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Sobre a Arte de Debater (Por William Lane Craig)
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21042010
Sobre a Arte de Debater (Por William Lane Craig)
Na foto, Dr. William Lane Craig debatendo comChristopher Hitchens, em 2009. Questão 1:Caro Dr. Craig,Eu sou bastante inspirado pelo seu trabalho. Atualmente eu estou concluindo meu bacharelado em Teologia pela Southeastern University. Eu adoro assistir aos seus debates, ouvir suas palestras, etc. Minha questão é simples. Leia Mais...
Sobre a Arte de Debater (Por William Lane Craig)
Tenho comentado neste blog sobre como seria importantíssimo para os cristãos se fazerem respeitar. Neste texto, é o momento apropriado para que eu deixe clara a diferença entre se fazer respeitar e pedir respeito. [N.E. – Eu considero que a maioria dos leitores deste blog sejam de pessoas que se façam respeitar, portanto o "puxão de orelha" não deve ser encarado como uma mensagem direta a todos]
Visualizando os religiosos como um todo, caso não se façam respeitar serão cada vez mais retirados do debate público, e a religião terminará permanecendo apenas na esfera popular. Na camada formadora de opinião, não haverá espaço para o religioso, e o religioso que por lá permanecer terá vida quase impossível (ao passo que hoje é o que podemos chamar de vida difícil). Tudo isso, claro, será consequência da falta de treino para que muitos dos cristãos se façam respeitar.
A diferença principal entre pedir respeito e se fazer respeitar é que o primeiro é um ato formal, já para uma tentativa de reparação de um dano. Ao passo que se fazer respeitar é agir de tal forma que obrigatoriamente o outro terá que lhe respeitar. Não há opção para ele, se ele quiser te desrespeitar, a não ser que ele queira colocar uma arma em sua cabeça. Isso, é claro, no embate individual (entre um teísta e um cristão). No cenário do conflito coletivo, no entanto, os princípios são semelhantes.
Como o embate entre neo ateus e teístas ainda está no campo da guerra intelectual (sem uma expectativa breve de partirmos para o conflito armado, felizmente), cabe então ao cristão definir se será respeitado ou não. Mas como? Se os neo ateus entram em campo prontos para o desrespeito, como isso pode ser uma decisão do cristão? Este artigo mostrará que a decisão não é do neo ateu, mas sim do cristão.
Como exemplo posso citar uma gerente de recursos de uma consultoria. Ela era responsável pelo agendamento das demandas de projetos de auditoria relacionados a um sistema específico. Ela possuía 8 profissionais dentro de um “baseline” (ou seja, os projetos só poderiam ser agendados dentro desse esforço previsto). Quando os líderes de projeto chegavam para ela e solicitavam, de última hora, que ela arrumasse um grupo de profissionais para começar no mesmo dia um NOVO projeto ela dizia algo como: “Infelizmente, não é possível, pois estamos com o baseline lotado, e para demandas excedentes, é preciso de solicitação com 5 dias de antecedência”. Após alguma insistência dos líderes de projeto, ela dizia: “Ok, atenderemos o projeto, mas teremos que atrasar algum outro, pois não há tempo hábil para aumentar a equipe, tudo bem?”. No que, naturalmente, concordavam. Note que ela atendeu as expectativas, mas, como se diz no jargão popular, não “abriu as pernas”.
Pode parecer curioso, mas nas organizações, aqueles que abaixam a cabeça e não sabem dizer “não” acabam sendo, pouco a pouco, desrespeitados, a ponto de serem bode expiatório para tudo. Pois, se a gerente de recursos disesse “amém” para tudo que os outros lhe pedissem, sem senso crítico, obviamente os outros pensariam que ali não há barreiras intrasponíveis. Naturalmente isso tornaria as pessoas “mal acostumadas” no trato com ela. E, quando ela negasse o primeiro pedido, seria atacada. Mas, ao contrário, ela reage de forma justa, sem se negar a atender o cliente, e então este a respeita. Ora, ela não precisou pedir para ninguém respeita-la, mas ela agiu de forma que o respeito por ela surgiu de forma natural. Esse comportamento inclui vários padrões, que influem firmeza de caráter, não aceite dos joguetes psicológicos do oponente, não agir de forma submissa (embora sendo gentil com alguém que é gentil contigo), etc. No ambiente profissional, quanto mais alguém age dessa forma mais é valorizado, ao passo que aquele totalmente submisso constrói aos poucos sua própria ruína.
Em suma, se fazer respeitar é ser assertivo. Asserção é uma afirmação, que vem do latir afirmare, ou seja, tornar firme e declarar com firmeza. Isso é uma virtude, pois configura força de caráter. Podemos dizer que a assertividade origina-se na imagem que alguém tem de si próprio, sendo uma manifestação de auto-estima. A qualidade dessa auto-estima depende da própria pessoa, e não dos outros. A confiança e o respeito que alguém tem por si próprio é o que determina isso, e não a postura dos outros, principalmente dos oponentes.
Transcendendo para o cenário dos debates, a mesma regra vale: caso o seu oponente notar que você não é assertivo (aliás, o termo cristão manso poderia ser a antítese de alguém assertivo), aí ele sabe que poderá lhe desrespeitar o quanto quiser, pois sua auto-estima é baixa. Agindo assim, o cristão manso (ou seja, não-assertivo) passa a ser FUNCIONAL. No caso, funcional para a propaganda neo ateísta. O neo ateu irá entrar em debates com esses não-assertivos, humilhá-los, e estes nem terão vontade de responder. Em seguida, claro, o neo ateu irá para a comunidade dos seus amigos, colará o debate e declarará “Ateus 10 X Cristãos 0″. É sempre assim que funciona.
Sendo que fica claro o comportamento extremamente danoso à religião (que é a mansidão, a postura de alguém que não se faz respeitar), preciso, claro, apresentar a antítese desse comportamento.
Vejamos, por exemplo, recentemente, quando um neo ateu entrou na comunidade CDA e disse “Cadê os seus motivos para acreditar em Deus?”, no que lhe respondi “Não é da tua conta, não discutirei motivações com você, só argumentos”. Ele tentou de novo “Mas eu quero saber”, e eu “Não me importo com o que você quer, aqui eu só discutirei argumentos”. Em seguida, ele questionou “Cadê suas provas para Deus?”, e a minha resposta: “Quando você fala de provas, seja específico em relação a quais provas você espera”. Esforçado, ele tentou novamente: “Ah, qualquer uma, me diga uma evidência e eu decido se é bom ou não”. Obviamente, eu o desmascarei, dizendo: “Não é assim que se define um compliance, é você, o investigador, que tem que definir a evidência esperada. Preciso te desmascarar tão cedo?”. E assim, sucessivamente, sem dar chances para que ele implemente estratagemas de ridicularização. Obviamente, eu ME FAÇO respeitar, pois eu não peço respeito aos neo ateus. Assim como não peço respeito aos marxistas. Eles tem que ser contra meu paradigma comportamental mesmo, e eu dou o respeito a eles na medida que eles dão aos religiosos e aos conservadores, respectivamente.
Portanto, repito, mesmo sabendo que esse “puxão de orelha” não vale para a maioria dos leitores aqui. No cenário intelectual, restrito, é você quem define se será respeitado ou não. No cenário intelectual mais amplo, é uma categoria que define isso. Se uma pequena parte dos cristãos reage de forma enérgica aos estratagemas de difamação e ofensa, obviamente o adversário vai levar vantagem. Quanto mais religiosos agirem de forma enérgica às difamações, mais respeito será obtido.
Quando um neo ateu tenta o escárnio, use escárnio de volta. Tecnicamente, se os argumentos deles são geralmente furados, explore-os, oras. Desmascare-os em público. Não tenha medo de chamá-los de farsantes intelectuais, principalmente após eles contarem uma mentira. Exponha as fraudes deles, principalmente quando maquiam números. Ao tentarem ditar as regras de uma comunidade cristã, diga a eles: “Aqui você não tem direitos, tem privilégios”. Até por que nas comunidades de ateus, eles não dão espaço ao cristão. Enfim, retribua com energia e assertividade.
Se você não quiser ser assertivo, é um problema não apenas teu, mas sim dos cristãos. Você está colaborando para impactos ao cristianismo como um todo, pois se o objetivo deles é causar impactos na religião, a mera aceitação da propaganda deles (sempre de ridicularização e difamação) é uma colaboração involuntária não com os objetivos dos cristãos, mas sim com os objetivos dos neo ateus. E, caso você não tenha vontade e nem energia para agir assertivamente, procure pensar nos outros cristãos, que estão sendo impactados por sua atitude. Simplesmente não podemos deixar de ver as coisas como elas são: a postura não-assertiva dos religiosos em debates com os neo ateus só causa danos a religião e apenas benefícios aos neo ateus.
Enfim, a postura assertiva permite que alguém reconheça que não se deve rebaixar a ninguém. E ainda lhe poupa tempo, pois você nem precisará reclamar de que “não é respeitado”. Ao ser desrespeitado, você sabe que automaticamente está se permitindo desrespeitar. A partir dessa consciência, você começará a saber que os outros tem que te respeitar. E caso não respeitarem, senão desmascarados e humilhados. E você não precisa agredir com isso. No contexto da guerra intelectual, realmente os anti-religiosos estão em vantagem (e os neo ateus são apenas o carro-chefe deles), mas isso apenas é por que vários cristãos estão deixando.
Se é preciso de um modelo de ação, recomendo a observação do duelo entre conservadores e liberais nos Estados Unidos. Finalmente, depois de muito tempo de hegemonia cultural liberal, há uma forte reação de conservadores, que não poupam palavras e refutações aos liberais. Enfim, estão começando a se fazer respeitar. Autores com Ann Coulter, Glenn Beck, Dinesh D’Souza e vários outros não economizam desmascaramentos de desonestidades. Estão finalmente dando uma lição ao oponente. E não precisam agredir fisicamente ninguém por isso. Pois, quando eu falo em retribuir com energia os ataques, isso não significa nem xingar e nem agredir fisicamente, mas sim desmascarar e não deixar difamações barato. Até o escárnio deve ser retribuído.
E não pense que você está fazendo algo errado com isso. De forma alguma. Pois essa postura, a qual defendo, é a que fará com que eles te respeitem e respeitem aos teus. Além do mais, o ato de se fazer respeitar pode ser um diferencial em relação ao destino dos cristãos. Pois, se hoje eles usam de difamação e escárnio, caso não exista um revide à altura, isso tenderá a aumentar, e, se eles conquistarem 100% a hegemonia cultural, dominando a mídia, e interferindo definitivamente e sem freios na vida política, a história nos mostra o que acontece com um povo quando este é vítima de difamações oriundas de generalização, não? Eu não estou sendo exagerado em citar os campos de concentração…
É por isso que defendo, que, se quiserem evitar o pior no futuro, a primeira dica importante é aquela que funciona perfeitamente na atuação de pessoas e grupos nas organizações: se faça respeitar primeiro. E, sem ter feito isso, nem sonhe em pedir que os outros lhe respeitem, pois não vão respeitar mesmo. Quando eu citei os campos de concentração, falei do estágio de conclusão de um processo, que teve, no início, pura e simplesmente o uso de campanha difamatória e demonização de um povo. Hoje, em relação aos cristãos, os neo ateus, amparados pela mídia, estão exatamente neste processo de difamação e demonização. Se o objetivo final é o extermínio físico? Claro que eu não posso afirmar isso. Mas podemos estudar a história e ver o que isso geralmente resulta, correto? Você quer correr o risco? Eu não.
Por isso, prevenir é melhor que remediar. Se fazer respeitar é simplesmente uma mudança de postura, e além de tudo é simples de ser implementada. Se baseia em unicamente mudar a perspectiva e identificar os estratagemas de seu oponente e não permitir que ele se adiante em sua implementação. Não é diferente de coibir um processo de fraude enquanto você percebe que ele está ocorrendo. Além de ser simples e fácil, o que importa é a noção de que sua vida (e a dos cristãos em geral) pode depender disso.
Sobre a Arte de Debater (Por William Lane Craig)
Tenho comentado neste blog sobre como seria importantíssimo para os cristãos se fazerem respeitar. Neste texto, é o momento apropriado para que eu deixe clara a diferença entre se fazer respeitar e pedir respeito. [N.E. – Eu considero que a maioria dos leitores deste blog sejam de pessoas que se façam respeitar, portanto o "puxão de orelha" não deve ser encarado como uma mensagem direta a todos]
Visualizando os religiosos como um todo, caso não se façam respeitar serão cada vez mais retirados do debate público, e a religião terminará permanecendo apenas na esfera popular. Na camada formadora de opinião, não haverá espaço para o religioso, e o religioso que por lá permanecer terá vida quase impossível (ao passo que hoje é o que podemos chamar de vida difícil). Tudo isso, claro, será consequência da falta de treino para que muitos dos cristãos se façam respeitar.
A diferença principal entre pedir respeito e se fazer respeitar é que o primeiro é um ato formal, já para uma tentativa de reparação de um dano. Ao passo que se fazer respeitar é agir de tal forma que obrigatoriamente o outro terá que lhe respeitar. Não há opção para ele, se ele quiser te desrespeitar, a não ser que ele queira colocar uma arma em sua cabeça. Isso, é claro, no embate individual (entre um teísta e um cristão). No cenário do conflito coletivo, no entanto, os princípios são semelhantes.
Como o embate entre neo ateus e teístas ainda está no campo da guerra intelectual (sem uma expectativa breve de partirmos para o conflito armado, felizmente), cabe então ao cristão definir se será respeitado ou não. Mas como? Se os neo ateus entram em campo prontos para o desrespeito, como isso pode ser uma decisão do cristão? Este artigo mostrará que a decisão não é do neo ateu, mas sim do cristão.
Como exemplo posso citar uma gerente de recursos de uma consultoria. Ela era responsável pelo agendamento das demandas de projetos de auditoria relacionados a um sistema específico. Ela possuía 8 profissionais dentro de um “baseline” (ou seja, os projetos só poderiam ser agendados dentro desse esforço previsto). Quando os líderes de projeto chegavam para ela e solicitavam, de última hora, que ela arrumasse um grupo de profissionais para começar no mesmo dia um NOVO projeto ela dizia algo como: “Infelizmente, não é possível, pois estamos com o baseline lotado, e para demandas excedentes, é preciso de solicitação com 5 dias de antecedência”. Após alguma insistência dos líderes de projeto, ela dizia: “Ok, atenderemos o projeto, mas teremos que atrasar algum outro, pois não há tempo hábil para aumentar a equipe, tudo bem?”. No que, naturalmente, concordavam. Note que ela atendeu as expectativas, mas, como se diz no jargão popular, não “abriu as pernas”.
Pode parecer curioso, mas nas organizações, aqueles que abaixam a cabeça e não sabem dizer “não” acabam sendo, pouco a pouco, desrespeitados, a ponto de serem bode expiatório para tudo. Pois, se a gerente de recursos disesse “amém” para tudo que os outros lhe pedissem, sem senso crítico, obviamente os outros pensariam que ali não há barreiras intrasponíveis. Naturalmente isso tornaria as pessoas “mal acostumadas” no trato com ela. E, quando ela negasse o primeiro pedido, seria atacada. Mas, ao contrário, ela reage de forma justa, sem se negar a atender o cliente, e então este a respeita. Ora, ela não precisou pedir para ninguém respeita-la, mas ela agiu de forma que o respeito por ela surgiu de forma natural. Esse comportamento inclui vários padrões, que influem firmeza de caráter, não aceite dos joguetes psicológicos do oponente, não agir de forma submissa (embora sendo gentil com alguém que é gentil contigo), etc. No ambiente profissional, quanto mais alguém age dessa forma mais é valorizado, ao passo que aquele totalmente submisso constrói aos poucos sua própria ruína.
Em suma, se fazer respeitar é ser assertivo. Asserção é uma afirmação, que vem do latir afirmare, ou seja, tornar firme e declarar com firmeza. Isso é uma virtude, pois configura força de caráter. Podemos dizer que a assertividade origina-se na imagem que alguém tem de si próprio, sendo uma manifestação de auto-estima. A qualidade dessa auto-estima depende da própria pessoa, e não dos outros. A confiança e o respeito que alguém tem por si próprio é o que determina isso, e não a postura dos outros, principalmente dos oponentes.
Transcendendo para o cenário dos debates, a mesma regra vale: caso o seu oponente notar que você não é assertivo (aliás, o termo cristão manso poderia ser a antítese de alguém assertivo), aí ele sabe que poderá lhe desrespeitar o quanto quiser, pois sua auto-estima é baixa. Agindo assim, o cristão manso (ou seja, não-assertivo) passa a ser FUNCIONAL. No caso, funcional para a propaganda neo ateísta. O neo ateu irá entrar em debates com esses não-assertivos, humilhá-los, e estes nem terão vontade de responder. Em seguida, claro, o neo ateu irá para a comunidade dos seus amigos, colará o debate e declarará “Ateus 10 X Cristãos 0″. É sempre assim que funciona.
Sendo que fica claro o comportamento extremamente danoso à religião (que é a mansidão, a postura de alguém que não se faz respeitar), preciso, claro, apresentar a antítese desse comportamento.
Vejamos, por exemplo, recentemente, quando um neo ateu entrou na comunidade CDA e disse “Cadê os seus motivos para acreditar em Deus?”, no que lhe respondi “Não é da tua conta, não discutirei motivações com você, só argumentos”. Ele tentou de novo “Mas eu quero saber”, e eu “Não me importo com o que você quer, aqui eu só discutirei argumentos”. Em seguida, ele questionou “Cadê suas provas para Deus?”, e a minha resposta: “Quando você fala de provas, seja específico em relação a quais provas você espera”. Esforçado, ele tentou novamente: “Ah, qualquer uma, me diga uma evidência e eu decido se é bom ou não”. Obviamente, eu o desmascarei, dizendo: “Não é assim que se define um compliance, é você, o investigador, que tem que definir a evidência esperada. Preciso te desmascarar tão cedo?”. E assim, sucessivamente, sem dar chances para que ele implemente estratagemas de ridicularização. Obviamente, eu ME FAÇO respeitar, pois eu não peço respeito aos neo ateus. Assim como não peço respeito aos marxistas. Eles tem que ser contra meu paradigma comportamental mesmo, e eu dou o respeito a eles na medida que eles dão aos religiosos e aos conservadores, respectivamente.
Portanto, repito, mesmo sabendo que esse “puxão de orelha” não vale para a maioria dos leitores aqui. No cenário intelectual, restrito, é você quem define se será respeitado ou não. No cenário intelectual mais amplo, é uma categoria que define isso. Se uma pequena parte dos cristãos reage de forma enérgica aos estratagemas de difamação e ofensa, obviamente o adversário vai levar vantagem. Quanto mais religiosos agirem de forma enérgica às difamações, mais respeito será obtido.
Quando um neo ateu tenta o escárnio, use escárnio de volta. Tecnicamente, se os argumentos deles são geralmente furados, explore-os, oras. Desmascare-os em público. Não tenha medo de chamá-los de farsantes intelectuais, principalmente após eles contarem uma mentira. Exponha as fraudes deles, principalmente quando maquiam números. Ao tentarem ditar as regras de uma comunidade cristã, diga a eles: “Aqui você não tem direitos, tem privilégios”. Até por que nas comunidades de ateus, eles não dão espaço ao cristão. Enfim, retribua com energia e assertividade.
Se você não quiser ser assertivo, é um problema não apenas teu, mas sim dos cristãos. Você está colaborando para impactos ao cristianismo como um todo, pois se o objetivo deles é causar impactos na religião, a mera aceitação da propaganda deles (sempre de ridicularização e difamação) é uma colaboração involuntária não com os objetivos dos cristãos, mas sim com os objetivos dos neo ateus. E, caso você não tenha vontade e nem energia para agir assertivamente, procure pensar nos outros cristãos, que estão sendo impactados por sua atitude. Simplesmente não podemos deixar de ver as coisas como elas são: a postura não-assertiva dos religiosos em debates com os neo ateus só causa danos a religião e apenas benefícios aos neo ateus.
Enfim, a postura assertiva permite que alguém reconheça que não se deve rebaixar a ninguém. E ainda lhe poupa tempo, pois você nem precisará reclamar de que “não é respeitado”. Ao ser desrespeitado, você sabe que automaticamente está se permitindo desrespeitar. A partir dessa consciência, você começará a saber que os outros tem que te respeitar. E caso não respeitarem, senão desmascarados e humilhados. E você não precisa agredir com isso. No contexto da guerra intelectual, realmente os anti-religiosos estão em vantagem (e os neo ateus são apenas o carro-chefe deles), mas isso apenas é por que vários cristãos estão deixando.
Se é preciso de um modelo de ação, recomendo a observação do duelo entre conservadores e liberais nos Estados Unidos. Finalmente, depois de muito tempo de hegemonia cultural liberal, há uma forte reação de conservadores, que não poupam palavras e refutações aos liberais. Enfim, estão começando a se fazer respeitar. Autores com Ann Coulter, Glenn Beck, Dinesh D’Souza e vários outros não economizam desmascaramentos de desonestidades. Estão finalmente dando uma lição ao oponente. E não precisam agredir fisicamente ninguém por isso. Pois, quando eu falo em retribuir com energia os ataques, isso não significa nem xingar e nem agredir fisicamente, mas sim desmascarar e não deixar difamações barato. Até o escárnio deve ser retribuído.
E não pense que você está fazendo algo errado com isso. De forma alguma. Pois essa postura, a qual defendo, é a que fará com que eles te respeitem e respeitem aos teus. Além do mais, o ato de se fazer respeitar pode ser um diferencial em relação ao destino dos cristãos. Pois, se hoje eles usam de difamação e escárnio, caso não exista um revide à altura, isso tenderá a aumentar, e, se eles conquistarem 100% a hegemonia cultural, dominando a mídia, e interferindo definitivamente e sem freios na vida política, a história nos mostra o que acontece com um povo quando este é vítima de difamações oriundas de generalização, não? Eu não estou sendo exagerado em citar os campos de concentração…
É por isso que defendo, que, se quiserem evitar o pior no futuro, a primeira dica importante é aquela que funciona perfeitamente na atuação de pessoas e grupos nas organizações: se faça respeitar primeiro. E, sem ter feito isso, nem sonhe em pedir que os outros lhe respeitem, pois não vão respeitar mesmo. Quando eu citei os campos de concentração, falei do estágio de conclusão de um processo, que teve, no início, pura e simplesmente o uso de campanha difamatória e demonização de um povo. Hoje, em relação aos cristãos, os neo ateus, amparados pela mídia, estão exatamente neste processo de difamação e demonização. Se o objetivo final é o extermínio físico? Claro que eu não posso afirmar isso. Mas podemos estudar a história e ver o que isso geralmente resulta, correto? Você quer correr o risco? Eu não.
Por isso, prevenir é melhor que remediar. Se fazer respeitar é simplesmente uma mudança de postura, e além de tudo é simples de ser implementada. Se baseia em unicamente mudar a perspectiva e identificar os estratagemas de seu oponente e não permitir que ele se adiante em sua implementação. Não é diferente de coibir um processo de fraude enquanto você percebe que ele está ocorrendo. Além de ser simples e fácil, o que importa é a noção de que sua vida (e a dos cristãos em geral) pode depender disso.
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Inscrição : 19/04/2008
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