia da expiação! Lamento informar que você errou, ele entrou 2 vezes, preste muita atenção e acompanhe essa viagem!

A primeira vez que um homem entrou no santuário, ele não passava de uma simples tenda, não havia problema algum, pois não havia sido consagrado ainda, portanto, a primeira vez foi quando o sumo-sacerdote estava ungindo todo o santuário, seus utensílios e suas partes, para isso ele precisou entrar no santíssimo e ungir a arca do concerto. Era o dia da inauguração do santuário, da unção. Quando saiu de lá, depois de ter ungido, ai sim, não poderia mais entrar até que chegasse o dia determinado, dia esse que chamamos de expiação.

Para resolver todo esse embaraço é preciso atentar a uma única palavra que resolve todo o caso, Hb 10:19-20 onde diz "...pelo novo e vivo caminho que ele nos CONSAGROU pelo véu..."

Neste verso existe uma palavra que é a solução, ela se chama em grego (egkainizw = consagrar), esta palavra é usada não em conexão com a expiação mas com o dia da inauguração do santuário, ou unção.

Na LXX, esta palavra só aparece em dois lugares, e a outra vez é em Nm 7, mas o que é que há neste capítulo (Nm 7)? É exatamente a inauguração do santuário hebreu, ou seja, sua unção. O dia em que começaria a funcionar oficialmente.

Quando hebreus diz que ele ..."consagrou" pelo véu... quer dizer que Cristo no ano 31 d.c entrou no santíssimo e inaugurou o santuário celestial, ou ungiu.

Em Dn 9:24 diz que Cristo foi "...para ungir o santo dos santos..."

Portanto a obra que Cristo como sumo-sacerdote foi fazer no ano de sua recepção no céu e entrada no santuário celeste foi de inauguração e não de expiação, pois a mesma, iniciou-se apenas no ano de 1844, conforme as profecias de Daniel, as 2300 tardes e manhãs.

Quando voltamos à LXX, compreendemos o significado desta palavra. Na Torah, aparece apenas em um único capítulo, em Nm 7:10, 11, 84, 88. Qual o contexto deste capítulo? A inauguração do santuário.

Quando vemos isto podemos nos alegrar, pois temos uma chave dentro do livro de Hb, que nos fala o que Cristo fez quando entrou no santuário. Ele realmente entrou além do véu, no santíssimo. No entanto, o evento estava errado. Não iniciou o Dia da Expiação, mas sim o Santuário Celestial foi inaugurado.

Ex 40:9 – Mostra que Moisés entrou no santuário e ungiu todos os móveis, inaugurando todos os compartimentos, inclusive o santíssimo. O sumo sacerdote ainda não estava ungido, e por isso Moisés fez o serviço. Jesus é o antítipo tanto de Moisés como do sacerdócio.

Um homem chamado Dr. Desmond Ford usa Hb 9:12, onde o problema é "Ta hagia". Aqui são mencionados dois animais: bodes e bezerros. Ford diz que estes dois animais só eram usados no Dia da Expiação, o que tornaria claro que é referência ao Dia da Expiação. Este é o argumento do Dr. Ford.

Aqui são usados dois termos: “bodes” (tragos/grego e atud/hebraico) e “novilhos” (moskós).

Eram estes mesmos os dois animais oferecidos no Dia da Expiação? Utilizemos a LXX. Como ela traduz estas duas palavras? “Bode” é encontrado em Lv 16, mas a palavra usada para bode em Lv 16, é outra (Químaros/grego e sa’ir/hebraico), que é usada 13 vezes em Lv 16 e a outra nunca aparece em relação ao Dia da Expiação. A única vez em que a palavra de Hb é usada no Pentateuco aparece em Nm 7. No hebraico, também existem duas palavras para bode, e as ocorrências são exatamente as mesmas. Alguns sugerem que “tragos” era usado unicamente para o macho e químaros era genérico, podendo ser macho ou fêmea.

Creio que Cristo entrando no santuário, em sua inauguração, seja o cumprimento de Dn 9:24, onde deveria “ungir o santo dos santos”. Antes do ano 34 o santíssimo deveria ser ungido (antes de terminar as 70 semanas). Hebreus está anunciando este cumprimento.

Antes da morte de Cristo, o povo era salvo pela fé num sacrifício que ainda ocorreria. A questão PROLÉTICA. Após sua ressurreição, Jesus inicia, inaugura oficialmente o seu serviço no Santuário Celestial.

Ta Hagia - literalmente quer dizer “os santos” (neutro plural). A questão é: A que se refere isto em Hebreus? É encontrado em 9:12 e 10:19.

Qual é o uso que a LXX dá a esta palavra? No BibleWorks, encontramos 109 vezes a palavra. Vendo o contexto, a conclusão é que o termo é usado para todo o santuário, é um termo geral. NUNCA é usado em referencia ao Santíssimo. 3 vezes é usado para o lugar santo, e 106 vezes ao restante do santuário como um todo. O escritor de Hebreus manteve-se fiel ao uso comum da palavra. Sendo assim, a melhor tradução para estes dois textos deveria ser “santuário”, de uma forma geral, e não Santíssimo.

Uma perguntinha, qual era o trabalho de Jesus no 1o Século? Estava no Santíssimo? Estava purificando o Santuário Celestial?

Não! Hb 7:25-27; 10:11-14; 13:10-12

Seu trabalho é a intercessão. O ministério do TAMID. O ministério do Santo. v.27 – Fica explícito o assunto. Intercessão, diário/tamid, indicam claramente o ministério no lugar santo. E no futuro? Hebreus indica o julgamento futuro 10:25-31 “O Dia”. O termo técnico para “o dia” é YOMA. O autor está advertindo para que continuem congregando, pois o Dia da Expiação ainda estava no futuro. Para ele este ministério ainda não estava acontecendo.

V. 26 - Deixa isto claro. O julgamento é no futuro, e não no 1o século. Fogo vingador - Um juízo executivo.

V. 28 – Descrição do juízo legal, chamado de juízo investigativo pelos ASD, que ocorre antes do juízo executivo.

V. 30 – As pessoas envolvidas: O povo de Deus. Isto não aconteceu no 1o século. Era algo que ainda estava no futuro.

Outros dizem que não era o Sumo-Sacerdote quem inaugurava o santuário, mas foi Moisés. No entanto, Moisés foi um tipo de Cristo.



Estudo Sobre Hebreus 9

Ao se estudar a Epístola aos hebreus, percebe-se que há alguns conceitos exclusivos desse autor ou apenas dele (caso não tenha sido escrito por Paulo) e do apóstolo Paulo. Um exemplo claro é este termo: εΦάπαξ – ephápax – (traduzido na Epístola aos hebreus como: “uma vez por todas”). Ele ocorre 05 (cinco) vezes em 03 (três) Epístolas. Das três Epístolas, duas foram escritas e assinadas pelo apóstolo Paulo. Nelas encontramos duas vezes o referido termo. As outras três ocorrências só aparecem na Carta aos hebreus. Já o termo ναός - naos (traduzida no N.T. como: santuário) aparece em quatro das Epístolas do apóstolo Paulo (1Coríntios; 2Coríntios; Efésios; e 2Tessaloniscenses; e em uma fala do apóstolo em Atos 17:24.); no entanto, não há nenhuma ocorrência em Hebreus.

Outro termo interessante é σκηνή – skēné, ele aparece 20 vezes no N.T., ora traduzido por “tenda” ora por “tabernáculo”. Na maioria das vezes significando um lugar para habitação (Mateus 17:4, Marcos 9:5 e Lucas 9:33; e Hebreus 11:9 – “tendas”), ou um lugar de habitação onde também há um santuário (Heb. 8:2; Apoc. 15:5 – Leia também estas referências: Apoc. 11:19; 21:3 e 21:22.). Além desses livros já citados (e em outras referências – Heb. 8:2, 5; 9:2-3, 6, 8, 11, 21; 13:10; e Apoc. 13:6), também aparece em Atos 7:43-44; e 15:16). Por isso, o verbo σκηνόω - skēnoō – (habitar) concorda perfeitamente com ele. O que não podemos confundir é este verbo ou o termo σκηνή – skēné com o outro termo: σκηνος - skênos – (que também se traduz por “tabernáculo”). Este aponta para o corpo, e esse para um lugar onde um corpo poderá entrar e sair (Apoc. 15:5-8), onde também há anjos guardiões (Apoc. 21:12-14).

Por outro lado o adjetivo pronominal: ‘άγιων - hagíōn (santos – 8:2; 9:3; 9:8; e 10:19) ou ‘άγια – hágia (santos – 9:2; 9:3; 9:12; 9:24-25; e 13:11), no N.T., ocorre apenas na Epístola aos hebreus. Destas apenas uma vez aparece como singular - ‘άγιον - hágion (Heb. 9:1 - santo).

Precedido do artigo των - tôn, genitivo plural aparece em: 8:2; 9:8 e 10:19; precedida do artigo τα – tà, em 9:12, 25 e 13:11. E sem a presença do artigo, as seguintes passagens: 9:2, 3 e 24. Em 9:1 temos: τό τε ‘άγιον. Já a expressão ‘άγια ‘άγíων – hágia hagíōn (santos dos santos), ocorre apenas em Heb. 9:3.

Então, é fundamental que saibamos diferenciar tais termos em cada contexto. Espero que alcancemos esse objetivo ao estudarmos o capítulo nove da Epístola aos hebreus e outras referências da mesma.

Portanto, é na Epístola aos hebreus, analisando cada contexto que iremos entender o sentido correto dessas expressões traduzidas por Santuário, Lugar Santo, ou Santos dos Santos.



UMA ALIANÇA

Ao estudarmos o capítulo oito de hebreus, perceberemos que o autor, após discorreu sobre a “nova aliança”, do verso 8 ao, 13; ele passa a falar diretamente da primeira, no capítulo 9:1-7. No entanto, lendo Hebreus 8:8-9, percebe-se claramente que a Aliança a qual o autor de Hebreus se refere, precedeu a criação do Tabernáculo no deserto. Por que ele citou:

“Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor”. – (ARA).

Portanto, no que diz respeito a este Tabernáculo podemos dizer que a Aliança a que o autor de Hebreus e o profeta Jeremias se referem não dependeu do Tabernáculo no deserto. Porque este é posterior àquela.

Porém, quando se trata do Santuário e do Tabernáculo celestial, estes precedem a todas as Alianças que o Eterno e Seu Filho fizeram com a raça humana. Analisem estes versos do cântico de Moisés. Nos versos anteriores, em seu cântico, Moisés falou de egípcios, filisteus, edomitas, moabitas e de cananeus. Aí ele diz no verso 16: “Sobre eles cai espanto e pavor; pela grandeza do teu braço, emudeçam como pedra; até que passe o teu povo, ó SENHOR, até que passasse o povo que adquiriste”. – (ARA). No entanto, cantando sobre o povo de Israel ele diz:

“Tu o introduzirás e o plantarás no monte da tua herança, no lugar que aplanaste, ó SENHOR, para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram”. – (Êxodo 15:17 - ARA).

Aqui neste verso, o lugar aplanado por YHWH, para habitação é o “santuário”. Este está em paralelo com a expressão: “monte da tua herança”. E de acordo com o mesmo verso, o referido “santuário” foi estabelecido pelas mãos de Adonay. De acordo com o Salmo 110:1, Adonay é o Filho (Mateus 22:41-46).

O salmista também escreveu: “Que o SENHOR, do alto do seu santuário, desde os céus, baixou vistas à terra”. – (Salmos 102:19 - ARA).

Nesse verso o salmista não está declarando que o “santuário” é o “céu”. Analise esta situação. Eu afirmo a alguém que – daqui de Brasília - conversei por telefone com uma pessoa, desde o Brasil, e a pessoa em qualquer país do mundo. Ao dizer Brasil, subtende-se que Brasília é uma cidade do Brasil, e para quem conhece bem Geografia (História) mundial e do Brasil, saberá que Brasília é a capital da República Federativa do Brasil. Portanto, é parte (Brasília) do todo (Brasil); mas não é o todo. Da mesma forma, o “Santuário” á parte do Céu (está no Céu), mas não é o Céu.e nhece bem aonhece bem a geografia do Brasil e mundial claramente que o "

O objetivo aqui não é apresentar e muito menos discutir o significado do Santuário e do Tabernáculo celestial. Mas apresentar alguns termos que precedem à Carta aos hebreus. Ainda neste tópico, vejamos mais dois versos:

“Então me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles”. (Êxodo 25:8 - ARA).

Percebam a diferença do “santuário” deste verso, para o “santuário” de Êxodo 15:17. Lá foi aplanado por YHWH e estabelecido pelas mãos de Adonay. Lá é o lugar da habitação de YHWH. Também foi dito que YHWH introduzirá e plantará Seu povo “no monte da tua herança”.

No entanto, em Êxodo 25:8 foi dito: “Então me farão um santuário”. Mas por que este “santuário” – uma representação da morada do Altíssimo? Ele diz o motivo: “para que eu possa habitar no meio deles”. Vejam que o Eterno tem uma habitação no Céu, mas Ele também queria ter uma habitação entre os homens e não apenas nos homens. Esta profecia que é vislumbrada em Êxodo 25:8 “para que eu possa habitar no meio deles”, será cumprida plenamente, de acordo com os seguintes versos: Apoc. 21:2-3 e 22. Mesmo por meio do Messias (João 2:19-21) não se pode perceber o sentido pleno de Êxodo 25:8, porque Ele mesmo declarou: “Pai nosso que estás nos céus”. (Mat. 6:9; João 11:41 e 20:17).

Depois de falar do “santuário” (Êxodo 25:8), foi dito a Moisés: “Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis”. (Êxodo 25:9 - ARA).

É verdade que “modelo” não é cópia e/ou xérox. No entanto, ninguém em sã consciência receberia (receberá) um “modelo” de uma casa e por meio dele faria (fará) uma carruagem ou uma ponte. Por isso, não é possível entender que o “modelo” do “santuário”, apresentado ao profeta Moisés tenha sido o próprio Messias ou mesmo o Céu (Como disse, não vou tratar do que simboliza o santuário, nem do que significa o tabernáculo com tudo o que nele há); ou, também, que o “tabernáculo” seja o próprio Céu.

O que eu quero dizer com isso, é que Moisés não viu uma coisa e fez outra completamente diferente do que lhe foi mostrado como modelo. Portanto, ou aceitamos que havia um Santuário e um Tabernáculo literais no Céu, antes que fosse feito um na Terra, sob a orientação de Moisés, conforme o modelo que lhe foi apresentado. Ou era o que poderíamos chamar de “maquete” (ou projeto) de um tabernáculo que seria feito no deserto; e também no Céu (Heb 8:1-2; Apoc. 11:19; 15:5).



NOVA ALIANÇA

Portanto, depois de estabelecida a Aliança é que veio o Tabernáculo terrestre. E ao introduzir o capítulo nove, havendo tecido comentários sobre a nova Aliança, o autor de Hebreus diz: “Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre”. (Heb. 9:1 – ARA).

Os preceitos sagrados de que trata a nova Aliança foram citados nos versos 8:2-3 e 10-12. Os versos 1-2 e 6 falam do Messias como Sumo sacerdote. Os versos 4 e 5 tratam do sacerdócio da Casa de Arão. E os versos 8 e 9 tratam respectivamente da promessa da “nova aliança” e do quando foi estabelecida a aliança anterior.

Portanto, pelo que está escrito, entendemos que nessa nova Aliança o Sumo sacerdote (o Messias) é “ministro do santuário e do tabernáculo”. (Heb. 8:2 - ARA). Sendo assim, Ele não é ministro dele mesmo.



A PRIMEIRA ALIANÇA “TAMBÉM TINHA” O SEU SANTUÁRIO

Ele disse: “Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre”. – (9:1 - ARA). Sem entrarmos na questão do “também tinha preceitos de serviço sagrado”, fiquemos apenas com o termo “santuário”. Só que a expressão: “também tinha”, está referindo-se também ao termo “santuário”. Por isso, ao ele dizer que a “primeira aliança também tinha” “o seu santuário terrestre”, ele está dizendo que essa “nova aliança” também tem o seu “santuário”. Mas se ele não é na Terra, obrigatoriamente terá que ser no Céu.

Este termo - santuário - é a tradução da expressão: tó hágion (no texto grego aparece assim: τό τε ‘άγιον – com essa partícula entre tó e hágion). Porém, a partícula não interfere na tradução. As duas palavras gregas: tó e hágion estão no caso: Acusativo, neutro singular. Como podemos perceber, comparando o verso dois com o verso três deste mesmo capítulo, a expressão τό τε ‘άγιον, refere-se ao “santuário” como um todo, englobando os Lugares: Santo e Santíssimo. Porém, não o Átrio (este circundava o Tabernáculo) e o que ele continha. Por isso, depois ele introduz o termo “tabernáculo” e o divide em duas partes. Primeira (Heb. 9:2, 6 e 8). Segunda parte (Heb. 9:3, 7). Referindo-se aos Lugares: Santo e Santíssimo.



A PRIMEIRA ALIANÇA “TAMBÉM TINHA” O SEU TABERNÁCULO

No verso dois ele diz: “Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar”. – (ARA).

Percebam que o autor da Epistola aos hebreus afirma que o “tabernáculo” tinha uma “parte anterior”. O que implica dizer que também tinha uma “parte posterior” Aqui, nesse verso, o autor da Carta usa o termo “tabernáculo”, que engloba as duas principais partes do “santuário” (9:1). Em seguida, nomeia as principais “coisas” (9:23 - ARA) que ficavam na “parte anterior”. Ele usou o termo σκηνή – skenè, que é a tradução da palavra “tabernáculo”.

Não sei se deu pra perceber; mas, quando ele cita as coisas do “tabernáculo” (da “parte anterior”, do “Santo Lugar”), ele não menciona nada do que se encontrava no “Átrio” (Êxodo 27:9-19; 38:9-20). Ele procurou destacar apenas as duas principais partes do “tabernáculo”, que são conhecidas como “santuário”. Continuando com o segundo verso, percebemos que o escritor da Epístola aos hebreus chamou a “parte anterior” de “o Santo Lugar”. Esta expressão é a tradução do termo: Hágia - ‘´Аγια. Este adjetivo pronominal encontra-se no caso: Nominativo, neutro plural. Ele – literalmente - deveria ser traduzido por “Santos”. Porém, designando apenas a “parte anterior”.

Então, da mesma forma que a primeira aliança tinha apenas um “tabernáculo” (Êxodo 25:9; 26:6-7 30, 27:9 e 19; 36:13-14). Ele também tinha apenas uma “tenda” (35:11; 36:14); apenas uma “porta” (35:15; 40:5-6 e 28-29). O “tabernáculo” tinha as suas “estacas” (27:19; 35:18). O “átrio” também tinha apenas uma “porta” (35:17 e 38:18; 40:8 e 33. Ele também tinha as suas “estacas” (27:19; 35:18). Portanto, a Aliança anterior tinha apenas um “tabernáculo” que continha apenas um “santuário”. Da mesma forma, a nova Aliança também tem o seu “tabernáculo” e apenas um “santuário”. Este é dividido nas duas principais partes: o Lugar “Santos” (9:2) e o “Santos dos Santos” (9:3).

Portanto, não havia “primeiro tabernáculo” nem “segundo tabernáculo”. Havia um “tabernáculo” e está escrito: “Levantou o átrio ao redor do tabernáculo” (40:33). Este também foi chamado de “tabernáculo do Testemunho” (Êxodo 38:21 - ARA). Depois foi chamado de: “tabernáculo da tenda” (40:1 – ARA). No entanto, o “tabernáculo” era um só que correspondia ao Lugar Santo e ao Lugar Santíssimo. E a tenda estava sobre o “tabernáculo”.



A PRIMEIRA ALIANÇA TINHA OS LUGARES: SANTO E SANTÍSSIMO

Como já foi dito no verso anterior, o “tabernáculo” tinha na “parte anterior” o que se chama de: “Santo Lugar”. Mas no verso três, o escritor diz: Mas, depois “do segundo véu” do tabernáculo, “o que se chama Santo dos Santos”. Neste verso, o “véu” divide a “parte anterior” da posterior. A expressão: “Santo dos Santos” é a tradução da expressão: Hágia Hagíon - ‘´Аγια ‘Аγίων. O primeiro termo da expressão é um adjetivo pronominal encontra-se no caso: Nominativo, neutro plural. O segundo termo também é adjetivo pronominal; mas está no caso: Genitivo, neutro plural. Literalmente a expressão deveria ser traduzida por: Santos dos Santos. Nos versos quatro e cinco, o autor da Epístola, fala das “coisas” (Heb. 9:23 - ARA) que se encontravam na segunda parte ou parte posterior do tabernáculo. (verso quatro – “altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança”) Contudo, ele conclui o verso cinco dizendo: “Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente”. – (ARA).

Percebam que ele cita o “altar de ouro”, que estava no Lugar Santo, como pertencendo ao Lugar Santíssimo. Veja abaixo o que diz Apocalipse 8:3-5:

“Veio outro anjo e ficou de pé junto do altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto”. (ARA).

Agora, percebam com quem estavam essas orações: “E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”. (Apoc. 5:8 - ARA)

Portanto, esta é a função do Messias, nosso Sumo sacerdote, diante do trono do Pai. Ele vive “sempre para interceder” (Heb. 7:25) pelo Seu povo. Contudo, depois que Ele ascendeu ao Céu, não vive sempre diante do “altar de ouro”. Leia Atos 26:12-18 e Apoc. 1:12-20.



O SANTUÁRIO É PARTE DO TABERNÁCULO

De acordo com os versos que veremos abaixo, perceberemos claramente que o “Tabernáculo” tinha um “Santuário”. Leia estes versos, e os interprete você mesmo:

“Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, terá a seu cargo o azeite da luminária, o incenso aromático, a continua oferta dos manjares e o óleo da unção, sim, terá a seu cargo todo o tabernáculo e tudo o que nele há, o santuário e os móveis”. - (Núm. 4:16 – ARA).

“Mas aos filhos de Coate nada deu, porquanto a seu cargo estava o santuário, que deviam levar aos ombros”. - (Núm. 7:9 – ARA).

“E os levitas, dados a Arão e a seus filhos, dentre os filhos de Israel, entreguei-os para fazerem o serviço dos filhos de Israel na tenda da congregação e para fazerem expiação por eles, para que não haja praga entre o povo de Israel, chegando-se os filhos de Israel ao santuário”. - (Núm. 8:19 – ARA)

“Então, partiram os coatitas, levando as coisas santas” [o santuário]; “e erigia-se o tabernáculo até que estes chegassem’. - (Núm. 10:21 – ARA).

“Disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao vosso sacerdócio. Também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti e te sirvam; quando tu e teus filhos contigo estiverdes perante a tenda do Testemunho. Farão o serviço que lhes é devido para contigo e para com a tenda; porém não se aproximarão dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morram, nem eles, nem vós. Ajuntar-se-ão a ti, e farão todo o serviço da tenda da congregação; o estranho, porém, não se chegará a vós outros. Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o do altar, para que não haja outra vez ira contra os filhos de Israel”. - (Núm. 18:1-5 – ARA). – josielteli@hotmail.com

Que YHWH faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti...


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  • O Juízo Investigativo na Bíblia - 8 (Última Parte)






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O livro de Hebreus revela a existência de um santuário real no Céu. Em Hebreus 8:2 a palavra "santuário" é tradução do grego ta hagia, forma plural de lugar santo (coisa). Usos adicionais deste termo no plural podem ser encontrados, por exemplo, Hebreus 9:8, 12, 24, 25, 10:19; 13:11. As várias traduções deixam a impressão de que Cristo ministra apenas no lugar santíssimo ou no lugar santo, não no santuário. Isto ocorre porque os tradutores consideram ta hagia como plural intensivo, traduzível como singular. Mas o estudo da Septuaginta e de Josefo mostra que o termo ta hagia se refere invariavelmente a "coisas sagradas" ou aos "lugares santos" - isto é, ao próprio santuário. E o termo geral utilizado em referência ao santuário inteiro, com seus lugares santo e santíssimo.

Que o livro de Hebreus utiliza ta hagia para se referir ao santuário inteiro, é algo que possui forte apoio exegético na própria epístola. O primeiro uso de ta hagia em Hebreus, ocorre em 8:2, em aposição a "verdadeiro tabernáculo". Uma vez que é claro a partir do verso 5 do mesmo capítulo, que "tabernáculo" (skene) indica o santuário interiro, em Hebreus 8:2 ta hagia do mesmo modo deve designar todo o santuário celestial. Não existe razão para se traduzir o plural ta hagia como lugar santíssimo em Hebreus. Na maioria dos casos, o contexto favorece a tradução de ta hagia como "o santuário" ("Christi and His High Priestly Ministry", Ministry, outubro de 1980, pág. 49).

De seu estudo do santuário terrestre e de ta hagia, os pioneiros adventistas concluíram que o santuário celestial também possui dois compartimentos. Essa compreensão tornou-se básica para o desenvolvimento de seu ensinamento quanto ao santuário (Damsteegt, "The Historical Development of the Sanctuary Doctrine in Early Adventist Thougt" [manuscrito não publicado, Biblical Research Institute of the General Conference of Seventh-Day Adventist, 1983]; cf. E. G. White, O Grande Conflito, págs. 413-415, 423-432.

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A expressão mais comum usada em Hebreus para o santuário, tanto no Céu como na Terra, vem do termo grego, ta hagia, que significa "os santos", "os lugares santos", "as coisas santas". Outra forma da expressão é hagia hagion, usada exclusivamente para "o santo dos santos" (Heb. 9:3).

Ta hagia (um plural que às vezes aparece no singular) aparece em Hebreus 8:2; 9:1-3, 8, 12, 24 e 25; 10:19 e 13:11, onde é traduzido como "santuário", "lugar santo", "o lugar santíssimo", "lugares santos", e "santo dos santos".

3. A julgar pelo contexto, cada verso está falando sobre "o Lugar Santo", "o Lugar Santíssimo", ou sobre todo o santuário? Hebreus 8:2; 9:1-3, 8, 12, 24 e 25; 10:19 e 13:11

Em alguns lugares, o significado é bastante óbvio. Em Hebreus 8:2 e 9:1, por exemplo, a palavra ‘santuário’ em ambos os textos se refere a todo o santuário.

Em Hebreus 9:2, o autor descreve o conteúdo do primeiro compartimento, que ele chama de "Santo lugar". O contexto mostra que ele está falando do primeiro compartimento do santuário terrestre, que é conhecido como "o Lugar Santo".

Em Hebreus 9:3, a expressão traduzida como "Santo dos Santos" na Almeida (hagia hagion) significa apenas o segundo compartimento, "o Lugar Santíssimo". Mas é interessante que esta expressão, que significa claramente "o Lugar Santíssimo", nunca é usada novamente no livro de Hebreus em qualquer referência a Cristo no santuário celestial. Assim, surge uma pergunta lógica: Se Hebreus queria ensinar que Cristo, ao ascender, entrou no "Lugar santíssimo", por que o livro nunca mais emprega a expressão que se refira sem ambigüidades exclusivamente ao "Santo dos Santos"?

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Embora haja muita discussão a respeito da expressão ta hagia, parece claro no livro de Hebreus que ela significa "o santuário" como um todo.

1. Leia Hebreus 8:2, a primeira referência a ta hagia em Hebreus. Note como é usado. "Como ministro do santuário [ta hagia] e do verdadeiro tabernáculo [skene] que o Senhor erigiu, não o homem." O texto compara claramente e sem ambigüidade ta hagia com skene, e skene significa o "tabernáculo", todo o santuário. Deste modo, desde o início, temos uma definição de ta hagia.

2. Novamente, Hebreus está contrastando o santuário terrestre com o celestial, e não em que compartimento Cristo entrou no Céu. Assim, ta hagia, entendido como "santuário", faz mais sentido.

3. Estudos recentes sobre a tradução grega de ta hagia na Bíblia hebraica mostram que quando ta hagia é usado no contexto do santuário, designa com coerência todo o santuário.

Notas para consideração:

William Johnsson, um estudioso do livro de Hebreus, diz assim sobre algumas traduções modernas de Hebreus: "Este versículo pede uma palavra sobre a Nova Versão Internacional. Acho que esta é, em geral, uma excelente tradução, mas discordo da abordagem que faz de Hebreus. Os tradutores... traduzem ta hagia como ‘o Santo dos Santos. ...’ Em meu entender eles teriam sido mais justos com o leitor se tivessem traduzido as referências incertas pela expressão mais neutra, ‘santuário’. A conclusão é que todos os estudantes de Hebreus, e especialmente os adventistas, precisam ser cuidadosos e prontos a questionar a Nova Versão Internacional onde quer que encontrem ‘o Santo dos Santos’." – William Johnsson, Hebrews, págs. 149 e 150. Comente as implicações do que o Dr. Johnsson escreveu.
Eduardo
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