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O apedrejamento da mulher adúltera
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25102011
O apedrejamento da mulher adúltera
Estamos tão acostumados a ver as coisas de uma única perspectiva, que muitas vezes não nos damos conta da profundidade das diversas passagens lidas nos escritos da Brit Hadasha, no livro de Yohanan no capitulo 8, quando lemos sobre a mulher adultera que foi pega no próprio ato, logo imaginamos uma cena com muitas pessoas; velhos e jovens todos com pedras nas mãos prontos para cumprirem a lei aplicando uma pena capital, vemos também nosso mestre maior levantando-se no meio da multidão e salvando a mulher de seus acusadores.
Mas o que existe de profundo nesta narrativa que devemos meditar com mais atenção?
Primeiro, é importante meditarmos nas seguintes interrogações: A mulher já estava julgada? Por quem e como eram feitos os julgamentos que determinavam uma sentença de morte? Tentaremos esclarecer a seguir...
A mulher já estava julgada? Ou Yeshua deveria julga-la?
Bem para inicio de conversa o texto diz que se tratava apenas de um teste, e não de um julgamento: E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Yeshua, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. Jo 8:1-6
Notem que o texto menciona que este fato se deu nas intermediações do Templo o que exclui a possibilidade de alguém está com pedras nas mãos, pois o apedrejamento se dava fora dos muros da cidade. Lev: 15: 35, Atos: 7:57-58.
Como se dava um julgamento de pena capital no Sanhedrin?
Segundo a tradição judaica, para decretar uma pena capital, o tribunal era composto de 23 membros, dos quais 13 deveriam votar a favor da morte do acusado caso tivessem duas testemunhas oculares, isso significa que Yeshua sozinho não poderia emitir um julgamento válido de acordo com a Torah, tão pouco poderia alterar uma decisão realizada pelo supremo tribunal judaico caso a mulher já tivesse sido julgada. Outro fato de grande importância, era a presença romana em Jerusalém naqueles dias, pois segundo o talmud e Flavius Josefos, o Sanhedrin estava impossibilitado de emitir uma pena capital naquela época sem autorização direta do representante do Imperador. Podemos comprovar este fato até mesmo em citações como: Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma. Jo: 18: 31.
Aqui fica claro o porquê dos acusadores de Yeshua necessitarem dos romanos para julgarem as pessoas que eles mesmos consideravam transgressores da Torah. No caso da adultera eles nem se deram ao trabalho de levá-la ao procurador romano.
Então por que levaram a mulher à presença de Yeshua?
Para tentar responder vamos fazer a seguinte pergunta:
O que os acusadores da mulher esperavam que Yeshua respondesse que poderia incriminá-lo? Ora, era óbvio que todos sabiam que nosso mestre era um profundo conhecedor e cumpridor da Torah, então ele não poderia responder nada além do que está escrito na lei, veja: Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera. Lev: 20:10
Imagino que o teste consistia nos seguintes fundamentos: Primeiro; se Yeshua respondesse que não deveriam apedrejá-la, eles diriam ao povo que o Mestre não cumpria a Lei de Moisés, portanto era um impostor, porém se ele tivesse citado a Lei contida no verso acima; eles incitariam ao povo para executá-la, e depois acusá-lo-iam perante o imperador alegando que Yeshua autorizara uma sentença de morte sem a aprovação das autoridades romanas.
Mas Yeshua usando de elevada sabedoria, respondeu com a mais pura essência da aplicação da Torah, a Lei Divina, que estabelece com total equilíbrio a misericórdia e a justiça do D’us de Israel. Jo 8:7-11: E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Yeshua e a mulher que estava no meio.
E, endireitando-se Yeshua, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Yeshua: Nem eu também te condeno; Segundo as palavras de Rabi Yeshua, somente ele estava habilitado a atirar uma pedra naquela mulher, já que era o único ali sem nenhum pecado, porém preferiu perdoa-la e pagar com sua vida o preço da transgressão daquela mulher e todas as pessoas que através de Mashia oferecem um sacrifício aceitável diante de Hashem.
Aquele julgamento era de fato falso e ilegitimo caso Yeshua quisesse poderia ter acabado com a farra de seus acusadores com uma simples pergunta:
Cadê o Homem com qual essa mulher adulterou?
Para que a mulher fosse condenada era necessário que tanto o homem quanto ela estivessem presente no julgamento, vejamos:
Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera. (Lev: 20:10)
Outra coisa que gostaria que os irmãos percebessem é que Yeshua não foi conivente com o pecado daquela mulher. Yeshua reconheceu que ela transgrediu feio a Torah, tanto que depois de todo o acorrido orientou que ela não pecasse mais.
Yeshua na verdade deu segmento ao julgamento, ele permitiu que a acusação procedesse e que o está estipulado na Torah fosse cumprido, pois ele diz:
"Quem não estiver em pecado, atire a PRIMEIRA pedra".
Caso existisse ali apenas um para arremessar a PRIMEIRA pedra, os demais poderiam seguir com o juízo àquela prostituta, e assim Yeshua demonstra seu amor e respeito pelas ordenanças expressas na Torah. Yeshua sabia da índole de seus acusadores e ao invés de anular aquele julgamento já invalidado pela própria Torah, ele preferiu demonstrar que maior humilhação é não ter escrúpulos para julgar e assim seus acusadores saíram todos de rabinhos entre as pernas e a Torah continua apontando para o pecado da prostituição como sendo passível de morte.
Mas o que existe de profundo nesta narrativa que devemos meditar com mais atenção?
Primeiro, é importante meditarmos nas seguintes interrogações: A mulher já estava julgada? Por quem e como eram feitos os julgamentos que determinavam uma sentença de morte? Tentaremos esclarecer a seguir...
A mulher já estava julgada? Ou Yeshua deveria julga-la?
Bem para inicio de conversa o texto diz que se tratava apenas de um teste, e não de um julgamento: E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Yeshua, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. Jo 8:1-6
Notem que o texto menciona que este fato se deu nas intermediações do Templo o que exclui a possibilidade de alguém está com pedras nas mãos, pois o apedrejamento se dava fora dos muros da cidade. Lev: 15: 35, Atos: 7:57-58.
Como se dava um julgamento de pena capital no Sanhedrin?
Segundo a tradição judaica, para decretar uma pena capital, o tribunal era composto de 23 membros, dos quais 13 deveriam votar a favor da morte do acusado caso tivessem duas testemunhas oculares, isso significa que Yeshua sozinho não poderia emitir um julgamento válido de acordo com a Torah, tão pouco poderia alterar uma decisão realizada pelo supremo tribunal judaico caso a mulher já tivesse sido julgada. Outro fato de grande importância, era a presença romana em Jerusalém naqueles dias, pois segundo o talmud e Flavius Josefos, o Sanhedrin estava impossibilitado de emitir uma pena capital naquela época sem autorização direta do representante do Imperador. Podemos comprovar este fato até mesmo em citações como: Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma. Jo: 18: 31.
Aqui fica claro o porquê dos acusadores de Yeshua necessitarem dos romanos para julgarem as pessoas que eles mesmos consideravam transgressores da Torah. No caso da adultera eles nem se deram ao trabalho de levá-la ao procurador romano.
Então por que levaram a mulher à presença de Yeshua?
Para tentar responder vamos fazer a seguinte pergunta:
O que os acusadores da mulher esperavam que Yeshua respondesse que poderia incriminá-lo? Ora, era óbvio que todos sabiam que nosso mestre era um profundo conhecedor e cumpridor da Torah, então ele não poderia responder nada além do que está escrito na lei, veja: Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera. Lev: 20:10
Imagino que o teste consistia nos seguintes fundamentos: Primeiro; se Yeshua respondesse que não deveriam apedrejá-la, eles diriam ao povo que o Mestre não cumpria a Lei de Moisés, portanto era um impostor, porém se ele tivesse citado a Lei contida no verso acima; eles incitariam ao povo para executá-la, e depois acusá-lo-iam perante o imperador alegando que Yeshua autorizara uma sentença de morte sem a aprovação das autoridades romanas.
Mas Yeshua usando de elevada sabedoria, respondeu com a mais pura essência da aplicação da Torah, a Lei Divina, que estabelece com total equilíbrio a misericórdia e a justiça do D’us de Israel. Jo 8:7-11: E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Yeshua e a mulher que estava no meio.
E, endireitando-se Yeshua, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Yeshua: Nem eu também te condeno; Segundo as palavras de Rabi Yeshua, somente ele estava habilitado a atirar uma pedra naquela mulher, já que era o único ali sem nenhum pecado, porém preferiu perdoa-la e pagar com sua vida o preço da transgressão daquela mulher e todas as pessoas que através de Mashia oferecem um sacrifício aceitável diante de Hashem.
Aquele julgamento era de fato falso e ilegitimo caso Yeshua quisesse poderia ter acabado com a farra de seus acusadores com uma simples pergunta:
Cadê o Homem com qual essa mulher adulterou?
Para que a mulher fosse condenada era necessário que tanto o homem quanto ela estivessem presente no julgamento, vejamos:
Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera. (Lev: 20:10)
Outra coisa que gostaria que os irmãos percebessem é que Yeshua não foi conivente com o pecado daquela mulher. Yeshua reconheceu que ela transgrediu feio a Torah, tanto que depois de todo o acorrido orientou que ela não pecasse mais.
Yeshua na verdade deu segmento ao julgamento, ele permitiu que a acusação procedesse e que o está estipulado na Torah fosse cumprido, pois ele diz:
"Quem não estiver em pecado, atire a PRIMEIRA pedra".
Caso existisse ali apenas um para arremessar a PRIMEIRA pedra, os demais poderiam seguir com o juízo àquela prostituta, e assim Yeshua demonstra seu amor e respeito pelas ordenanças expressas na Torah. Yeshua sabia da índole de seus acusadores e ao invés de anular aquele julgamento já invalidado pela própria Torah, ele preferiu demonstrar que maior humilhação é não ter escrúpulos para julgar e assim seus acusadores saíram todos de rabinhos entre as pernas e a Torah continua apontando para o pecado da prostituição como sendo passível de morte.
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
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