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Mensagem por Eduardo Dom Jan 01, 2012 8:28 pm

por Leandro Quadros

Fonte: http://novotempo.com/namiradaverdade/2010/05/07/19-perguntas-honestas-de-um-ateu-sincero-parte-1/

Estou de volta queridos amigos do programa “Na Mira da Verdade”. Depois de um tempo fora voltei às atividades e espero postar muitas coisas para nosso estudo e enriquecimento espiritual.

Um ateu – o mais educado com o qual já mantive contato – fez 19 perguntas sobre a Bíblia e outros assuntos do interesse de todos. E o que me chamou a atenção foi a maneira simpática como ele expôs os questionamentos e o jeito humilde de expressar as próprias inquietações. Por isso, creio que será de grande ajuda a sua fé ler as respostas dadas a ele, para que esteja “preparado para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que há em você” 1 Pedro 3:15.

Antes, uma “nota explicativa”: Estou com cerca de 3000 pessoas na fila para atender. Não gostaria que os oponentes continuassem “desafiando-me” a responder-lhes quando querem, pois, esse blog não gira em torno da vida de ninguém, mas, conforme os propósitos de Deus. Há hereges que têm uma vontade de provar que estão certos de tal modo que isso se torna uma espécie de “insanidade espiritual”. Se você precisa provar para si mesmo todos os dias – desafiando os outros – que está correto, algo está errado com suas crenças e em seu interior. Pense nisso e, por favor, espere. Não estou com tempo de atender todos da maneira como eu gostaria.

Vamos às perguntas que nos levam a concluirmos que a Bíblia é a perfeita Palavra de Deus no imperfeito sotaque humano. Transcrevê-las-ei resumidamente.

PERGUNTA 1: Se a nação de Israel foi escolhida por Deus, por que pregar o evangelho? Por que há menos evangélicos se Deus escolheu outro povo?

RESPOSTA: A nação de Israel foi escolhida com um propósito de salvar outras pessoas, levando o conhecimento do Deus Verdadeiro aos povos pagãos da época (que sacrificavam até mesmo os próprios filhos a deuses pagãos – ver Jeremias 7:31). Veja esse texto:

“O SENHOR Todo-Poderoso diz: – Vai chegar o dia em que moradores de muitas cidades virão até Jerusalém. Os moradores de uma cidade dirão aos de outra cidade: “Nós vamos adorar o SENHOR Todo-Poderoso e pedir que ele nos abençoe!” E os outros responderão: “Pois nós vamos com vocês!” Muitos povos e nações poderosas virão a Jerusalém para adorar o SENHOR Todo-Poderoso e pedirem que ele os abençoe.” Zacarias 8:20-22 (Versão bíblica: Nova Tradução Na Linguagem de Hoje – NTLH)

O propósito de Deus com Abraão, pai da nação Israelita, (que foi chamado de Ur dos Caldeus) era abençoar não apenas uma nação, mas, o mundo:

“Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:3 (Versão bíblia: Almeida, Revista e Atualizada – ARA. Será a referência padrão da presente resposta)

Com base nisso podemos chegar a duas conclusões:

(1) Deus não faz acepção de pessoas (Romanos 2:11). Ele chamou Abrão (depois, Abraão) por que naquele contexto cultural era o homem com o coração mais susceptível ao chamado Divino;

(2) O número de pessoas que pertencem ao número de evangélicos é mais uma questão do livre-arbítrio (ver Jeremias 21:8) do que de planejamento de Deus.

PERGUNTA 2: Por que existem tantas guerras em Israel?

RESPOSTA: Algumas das principais razões são:

(1) O exclusivismo (crença de que são os “únicos” chamados por Deus) contribui para que as disputas em torno de questões políticas e sociais sejam acirradas;
(2) A falta de uma interpretação correta dos textos bíblicos, sem levar em conta que os escritos do Antigo e Novo Testamento se completam (2 Timóteo 3:16).
(3) Negação da Divindade de Cristo (Colossenses 2:9), que os faz não aceitar os ensinamentos dEle (de Jesus Cristo) referentes ao amor e à tolerância:

“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.” Lucas 6:35.

Falta de amor, fanatismo e politicagem resumem de certo modo as razões dos constantes embates em Israel.

PERGUNTA 3: Por que não se encontra a expressão “Bíblia” nos escritos considerados inspirados?

RESPOSTA: A palavra Bíblia não consta realmente por ser um termo de origem grega. Do grego bíblos, Bíblia significa “livros” e abrange todos os livros que compõem a lista de Escritos considerados inspirados no decorrer de milênios. O que consta no original é a palavras “Escrituras” (2 Pedro 3:16, por exemplo) que, de acordo com o significado grego (língua em que no Novo Testamento foi escrito) quer dizer “coisa escrita” (grego graphe). Devido a tais peculiaridades, tal termo pode ser sinônimo á palavra Bíblia.

PERGUNTA 4: Por que existem tantas religiões?

RESPOSTA: Questões de extrema importância estão envolvidas nessa pergunta. Eis alguns fatores para a existência de várias religiões:

(1) O ser humano é religioso por natureza. Estudos o comprovam (na área da Antropologia Descritiva em especial) ao nos mostrarem que o ser humano possui várias crenças e um desejo dentro de si adorar algo superior a ele mesmo. Essa propensão (hoje ela está doente por causa da desobediência humana às leis naturais de Deus) – diríamos assim – leva o ser humano a elaborar crenças e teorias filosóficas para explicar a origem da vida e o final dela.

(2) Não uso de um único critério para a interpretação da Bíblia. O método correto que aprendemos nas próprias Escrituras é analisar o contexto de um verso e o conjunto de versículos que tratam do mesmo assunto (Lucas 24:27, 44) – antes de chegar-se a uma conclusão. Essa falta de critério contribui significativamente para cada pessoa achar-se no direito de ler a Bíblia do jeito que quer.

(3) Falsidade humana. Em muitos casos as pessoas escolhem uma religião não para mudarem de vida e sim para adaptar um sistema religioso ao próprio modo de viver. Seria como eu dizer para mim mesmo: “já que essa igreja não ensina a observância do Sábado como dia sagrado irei para ela, pois, preciso trabalhar nesse dia”. Perceba caro amigo que igreja se torna uma questão de “conveniência”.

Mesmo sabendo que em todas as igrejas há pessoas sinceras e que amam a Deus; e tendo a convicção de que há algo de bom em todas elas, não acredito na existência de várias verdades religiosas pelo fato de, filosoficamente, duas coisas contraditórias não poderem ser verdadeiras ao mesmo tempo.

PERGUNTA 5: Por que continuar a evangelizar se desde os dias de Paulo esse trabalho foi concluído?

RESPOSTA: A declaração de Paulo em Colossenses 1:6 e 23 se refere ao mundo dos dias dele. Veja uma explicação do Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia sobre o assunto:

“… Paulo não quer dizer que o Evangelho tinha chegado completamente a todas as partes. Isto é claro por suas afirmações em outras passagens a respeito do progresso do Evangelho. Ao escrever uns poucos anos antes aos romanos, resumia assim o progresso do Evangelho: “Desde Jerusalém, e pelos arredores até Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo” (Romanos 15: 19). Nesse tempo Paulo esperava visitar Roma e desde ali levar o Evangelho à Espanha (Romanos 15: 24). Mas sua detenção e encarceramento lhe impediram de cumprir seus planos. Em vez de ir a Roma em liberdade como um arauto do Evangelho, chegou encadeado, e, já preso, não pôde visitar a Espanha. É duvidoso que alguma obra importante tivesse sido começada ali. Ademais, não há nenhuma evidência posterior de que por essa época [...] o Evangelho tivesse penetrado nas regiões dos bárbaros… É, pois, claro que a afirmação de que o Evangelho tinha sido pregado a toda criatura embaixo do céu não tinha o propósito de que se a tomasse num sentido absoluto. Em forma semelhante à declaração “bem como a todo mundo” (Colossenses 1: 6), a ênfase recai no fato de que o Evangelho pregado em Colossos é o mesmo que se está proclamando em todo mundo. Conferir Mateus 24: 14; 1 Tessalonicenses 1: 8; Apocalipse 5: 13; 14: 6-7…” Disponível em: http://www.ellenwhitebooks.com/comentario Acesso em: 06 de maio de 2010 (Grifos acrescentados).

PERGUNTA 6: Por quê de tantas doutrinas diferentes?

RESPOSTA: Especialmente o item 2 da pergunta quatro responde a sua interessante questão.

PERGUNTA 7: Se a volta de Jesus é real por que Ele demora tanto? Deus pode amar pessoas como eu?

RESPOSTA: O motivo para Jesus não ter voltado está registrado em 2 Pedro 3:9:

“Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”

Deus é paciente e espera pessoas sinceras como você descobrirem a Verdade para que não se percam. Não será o ateísmo que impedirá o Criador de lhe amar muito, meu amigo.

PERGUNTA 8: Qual o significado da expressão “Ave” Maria?

RESPOSTA: A palavra “Ave” da oração “Ave Maria” é latim e (usada por Jerônimo, que traduziu a Bíblia para tal idioma) significa “Salve”. É uma fora de saudar Maria – do mesmo modo que se saudava o imperador de Roma.

PERGUNTA 9: Por que a Bíblia tem 66 livros e não 74, 50…?

RESPOSTA: A Bíblia tem 66 livros por que eles são o que de mais importante há para a salvação do ser humano (conferir João 5:39). Existem outros escritos dos profetas que não estão na Bíblia (1 Crônicas 29:29; 2 Crônicas 9:29); isso pelo motivo de Deus julgar certos assuntos como tendo uma importância apenas local ou para o contexto da época.

O número de livros foi definido por (1) profetas e escribas e (2) pela igreja cristã. Vou explicar: Nos dias de Esdras e Neemias fechou-se a lista dos 39 do Antigo Testamento. A evidência disso podemos ver no fato de que, depois de tais escribas, nenhum outro livro foi incorporado à lista de livros considerados vindos de Deus (inspiração do pensamento).

Já a igreja Cristã – antes de existir o catolicismo – definiu 27 escritos como fazendo parte da lista daqueles que compõem o Novo Testamento. Tal fato é provado através de 2 Pedro 3:15, 16. Nesses versos o apóstolo Pedro considera as cartas de Paulo como sendo parte das “Escrituras”.

A história também nos ajuda a descobrir por que foram somente 27 livros. O cristianismo, especialmente no final do I século vinha sofrendo fortes influências gnósticas que procuravam misturar ensinamentos errados com aqueles revelados na Bíblia. Para proteger os livros do Novo Testamento a igreja primitiva fechou a listagem e, desse modo, nenhum escrito apócrifo (de autor desconhecido) encontrou lugar entre os considerados sagrados.

A Igreja Católica passou a existir por volta do séc. III e muito antes a igreja cristã, no final do séc. I, já havia estabelecido (com base em algumas regras) os evangelhos e cartas apostólicas que realmente tinham sido escritas pelos verdadeiros autores. Portanto, a lista de Atanásio e os concílios de Hipona (393 d.C) e de Cartago (397 d.C) nada têm a ver com a formação da Bíblia. Ele apenas “oficializaram a opinião geral das igrejas” (Pedro Apolinário. História do texto bíblico – crítica textual. São Paulo: Seminário Latino Americano de Teologia, 1985, p. 156).

PERGUNTA 10: Qual a razão de Deus deixar vivo um indivíduo como eu? Rsrsrs.

RESPOSTA: Você tem ótimo senso de humor, hehehe. Se estivéssemos tratando dessas questões pessoalmente, com certeza daríamos muitas risadas por causa dessa pergunta, pois, também sou como você: gosto de brincar.

Aqui entra 2 Pedro 3:9: o amor de Deus e a paciência dEle com você. Ele o considera filho, não importa em que situação se encontre: “…Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.” Jeremias 31:3.

Da mesma forma que uma mãe não aborta um filho por ele ter uma síndrome (há poucas exceções), Deus “não aborta” você. Ele lhe conhece desde que estava no ventre de sua mãe e, por isso, pode lhe amar antes mesmo de o amigo existir (ler Salmo 139:1-17).

PERGUNTA 11: Os gigantes mencionados na Bíblia eram mesmo pessoas de grande estatura?

RESPOSTA: Realmente, os gigantes citados na Bíblia eram pessoas altas, de acordo com Números 13:33. Aqui vemos a total discordância entre a Bíblia (e outros cientistas) entre a teoria macroevolutiva (a microevolução é científica e apoiada nas Escrituras) que ensina termos nos desenvolvido do organismo mais simples para o mais complexo. Na Bíblia, o ser humano passou de complexo para o mais simples em consequência da desobediência as leis espirituais e de saúde, estabelecidas pelo Criador.

PERGUNTA 12: Por que acreditar no inferno se essa palavra foi acrescentada na Bíblia pela igreja Católica?

RESPOSTA: Tem toda a razão: a palavra inferno foi acrescentada na Bíblia. Os tradutores, por influência da crença grega na imortalidade da alma, colocaram no Livro um termo latim que nada tem a ver com as noções hebraicas sobre o “mundo dos mortos” (sepultura). Tal doutrina – de um inferno a atormentar pessoas – faz com que as igrejas fiquem cheias mais por causa do medo do que pelo amor a Deus.

Para você estudar a posição bíblica sobre o assunto lhe envio anexo um material que preparei há alguns anos (você que lê no blog pode digitar o termo em “Busca”).

PERGUNTA 13: Se Jesus é Deus como ele pode ser filho de Maria?

RESPOSTA: Jesus já existia antes de Maria (Miquéias 5:2; Isaías 9:6). Desse modo, a filiação de Cristo é apenas na encarnação – quando Ele teve que se tornar “carne”, ou seja, ser humano – para morrer pelos atos errados da humanidade (pecados). Deus é o legislador dos Dez Mandamentos (Isaías 33:22; Tiago 4:12) e, por isso, somente Ele poderia pagar a pena (morte – Romanos 6:23) pela desobediência do ser humano. Por causa disso qualquer pessoa que exercer fé no sacrifício substitutivo de Jesus (como resultado precisa viver como uma pessoa de fé) será salva.

A encarnação é um mistério revelado, mas, não explicado (Romanos 1:1-3 e 14). Ao mesmo tempo é fantástico sabermos que Deus, na Segunda Pessoa da Divindade, veio a esse mundo e aproximou-se da nossa realidade para nos levar para a realidade dEle!

PERGUNTA 14: Como o Leandro se converteu? Qual a sua formação? Desculpe-me pelas perguntas, mas, para eu é importante saber.

RESPOSTA: Com alegria irei lhe contar minha história. Sou formado em jornalismo, pós-graduado em jornalismo científico e mestrando em Teologia. O que me fez com que me convertesse foi uma experiência sobrenatural que tive com Deus (a conversão não necessita de uma experiência incomum para ocorrer). Em 1996 voltava de um treino de futebol quando, ao parar na frente da Igreja Adventista, senti uma vontade enorme de entrar. Pensei: “não posso ir a essa igreja do jeito que estou – de bermuda, chuteira, camiseta e cabelo comprido pelo ombro. Vou embora”. Ao dar dois passos (lembro-me como se fosse hoje) veio uma voz na minha mente dizendo: “se você não entrar na Igreja hoje irá se arrepender depois”. Isso me assustou e decidi entrar.

Fui muito bem recebido e sentei-me no penúltimo banco da igreja em Palmeira das Missões, RS. Ao ouvir o pastor falar sobre o batismo de Jesus senti um forte desejo de ser batizado e de expressar publicamente minha fé nEle. Por incrível que pareça, mesmo tendo uma baixa auto-estima tal que me impedia de levantar o braço numa sala de aula para fazer perguntas, fui até a frente do jeito que estava e aceitei a Cristo como meu Salvador pessoal. Estudei a Bíblia três meses, fui batizado e hoje escrevo para você!

Minha vida sofreu uma transformação drástica. Um indivíduo que só pensava em futebol (gosto até hoje, rsrsrs) hoje se dedica à pesquisa e ao estudo. A religião me tornou mais culto e deu um sentido real a minha vida. Fez-me amar mais as pessoas e a valorizar a minha família.

PERGUNTA 15: Alguns evangélicos dizem que o dízimo era uma lei apenas para os dias do Antigo Testamento. O que diz a respeito? Como provar que alguém vai para o céu depois da morte se pessoa alguma voltou para dizer-nos como é a morte?

RESPOSTA: O dízimo bíblico é algo real, mas, nada tem a ver com os ensinos dos teólogos da prosperidade que exploram as pessoas e acabam dando uma roupagem feia ao belo ato de dizimar. Os irmãos evangélicos que afirmam ser o sistema de dízimos apenas uma lei para o Antigo Testamento ignoram Mateus 23:23, texto que você citou.

Dizimar é reconhecer que Deus é o dono de tudo (Salmo 24:1) e obedecer ao pedido dEle (Malaquias 3:8-10) para que contribuamos para o benefício de outras pessoas. Por meio do dízimo, as pessoas que trabalham em tempo integral (1 Coríntios 9:13, 14) podem ter o sustento e, a rede de TV em que trabalho pode disponibilizar gratuitamente à população serviços de consultoria bíblica, aconselhamento espiritual e ajuda psicológica – além de cursos bíblicos impressos.

Perceba que, quando empregado de forma séria, o dízimo se torna uma bênção para a família e para a sociedade.

O céu

A realidade de um Paraíso é correta quando aceitamos o ensino bíblico de que só desfrutaremos das belezas celestiais quando Jesus voltar pela segunda vez (Hebreus 9:28), de maneira gloriosa (Apocalipse 1:7) para buscar os seres humanos (João 14:1-3). As pessoas que morreram precisam primeiro ser ressuscitadas para depois irem para um lugar especial chamado Céu (ver 1 Tessalonicenses 4:13-18). A crença de que na morte a pessoa está em um estado de consciência é anti-bíblica (Salmo 6:5) e nega a necessidade de uma ressurreição corporal (1 Coríntios 15:51-55). Além disso, ignora o fato de que na Bíblia a morte é comparada a um sono (Daniel 12:13; Jeremias 51:57; João 11:11-14) até a volta de Cristo (1 Tessalonicenses 4:13-18).

PERGUNTA 16: Sendo que há várias traduções da Bíblia, como termos certeza de que tudo o que ela afirma não foi adulterado?

RESPOSTA: Não existe uma tradução bíblica 100%. O que temos é 100% de certeza de que o que está na Bíblia apresenta uma coerência tal que nem mesmo os pequenos erros de tradução afetam o todo harmônico das Escrituras e a ideia principal: a de que Deus amou tanto o mundo que veio até aqui para salvá-lo da morte eterna (João 3:16; Atos 20:28).

Como podemos saber que a Bíblia é precisa se “o papel aceita tudo”? Possuímos provas científicas fortíssimas. A principal delas é a transformação que tal livro faz na vida de uma pessoa. Mas, apresentarei a você algo mais palpável.

(1) A forma como o texto foi transmitido. Os Massoretas (escribas judeus) ao fazerem cópias dos livros originais da Bíblia, usavam uma técnica que impressiona. Eles contavam palavra por palavra do manuscrito original e começavam o trabalho à mão. Após o término da cópia de um livro, contavam todas as palavras copiadas. E… se desse margem de erro de uma que fosse (para mais ou para menos), jogavam todo o trabalho fora e começavam novamente. Uma prova arqueológica interessante que mostra a veracidade da transmissão do texto bíblico é vista no Papiro de NASH, escrito há aproximadamente 150 anos a.C. Ele contém os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17), o Shemá (Deuteronômio 6:4-9. Shemá é a confissão de fé tradicional de Israel. A palavra significa “ouve”, e é a palavra inicial, em hebraico, daquela confissão.) e parte de Deuteronômio 5:6. Quando se compara o fragmento com outros manuscritos (os manuscritos bíblicos estão espalhados por vários museus ao redor do mundo. Destaco o Museu Britânico de Londres e o Museu do Vaticano.) como o Britânico 4445 datado do IX século d.C., vemos que o conteúdo é o mesmo!

Portanto, a margem de erro que existe nas cópias é quase zero.

(2) O cumprimento das profecias (predições) referentes a Jesus Cristo. Sabe-se que Ele foi um personagem que fez parte da história ao ponto de dividi-la em Antes e Depois dEle. As profecias a seguir foram escritas aproximadamente 950 antes. Algumas delas:

SALMO DESCRIÇÃO DO EVENTO CUMPRIMENTO

8:2 Seria louvado pelas crianças Mateus 21:15, 16.
16:10 Seria ressuscitado Mateus 28:7
22:1 Sentir-se-ia desamparado por Deus Mateus 27:46
22:7,8 Seria zombado pelos inimigos Lucas 23:35
22:16 Teria as mãos e pés perfurados na cruz João 20:27
22:18 Tirariam sortes para repartir as roupas dEle Mateus 27:35, 36
34:20 Não teria um osso sequer quebrado João 19:32;22-36
35:11 Seria acusado por falsas testemunhas Marcos 14:57
35:19 Seria odiado sem motivos João 15:25
40:7,8 Teria prazer em fazer a vontade de Deus Hebreus 10:7
41:9 Seria traído por um amigo Lucas 22:47
68:18 Subiria ao Céu Atos 1:9-11
69:9 Seria zeloso pela sinagoga João 2:17
69:21 Na cruz dariam para ele vinagre e fel Mateus 27:34
109:4 Oraria pelos inimigos Lucas 23:34

Note a ligação entre Antigo e Novo Testamento e a precisão fantástica que há na Bíblia!

(3) Sua veracidade histórica. Daniel 2 apresenta o surgimento dos quatro grandes impérios mundiais (Babilônia, Medo-pérsia, Grécia e Roma) e dos países da Europa cerca de 700 anos antes de Cristo. Os metais que fazem parte da estátua que o rei de Babilônia viu em um sonho mostram que Deus está sobre o controle da história e que tudo se caminha para o cumprimento dos eternos propósitos dEle.

Essa profecia fez com que muitos ateus se tornassem crentes após compararem a Bíblia com a história.

(4) Suas antecipações científicas. Mesmo não sendo um livro científico (o objetivo é mostrar o plano de Deus em de salvar o ser humano da morte eterna), a Bíblia possui antecipações científicas:

a) Peso do ar – Jó 28:25
b) O planeta Terra está suspenso sobre o nada – Jó 26:7
c) Processo embrionário – Salmo 139:12-16
d) Redondeza da Terra – Isaías 40:22

Em 2 Timóteo 3:1-5 vemos uma profecia a respeito da moral da humanidade. Moral essa que iria declinar – e isso se cumpre minuciosamente em nossos dias.

Tais antecipações foram feitas milênios antes de a ciência fazer tais descobertas. Somente um Ser sobrenatural poderia dar um conhecimento sobrenatural a homens que não tinham os recursos científicos de hoje para saberem tais coisas.

(5) A confirmação da arqueologia. Possivelmente a descoberta mais importante foi a dos Manuscritos do Mar Morto, em 1957. Descobertos nas cavernas de Qumran, às margens do Mar Morto, calaram a alta crítica por conter cópias ou fragmentos de praticamente toda a Bíblia, com exceção do livro de Ester (Renato E. Oberg em seu livro A Nossa Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira: 1984, p. 58). Possuímos também, graças às escavações arqueológicas realizadas no local, um rolo completo do livro de Isaías, inclusive um manuscrito copiado pelo ano 100 a.C – possui mais de 2000 anos.

PERGUNTA 17: “Escrituras” se referem ao Antigo ou ao Novo Testamento?

RESPOSTA: o termo “Escrituras” se refere tanto ao Antigo quanto ao Novo Testamento (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 3:16). Ler João 5:39.

PERGUNTA 18: É dito pelos religiosos que toda a humanidade descendeu dos filhos de Noé. De qual deles os brasileiros descendem?

RESPOSTA: Não há uma pessoa hoje que seja “puro sangue” dos descendentes de Sem, Cam e Jafé. Todavia, espiritualmente somos descendentes de Sem por ele ser o ancestral de Abraão (Gênesis 11:26), o pai da fé (Gálatas 3:7).

Sem originou os povos semitas. Cam, os africanos. E Jafé os Europeus e Asiáticos. Sendo que o brasileiro é o resultado da miscigenação racial, fica difícil precisarmos de qual filho de Noé descendemos.

PERGUNTA 19: O ser humano é dividido em corpo e alma ou corpo, alma e espírito?

RESPOSTA: Nós Adventistas não somos dicotomistas (que creem que o ser humano é separado em dois: corpo e alma) e nem tricotomistas (que acreditam que o ser humano é separado em três: corpo, alma e espírito). Somos holísticos. A Bíblia e a ciência estão em plena harmonia com esse conceito. Cremos que a natureza humana (físico, mental e espiritual) é um todo inseparável e, por isso, para que seja tenha uma vida espiritual saudável, deve haver um cuidado com o corpo e com a mente. Esse conceito é baseado em 1 Timóteo 5:23, 24 – onde Paulo afirma que os três aspectos do ser humano precisam ser trabalhados para que cada um se prepare para a volta de Cristo; e em muitos outros textos, como, por exemplo, o Salmo 6:5, onde é dito que, após a morte, o ser humano não possui consciência alguma. Só há consciência, portanto, quando os três elementos – espírito (espiritualidade, desejo de adorar algo), a alma (mente, nesse texto) e corpo – permanecem unidos. Quando se separam, a pessoa (ou alma vivente, segundo Gênesis 2:7) deixará de existir e voltará a uma existência depois da ressurreição dos mortos, como afirma 1 Tessalonicenses 4:13-18. Nesse momento Deus recriará e reunirá novamente os “três lados do triângulo”.

O dicotomismo (ou dualismo) é um conceito platônico que entrou na igreja cristã por influência de Agostinho. Por causa disso, grande parte das igrejas cristãs acredita numa existência após a morte, negando assim o holismo bíblico e diminuindo a importância da doutrina da ressurreição. Por causa de Platão o espiritismo também deixa de lado o ensino bíblico ao afirmar que “o mais importante é o espírito”. Isso que nega o ensino claro da Bíblia de que o corpo é sagrado para Deus (1 Coríntios 6:19, 20).

Sobre a entrada da doutrina da “imortalidade da alma” no cristianismo, disse o Prof. Presbiteriano Otoniel Mota:

“A doutrina da imperecibilidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho. A doutrina de sua natureza simples, uma, indivisível etc., não se mantém diante das concepções psicológicas modernas e da teoria mais racional acerca da propagação do ser humana, corpo e alma.” Meu Credo Escatológico (opúsculo). 1938, p. 3.

Então, como podemos explicar Hebreus 4:12? Realmente, alguns cristãos usam o texto para afirmar que a natureza humana é dicotomista. O detalhe é que Hebreus 4:12 não é um estudo sobre a natureza humana, mas, se constitui na base do argumento do autor para mostrar o poder da Bíblia (que ele chama de Palavra de Deus) na vida de uma pessoa. Ele afirma que a Bíblia é tão eficaz e cortante “como uma espada” ao ponto de “penetrar” e “dividir alma e espírito”. Essa expressão está relacionada à outra que vem a seguir: “juntas e medulas”. Portanto, vê-se no contexto que ambas são usados em sentido figurado, pois, as juntas e as medulas são inseparáveis para que o ser humano viva bem. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia informa muito bem sobre o objetivo do autor da carta aos Hebreus no uso de tais termos:

“A divisão entre ‘o alma e o espírito” e “as conjunturas e os tutanos” descreve até onde penetra a “palavra” de Deus. O valor desta figura de linguagem radica em que “vida” e “alento” [espírito] são, pelo menos para os propósitos práticos, inseparáveis.”

Quando entendemos que as palavras “alma” e “espírito” no original bíblico possuem várias traduções (princípio ativo que Deus nos dá para ficarmos vivos; vida, espiritualidade, pessoa viva, pensamentos, emoções, etc); e que nenhuma delas apresenta tais aspectos de nossa natureza como sendo “entidades imateriais”, podemos chegar à correta compreensão dos textos bíblicos que aparentemente dividem o ser humano em “dois” ou “três”. O estudo da Antropologia bíblica é fundamental para que conceitos gregos sobre o ser humano não influenciem nossas crenças e estilo de vida.

Recomendo a você a leitura de um dos melhores estudos já feitos sobre o assunto. O livro Imortalidade ou Ressurreição?, da autoria do Dr. Samuel Bacchiocchi, contém um estudo exaustivo dos textos bíblicos que tratam do assunto e opiniões de cerca de 300 eruditos não adventistas. Poderá adquiri-lo com a Imprensa Universitária Adventista pelo telefone (19) 3858-9055 ou pelo site http://www.unaspress.unasp.edu.br
Eduardo
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