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O Ministério de Cristo no Santuário Celestial
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O Ministério de Cristo no Santuário Celestial
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Segredos do Santuário
Publicado em junho 17, 2010 por Seventh Day
Por Steven Winn, David Boatwright e Doug Batchelor
Um fato surpreendente: A memória eidética, também chamada memória fotográfica, é marcada pela recordação extraordinariamente detalhada e vívida de imagens visuais com um nível de detalhe quase perfeito. Um homem com esse dom, Mehmed Ali Halici, de Ankara, Turquia, recitou 6666 versos do Alcorão de memória, em seis horas, sem um erro sequer. Seis estudiosos do Corão monitoraram a recitação.
Especialistas já provaram que um dos métodos mais bem sucedidos de memorização é através da associação de imagens. O Senhor usa essa técnica de ensino, porque Ele sabe que os seres humanos são criaturas extremamente visuais. Esta é uma das principais razões pela qual Jesus ensinava com parábolas. Histórias em parábolas ajudam as pessoas a compreenderem e lembrarem os muitos princípios abstratos da salvação por associá-los com imagens visuais.
Deus em primeiro lugar ilustrou o plano de salvação imediatamente depois que Adão e Eva pecaram, através do sacrifício de um cordeiro. Este processo impressionou o primeiro casal sobre o resultado hediondo do pecado e prefigurou a morte do “Cordeiro de Deus” por seus pecados.
Por um tempo, os filhos de Israel passaram 400 anos no Egito servindo como escravos à uma nação pagã, o Senhor viu que seu povo precisava ser completamente re-educado quanto à “grande figura” do plano da redenção, incluindo o seu papel e o papel de Deus na limpeza de seus pecados para serem restaurados à Sua imagem.
É por isso que, quando os filhos de Israel, finalmente, deixaram o Egito, mancando, com cicatrizes em suas costas e com visões de dança na Terra Prometida em suas mentes, Deus não os levou imediatamente ao norte em direção à Terra Prometida, mas em direção ao Mt. Sinai no sul. Ele estava prestes a entregar a esta infante nação uma das lições mais fortes e duradouras já registradas. E Ele o faria quase inteiramente com símbolos.
O Senhor disse a Moisés: “Os israelitas deverão fazer uma Tenda Sagrada para mim a fim de que eu possa morar no meio deles” (Êxodo 25:8 – NTLH). Tenha em mente que este tabernáculo terrestre nunca foi destinado a ser um edifício para abrigar a Deus dos elementos da natureza. Jeová não é um Deus sem-teto. Quando Salomão estava construindo o primeiro templo em Jerusalém, ele disse: “Mas será possível que Deus habite na terra? Os céus, mesmo os mais altos céus, não podem conter-te. Muito menos este templo que construí!” (1 Reis 8:27).
Esta, então, é a chave para o enigma do santuário. A estrutura e as cerimônias eram para servir como símbolos para ilustrar a seqüência e o processo de salvação.
Ao considerarmos o santuário e seus símbolos, o melhor exemplo seria partirmos do primeiro santuário – aquele que Moisés tinha feito o povo construir no deserto. Esta tenda portátil foi muitas vezes chamada de “tabernáculo”. Da mesma forma que Deus estabeleceu as dimensões precisas para a construção da Arca de Noé, Deus deu a Moisés os planos exatos para tudo no santuário, até os mínimos detalhes dos acessórios.
O plano de Deus não foi arbitrário. Ele já tinha uma morada real no céu, onde o plano de salvação foi concebido. O santuário terrestre era para ser um modelo em miniatura, ou sombra, do celestial. Deus disse a Moisés: “E você, Moisés, faça a Tenda e todos os seus móveis de acordo com o modelo que eu vou lhe mostrar” (Êxodo 25:9 – NTLH). Diferente de qualquer outro edifício já construído, o santuário seria tridimensional. Cada componente, da maior cortina ao mais ínfimo pedaço de mobília, tinha um significado simbólico que ajudaria os filhos de Israel a ver, experimentar e compreender o plano da salvação e o papel do santuário celeste de um modo muito prático.
Uma Viagem à Deus
Vamos começar uma breve turnê por esta estrutura incomum e aprender algumas lições básicas antes de examinarmos os significados mais profundos do sistema do santuário.
O santuário consistia em três áreas principais: o pátio, o lugar santo e o lugar santíssimo. Estes três locais representavam os três principais passos no processo da salvação conhecidos como justificação, santificação e glorificação, e eles correspondiam às três fases do ministério de Cristo: o sacrifício substitutivo, a mediação sacerdotal, e o julgamento final.
O Santo dos Santos, local mais sagrado do Tabernáculo, representava a presença de Deus. As paredes ao redor do pátio e o lugar santo ilustravam vividamente a separação do homem de Deus. “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59:2). Todos os serviços do santuário representavam a jornada do pecador de volta à Deus. Nos três primeiros capítulos da Bíblia, o pecado entra no mundo e o homem é expulso do jardim do Éden. Nos últimos três capítulos, o pecado está erradicado e o homem é restaurado para o jardim e comunhão com Deus.
Por favor, tenha em mente que enquanto nos aventuramos sobre esta terra sagrada estamos recolhendo apenas algumas gemas da verdade. Volumes poderiam ser escritos sobre o santuário e seus símbolos, sem esgotar o assunto.
A Porta
A primeira coisa que percebemos a medida que nos aproximamos do santuário é que há apenas uma porta. Nem mesmo uma saída de emergência! Lembre-se das palavras de Jesus: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo…” (João 10:9).
Todos os que são salvos são redimidos unicamente por Jesus. “Não há salvação em nenhum outro: porque não há nenhum outro nome debaixo do céu dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). O único caminho para Deus é através de Cristo, a única porta.
O Pátio
Todo o edifício do santuário foi cercado por um pátio feito de cortinas de linho configuradas em uma orientação muito específica. Foi criada a abertura de uma frente para o leste. Esse arranjo garantiu que os adoradores e sacerdotes que ficavam na porta estivessem de costas para o sol nascente, em vez de encará-lo de frente como as religiões pagãs que cultuavam o sol faziam. O povo de Deus adorava ao Criador, em vez da criação.
O Altar dos Holocaustos
Imediatamente após entrar na porta do pátio estava o altar de holocaustos. O altar era feito de madeira de acácia e revestido de bronze. Alguns tem comparado a parte de madeira com as obras humanas e o bronze com a obra de Cristo. Sem o bronze, a moldura de madeira teria sido consumida pelo fogo durante a queima das oferendas, da mesma forma que seremos consumidos no lago de fogo, se não acreditarmos que a graça de Jesus deve eclipsar nossas boas obras.
A Pia
Entre o altar do holocausto e o tabernáculo ficava a pia. Também era feita de bronze e ficava cheia de água para a limpeza dos sacerdotes.
A imagem da justificação dos pecadores ficava clara no pátio. Antes que Deus desse aos israelitas a Sua Lei em tábuas de pedra, Ele salvou-os da escravidão no Egito por força de sua fé no Cordeiro da Páscoa (simbolizado pelo altar) e batizou-os no mar (representado pela pia). Deus nos toma tal como estamos e perdoa os nossos pecados. Quando aceitamos a Cristo, confessamos nossos pecados e pedimos perdão, o registro celeste do nosso pecado é coberto pelo sangue de Jesus.
O Lugar Santo
O tabernáculo real estava na metade oeste do pátio. Foi dividido em dois compartimentos ou salas. Embora a largura das duas salas fosse a mesma, o comprimento do primeiro quarto, o lugar santo, era duas vezes mais longo que o do lugar santíssimo. As paredes da estrutura central eram feitas de tábuas de acácia revestidas com ouro e prata (Êxodo 26).
Todos os que entraram no lugar santo para ministrar viam a si mesmos refletidos nas paredes de ouro por todos os lados, lembrando-se que os olhos do Senhor tudo vêem. “fizeram para a tenda uma cobertura de pele de carneiro tingida de vermelho, e por cima desta uma cobertura de couro” (Êxodo 36:19). Os sacerdotes podiam olhar para cima e ver que eles ministravam debaixo da pele vermelha. Da mesma forma, os cristãos são uma nação de sacerdotes que servem a Jesus protegidos por seu sangue.
O santuário tinha três artigos de mobiliário. Vamos analisá-los um por um.
O Candelabro de Ouro
No interior do santuário do lado esquerdo (ao sul), estava o menorá de ouro que tinha sete ramos (ver Êxodo 25:31-40). Eles não usavam velas de cera como nós as conhecemos, mas as luzes eram alimentadas por azeite puro de oliva. O sacerdote preparavam os pavios diariamente, e enchiam as taças com azeite de modo que o menorah fosse constantemente uma fonte de luz para o lugar santo. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (João 8:12).
Ele também disse: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14). O azeite nas lâmpadas simbolizava o Espírito Santo que ilumina a Igreja. A lâmpada era um símbolo da Palavra (Salmo 119:105).
A Mesa dos Pães
Em frente ao candelabro estava a mesa dos pães, no lado norte. Foi construída de madeira de acácia e coberta com ouro (Êxodo 25:23-30). Nela eram mantidos 12 pães ázimos (Levítico 24:5-9). Esses pães simbolizavam a Jesus, que é o pão da vida (João 6:35). Eles eram em número de 12 e significavam as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos de Jesus que alimentariam o povo de Deus com o pão da vida, que é também um símbolo da Bíblia (Mateus 4:4).
O Altar do Incenso
O altar de incenso estava localizado em frente ao véu Ex 40:26, que separava o lugar santo do lugar santíssimo. Como vários outros itens no santuário, também era feito de madeira de acácia e coberto com ouro (Êxodo 30:1-3). Era muito menor do que o altar no pátio e continha um pote de bronze que mantinha as brasas do altar dos holocaustos. Era ali que o sacerdote queimava uma mistura muito especial de incenso, que enchia o Santuário com uma nuvem de perfume adocicado, representando as orações de intercessão e confissão dos crentes adoçadas pelo Espírito Santo (Êxodo 30:8).
O Lugar Santo representa o processo de santificação. Isso corresponde às peregrinações de Israel no deserto. A coluna de fogo era o seu menorah, e o maná era seu pão. A coluna de nuvem era sua nuvem de incenso.
Santificação é o processo na vida do cristão de aprender a obedecer. É composto de uma série de justificativas. Cada vez que pecamos, pedimos perdão e somos justificados novamente. No entanto, Deus oferece mais do que perdão quando nos confessamos. Em 1 João 1:9, Ele nos promete que, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
É esta “limpeza da injustiça” que constitui a santificação. Os ingredientes-chave para a nossa santificação são uma vida devocional baseada na Palavra, oração e testemunho. O pão, o incenso, e a lâmpada no Santuário representam esses elementos.
O Lugar Santíssimo
O comprimento do lugar santíssimo era igual a sua largura para que ele formasse um quadrado. Também era tão alto quanto sua largura e comprimento, tornando-se um cubo perfeito, exatamente como a Nova Jerusalém será (ver Apocalipse 21:16). O lugar continha apenas uma peça de mobiliário.
O Véu
Este véu ou cortina, separando o lugar santo do lugar santíssimo do santuário tem um grande significado, porque foi este véu que se rasgou no momento em que Jesus morreu na cruz (Mateus 27:51, Marcos 15:38, Lucas 23 : 45). Sua morte simboliza o fim da necessidade do exclusivo sacerdócio levítico para fazer a mediação entre Deus e o homem.
O véu representa o corpo de Jesus (Hebreus 10:19, 20). Somente passando por esse véu era possível ter acesso ao lugar santíssimo (Hebreus 4:16). O rasgar do véu simboliza a morte do Cordeiro de Deus, que agora permite ao crente em sua expiação, acesso imediato ao local mais sagrado através do novo Sumo Sacerdote, Jesus Cristo o único Mediador entre Deus e o homem.
A Arca da Aliança
Dentro do lugar santíssimo, ou “santo dos santos”, ficava uma peça de mobiliário – a arca da aliança. Esta caixa sagrada, também construída de madeira de acácia e coberta com ouro, continha as tábuas de pedra sobre as quais Deus havia escrito os Dez Mandamentos. Também continha a vara de Arão, que tinha brotado e um pequeno pote de maná.
A tampa da arca era chamada de propiciatório (Êxodo 25:17) e, acima dela, estava a glória do Senhor, ou Shekinah (que literalmente significa “habitação”), irradiando entre os dois querubins cobridores, ou anjos, em cada extremidade da arca. Este era um símbolo do trono de Deus e da presença do Todo-Poderoso nos céus. As paredes do lugar santíssimo foram gravadas com muitos anjos, representando as nuvens da vida, anjos que cercam a pessoa de Deus no céu (1 Reis 6:29).
Como Tudo Funciona
O santuário mostra como Deus trata com o pecado. O pecado não pode ser ignorado. Seu salários é a morte (Romanos 6:23). A lei não pode ser alterada para fazer os pecadores não culpados. O salário do pecado deve ser pago, quer pelo pecador recebendo a morte eterna, ou por Cristo na cruz. Vamos ver como um pecado, uma vez que é confessado, é processado através do santuário.
O Ministério do Pátio
Quando um pecador se convencia do pecado pelo Espírito Santo e queria se confessar, ele ia até a porta do pátio com um animal imaculado (geralmente um carneiro) para o sacrifício. Ele colocava suas mãos sobre a cabeça da vítima inocente e confessava o seu pecado. Este era simbolicamente transferido para o cordeiro. Então, com sua própria mão ele tinha que matar o animal e derramar seu sangue. Isso era feito para impressionar o pecador arrependido que seus pecados acabariam por exigir a morte do imaculado Cordeiro de Deus.
Esta era a parte do pecador no serviço do santuário. Os sacerdotes, que representavam a mediação de Cristo entre o pecador culpado, e seu Deus, faziam o resto.
Depois de confessar o seu pecado e matar o cordeiro, o pecador ia embora perdoado, seus pecados eram cobertos pelo sangue derramado da vítima. É claro que o sangue do cordeiro não cobria os pecados, mas representava o sangue de Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Depois o sacerdote, pegava um pouco do sangue e o resto derramava no chão na base do altar e o animal era queimado sobre o altar. O altar simboliza a cruz onde Jesus foi sacrificado pelos pecados do mundo. Seu sangue foi derramado no chão, aos pés da cruz quando o centurião lhe furou o lado (João 19:34).
O sangue do cordeiro, simbolicamente, com a culpa do pecador, era levado pelo sacerdote e transferido para o lugar santo do santuário. No entanto, nunca o sacerdote entrava no santuário sem antes se purificar na pia. Esta lavagem é simbolo do batismo e é listada como um dos símbolos para a salvação (Atos 2:38) Os israelitas tiveram de atravessar o Mar Vermelho, antes de serem libertos da escravidão do Egito. “Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar” (1 Coríntios 10:2).
Assim, no pátio, passamos pelo fogo e pela água. Jesus disse: “Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).
No lugar santo a fumaça do incenso subindo do altar representava a interseção do Espírito Santo em nome de Jesus, fazendo nossas orações de confissão aceitáveis ao Pai (Romanos 8:26-27). Cada dia o sangue, levando a culpa, era aspergido diante do véu, transferindo assim a culpa do pecador para o tabernáculo. Lá a culpa dos pecadores arrependidos eram acumuladas ao longo do ano até o Dia da Expiação.
O Ministério do Lugar Santíssimo
Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote levava dois cabritos perfeitos, e lançava sorte sobre eles para determinar qual seria bode do Senhor, e qual seria o bode expiatório (chamado de Azazel, em hebraico). Depois de confessar seus pecados e os de sua família, o sumo sacerdote colocava suas mãos sobre o bode do Senhor e confessava os pecados de toda a congregação que tinha sido acumulada no lugar santo durante o ano. Então o bode do Senhor era morto, e o sangue era levado pelo sumo sacerdote ao lugar santíssimo e oferecido diante do propiciatório da arca onde a presença de Deus habitava.
A arca da aliança contém alguns dos símbolos mais belos e significativos de todo o plano de salvação de Deus. Dentro da arca, entre o vaso de ouro do maná, simbolizando a providência de Deus, e a vara de Arão que floresceu, simbolizando a autoridade de Deus e a disciplina, estavam as duas tábuas de pedra em que o dedo de Deus escreveu a Lei que foi violada por todos os homens (Romanos 3:23). A quebra dessa lei é pecado (1 João 3:4) e a pena para o pecado é a morte (Romanos 6:23).
Entre a lei que nos condena à morte e à presença consumidora de Deus está o propiciatório, ou a tampa da arca. Este arranjo mostra que somente a misericórdia de Jesus nos salva de sermos consumidos pela presença ardente da justiça de Deus. Mas a misericórdia de Jesus não é barata. Ele nos comprou com seu próprio sangue. Ele pagou o salário do pecado para que Ele pudesse oferecer misericórdia a todos aqueles que a aceitassem.
Em seguida, representando a Cristo como mediador, o sumo sacerdote transferia os pecados que haviam poluído o santuário para o bode vivo, Azazel, que era levado para fora do acampamento dos israelitas. Isto simbolicamente removia os pecados do povo e preparava o santuário para mais um ano de ministério. Assim, todas as coisas ficavam bem entre Deus e o Seu povo mais uma vez.
Uma Visão Ampla da Salvação
O plano de salvação é o tema de toda a Bíblia. A salvação dos filhos de Israel do Egito seguiu exatamente este plano. O Egito correspondia ao pátio onde a justificação acontecia. Deus sacrificou todos os primogênitos do Egito, representando aqueles que irão pagar por seus próprios pecados. Mas os israelitas tinham permissão para substituir o sangue do seu filho primogênito, pelo do cordeiro pascal, representando aqueles que aceitaram o pagamento de Jesus. Após o sacrifício, vinha a limpeza. Todos os filhos de Israel foram “batizados” no Mar Vermelho (1 Coríntios 10:1, 2), simbolizado pela pia.
Este progresso diário em caráter de construção é o processo de santificação. Mas qual é o resultado final da santificação? Finalmente chegamos ao lugar onde preferímos morrer do que desonrar nosso Salvador por pecarmos. Isso é quando a nova aliança é cumprida em nós. “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei nos seus corações e serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jeremias 31:33). Quando a lei de Deus é o nosso deleite e prazer o pecado não tem mais poder sobre nós, então o processo de santificação é completo.
Expiação
Durante dez dias que antecediam o Dia da Expiação, os filhos de Israel iam limpar seu campo, casas, corpos e culpa, confessando todas as falhas conhecidas. Depois que o sumo sacerdote fazia o ritual de purificação do santuário, Deus tinha um santuário e um povo limpo.
Agora, como a expiação real está ocorrendo no céu, o povo de Deus deve ser purificado novamente. Para terminar a limpeza do santuário e trazer o Seu povo ao céu, Cristo não pode ter mais qualquer pecados confessados. Os ímpios seguem pecando, mas eles vão pagar os salários do pecado no julgamento.
Os justos, por outro lado, terão ganho a vitória sobre o pecado através do sangue de Jesus Cristo. Isso acontece quando todos eles têm a experiência da nova aliança, que toma a lei das tábuas de pedra e a faz parte integrante do seu coração. Neste tempo, Cristo pode terminar a limpeza de Seu santuário celestial e vir para Sua noiva porque seu santuário terrestre e seu povo também estarão limpos. Ele terá um santuário limpo no Céu e um santuário limpo na Terra. Jesus não disse que nós somos Seu templo? (Efésios 2:19-21, 1 Coríntios 3:16).
Jesus é o Santuário
Este estudo poderia continuar por centenas de páginas, pois afinal o tema central de todo o sistema do santuário é Jesus. Jesus é a porta, o Cordeiro imaculado e nosso Sumo Sacerdote. Ele é a luz do mundo e o pão da vida. Ele é a água viva na pia e a pedra na qual está escrita a lei de Deus na arca. Seu amor é o ouro cintilante em todo o lugar sagrado. É dele o sangue que torna possível que nos aproximemos do Pai. Na verdade, Jesus é a essência do templo, pois Ele disse: “Destruí este templo e em três dias eu o levantarei. … Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2:19, 21) .
Você tem feito de Cristo, seu santuário? As Escrituras prometem: “Eis que reinará um rei com justiça, e com retidão governarão príncipes. um varão servirá de abrigo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra duma grande penha em terra sedenta” (Isaías 32:1-2).
“Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu” (Hebreus 6:18-19).
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).
Artigo Escrito por Steven Winn, David Boatwright & Doug Batchelor, publicado no site Amazing Facts em Fev/2000. Tradução feita pelo Blog www.setimodia.wordpress.com
O Ministério de Cristo no Santuário Celestial - Parte I
É chegada a hora do sacrifício da tarde. O sacerdote está em pé no pátio do templo de Jerusalém, pronto para oferecer um cordeiro como sacrifício. Ergue o cutelo para imolar a vítima, mas nesse momento a Terra sofre uma convulsão. Aterrorizado ele solta o cutelo e o cordeiro escapa. Por sobre o estrondo do terremoto, ele houve um alto ruído de algo que se rasga, enquanto mãos invisíveis partem o véu do templo de alto a baixo.
Fora da cidade, nuvens negras envolvem uma cruz. Quando Jesus, o Cordeiro Pascal de Deus, exclama: "Está Consumado!", Ele morre pelos pecados do mundo. O tipo encontrava o antítipo. O próprio evento ao qual os serviços do templo haviam apontado durante séculos, acabara de ocorrer. O Salvador completara Seu sacrifício expiatório, e pelo fato do símbolo haver encontrado a realidade, os rituais que antecipavam esse sacrifício haviam sido ultrapassados. Por essa razão, o véu rasgou-se, o cutelo caiu das mãos do sacerdote e o cordeiro escapou.
Há mais, porém, em relação à história da salvação. A questão vai além da cruz. A ressurreição e a ascensão de Jesus dirigem nossa atenção para o santuário celestial onde, não mais como Cordeiro, mas como sacerdote Ele ministra. O sacrifício foi oferecido uma vez por todas (Hebreus 9:28); agora Ele torna disponíveis a todos os benefícios de Seu sacrifício expiatório.
O Santuário Celestial
Deus instruiu Moisés quanto à construção do lugar em que, na Terra, Ele iria habitar (Êxodo 25:8); tratava-se do santuário, o qual funcionou sob o primeiro (velho) concerto (Hebreus 9:1). Esse era o lugar no qual se ensinava ao povo o caminho da salvação. Cerca de 400 anos mais tarde, o templo permaneceu em Jerusalém, construído pelo rei Salomão, ocupou o lugar do tabernáculo transportável de Moisés.
Depois que Nabucodonosor destruiu o templo, os exilados que retornaram de Babilônia construíram o segundo templo, que foi mais tarde embelezado grandemente por Herodes, o Grande; este último templo foi destruído pelos romanos no ano 70 d.C.
O Novo Testamento revela que o novo concerto também possui seu templo, e este se encontra no Céu. Nele Cristo trabalha como sumo sacerdote "à direita do trono da Majestade". Esse santuário é o "verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem" (Hebreus 8:1 e 2).1 No monte Sinai, foi mostrado a Moisés um "modelo", cópia ou miniatura do santuário celestial (Êxodo 25:9 e 40). As Escrituras identificam o santuário mosaico como "figura das coisas que se acham nos Céus" e "figura do verdadeiro" santuário (Hebreus 9:23 e 24). O santuário terrestre e seus serviços nos provêem, portanto, vislumbres especiais no tocante ao papel do santuário celestial.
Em toda a sua extensão, a Escritura revela a existência de um templo ou santuário no Céu (por exemplo, Salmo 11:4; Salmo 102:19; Miquéias 1:2 e 3).3 Em visão, o apóstolo João contemplou o santuário de Deus, que se acha no Céu (Apocalipse 11:19). Ele chegou a contemplar os itens que constituíram o modelo para mobília que ocupava o espaço do lugar santo do santuário terrestre, tais como (Apocalipse 8:3). Viu também a arca da aliança, que no santuário terrestre ocupava o Santo dos Santos (Apocalipse 11:19).
O altar do incenso do santuário celestial acha-se situado diante do trono de Deus (Apocalipse 8:3; Apocalipse 9:13), que se localiza no templo celestial de Deus (Apocalipse 4:2; Apocalipse 7:15; Apocalipse 16:17). Portanto, a cena do trono celestial de Deus (Daniel 7:9 e 10) ocorre no templo ou santuário celestial. É por essa razão que os juízos finais de Deus partem de Seu templo (Apocalipse 15:5 a 8).
Torna-se claro, portanto, que as Escrituras apresentam o santuário celestial como um lugar efetivamente existente (Hebreus 8:2), não como uma metáfora ou abstração. O santuário celestial é o lugar primário de habitação de Deus.
O Ministério no Santuário Celestial
A mensagem do santuário era uma mensagem de salvação. Deus utilizou os seus serviços para proclamar o evangelho (Hebreus 4:2). Os serviços do santuário terrestre eram "uma parábola para a época presente" até o tempo da primeira vinda de Cristo (Hebreus 9:9 e 10). "Através dos símbolos e rituais Deus propôs, por meio desse evangelho-parábola, focalizar a fé de Israel no sacrifício e ministério sacerdotal do Redentor do mundo, o 'Cordeiro de Deus' que haveria de remover todo o pecado do mundo (Gálatas 3:23; João 1:29)."
O santuário ilustra três fases do ministério de Cristo: (1) sacrifício substitutivo, (2) mediação sacerdotal e (3) julgamento final.
O sacrifício substitutivo. Todos os sacrifícios do santuário simbolizava a morte de Jesus para o perdão dos pecados, revelando a verdade de que "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hebreus 9:22). Esses sacrifícios ilustravam as seguintes verdades:
Deus julga o mundo - Pelo fato do pecado constituir uma profunda rebelião contra tudo o que é bom, puro e verdadeiro, ele não pode ser ignorado. "O salário do pecado é a morte..." (Romanos 6:23).
A morte substitutiva de Cristo - "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas... mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós" (Isaías 53:6). "Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras" (I Coríntios 15:3).
Deus provê o sacrifício expiatório - Esse sacrifício é "Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação, mediante a fé" (Romanos 3:24 e 25). "Àquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus" (II Coríntios 5:21). Cristo, o Redentor, assumiu sobre Si o julgamento do pecado. Portanto, Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. '... pela Suas pisaduras fomos sarados' (Isaías 53:5)."
Os sacrifícios do santuário terrestre eram repetitivos. Tal qual uma história, esse ritual - parábola da redenção - era contado e recontado ano após ano. Em contraste, o Antítipo - o verdadeiro sacrifício expiatório, a morte do Senhor - ocorreu no calvário uma vez por todas (Hebreus 9:26 a 28; Hebreus 10:10 a 14). Na cruz, a penalidade pelo pecado humano foi plenamente paga. A justiça divina foi satisfeita. Sob a perspectiva legal, o mundo havia sido restaurado ao favor divino (Romanos 5:18). A expiação, ou reconciliação, foi completada na cruz, conforme antecipada pelos sacrifícios, e o pecador penitente pode confiar plenamente nessa obra do Senhor, concluída.
O Mediador Sacerdotal
Se o sacrifício expiou os pecados, por que era necessário um sacerdote?
O papel do sacerdote chamava atenção para a necessidade de mediação entre os pecadores e um Deus santo.
A mediação sacerdotal revela a gravidade do pecado e a alienação que ele ocasionou entre um Deus sem pecado e a criatura pecaminosa. "Assim como cada sacrifício antecipava a morte de Cristo, assim cada sacerdote antecipava o ministério mediatório de Cristo como sumo sacerdote no santuário celestial. 'Portanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem' (I Timóteo 2:5)."
Mediador e expiação - A aplicação do sangue expiatório durante o ministério mediatório dos sacerdotes era também vista como uma forma de expiação (Levítico 4:35). Em inglês, o termo atonement (expiação) implica reconciliação entre duas partes que se achavam rompidas. Assim como a morte expiatória de Cristo reconciliou o mundo com Deus, assim a Sua mediação, ou aplicação dos méritos de Sua vida sem pecado e morte substitutiva, faz da reconciliação ou expiação com Deus uma realidade pessoal para o crente.
O sacerdócio levítico ilustra o ministério redentor que Cristo tem desempenhado desde a Sua morte. Nosso Sumo Sacerdote, que serve "à destra do trono da Majestade nos Céus", trabalha como "ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem" (Hebreus 8:1 e 2). O santuário celestial é o grande centro de comando, de onde Cristo conduz Seu ministério sacerdotal em favor de nossa salvação. Ele é capaz de "salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hebreus 7:25). Portanto, somos estimulados a nos aproximar "confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em, ocasião oportuna" (Hebreus 4:16).
No santuário terrestre, os sacerdotes desempenhavam dois ministérios distintos - o ministério diário no lugar santo, ou primeiro compartimento, e o ministério anual no lugar santíssimo, ou segundo compartimento. Esses serviços ilustravam o ministério sacerdotal de Cristo.
O ministério no lugar santo - O ministério sacerdotal no lugar santo do santuário poderia ser caracterizado como um ministério de intercessão, perdão, reconciliação e restauração. Sendo contínuo provia contínuo acesso a Deus, através do sacerdote. Simbolizava a verdade de que o pecador arrependido dispõe de imediato e contínuo acesso a Deus através do ministério sacerdotal de Cristo como intercessor e mediador (Efésios 2:18; Hebreus 4:14 a 16; Hebreus 6:20; Hebreus 9:24; Hebreus 10:19 a 22).
Quando o pecador penitente vinha ao santuário com um sacrifício, depunha as mãos sobre a cabeça do inocente animal e confessava seus pecados. Esse ato transferia simbolicamente seus pecados e penalidade para a vítima. Como resultado, ele obtinha perdão de suas transgressões. Assim estabelece The Jewish Encyclopedia:
"A deposição de mãos sobre a cabeça da vítima é um rito comum, pelo qual são efetuados a substituição e a transferência de pecados." "Em cada sacrifício acha-se presente a idéia de substituição; a vítima assume o lugar do pecador humano."
O sangue da oferta pelo pecado era aplicado de duas formas:
Se ele fosse levado para o lugar santo, era aspergido diante do véu interno e colocado nos cantos do altar de incenso (Levítico 4:5 a 7; Levítico 4:17 e 18).
Se não era conduzido para o lugar santo, sua colocação era feita nos cantos do altar de holocausto, no pátio (Levítico 4:25 e 30). Nesse caso, o sacerdote comia parte da carne do sacrifício (Levítico 6:25, 26 e 30). Em ambos os casos, os participantes entendiam que seus pecados e responsabilidades eram transferidos ao santuário e seu sacerdócio. "Nesta parábola ritual o santuário assumia a culpa e a responsabilidade do penitente - pelo menos durante certo tempo - quando o penitente oferecia a oferta pelo pecado, confessando seus erros. Ele saía dali perdoado, certo da aceitação divina. Assim, no serviço antítipo, quando um pecador é levado pelo Espírito Santo a aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor, Cristo assume seus pecados e responsabilidade. Ele é perdoado graciosamente. Cristo é o Fiador do crente, bem como o seu Substituto."
Tanto no tipo quanto no antítipo, o ministério do lugar santo centraliza-se primariamente no indivíduo. O ministério sacerdotal de Cristo providencia o perdão do pecador e sua reconciliação com Deus (Hebreus 7:25). "Em consideração a Cristo, Deus perdoa o pecador arrependido, imputa-lhe o reto caráter e a obediência de Seu Filho, perdoa seus pecados, e registra seu nome no Livro da Vida, como um dos Seus filhos (Efésios 4:32; I S. João 1:9; II Coríntios 5:21; Romanos 3:24; Lucas 10:20). E a medida que o crente permanece em Cristo, a graça espiritual lhe é mediada através de nosso Senhor, por meio do Espírito Santo, de modo que ele alcança maturidade espiritual e desenvolve as virtudes e graças que refletem o divino caráter (II Pedro 3:18; Gálatas 5:22 e 23)". O ministério no lugar santo efetua a justificação e santificação do crente.
O Julgamento Final
Os eventos do Dia da Expiação ilustram as três fases do divino julgamento final. São elas:
O "julgamento pré-milenial" ou "juízo investigativo", que também é conhecido como julgamento pré-Advento";
O "julgamento milenial" e
O "julgamento executivo", que ocorre ao final do milênio.
O Ministério no Lugar Santíssimo
A segunda divisão do ministério sacerdotal acha-se centralizada primariamente no santuário, tendo a ver com a purificação do santuário e do povo de Deus. Essa forma de ministério, que focalizava o lugar santíssimo do santuário e que podia ser desempenhada tão-somente pelo sumo sacerdote, limitava-se a um único dia do calendário religioso.
A purificação do santuário requeria dois bodes - o bode do Senhor e o bode emissário (Azazel, em hebraico). Ao sacrificar o bode do Senhor, o sumo sacerdote efetuava a expiação pelo "santuário [na verdade, 'santuário' em todo este capítulo refere-se ao lugar santíssimo], pela tenda da congregação [o lugar santo], e pelo altar [o pátio]" (Levítico 16:15 a 21).
Tomando o sangue do bode do Senhor, o qual representava o sangue de Cristo, e levando-o para o interior do lugar santíssimo, o sumo sacerdote aplicava-o diretamente, na própria presença de Deus, ao propiciatório - a cobertura da arca, dentro da qual estavam contidos os Dez Mandamentos - a fim de satisfazer as exigências da santa Lei de Deus.
Sua ação simbolizava o imensurável preço que Cristo teria de pagar pelos nossos pecados, revelando quão ansioso Deus Se sente por efetuar a reconciliação de Seu povo consigo mesmo (II Coríntios 5:19). Então, o sumo sacerdote aplicava esse sangue ao altar do incenso e ao altar dos holocaustos, os quais haviam sido diariamente aspergidos com o sangue que representava os pecados confessados. Dessa forma, o sumo sacerdote efetuava a expiação pelo santuário, bem como pelo povo, efetuando assim a purificação de ambos (Levítico 16:15 a 21; Levítico 16:30 a 33).
Passo seguinte, representando a Cristo como mediador, o sumo sacerdote assumia sobre si próprio os pecados que haviam poluído o santuário e os transferia para o bode vivo, Azazel, o qual era então conduzido para fora do acampamento do povo de Deus. Este ato removia os pecados do povo, os quais a esta altura haviam sido simbolicamente transferidos dos crentes arrependidos para o santuário através do sangue ou da carne dos sacrifícios do ministério diário de perdão. Desde modo o santuário era purificado e preparado para mais um ano de atividade ministerial (Levítico 16:15 a 21; Levítico 30:37). E assim todas as coisas eram colocados em ordem entre Deus e Seu povo.
Vemos assim que o dia da expiação ilustra o processo de julgamento que lida com a erradicação do pecado. A expiação levada a efeito nesse dia "prefigurava a aplicação final dos méritos de Cristo a fim de banir a presença do pecado por toda a eternidade, e para empreender plena reconciliação do Universo, sob o governo harmonioso de Deus".
Azazel, o Bode Emissário.
"A tradução 'bode emissário', do hebraico azazel, provém da Vulgata, com a expressão 'caper emissarius', ' bode a ser mandado embora' (Levítico 16:8). O exame cuidadoso de Levítico 16 revela que azazel representa Satanás, e não Cristo, conforme alguns têm imaginado. Os argumentos que apóiam esta interpretação, são:
"(1) O bode emissário não era morto como sacrifício, e assim não poderia ser usado como um meio para trazer o perdão, uma vez que 'sem derramamento de sangue não há remissão' (Hebreus 9:22);
(2) O santuário era inteiramente purificado pelo sangue do bode do Senhor antes que o bode emissário fosse introduzido no ritual (Levítico 16:20).
Estudando com atenção, nota-se que a passagem trata o bode emissário como um ser pessoal que é o oposto, e se opõe, a Deus. Levítico 16:8 diz literalmente:
'Um para o Senhor, o outro para Azazel'. - Portanto, na compreensão da parábola do santuário, é mais coerente ver o bode do Senhor como símbolo de Cristo e o bode emissário - Azazel - como símbolo de Satanás."
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O Ministério de Cristo no Santuário Celestial :: Comentários
A Purificação do Santuário Celestial
O Dia da Expiação era o ponto culminante de todas as cerimônias religiosas de Israel. Nesse dia, que era uma só vez no ano, o sumo sacerdote entrava no lugar Santíssimo, para fazer expiação.
Assim como era necessário purificar o Santuário Terrestre, também é preciso purificar o Santuário Celestial e isso se daria com a entrada de Cristo no lugar Santíssimo do Santuário Celestial. No próximo tópico saberemos com ajuda da Escritura Sagrada quando isso se daria.
1) Introdução
Daniel se sentia extremamente preocupado ao saber que se levantaria uma potência arrasadora (Chifre Pequeno - Igreja Católica Romana) que lançaria a verdade por terra e sua pergunta era: quando chegará o momento de restaurar as verdades ao mundo novamente? Quando serão ensinadas ao mundo novamente?
2) Dois anjos interpretam a preocupação de Daniel
Daniel 8:13 - "Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados?"
Em outras palavras: até quando o mundo permaneceria em estado de escuridão espiritual?
A resposta dada pelo anjo foi:
Daniel 8:14 - "E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado".
Ao final dessa cadéia profética, teríamos dois acontecimentos muito solenes:
A RESTAURAÇÃO DAS VERDADES BÍBLICAS DESTRUÍDAS PELO CHIFRE PEQUENO.
A PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO CELESTIAL.
3) A Chave de Interpretação Profética
A expressão "tardes e manhãs" foi usada primeira vez na semana da criação.
Genesis 1:5 - "E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro".
Logicamente a expressão "tardes e manhãs" se refere a "dia". Portanto 2300 tardes e manhas se referem a 2300 Dias.
Porém, de acordo com Ezequiel 4:6, "um dia profético" se equivale a um "ano literal".
Portanto 2300 dias são 2300 anos.
Não interessa agora saber o ano exato do começo dessa cadeia profética. Certos acontecimentos na vida do povo de Israel nos dão a chave para começar a contar esta extraordinária profecia.
4- Setenta Semanas estão determinadas sobre Israel
Daniel 9:24 - "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo".
Israel se caracterizou por ser um povo rebelde. Chegaram até mesmo a não aceitar a Cristo como verdadeiro Messias. Portanto, Deus lhes deu um tempo de 70 semanas proféticas, para arrependimento.
Seguindo as regras de interpretação Profética, devemos multiplicar as 70 semanas por 7 dias para sabermos o número de anos em que Israel poderia se arrepender, sendo o resultado de 490 anos.
Daniel 9:25,26 - "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá (1)sete semanas, e (2)sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por (3)uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.
Lendo o versículo acima sabemos que o começo das 70 semanas (490 anos) se daria na "saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém..." que na época de Daniel estava em ruínas, devido às invasões babilônicas de 605 a.C., 597 a.C. e 586 a.C.
O decreto para "saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém..." foi dado no ano de 457 a.C. data que deve ser tomada como inicio dos cálculos proféticos.
490 - 457 = 33 anos
Como não existe ano zero e sim ano 1 o resultado será de 34 anos. O ano 34 d.C ano do apedrejamento de Estevão e fim do período de Graça para Israel.
PROFECIA CUMPRIDA
O versiculo acima também divide o periodo de 490 anos em vários períodos. Calculemos:
A) Sete Semanas
Daniel 9:25 e 26
"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas"...
Cada semana tem 7 dias portanto 7 Semanas x 7 dias = 49 anos
O período de 49 anos foi o tempo que Israel levou para reconstruir Jerusalém.
PROFECIA CUMPRIDA
B) Sessenta e Duas semanas
Usando o mesmo esquema acima 62x7=434 anos
A Segunda parte do período de tempo é 434 anos, e isso nos leva a vinda do Ungido.
O batismo de Jesus ocorreu no ano 27 da nossa Era. Nesse mesmo dia o Espirito Santo desce sobre pomba sobre ele, o ungindo.
Subtraindo o inicio do perído profético que é 457 aC por 483 dá como resultado o ano 26. Lembrando que não existe ano 0 e sim ano 1. Portanto ano 26 seria ano 27d.C.
Profecia cumprida.
C) Semana restante
1 Semana = 7 dias ou 7 anos.Somando tudo dá 490 anos.
A ultima semana tem uma particularidade. Veja o versículo novamente:
Daniel 9:27
"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador".
De acordo com Daniel, o Messias morreria na metade da ultima semana. E é exatamente isso que aconteceu. Divindo uma semana (7dias) por 2 dá como resultado 3,5 (3 dias e meios).
Somando 27d.C a 3,5 dá exatamente o ano 31d.C ou seja o ano que Jesus morreu na cruz.
Profecia Cumprida.
D) O período dos 2300 anos se inicia juntamente com o de 490 anos
O período dos 2300 anos se inicia no ano 457a.C.
Se subtrairmos 457 de 2300 teremos como resultado o numero 1843. Como não existe ano 0 e sim ano 1, logo a subtração dará 1844.
O ano de 1844 é a data mais importante da história da humanidade. Cristo entra no lugar Santissimo e dá inicio a purificação do Santuário Celeste. Por outro lado na terra, se inicia a revelação das verdades destruídas pelo Chifre Pequeno. O movimento Adventista se inicia no ano de 1844.
CLIQUE PARA VER O GRÁFICO EM TAMANHO MAIOR
O Dia da Expiação era o ponto culminante de todas as cerimônias religiosas de Israel. Nesse dia, que era uma só vez no ano, o sumo sacerdote entrava no lugar Santíssimo, para fazer expiação.
Assim como era necessário purificar o Santuário Terrestre, também é preciso purificar o Santuário Celestial e isso se daria com a entrada de Cristo no lugar Santíssimo do Santuário Celestial. No próximo tópico saberemos com ajuda da Escritura Sagrada quando isso se daria.
1) Introdução
Daniel se sentia extremamente preocupado ao saber que se levantaria uma potência arrasadora (Chifre Pequeno - Igreja Católica Romana) que lançaria a verdade por terra e sua pergunta era: quando chegará o momento de restaurar as verdades ao mundo novamente? Quando serão ensinadas ao mundo novamente?
2) Dois anjos interpretam a preocupação de Daniel
Daniel 8:13 - "Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados?"
Em outras palavras: até quando o mundo permaneceria em estado de escuridão espiritual?
A resposta dada pelo anjo foi:
Daniel 8:14 - "E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado".
Ao final dessa cadéia profética, teríamos dois acontecimentos muito solenes:
A RESTAURAÇÃO DAS VERDADES BÍBLICAS DESTRUÍDAS PELO CHIFRE PEQUENO.
A PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO CELESTIAL.
3) A Chave de Interpretação Profética
A expressão "tardes e manhãs" foi usada primeira vez na semana da criação.
Genesis 1:5 - "E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro".
Logicamente a expressão "tardes e manhãs" se refere a "dia". Portanto 2300 tardes e manhas se referem a 2300 Dias.
Porém, de acordo com Ezequiel 4:6, "um dia profético" se equivale a um "ano literal".
Portanto 2300 dias são 2300 anos.
Não interessa agora saber o ano exato do começo dessa cadeia profética. Certos acontecimentos na vida do povo de Israel nos dão a chave para começar a contar esta extraordinária profecia.
4- Setenta Semanas estão determinadas sobre Israel
Daniel 9:24 - "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo".
Israel se caracterizou por ser um povo rebelde. Chegaram até mesmo a não aceitar a Cristo como verdadeiro Messias. Portanto, Deus lhes deu um tempo de 70 semanas proféticas, para arrependimento.
Seguindo as regras de interpretação Profética, devemos multiplicar as 70 semanas por 7 dias para sabermos o número de anos em que Israel poderia se arrepender, sendo o resultado de 490 anos.
Daniel 9:25,26 - "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá (1)sete semanas, e (2)sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por (3)uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.
Lendo o versículo acima sabemos que o começo das 70 semanas (490 anos) se daria na "saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém..." que na época de Daniel estava em ruínas, devido às invasões babilônicas de 605 a.C., 597 a.C. e 586 a.C.
O decreto para "saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém..." foi dado no ano de 457 a.C. data que deve ser tomada como inicio dos cálculos proféticos.
490 - 457 = 33 anos
Como não existe ano zero e sim ano 1 o resultado será de 34 anos. O ano 34 d.C ano do apedrejamento de Estevão e fim do período de Graça para Israel.
PROFECIA CUMPRIDA
O versiculo acima também divide o periodo de 490 anos em vários períodos. Calculemos:
A) Sete Semanas
Daniel 9:25 e 26
"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas"...
Cada semana tem 7 dias portanto 7 Semanas x 7 dias = 49 anos
O período de 49 anos foi o tempo que Israel levou para reconstruir Jerusalém.
PROFECIA CUMPRIDA
B) Sessenta e Duas semanas
Usando o mesmo esquema acima 62x7=434 anos
A Segunda parte do período de tempo é 434 anos, e isso nos leva a vinda do Ungido.
O batismo de Jesus ocorreu no ano 27 da nossa Era. Nesse mesmo dia o Espirito Santo desce sobre pomba sobre ele, o ungindo.
Subtraindo o inicio do perído profético que é 457 aC por 483 dá como resultado o ano 26. Lembrando que não existe ano 0 e sim ano 1. Portanto ano 26 seria ano 27d.C.
Profecia cumprida.
C) Semana restante
1 Semana = 7 dias ou 7 anos.Somando tudo dá 490 anos.
A ultima semana tem uma particularidade. Veja o versículo novamente:
Daniel 9:27
"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador".
De acordo com Daniel, o Messias morreria na metade da ultima semana. E é exatamente isso que aconteceu. Divindo uma semana (7dias) por 2 dá como resultado 3,5 (3 dias e meios).
Somando 27d.C a 3,5 dá exatamente o ano 31d.C ou seja o ano que Jesus morreu na cruz.
Profecia Cumprida.
D) O período dos 2300 anos se inicia juntamente com o de 490 anos
O período dos 2300 anos se inicia no ano 457a.C.
Se subtrairmos 457 de 2300 teremos como resultado o numero 1843. Como não existe ano 0 e sim ano 1, logo a subtração dará 1844.
O ano de 1844 é a data mais importante da história da humanidade. Cristo entra no lugar Santissimo e dá inicio a purificação do Santuário Celeste. Por outro lado na terra, se inicia a revelação das verdades destruídas pelo Chifre Pequeno. O movimento Adventista se inicia no ano de 1844.
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O Evangelho em Símbolos
Publicado em 18/11/2010 por Seventh Day
Para muitos tem sido um mistério por que tantos sacrifícios de animais eram requeridos no Antigo Testamento, por que tantas vítimas sangrentas eram oferecidas a Deus. A grande verdade revelada aos homens era esta: “Sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados” (Heb. 9:22). Cada sacrifício de um animal inocente simbolizava a morte do verdadeiro “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
No trato com o homem, Deus costuma usar o conhecido para explicar o desconhecido. Em Sua sala de aula no deserto, através do pão que caiu do Céu (maná), Deus ensinou ao povo a primeira lição de fé e obediência. Então, se seguiu uma segunda lição quando Ele entregou Sua lei no Monte Sinai. Depois veio a terceira lição. Deus instruiu a Israel para que construísse um santuário (um templo) e nele realizasse determinados rituais. O santuário e os rituais (o conhecido) ajudariam Israel a compreender o desconhecido (o plano de Deus para salvar e libertar a humanidade da escravidão do pecado ocorrido no Éden).
O sistema de sacrifícios de animais tinha por objetivo apontar para a grande e definitiva obra salvadora que viria a ser realizada por Jesus Cristo, “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apoc. 13:8).
Por séculos, a principal maneira como Deus tornou conhecidos os Seus pensamentos ao homem foi através dos rituais praticados no santuário, que nada mais eram senão um “modelo” para o plano de salvação que se cumpriria no futuro na pessoa de Jesus Cristo. Na verdade, Deus estava revelando ao povo de Israel o evangelho por meio de símbolos. Como um símbolo, o santuário e os sacrifícios apontavam para o futuro ministério de Cristo, tanto como vítima inocente como Seu ministério sacerdotal. O santuário e os rituais nele executados tinham como objetivo básico a demonstração do plano divino para a salvação da humanidade em Jesus Cristo.
Neste sentido, o santuário funcionava como uma parábola da salvação. Através dele, Deus pretendia que Israel mantivesse a fé no Messias (Salvador) prometido. Dadas com o mesmo propósito, as profecias delineavam com precisão fotográfica os principais eventos da vida terrestre do Messias, desde o Seu nascimento até o sacrifício na cruz e Sua glória subseqüente.
Mesmo antes da instituição do santuário, o sacrifício do cordeiro inocente já apontava para o evangelho.
Os Sacrifícios antes da Instituição do Santuário
É interessante que não foi dada nenhuma explicação real da origem ou do propósito dos sacrifícios que eram oferecidos antes de instituição do santuário. A Bíblia só menciona que eles foram oferecidos (Gên. 4:3-5; 8:20; 15:8-17; João 3:14-16). A falta proposital de esclarecimentos pode sugerir até que se tratava de uma coisa que já era do pleno conhecimento do povo de Israel. Como dizemos popularmente: “eles já estavam carecas de saber”.
Em todos esses episódios anteriores ao santuário, a adoração se concentrava em sacrifício, sangue, morte de um animal “inocente”. Embora os próprios textos digam pouco sobre o propósito desses sacrifícios, a morte do animal era o ponto em comum. Havia algo nessas mortes que tornava o ato em si aceitável a Deus. Basta ver o contraste entre a reação do Senhor à oferta de Caim e à oferta de Abel. O mesmo se vê também no sacrifício de Noé logo depois de sair da arca. Em função do sacrifício oferecido, Deus declarou Sua intenção de nunca mais “amaldiçoar a Terra por causa do homem” (Gên. 8:21). Mesmo aqui, muito antes da cruz, temos um vislumbre do grande plano de salvação, onde Deus está disposto a perdoar, e faz tudo por causa de um sacrifício oferecido em nosso lugar. Deus aceitou, no interesse do mundo, o sacrifício que Noé ofereceu, embora seja “mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade” (Gên. 8:21).
O Santuário Terrestre
Desde o início, com a queda de Adão e Eva, podemos ver que um dos resultados do pecado é a separação entre a humanidade e Deus (Isa. 59:2). Deus é santo e a humanidade é pecadora. Como um Deus santo pode aproximar-Se de seres pecadores? Os rituais instituídos no santuário terrestre ajudam a dar uma resposta.
O objetivo central dos atos praticados no santuário era ilustrar como o pecado era perdoado e removido da vida humana e, deste modo, restabelecer a conexão interrompida entre os pecadores e Deus.
As lições ensinadas pelo santuário eram tão vitais para o destino do homem que nada podia ser deixado ao acaso ou por conta da imaginação humana. Somente a verdadeira adoração aponta o caminho de volta a Deus, não a mistura de idéias humanas e divinas.
Por que Deus pediu aos hebreus que fizessem um santuário? (Êxo. 25:8). Uma das razões é que o santuário seria o “ponto de encontro” entre Deus e Seu povo. O próprio nome do santuário, a “tenda da congregação”, traz essa idéia: o santuário era um lugar para o Senhor, um Deus santo, Se encontrar com a humanidade pecaminosa, caída. Era por meio do santuário que Deus, o Criador dos céus e da Terra, interagia diariamente com Seu povo. Era ali que Ele emitia Seus julgamentos (Êxo. 16), perdoava os pecados (Lev. 4), guiava suas viagens (Núm. 9:15-21), purificava-os da impureza (Lev. 14:31), e comungava com eles (Êxo. 25:22). O santuário era o centro da adoração, o centro da revelação divina e o lugar onde o povo vinha a fim de desfrutar os benefícios dessa relação de aliança com Deus.
Evidentemente, Deus não estava limitado a interagir com Seu povo somente através do santuário, mas esse foi o meio escolhido pelo qual Ele habitava, comunicava-Se e interagia com o Seu povo. Por que Ele fazia dessa maneira específica a Bíblia não diz.
O Sangue e o Santuário
Não era o templo em si que servia como um tipo de filtro especial que permitia ao povo aproximar-se de Deus, adorá-Lo e manter comunhão com Ele. Havia algo mais envolvido, algo que um edifício em si jamais poderia prover. Que elemento especial era esse?
Mesmo a leitura mais desatenta das cerimônias do santuário do Antigo Testamento revela que o “sangue” das vítimas inocentes era o centro dos rituais. O derramamento do sangue desses animais era fundamental para compreensão de todo o processo. Era a aplicação do sangue sobre o altar de sacrifício, sobre o livro da aliança, e sobre o próprio povo (Êxo. 24:3-8) que fazia a expiação, para demonstrar de forma absolutamente clara que, sem o derramamento de sangue, não havia remissão dos pecados (Lev. 17:11; Heb. 9:22).
Como pecadores, deveríamos ser destruídos, porque o pecado conduz à morte (Rom. 6:23). Mas Deus, em Sua graça, proveu uma rota de fuga: o inocente morrendo pelo culpado (Rom. 5:8). O próprio Jesus perderia a vida; isto é, haveria de derramar o Seu sangue para que nós, pecadores, fôssemos perdoados (Gál. 1:4; I Ped. 1:19). O sangue representa vida, sangue derramado representa morte, e a morte de cada sacrifício apontava para a morte de Jesus, o meio pelo qual a humanidade pecaminosa poderia ser inteiramente restabelecida com o Criador.
O sacrifício de animais inocentes parece cruel. E talvez devesse parecer assim, porque foi a maneira que Deus escolheu para demonstrar à humanidade que o pecado é tão maligno que requer uma solução severa.
O Santuário e o Pecado
O santuário era o meio pelo qual o povo podia estar na presença de Deus. O que aqueles sacrifícios tinham que permitiam esse acesso a Deus? Como tudo isso prefigura o que Cristo fez por nós?
A resposta é simples. O pecador arrependido trazia um cordeiro como oferta pelo pecado, mas sempre sob convicção, não sob coerção. Agindo assim, ele demonstrava fé no sacrifício do Messias que viria ao mundo. Antes de tirar a vida do cordeiro, ele confessava seus pecados sobre a criatura inocente. Não era o pecador penitente, mas o sacerdote, que fazia expiação pelos pecados confessados. Tanto o sacrifício como o sacerdote, representavam o Messias (Heb. 7:24-28; 8:4-8; 9:20-28).
É preciso entender que as pessoas são responsáveis pelo seu próprio pecado e iniqüidade. Não existem desculpas. Deus chamou Seus filhos para uma relação de aliança com Ele; permitiu que participassem da Sua santidade (Êxo. 19:6; Lev. 19:2; 20:7), e eles podiam fazer isso vivendo em fé e obediência a Ele (Lev. 20:8). Pecado, impureza, violação da lei podiam romper essa relação de aliança. A menos que o pecado fosse resolvido, o povo seria punido, pois seria deixado para levar sua própria iniqüidade. No entanto, o Senhor, por Sua graça, ofereceu-lhe uma forma como a iniqüidade poderia ser perdoada e purificada. Essa provisão estava no coração do sistema realizado no santuário.
A fim de ser perdoados, os que estavam levando sua própria iniqüidade traziam um sacrifício ao Senhor (Lev. 5:5 e 6). O tipo exato de animal ou ritual dependia de numerosos fatores, mas a idéia básica era a mesma: o pecado ou a iniqüidade que uma pessoa estava levando era transferido para o animal inocente, e era o animal que sofria a morte que, de outra forma, teria sido a do pecador. Isso é parte do processo chamado de “expiação”.
Jesus Se tornou o portador dos nossos pecados, tomando-os sobre Si e sendo castigado por causa deles, o único meio de salvação e perdão para a humanidade caída. Esta é a verdade central prefigurada no sistema do santuário.
Assim, resumidamente, podemos identificar três propósitos divinos básicos através da instituição dos rituais do santuário:
Impressionar o pecador quanto ao seu pecado;
Fazer com que o pecador reconheça sua culpa e se arrependa;
Levar o pecador a demonstrar fé no Salvador que viria.
O Evangelho no Santuário
A escritora cristã, Ellen White, em seu livro O Grande Conflito, pág.420, assim resume o evangelho por símbolos prefigurado no santuário:
“Um substituto era aceito em lugar do pecador; mas o pecado não se cancelava pelo sangue da vítima. Provia-se, desta maneira, um meio pelo qual era transferido para o santuário. Pelo oferecimento do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava sua culpa na transgressão e exprimia o desejo de perdão pela fé num Redentor vindouro; mas não ficava ainda inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta da congregação, entrava no lugar santíssimo com o sangue desta oferta, e o aspergia sobre o propiciatório, diretamente sobre a lei, para satisfazer às suas reivindicações. Então, em caráter de mediador, tomava sobre si os pecados e os retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do bode emissário, confessava todos esses pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o bode. Este os levava então, e eram considerados como para sempre separados do povo.”
Que esperança isto nos dá de que, não importa quão horrível seja nosso pecado, o sangue do Cordeiro morto desde a fundação do mundo é capaz de purificar-nos de todo pecado. Um dia, Ele removerá do santuário no Céu todos os traços de pecado e os colocará sobre o verdadeiro bode emissário, Satanás, pondo para sempre um fim no pecado.
Não se deve esquecer também que as tábuas com a Lei de Deus estavam dentro da arca existente no santuário, para revelar a regra “eterna” do juízo. Aquela lei sentenciava à morte o transgressor; mas acima da lei estava o propiciatório, sobre o qual se revelava a presença de Deus, e do qual, em virtude da obra expiatória, se concedia o perdão ao pecador arrependido.
No mundo moderno tendemos a nos esquecer de que o próprio Deus ordenou a existência de Seu santuário (Êxo. 25:8). Não foi algo que os seres humanos decidiram construir por decisão própria. Deus deu cuidadosas instruções no que diz respeito a como o santuário deveria ser construído e para que propósito específico.
Sabendo de tudo isso, mesmo assim nossa imaginação não pode alcançar como é santo o lugar onde Deus habita. A maioria das pessoas simplesmente o vê como um edifício onde nos reunimos como igreja, mas ele está muito além e acima disso. Por isso, a reverência na casa de Deus é de suprema importância; devemos estar sempre cientes de Sua santa presença.
Resumo das Lições Ensinadas através da Parábola do Santuário
O plano da salvação foi elaborado antes da queda do homem (Efés. 1:3-14), não pegando Deus de surpresa, pois Jesus era o cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo (Apoc. 13:8).
O plano era um segredo divino que passou a ser revelado desde Gên. 3:15 (II Tim. 1:9; Rom. 16:25; I Cor. 2:7; e I Ped. 1:18-20).
O sangue é o elemento básico, pois é símbolo de vida (Lev. 17:11 e 14). Assim, derramar o sangue significava dar a vida. Os sacrifícios prefiguravam a morte substituta de Cristo.
Em cada vítima sacrificada, o pecador era lembrado de que ele vivia num universo moral, onde justiça e julgamento são tão importantes para Deus como graça e verdade (Rom. 3:25-26).
Em cada vítima era visto o julgamento de Deus sobre o pecado (Rom. 6:23).
Deus toma sobre si mesmo o julgamento do pecado (Rom. 3:25; 2 Cor 5:21).
Cada vítima prefigurava a verdade do perdão, que resulta na reconciliação em Deus. Esta reconciliação é recebida somente pela fé (Rom. 4:4-8; Heb 9:15).
Os sacrifícios ensinavam que havia uma transferência de culpa. Assim, Cristo assumiu a culpa e a responsabilidade pelo pecado confessado. Deus está sempre à disposição para aceitar a confissão do pecador penitente, pois na cruz, Ele pagou a penalidade dos pecados dos homens. A justiça divina foi satisfeita. O sacrifício expiatório foi válido para toda a raça humana.
O sacerdote mostrava que era necessária uma “mediação” entre Deus e o homem, para que fosse obtida a reconciliação. O penitente só receberia perdão, quando o sacerdote mediava em seu favor no santuário.
Finalmente, o santuário é básico também para entendermos o plano de Deus com relação ao julgamento final. Havia uma cerimônia anual de purificação e eliminação do pecado. Representava o trato final de Deus com o problema do pecado (Efés. 1:10). O pecado é condenado em três fases:
Remoção do pecado do santuário: fase “investigativa” (Dan. 7, 8 e 12).
Expulsão do bode emissário para o deserto: fase “revisional” durante o milênio (Apoc. 20:4; I Cor. 6:1-3).
Purificação do acampamento: fase “executiva” com a punição dos pecadores e de Satanás (Apoc. 20:11-15; Mat. 25:31-46; II Ped. 3:7-13).
Texto de autoria do Dr. Mauro Braga – IASD Brooklin
A Obra de Cristo no Santuário
Por Angel Manuel Rodríguez
PERGUNTA: A cena profética registrada em Apocalipse 8:2-6 aparece entre os sete selos e as sete trombetas. O que devemos aprender com ela?
Na passagem que você menciona, João vê sete anjos com sete trombetas e outro anjo queimando incenso no altar, adicionando a ele as orações dos santos e tirando fogo do incensário e lançando à Terra. O resultado são trovões, relâmpagos e um terremoto. Para compreender essa visão, examinaremos outras cenas do Apocalipse também relativas à teologia do santuário. Só então comentarei a visão e seu significado.
1. Cena do Santuário: As referências ao altar de incenso, o incensário, a queima de incenso e o anjo indicam que está acontecendo uma atividade de ritual no lugar santo do santuário celestial. As visões do Apocalipse são frequentemente apresentadas por uma cena no santuário celestial. Antes das mensagens para as sete igrejas, Jesus aparece vestido como sumo sacerdote no lugar santo (1:12-20). A cena do trono, que enfatiza o papel do Cordeiro (capítulos 4 e 5), apresenta os sete selos. As sete trombetas são apresentadas pela visão do altar de incenso (8:2-6). Antes da visão do conflito cósmico (capítulos 12–14), João vê o Lugar Santíssimo do santuário celestial e a arca da aliança, que contém o Decálogo (11:19). As sete pragas são precedidas pela visão de que terminaram os serviços no santuário (15:5-8). Nos últimos dois capítulos do livro (21 e 22), cresce o uso das imagens do santuário/templo. Deus desce para habitar permanentemente entre Seu povo na Nova Jerusalém.
2. Teor da Visão: A passagem mencionada por você apresenta as trombetas como uma visão distinta e a separa dos sete selos. Quando as trombetas começam a soar, Cristo ainda está intercedendo por nós no santuário celestial, ministrando no lugar santo. O fato de que queimar incenso no lugar santo era basicamente a responsabilidade do sumo sacerdote (Êx 30:7, 8) sugere que o anjo que João viu provavelmente representa Jesus como nosso mediador. Ele toma as orações dos santos, contaminadas pelo pecado, e as purifica com o incenso expiatório, a pureza de Cristo (cf. Nm 16:46, 47).
A passagem menciona outro aspecto da intercessão de Jesus: o julgamento de Deus contra este mundo ímpio. As brasas usadas para queimar o incenso, embora criem uma nuvem de fumaça que sobe para Deus, também simbolizam o julgamento (e.g., Gn 19:24). Algumas brasas foram removidas do altar de incenso e colocadas no incensário para que o ato de lançá-las à Terra fosse facilitado (cf. Ez 10:2). Trovões, relâmpagos e terremotos geralmente acontecem quando Deus manifesta Sua presença em julgamento (cf. Is 29:6). O período das trombetas é basicamente o tempo em que Cristo ainda realiza os serviços diários em favor de Seu povo e também o tempo em que os juízos de Deus caem contra os ímpios, o que ocorre dentro do fluxo da História. Ambos são mediados por Cristo.
3. O Significado das Cenas do Santuário: Essas cenas do santuário foram intencionalmente colocadas onde estão no livro para comunicar a mensagem. Primeiro, revelam que Deus rege o mundo do Seu templo celeste. Esse centro do comando divino é para onde Cristo foi após Sua ascensão; é de lá que Deus influi e dirige a luta cósmica entre o bem e o mal em nosso planeta. Segundo, essas cenas apontam para dois aspectos do ministério celestial de Cristo: Sua obra reconciliatória diária e o serviço anual representado pelo Dia da Expiação. Vemos Jesus intercedendo por nós no lugar santo, mas também vemos o ápice do livro, quando Cristo passa para o Lugar Santíssimo e, no fim, para o momento em que Sua obra de sumo sacerdote termina. Finalmente, vemos o tabernáculo de Deus descendo do Céu para nosso planeta. O Apocalipse é um livro sobre o trabalho de Cristo no santuário celeste.
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.
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