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Ela encontrou Deus na pesquisa do câncer, longe de casa

Por Gerhard Padderatz

Até o momento, ela havia suprimido o assunto sobre “criação ou evolução”. Ou pensava que o ato da criação de Deus devia ter sido na “criação” da evolução. Como católica fervorosa, cria na veracidade da Bíblia e, consequentemente, na história da criação. Como cientista, porém, não podia refutar a opinião prevalecente em sua comunidade profissional. Eles, afinal, creem que a vida em nosso planeta se desenvolveu por si mesma e por um longo período de tempo. Como não conseguira harmonizar as duas posições, finalmente decidiu suprimir o problema.

Perguntas e Mais Perguntas

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Isso funcionou bem por muitos anos, pelo menos até o fim do outono de 2001, pois foi nesse período que sua filha, de 13 anos de idade, começou a estudar sobre evolução na escola. O assunto levantou muitas dúvidas e a menina o levou para casa a fim de perguntar aos pais. Joana de Castro Arce, por meio da filha, uma vez mais foi confrontada por essa questão preocupante. O que devia fazer? Como boa mãe e cristã, queria dar à filha um sólido fundamento religioso, pois, afinal, na Colômbia, seu país natal, ela frequentou boas escolas cristãs dirigidas pela ordem católica Opus Dei.

Um projeto de pesquisa da malária, em 1997, levou a jovem microbiologista e bioquímica de Bogotá para Würzburg, Alemanha. Aquele, porém, foi um breve intervalo. Dois anos mais tarde, após alguns desvios que hoje ela vê como dirigidos por Deus, o Centro Alemão de Pesquisa do Câncer (CAPC), em Heidelberg, ofereceu-lhe a oportunidade de escrever a tese doutoral sobre câncer do útero. Seu professor principal era Frank Roesl, aluno do Professor Harald zur Hausen, que ganhou o Prêmio Nobel de medicina, em 2008.

Encontrando Respostas
Naquele nicho de investigação científica, como poderia achar alguém para ajudá-la a resolver seu conflito, especialmente na Alemanha, país tão secular? As chances pareciam raras. Mas e Ubaldo Soto? De nacionalidade chilena, falava espanhol tanto quanto ela. Ele era assistente de pesquisa do principal professor de Joana e a pessoa mais próxima em seu trabalho. Ela confiava nele e sabia que ele era um professo cristão. Era sempre amigo e prestativo. Gostava de sorrir e sempre tinha uma palavra de incentivo para todos. Frequentemente, falava sobre Deus e sua fé na Bíblia. O fato de esse homem humilde pertencer a uma igreja chamada Adventista do Sétimo Dia não significava nada para Joana naquele momento. Certo dia, ela reuniu toda a coragem que tinha e perguntou como ele, como cristão e 
cientista, lidava com a história da criação bíblica.

Ubaldo ficou feliz de poder responder às perguntas de Joana e deu a ela um livro sobre evolução e criação. Pouco tempo depois, ela e a família foram convidados para ir à casa dele. Ubaldo Soto e a esposa causaram profunda impressão em Joana. Ela gostou especialmente do calor e amizade cristãos. Eles conversaram sobre as falhas da teoria da evolução e como é necessário ter fé para aceitá-la. Além disso, abordaram uma série de questões práticas sobre a fé no cotidiano. Sempre que Joana e o marido enfrentavam algum problema aparentemente insolúvel, a solução sugerida por Soto era: “Vamos orar sobre isso.” E a oração realmente ajudava.

PESSOAS IMPORTANTES: Pessoas que desempenharam papel importante na jornada de Joana a Cristo. Ubaldo Soto (destaque), atualmente professor assistente na Universidade de Loma Linda, foi o instrumento que cuidadosa e pacientemente estudou a Palavra de Deus com Joana e sua família. O esposo de Joana, Fernando, seus dois filhos – Daniella e Andres – são parte importante de sua vida e jornada de fé. Daniella e Andres foram batizados em novembro de 2009, para grande alegria dos pais.Com o tempo, a familiaridade entre eles se transformou em amizade. Logo a conversa não girava apenas em torno da teoria da evolução e questões sobre viver a fé, mas também sobre outros assuntos bíblicos. A certa altura, Ubaldo sugeriu que Joana e o esposo estudassem a Bíblia com ele e sua esposa todos os sábados à tarde. Joana aceitou alegremente. Afinal, queria respostas para suas perguntas sobre fé e ciência. Além de estudarem sobre a criação e o sábado, também estudaram o conceito bíblico de alma, morte e ressurreição, assim como as profecias de Daniel e Apocalipse.

Fortes Raízes
Para Joana, frequentar outra igreja estava fora de questão. Ela se orgulhava de ser católica. Todos os protestantes, segundo aprendera, iriam para o inferno. Por isso, ficou muito chocada quando descobriu, pela Bíblia, que a besta em Apocalipse 13 só podia significar o poder papal. “Será que tudo aquilo em que acreditei até agora está errado?” perguntava a si mesma. “É possível toda a minha família estar errada? Será possível que milhões de católicos maravilhosos , no mundo todo, estejam errados há centenas de anos?” Quando estava sozinha, discutia com Deus em oração: “Senhor, tire da minha cabeça essa nova ideia!” E no momento seguinte: “Senhor, ilumina-me!” Sua luta durante os estudos bíblicos era tremenda, e o conflito cada vez crescia mais. Queria estudar a Bíblia em profundidade, porque tinha convicção de que ela é a Palavra de Deus e, portanto, plenamente confiável.

O que a ajudou naquela situação e que a motivou a continuar os estudos bíblicos com a família Soto foi o fato de que eles nunca a pressionaram em momento algum. Tudo o que fazia era decidido somente por ela. Pareceu-lhe que o Espírito Santo a estava chamando. “Será que esse é um sinal?” perguntava a si mesma. “Será que essa é realmente a verdade?”

Nessa situação, ela se lembrou de quando era menina, na Colômbia. Agora se lembrava de que algumas coisas sobre sua fé sempre a incomodaram, mesmo tendo sido muito bem tratada pela ordem Opus Dei. Junto com as freiras da ordem, seus colegas de classe e ela haviam cuidado dos pobres. Pregaram para eles. Ela havia servido a Deus de maneira prática. Participara, inclusive, de muitos exercícios espirituais e contemplativos. Frequentemente, falara com o padre. Mesmo assim, em sua visão, Deus era severo. “Deus terá misericórdia de você se você se comportar bem. Mas, se você errar, Ele vai puni-la. Ele até espera que você cometa erros. Você nunca será boa o suficiente para merecer o amor de Deus.” Todas as tentativas para ler a Bíblia por si mesma tinham falhado. Joana, muitas vezes, havia se desesperado. Sempre sentira-se culpada e cheia de pecado. “Será que não há uma saída?” ela se perguntava nessa época. Devia haver algo bom e bonito na vida, algo que lhe desse alegria.

Encontrando Companheiro para a Vida
Um dia, ela conheceu Fernando. Apaixonaram-se e se casaram em 1988. Joana estava feliz, mas não demorou muito para que seu antigo sentimento de culpa e indignidade voltasse outra vez. A atitude negativa de sua igreja em relação ao corpo foi um peso para ela. Afinal, não havia ela aprendido que todas as coisas espirituais são boas e todas as coisas físicas são pecaminosas? Que uma alma boa estava aprisionada em um corpo de pecado?

Muitas vezes, tinha ido ao padre para pedir perdão, buscando absolvição. Mas o conflito não era resolvido em sua mente: “Por que o amor físico era pecado?” protestava ela. As respostas que recebia da igreja a satisfaziam cada vez menos. Como consequência, quando deixou a Colômbia para ir a Würzburg a fim de participar do programa de intercâmbio de pesquisa sobre a malária, parou de praticar sua fé.

Então, durante o estudo bíblico com o cientista cristão, todas suas perguntas e dúvidas desapareceram de uma hora para outra. Finalmente, era possível compreender a Bíblia. Deus nos ama, mesmo sendo nós pecadores. E o amor físico entre marido e mulher é um presente de Deus. Para Joana, isso foi um grande alívio. Agora podia trazer harmonia para seu intelecto, sua fé e seus sentimentos. Ela precisava conhecer o bondoso Pai celestial que a amava incondicionalmente.

Após vários meses de estudo bíblico com os Soto e severa luta interior, Joana finalmente sentiu-se feliz e livre. No fim de 2002, a esposa de Ubaldo sugeriu que ela fosse batizada. A princípio, Joana estava pronta para esse passo. Entretanto, ela não queria apressar as coisas. Queria ser justa, justa para com a igreja que por tantos anos tinha significado muito para ela e ainda estava em seu coração. Ela queria dar uma última chance à Igreja Católica.

Cavando Fundo
So Assim, Joana viajou para a Colômbia, com muitas perguntas para o padre de seus tempos de escola. “Como será o juízo final?” “Como será o fim do mundo?” ”Quando e como iremos para o Céu: logo após a morte ou quando Cristo voltar?” “Como somos salvos e por que tantos se perderão?”

Quando chegou à América do Sul, seu padre não estava lá. Como não podia falar com ele, Joana conversou com uma ex-colega de classe da época do Opus Dei, que, como naquele tempo, ainda era católica fervorosa e praticante, e continuava envolvida na ordem Opus Dei. Ela tinha resposta para cada pergunta de Joana. Mas, em cada caso, se referia a esta ou aquela encíclica papal ou a algum concilio da igreja, ou a alguma tradição da Igreja Católica. Ela não fundamentava as respostas na Palavra de Deus.

A essa altura, isso já não era surpresa para Joana, e sim a confirmação daquilo que ela, com a ajuda de Ubaldo, havia encontrado na Bíblia.

Mas sua luta ainda não terminara. A veneração da Virgem Maria ainda era um problema. Deus, mais uma vez, enviou a pessoa certa na hora certa. Nesse caso, foi um ex-católico que frequentava a Igreja Adventista Espana em Karlsruhe, Alemanha. Ele conseguiu responder a todas as perguntas de Joana. O argumento mais convincente para ela estava relacionado à ascensão de Maria, crença importante para muitos católicos. Se Maria, de fato, ascendeu ao Céu, assim como Jesus – era a lógica desse adventista – o fato não teria sido registrado no Novo Testamento? Alguns dos discípulos de Cristo viveram mais que Maria. Pelo menos João não teria relatado um fato de tanta importância em seu Evangelho ou em uma de suas cartas?

NOVO COMEÇO: Joana foi batizada pelo Pastor Eli Diez-Prida na Igreja Adventista de Karlsruhe. Esse argumento convenceu Joana. Agora tudo estava claro para ela. “Descobri que Deus é diferente do que sempre pensei: Ele me ama. Encontrei as respostas para minhas perguntas sobre o juízo final e sobre o estado dos mortos. Agora compreendo que o Antigo e o Novo Testamentos formam uma unidade. Estou impressionada com o que está escrito nos livros de Daniel e Apocalipse.”

Dando um Passo de Fé
Em dezembro de 2003, Joana decidiu ser batizada. Um mês depois, na Igreja Adventista Espana de Karlsruhe, ela entrou nas águas e, quando saiu, era uma nova pessoa em Cristo. Seu esposo foi batizado um pouco mais tarde, na Suíça, em julho de 2005.

Joana também progredia tanto profissional como academicamente. Em outubro de 2003, pouco antes de sua decisão para o batismo, recebeu o título de doutorado (PhD) em Ciências pela Universidade de Heidelberg. Hoje, ela trabalha no Centro Alemão de Pequisa do Câncer na 
área de regulação genética e epigenética. Seu trabalho: Entre outras coisas, é mentora de vários alunos internacionais do doutorado. E Ubaldo Soto? Aceitou convite para fazer parte da equipe médica da Universidade de Loma Linda (EUA), onde trabalha como professor assistente de ciências básicas.

Foi sua amizade despretensiosa, bem como sua disponibilidade, que encorajou Joana a lhe pedir conselho sobre dúvidas em ciência e religião. Sua boa vontade, juntamente com a de sua esposa, foi decisiva para abrir a porta de sua casa e convidar Joana e seu esposo para estudar a Bíblia, para que eles também fossem apresentados ao Deus que nos ama incondicionalmente e está mais que desejoso de responder às orações de Seus filhos. A curiosidade científica de uma jovem também foi usada para estudar a fundo cada assunto e, finalmente, tomar uma decisão independente da tradição ou opinião da maioria.

Pensar e agir contrariamente à tradição e opinião da maioria também foi a marca registrada do Professor Harald zur Hausen. Ele era diretor do centro de pesquisas onde Joana trabalhava desde o ano 2000. Foi exatamente por essa razão que zur Hausen suspeitou que um vírus era a causa do câncer de útero, uma suspeita que foi comprovava verdadeira. Foi essa descoberta na pesquisa do câncer que deu a ele o Prêmio Nobel.

Talvez Joana de Castro Arce tenha sido entalhada no mesmo tipo de madeira, a madeira de que são feitos os ganhadores do Prêmio Nobel. Mesmo que ela jamais ganhe um Prêmio Nobel, sua eficiência e coerência servem de exemplo para todos os que desejam ganhar prêmios maiores: a vida eterna.

“Ao ir para a Alemanha, fui preparada para muitas coisas”, diz Joana, cheia de alegria e felicidade, enquanto falava conosco no saguão do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer, em Heidelberg, “mas nunca imaginei que encontraria Deus na Alemanha.”

Gerhard Padderatz é empresário, autor, editor (da revista Baden-Württemberg, BWgung), presidente da ASI Alemanha, e mora na Suíça. O presente artigo foi publicado na BWgung de março/abril de 2009.
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