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As pedras no Caminho de Darwin

Os “hoaxes” (farsa) cometidos na história do evolucionismo são citados pelos criacionistas e os não-evolucionistas com muita constância e veemência. Os mais célebres:

O homem de Piltdown 1 – Eanthropus Dawsoni (homem de Dawn). Este homem estava representado por uma mandíbula e parte de um crânio e foi encontrado pelo médico Charles Dawson, em 1812, numa fossa perto de Piltdown – Inglaterra.
O osso da mandíbula se assemelha ao da mandíbula de um símio, mas os dentes nela encravados tinham a forma dos dentes humanos. O crânio também possuía, claramente, a forma humana. Este fóssil teve suas amostras combinadas e etiquetadas como sendo: “homem de Dawn”. Sua idade foi estimada em 500.000 anos.

Mas o “homem de Dawn” foi um clamoroso engano! Seu crânio, realmente, era humano (500 anos aproximadamente), mas as mandíbulas pertenceram a um macaco moderno cujos dentes haviam sido limados para que se assemelhasse aos dentes humanos. Durante 50 anos ele foi festejado, ciosamente guardado, defendido de críticas autoritariamente e muito citado pelas maiores autoridades da época nesta matéria que o examinaram detalhadamente. Referindo-se a este caso assim se manifestou Sir Solly Zuckerman: “É muito duvidoso que haja algo de ciência na busca dos antepassados fósseis do homem”.

Ramapithecus – Durante anos, o Ramapithecus pontificou como sendo a primeira leva da linha dos macacos que havia evoluído para o homem – há 14 milhões de anos – a “Scientific American” publicou um artigo em maio de 1977, do Dr. Elwyn Simons que dizia o seguinte:
“Este primata extinto é o hominídeo mais antigo que possui, distintamente, a forma humana, membro da árvore familiar do homem.A pesquisa de muitas das suas mostras esclareceu o seu lugar na evolução humana”. Confidencialmente, Simons concluiu: “ Agora se pode traçar, sem temor de contradição, a trajetória dos hominídeos generalizados até o gênero humano”.

Na revista Time (7/11/1977) Simons salientou a importância crucial do Ramapithecus como sendo um antecedente dos hominídeos: “O Rampithecus se encontra estruturado como sendo um antecedente dos hominídeos.Se ele não tivesse existido, algum dia não teríamos algo como isto”.

Esta confiança do Dr. Simons em relação ao Rampithecus surpreendeu a muitos cientistas, uma vez que a Scientific American (226:24,12972) havia publicado o estudo apurado do Rampithecus, feito pelo Dr. Robert Eckardt, que havia realizado 24 medidas diferentes dos dentes de duas espécies de Dryopithecus (fóssil de um macaco) e de uma espécie de Ramapithecus. O Dr. Eckardt havia comparado o grau de variação destas medidas com medidas similares de uma povoação de chimpanzés modernos e o resultado foi o de que os dentes dos chimpanzés modernos possuíam uma variação maior do que a existente entre o Dryopithecus e o Ramapithecus. O Dr. Eckardt achou significativo o seguinte: o Rampithecus tinha sido considerado como sendo um ancestral hominídeo, exatamente, se tomando como base os seus dentes.
A sua conclusão: “Não há uma prova persuasiva para a existência de alguma espécie hominídea no intervalo do Plioceno, a não ser que o termo hominídeo signifique., simplesmente, algum indivíduo, símio, que casualmente possuía dentes pequenos e, correspondentemente, uma casa pequena”.

... “o caso do Rampithecus como sendo um hominídeo, não tem sentido, e os fragmentos de material fóssil deixam abertas muitas questões. Richard Leaky (American Scientist 64:174,1976)”.
Posteriormente, Elwyn Simons (1961) e Genet Vercin (1969) utilizando os mesmos fragmentos do maxilar do Ramapithecus, chegaram a conclusões idênticas: maxilar em forma de U, típica dos macacos, e existem, até hoje, animais com as mesmas arcadas dentais idênticas às do Rampithecus, por exemplo: um babuíno de altitude que vive na Etiópia (Theropithecus galada), além da arcada dentária, possui casa pequena, caninos pouco comuns (como os do Ramapithecus) e se parecem com os homens, da mesma forma que o Rampaithecus e Australopithecus. Seus dentes demonstram uma dieta específica e não a evolução.

O homem de Nebraska: Hesperopithecus haroldcookü –Henry Farfield Osborn recebeu um dente que Mr. Cook disse ter encontrado em depósitos do Plioceno, no estado de Nebraska (1922). Osborn era o diretor do American Museum de História Natural, na época. Osborn, encantado, proclamou que o dente possuía características do homem e macaco, portanto, seria de um ancestral do homem. Vários cientistas de fama apoiaram Osborn. O “Illustrated London Daily News” Londres, publicou desenhos que nos mostravam o homem de Nebraska e a sua mulher. Este dente suscitou debates e num deles, denominado “Monkey” (macaco), foi mostrado como sendo uma prova irrefutável da ascendência animal do homem. Celebridades locais, que não acreditavam na ancestralidade humana do dente, foram ridicularizadas por Osborn. Dentre eles, William Jennings Bryan, que sempre vivera no local – “a terra fala a Bryan desde o seu próprio estado de Nebraska”, disse Osborn. “O dente do hesperopithecus é como um sussurro, como uma pequena voz. Soa, mas é difícil de se ouvir. Este pequeno dente nos diz volumes inteiros de verdades, volumes estes nos quais estão as provas de que os homens descendem do macaco”.
Em 1927, outras partes do esqueleto desse homem foram encontradas e o ... “pequeno sussurro” não passou a ser ouvido: ele era nada mais do que o dente de uma espécie extinta de um cerdo (peccary)!


Outros Enganos

Australopithecus, Australopithecus Afarensis e Homo Habilis. O homo habilis nasceu ilegitimamente com o Zinjanthropus, que Louis Leaky considerou como sendo “Homo Habilis” e o responsável pelas ferramentas enterradas com ele. Depois, foi reconhecido o fato de que o Zinj era um Australopithechine. Em 1964, Louis Leaky registrou quatro mostras fósseis encontradas em Olduvai Gorge e, segundo Leaky e seus colaboradores, portadoras de crânios maiores do que os do Australopithechines e que, portanto, mereciam serem chamados de “Homo Habilis”.
As opiniões de vários cientistas como Wilfrid Legros Clark, Donald Johanson (autor de Lucy) e outros, pode ser sintetizada na opinião de C. Loring Brace:
“O Homo Habilis é um grupo taxonômico vazio que foi proposto inadequadamente e que deveria formalmente desaparecer”.

Notas:
Stephen J. Gould afirmava, peremptoriamente, que o paleontólogo e padre jesuíta, Teillard de Chardin, esteve, ativamente implicado nos “affaris” do “Homem de Piltdown” e no “Homem de Pequim”. Chardin foi um dos entusiastas envolvidos nestas descobertas. Gould supunha que o famoso cientista jesuíta foi um dos falsificadores, entretanto, nada foi esclarecido a respeito.
Eduardo
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