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Testemunhos
Lugar de esperança
Naquele domingo de manhã, Rosiene Honorato caminhava a esmo pelas ruas do bairro Jardim Pompeia, em Goiânia, GO. Três dias antes, a mãe dela havia falecido, o que a deixou desolada. Rosiene não estava conseguindo superar a perda. Quando passava pela Rua das Orquídeas, se deparou com a igreja adventista do bairro. Viu o portão aberto e resolveu entrar, mesmo não havendo culto ou reunião naquele momento. Apenas sentiu que deveria entrar. A porta do templo estava fechada, por isso Rosiene caminhou pelo corredor lateral externo e surpreendeu a zeladora Júlia Gonçalves, que estava fazendo a limpeza do local. Júlia, que também era diretora do departamento de ministério pessoal da igreja, ao perceber o olhar de desespero da visitante, convidou-a a entrar na igreja para conversarem. Sentaram-se num dos bancos de madeira e Rosiene abriu o coração. Disse que queria muito rever a mãe e Júlia explicou que ela poderia revê-la na volta de Jesus. Explicou-lhe também que os mortos estão descansando na sepultura, inconscientes, até o dia da ressurreição.
Na segunda-feira, Júlia visitou Rosiene. Convidou-a a fazer parte de um pequeno grupo e da classe bíblica da igreja. Os filhos de Rosiene foram matriculados no clube de aventureiros (semelhante aos escoteiros, mas mantido pela Igreja Adventista). Rosiene e os filhos nunca mais deixaram de frequentar os cultos, pois naquela manhã em que o desespero lhe pesava no coração, ela encontrou na igreja um lugar de esperança.
Hoje à noite, após meu sermão na Igreja Adventista de Jardim Pompeia, Rosiene e sua filha Camila foram batizadas pelo pastor distrital Juraci. Foi uma cerimônia emocionante que mostra a relevância da mensagem bíblica e da proclamação do evangelho num mundo carente de esperança.
Michelson Borges
P.S.: Na foto acima, tirada pela professora Sarah Bertolli, aparecem Júlia, Camila e Rosiene.
Cid Moreira fala da Bíblia e da IASD em sua biografia
“Só posso e quero trabalhar com a Bíblia”, disse Cid Moreira no lançamento de sua biografia Boa Noite, no dia 23 de março, no Shopping Morumbi, em São Paulo. O destaque da noite não ficou só no lançamento do livro, mas também na persistência do locutor em falar quase o tempo todo da Palavra de Deus. Em entrevista a Rádio Novo Tempo Campinas, Cid foi ainda mais categórico e citou o livro Caminho a Cristo, da escritora norte-americana Ellen White: “Foi o livro que me instigou a ler a Bíblia”, afirmou. De acordo com a esposa de Cid e autora do livro Boa Noite, Fátima Sampaio Moreira, há mais de dez anos o locutor foi convidado pela Casa Publicadora Brasileira para gravar um audiobook do Caminho a Cristo. “Ele precisava entender o livro e começou a estudar a Bíblia. Quando entendeu, se apaixonou”, conta a esposa. Ela fala ainda que o estudo da Bíblia o tornou mais tolerante, mais preocupado em tratar bem o semelhante e a temer a Deus.
Quando comecei a entrevistar o Cid, minha primeira pergunta foi sobre a importância do Jornal Nacional na vida dele, justamente porque o nome do livro foi inspirado no telejornal. Ele me respondeu rapidamente que foi o prestígio do JN que lhe possibilitou gravar a Bíblia na íntegra. Em outro momento perguntei da importância do rádio, uma vez que foi nesse veículo que ele iniciou a carreira profissional. Cid respondeu a minha pergunta, mas, em seguida, voltou a falar da Bíblia. Numa terceira vez, perguntei que cuidados ele tinha com a voz, que é sua marca registrada. A resposta: “A despreocupação, a confiança em Deus, tudo isso, beneficia e você jamais fica estressado. Isso que eu recomendo.”
O evento contou com a presença de personalidades do jornalismo do País e também de veículos de comunicação como a Rede Novo Tempo, TV Globo, Rede TV, TV Caras, entre outros veículos que cercaram Fátima e Cid com perguntas sobre o lançamento da biografia. Pude acompanhar de perto as entrevistas e novamente ver e ouvir o carinho especial de Cid pela Bíblia.
Já que dizem que as mulheres são intuitivas, me atrevo a falar que Cid realmente transparece um amor imenso pela Palavra de Deus. O locutor não se intimidou e falou sobre os ensinamentos bíblicos em todas as entrevistas. Confesso que fiquei surpresa em ver Cid Moreira falar com a imprensa sempre buscando colocar a Bíblia Sagrada em evidência.
Há muito tempo, o casal Cid e Fátima demonstram carinho especial pelos adventistas. Gostaria de transcrever alguns trechos do livro Boa Noite:
“Por causa desse livro [Manual de Saúde, da CPB] aprendi bem cedo o valor das frutas, verduras e sementes em nossa vida” (p. 65).
O livro conta ainda que um dos motivos que o fizeram desistir de ser carnívoro são os problemas de saúde acarretados pelo consumo da carne de porco.
Na página 181, o livro Caminho a Cristo também é citado:
“Quando comecei a gravar, percebi que quase tudo que ela [referindo-se a Ellen White] escrevia era baseado em fatos bíblicos e vinha com a referência em seguida. Então, cada vez que eu via lá: livro, capítulo e versículo tal do Velho ou Novo Testamento, eu pesquisava na Bíblia e procurava entender o que ela estava ensinando. Assim, fui ganhando maior contado e intimidade com o Livro Sagrado.”
Na entrevista com a esposa de Cid, ela revela também que a primeira atividade do dia que os dois fazem juntos é o culto. “Lemos a Bíblia e a Devoção Matinal da Igreja Adventista [IASD] todas as manhãs. Refletimos sobre o que estudamos.” Na página 191, Cid exibe fotos e o apreço da amizade com membros da Igreja Adventista como Milton Afonso, a cantora Rafaela Pinho e a maestrina Suzana Hirle. E ainda destaca o pastor e jornalista Siloé de Almeida como um de seus grandes amigos.
Indico a você a leitura dessa obra fascinante de 294 páginas, que, além de descrever os principais acontecimentos na mídia, fala do nosso Criador.
Citações de Cid Moreira nas páginas 182 e 183:
“Sou uma pessoa de credibilidade em meu trabalho, que teve muitas coisas que muitos poderiam chamar de sucesso. Era reconhecido por um país inteiro, onde quer que eu fosse, tive relacionamentos amorosos com muitas mulheres bonitas e inteligentes, tive dinheiro, prestígio e cultura. Usufruí de conforto e pratiquei esportes. Vivo em uma das cidades mais bonitas do mundo, quase em frente ao mar. Viajei e visitei várias partes do planeta, assisti a grandes espetáculos de música e peças nos mais renomados teatros e casas de shows do mundo; então, muitos vão insistir que isso é sucesso e tudo o que o homem precisa nessa vida. Eu vou dizer do fundo do meu coração: é tudo ilusão, como refletiu tão bem o sábio rei Salomão. É tudo ilusão!
“Esse mundo da criação, em que tudo flutua e gira vagando no imenso espaço em que a gente passa esses anos de nossa vida, já é por si só divino e maravilhoso. Só esse fato já merece celebração. Mas nós, miseráveis, que andamos de um lado para o outro sem saber para onde estamos indo, nos destruímos mutuamente, mesmo assim queremos um contato com o todo, com o que é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega. Eu desejo parar de vagar que nem cego, e usar os atributos que me foram dados de maneira inteligente. Quero promover meios que permitam que eu viva e que deixe viver todas as outras criaturas que se encontram nesta mesma casa que me foi emprestada, que é o Planeta Terra.”
(Charlise Alves, jornalista e locutora da Rádio Novo Tempo Campinas, para o blog Criacionismo)
Ajuda para vegetarianos
Alguns anos atrás, comecei a pensar na importância da alimentação saudável. Queria muito parar de comer carne. Pensei que seria bem mais fácil depois que eu saísse de casa e me casasse, por isso, desde o começo do namoro fui preparando o Roger, hoje meu esposo, para esse momento. Quando nos casamos, não tivemos forças para largar a carne de imediato, mesmo sabendo dos seus malefícios. Sempre conversávamos sobre o assunto, mas havia alguns tipos de alimentos de que gostávamos muito e pensávamos também na dificuldade do Roger para almoçar no trabalho. Lá a refeição é composta basicamente de feijão, arroz, carne e salada. Era impossível ficar sem comer carne, pensávamos.
Com o desejo no coração, mas sem força suficiente para parar, encontramos nossos amigos Fábio e Karina e almoçamos juntos, num sábado à tarde. Eles haviam se tornado vegetarianos alguns meses antes e estavam empolgados com toda a mudança na saúde e na vida espiritual. Toda a alimentação preparada era natural e muito saborosa. Com um testemunho vivo como aquele, saímos totalmente encorajados. Naquela noite, meu esposo e eu resolvemos tirar toda a carne, além do leite, ovos e açúcar da nossa alimentação.
Ficamos “perdidos” de imediato, sem saber o que preparar para comer ou o que fazer com os alimentos na dispensa de casa. Com o tempo, nossos amigos nos ensinaram diversas receitas e como substituir cada alimento.
Foi um grande desafio encontrar informações sobre o tema, afinal, nos tornamos vegetarianos estritos, e é muito difícil encontrar qualquer tipo de receita de acordo com a nossa nova dieta. Com o tempo, fui encontrando algumas páginas na internet, alguns livros, um SPA naturalista em São Roque. Cada descoberta era uma vitória.
Encontramos mais um casal de amigos que resolveram mudar a alimentação junto conosco. Nós quatro iniciamos um pequeno grupo para estudar o livro Conselhos Sobre Regime Alimentar, de Ellen G. White. Foi uma verdadeira benção em nossa vida. Depois de mais de seis meses de estudos, estávamos cada dia mais animados e todo sábado à noite preparávamos alguns pratos vegetarianos experimentais para degustarmos todos juntos. Foi um verdadeiro aprendizado.
Infelizmente, a dificuldade em encontrar alimentos vegetarianos no supermercado é imensa. Mesmo em uma cidade como São Paulo, poucos supermercados possuem a preocupação com o nosso público. Temos diversas lojas de alimentos naturais, mas muitas com o preço bem elevado e em pontos distantes.
Em 2009, criei o blog Sou Vegetariano e Agora? com o simples propósito de dar suporte a todas as pessoas que querem mudar a alimentação, mas não sabem exatamente como. Milhares de pessoas passaram pelo blog e deixaram muitas mensagens. Muitas delas externando a dificuldade de encontrar alimentos naturais de forma acessível e com preços mais baixos.
Com esse propósito criei também a loja Tudo Para Vegetarianos, e um sistema de envio de todas as mercadorias para qualquer parte do Brasil de forma simples e segura, com preços acessíveis. O objetivo da loja é levar alimentos saudáveis para todas as pessoas, em qualquer cidade. A loja possui alimentos orgânicos, sem glúten, sem lactose, diet e light e sem açúcar. Além disso, um blog e um twitter estão à disposição dos clientes para dar dicas e publicar matérias sobre o tema.
Hoje somos a prova viva de um grande milagre: o da transformação dos hábitos alimentares. Muitos preferem morrer a parar de comer algo, mas o poder de Deus é maior e, com certeza, poderá educar seu apetite. Foi assim conosco, e hoje somos completamente realizados. Nossa saúde foi totalmente restaurada. Esperamos com confiança a volta de Jesus e sabemos que nossa mente e nosso corpo estão sendo preparados para esse grande dia.
(Juliana Coutinho Oliveira)
Nota: Assim como aconteceu com a Juliana e o esposo dela, foi o livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar que me fez abandonar a dieta cárnea. Isso já faz mais de 15 anos e, graças a Deus e aos Seus ensinamentos quanto ao estilo de vida, minha saúde é ótima (mesmo tendo muito ainda que progredir nessa área). Mas é preciso deixar bem claro que é importante fazer como a Juliana e o Roger: antes de tomar a decisão que eles tomaram, é necessário consultar a Deus e buscar informação. Há pessoas que, movidas pela emoção (ou por zelo sem entendimento), fazem uma "reforma de saúde" do seu jeito e acabam ficando doentes ou fanáticas. Isso, lamentavelmente, só lança descrédito à causa de Deus e à verdadeira reforma. A Igreja Adventista do Sétimo Dia recomenda o ovolactovegetarianismo como dieta ideal e inicial, cabendo à pessoa aprofundar sua experiência e conhecimentos a fim de progredir paulatina e conscientemente na mudança de hábitos e estilo de vida. E para que tudo isso? Simples: a clareza mental e, consequentemente, o discernimento espiritual dependem em grande medida do cuidado que temos com o corpo. Deus nos deixou na Revelação claras recomendações quanto a esse assunto e, quando O obedecemos, estamos glorificando Seu nome e nos tornando mais úteis para as tarefas que Ele nos confiou. Experimente! Faça como a Juliana, o Roger e tantos outros. Você só tem a ganhar.[MB]
O chinelo perdido
Estávamos de férias, na Praia do Rincão, em Santa Catarina, onde meus pais têm uma casa de verão. Minha filha mais velha, a Giovanna, precisava de um par de chinelos novos e encontramos um bem bonitinho, de silicone, amarelo. Ela saiu da loja toda faceira com os chinelos novos. Depois fomos tomar banho de mar. Enquanto fui dar um mergulho, minhas filhas ficaram na beirada, brincando com as ondas que iam e vinham. Quando me preparava para voltar para o local em que elas estavam, vi que a Gi estava chorando. Havia perdido um dos chinelos por ter desobedecido a mãe e entrado na água com eles. Fiquei com pena da minha menina e orei a Deus: “Senhor, sei que vai ser bem difícil no meio de toda esta água agitada e turva, mas me ajuda a encontrar o chinelo da minha filhinha.”
Fui caminhando lentamente para a beirada, em direção à minha filha que ainda chorava. Dei alguns passos para a esquerda e para a direita. Como a areia daquela praia é bem fina e o mar, agitado, quase sempre as águas têm coloração cinzenta, dificultando a visão além de um palmo de profundidade. Apalpei o fundo com os pés por alguns segundos e, de repente, tropecei em algo flexível. Prendi aquilo debaixo do pé e me abaixei para verificar o que era. Ali estava o chinelo! Rapidamente o ergui e mostrei para minha filha: “Achei! Achei!”
Ela sorria enquanto eu saía da água e me aproximava dela. Entreguei o chinelo, me abaixei e disse para ela: “Filha, viu como Deus é bom? Sabe o que fiz lá dentro da água? Orei pedindo que Ele me ajudasse a encontrar seu chinelo. E aqui está ele.”
Os céticos de plantão podem pensar que isso se trata de mais uma coincidência, como tantas outras. Mas eu conheço o Deus a quem sirvo e sei que aquilo foi, na verdade, um abraço que Ele me deu e uma confirmação da fé infantil da minha filha. Certa vez, li que as coincidências são os pequenos milagres de Deus, nos quais Ele prefere Se manter anônimo. Só que, como eu pedi, Deus saiu do anonimato e me mostrou, uma vez mais, que Ele Se importa com os pequenos detalhes de nossa vida – inclusive com um chinelo perdido dentro do mar.
Michelson Borges
Uma vida transformada com Vida e Saúde
Fazia alguns anos que eu não via minha tia Leonor Borges Sabino (ou simplesmente “tia Lola”, como a chamamos). No dia 31 de dezembro do ano passado, pude encontrá-la na casa de praia dos meus pais, no Balneário Rincão, em Santa Catarina. Quase não a reconheci, de tão mudada (para melhor) que ela estava – e fiquei surpreso ao saber da transformação pela qual ela havia passado. Vou deixar que ela conte o que aconteceu:
“Tenho 59 anos e fui fumante por mais ou menos 25 anos. Minhas condições física e mental eram péssimas e vivia desesperada, porque tinha tudo o que não prestava: um coágulo no cérebro, problemas com o ácido úrico, gastrite, úlcera no estômago, problema nos ossos (osteopenia) e muito mais. Tomava remédios e não resolvia. Não sabia mais o que fazer. O médico disse que eu tinha que parar de fumar, mas eu não conseguia; não tinha força; o vício era mais forte que eu. Então me apeguei a Deus, comecei a fazer jejum e oração; pedia para que eu pudesse deixar de fumar. Muitas vezes, até chorava implorando a Deus para me tirar o vício. Todos os dias eu pedia isso a Deus, pois me sentia com o coração sujo, como se Deus não pudesse entrar ali. Foram cerca de dois anos de luta contra o inimigo. Até que um dia fui à igreja carismática e pedi muito ao Senhor que me libertasse do vício naquele mesmo dia! Depois fui embora. Quando cheguei em casa, fui direto pegar um cigarro, mas me arrependi na hora. Pedi perdão ao Senhor e não peguei o cigarro. Fui dormir. No dia seguinte, não senti mais vontade de fumar; senti até nojo. Isso que quando eu levantava de manhã, a primeira coisa que eu fazia era acender um cigarro. A resposta de Deus foi me libertar desse vício de um dia para o outro! E por isso eu louvo e agradeço a esse Deus maravilhoso!
“Tem mais... Na época em que eu estava doente, pedindo a Deus para me libertar do vício, certo dia me apareceu um vendedor, alguém muito abençoado, e me ofereceu a revista Vida e Saúde, da Casa Publicadora Brasileira, e eu aceitei fazer a assinatura. Quando recebi a primeira revista, parece que sabiam que eu estava com problemas, pois havia justamente uma reportagem falando sobre o cigarro, o câncer de boca e de pulmão. Vi aquelas imagens horríveis e aí me desesperei ainda mais. E foi aquilo que me fez pedir ajuda a Deus. Assinei a revista por três anos. Vida e Saúde tem muita coisa interessante - nos ensina a como nos alimentarmos bem e com saúde; também nos estimula ao exercício físico; etc. Foi através dessa revista que me tornei vegetariana.
“Minha vida mudou muito depois que passei a ler a revista. Hoje me sinto mais jovem, com saúde física, mental e espiritual. E agradeço a Deus por tudo o que Ele fez em minha vida.”
Minha tia, além de vegetariana, usa pão integral, evita o açúcar e pratica exercícios. Ela é mais uma prova de que funcionam as bondosas e sábias instruções que Deus nos deixou em Sua Revelação. É só colocá-las em prática e confiar no bom Criador.[MB]
O retorno a Deus do ateu Heinrich Heine
Heinrich Heine (1797-1856) foi um filósofo e poeta alemão profundamente marcado pela pessoa e obras de outro filósofo: Friedrich Hegel. Tornou-se ardoroso defensor do ateísmo e tratava a religião e a Deus com jocosidade. A famosa expressão que qualifica a religião como “ópio do povo” – expressão posteriormente usada por Karl Marx na Crítica da Filosofia Hegeliana do Direito – havia sido adiantada por Heine. Em sua obra Ludwig Börne, Heine, com sua ironia peculiar, escreve: “Bendita seja uma religião que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança.”
Apesar de uma vida de negação a Deus, à semelhança de Antony Flew (considerado o maior filósofo ateu do século 20 e autor de Um Ateu Garante: Deus Existe), Heine, em 1849, fez uma declaração que espantou a muitos. Ao arqueólogo Fernando Meyer que, no outono daquele ano, visitou a Heine, gravemente enfermo e paralítico devido à sífilis, o filósofo declarou:
“Pode acreditar, meu amigo, pois é Heinrich Heine quem lho confia em seu leito de morte, após longos anos de madura reflexão: Depois de considerar atentamente tudo quanto sobre a matéria se tem falado e escrito em todas as nações, cheguei à certeza de que existe um Deus, que é o juiz das nossas ações, de que a nossa alma é imortal [sic] e existe uma vida no além, onde o bem é premiado e o mal castigado... Não tivesse eu essa fé, persuadido da incurabilidade do meu mal, já há tempo teria posto um fim à minha miserável existência... Insensatos há que, depois de terem sido vítimas do erro durante toda a vida, e terem anteriormente manifestado tais ideias errôneas por palavra e por obra, já não têm coragem para confessar que por tanto tempo andaram enganados; eu, porém, confesso abertamente que foi um erro infame o que me manteve manietado por tão largo tempo; agora, sim, vejo claramente, e quem me conhece e me vê pode dizer que não falo por coação ou com o espírito obnubilado, mas numa hora em que as minhas faculdades estão tão robustas e arejadas como em qualquer tempo anterior” (Gespräche mit Heine [nota 153], p. 704-707; citado por Georg Siegmund, em O Ateísmo Moderno, p. 232).
No livro Epílogo ao Romancero, de 1851, Heine também confessa sua transformação religiosa:
“Tenho feito as pazes com o Criador, para o maior escândalo dos meus amigos iluministas, que me lançaram em rosto o meu retorno à velha superstição, como gostavam de chamar a minha volta a Deus. Outros, na sua intolerância, usavam de acrimônia ainda maior. Todo o alto clero do ateísmo pronunciou contra mim o seu anátema, e há frades fanáticos da incredulidade, que gostariam de me estender sobre o cavalete da tortura, para eu confessar as minhas heresias... É verdade, tenho retornado a Deus, a exemplo do filho pródigo, depois de eu ter permanecido, por largo tempo, entre os hegelianos a cuidar de porcos. Teria sido a miséria que me tocou de volta? Talvez fosse um motivo menos miserável. Assaltou-me a nostalgia do céu e me impeliu para frente através de selvas e barrancos, pelas sendas mais vertiginosas e abruptas da dialética. Pelo caminho topei com o deus dos panteístas, porém este para nada me serviu. Este ser mísero e sonhador está cozido e soldado ao mundo e como que encarcerado nele, a olhar-te bocejando, sem vontade e poder. Para ter uma vontade, é preciso ser pessoa... Pois bem, quando se procura um Deus que possa ajudar – e isto, afinal, é a coisa principal – cumpre admitir também sua personalidade, sua distinção do mundo e seus sagrados atributos, a infinita bondade, a onisciência, a justiça onímoda, etc.... Falei do deus dos panteístas, mas não posso deixar de advertir que ele, em última análise, não é nenhum deus, assim como os panteístas na realidade não passam de ateus envergonhados, que temem menos o objeto do que sua sombra projetada sobre a parede, isto é, o nome do objeto” (Ibidem, p. 868; citado em O Ateísmo Moderno, p. 232).
E-mails que nos alegram (16)
"Olá, Michelson, gostaria de, primeiro, dizer que sou um profundo apreciador do seu trabalho. Sem dúvida, você é um homem de Deus. Acompanho todos os dias seu blog e, através dele, tenho aprendido muito. Seus textos têm me influenciado muito positivamente durante minha jornada cristã. Desejo sinceramente que Deus continue a te usar e que seu trabalho alcance muitos outros que precisam saber da Verdade.
"Durante o último fim de semana eu tive o prazer de ler o e-Book Deus Nos Uniu, que você e sua esposa escreveram. Adorei! Neste tempo de literaturas tão vazias ou subversivas é muito agradável ler um romance como o que vocês escreveram. Tenho acompanhado a nova onda de vampirismo com a publicação da série Crepúsculo e já li o primeiro livro. Realmente não entendo o que chama tanto a atenção dos adolescentes num romance tão fraco e bobo. Não digo nada do ocultismo do livro de Stephenie Meyer, porque isso é obviamente detestável, mas me refiro à qualidade da obra. É bem fraquinho mesmo. Entretando, seu e-Book é muito divertido. Além de todas as lições critãs, o seu romance com a Débora é 'apaixonante'. Os momentos em que vocês contavam o mesmo acontecimento sob a perspectiva de cada um foram os melhores. Incrível como eu torci por vocês mesmo sabendo o fim da história. Contudo, o mais precioso da obra foi tudo o que ela me ensinou. A vida de vocês depois da conversão é um modelo a ser seguido. E o namoro é sem comentários. O cristianismo aplicado e ativo na vida de uma pessoa transforma outras pessoas. Passei a te admirar e respeitar ainda mais depois da leitura.
"A única coisa que senti falta no e-book foi um final. Não sei se o capítulo 19 realmente foi o escolhido pra encerrar a narrativa, mas fiquei compulsivamente curioso pra saber qual o é 'plano B' que você contaria para a Débora. Além disso, faltavam dois meses para vocês se casarem e acredito que o casamento e o nascimento de suas filhas são momentos que merecem estar no e-book. Bem, isso é o que eu gostaria muito ler. Michelson, você planeja escrever mais algum capítulo ou vai encerrar ali mesmo a história?
"Que você continue usando seus talentos de forma tão primorosa para Deus e que esse mesmo Deus Criador e Salvador abençoe ricamente a ti e a tua familia."
(Alysson Huf de Oliveira)
Nota: Prezado Alysson, obrigado pelas palavras de apreço ao nosso trabalho. Como você mesmo percebeu, o livro não chegou ao fim. Ainda estamos escrevendo e, sem dúvida, ainda há lances importantes para serem abordados. Em breve publicaremos novos capítulos.[MB]
Um jovem rico moderno
Meu primeiro contato com a mensagem adventista se deu por volta dos meus 15 anos de idade. Nesse período, eu cursava o ensino médio no Centro Interescolar de Segundo Grau Abílio Paulo (CIS), em Criciúma, SC. A professora de religião de então havia convidado um jovem chamado Michelson Borges para nos ministrar algumas aulas sobre a revelação do Apocalipse. Ao longo das aulas acabei descobrindo que o Michelson morava próximo à minha casa. Sempre, no fim das aulas, pegávamos o ônibus de retorno juntos e ficávamos até altas horas da noite conversando sobre religião e a mensagem da salvação.
Confesso que a inteligência daquele jovem me impressionava. Todos os questionamentos que eu lhe fazia sobre religião, muitos até em tom provocativo, ele me respondia com paciência e muita convicção. O tempo nos tornou verdadeiros amigos – desses de um frequentar a casa do outro e tudo mais.
O tempo, a amizade, os estudos da Bíblia e de outros livros levaram-me a aceitar Jesus. Fui batizado nas águas. Tornei-me um adventista do sétimo dia. Foram realmente dias felizes em minha vida!
Passado algum tempo, o Michelson precisou se ausentar de Criciúma, já que ele cursava Jornalismo na Universidade Federal, em Florianópolis, capital do nosso Estado. Sua ausência, aos poucos, tornou-se definitiva, e o Michelson passou a frequentar uma igreja em Florianópolis e a morar nessa mesma cidade. Como eu tinha poucos amigos na igreja, e como o Michelson agora pouco vinha a Criciúma, comecei a sair com meus antigos “amigos”. E aí deu no que deu. Acabei me afastando da fé.
Já fora da igreja, me profissionalizei em contabilidade, também me formei em Direito e me pós-graduei em Processo Civil. Posteriormente, em 2005, abri juntamente com um sócio uma empresa na área de assessoria tributária. Obtive muito sucesso profissional. Atualmente, me dedico à profissão de contabilista, sou advogado e empresário. Tenho 32 anos, sou casado e tenho um filho.
Mas o que mais chama atenção em minha história é o plano que Deus tinha para mim. Sou obrigado a confessar que sempre fui uma pessoa muito ambiciosa. Sempre pensei em estudar para ganhar muito dinheiro. E, nesse aspecto, Deus foi muito generoso comigo. Coisas que jamais imaginei alcançar, mesmo em sonho, Deus me permitiu conseguir. Comprei carro importado dos mais modernos, terrenos em áreas nobres da cidade, cobertura duplex com piscina em bairro chique, frequentava festas sociais, Lions Club, e várias outras coisas com as quais muita gente sonharia.
Todavia, mesmo tendo conseguido tudo isso, eu não era feliz. Vivia triste, desolado. Alguma coisa me faltava. Tinha tudo, e ao mesmo tempo não tinha nada. Algumas vezes, inclusive, pensei até em fazer coisas piores que não convém aqui nem mencionar...
Sucesso profissional, bens materiais, juventude (apenas 32 anos de idade), uma linda esposa, um lindo filho, mas na verdade uma pessoa muito infeliz. Esse era o retrato de minha vida.
Um dia, em uma reunião com um cliente na empresa (o nome dele é Celézio Morona), ele me questionou acerca de minha fé. E eu, muito tristemente, lhe respondi que não tinha nenhuma. Que era infeliz. Incomodado, ele me perguntou: “Mas como, e tudo isso que tu tens?” Respondi-lhe que tudo não passava de ilusão!
Disse-lhe, então, que na minha juventude havia frequentado uma igreja, e que, naquela época, embora não tivesse nada de bens materiais, eu havia sido muito feliz! Qual não foi minha surpresa quando, com alegria, meu cliente me disse que ele era adventista; que havia recentemente abraçado a fé e sido convertido. Ficamos, então, conversando por um longo tempo sobre esse assunto.
Posteriormente, cada vez que esse meu cliente vinha à empresa, nós conversamos sobre religião. Um dia, meu cliente me perguntou se eu não gostaria de voltar a estudar as Escrituras. Se eu aceitaria fazer um estudo bíblico ministrado por um pastor chamado Arildo Oliveira, segundo ele homem muito consagrado. Prontamente aceitei.
Logo ao fim do meu primeiro estudo bíblico (numa sexta-feira à tarde), o pastor Arildo me convidou para ir à igreja no outro dia, sábado. Quem iria pregar era um pastor de Curitiba, muito conhecido. A pregação iria ser na mesma igreja que eu havia frequentado quando jovem. Disse-lhe, então, que iria pensar.
No sábado pela manhã, acordei cedo, tomei coragem e fui ao culto. Chegando à igreja, meu coração disparou. Lembrei-me de todos os momentos felizes que havia passado ali naquele local. Mas a surpresa maior ainda estava por vir. Iniciado o culto, o tema do sermão foi sobre o jovem rico. Foi uma das pregações mais lindas que já ouvi em toda a minha vida. Deus estava falando comigo ali, naquele momento, disso eu tenha certeza! Chorei copiosamente o culto inteiro. Não tive vergonha!
Confesso, aquele sermão me abalou demais. Fiquei estupefato. Tive certeza de que Deus estava me chamando. Chegando em casa, entrei no quarto do meu filho, fechei a porta em secreto, e orei a Deus com todo o meu coração, como nunca antes!
Em profunda oração, questionei: “Meu Deus, se aquela mensagem sobre o jovem rico foi pra mim, se o Senhor falou comigo, se o Senhor está me chamando, por favor, me dê um sinal aqui e agora, estou com Tua Palavra sob minhas mãos; vou abrir a Bíblia e se Tu tens alguma coisa para me dizer, me diga.”
Por incrível que pareça, em lágrimas, ao abrir as Escrituras, deparei-me novamente com a história do jovem rico! Não tive dúvidas. Deus realmente estava me chamando! Tudo aquilo não podia ser coincidência!
Na semana seguinte, disse ao pastor Arildo que queria me batizar o mais rápido possível. Contei-lhe tudo que tinha acontecido e da certeza que tive de que Deus havia me falado! Batizei-me nas águas novamente no dia 21 de novembro. Encontrei novamente minha felicidade!
No dia do meu batismo, dei este mesmo testemunho ainda dentro do tanque batismal, e treze pessoas resolveram naquele momento aceitar a Jesus. Louvo a Deus por isso, e peço a oração de todos os irmãos para que nosso grande Deus continue a nos abençoar. Amém!
Sou profundamente grato primeiramente a Deus, que nunca desistiu de mim, e aos irmãos Michelson, Maria Nascimento e Enedina Borges, que oraram por mim esses anos todos.
(Willian Peres Bittencourte)
Leia também: "Um filho que volta para casa"
Um filho que volta para casa
Quase vinte anos atrás, fui convidado para dar estudos bíblicos às sextas-feiras à noite no colégio em que eu mesmo havia feito o curso técnico de química, no ensino médio, em Criciúma, SC. Na época, fazia faculdade em Florianópolis, a quase 200 km de distância, mas viajava todos os fins de semana para ensinar a Bíblia para centenas de alunos – não podia perder essa tremenda oportunidade de partilhar minha fé recentemente abraçada. Com o tempo, me tornei amigo de um jovem de longos cabelos escuros e escorridos. O nome dele é Willian e ele tomava o mesmo ônibus que eu, já que precisava passar perto da casa dos meus pais para ir para a casa dele. Isso permitia que continuássemos a conversa iniciada na sala de aula. Frequentemente, o Willian ficava em minha casa várias horas noite adentro. Nessas ocasiões, estudávamos a Bíblia juntos e orávamos. (A foto acima foi tirada em Joinville, em 1994.)
Willian cortou o cabelo, tornou-se estudioso da Bíblia, leitor voraz de livros religiosos, tomou a decisão pelo batismo e passou a me acompanhar em atividades missionárias (procurei fazer com ele o que o Vanderlei fez comigo). Infelizmente, como eu precisava ficar cada vez mais tempo em Florianópolis, não pude me dedicar tanto ao meu amigo recém-converso. Por esse e outros motivos, aos poucos ele começou a se afastar da igreja. Lembro-me de uma ocasião especialmente triste, quando o Willian foi até a casa dos meus pais para me dizer que não era feliz. E comparou: “Sinto-me como uma formiga fora do formigueiro.” Ele queria viver como os outros adventistas, mas dizia que não conseguia. E como conhecia a vontade de Deus e o destino deste mundo (os bastidores do grande conflito), também não conseguia mais ser feliz como achava que era antes de conhecer a Jesus e a verdade revelada por Ele.
Naquela noite nos abraçamos e choramos. Eu disse ao Willian que havia dado a ele a “coisa” mais preciosa que eu tinha: Jesus Cristo. Disse também que eu não queria que ele se sentisse daquele jeito. Que eu era feliz e que ele também poderia ser, se fizesse de Jesus seu melhor amigo. Mas o Willian acabou mesmo deixando a igreja e se afastando de Deus.
Os anos se passaram. Formei-me, casei-me e mudei para Tatuí, SP. O Willian também casou e se tornou advogado. Praticamente perdi o contato com ele, excetuando um ou outro encontro casual, quando minha esposa, filhas e eu estávamos de férias em Criciúma. Mas nesse tempo todo nunca deixei de orar por ele e convidá-lo a voltar, sempre que podia. Eu sabia que a semente plantada no coração do meu amigo era (e é) forte, e que o solo era (e é) dos melhores.
Hoje recebi este e-mail do Willian e tive que segurar as lágrimas:
“Olá, Michelson, como vai o amigo?
“Sou eu, o Willian. Gostaria de te agradecer por você me enviar esses e-mails, realmente são muito interessantes. Nesse fim de semana estive na Igreja Adventista Central, aqui em Criciúma. Foi muito bom. Quem pregou foi um pastor de Florianópolis.* Um grande sermão. Me senti novamente tocado por Deus. À tarde estive no festival de corais adventistas, realizado no Teatro Elias Angeloni, ali na Prefeitura, lembra? Minha esposa foi comigo.
“Na verdade, como você mesmo sabe, por um longo tempo estive afastado da Igreja e de Deus. Mas, agora, voltei a fazer um estudo bíblico por meio de um convite que recebi de um cliente meu aqui do escritório. Como eu já conhecia a mensagem adventista, aceitei prontamente. Quem está me dando o estudo é o pastor Arildo, um grande sujeito, um cara muito inspirado. Nos últimos dias, Ellen White já dizia que o Espírito Santo desceria sobre o mundo e através da chuva serôdia traria muitas pessoas novamente a Jesus. Talvez Deus esteja me dando mais uma chance, e espero desta vez não perdê-la.
“Acredito que minha esposa também seja uma pessoa sincera, e que Deus com o tempo vai tocar em seu coração. Com muita oração e com meu próprio testemunho, espero que um dia ela também aceite Jesus. As dificuldades serão muitas, mas pra Deus nada é impossível.
“Um grande abraço de seu amigo Willian.”
Deus seja louvado por nos dar essas surpresas aqui na Terra! Fico imaginando quantas outras teremos no Céu!
No fim de dezembro, vou a Criciúma. Quero dar outro abraço no Willian. Mas, dessa vez, as lágrimas não serão de tristeza...
Michelson Borges
(*) O pastor que pregou lá em Criciúma foi o Charles Rampanelli, meu colega de mestrado e servo de Deus.
Torrente de esperança
[Tive o privilégio de escrever a matéria de capa da Revista Adventista deste mês. O texto começa assim:] Deitado nas areias úmidas da praia do Rincão, no litoral sul-catarinense, contemplo o céu estrelado e sem nuvens. Muitas dúvidas povoam minha mente de adolescente: De onde veio tudo isso? Seria o Universo fruto de uma explosão? Diante de toda essa vastidão, o que somos? Qual o nosso valor e que sentido há naquilo que fazemos, se somos meras partículas neste oceano cósmico? As respostas tiveram que esperar mais alguns anos, mas vieram.
Em 1989, conheci um jovem adventista enquanto estudávamos no curso técnico de química, no ensino médio. Deus o usou para abrir diante de mim uma verdadeira torrente de revelações maravilhosas; uma janela para a verdade que eu tanto ansiava, mas não sabia onde encontrar. Uma a uma, minhas dúvidas foram se dissipando. Meus conceitos foram abalados e meus preconceitos, desfeitos.
As palavras de Apocalipse 14:6 e 7 pareciam saltar das páginas da Bíblia: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.”
Esse evangelho eterno, pela bondade de Deus, estava me alcançando. E a mensagem garantia que existe um Deus para ser amado e respeitado. Que há um juízo e que, portanto, devemos dar conta de nossa vida ao Criador. E mais: como no ato de “copiar” e “colar”, João, o escritor do Apocalipse, transportou o fraseado de Êxodo 20:8-11 para seu livro profético. Portanto, Yahweh é o Criador do céu, das estrelas, das galáxias, da Terra e de tudo o que nela há. E o sábado é um eterno lembrete desse fato.
Descobri que, apesar da desfiguração ocasionada pelo pecado, somos imagem e semelhança do Criador. Pode parecer uma constatação simples para aqueles que estão familiarizados com ela, mas, para mim, ex-darwinista, era bom demais saber disso. Eu não era um acidente biológico! Minha vida tem propósito – origem e futuro certos. Mas Deus tinha ainda muito mais para me mostrar... [Leia o restante na edição impressa – MB]
Para ilustrar a matéria, preparei o gráfico abaixo (clique para ampliar).
O toque de Deus
A primeira vez que li o conto “Amor”, de Clarice Lispector, pensei: o que esse título tem a ver com a história? Esperava uma narrativa romântica, dessas mamão com açúcar. Mas era sobre uma dona de casa que, de dentro do bonde, vira um cego mascando chicletes. A visão daquele homem foi epifânica para a personagem, seu mundo se desconstruiu a partir de então. Demorou, mas compreendi o nome do texto. Não com o intelecto, mas com o coração. Faz algum tempo, estava em um ônibus a caminho da faculdade, assim como a personagem em um bonde. Era um dia de frio, desses em que o vento nos abraça e nos congela. Olhei pela janela e lá estava ela: uma prostituta. Era uma mulher comum, de uma beleza cansada e envelhecida pelo sofrimento, com ar de quem carece de tudo. Completamente sem vontade, seu corpo se insinuava, mecânica e artificialmente, para todos os carros que passavam. Poucos olhavam verdadeiramente para a mulher e ela, para ninguém olhava verdadeiramente. Estava frio. Ela usava uma sandália, seus pés deviam de estar gelados. Usava uma calça amarela. Seu olhar era abatido, perdido no nada, ou talvez perdido em tudo que ela tinha: ela mesma.
Senti amor. Tive vontade de descer do ônibus e abraçá-la. Tive vontade de levá-la para casa e lhe dar uma de minhas meias de lã. Tive vontade de lhe oferecer minha cama e um prato de sopa bem quentinho. Eram dez horas da manhã e pensei que talvez ela estivesse na rua desde a noite anterior. Talvez estivesse com fome, com frio, sem dinheiro no bolso para tomar um café. Talvez tivesse sido agredida por algum homem. Não, homem não. Um ser capaz de agredir uma mulher como ela, tão doce e indefesa, não pode ser chamado de Homem.
Então compreendi o nome do conto: Amor! É isso, só pode ser amor... não me esforcei para amá-la, simplesmente aconteceu. Mas eu não fiz nada com esse amor. Não desci do ônibus. Não lhe dei pão. E esse foi meu grande erro. Senti a presença de Deus me invadir de súbito, senti doçura no meu próprio olhar. Mas onde estava Deus para aquela mulher? Acho que não estava. Ele não estava lá porque muitos de nós, que batemos no peito dizendo “sou cristão”, não estávamos lá para abraçá-la. Porque não é só com palavras que mostramos Deus, mas com atitudes. Atitudes que muitas vezes somos covardes para tomá-las. Pensei nas inúmeras vezes em que “damas honestas” viram o rosto para essas moças de vida nada fácil. Muitas se acham melhores do que elas, mais filhas de Deus. Mas Ele não faz acepção de pessoas, e essas prostitutas tem mais chance de perdão do que essas “damas”. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado (Mateus 23:12), e não nos esqueçamos de que muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros (Mateus 19:30). Pensei nos homens que olham essas moças na rua como se elas fossem um grande mictório disponível para aliviar suas necessidades. Meu coração se angustiou. Já havia sentido tristeza e indignação ao ver mendigos e crianças nas ruas, mas o que senti naquele dia foi incomparável. Eu senti amor por um próximo que eu nem conhecia, um próximo que parecia tão distante.
Assim como no conto de Clarice Lispector, olhar uma pessoa me abalou. Mas Freud explica, ele sempre explica. É a alteridade, o outro sou eu, eu sou o outro. Nos construímos como sujeitos a partir de outro ser e nos espelhamos nele. Ou então é o “estranho familiar”, diria ele, aquilo que deveria ficar escondido nas profundezas do indivíduo, recalcado, distanciado, alheio, mas vem à tona, em algum momento, como algo familiar com o qual nos identificamos. Pode ser isso. Pode ser que eu tenha me angustiado porque sou mulher e vi a mim mesma no rosto daquela prostituta.
Porém, gostaria que me explicassem uma coisa: Quem colocou em nós esse sentimento de amor pelo outro? Quem pode me mandar o DNA do medo, do amor, da felicidade? Não, não quero pesquisas que me mostrem o córtex cerebral, nomes de hormônios e substâncias responsáveis por esses sentimentos. Não quero a reação, eu quero a causa. Se ninguém puder me enviar, eu tenho um palpite: é o toque de Deus.
(Elisabete Ferraz Sanches, professora graduada em Letras pela USP, pós-graduada em Português: Língua e Literatura pela UniSant’Anna e mestranda em Literatura Brasileira pela USP)
Naquele domingo de manhã, Rosiene Honorato caminhava a esmo pelas ruas do bairro Jardim Pompeia, em Goiânia, GO. Três dias antes, a mãe dela havia falecido, o que a deixou desolada. Rosiene não estava conseguindo superar a perda. Quando passava pela Rua das Orquídeas, se deparou com a igreja adventista do bairro. Viu o portão aberto e resolveu entrar, mesmo não havendo culto ou reunião naquele momento. Apenas sentiu que deveria entrar. A porta do templo estava fechada, por isso Rosiene caminhou pelo corredor lateral externo e surpreendeu a zeladora Júlia Gonçalves, que estava fazendo a limpeza do local. Júlia, que também era diretora do departamento de ministério pessoal da igreja, ao perceber o olhar de desespero da visitante, convidou-a a entrar na igreja para conversarem. Sentaram-se num dos bancos de madeira e Rosiene abriu o coração. Disse que queria muito rever a mãe e Júlia explicou que ela poderia revê-la na volta de Jesus. Explicou-lhe também que os mortos estão descansando na sepultura, inconscientes, até o dia da ressurreição.
Na segunda-feira, Júlia visitou Rosiene. Convidou-a a fazer parte de um pequeno grupo e da classe bíblica da igreja. Os filhos de Rosiene foram matriculados no clube de aventureiros (semelhante aos escoteiros, mas mantido pela Igreja Adventista). Rosiene e os filhos nunca mais deixaram de frequentar os cultos, pois naquela manhã em que o desespero lhe pesava no coração, ela encontrou na igreja um lugar de esperança.
Hoje à noite, após meu sermão na Igreja Adventista de Jardim Pompeia, Rosiene e sua filha Camila foram batizadas pelo pastor distrital Juraci. Foi uma cerimônia emocionante que mostra a relevância da mensagem bíblica e da proclamação do evangelho num mundo carente de esperança.
Michelson Borges
P.S.: Na foto acima, tirada pela professora Sarah Bertolli, aparecem Júlia, Camila e Rosiene.
Cid Moreira fala da Bíblia e da IASD em sua biografia
“Só posso e quero trabalhar com a Bíblia”, disse Cid Moreira no lançamento de sua biografia Boa Noite, no dia 23 de março, no Shopping Morumbi, em São Paulo. O destaque da noite não ficou só no lançamento do livro, mas também na persistência do locutor em falar quase o tempo todo da Palavra de Deus. Em entrevista a Rádio Novo Tempo Campinas, Cid foi ainda mais categórico e citou o livro Caminho a Cristo, da escritora norte-americana Ellen White: “Foi o livro que me instigou a ler a Bíblia”, afirmou. De acordo com a esposa de Cid e autora do livro Boa Noite, Fátima Sampaio Moreira, há mais de dez anos o locutor foi convidado pela Casa Publicadora Brasileira para gravar um audiobook do Caminho a Cristo. “Ele precisava entender o livro e começou a estudar a Bíblia. Quando entendeu, se apaixonou”, conta a esposa. Ela fala ainda que o estudo da Bíblia o tornou mais tolerante, mais preocupado em tratar bem o semelhante e a temer a Deus.
Quando comecei a entrevistar o Cid, minha primeira pergunta foi sobre a importância do Jornal Nacional na vida dele, justamente porque o nome do livro foi inspirado no telejornal. Ele me respondeu rapidamente que foi o prestígio do JN que lhe possibilitou gravar a Bíblia na íntegra. Em outro momento perguntei da importância do rádio, uma vez que foi nesse veículo que ele iniciou a carreira profissional. Cid respondeu a minha pergunta, mas, em seguida, voltou a falar da Bíblia. Numa terceira vez, perguntei que cuidados ele tinha com a voz, que é sua marca registrada. A resposta: “A despreocupação, a confiança em Deus, tudo isso, beneficia e você jamais fica estressado. Isso que eu recomendo.”
O evento contou com a presença de personalidades do jornalismo do País e também de veículos de comunicação como a Rede Novo Tempo, TV Globo, Rede TV, TV Caras, entre outros veículos que cercaram Fátima e Cid com perguntas sobre o lançamento da biografia. Pude acompanhar de perto as entrevistas e novamente ver e ouvir o carinho especial de Cid pela Bíblia.
Já que dizem que as mulheres são intuitivas, me atrevo a falar que Cid realmente transparece um amor imenso pela Palavra de Deus. O locutor não se intimidou e falou sobre os ensinamentos bíblicos em todas as entrevistas. Confesso que fiquei surpresa em ver Cid Moreira falar com a imprensa sempre buscando colocar a Bíblia Sagrada em evidência.
Há muito tempo, o casal Cid e Fátima demonstram carinho especial pelos adventistas. Gostaria de transcrever alguns trechos do livro Boa Noite:
“Por causa desse livro [Manual de Saúde, da CPB] aprendi bem cedo o valor das frutas, verduras e sementes em nossa vida” (p. 65).
O livro conta ainda que um dos motivos que o fizeram desistir de ser carnívoro são os problemas de saúde acarretados pelo consumo da carne de porco.
Na página 181, o livro Caminho a Cristo também é citado:
“Quando comecei a gravar, percebi que quase tudo que ela [referindo-se a Ellen White] escrevia era baseado em fatos bíblicos e vinha com a referência em seguida. Então, cada vez que eu via lá: livro, capítulo e versículo tal do Velho ou Novo Testamento, eu pesquisava na Bíblia e procurava entender o que ela estava ensinando. Assim, fui ganhando maior contado e intimidade com o Livro Sagrado.”
Na entrevista com a esposa de Cid, ela revela também que a primeira atividade do dia que os dois fazem juntos é o culto. “Lemos a Bíblia e a Devoção Matinal da Igreja Adventista [IASD] todas as manhãs. Refletimos sobre o que estudamos.” Na página 191, Cid exibe fotos e o apreço da amizade com membros da Igreja Adventista como Milton Afonso, a cantora Rafaela Pinho e a maestrina Suzana Hirle. E ainda destaca o pastor e jornalista Siloé de Almeida como um de seus grandes amigos.
Indico a você a leitura dessa obra fascinante de 294 páginas, que, além de descrever os principais acontecimentos na mídia, fala do nosso Criador.
Citações de Cid Moreira nas páginas 182 e 183:
“Sou uma pessoa de credibilidade em meu trabalho, que teve muitas coisas que muitos poderiam chamar de sucesso. Era reconhecido por um país inteiro, onde quer que eu fosse, tive relacionamentos amorosos com muitas mulheres bonitas e inteligentes, tive dinheiro, prestígio e cultura. Usufruí de conforto e pratiquei esportes. Vivo em uma das cidades mais bonitas do mundo, quase em frente ao mar. Viajei e visitei várias partes do planeta, assisti a grandes espetáculos de música e peças nos mais renomados teatros e casas de shows do mundo; então, muitos vão insistir que isso é sucesso e tudo o que o homem precisa nessa vida. Eu vou dizer do fundo do meu coração: é tudo ilusão, como refletiu tão bem o sábio rei Salomão. É tudo ilusão!
“Esse mundo da criação, em que tudo flutua e gira vagando no imenso espaço em que a gente passa esses anos de nossa vida, já é por si só divino e maravilhoso. Só esse fato já merece celebração. Mas nós, miseráveis, que andamos de um lado para o outro sem saber para onde estamos indo, nos destruímos mutuamente, mesmo assim queremos um contato com o todo, com o que é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega. Eu desejo parar de vagar que nem cego, e usar os atributos que me foram dados de maneira inteligente. Quero promover meios que permitam que eu viva e que deixe viver todas as outras criaturas que se encontram nesta mesma casa que me foi emprestada, que é o Planeta Terra.”
(Charlise Alves, jornalista e locutora da Rádio Novo Tempo Campinas, para o blog Criacionismo)
Ajuda para vegetarianos
Alguns anos atrás, comecei a pensar na importância da alimentação saudável. Queria muito parar de comer carne. Pensei que seria bem mais fácil depois que eu saísse de casa e me casasse, por isso, desde o começo do namoro fui preparando o Roger, hoje meu esposo, para esse momento. Quando nos casamos, não tivemos forças para largar a carne de imediato, mesmo sabendo dos seus malefícios. Sempre conversávamos sobre o assunto, mas havia alguns tipos de alimentos de que gostávamos muito e pensávamos também na dificuldade do Roger para almoçar no trabalho. Lá a refeição é composta basicamente de feijão, arroz, carne e salada. Era impossível ficar sem comer carne, pensávamos.
Com o desejo no coração, mas sem força suficiente para parar, encontramos nossos amigos Fábio e Karina e almoçamos juntos, num sábado à tarde. Eles haviam se tornado vegetarianos alguns meses antes e estavam empolgados com toda a mudança na saúde e na vida espiritual. Toda a alimentação preparada era natural e muito saborosa. Com um testemunho vivo como aquele, saímos totalmente encorajados. Naquela noite, meu esposo e eu resolvemos tirar toda a carne, além do leite, ovos e açúcar da nossa alimentação.
Ficamos “perdidos” de imediato, sem saber o que preparar para comer ou o que fazer com os alimentos na dispensa de casa. Com o tempo, nossos amigos nos ensinaram diversas receitas e como substituir cada alimento.
Foi um grande desafio encontrar informações sobre o tema, afinal, nos tornamos vegetarianos estritos, e é muito difícil encontrar qualquer tipo de receita de acordo com a nossa nova dieta. Com o tempo, fui encontrando algumas páginas na internet, alguns livros, um SPA naturalista em São Roque. Cada descoberta era uma vitória.
Encontramos mais um casal de amigos que resolveram mudar a alimentação junto conosco. Nós quatro iniciamos um pequeno grupo para estudar o livro Conselhos Sobre Regime Alimentar, de Ellen G. White. Foi uma verdadeira benção em nossa vida. Depois de mais de seis meses de estudos, estávamos cada dia mais animados e todo sábado à noite preparávamos alguns pratos vegetarianos experimentais para degustarmos todos juntos. Foi um verdadeiro aprendizado.
Infelizmente, a dificuldade em encontrar alimentos vegetarianos no supermercado é imensa. Mesmo em uma cidade como São Paulo, poucos supermercados possuem a preocupação com o nosso público. Temos diversas lojas de alimentos naturais, mas muitas com o preço bem elevado e em pontos distantes.
Em 2009, criei o blog Sou Vegetariano e Agora? com o simples propósito de dar suporte a todas as pessoas que querem mudar a alimentação, mas não sabem exatamente como. Milhares de pessoas passaram pelo blog e deixaram muitas mensagens. Muitas delas externando a dificuldade de encontrar alimentos naturais de forma acessível e com preços mais baixos.
Com esse propósito criei também a loja Tudo Para Vegetarianos, e um sistema de envio de todas as mercadorias para qualquer parte do Brasil de forma simples e segura, com preços acessíveis. O objetivo da loja é levar alimentos saudáveis para todas as pessoas, em qualquer cidade. A loja possui alimentos orgânicos, sem glúten, sem lactose, diet e light e sem açúcar. Além disso, um blog e um twitter estão à disposição dos clientes para dar dicas e publicar matérias sobre o tema.
Hoje somos a prova viva de um grande milagre: o da transformação dos hábitos alimentares. Muitos preferem morrer a parar de comer algo, mas o poder de Deus é maior e, com certeza, poderá educar seu apetite. Foi assim conosco, e hoje somos completamente realizados. Nossa saúde foi totalmente restaurada. Esperamos com confiança a volta de Jesus e sabemos que nossa mente e nosso corpo estão sendo preparados para esse grande dia.
(Juliana Coutinho Oliveira)
Nota: Assim como aconteceu com a Juliana e o esposo dela, foi o livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar que me fez abandonar a dieta cárnea. Isso já faz mais de 15 anos e, graças a Deus e aos Seus ensinamentos quanto ao estilo de vida, minha saúde é ótima (mesmo tendo muito ainda que progredir nessa área). Mas é preciso deixar bem claro que é importante fazer como a Juliana e o Roger: antes de tomar a decisão que eles tomaram, é necessário consultar a Deus e buscar informação. Há pessoas que, movidas pela emoção (ou por zelo sem entendimento), fazem uma "reforma de saúde" do seu jeito e acabam ficando doentes ou fanáticas. Isso, lamentavelmente, só lança descrédito à causa de Deus e à verdadeira reforma. A Igreja Adventista do Sétimo Dia recomenda o ovolactovegetarianismo como dieta ideal e inicial, cabendo à pessoa aprofundar sua experiência e conhecimentos a fim de progredir paulatina e conscientemente na mudança de hábitos e estilo de vida. E para que tudo isso? Simples: a clareza mental e, consequentemente, o discernimento espiritual dependem em grande medida do cuidado que temos com o corpo. Deus nos deixou na Revelação claras recomendações quanto a esse assunto e, quando O obedecemos, estamos glorificando Seu nome e nos tornando mais úteis para as tarefas que Ele nos confiou. Experimente! Faça como a Juliana, o Roger e tantos outros. Você só tem a ganhar.[MB]
O chinelo perdido
Estávamos de férias, na Praia do Rincão, em Santa Catarina, onde meus pais têm uma casa de verão. Minha filha mais velha, a Giovanna, precisava de um par de chinelos novos e encontramos um bem bonitinho, de silicone, amarelo. Ela saiu da loja toda faceira com os chinelos novos. Depois fomos tomar banho de mar. Enquanto fui dar um mergulho, minhas filhas ficaram na beirada, brincando com as ondas que iam e vinham. Quando me preparava para voltar para o local em que elas estavam, vi que a Gi estava chorando. Havia perdido um dos chinelos por ter desobedecido a mãe e entrado na água com eles. Fiquei com pena da minha menina e orei a Deus: “Senhor, sei que vai ser bem difícil no meio de toda esta água agitada e turva, mas me ajuda a encontrar o chinelo da minha filhinha.”
Fui caminhando lentamente para a beirada, em direção à minha filha que ainda chorava. Dei alguns passos para a esquerda e para a direita. Como a areia daquela praia é bem fina e o mar, agitado, quase sempre as águas têm coloração cinzenta, dificultando a visão além de um palmo de profundidade. Apalpei o fundo com os pés por alguns segundos e, de repente, tropecei em algo flexível. Prendi aquilo debaixo do pé e me abaixei para verificar o que era. Ali estava o chinelo! Rapidamente o ergui e mostrei para minha filha: “Achei! Achei!”
Ela sorria enquanto eu saía da água e me aproximava dela. Entreguei o chinelo, me abaixei e disse para ela: “Filha, viu como Deus é bom? Sabe o que fiz lá dentro da água? Orei pedindo que Ele me ajudasse a encontrar seu chinelo. E aqui está ele.”
Os céticos de plantão podem pensar que isso se trata de mais uma coincidência, como tantas outras. Mas eu conheço o Deus a quem sirvo e sei que aquilo foi, na verdade, um abraço que Ele me deu e uma confirmação da fé infantil da minha filha. Certa vez, li que as coincidências são os pequenos milagres de Deus, nos quais Ele prefere Se manter anônimo. Só que, como eu pedi, Deus saiu do anonimato e me mostrou, uma vez mais, que Ele Se importa com os pequenos detalhes de nossa vida – inclusive com um chinelo perdido dentro do mar.
Michelson Borges
Uma vida transformada com Vida e Saúde
Fazia alguns anos que eu não via minha tia Leonor Borges Sabino (ou simplesmente “tia Lola”, como a chamamos). No dia 31 de dezembro do ano passado, pude encontrá-la na casa de praia dos meus pais, no Balneário Rincão, em Santa Catarina. Quase não a reconheci, de tão mudada (para melhor) que ela estava – e fiquei surpreso ao saber da transformação pela qual ela havia passado. Vou deixar que ela conte o que aconteceu:
“Tenho 59 anos e fui fumante por mais ou menos 25 anos. Minhas condições física e mental eram péssimas e vivia desesperada, porque tinha tudo o que não prestava: um coágulo no cérebro, problemas com o ácido úrico, gastrite, úlcera no estômago, problema nos ossos (osteopenia) e muito mais. Tomava remédios e não resolvia. Não sabia mais o que fazer. O médico disse que eu tinha que parar de fumar, mas eu não conseguia; não tinha força; o vício era mais forte que eu. Então me apeguei a Deus, comecei a fazer jejum e oração; pedia para que eu pudesse deixar de fumar. Muitas vezes, até chorava implorando a Deus para me tirar o vício. Todos os dias eu pedia isso a Deus, pois me sentia com o coração sujo, como se Deus não pudesse entrar ali. Foram cerca de dois anos de luta contra o inimigo. Até que um dia fui à igreja carismática e pedi muito ao Senhor que me libertasse do vício naquele mesmo dia! Depois fui embora. Quando cheguei em casa, fui direto pegar um cigarro, mas me arrependi na hora. Pedi perdão ao Senhor e não peguei o cigarro. Fui dormir. No dia seguinte, não senti mais vontade de fumar; senti até nojo. Isso que quando eu levantava de manhã, a primeira coisa que eu fazia era acender um cigarro. A resposta de Deus foi me libertar desse vício de um dia para o outro! E por isso eu louvo e agradeço a esse Deus maravilhoso!
“Tem mais... Na época em que eu estava doente, pedindo a Deus para me libertar do vício, certo dia me apareceu um vendedor, alguém muito abençoado, e me ofereceu a revista Vida e Saúde, da Casa Publicadora Brasileira, e eu aceitei fazer a assinatura. Quando recebi a primeira revista, parece que sabiam que eu estava com problemas, pois havia justamente uma reportagem falando sobre o cigarro, o câncer de boca e de pulmão. Vi aquelas imagens horríveis e aí me desesperei ainda mais. E foi aquilo que me fez pedir ajuda a Deus. Assinei a revista por três anos. Vida e Saúde tem muita coisa interessante - nos ensina a como nos alimentarmos bem e com saúde; também nos estimula ao exercício físico; etc. Foi através dessa revista que me tornei vegetariana.
“Minha vida mudou muito depois que passei a ler a revista. Hoje me sinto mais jovem, com saúde física, mental e espiritual. E agradeço a Deus por tudo o que Ele fez em minha vida.”
Minha tia, além de vegetariana, usa pão integral, evita o açúcar e pratica exercícios. Ela é mais uma prova de que funcionam as bondosas e sábias instruções que Deus nos deixou em Sua Revelação. É só colocá-las em prática e confiar no bom Criador.[MB]
O retorno a Deus do ateu Heinrich Heine
Heinrich Heine (1797-1856) foi um filósofo e poeta alemão profundamente marcado pela pessoa e obras de outro filósofo: Friedrich Hegel. Tornou-se ardoroso defensor do ateísmo e tratava a religião e a Deus com jocosidade. A famosa expressão que qualifica a religião como “ópio do povo” – expressão posteriormente usada por Karl Marx na Crítica da Filosofia Hegeliana do Direito – havia sido adiantada por Heine. Em sua obra Ludwig Börne, Heine, com sua ironia peculiar, escreve: “Bendita seja uma religião que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança.”
Apesar de uma vida de negação a Deus, à semelhança de Antony Flew (considerado o maior filósofo ateu do século 20 e autor de Um Ateu Garante: Deus Existe), Heine, em 1849, fez uma declaração que espantou a muitos. Ao arqueólogo Fernando Meyer que, no outono daquele ano, visitou a Heine, gravemente enfermo e paralítico devido à sífilis, o filósofo declarou:
“Pode acreditar, meu amigo, pois é Heinrich Heine quem lho confia em seu leito de morte, após longos anos de madura reflexão: Depois de considerar atentamente tudo quanto sobre a matéria se tem falado e escrito em todas as nações, cheguei à certeza de que existe um Deus, que é o juiz das nossas ações, de que a nossa alma é imortal [sic] e existe uma vida no além, onde o bem é premiado e o mal castigado... Não tivesse eu essa fé, persuadido da incurabilidade do meu mal, já há tempo teria posto um fim à minha miserável existência... Insensatos há que, depois de terem sido vítimas do erro durante toda a vida, e terem anteriormente manifestado tais ideias errôneas por palavra e por obra, já não têm coragem para confessar que por tanto tempo andaram enganados; eu, porém, confesso abertamente que foi um erro infame o que me manteve manietado por tão largo tempo; agora, sim, vejo claramente, e quem me conhece e me vê pode dizer que não falo por coação ou com o espírito obnubilado, mas numa hora em que as minhas faculdades estão tão robustas e arejadas como em qualquer tempo anterior” (Gespräche mit Heine [nota 153], p. 704-707; citado por Georg Siegmund, em O Ateísmo Moderno, p. 232).
No livro Epílogo ao Romancero, de 1851, Heine também confessa sua transformação religiosa:
“Tenho feito as pazes com o Criador, para o maior escândalo dos meus amigos iluministas, que me lançaram em rosto o meu retorno à velha superstição, como gostavam de chamar a minha volta a Deus. Outros, na sua intolerância, usavam de acrimônia ainda maior. Todo o alto clero do ateísmo pronunciou contra mim o seu anátema, e há frades fanáticos da incredulidade, que gostariam de me estender sobre o cavalete da tortura, para eu confessar as minhas heresias... É verdade, tenho retornado a Deus, a exemplo do filho pródigo, depois de eu ter permanecido, por largo tempo, entre os hegelianos a cuidar de porcos. Teria sido a miséria que me tocou de volta? Talvez fosse um motivo menos miserável. Assaltou-me a nostalgia do céu e me impeliu para frente através de selvas e barrancos, pelas sendas mais vertiginosas e abruptas da dialética. Pelo caminho topei com o deus dos panteístas, porém este para nada me serviu. Este ser mísero e sonhador está cozido e soldado ao mundo e como que encarcerado nele, a olhar-te bocejando, sem vontade e poder. Para ter uma vontade, é preciso ser pessoa... Pois bem, quando se procura um Deus que possa ajudar – e isto, afinal, é a coisa principal – cumpre admitir também sua personalidade, sua distinção do mundo e seus sagrados atributos, a infinita bondade, a onisciência, a justiça onímoda, etc.... Falei do deus dos panteístas, mas não posso deixar de advertir que ele, em última análise, não é nenhum deus, assim como os panteístas na realidade não passam de ateus envergonhados, que temem menos o objeto do que sua sombra projetada sobre a parede, isto é, o nome do objeto” (Ibidem, p. 868; citado em O Ateísmo Moderno, p. 232).
E-mails que nos alegram (16)
"Olá, Michelson, gostaria de, primeiro, dizer que sou um profundo apreciador do seu trabalho. Sem dúvida, você é um homem de Deus. Acompanho todos os dias seu blog e, através dele, tenho aprendido muito. Seus textos têm me influenciado muito positivamente durante minha jornada cristã. Desejo sinceramente que Deus continue a te usar e que seu trabalho alcance muitos outros que precisam saber da Verdade.
"Durante o último fim de semana eu tive o prazer de ler o e-Book Deus Nos Uniu, que você e sua esposa escreveram. Adorei! Neste tempo de literaturas tão vazias ou subversivas é muito agradável ler um romance como o que vocês escreveram. Tenho acompanhado a nova onda de vampirismo com a publicação da série Crepúsculo e já li o primeiro livro. Realmente não entendo o que chama tanto a atenção dos adolescentes num romance tão fraco e bobo. Não digo nada do ocultismo do livro de Stephenie Meyer, porque isso é obviamente detestável, mas me refiro à qualidade da obra. É bem fraquinho mesmo. Entretando, seu e-Book é muito divertido. Além de todas as lições critãs, o seu romance com a Débora é 'apaixonante'. Os momentos em que vocês contavam o mesmo acontecimento sob a perspectiva de cada um foram os melhores. Incrível como eu torci por vocês mesmo sabendo o fim da história. Contudo, o mais precioso da obra foi tudo o que ela me ensinou. A vida de vocês depois da conversão é um modelo a ser seguido. E o namoro é sem comentários. O cristianismo aplicado e ativo na vida de uma pessoa transforma outras pessoas. Passei a te admirar e respeitar ainda mais depois da leitura.
"A única coisa que senti falta no e-book foi um final. Não sei se o capítulo 19 realmente foi o escolhido pra encerrar a narrativa, mas fiquei compulsivamente curioso pra saber qual o é 'plano B' que você contaria para a Débora. Além disso, faltavam dois meses para vocês se casarem e acredito que o casamento e o nascimento de suas filhas são momentos que merecem estar no e-book. Bem, isso é o que eu gostaria muito ler. Michelson, você planeja escrever mais algum capítulo ou vai encerrar ali mesmo a história?
"Que você continue usando seus talentos de forma tão primorosa para Deus e que esse mesmo Deus Criador e Salvador abençoe ricamente a ti e a tua familia."
(Alysson Huf de Oliveira)
Nota: Prezado Alysson, obrigado pelas palavras de apreço ao nosso trabalho. Como você mesmo percebeu, o livro não chegou ao fim. Ainda estamos escrevendo e, sem dúvida, ainda há lances importantes para serem abordados. Em breve publicaremos novos capítulos.[MB]
Um jovem rico moderno
Meu primeiro contato com a mensagem adventista se deu por volta dos meus 15 anos de idade. Nesse período, eu cursava o ensino médio no Centro Interescolar de Segundo Grau Abílio Paulo (CIS), em Criciúma, SC. A professora de religião de então havia convidado um jovem chamado Michelson Borges para nos ministrar algumas aulas sobre a revelação do Apocalipse. Ao longo das aulas acabei descobrindo que o Michelson morava próximo à minha casa. Sempre, no fim das aulas, pegávamos o ônibus de retorno juntos e ficávamos até altas horas da noite conversando sobre religião e a mensagem da salvação.
Confesso que a inteligência daquele jovem me impressionava. Todos os questionamentos que eu lhe fazia sobre religião, muitos até em tom provocativo, ele me respondia com paciência e muita convicção. O tempo nos tornou verdadeiros amigos – desses de um frequentar a casa do outro e tudo mais.
O tempo, a amizade, os estudos da Bíblia e de outros livros levaram-me a aceitar Jesus. Fui batizado nas águas. Tornei-me um adventista do sétimo dia. Foram realmente dias felizes em minha vida!
Passado algum tempo, o Michelson precisou se ausentar de Criciúma, já que ele cursava Jornalismo na Universidade Federal, em Florianópolis, capital do nosso Estado. Sua ausência, aos poucos, tornou-se definitiva, e o Michelson passou a frequentar uma igreja em Florianópolis e a morar nessa mesma cidade. Como eu tinha poucos amigos na igreja, e como o Michelson agora pouco vinha a Criciúma, comecei a sair com meus antigos “amigos”. E aí deu no que deu. Acabei me afastando da fé.
Já fora da igreja, me profissionalizei em contabilidade, também me formei em Direito e me pós-graduei em Processo Civil. Posteriormente, em 2005, abri juntamente com um sócio uma empresa na área de assessoria tributária. Obtive muito sucesso profissional. Atualmente, me dedico à profissão de contabilista, sou advogado e empresário. Tenho 32 anos, sou casado e tenho um filho.
Mas o que mais chama atenção em minha história é o plano que Deus tinha para mim. Sou obrigado a confessar que sempre fui uma pessoa muito ambiciosa. Sempre pensei em estudar para ganhar muito dinheiro. E, nesse aspecto, Deus foi muito generoso comigo. Coisas que jamais imaginei alcançar, mesmo em sonho, Deus me permitiu conseguir. Comprei carro importado dos mais modernos, terrenos em áreas nobres da cidade, cobertura duplex com piscina em bairro chique, frequentava festas sociais, Lions Club, e várias outras coisas com as quais muita gente sonharia.
Todavia, mesmo tendo conseguido tudo isso, eu não era feliz. Vivia triste, desolado. Alguma coisa me faltava. Tinha tudo, e ao mesmo tempo não tinha nada. Algumas vezes, inclusive, pensei até em fazer coisas piores que não convém aqui nem mencionar...
Sucesso profissional, bens materiais, juventude (apenas 32 anos de idade), uma linda esposa, um lindo filho, mas na verdade uma pessoa muito infeliz. Esse era o retrato de minha vida.
Um dia, em uma reunião com um cliente na empresa (o nome dele é Celézio Morona), ele me questionou acerca de minha fé. E eu, muito tristemente, lhe respondi que não tinha nenhuma. Que era infeliz. Incomodado, ele me perguntou: “Mas como, e tudo isso que tu tens?” Respondi-lhe que tudo não passava de ilusão!
Disse-lhe, então, que na minha juventude havia frequentado uma igreja, e que, naquela época, embora não tivesse nada de bens materiais, eu havia sido muito feliz! Qual não foi minha surpresa quando, com alegria, meu cliente me disse que ele era adventista; que havia recentemente abraçado a fé e sido convertido. Ficamos, então, conversando por um longo tempo sobre esse assunto.
Posteriormente, cada vez que esse meu cliente vinha à empresa, nós conversamos sobre religião. Um dia, meu cliente me perguntou se eu não gostaria de voltar a estudar as Escrituras. Se eu aceitaria fazer um estudo bíblico ministrado por um pastor chamado Arildo Oliveira, segundo ele homem muito consagrado. Prontamente aceitei.
Logo ao fim do meu primeiro estudo bíblico (numa sexta-feira à tarde), o pastor Arildo me convidou para ir à igreja no outro dia, sábado. Quem iria pregar era um pastor de Curitiba, muito conhecido. A pregação iria ser na mesma igreja que eu havia frequentado quando jovem. Disse-lhe, então, que iria pensar.
No sábado pela manhã, acordei cedo, tomei coragem e fui ao culto. Chegando à igreja, meu coração disparou. Lembrei-me de todos os momentos felizes que havia passado ali naquele local. Mas a surpresa maior ainda estava por vir. Iniciado o culto, o tema do sermão foi sobre o jovem rico. Foi uma das pregações mais lindas que já ouvi em toda a minha vida. Deus estava falando comigo ali, naquele momento, disso eu tenha certeza! Chorei copiosamente o culto inteiro. Não tive vergonha!
Confesso, aquele sermão me abalou demais. Fiquei estupefato. Tive certeza de que Deus estava me chamando. Chegando em casa, entrei no quarto do meu filho, fechei a porta em secreto, e orei a Deus com todo o meu coração, como nunca antes!
Em profunda oração, questionei: “Meu Deus, se aquela mensagem sobre o jovem rico foi pra mim, se o Senhor falou comigo, se o Senhor está me chamando, por favor, me dê um sinal aqui e agora, estou com Tua Palavra sob minhas mãos; vou abrir a Bíblia e se Tu tens alguma coisa para me dizer, me diga.”
Por incrível que pareça, em lágrimas, ao abrir as Escrituras, deparei-me novamente com a história do jovem rico! Não tive dúvidas. Deus realmente estava me chamando! Tudo aquilo não podia ser coincidência!
Na semana seguinte, disse ao pastor Arildo que queria me batizar o mais rápido possível. Contei-lhe tudo que tinha acontecido e da certeza que tive de que Deus havia me falado! Batizei-me nas águas novamente no dia 21 de novembro. Encontrei novamente minha felicidade!
No dia do meu batismo, dei este mesmo testemunho ainda dentro do tanque batismal, e treze pessoas resolveram naquele momento aceitar a Jesus. Louvo a Deus por isso, e peço a oração de todos os irmãos para que nosso grande Deus continue a nos abençoar. Amém!
Sou profundamente grato primeiramente a Deus, que nunca desistiu de mim, e aos irmãos Michelson, Maria Nascimento e Enedina Borges, que oraram por mim esses anos todos.
(Willian Peres Bittencourte)
Leia também: "Um filho que volta para casa"
Um filho que volta para casa
Quase vinte anos atrás, fui convidado para dar estudos bíblicos às sextas-feiras à noite no colégio em que eu mesmo havia feito o curso técnico de química, no ensino médio, em Criciúma, SC. Na época, fazia faculdade em Florianópolis, a quase 200 km de distância, mas viajava todos os fins de semana para ensinar a Bíblia para centenas de alunos – não podia perder essa tremenda oportunidade de partilhar minha fé recentemente abraçada. Com o tempo, me tornei amigo de um jovem de longos cabelos escuros e escorridos. O nome dele é Willian e ele tomava o mesmo ônibus que eu, já que precisava passar perto da casa dos meus pais para ir para a casa dele. Isso permitia que continuássemos a conversa iniciada na sala de aula. Frequentemente, o Willian ficava em minha casa várias horas noite adentro. Nessas ocasiões, estudávamos a Bíblia juntos e orávamos. (A foto acima foi tirada em Joinville, em 1994.)
Willian cortou o cabelo, tornou-se estudioso da Bíblia, leitor voraz de livros religiosos, tomou a decisão pelo batismo e passou a me acompanhar em atividades missionárias (procurei fazer com ele o que o Vanderlei fez comigo). Infelizmente, como eu precisava ficar cada vez mais tempo em Florianópolis, não pude me dedicar tanto ao meu amigo recém-converso. Por esse e outros motivos, aos poucos ele começou a se afastar da igreja. Lembro-me de uma ocasião especialmente triste, quando o Willian foi até a casa dos meus pais para me dizer que não era feliz. E comparou: “Sinto-me como uma formiga fora do formigueiro.” Ele queria viver como os outros adventistas, mas dizia que não conseguia. E como conhecia a vontade de Deus e o destino deste mundo (os bastidores do grande conflito), também não conseguia mais ser feliz como achava que era antes de conhecer a Jesus e a verdade revelada por Ele.
Naquela noite nos abraçamos e choramos. Eu disse ao Willian que havia dado a ele a “coisa” mais preciosa que eu tinha: Jesus Cristo. Disse também que eu não queria que ele se sentisse daquele jeito. Que eu era feliz e que ele também poderia ser, se fizesse de Jesus seu melhor amigo. Mas o Willian acabou mesmo deixando a igreja e se afastando de Deus.
Os anos se passaram. Formei-me, casei-me e mudei para Tatuí, SP. O Willian também casou e se tornou advogado. Praticamente perdi o contato com ele, excetuando um ou outro encontro casual, quando minha esposa, filhas e eu estávamos de férias em Criciúma. Mas nesse tempo todo nunca deixei de orar por ele e convidá-lo a voltar, sempre que podia. Eu sabia que a semente plantada no coração do meu amigo era (e é) forte, e que o solo era (e é) dos melhores.
Hoje recebi este e-mail do Willian e tive que segurar as lágrimas:
“Olá, Michelson, como vai o amigo?
“Sou eu, o Willian. Gostaria de te agradecer por você me enviar esses e-mails, realmente são muito interessantes. Nesse fim de semana estive na Igreja Adventista Central, aqui em Criciúma. Foi muito bom. Quem pregou foi um pastor de Florianópolis.* Um grande sermão. Me senti novamente tocado por Deus. À tarde estive no festival de corais adventistas, realizado no Teatro Elias Angeloni, ali na Prefeitura, lembra? Minha esposa foi comigo.
“Na verdade, como você mesmo sabe, por um longo tempo estive afastado da Igreja e de Deus. Mas, agora, voltei a fazer um estudo bíblico por meio de um convite que recebi de um cliente meu aqui do escritório. Como eu já conhecia a mensagem adventista, aceitei prontamente. Quem está me dando o estudo é o pastor Arildo, um grande sujeito, um cara muito inspirado. Nos últimos dias, Ellen White já dizia que o Espírito Santo desceria sobre o mundo e através da chuva serôdia traria muitas pessoas novamente a Jesus. Talvez Deus esteja me dando mais uma chance, e espero desta vez não perdê-la.
“Acredito que minha esposa também seja uma pessoa sincera, e que Deus com o tempo vai tocar em seu coração. Com muita oração e com meu próprio testemunho, espero que um dia ela também aceite Jesus. As dificuldades serão muitas, mas pra Deus nada é impossível.
“Um grande abraço de seu amigo Willian.”
Deus seja louvado por nos dar essas surpresas aqui na Terra! Fico imaginando quantas outras teremos no Céu!
No fim de dezembro, vou a Criciúma. Quero dar outro abraço no Willian. Mas, dessa vez, as lágrimas não serão de tristeza...
Michelson Borges
(*) O pastor que pregou lá em Criciúma foi o Charles Rampanelli, meu colega de mestrado e servo de Deus.
Torrente de esperança
[Tive o privilégio de escrever a matéria de capa da Revista Adventista deste mês. O texto começa assim:] Deitado nas areias úmidas da praia do Rincão, no litoral sul-catarinense, contemplo o céu estrelado e sem nuvens. Muitas dúvidas povoam minha mente de adolescente: De onde veio tudo isso? Seria o Universo fruto de uma explosão? Diante de toda essa vastidão, o que somos? Qual o nosso valor e que sentido há naquilo que fazemos, se somos meras partículas neste oceano cósmico? As respostas tiveram que esperar mais alguns anos, mas vieram.
Em 1989, conheci um jovem adventista enquanto estudávamos no curso técnico de química, no ensino médio. Deus o usou para abrir diante de mim uma verdadeira torrente de revelações maravilhosas; uma janela para a verdade que eu tanto ansiava, mas não sabia onde encontrar. Uma a uma, minhas dúvidas foram se dissipando. Meus conceitos foram abalados e meus preconceitos, desfeitos.
As palavras de Apocalipse 14:6 e 7 pareciam saltar das páginas da Bíblia: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.”
Esse evangelho eterno, pela bondade de Deus, estava me alcançando. E a mensagem garantia que existe um Deus para ser amado e respeitado. Que há um juízo e que, portanto, devemos dar conta de nossa vida ao Criador. E mais: como no ato de “copiar” e “colar”, João, o escritor do Apocalipse, transportou o fraseado de Êxodo 20:8-11 para seu livro profético. Portanto, Yahweh é o Criador do céu, das estrelas, das galáxias, da Terra e de tudo o que nela há. E o sábado é um eterno lembrete desse fato.
Descobri que, apesar da desfiguração ocasionada pelo pecado, somos imagem e semelhança do Criador. Pode parecer uma constatação simples para aqueles que estão familiarizados com ela, mas, para mim, ex-darwinista, era bom demais saber disso. Eu não era um acidente biológico! Minha vida tem propósito – origem e futuro certos. Mas Deus tinha ainda muito mais para me mostrar... [Leia o restante na edição impressa – MB]
Para ilustrar a matéria, preparei o gráfico abaixo (clique para ampliar).
O toque de Deus
A primeira vez que li o conto “Amor”, de Clarice Lispector, pensei: o que esse título tem a ver com a história? Esperava uma narrativa romântica, dessas mamão com açúcar. Mas era sobre uma dona de casa que, de dentro do bonde, vira um cego mascando chicletes. A visão daquele homem foi epifânica para a personagem, seu mundo se desconstruiu a partir de então. Demorou, mas compreendi o nome do texto. Não com o intelecto, mas com o coração. Faz algum tempo, estava em um ônibus a caminho da faculdade, assim como a personagem em um bonde. Era um dia de frio, desses em que o vento nos abraça e nos congela. Olhei pela janela e lá estava ela: uma prostituta. Era uma mulher comum, de uma beleza cansada e envelhecida pelo sofrimento, com ar de quem carece de tudo. Completamente sem vontade, seu corpo se insinuava, mecânica e artificialmente, para todos os carros que passavam. Poucos olhavam verdadeiramente para a mulher e ela, para ninguém olhava verdadeiramente. Estava frio. Ela usava uma sandália, seus pés deviam de estar gelados. Usava uma calça amarela. Seu olhar era abatido, perdido no nada, ou talvez perdido em tudo que ela tinha: ela mesma.
Senti amor. Tive vontade de descer do ônibus e abraçá-la. Tive vontade de levá-la para casa e lhe dar uma de minhas meias de lã. Tive vontade de lhe oferecer minha cama e um prato de sopa bem quentinho. Eram dez horas da manhã e pensei que talvez ela estivesse na rua desde a noite anterior. Talvez estivesse com fome, com frio, sem dinheiro no bolso para tomar um café. Talvez tivesse sido agredida por algum homem. Não, homem não. Um ser capaz de agredir uma mulher como ela, tão doce e indefesa, não pode ser chamado de Homem.
Então compreendi o nome do conto: Amor! É isso, só pode ser amor... não me esforcei para amá-la, simplesmente aconteceu. Mas eu não fiz nada com esse amor. Não desci do ônibus. Não lhe dei pão. E esse foi meu grande erro. Senti a presença de Deus me invadir de súbito, senti doçura no meu próprio olhar. Mas onde estava Deus para aquela mulher? Acho que não estava. Ele não estava lá porque muitos de nós, que batemos no peito dizendo “sou cristão”, não estávamos lá para abraçá-la. Porque não é só com palavras que mostramos Deus, mas com atitudes. Atitudes que muitas vezes somos covardes para tomá-las. Pensei nas inúmeras vezes em que “damas honestas” viram o rosto para essas moças de vida nada fácil. Muitas se acham melhores do que elas, mais filhas de Deus. Mas Ele não faz acepção de pessoas, e essas prostitutas tem mais chance de perdão do que essas “damas”. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado (Mateus 23:12), e não nos esqueçamos de que muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros (Mateus 19:30). Pensei nos homens que olham essas moças na rua como se elas fossem um grande mictório disponível para aliviar suas necessidades. Meu coração se angustiou. Já havia sentido tristeza e indignação ao ver mendigos e crianças nas ruas, mas o que senti naquele dia foi incomparável. Eu senti amor por um próximo que eu nem conhecia, um próximo que parecia tão distante.
Assim como no conto de Clarice Lispector, olhar uma pessoa me abalou. Mas Freud explica, ele sempre explica. É a alteridade, o outro sou eu, eu sou o outro. Nos construímos como sujeitos a partir de outro ser e nos espelhamos nele. Ou então é o “estranho familiar”, diria ele, aquilo que deveria ficar escondido nas profundezas do indivíduo, recalcado, distanciado, alheio, mas vem à tona, em algum momento, como algo familiar com o qual nos identificamos. Pode ser isso. Pode ser que eu tenha me angustiado porque sou mulher e vi a mim mesma no rosto daquela prostituta.
Porém, gostaria que me explicassem uma coisa: Quem colocou em nós esse sentimento de amor pelo outro? Quem pode me mandar o DNA do medo, do amor, da felicidade? Não, não quero pesquisas que me mostrem o córtex cerebral, nomes de hormônios e substâncias responsáveis por esses sentimentos. Não quero a reação, eu quero a causa. Se ninguém puder me enviar, eu tenho um palpite: é o toque de Deus.
(Elisabete Ferraz Sanches, professora graduada em Letras pela USP, pós-graduada em Português: Língua e Literatura pela UniSant’Anna e mestranda em Literatura Brasileira pela USP)
Última edição por Ronaldo em Dom Mar 28, 2010 10:37 am, editado 1 vez(es)
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Re: Testemunhos
Os caminhos da Providência
Márcia Teixeira de Amorim (à direita, na foto) era uma adolescente difícil, por isso a tia resolveu matriculá-la no Educandário Espírito-Santense Adventista (Edessa), no ano 2000. Mesmo sendo católica, a tia de Márcia acreditava que o internato pudesse “dar um jeito” na menina. E deu. Márcia, aos poucos, foi se tornando uma moça mais tranquila e confiante em Deus. Depois de alguns anos, ela pediu o batismo e a cerimônia marcou para ela o início de uma nova vida. Infelizmente, quando saiu do colégio, a vida dela começou a mudar. Ela se afastou de Deus, cometeu erros e abandonou a igreja.
Quando estava morando em São Paulo e enfrentando dificuldades, Márcia conheceu Ednilson José Leite de Camargo. Ele fazia a entrega dos utensílios de plástico que ela vendia. Ednilson gostou de Márcia e, depois de algum tempo, em 2005, os dois resolveram “se juntar”. Mudaram-se para Boituva, cidade em que ele morava. Ali, Márcia começou a sentir falta da Igreja Adventista e resolveu ligar para a Casa Publicadora Brasileira (CPB), já que a editora da igreja fica em Tatuí, município vizinho de Boituva. A intenção dela era obter informações sobre a igreja na cidade em que agora estava morando.
Em março de 2006, recebi uma ligação telefônica em minha sala, na redação da CPB. Era Márcia e ela me perguntou se eu conhecia algum adventista em Boituva. Minha esposa e eu havíamos sido membros e líderes daquela igreja por mais de dois anos e conhecíamos bem os irmãos da igreja de lá, por isso pensei que alguém tivesse transferido a ligação para mim. Conversei um pouco com Márcia e pedi que ela aguardasse alguns instantes na linha, até que eu localizasse e colocasse em contato com ela o então líder de jovens da igreja adventista de Boituva, o Marcelo da Rocha (à esquerda, na foto), que hoje também trabalha na CPB. Deu certo. Marcelo conversou com Márcia e começou a ministrar estudos bíblicos para ela e o esposo.
Algum tempo depois, os dois se mudaram para Pratânia, pois Ednilson queria ser fiel à lei de Deus e não conseguia em Boituva trabalho que lhe possibilitasse guardar o sábado. Em 2008, os dois casaram legalmente e foram batizados.
Ontem, tive a feliz surpresa de encontrar Ednilson e Márcia (de 27 e 26 anos, respectivamente). Eles visitaram a igreja que Marcelo e eu hoje frequentamos, em Tatuí. Foi emocionante conversar com eles e com o Marcelo e constatar, mais uma vez, como Deus move os eventos e as circunstâncias para salvar Seus filhos.
Márcia me disse que naquele dia, em março de 2006, ela havia ligado para o número da editora, mas que não sabe como a ligação foi parar em meu ramal. Agora, ela e eu sabemos, pois não acreditamos em coincidências.
Como é bom saber dessas histórias que revelam o amor de Deus e de como Ele gosta de usar seres humanos falhos para alcançar pessoas que buscam esperança. Fico imaginando quantas histórias maravilhosas a eternidade nos revelará...
Michelson Borges
"Ele não me abandonou"
No fim da década de 1980, um jovem adventista não mediu esforços para compartilhar o evangelho com um amigo relutante. Por mais de dois anos, o criciumense Vanderlei Ricken orou e trabalhou por seu conterrâneo e colega de escola. Valeu a pena o esforço. Depois de muito estudo da Bíblia, apelos e lágrimas, Michelson Borges aceitou a Jesus e a verdade revelada nas Escrituras. O blog www.amissão.com entrevistou os dois amigos que hoje moram a mais de mil quilômetros um do outro (Vanderlei é bibliotecário do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul, em Taquara, RS; Michelson é editor na Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, SP). Conheça a seguir alguns lances dessa história de amizade, perseverança, amor e fé: [Leia mais]
Oração atendida instantaneamente
Pertencer e atuar em um pequeno grupo era a paixão de João Carlos Pereira, popularmente conhecido como Joca (foto ao lado), hoje ancião na Igreja Adventista de Nova Tatuí, em Tatuí, SP.
No ano de 1999, ele abriu um pequeno grupo ao lado de sua casa, no Bairro Inocoop. O grupo, que era composto de 15 pessoas, funcionou bem por um ano. Mas as lutas da vida e dificuldades diversas fizeram com que as pessoas fossem deixando de frequentá-lo, e, uma a uma, se afastaram. Sozinho, desanimado e pensando em desistir, em uma sexta-feira (dia em que eles se reuniam), Joca foi à reunião do grupo. Estava só. A reunião começaria às 19h30, mas, como já vinha ocorrendo por várias semanas, não chegou ninguém. Desnorteado, quando o relógio marcava 19h50, Joca fez uma oração a Deus: “Senhor Deus! Se for da Tua vontade que este pequeno grupo continue, envia pelo menos uma pessoa até as 20h. Se não vier ninguém, entenderei que devo fechar o grupo.” [Leia mais]
O poder da oração e a importância do casamento
Um neozelandês que prometeu à sua mulher encontrar a aliança de casamento depois de perdê-la no mar cumpriu a promessa, 16 meses depois. O ecologista Aleki Taumoepeau estava trabalhando no porto de Wellington, no ano passado, quando a aliança caiu no fundo da baía, a três metros de profundidade. Ele jogou uma âncora no local, insistindo que encontraria o anel. Seus amigos agora o chamam de “Senhor do Anel”, em referência ao livro de J.R. Tolkien, cujo filme foi rodado na Nova Zelândia.
“A aliança caiu no ar e todo mundo no barco ficou olhando. Parecia uma cena de Senhor dos Anéis em câmera lenta”, disse a mulher, Rachel Taumoepeau, ao jornal Dominion Post. Os dois estavam casados havia apenas três meses quando ele perdeu a aliança.
A primeira busca, três meses após Aleki perder a aliança, fracassou, mas, recentemente, ele voltou ao local, durante o inverno, determinado a encontrá-la. “Eu estava ficando com frio e cansado, então disse a Deus que seria muito bom encontrar a aliança naquela hora”, disse ele, que usou coordenadas de sistema de GPS durante a busca.
Ele então avistou a âncora, com a aliança a apenas alguns centímetros de distância. “Não acreditei que podia ver a aliança tão perfeitamente”, disse ele. “Toda a superfície do anel estava brilhando.”
(Terra)
Testemunhos de uma viagem missionária
No Evangelho de Lucas, capítulo 10, encontramos o registro de quando Cristo, após dar consideráveis instruções, envia um grupo de setenta pessoas a uma viagem missionária: “Ide; eis que Eu vos envio” (Lc 10:3). Confiantes, essas pessoas obedeceram à ordem do Mestre e, assim, tiveram uma experiência maravilhosa, que lhes causou profundo impacto. Ao Lucas relatar o “regresso dos setenta” (Lc 10:17), fica evidente a alegria daquele grupo por realizar proezas em nome de Jesus, vencendo assim Satanás e seus demônios. Semelhantemente, quero lhe contar, de maneira resumida, um pouco das muitas experiências que Deus me proporcionou no período em que estive em Moçambique, África, participando do programa missionário do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (Unasp-EC), em parceria com a instituição norte-americana denominada Share Him, da Associação Adventista da Carolina do Norte.
Desde o processo seletivo já pude sentir a atuação divina, pois apenas 14 de todos os alunos de Teologia inscritos seriam enviados e, segundo o Dr. Berndt Wolter, professor de Teologia e diretor do Instituto de Missões, “os alunos são selecionados por seu desempenho evangelístico, suas notas e seu bom testemunho diante da comissão selecionadora”. Orei e depus o caso nas mãos de Deus. Ao ser, então, o grupo formado, partimos para os preparativos de documentação, treinamentos na área de Missão Global e, no meu caso, arrecadação de donativos. Em todas essas etapas fui ricamente abençoado. E quero aproveitar este espaço para compartilhar os testemunhos de uma viagem missionária.
Graças à bondade e à generosidade de pessoas dispostas a contribuir para o avanço da verdade, 816 Bíblias foram compradas e distribuídas aos que assistiram às palestras, algo nunca antes realizado em Moçambique (veja a foto logo abaixo).
Em 16 noites de evangelismo intensivo (palestras de saúde, pregação e visitação), foram batizadas, para a honra e glória de Deus, 288 pessoas. Alguns desses batismo foram realizados em buracos cavados e enchidos com água tirada do poço da igreja adventista que serve à comunidade (foto abaixo). Entre essas pessoas, destaco brevemente a bravura dos jovens Sétima e Elias, que enfrentaram o desprezo e a opressão de familiares e amigos, mas, mesmo assim, decidiram seguir a Jesus.
Um comovente encontro me fez refletir sobre os planos que Deus tem para nossa vida. Quando minha mãe se tornou adventista, em Carapicuíba, SP, eu era recém-nascido. Um dos pastores que atuou naquela igreja foi o jovem Gilberto Pires, que na época iniciava seu ministério. Depois de quase 30 anos, pudemos nos reencontrar! Isso aconteceu em Johanesburgo, na sede da Divisão Sul-Africana, onde agora ele atua como vice-presidente.
Outro momento emocionante da viagem, que levou às lágrimas alguns de nós, alunos evangelistas brasileiros, foi a entrega das coleções de livros de Ellen White “Conectando com Jesus”, doadas pela Associação Paulista Central aos pastores moçambicanos, que diziam: “Isso é pra nós um sonho realizado, pois o que outrora somente ouvíamos, agora temos em mãos”, referindo-se aos livros.
Por último, quero lhe contar um incidente interessante. Retornando à noite da igreja, após a pregação, nossa van foi parada por policiais moçambicanos. Fui, então, questionado sobre o porquê de meu traje “bonito” àquela hora (por volta das 21h). Expliquei que estava atuando como missionário brasileiro e saí do carro com dois livros Sinais de Esperança e duas Bíblias, presenteando-os. Alguns dias depois, fui informado de que o sargento já havia lido o livro e queria saber o endereço da igreja, pois estava convicto de ter “encontrado a verdade”! Resumindo, acabei fazendo amizade com os policiais, que iniciaram estudos bíblicos.
Existem muitas outras experiências que eu poderia relatar, mas essas já bastam para demonstrar minha satisfação em ter participado desse projeto da Missão Global e contribuir para a salvação de dezenas de pessoas. E, assim como aqueles setenta voltaram maravilhados por terem vivenciado o poder de Jesus em vencer o mal e libertar pessoas, eu também posso, com alegria, dizer, depois de ter visto vidas sendo transformadas para melhor: “Senhor, em Teu nome, até os demônios se nos submetem.”
Mas ainda há muito por fazer. E a ordem do Mestre ainda é válida para você: “Ide; eis que vos envio.” Quer saber como? Quer contribuir também e ver de perto a atuação poderosa de Deus? Escreva-me: moises.biondo@gmail.com
(Moisés Biondo é estudante de Teologia no Unasp)
Sonho realizado
Olá, meu nome é Cid Clay Alves Nery e sou natural de Teresina, Piauí, e gostaria de contar-lhe como Deus realizou meu sonho de estudar em um internato adventista. Sou um daqueles jovens que se empolgam com a ideia de viver em um ambiente cristão, ter contato com a natureza, ou seja: educação integral. Desde juvenil, aprendi que nossas escolas priorizavam esses princípios e fiz disso minha meta. Queria ter essa experiência! O tempo passou... Cresci, contudo, o sonho não desapareceu. Como não tinha condições financeiras para custear os estudos, pedi bolsa. Não consegui na primeira vez. Fui colportar [vender livros religiosos e educacionais], porém, por algum motivo, não consegui fechar uma bolsa. Contudo, não desisti e tentei novamente. Dessa vez, orei mais, dei o meu melhor e fiz questão de pedir a várias pessoas da minha igreja que se unissem a mim nesse propósito.
Pedi que Deus me desse certeza e segurança para os passos que iria dar. Ele foi respondendo de forma incrível! - a ligação de uma amiga de infância que havia sete anos não entrava em contato... Um convite... “vamos fazer o vestibular do Unasp?” “Tente bolsa!” “Com certeza você vai conseguir!”... “Deus tem um grande propósito pra sua vida!”
Era tudo o que eu precisava ouvir! Fiz a inscrição para prestar o vestibular em Engenheiro Coelho, SP. Então começaram a aparecer as primeiras barreiras. Como eu iria chegar ao interior de São Paulo se não tinha dinheiro sequer para um vale transporte? (E em duas semanas eu deveria me apresentar ao local ao local das provas.)
Uma semana se passou e eu havia tentado tudo ao meu alcance, contudo, ainda estava na estaca zero. Foi quando em uma oração de fé supliquei a Deus que se houvesse algum propósito na minha ida ao Unasp, que Ele providenciasse os meios para eu chegar lá. Eu nem imaginava que naquela mesma noite ganharia as passagens aéreas da irmã Joana Darque, uma pessoa muito generosa que me disse: “Irmão Cid, estou fazendo isso, pois Deus está me pedindo que eu te ajude.” Quanta alegria senti ao embarcar no vôo GOL 1659 rumo ao meu futuro. Deus me mostrou que os milagres do passado também se repetem nos dias atuais. Ao chegar ao Unasp, tive a sensação de que embora não conhecesse ninguém era como se todos estivessem já me esperando. Tive a certeza de que não lutava sozinho, pois Deus entrara na "luta" também. Fiz o vestibular e passei! Ganhei a bolsa de 100% e Deus coroou de vitória os passos de fé que dei dirigido por Ele.
Louvo a Deus, pois tudo o que acontece em nossa vida é segundo um propósito, não apenas de nos beneficiar, mas para que sejamos uma bênção na vida de outros.
Entre os trabalhos que desempenhei como bolsista, tive o privilégio de ser tradutor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, onde pude me enriquecer bastante em conhecimento sobre história da Igreja e traduzi para o português edições da revista online Visionário Teen.
Avaliando minha trajetória, aprendi algumas lições práticas que gostaria de compartilhar com você:
1. Tudo na vida acontece em função de um propósito: um planejamento, um alvo, uma meta a alcançar - eis o primeiro passo para nossa realização. Por isso, seja específico. Defina seu plano e trace estratégias para alcançá-lo, pois quem não sabe pra onde vai nunca chega a lugar algum.
2. As coisas nem sempre acontecem no nosso tempo ou da maneira que achamos que deveriam ser, pois Deus, em Sua infinita sabedoria, deseja que (com a espera) acumulemos mais experiência, sejamos perseverantes em nosso objetivo e desfrutemos com mais prudência a oportunidade que Ele quer nos dar. Por isso, amigo(a), se seu sonho ainda não se realizou, talvez ainda não seja o tempo para isso e, embora pareça demorar, Deus nunca esquece!
3. Os problemas, adversidades e limitações não são nossos inimigos, na verdade. Eles são os ingredientes que, azedos, amargos ou sem gosto como sejam, ajudarão a desenvolver nossa fé e fazem parte do plano divino de nos amadurecer espiritualmente. Também é através dessas dificuldades que reconhecemos quão dependentes somos de Deus.
Por isso, querido(a) amigo(a), não desista de seus sonhos! Ao contrário do que você pensa, Deus Se interessa bastante neles e está disposto a realizá-los, se isso realmente lhe fizer feliz.
(Cid Clay Alves Nery faz o 3° ano do curso de Tradutor Intérprete no Unasp)
Três gerações abençoadas
Hoje tive o prazer de pregar a Palavra e apresentar palestra na Igreja Adventista de Itapira, SP. Depois do culto, minha família e eu participamos com os irmãos do tradicional “junta-panelas” ou almoço em comunidade. Por alguns minutos, mantive agradável conversa com o senhor Kaoro Fujihira, que vai completar 87 anos em setembro. Kaoro veio do Japão para o Brasil quando tinha seis anos de idade, em 1928. A família dele se estabeleceu em Sete Barras, no Vale do Ribeira, e, em 1960, mudou-se para Itapira. Em 1965, Kaoro recebeu um folheto que tratava da profecia de Daniel 8:14, e o texto lhe chamou a atenção. Ele procurou os adventistas na cidade e eles o puseram em contato com o pastor Tosaku Kanada, de São Paulo. O pastor Kanada passou a visitar os Fujihira com frequência e a ministrar estudos bíblicos para a família. Da Capital até Itapira, eram cerca de 190 km de ônibus e até a chácara em que a família morava eram mais cinco quilômetros a pé, que o pastor Kanada percorria animado. Depois de alguns meses de estudos bíblicos, Kaoro foi batizado. Em seguida, foi a vez do filho Gentil Massanaho (hoje ancião da igreja de Itapira). A esposa de Kaoro, Yasuko (atualmente com 82 anos), levou algum tempo mais para abandonar o Budismo, mas finalmente aceitou a Jesus como seu Salvador.
Com voz firme e olhar seguro - sem contar a vitalidade e a mente perfeitamente lúcida -, o senhor Kaoro me disse que é muito feliz por ter encontrado a mensagem adventista e as verdades bíblicas. Ele atribui muito do vigor físico de que desfruta ao vegetarianismo que adotou logo após a conversão.
Em 1994, ele visitou Tóquio, no Japão. Além de conhecer outros parentes, teve a alegria de pregar na igreja adventista central de lá e contar sua história de conversão.
Carla Naomi é neta de Kaoro, tem 18 anos e estudou no Unasp durante os ensinos fundamental e médio. Para ela, é “um privilégio ter nascido adventista”. O irmão de Carla se chama Ricardo Tamotsu Ogawa e nasceu em 8 de fevereiro de 1989.
Quando me despedia dos irmãos de Itapira, após a palestra da tarde, o irmão Kaoro veio até mim, segurou firmemente minha mão, olhou-me nos olhos e, com um sorriso, disse: “Vamos continuar sendo crentes de verdade, na Verdade.” Devolvi o sorriso e disse Amém!
Na foto acima, da esquerda para a direita, estão os casais Yasuko e Kaoro, Terezinha e Gentil, e a jovem Carla Naomi – três gerações abençoadas com a mensagem de esperança.
Michelson Borges
Adventistas - sangue bom
Aqui em Teixeira de Freitas, BA, temos o costume de um tempo pra cá de sempre em algum evento da igreja fazermos coletas de bolsas de sangue, para o projeto Vida por Vidas. Neste ano, tivemos a Campal Jovem, realizada nos dias 9 a 12 de maio. Nesse evento coletamos 22 bolsas de sangue. Em outro evento que tivemos no mês passado, no dia 27, coletamos 69 bolsas. Quando são coletadas bolsas de sangue, o hemocentro faz os devidos exames para ver se se trata de sangue de boa qualidade. E as estatísticas dão conta de que somente 45% das bolsas são aceitas por se tratar de sangue de boa qualidade.
Segundo um enfermeiro do hemocentro, as bolsas que foram coletadas nesses dois eventos em que os adventistas doaram sangue foram 100% aceitas! E, de acordo com o resultado dos exames, trata-se de sangue de ótima qualidade.
Isso é algo para engrandecer ao nosso Deus, pelo fato de Ele nos ter deixado orientações de sáude lógicas e que são evidenciadas pelos fatos. É uma questão de causa e efeito: nos abstemos de carnes impróprias para consumo, frutos do mar, café, bebidas alcoólicas, e nos pautamos por um estilo de vida física e mentalmente saudável; resultado, entre outros: sangue bom.
Assim, nós, os adventistas aqui de Teixeira de Freitas, podemos dar nosso testemunho, mostrando as vantagens do estilo de vida bíblico, ao mesmo tempo em que ajudamos nossa comunidade salvando vidas e doando um pouco de nós mesmos.
(Élica Carvalho, Teixeira de Freitas, BA)
No compasso certo
Bartolomeu Rodrigues Lima, 44 anos, é natural de Maragogipe, BA, e estuda Música no Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho. No intervalo de seu trabalho como segurança do colégio, concedeu esta entrevista a Michelson Borges e falou sobre o milagre que Deus operou em sua vida.
Como teve início sua carreira musical?
Aos 18 anos, comecei a tocar nas igrejas católicas de minha cidade, em um grupo de jovens. Eu não era católico praticante; ia à igreja mais pela música. Depois, fui chamado para tocar contrabaixo no Trio da Prefeitura de Maragogipe. Após algum tempo nesse trio, recebi convite para tocar na cidade de Feira de Santana, como guitarrista de uma banda que se apresentava em bailes. Permaneci nessa banda por aproximadamente três anos. Lá, a gente tocava de tudo: de Michael Jackson a samba! [Leia mais]
Márcia Teixeira de Amorim (à direita, na foto) era uma adolescente difícil, por isso a tia resolveu matriculá-la no Educandário Espírito-Santense Adventista (Edessa), no ano 2000. Mesmo sendo católica, a tia de Márcia acreditava que o internato pudesse “dar um jeito” na menina. E deu. Márcia, aos poucos, foi se tornando uma moça mais tranquila e confiante em Deus. Depois de alguns anos, ela pediu o batismo e a cerimônia marcou para ela o início de uma nova vida. Infelizmente, quando saiu do colégio, a vida dela começou a mudar. Ela se afastou de Deus, cometeu erros e abandonou a igreja.
Quando estava morando em São Paulo e enfrentando dificuldades, Márcia conheceu Ednilson José Leite de Camargo. Ele fazia a entrega dos utensílios de plástico que ela vendia. Ednilson gostou de Márcia e, depois de algum tempo, em 2005, os dois resolveram “se juntar”. Mudaram-se para Boituva, cidade em que ele morava. Ali, Márcia começou a sentir falta da Igreja Adventista e resolveu ligar para a Casa Publicadora Brasileira (CPB), já que a editora da igreja fica em Tatuí, município vizinho de Boituva. A intenção dela era obter informações sobre a igreja na cidade em que agora estava morando.
Em março de 2006, recebi uma ligação telefônica em minha sala, na redação da CPB. Era Márcia e ela me perguntou se eu conhecia algum adventista em Boituva. Minha esposa e eu havíamos sido membros e líderes daquela igreja por mais de dois anos e conhecíamos bem os irmãos da igreja de lá, por isso pensei que alguém tivesse transferido a ligação para mim. Conversei um pouco com Márcia e pedi que ela aguardasse alguns instantes na linha, até que eu localizasse e colocasse em contato com ela o então líder de jovens da igreja adventista de Boituva, o Marcelo da Rocha (à esquerda, na foto), que hoje também trabalha na CPB. Deu certo. Marcelo conversou com Márcia e começou a ministrar estudos bíblicos para ela e o esposo.
Algum tempo depois, os dois se mudaram para Pratânia, pois Ednilson queria ser fiel à lei de Deus e não conseguia em Boituva trabalho que lhe possibilitasse guardar o sábado. Em 2008, os dois casaram legalmente e foram batizados.
Ontem, tive a feliz surpresa de encontrar Ednilson e Márcia (de 27 e 26 anos, respectivamente). Eles visitaram a igreja que Marcelo e eu hoje frequentamos, em Tatuí. Foi emocionante conversar com eles e com o Marcelo e constatar, mais uma vez, como Deus move os eventos e as circunstâncias para salvar Seus filhos.
Márcia me disse que naquele dia, em março de 2006, ela havia ligado para o número da editora, mas que não sabe como a ligação foi parar em meu ramal. Agora, ela e eu sabemos, pois não acreditamos em coincidências.
Como é bom saber dessas histórias que revelam o amor de Deus e de como Ele gosta de usar seres humanos falhos para alcançar pessoas que buscam esperança. Fico imaginando quantas histórias maravilhosas a eternidade nos revelará...
Michelson Borges
"Ele não me abandonou"
No fim da década de 1980, um jovem adventista não mediu esforços para compartilhar o evangelho com um amigo relutante. Por mais de dois anos, o criciumense Vanderlei Ricken orou e trabalhou por seu conterrâneo e colega de escola. Valeu a pena o esforço. Depois de muito estudo da Bíblia, apelos e lágrimas, Michelson Borges aceitou a Jesus e a verdade revelada nas Escrituras. O blog www.amissão.com entrevistou os dois amigos que hoje moram a mais de mil quilômetros um do outro (Vanderlei é bibliotecário do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul, em Taquara, RS; Michelson é editor na Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, SP). Conheça a seguir alguns lances dessa história de amizade, perseverança, amor e fé: [Leia mais]
Oração atendida instantaneamente
Pertencer e atuar em um pequeno grupo era a paixão de João Carlos Pereira, popularmente conhecido como Joca (foto ao lado), hoje ancião na Igreja Adventista de Nova Tatuí, em Tatuí, SP.
No ano de 1999, ele abriu um pequeno grupo ao lado de sua casa, no Bairro Inocoop. O grupo, que era composto de 15 pessoas, funcionou bem por um ano. Mas as lutas da vida e dificuldades diversas fizeram com que as pessoas fossem deixando de frequentá-lo, e, uma a uma, se afastaram. Sozinho, desanimado e pensando em desistir, em uma sexta-feira (dia em que eles se reuniam), Joca foi à reunião do grupo. Estava só. A reunião começaria às 19h30, mas, como já vinha ocorrendo por várias semanas, não chegou ninguém. Desnorteado, quando o relógio marcava 19h50, Joca fez uma oração a Deus: “Senhor Deus! Se for da Tua vontade que este pequeno grupo continue, envia pelo menos uma pessoa até as 20h. Se não vier ninguém, entenderei que devo fechar o grupo.” [Leia mais]
O poder da oração e a importância do casamento
Um neozelandês que prometeu à sua mulher encontrar a aliança de casamento depois de perdê-la no mar cumpriu a promessa, 16 meses depois. O ecologista Aleki Taumoepeau estava trabalhando no porto de Wellington, no ano passado, quando a aliança caiu no fundo da baía, a três metros de profundidade. Ele jogou uma âncora no local, insistindo que encontraria o anel. Seus amigos agora o chamam de “Senhor do Anel”, em referência ao livro de J.R. Tolkien, cujo filme foi rodado na Nova Zelândia.
“A aliança caiu no ar e todo mundo no barco ficou olhando. Parecia uma cena de Senhor dos Anéis em câmera lenta”, disse a mulher, Rachel Taumoepeau, ao jornal Dominion Post. Os dois estavam casados havia apenas três meses quando ele perdeu a aliança.
A primeira busca, três meses após Aleki perder a aliança, fracassou, mas, recentemente, ele voltou ao local, durante o inverno, determinado a encontrá-la. “Eu estava ficando com frio e cansado, então disse a Deus que seria muito bom encontrar a aliança naquela hora”, disse ele, que usou coordenadas de sistema de GPS durante a busca.
Ele então avistou a âncora, com a aliança a apenas alguns centímetros de distância. “Não acreditei que podia ver a aliança tão perfeitamente”, disse ele. “Toda a superfície do anel estava brilhando.”
(Terra)
Testemunhos de uma viagem missionária
No Evangelho de Lucas, capítulo 10, encontramos o registro de quando Cristo, após dar consideráveis instruções, envia um grupo de setenta pessoas a uma viagem missionária: “Ide; eis que Eu vos envio” (Lc 10:3). Confiantes, essas pessoas obedeceram à ordem do Mestre e, assim, tiveram uma experiência maravilhosa, que lhes causou profundo impacto. Ao Lucas relatar o “regresso dos setenta” (Lc 10:17), fica evidente a alegria daquele grupo por realizar proezas em nome de Jesus, vencendo assim Satanás e seus demônios. Semelhantemente, quero lhe contar, de maneira resumida, um pouco das muitas experiências que Deus me proporcionou no período em que estive em Moçambique, África, participando do programa missionário do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (Unasp-EC), em parceria com a instituição norte-americana denominada Share Him, da Associação Adventista da Carolina do Norte.
Desde o processo seletivo já pude sentir a atuação divina, pois apenas 14 de todos os alunos de Teologia inscritos seriam enviados e, segundo o Dr. Berndt Wolter, professor de Teologia e diretor do Instituto de Missões, “os alunos são selecionados por seu desempenho evangelístico, suas notas e seu bom testemunho diante da comissão selecionadora”. Orei e depus o caso nas mãos de Deus. Ao ser, então, o grupo formado, partimos para os preparativos de documentação, treinamentos na área de Missão Global e, no meu caso, arrecadação de donativos. Em todas essas etapas fui ricamente abençoado. E quero aproveitar este espaço para compartilhar os testemunhos de uma viagem missionária.
Graças à bondade e à generosidade de pessoas dispostas a contribuir para o avanço da verdade, 816 Bíblias foram compradas e distribuídas aos que assistiram às palestras, algo nunca antes realizado em Moçambique (veja a foto logo abaixo).
Em 16 noites de evangelismo intensivo (palestras de saúde, pregação e visitação), foram batizadas, para a honra e glória de Deus, 288 pessoas. Alguns desses batismo foram realizados em buracos cavados e enchidos com água tirada do poço da igreja adventista que serve à comunidade (foto abaixo). Entre essas pessoas, destaco brevemente a bravura dos jovens Sétima e Elias, que enfrentaram o desprezo e a opressão de familiares e amigos, mas, mesmo assim, decidiram seguir a Jesus.
Um comovente encontro me fez refletir sobre os planos que Deus tem para nossa vida. Quando minha mãe se tornou adventista, em Carapicuíba, SP, eu era recém-nascido. Um dos pastores que atuou naquela igreja foi o jovem Gilberto Pires, que na época iniciava seu ministério. Depois de quase 30 anos, pudemos nos reencontrar! Isso aconteceu em Johanesburgo, na sede da Divisão Sul-Africana, onde agora ele atua como vice-presidente.
Outro momento emocionante da viagem, que levou às lágrimas alguns de nós, alunos evangelistas brasileiros, foi a entrega das coleções de livros de Ellen White “Conectando com Jesus”, doadas pela Associação Paulista Central aos pastores moçambicanos, que diziam: “Isso é pra nós um sonho realizado, pois o que outrora somente ouvíamos, agora temos em mãos”, referindo-se aos livros.
Por último, quero lhe contar um incidente interessante. Retornando à noite da igreja, após a pregação, nossa van foi parada por policiais moçambicanos. Fui, então, questionado sobre o porquê de meu traje “bonito” àquela hora (por volta das 21h). Expliquei que estava atuando como missionário brasileiro e saí do carro com dois livros Sinais de Esperança e duas Bíblias, presenteando-os. Alguns dias depois, fui informado de que o sargento já havia lido o livro e queria saber o endereço da igreja, pois estava convicto de ter “encontrado a verdade”! Resumindo, acabei fazendo amizade com os policiais, que iniciaram estudos bíblicos.
Existem muitas outras experiências que eu poderia relatar, mas essas já bastam para demonstrar minha satisfação em ter participado desse projeto da Missão Global e contribuir para a salvação de dezenas de pessoas. E, assim como aqueles setenta voltaram maravilhados por terem vivenciado o poder de Jesus em vencer o mal e libertar pessoas, eu também posso, com alegria, dizer, depois de ter visto vidas sendo transformadas para melhor: “Senhor, em Teu nome, até os demônios se nos submetem.”
Mas ainda há muito por fazer. E a ordem do Mestre ainda é válida para você: “Ide; eis que vos envio.” Quer saber como? Quer contribuir também e ver de perto a atuação poderosa de Deus? Escreva-me: moises.biondo@gmail.com
(Moisés Biondo é estudante de Teologia no Unasp)
Sonho realizado
Olá, meu nome é Cid Clay Alves Nery e sou natural de Teresina, Piauí, e gostaria de contar-lhe como Deus realizou meu sonho de estudar em um internato adventista. Sou um daqueles jovens que se empolgam com a ideia de viver em um ambiente cristão, ter contato com a natureza, ou seja: educação integral. Desde juvenil, aprendi que nossas escolas priorizavam esses princípios e fiz disso minha meta. Queria ter essa experiência! O tempo passou... Cresci, contudo, o sonho não desapareceu. Como não tinha condições financeiras para custear os estudos, pedi bolsa. Não consegui na primeira vez. Fui colportar [vender livros religiosos e educacionais], porém, por algum motivo, não consegui fechar uma bolsa. Contudo, não desisti e tentei novamente. Dessa vez, orei mais, dei o meu melhor e fiz questão de pedir a várias pessoas da minha igreja que se unissem a mim nesse propósito.
Pedi que Deus me desse certeza e segurança para os passos que iria dar. Ele foi respondendo de forma incrível! - a ligação de uma amiga de infância que havia sete anos não entrava em contato... Um convite... “vamos fazer o vestibular do Unasp?” “Tente bolsa!” “Com certeza você vai conseguir!”... “Deus tem um grande propósito pra sua vida!”
Era tudo o que eu precisava ouvir! Fiz a inscrição para prestar o vestibular em Engenheiro Coelho, SP. Então começaram a aparecer as primeiras barreiras. Como eu iria chegar ao interior de São Paulo se não tinha dinheiro sequer para um vale transporte? (E em duas semanas eu deveria me apresentar ao local ao local das provas.)
Uma semana se passou e eu havia tentado tudo ao meu alcance, contudo, ainda estava na estaca zero. Foi quando em uma oração de fé supliquei a Deus que se houvesse algum propósito na minha ida ao Unasp, que Ele providenciasse os meios para eu chegar lá. Eu nem imaginava que naquela mesma noite ganharia as passagens aéreas da irmã Joana Darque, uma pessoa muito generosa que me disse: “Irmão Cid, estou fazendo isso, pois Deus está me pedindo que eu te ajude.” Quanta alegria senti ao embarcar no vôo GOL 1659 rumo ao meu futuro. Deus me mostrou que os milagres do passado também se repetem nos dias atuais. Ao chegar ao Unasp, tive a sensação de que embora não conhecesse ninguém era como se todos estivessem já me esperando. Tive a certeza de que não lutava sozinho, pois Deus entrara na "luta" também. Fiz o vestibular e passei! Ganhei a bolsa de 100% e Deus coroou de vitória os passos de fé que dei dirigido por Ele.
Louvo a Deus, pois tudo o que acontece em nossa vida é segundo um propósito, não apenas de nos beneficiar, mas para que sejamos uma bênção na vida de outros.
Entre os trabalhos que desempenhei como bolsista, tive o privilégio de ser tradutor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, onde pude me enriquecer bastante em conhecimento sobre história da Igreja e traduzi para o português edições da revista online Visionário Teen.
Avaliando minha trajetória, aprendi algumas lições práticas que gostaria de compartilhar com você:
1. Tudo na vida acontece em função de um propósito: um planejamento, um alvo, uma meta a alcançar - eis o primeiro passo para nossa realização. Por isso, seja específico. Defina seu plano e trace estratégias para alcançá-lo, pois quem não sabe pra onde vai nunca chega a lugar algum.
2. As coisas nem sempre acontecem no nosso tempo ou da maneira que achamos que deveriam ser, pois Deus, em Sua infinita sabedoria, deseja que (com a espera) acumulemos mais experiência, sejamos perseverantes em nosso objetivo e desfrutemos com mais prudência a oportunidade que Ele quer nos dar. Por isso, amigo(a), se seu sonho ainda não se realizou, talvez ainda não seja o tempo para isso e, embora pareça demorar, Deus nunca esquece!
3. Os problemas, adversidades e limitações não são nossos inimigos, na verdade. Eles são os ingredientes que, azedos, amargos ou sem gosto como sejam, ajudarão a desenvolver nossa fé e fazem parte do plano divino de nos amadurecer espiritualmente. Também é através dessas dificuldades que reconhecemos quão dependentes somos de Deus.
Por isso, querido(a) amigo(a), não desista de seus sonhos! Ao contrário do que você pensa, Deus Se interessa bastante neles e está disposto a realizá-los, se isso realmente lhe fizer feliz.
(Cid Clay Alves Nery faz o 3° ano do curso de Tradutor Intérprete no Unasp)
Três gerações abençoadas
Hoje tive o prazer de pregar a Palavra e apresentar palestra na Igreja Adventista de Itapira, SP. Depois do culto, minha família e eu participamos com os irmãos do tradicional “junta-panelas” ou almoço em comunidade. Por alguns minutos, mantive agradável conversa com o senhor Kaoro Fujihira, que vai completar 87 anos em setembro. Kaoro veio do Japão para o Brasil quando tinha seis anos de idade, em 1928. A família dele se estabeleceu em Sete Barras, no Vale do Ribeira, e, em 1960, mudou-se para Itapira. Em 1965, Kaoro recebeu um folheto que tratava da profecia de Daniel 8:14, e o texto lhe chamou a atenção. Ele procurou os adventistas na cidade e eles o puseram em contato com o pastor Tosaku Kanada, de São Paulo. O pastor Kanada passou a visitar os Fujihira com frequência e a ministrar estudos bíblicos para a família. Da Capital até Itapira, eram cerca de 190 km de ônibus e até a chácara em que a família morava eram mais cinco quilômetros a pé, que o pastor Kanada percorria animado. Depois de alguns meses de estudos bíblicos, Kaoro foi batizado. Em seguida, foi a vez do filho Gentil Massanaho (hoje ancião da igreja de Itapira). A esposa de Kaoro, Yasuko (atualmente com 82 anos), levou algum tempo mais para abandonar o Budismo, mas finalmente aceitou a Jesus como seu Salvador.
Com voz firme e olhar seguro - sem contar a vitalidade e a mente perfeitamente lúcida -, o senhor Kaoro me disse que é muito feliz por ter encontrado a mensagem adventista e as verdades bíblicas. Ele atribui muito do vigor físico de que desfruta ao vegetarianismo que adotou logo após a conversão.
Em 1994, ele visitou Tóquio, no Japão. Além de conhecer outros parentes, teve a alegria de pregar na igreja adventista central de lá e contar sua história de conversão.
Carla Naomi é neta de Kaoro, tem 18 anos e estudou no Unasp durante os ensinos fundamental e médio. Para ela, é “um privilégio ter nascido adventista”. O irmão de Carla se chama Ricardo Tamotsu Ogawa e nasceu em 8 de fevereiro de 1989.
Quando me despedia dos irmãos de Itapira, após a palestra da tarde, o irmão Kaoro veio até mim, segurou firmemente minha mão, olhou-me nos olhos e, com um sorriso, disse: “Vamos continuar sendo crentes de verdade, na Verdade.” Devolvi o sorriso e disse Amém!
Na foto acima, da esquerda para a direita, estão os casais Yasuko e Kaoro, Terezinha e Gentil, e a jovem Carla Naomi – três gerações abençoadas com a mensagem de esperança.
Michelson Borges
Adventistas - sangue bom
Aqui em Teixeira de Freitas, BA, temos o costume de um tempo pra cá de sempre em algum evento da igreja fazermos coletas de bolsas de sangue, para o projeto Vida por Vidas. Neste ano, tivemos a Campal Jovem, realizada nos dias 9 a 12 de maio. Nesse evento coletamos 22 bolsas de sangue. Em outro evento que tivemos no mês passado, no dia 27, coletamos 69 bolsas. Quando são coletadas bolsas de sangue, o hemocentro faz os devidos exames para ver se se trata de sangue de boa qualidade. E as estatísticas dão conta de que somente 45% das bolsas são aceitas por se tratar de sangue de boa qualidade.
Segundo um enfermeiro do hemocentro, as bolsas que foram coletadas nesses dois eventos em que os adventistas doaram sangue foram 100% aceitas! E, de acordo com o resultado dos exames, trata-se de sangue de ótima qualidade.
Isso é algo para engrandecer ao nosso Deus, pelo fato de Ele nos ter deixado orientações de sáude lógicas e que são evidenciadas pelos fatos. É uma questão de causa e efeito: nos abstemos de carnes impróprias para consumo, frutos do mar, café, bebidas alcoólicas, e nos pautamos por um estilo de vida física e mentalmente saudável; resultado, entre outros: sangue bom.
Assim, nós, os adventistas aqui de Teixeira de Freitas, podemos dar nosso testemunho, mostrando as vantagens do estilo de vida bíblico, ao mesmo tempo em que ajudamos nossa comunidade salvando vidas e doando um pouco de nós mesmos.
(Élica Carvalho, Teixeira de Freitas, BA)
No compasso certo
Bartolomeu Rodrigues Lima, 44 anos, é natural de Maragogipe, BA, e estuda Música no Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho. No intervalo de seu trabalho como segurança do colégio, concedeu esta entrevista a Michelson Borges e falou sobre o milagre que Deus operou em sua vida.
Como teve início sua carreira musical?
Aos 18 anos, comecei a tocar nas igrejas católicas de minha cidade, em um grupo de jovens. Eu não era católico praticante; ia à igreja mais pela música. Depois, fui chamado para tocar contrabaixo no Trio da Prefeitura de Maragogipe. Após algum tempo nesse trio, recebi convite para tocar na cidade de Feira de Santana, como guitarrista de uma banda que se apresentava em bailes. Permaneci nessa banda por aproximadamente três anos. Lá, a gente tocava de tudo: de Michael Jackson a samba! [Leia mais]
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Inscrição : 19/04/2008
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