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Debate: Rick Warren X Sam Harris
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21042010
Debate: Rick Warren X Sam Harris
No texto anterior, vimos como identificar, em linhas gerais, se um ideólogo é um fraudador intelectual ou não. No caso da maioria absoluta dos neo ateus, vemos que são desonestos. Agora, vou explorar um pouco as conseqüências de não se perceber que a outra parte é desonesta.
Antes de tudo, tratarei do contexto do diálogo honesto, em que os dois debatedores, lado a lado, estão buscando conhecimento. Ora, aí é fácil, pois podemos notar que a informação recebida por cada uma das partes é assimilada, e, se surgirem discordâncias, elas são tratadas de forma honesta. Por ambas as partes. Enfim, aí existe troca de informação e um aprendizado mútuo.
Esse é o motivo pelo qual eu distancio os ateus tradicionais dos neo ateus nas refutações tratadas neste blog. Um ateu tradicional não possui um filtro automático que lhe impeça de dialogar de maneira civilizada com a outra parte, já um neo ateu possui este filtro. Sendo que o neo ateu não possui nenhum traço de respeito nem pelo oponente e nem por suas idéias, obviamente que não temos mais um debate, e sim um caso de acusação e defesa, que, naturalmente, deveria ser compartilhado por ambas as partes. Infelizmente, em muitos casos, muitos cristãos nem sequer perceberam que o outro está apenas preparando armadilhas para ele, e entram de coração aberto, tornando-se presas fáceis para a propaganda neo ateísta. [N.E. - Esse texto prossegue a idéia básica tratada já aqui e aqui]
Vejamos, por exemplo, um debate que ocorreu entre o neo ateu Sam Harris e o cristão evangelista Rick Warren.
No debate, Sam Harris já começou com um estratagema: “Não há evidência para um Deus como o que você descreve, e é importante notar que todos nós somos ateus a respeito de Zeus e de milhares de outros deuses mortos para os quais não há mais adoração nos dias atuais”, lançando, em seguida, o questionamento desafiador para Warren: “Rick, qual é a evidência para a existência do Deus de Abraão?”
A resposta de Rick não poderia ser mais ingênua, até infantil. Agindo como se estivesse conversando com um amigo ou com seus filhos, Rick disse: “Eu vejo as digitais de Deus por toda a parte. Eu as vejo na cultura. Eu as vejo nas leis. Vejo-as na literatura. Vejo também na natureza. Vejo-as em minha própria vida. Tentar entender de onde veio Deus é como uma formiga tentar entender a Internet. Mesmo o cientista mais brilhante iria concordar que nós temos apenas uma fração de uma percentagem do conhecimento do universo”.
Obviamente, Warren não argumentou, e sim apenas apresentou seus sentimentos… a um adversário. Obviamente, Harris se deu bem, pois pôde concluir o seguinte: “Qualquer cientista deve concordar que nós NÃO (*) compreendemos o universo por completo. Mas nem a Bíblia e nem o Corão representam nosso melhor entendimento do universo. Isso é primorosamente claro”.
Infelizmente, Warren apenas ajudou o seu adversário a realizar sua propaganda. Ora, logo no começo o debate já começou errado, pois era “God Debate”, mas poderia ser algo como “A Clash Between a Theist and a Neo Atheist”, pois aí ambas as ideologias seriam colocadas sob julgamento. Harris, espertamente, sabia que o melhor era manter a crença de Harren sob julgamento, mas não a dele. Cabia a Warren perceber esse estratagema do oponente, e ele não percebeu. Mais ainda. Warren foi tolo o suficiente para declarar suas SENSAÇÕES SUBJETIVAS em um debate entre oponentes ideológicos.
Claro que Harris não cometeria esses erros, pois ele está lá para ridicularizar Warren a partir de tudo que este disser. E se Warren comete o erro de declarar suas crenças subjetivas, ele se torna mais ridicularizável ainda.
A ingenuidade de Warren é tamanha que ele não percebeu que a todo momento Harris estava cometendo a inversão de planos, levando a discussão sobre “provas” da existência de Deus para o aspecto do teste, como nos moldes de uma teoria científica – e o plano da discussão correto seria o metafísico, em que os argumentos seriam lógicos, contra ou a favor a existência de Deus. Além do mais, Harris usou o estratagema claramente boboca “Todos São Ateus”.
O comportamento ridículo de Warren pode ser explicado por um fator: ele não conseguiu perceber que estava diante de um adversário desonesto e mal intencionado. Provavelmente, ele achava que estava em uma discussão para troca de conhecimento, onde até declarações subjetivas são aceitas – um exemplo é a prática da gestão do conhecimento, em que o conhecimento tácito é valorizado. Ao contrário, Harris sabia que estava em um embate, e que Warren seria sua vítima. Este último apenas foi incapaz de perceber o óbvio. Se não percebeu, e permitiu-se a ridicularização, Warren no fim foi apenas útil para a propaganda de Harris.
Esse é o trágico cenário de muitos debates entre cristãos e neo ateus. Os neo ateus adentram em campo com todos os seus estratagemas, e pleno desrespeito ao oponente, e o cristão não consegue sequer perceber isso. Pelo contrário, muitos cristãos dão o direito de arena, e alguns até dão a posição de “moderador” a alguns neo ateus em suas comunidades. Obviamente, o neo ateu está ali para fazer propaganda, e muitos cristãos não, posicionando-se para a discussão honesta. Tecnicamente, digamos que esse tipo de cristão aceita jogar pelas regras do oponente.
Antes de tudo, tratarei do contexto do diálogo honesto, em que os dois debatedores, lado a lado, estão buscando conhecimento. Ora, aí é fácil, pois podemos notar que a informação recebida por cada uma das partes é assimilada, e, se surgirem discordâncias, elas são tratadas de forma honesta. Por ambas as partes. Enfim, aí existe troca de informação e um aprendizado mútuo.
Esse é o motivo pelo qual eu distancio os ateus tradicionais dos neo ateus nas refutações tratadas neste blog. Um ateu tradicional não possui um filtro automático que lhe impeça de dialogar de maneira civilizada com a outra parte, já um neo ateu possui este filtro. Sendo que o neo ateu não possui nenhum traço de respeito nem pelo oponente e nem por suas idéias, obviamente que não temos mais um debate, e sim um caso de acusação e defesa, que, naturalmente, deveria ser compartilhado por ambas as partes. Infelizmente, em muitos casos, muitos cristãos nem sequer perceberam que o outro está apenas preparando armadilhas para ele, e entram de coração aberto, tornando-se presas fáceis para a propaganda neo ateísta. [N.E. - Esse texto prossegue a idéia básica tratada já aqui e aqui]
Vejamos, por exemplo, um debate que ocorreu entre o neo ateu Sam Harris e o cristão evangelista Rick Warren.
No debate, Sam Harris já começou com um estratagema: “Não há evidência para um Deus como o que você descreve, e é importante notar que todos nós somos ateus a respeito de Zeus e de milhares de outros deuses mortos para os quais não há mais adoração nos dias atuais”, lançando, em seguida, o questionamento desafiador para Warren: “Rick, qual é a evidência para a existência do Deus de Abraão?”
A resposta de Rick não poderia ser mais ingênua, até infantil. Agindo como se estivesse conversando com um amigo ou com seus filhos, Rick disse: “Eu vejo as digitais de Deus por toda a parte. Eu as vejo na cultura. Eu as vejo nas leis. Vejo-as na literatura. Vejo também na natureza. Vejo-as em minha própria vida. Tentar entender de onde veio Deus é como uma formiga tentar entender a Internet. Mesmo o cientista mais brilhante iria concordar que nós temos apenas uma fração de uma percentagem do conhecimento do universo”.
Obviamente, Warren não argumentou, e sim apenas apresentou seus sentimentos… a um adversário. Obviamente, Harris se deu bem, pois pôde concluir o seguinte: “Qualquer cientista deve concordar que nós NÃO (*) compreendemos o universo por completo. Mas nem a Bíblia e nem o Corão representam nosso melhor entendimento do universo. Isso é primorosamente claro”.
Infelizmente, Warren apenas ajudou o seu adversário a realizar sua propaganda. Ora, logo no começo o debate já começou errado, pois era “God Debate”, mas poderia ser algo como “A Clash Between a Theist and a Neo Atheist”, pois aí ambas as ideologias seriam colocadas sob julgamento. Harris, espertamente, sabia que o melhor era manter a crença de Harren sob julgamento, mas não a dele. Cabia a Warren perceber esse estratagema do oponente, e ele não percebeu. Mais ainda. Warren foi tolo o suficiente para declarar suas SENSAÇÕES SUBJETIVAS em um debate entre oponentes ideológicos.
Claro que Harris não cometeria esses erros, pois ele está lá para ridicularizar Warren a partir de tudo que este disser. E se Warren comete o erro de declarar suas crenças subjetivas, ele se torna mais ridicularizável ainda.
A ingenuidade de Warren é tamanha que ele não percebeu que a todo momento Harris estava cometendo a inversão de planos, levando a discussão sobre “provas” da existência de Deus para o aspecto do teste, como nos moldes de uma teoria científica – e o plano da discussão correto seria o metafísico, em que os argumentos seriam lógicos, contra ou a favor a existência de Deus. Além do mais, Harris usou o estratagema claramente boboca “Todos São Ateus”.
O comportamento ridículo de Warren pode ser explicado por um fator: ele não conseguiu perceber que estava diante de um adversário desonesto e mal intencionado. Provavelmente, ele achava que estava em uma discussão para troca de conhecimento, onde até declarações subjetivas são aceitas – um exemplo é a prática da gestão do conhecimento, em que o conhecimento tácito é valorizado. Ao contrário, Harris sabia que estava em um embate, e que Warren seria sua vítima. Este último apenas foi incapaz de perceber o óbvio. Se não percebeu, e permitiu-se a ridicularização, Warren no fim foi apenas útil para a propaganda de Harris.
Esse é o trágico cenário de muitos debates entre cristãos e neo ateus. Os neo ateus adentram em campo com todos os seus estratagemas, e pleno desrespeito ao oponente, e o cristão não consegue sequer perceber isso. Pelo contrário, muitos cristãos dão o direito de arena, e alguns até dão a posição de “moderador” a alguns neo ateus em suas comunidades. Obviamente, o neo ateu está ali para fazer propaganda, e muitos cristãos não, posicionando-se para a discussão honesta. Tecnicamente, digamos que esse tipo de cristão aceita jogar pelas regras do oponente.
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