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Tumba de Talpiot seria o Sepulcro Esquecido de Jesus ?  The_Talpiot_Tomb

Guia para os telespectadores da estória de Talpiot

Acabei de ver agora nas listas ANE-2 e Biblical Studies que Joe Zias preparou um guia para os telespectadores do documentário do Discovery Channel The Lost Tomb of Jesus:
Deconstructing the Second and Hopefully Last Coming of Simcha and the BAR Crowd
Aliás, Joe Zias em e-mail para a lista de discussão ANE-2, cita Byron McCane, que diz, entre outras coisas:

The publicity for the Discovery Channel documentary "The Lost Tomb of Jesus" has a disturbingly familiar ring. First came the James Ossuary; then The DaVinci Code, next the John the Baptist cave, and now the lost tomb of Jesus. The two archaeologists involved in "The Lost Tomb of Jesus," for example, already have a well-known track record for sensationalism. These programs go for the quick buck. Everything is crafted to generate interest, to make sales. The disturbing trend in recent documentaries toward profit-driven sensationalism, however, is an insult to all concerned, and especially to those of us who are scholars of these subjects. And that is why it is scholars who should bring this train of sensationalism to a stop.
Explico o começo: Toda esta publicidade em torno do documentário "The Lost Tomb of Jesus" do Discovery Channel tem um aspecto muito familiar: primeiro foi o Ossuário de Tiago, depois o Código Da Vinci, em seguida, a Gruta de João Batista e agora a Tumba Perdida de Jesus. Os dois arqueólogos envolvidos na estória, por exemplo, são conhecidos por uma visível postura sensacionalista em suas atuações... Tudo é direcionado para o comércio... É um insulto a todos, especialmente aos especialistas da área, que devem dar um basta nisso...

Como o documentário será apresentado hoje, dia 4, nos EUA, seria prudente os brasileiros irem se prevenindo, pois vem aí um tsunami de propaganda. Por isso recomendo mais leituras. Dia 18 de março a TV apresenta a coisa aqui.

Ben Witherington e outros especialistas apresentaram dez razões que mostram o absurdo da estória de uma tumba da família de Jesus em Talpiot. Se você leu algo da discussão iniciada aqui por Christopher Heard, em Higgaion, é sobre estes argumentos que ele está trabalhando. E depois dos argumentos que transcrevo abaixo (com tradução), observe, no artigo, o nome dos especialistas que conhecem de fato o assunto, entre eles Joe Zias, citado acima.

Veja Ten Reasons Why The Jesus Tomb Claim is Bogus, que são:

1. There is no DNA evidence that this is the historical Jesus of Nazareth
2. The statistical analysis is untrustworthy
3. The name "Jesus" was a popular name in the first century, appearing in 98 other tombs and on 21 other ossuaries
4. There is no historical evidence that Jesus was ever married or had a child
5. The earliest followers of Jesus never called him "Jesus, son of Joseph"
6. It is highly unlikely that Joseph, who died earlier in Galilee, was buried in Jerusalem, since the historical record connects him only to Nazareth or Bethlehem
7. The Talpiot tomb and ossuaries are such that they would have belonged to a rich family, which does not match the historical record for Jesus
8. Fourth-century church historian Eusebius makes quite clear that the body of James, the brother of Jesus, was buried alone near the temple mount and that his tomb was visited in the early centuries, making very unlikely that the Talpiot tomb was Jesus' "family tomb"
9. The two Mary ossuaries do not mention anyone from Migdal, but simply has the name Mary, one of the most common of all ancient Jewish female names
10. By all ancient accounts, the tomb of Jesus was empty, making it highly unlikely that it was moved to another tomb, decayed for one year's time, and then the bones put in an ossuary

Traduzindo para o português:

1. Não há evidência de DNA de que este seja o Jesus de Nazaré histórico
2. A análise estatística que foi efeituada não é confiável
3. O nome "Jesus" era comum no século primeiro, aparecendo em 98 outras tumbas e em 21 outros ossuários
4. Não há evidência histórica de que Jesus tenha se casado ou tido um filho
5. Os primeiros seguidores de Jesus nunca o chamaram de “Jesus, filho de José”
6. É improvável que José, que morreu mais cedo na Galiléia, tenha sido enterrado em Jerusalém, já que dados históricos o ligam apenas a Nazaré ou Belém
7. A tumba e os ossuários encontrados em Talpiot teriam pertencido a uma família rica, contrariando o que é historicamente aceito sobre Jesus
8. O historiador da Igreja Eusébio, do século IV, deixa claro que o corpo de Tiago, o irmão de Jesus, foi enterrado sozinho perto do monte do Templo e que sua tumba era visitada nos primeiros séculos, tornando bastante improvável que a tumba de Talpiot seja a "tumba da família" de Jesus
9. Os dois ossuários das duas Marias não mencionam ninguém de Migdal, mas simplesmente trazem o nome Maria, um dos mais comuns entre todos os nomes de mulheres judias da época
10. Segundo todos os relatos da antiguidade, a tumba de Jesus estava vazia, sendo improvável que ele tenha sido removido para outra tumba, ficado em decomposição durante um ano e depois seus ossos tenham sido colocados em um ossuário.

Termino a leitura, mas observo: para ser justo, os argumentos acima pedem o benefício da dúvida: nem todos são tão históricos assim. Alguns têm um forte sabor teológico.


O número de apresentações
É muito bom ter esta variedade de horários, 11 ao todo, distribuídos ao longo de 7 dias, por dois motivos: oportunidade para mais pessoas assistirem e facilidade para quem gosta ou precisa observar com detalhes o documentário. Porém, é um verdadeiro "bombardeio" de tumba ou sepulcro de Jesus às vésperas da Semana Santa, em uma cultura como a nossa que, sabidamente, celebra com extrema dramaticidade ibérica, muito mais a "Paixão e Morte de Jesus" do que sua vida, seus feitos e suas propostas. Este "bombardeio" de apresentações não acontece por acaso.

1. A tumba de família de Jesus em Talpiot
A seqûência de "descobertas" que se nota no primeiro segmento é a seguinte: evangelhos > Talpiot > ossuários > Jesus, filho de José > Maria > Mateus > Joset. No final do segmento, o telespectador já deveria estar convencido de que esta é, sem dúvida, a tumba da família de Jesus, pois a história de sua família está reconstruída e recuperada através das inscrições em 4 dos ossuários.

Algumas questões, entretanto, se impõem desde o começo:


  • Como se fez para que a hipótese de ser esta a tumba da família de Jesus se transformasse em certeza em apenas 22 minutos?
  • Quando e com que recursos uma pobre família da Galiléia, como a de Jesus, teria construído uma tumba tão elaborada, considerada pelos especialistas como uma tumba de uma família rica?
  • Como comprovar que a genealogia de Jesus em Lc 3 é uma genealogia autêntica da família de Maria, como defende Tabor?
  • Por que é feito um uso seletivo dos evangelhos? Por que Mateus é desacreditado quando denuncia como complô de lideranças judaicas a história do roubo do corpo de Jesus pelos discípulos, enquanto Lucas e Marcos são fontes seguras para os nomes de familiares de Jesus?
  • Começar um documentário e fundamentar suas principais conclusões em uma visão conspiratória da história não é bastante problemático?
  • Onde está a percepção de que "evangelho" não é biografia nem livro de história e que, dentro de um evangelho, há vários gêneros literários?
  • Por que genealogias teológicas teriam credibilidade histórica, como a de Lucas?
Além de se discutir o uso problemático das fontes, deve-se investigar a relação entre Bíblia e Arqueologia, a arqueologia vista como caça ao tesouro... mesmo que este tesouro seja simbólico, um valor sagrado, uma relíquia, o lugar onde Jesus foi enterrado, por exemplo.

Chamo a atenção, finalmente, para a presença de Jacobovici no filme: sempre alerta, olhar inquiridor, soluções rápidas, mente aberta, inteligente... enfim, uma figura! Ele é um cineasta, um jornalista investigativo ou um personagem? Talvez seja o real protagonista do filme. De qualquer maneira, ele é o "mocinho" do filme. Vejo assim: na ausência das grandes figuras do documentário - Jesus, Maria, Madalena são apenas nomes em caixas de pedra - a figura incomum do cineasta, sempre em primeiro plano, dá segurança ao telespectador, enquanto o guia, soluciona dúvidas, resolve o que parece impossível, se emociona com as descobertas... Enfim, Jacobovici cria uma personalidade com a qual o telespectador pode se identificar sem receio de ficar perdido em suas dúvidas... Só que tudo isto é construído. A "caça ao tesouro" levou inteiros 3 anos! Nada foi encontrado "por acaso". Caberia aqui uma discussão sobre a relação e distinção entre documentário e ficção.

2. Probabilidades estatísticas
A linha de raciocínio aqui é a seguinte: 3 especialistas contestam que os nomes encontrados indiquem algo de extraordinário, mas nada disso vale, pois a eles são contrapostas as opiniões de James Tabor que diz ser "provável" - para logo passar ao "deve ser" a tumba da família de Jesus - e do matemático Feuerverger, que apenas diz "ser possível", mas é um matemático e professor de estatística, e isso pesa.

Cabe aqui uma observação sobre a (im)precisão das expressões que estou usando: posso não ter anotado tudo corretamente ao ver o filme! Mas, principalmente, as falas são dubladas... e as dublagens não são tão confiáveis assim! Mas não é só o que é falado que dá respaldo à tese de Jacobovici. O modo como os especialistas são apresentados, inclusive o ambiente em que são filmados, conta muito. Observo, por exemplo, que o matemático Feuerverger é sempre apresentado em ambiente acadêmico clássico, escrevendo fórmulas em tradicional quadro de sala de aula, o que dá respeitabilidade às suas opiniões, embora elas sejam extremamente cautelosas e vagas. Respeitabilidade? Lembro-me de uma das mais difundidas fotos de Einstein, na qual ele está escrevendo fórmulas no quadro... Mais para a frente veremos cientistas fazendo sofisticados exames de DNA e de pátina em modernos laboratórios, utilizando avançadas tecnologias, com marcante presença da eletrônica, em países de forte produção científica, como Estados Unidos e Canadá.

3. Busca da tumba e o ossuário de Caifás
O argumento que preside este segmento é: se Caifás é autêntico, Joset - daí toda a família de Jesus - também o é. De maneira muito clara se sugere o seguinte: a arqueologia oficial aceita muita coisa, desde que não envolva a familia de Jesus. No meu entender, sugere até mesmo um complô eclesiástico para manter a versão oficial das Igrejas. Há um "entulho ideológico" que impede o acesso à tumba de Jesus? Observo este paralelo entre o entulho físico do cano e o entulho simbólico sugerido... Aquele pode ser removido por um simples encanador, enquanto este resiste... A figura de David Mevorah simboliza esta resistência! Então, com quem fica o telespectador? Quer ver o que há além do entulho? Quer remover o seu próprio "entulho ideológico", herdado através de sua educação religiosa formal? Por que não olhar do outro lado? Não é o que fazem os intrépidos caçadores de tesouros nos conhecidos filmes admirados por milhões?

4. Maria Madalena
Maria Madalena é a chave aqui: reputação restabelecida, liderança consolidada, ordenada (?), enquanto a atitude da hierarquia é colocada sob suspeita. A narrativa oficial é ironizada e substituída o tempo todo, sugerindo a existência de uma visão distorcida desenvolvida ao longo dos séculos. Sobre as estatísticas nada falarei: é assunto complicado, do qual nada entendo, e, por isso remeto o leitor para as explicações sobre o raciocínio de Andrey Feuerverger como estão no biblioblog de Mark Goodacre.

5. Mariamne, Madalena e os Atos de Filipe
Todo o segmento está fundado nos Atos de Filipe e na leitura de François Bovon, culminando no símbolo encontrado ao mesmo tempo em Dominus Flevit e na entrada da tumba de Talpiot. Cujo significado, aliás, permanece desconhecido. Maria Madalena é colocada nas alturas. Em determinado ponto, Tal Ilan chega a dizer que Madalena foi a verdadeira fundadora do cristianismo.

Aqui já se percebe, passado mais da metade do documentário, como o raciocínio é sempre na base de suposições que suportam outras suposições, que, por sua vez, suportam outras... É uma seqüência de: e se... e se... devia haver... se o ossuário... mas se... E desse conjunto frágil de suposições, supostamente fundadas, tiram-se facilmente conclusões, como: logo, claro, incrível... Todo o peso da argumentação recai sobre um frágil condicional. Contudo, para reforçar tal argumentação, a palavra mágica dos documentários aparece de vez em quando: "evidências". Vamos procurar evidências... as evidências indicam... encontramos evidências...

Neste ponto o documentário já pode colocar na boca dos arqueólogos que examinaram Talpiot em 1980 algo que jamais suspeitaram: 26 anos atrás arqueólogos encontraram ossuários da família de Jesus em Talpiot... Enquanto isso, Jacobovici lança o desafio para sua equipe, mas também para o telespectador: temos de achar a tumba, a tumba da família sagrada, diz ao perceber que estavam na segunda tumba, a tumba intacta, a tumba errada.

6. DNA
Toda a seqüência está fundada no exame de DNA, uma palavra mágica hoje nos meios de comunicação, nos filmes policiais, nos tribunais, que resolve qualquer dúvida. Se o telespectador ainda não estava convencido, aqui não há como escapar: o DNA mostra que Jesus e Mariamne, quer dizer, Maria Madalena não eram filhos da mesma mãe, sendo, portanto, marido e mulher.

O que estamos vendo aqui é liberdade de pensamento em relação às versões oficiais das Igrejas ou independência para chutar em todas as direções? E se os personagens fossem membros da mesma família, mas com outro grau de parentesco? E por que foram retiradas amostras exatamente destes dois ossuários e não dos outros? No debate que é apresentado após o filme, ao serem pressionados sobre isso, Jacobovici e Tabor alegam que os outros haviam sido aspirados, limpos pelo IAA para alguma exposição - não documentada por eles - e por isso não continham nenhuma amostra de DNA que pudesse ser facilmente retirada. Ora, por que não providenciaram a retirada de amostras por métodos mais sofisticados, se ficaram 3 anos trabalhando no documentário? Argumenta Jacobovici que ele é apenas um jornalista, que ele fez o seu trabalho, que apresentou o que achava relevante... e que ele espera que os cientistas prossigam com o trabalho mais sofisticado... Claramente, ele não quer correr nenhum risco de ver sua proposta desacreditada por provas científicas.

7. Descoberta a verdadeira tumba
Encontrada a tumba de Talpiot, o leitmotiv é: emoção pela descoberta. A indicação decisiva vem, diz o documentário, da "visita quase profética de uma mulher cega". Noto aqui a presença do providencial, o desígnio invisível que guia os caçadores para a descoberta decisiva: "visita quase profética". Interessante: após mais de 1 hora de convencimento do telespectador, entra-se, de fato, na tumba. É tanta espera, tanta ansiedade, que é um alívio quando ele, telespectador, também entra na tumba guiado pela mão segura de Jacobovici.

8. O décimo ossuário está desaparecido: pode ser o Ossuário de Tiago?
O segmento está todo fundado no Ossuário de Tiago como sendo o ossuário desaparecido da coleção de Talpiot. Ora, quem acompanhou a polêmica sobre o Ossuário de Tiago sabe que tal identificação é bastante problemática. Oded Golan e outros envolvidos com este ossuário foram parar nos tribunais israelenses, julgados por fraude, o processo está em andamento. Claro, nada disso é dito no documentário.

Quero observar aqui que são tantos os dados, tão complexos, tão "científicos", relatados de maneira tão bem dosada, que um leigo no assunto só pode aceitar o que lhe é apresentado como autêntico, pois não há como distinguir o possível do real, o "se" do comprovado.

9. A pátina combina: o ossuário desaparecido é o Ossuário de Tiago
De maneira quase mágica é resolvido o problema do décimo ossuário desaparecido, recorrendo-se ao controvertido Ossuário de Tiago. Remeto o leitor para a discussão dos especialistas e que foi postado nos biblioblogs. Procure nos links deste post aqui. Agora, o caso do livro de Jonas é, literalmente, "pura picaretagem". Jesus falava em códigos?

10. Judá, filho de Jesus e Madalena
Um final em grande estilo: finalmente foi encontrado o filho de Jesus. Isto resolve muitos problemas, não? Torna Jesus alguém mais humano, resolve o problema de sua ligação com Madalena e põe um ponto final no irritante debate dos exegetas sobre a identidade do discípulo amado.

Mas ao selar a tumba com seus segredos, deixa aberta a perspectiva de continuação, com "O sepulcro esquecido de Jesus 2".

Enfim, como disse Milton Moreland, do Rhodes College de Memphis, em encontro regional da SBL nos USA na semana passada: "The fake became the real". Expressão que significa, em tradução livre, A fraude se transformou em verdade. O que ele está dizendo é que os caçadores de relíquias no Oriente Médio tomaram o lugar da real pesquisa arqueológica. E mais: vendem ao público a idéia de que esta é a autêntica arqueologia.

O Sepulcro Esquecido de Jesus: observações críticas

Tumba de Talpiot: a controversia continua

A Tumba de Talpiot, debatida recentemente por dezenas de especialistas em uma conferência em Jerusalém, continua gerando controvérsias. Por exemplo:

  • os comentários (comments) sobre a declaração (statement) dos pesquisadores, publicada por Mark Goodacre no dia 21
  • o post de The View of Jerusalem, publicado ontem, dia 23, Rushing to Press on Ruth Gat
  • a declaração de Joe Zias em The Talpiot Tomb- Deliberate Misrepresentation?
"Tumba de Jesus é uma farsa publicitária", diz arqueólogo israelense
O anúncio de um documentário realizado por James Cameron –Diretor do filme "Titanic"– onde a Discovery Channel supostamente demonstra o achado da tumba de Jesus, foi qualificado como uma "farsa publicitária" por Amos Kloner, um dos mais destacados arqueólogos israelenses. Nesta segunda-feira em Nova Iorque, o canal Discovery anunciou a próxima emissão, durante o tempo de Quaresma católica, de um documentário elaborado pelo diretor israelense-canadense Simcha Jacobovici e o diretor cinematográfico James Cameron, segundo o qual uma tumba descoberta há 27 anos em Talpiot, Jerusalém, é a tumba de Jesus de Nazaré e sua famila. O documentário, que também será exibido na América Latina em espanhol, argumenta que dos 10 ossadas encontrados em uma cova em 1980, seis levam inscrições identificando-os como os de Jesus, sua mãe Maria, uma segunda Maria (possivelmente Maria Madalena), e alguns parentes chamados Mateus, Josa e Judá; este último seria "o filho de Jesus".
Entretanto, pouco antes da apresentação à imprensa do documentário, o professor Amos Kloner, da Universidade Bar-Ilan e arqueólogo oficial do Distrito de Jerusalém, que fiscalizou as escavações da mesma tumba em 1980, e é autor de numerosas obras sobre os descobrimentos, assinalou que as afirmações do documentário "são só uma farsa publicitária, um excelente material para um filme de televisão, mas totalmente sem sentido, algo absolutamente impossível". Amos, que descobriu a tumba em 1980 e a revelou ao mundo, criticou duramente a Discovery Channel por utilizar uma " estratégia de marketing". "A afirmação de que a tumba (de Jesus) foi encontrada não está apoiada em nenhuma prova e somente uma manobra para vender, Kloner" adicionou. O arqueólogo israelense recordou que 11 anos atrás, a BBC de Londres já tinha produzido um documentário similar com o mesmo argumento; e assinalou que a nova produção da Discovery era meramente uma renovada tentativa de criar controvérsia no mundo cristão com o fim de obter maiores lucros. "Refuto todas suas afirmações e esforços por chamar a atenção sobre os descobrimentos. Com todo respeito, não são arqueólogos", disse Kloner.
Argumentos
Kloner explicou que os nomes inscritos nas tumbas eram muito comuns na era do Segundo templo, e portanto, são absolutamente insuficientes como argumentos para concluir que essa era a tumba de Jesus e de sua família. Explicou também que a inscrição "Jesus filho de José" foi encontrada em muitas outras tumbas em Jerusalém. "A verdadeira tumba da família de Jesus seria um descobrimento que sacudiria o mundo, e isso é o que os cineastas estão tratando de fazer", adicionou o arqueólogo. "É muito pouco provável que Jesus e seus parentes tivessem uma tumba familiar ", explicou Kloner. "Eles eram uma família da Galiléia sem vínculos em Jerusalém. A tumba de Talpiot pertenceu a uma família de classe média do primeiro século de nossa era". Finalmente, Kloner criticou duramente à Autoridade Israelense de Antiguidades –conhecida por suas siglas em inglês IAA– por emprestar duas das ossadas para sua exibição em Nova Iorque nesta segunda-feira durante a conferência. "A IAA foi muito tola por emprestar para isto", concluiu.

O Sepulcro de Jesus - Talpiot, a Palavra Final

Coletei este post do blog do Dr. Jim West, a respeito da última conferência feita a respeito da tumba de Talpiot, apresentada pelo canal de documentários Discovery Channel, sob a autoria de Sincha Jacobovici e dirigido por James Camerom. O texto é traduzido quase que literalmente, por isso algumas sentenças podem soar um pouco estranhas, entretanto, é possível compreendê-lo na íntegra. É um post autorizado pelo Dr. Jim West, escrito pelo epigrafista e historiador Christopher Rollston.

Christopher Rollston na Conferência de Talpiot
Eduardo
Eduardo

Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010

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