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O certo e o errado na língua falada
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09102011
O certo e o errado na língua falada
Quero dividir com vocês, amigos, minha opinião sobre o tal do "falar errado" coisa que, durante a faculdade, compreendi que é perfeitamente aceitável. Algumas universidades adotaram esta linha de pensamento e creio que podemos sim, relaxar numa roda de amigos, e experimentar soltar um: "entrar pra dentro" ou "cês vão comigo ou num vão?" sem ser crucificado.
Este assunto é discutido num livro de Marcos Bagno: "A Língua de Eulália', e aqui postei um pedaço da entrevista com o autor. Vocês podem lê-la na íntegra neste link:
http://www.marcosbagno.com.br/deu_jornal_do_commercio.htm
AUTOR DISCUTE O CERTO E O ERRADO DA LÍNGUA FALADA
Que tipo de livro é A Língua de Eulália?
Bagno - É um livro sobre alguns problemas de ensino da língua portuguesa, e principalmente um livro sobre o preconceito lingüístico que impera na nossa sociedade contra as pessoas que falam uma língua diferente da ensinada nas escolas. Para tornar a leitura mais agradável e fácil para não-especialistas, decidi abordar esses temas na forma de uma narrativa romanceada, com peripécias de enredo e personagens dinâmicos, que falam muito o tempo todo.
Daí o subtítulo novela sociolingüística?
Bagno - Exatamente. Novela porque conta uma história, e sociolingüística porque trata de questões que têm a ver com a relação entre a língua que a gente fala e a organização da sociedade em que a gente vive.
Em que consiste o preconceito lingüístico que você citou há pouco?
Bagno - O preconceito lingüístico é um conjunto de idéias distorcidas que se baseia no mito de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, prescrita nas gramáticas e compendiada nos dicionários. Qualquer manifestação lingüística que escape desse domínio escolar-normativo é considerada, pelo preconceito lingüístico, errada, feia, estropiada, rudimentar, deficiente, e não é raro a gente ouvir que "isso não é português".
O livro fala o tempo todo em "português padrão" e "português não-padrão". Como você explica estes conceitos?
Bagno - O português padrão é a língua falada pelas pessoas que detêm o poder político e econômico e estão nas classes sociais mais privilegiadas, que nós sabemos que são uma pequena minoria na população do Brasil, país que detém o triste recorde mundial de pior distribuição da riqueza nacional entre as camadas sociais.
E quem fala o português não-padrão?
Bagno - O português não-padrão é a língua da grande maioria pobre e dos analfabetos do nosso povo. É também, conseqüentemente, a língua das crianças pobres e carentes que freqüentam as escolas públicas. Por ser utilizado por pessoas de classes sociais desprestigiadas, marginalizadas e oprimidas pela terrível injustiça social que impera no Brasil, o português não-padrão é vítima dos mesmos preconceitos que pesam sobre essas pessoas. Ele é considerado "feio", "deficiente", "errado", "rude", "tosco", "estropiado", idéias que resultam da simples ignorância dos mecanismos que governam a língua não-padrão.
E isso é grave para a educação?
Bagno - Gravíssimo. Esses preconceitos fazem com que a criança que chega à escola falando o português não-padrão seja considerada uma "deficiente" lingüística, quando na verdade ela simplesmente fala uma língua diferente daquela que é ensinada na escola.
Isso explicaria por que tantas crianças pobres acabam abandonando a escola?
Bagno - Em parte, sim, junto com os fatores econômicos que as obrigam a trabalhar muito cedo para ganhar a vida, impedindo-as de continuar na escola por serem desprezadas, por não terem seus direitos lingüísticos reconhecidos como tais, por serem obrigadas a assimilar conceitos veiculados numa variedade de português que é estranha para elas, essas crianças não encontram nenhum estímulo para prosseguir seus estudos.
Tudo por causa do mito da língua única?
Bagno - Sim. Não escola não reconhece a existência de uma multiplicidade de variedades de português e tenta importar a variedade padrão sem procurar saber em que medida ela é, na prática, uma "língua estrangeira" para muitos alunos. Imagine que você não sabe nadar e matricula-se num curso de natação. Na primeira aula, você e todos os outros alunos são jogados, sem bóia, no lado fundo da piscina. Aqueles que já souberem nadar conseguirão se salvar e prosseguirão no curso. Os que não souberem, terão que se debater até chegar à beira da piscina e serão mandados embora. Outros, quem sabe, até morrerão afogados. É um método de ensino completamente absurdo! Mas é assim que acontece na escola. Nosso sistema educacional valoriza aquelas crianças que já chegam à escola trazendo na sua bagagem lingüística o português padrão, e expulsa as que não o trazem. Isso é uma grande injustiça, porque é exatamente esse português padrão que deveria ser ensinado na escola, porque ele dá acesso aos mecanismos de ascensão social. A escola cobra na entrada o que ela mesma deveria dar na saída.
Quer dizer que as pessoas não escolarizadas falam um português "diferente" e não um português "errado"?
Bagno - Exato. Com base no conhecimento das diferenças que existem entre as duas variedades de português talvez pudéssemos perceber melhor as dificuldades que surgem para o aluno que tem de aprender a variedade padrão. Poderíamos também, quem sabe, traçar novas estratégias de ensino, fugir da tradicional, que é autoritária e intolerante para com o que é diferente. Se todos compreendessem que o português não-padrão é uma língua como qualquer outra, com regras coerentes com uma lógica lingüística perfeitamente demonstrável, talvez fosse possível abandonar os preconceitos que vigoram hoje em dia no nosso ensino de língua materna.
(...)
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
Carlos Drummond de Andrade
TODO MUNDO FALA ERRADO?
« em: 13 de Agosto de 2007 - 02:00 »Lya Luft
Freqüentemente se ouve alguém afirmar, desamparado, que "todo mundo fala errado". Se apenas observarmos superficialmente, poderemos achar que a afirmação está correta. É verdade: ninguém ou quase ninguém fala "certo". Talvez devêssemos então indagar o que é falar "certo". A maioria das respostas será que é "falar como está nas gramáticas", isto é: todo mundo deveria usar, com naturalidade e freqüência, as formas mais sofisticadas da chamada língua-padrão. Nesse caso, diríamos aos amigos, aos filhos, aos empregados coisas como:
- Maria, viste meu filho na escola? - Não, Teresa, Vê-lo-ei amanhã somente.
Ou ainda:
- Poderias dizer-me aonde irás esta noite? - Dir-te-ei unicamente quando tiver regressado.
E ainda coisas deliciosas, como:
- Que pensais da cultura dos nossos universitários? - Não vos posso dar essa resposta, porque seria demasiado desanimadora.
Ora, dirão os meus leitores, que linguajar mais horrível. Que pedantismo, que erudição falsa, que inadequação à nossa realidade. Ninguém fala assim. Enfim uma observação inteligente: ninguém fala assim, porque essas formas, e muitas outras que não estão nos livros, não se usam. Tornaram-se arcaicas, pertencem a um nível de linguagem culto formal, que se aceita, com dor nos ouvidos, em discursos, em sermões de igreja (e olhe lá!. Pelo que nossa liturgia e posturas na Igreja andam evoluindo, em breve a música religiosa será considerada blasfêmia...). São formas apenas aturadas, como se aturam trastes velhos pela casa, enquanto não sabemos onde os colocar. Isso significa que aquilo que os mais ingênuos julgam ser a maneira correta de falar, não passa de fórmula livresca, seca, sem vida. Mas não é, nem de longe, o que devemos empregar diariamente, muito menos na fala. Pois na língua se distinguem duas maneiras de registrar o pensamento: a fala, registro primeiro, e a escrita, registro segundo, isto é, registro da fala. Observando isso, podemos concluir que a escrita é que deve reproduzir a fala, e não vice-versa. Assim não é correto que devêssemos falar como se escreve, mas deveríamos, isso sim, escrever como se fala, o que é impossível por uma série de motivos, um dos quais o de ser a escrita um código determinado por decretos oficiais. Por isso, não é correto somente o que está "nos livros".
Mas há outros aspectos, como a linguagem ser um comportamento social do homem. Não se usa um calção em uma conferência, nem terno e gravata para ir à piscina (entre amigos), como não se fala de maneira descontraída em uma conferência(...) Na escrita, para aprendermos realmente a escrever, é necessário um treinamento intenso, pois o código é mais complicado, obedece a regras fixas e rígidas. Nadar se aprende nadando; guiar se aprende guiando; falar se aprende falando, e escrever se aprende escrevendo e lendo, para internalizar estruturas. O assunto linguagem é complexo demais para ser tratado num artigo, e todos os livros escritos a respeito ainda nos deixam saudavelmente curiosos e perplexos.
Nossa Língua_Nossa Pátria
Este assunto é discutido num livro de Marcos Bagno: "A Língua de Eulália', e aqui postei um pedaço da entrevista com o autor. Vocês podem lê-la na íntegra neste link:
http://www.marcosbagno.com.br/deu_jornal_do_commercio.htm
AUTOR DISCUTE O CERTO E O ERRADO DA LÍNGUA FALADA
Que tipo de livro é A Língua de Eulália?
Bagno - É um livro sobre alguns problemas de ensino da língua portuguesa, e principalmente um livro sobre o preconceito lingüístico que impera na nossa sociedade contra as pessoas que falam uma língua diferente da ensinada nas escolas. Para tornar a leitura mais agradável e fácil para não-especialistas, decidi abordar esses temas na forma de uma narrativa romanceada, com peripécias de enredo e personagens dinâmicos, que falam muito o tempo todo.
Daí o subtítulo novela sociolingüística?
Bagno - Exatamente. Novela porque conta uma história, e sociolingüística porque trata de questões que têm a ver com a relação entre a língua que a gente fala e a organização da sociedade em que a gente vive.
Em que consiste o preconceito lingüístico que você citou há pouco?
Bagno - O preconceito lingüístico é um conjunto de idéias distorcidas que se baseia no mito de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, prescrita nas gramáticas e compendiada nos dicionários. Qualquer manifestação lingüística que escape desse domínio escolar-normativo é considerada, pelo preconceito lingüístico, errada, feia, estropiada, rudimentar, deficiente, e não é raro a gente ouvir que "isso não é português".
O livro fala o tempo todo em "português padrão" e "português não-padrão". Como você explica estes conceitos?
Bagno - O português padrão é a língua falada pelas pessoas que detêm o poder político e econômico e estão nas classes sociais mais privilegiadas, que nós sabemos que são uma pequena minoria na população do Brasil, país que detém o triste recorde mundial de pior distribuição da riqueza nacional entre as camadas sociais.
E quem fala o português não-padrão?
Bagno - O português não-padrão é a língua da grande maioria pobre e dos analfabetos do nosso povo. É também, conseqüentemente, a língua das crianças pobres e carentes que freqüentam as escolas públicas. Por ser utilizado por pessoas de classes sociais desprestigiadas, marginalizadas e oprimidas pela terrível injustiça social que impera no Brasil, o português não-padrão é vítima dos mesmos preconceitos que pesam sobre essas pessoas. Ele é considerado "feio", "deficiente", "errado", "rude", "tosco", "estropiado", idéias que resultam da simples ignorância dos mecanismos que governam a língua não-padrão.
E isso é grave para a educação?
Bagno - Gravíssimo. Esses preconceitos fazem com que a criança que chega à escola falando o português não-padrão seja considerada uma "deficiente" lingüística, quando na verdade ela simplesmente fala uma língua diferente daquela que é ensinada na escola.
Isso explicaria por que tantas crianças pobres acabam abandonando a escola?
Bagno - Em parte, sim, junto com os fatores econômicos que as obrigam a trabalhar muito cedo para ganhar a vida, impedindo-as de continuar na escola por serem desprezadas, por não terem seus direitos lingüísticos reconhecidos como tais, por serem obrigadas a assimilar conceitos veiculados numa variedade de português que é estranha para elas, essas crianças não encontram nenhum estímulo para prosseguir seus estudos.
Tudo por causa do mito da língua única?
Bagno - Sim. Não escola não reconhece a existência de uma multiplicidade de variedades de português e tenta importar a variedade padrão sem procurar saber em que medida ela é, na prática, uma "língua estrangeira" para muitos alunos. Imagine que você não sabe nadar e matricula-se num curso de natação. Na primeira aula, você e todos os outros alunos são jogados, sem bóia, no lado fundo da piscina. Aqueles que já souberem nadar conseguirão se salvar e prosseguirão no curso. Os que não souberem, terão que se debater até chegar à beira da piscina e serão mandados embora. Outros, quem sabe, até morrerão afogados. É um método de ensino completamente absurdo! Mas é assim que acontece na escola. Nosso sistema educacional valoriza aquelas crianças que já chegam à escola trazendo na sua bagagem lingüística o português padrão, e expulsa as que não o trazem. Isso é uma grande injustiça, porque é exatamente esse português padrão que deveria ser ensinado na escola, porque ele dá acesso aos mecanismos de ascensão social. A escola cobra na entrada o que ela mesma deveria dar na saída.
Quer dizer que as pessoas não escolarizadas falam um português "diferente" e não um português "errado"?
Bagno - Exato. Com base no conhecimento das diferenças que existem entre as duas variedades de português talvez pudéssemos perceber melhor as dificuldades que surgem para o aluno que tem de aprender a variedade padrão. Poderíamos também, quem sabe, traçar novas estratégias de ensino, fugir da tradicional, que é autoritária e intolerante para com o que é diferente. Se todos compreendessem que o português não-padrão é uma língua como qualquer outra, com regras coerentes com uma lógica lingüística perfeitamente demonstrável, talvez fosse possível abandonar os preconceitos que vigoram hoje em dia no nosso ensino de língua materna.
(...)
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
Carlos Drummond de Andrade
TODO MUNDO FALA ERRADO?
« em: 13 de Agosto de 2007 - 02:00 »Lya Luft
Freqüentemente se ouve alguém afirmar, desamparado, que "todo mundo fala errado". Se apenas observarmos superficialmente, poderemos achar que a afirmação está correta. É verdade: ninguém ou quase ninguém fala "certo". Talvez devêssemos então indagar o que é falar "certo". A maioria das respostas será que é "falar como está nas gramáticas", isto é: todo mundo deveria usar, com naturalidade e freqüência, as formas mais sofisticadas da chamada língua-padrão. Nesse caso, diríamos aos amigos, aos filhos, aos empregados coisas como:
- Maria, viste meu filho na escola? - Não, Teresa, Vê-lo-ei amanhã somente.
Ou ainda:
- Poderias dizer-me aonde irás esta noite? - Dir-te-ei unicamente quando tiver regressado.
E ainda coisas deliciosas, como:
- Que pensais da cultura dos nossos universitários? - Não vos posso dar essa resposta, porque seria demasiado desanimadora.
Ora, dirão os meus leitores, que linguajar mais horrível. Que pedantismo, que erudição falsa, que inadequação à nossa realidade. Ninguém fala assim. Enfim uma observação inteligente: ninguém fala assim, porque essas formas, e muitas outras que não estão nos livros, não se usam. Tornaram-se arcaicas, pertencem a um nível de linguagem culto formal, que se aceita, com dor nos ouvidos, em discursos, em sermões de igreja (e olhe lá!. Pelo que nossa liturgia e posturas na Igreja andam evoluindo, em breve a música religiosa será considerada blasfêmia...). São formas apenas aturadas, como se aturam trastes velhos pela casa, enquanto não sabemos onde os colocar. Isso significa que aquilo que os mais ingênuos julgam ser a maneira correta de falar, não passa de fórmula livresca, seca, sem vida. Mas não é, nem de longe, o que devemos empregar diariamente, muito menos na fala. Pois na língua se distinguem duas maneiras de registrar o pensamento: a fala, registro primeiro, e a escrita, registro segundo, isto é, registro da fala. Observando isso, podemos concluir que a escrita é que deve reproduzir a fala, e não vice-versa. Assim não é correto que devêssemos falar como se escreve, mas deveríamos, isso sim, escrever como se fala, o que é impossível por uma série de motivos, um dos quais o de ser a escrita um código determinado por decretos oficiais. Por isso, não é correto somente o que está "nos livros".
Mas há outros aspectos, como a linguagem ser um comportamento social do homem. Não se usa um calção em uma conferência, nem terno e gravata para ir à piscina (entre amigos), como não se fala de maneira descontraída em uma conferência(...) Na escrita, para aprendermos realmente a escrever, é necessário um treinamento intenso, pois o código é mais complicado, obedece a regras fixas e rígidas. Nadar se aprende nadando; guiar se aprende guiando; falar se aprende falando, e escrever se aprende escrevendo e lendo, para internalizar estruturas. O assunto linguagem é complexo demais para ser tratado num artigo, e todos os livros escritos a respeito ainda nos deixam saudavelmente curiosos e perplexos.
Nossa Língua_Nossa Pátria
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
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