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Tocando os Intocáveis
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21042010
Tocando os Intocáveis
Sung-Hun Choi—um pioneiro adventista
Por Kuk-Heon Lee
Era setembro de 1957, após um quente verão, a estação da colheita finalmente havia chegado. O arroz amadurecia nas lavouras e as castanhas estavam quase maduras nas montanhas ao redor. Nem o fato de os campos estarem devastados pela Guerra da Coreia podia impedir a chegada da estação das colheitas. A maioria dos coreanos, exausta pela fome e pela guerra, tinha esperança de uma colheita abundante.
Encontrando os Inacessíveis
Pastor Choi No dia seguinte ao festival Chusok (tradicional festival da colheita), um estranho grupo de pessoas visitou a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Hadong, localizada na região sul da península coreana. Sung-Hun Choi, pastor dessa igreja, estava com medo de atendê-los, pois estavam muito desfigurados. Os dedos estavam em terrível estágio de decomposição, as sobrancelhas haviam caído e havia sérias e visíveis lesões na pele. Os visitantes vinham de uma colônia de leprosos próxima. Na verdade, a visão era tão repulsiva que o pastor sequer conseguia olhar diretamente para eles.
O pastor Choi, no entanto, era apaixonado pela obra de Deus. Quando foi convidado pelos leprosos para ir e pregar a mensagem de Deus, decidiu trabalhar para eles. “Eu não podia rejeitar o convite, pois vi um apelo em seus olhos. Descobri que, realmente, desejavam receber a mensagem de Deus e a esperança do Céu”, ele afirmou. Esse foi um encontro providencial para o pastor Choi, quando decidiu concentrar seu ministério, pelo resto da vida, nas pessoas que sofriam com a lepra.
Salvo por Milagre
Sung-Hun Choi nasceu numa pequena aldeia coreana, no dia 3 de fevereiro de 1913, ou seja, três anos após as três mensagens angélicas terem sido introduzidas na Coreia, pequeno país asiático cuja economia na época, dependia quase exclusivamente da agricultura. Como a maior parte de seus vizinhos, ele vivia em extrema pobreza, pois, com a ocupação japonesa, a vida era muito difícil. Abençoado com um forte espírito de independência e sinceridade, Choi superou muitas lutas e tribulações e, quando jovem, fez importantes escolhas. Foi nessa época que ele se tornou adventista. Em 1940, quando tinha 27 anos de idade, foi batizado na igreja adventista local e se tornou colportor durante os difíceis anos da II Guerra Mundial.
Tempos Difíceis
MÃOS LEVANTADAS: Membros da Igreja de Youngshinwon.Em 1943, a Igreja Adventista da Coreia foi oficialmente dissolvida pelas autoridades japonesas. Essa foi a experiência mais difícil para os adventistas coreanos. Não podiam se reunir em igrejas e seus líderes foram espalhados por todas as direções. Entretanto, alguns pastores decidiram resistir e cuidar das igrejas e de seus membros. Eles formaram igrejas secretas que se reuniam para adorar e orar. Em Jangmae-ri, perto de Pyongyang, Choi fundou uma igreja secreta e mantinha os cultos regulares aos sábados. Um sábado, pela manhã, um policial foi à aldeia para procurar pela igreja secreta. O estudo da Lição da Escola Sabatina havia terminado. Choi instruiu os membros que voltassem para suas casas, assim que ouviu da aproximação da polícia. Ele esperou ansiosamente pela chegada dos policiais, após esconder todas as Bíblias e hinários. Ninguém, porém, foi ao lugar secreto. A polícia simplesmente retirou-se da aldeia. Deus usou o líder daquela comunidade para convencê-los a abandonar a busca pelos adventistas. Graças à sua intervenção persuasiva, os policiais foram embora e o pastor Choi atravessou ileso por outra crise.
Tempos Difíceis
FOTO OFICIAL: O pastor Choi, com sua esposa, e M. V. Campbell, ex-vice presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Em 1954, Sung-Hun Choi tornou-se pastor de tempo integral. Após se formar pelo Korean Union College, foi para Hadong como pastor de igreja e trabalhou muito para pregar as três mensagens angélicas naquela área. Foi nesse período que ele se encontrou com os leprosos de um lugarejo próximo a Hadong. Esse encontro mudou sua vida e ele trabalhou entre os leprosos daquele momento até o fim da vida. Essa tarefa, entretanto, não foi fácil. Logo no início, por causa da ignorância e do preconceito, ele não conseguia chegar perto deles. Embora cumprimentasse sua congregação leprosa após o culto, pensava ser impossível comer junto com eles em suas casas. Temia ser infectado com a doença. Um dia, como prova de gratidão, um casal de leprosos o convidou para comer com eles em seu humilde lar. Ele sabia que se rejeitasse o convite dando alguma desculpa, eles ficariam desapontados e abandonariam o cristianismo, pois eram novos na fé. Mesmo com medo, sabia que, como pastor, devia mostrar-lhes o amor de Deus. Assim, aceitou o convite e tomou a refeição com eles. Daquele dia em diante, percebeu que se tornara um verdadeiro pastor de leprosos. Ele se tornou o grão do trigo para os leprosos na Coreia, conseguindo não apenas recursos necessários para aquela comunidade esquecida, mas também compartilhando praticamente todas as dores e alegrias daquele povo, por meio de seu ministério e envolvimento pessoal.
Choi trabalhou por quarenta anos como pastor. Ele dedicou a maior parte desse tempo ao cuidado dos leprosos de Youngshinwon, em Hadong, Aejowon, em Chungmu, Sosaengwon, em Iksan e outros lugares. Construiu muitas igrejas, centros de treinamento para filhos de leprosos e asilos para leprosos idosos. Após jubilar-se oficialmente do ministério, continuou com a mesma paixão até o fim de sua vida. Certamente Deus usou o pastor Choi para abrir as portas da missão a seus irmãos adventistas na Coreia. Foi um grande homem de Deus, sendo lembrado pelos adventistas coreanos como o santo dos leprosos. Ele realmente tocou os intocáveis.
Kuk-Heon Lee trabalha como capelão e professor na Universidade Sahmyook, Coreia. É formado pelo Newbold College Inglaterra, e pela Universidade Sahmyook. É especialista em história da igreja.
Por Kuk-Heon Lee
Era setembro de 1957, após um quente verão, a estação da colheita finalmente havia chegado. O arroz amadurecia nas lavouras e as castanhas estavam quase maduras nas montanhas ao redor. Nem o fato de os campos estarem devastados pela Guerra da Coreia podia impedir a chegada da estação das colheitas. A maioria dos coreanos, exausta pela fome e pela guerra, tinha esperança de uma colheita abundante.
Encontrando os Inacessíveis
Pastor Choi No dia seguinte ao festival Chusok (tradicional festival da colheita), um estranho grupo de pessoas visitou a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Hadong, localizada na região sul da península coreana. Sung-Hun Choi, pastor dessa igreja, estava com medo de atendê-los, pois estavam muito desfigurados. Os dedos estavam em terrível estágio de decomposição, as sobrancelhas haviam caído e havia sérias e visíveis lesões na pele. Os visitantes vinham de uma colônia de leprosos próxima. Na verdade, a visão era tão repulsiva que o pastor sequer conseguia olhar diretamente para eles.
O pastor Choi, no entanto, era apaixonado pela obra de Deus. Quando foi convidado pelos leprosos para ir e pregar a mensagem de Deus, decidiu trabalhar para eles. “Eu não podia rejeitar o convite, pois vi um apelo em seus olhos. Descobri que, realmente, desejavam receber a mensagem de Deus e a esperança do Céu”, ele afirmou. Esse foi um encontro providencial para o pastor Choi, quando decidiu concentrar seu ministério, pelo resto da vida, nas pessoas que sofriam com a lepra.
Salvo por Milagre
Sung-Hun Choi nasceu numa pequena aldeia coreana, no dia 3 de fevereiro de 1913, ou seja, três anos após as três mensagens angélicas terem sido introduzidas na Coreia, pequeno país asiático cuja economia na época, dependia quase exclusivamente da agricultura. Como a maior parte de seus vizinhos, ele vivia em extrema pobreza, pois, com a ocupação japonesa, a vida era muito difícil. Abençoado com um forte espírito de independência e sinceridade, Choi superou muitas lutas e tribulações e, quando jovem, fez importantes escolhas. Foi nessa época que ele se tornou adventista. Em 1940, quando tinha 27 anos de idade, foi batizado na igreja adventista local e se tornou colportor durante os difíceis anos da II Guerra Mundial.
Tempos Difíceis
MÃOS LEVANTADAS: Membros da Igreja de Youngshinwon.Em 1943, a Igreja Adventista da Coreia foi oficialmente dissolvida pelas autoridades japonesas. Essa foi a experiência mais difícil para os adventistas coreanos. Não podiam se reunir em igrejas e seus líderes foram espalhados por todas as direções. Entretanto, alguns pastores decidiram resistir e cuidar das igrejas e de seus membros. Eles formaram igrejas secretas que se reuniam para adorar e orar. Em Jangmae-ri, perto de Pyongyang, Choi fundou uma igreja secreta e mantinha os cultos regulares aos sábados. Um sábado, pela manhã, um policial foi à aldeia para procurar pela igreja secreta. O estudo da Lição da Escola Sabatina havia terminado. Choi instruiu os membros que voltassem para suas casas, assim que ouviu da aproximação da polícia. Ele esperou ansiosamente pela chegada dos policiais, após esconder todas as Bíblias e hinários. Ninguém, porém, foi ao lugar secreto. A polícia simplesmente retirou-se da aldeia. Deus usou o líder daquela comunidade para convencê-los a abandonar a busca pelos adventistas. Graças à sua intervenção persuasiva, os policiais foram embora e o pastor Choi atravessou ileso por outra crise.
Tempos Difíceis
FOTO OFICIAL: O pastor Choi, com sua esposa, e M. V. Campbell, ex-vice presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Em 1954, Sung-Hun Choi tornou-se pastor de tempo integral. Após se formar pelo Korean Union College, foi para Hadong como pastor de igreja e trabalhou muito para pregar as três mensagens angélicas naquela área. Foi nesse período que ele se encontrou com os leprosos de um lugarejo próximo a Hadong. Esse encontro mudou sua vida e ele trabalhou entre os leprosos daquele momento até o fim da vida. Essa tarefa, entretanto, não foi fácil. Logo no início, por causa da ignorância e do preconceito, ele não conseguia chegar perto deles. Embora cumprimentasse sua congregação leprosa após o culto, pensava ser impossível comer junto com eles em suas casas. Temia ser infectado com a doença. Um dia, como prova de gratidão, um casal de leprosos o convidou para comer com eles em seu humilde lar. Ele sabia que se rejeitasse o convite dando alguma desculpa, eles ficariam desapontados e abandonariam o cristianismo, pois eram novos na fé. Mesmo com medo, sabia que, como pastor, devia mostrar-lhes o amor de Deus. Assim, aceitou o convite e tomou a refeição com eles. Daquele dia em diante, percebeu que se tornara um verdadeiro pastor de leprosos. Ele se tornou o grão do trigo para os leprosos na Coreia, conseguindo não apenas recursos necessários para aquela comunidade esquecida, mas também compartilhando praticamente todas as dores e alegrias daquele povo, por meio de seu ministério e envolvimento pessoal.
Choi trabalhou por quarenta anos como pastor. Ele dedicou a maior parte desse tempo ao cuidado dos leprosos de Youngshinwon, em Hadong, Aejowon, em Chungmu, Sosaengwon, em Iksan e outros lugares. Construiu muitas igrejas, centros de treinamento para filhos de leprosos e asilos para leprosos idosos. Após jubilar-se oficialmente do ministério, continuou com a mesma paixão até o fim de sua vida. Certamente Deus usou o pastor Choi para abrir as portas da missão a seus irmãos adventistas na Coreia. Foi um grande homem de Deus, sendo lembrado pelos adventistas coreanos como o santo dos leprosos. Ele realmente tocou os intocáveis.
Kuk-Heon Lee trabalha como capelão e professor na Universidade Sahmyook, Coreia. É formado pelo Newbold College Inglaterra, e pela Universidade Sahmyook. É especialista em história da igreja.
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