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Professor da Unicamp defende design inteligente
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06052010
Professor da Unicamp defende design inteligente
Marcos N. Eberlin é, desde 1982, professor doutor titular da Universidade Estadual de Campinas. Realizou pós-doutorado na Purdue University, Estados Unidos, e orientou diversos mestres, doutores e pós-doutores. Entre as pesquisas realizadas por seu grupo, destacam-se os estudos de reatividade de íons na fase gasosa, que levaram à descoberta de vários novos íons e novas reações com diferentes aplicações analíticas e sintéticas. Uma dessas reações hoje leva seu nome: Reação de Eberlin. Membro da Academia Brasileira de Ciências, o Dr. Eberlin é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e autor de mais de 300 artigos científicos com mais de três mil citações. Nascido em Campinas, SP, é casado com Elisabeth Eberlin e tem duas filhas: Thaís e Lívia. Nesta entrevista, concedida a Michelson Borges, o Dr. Eberlin, que é batista, fala de suas pesquisas e de sua fé no Criador. [Leia mais]
Professor da Unicamp defende design inteligente
O Dr. Marcos Eberlin é presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas e membro da Academia Brasileira de Ciências. Professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e autor de mais de 300 artigos científicos com mais de três mil citações. Realizou pós-doutorado na Purdue University, Estados Unidos, e orientou diversos mestres, doutores e pós-doutores. Nesta entrevista concedida ao jornalista Michelson Borges, o Dr. Eberlin procura desfazer alguns mal-entendidos sobre a Teoria do Design Inteligente, que ele defende:
O que é exatamente a teoria do design inteligente (TDI)?
A TDI é uma teoria científica, defendida por uma comunidade crescente de cientistas gabaritados do mundo todo e de várias áreas, e que procura estabelecer metodologia científica robusta capaz de detectar sinais de inteligência na vida e no universo. Através desses métodos, a TDI reinterpreta todo o arsenal de dados riquíssimos e com detalhamento altíssimo disponíveis hoje sobre o funcionamento da vida e do universo. E a partir dessa análise cuidadosa, sem pré-conceitos, desapaixonada e racional, feita dentro de todo o rigor da metodologia científica que rege as ciências históricas, a TDI conclui, procurando seguir os dados aonde quer que eles levem, que esses dados apontam com muita segurança para uma mente inteligente e consciente como a única causa conhecida, necessária e suficiente para a vida e o universo. Ou seja, o design detectado no universo e na vida não é aparente ou ilusório, mas real e inteligente.
Alguns dizem que a TDI é um tipo de criacionismo. O que o senhor diz?
O criacionismo tem várias vertentes, mas a principal é aquela que assume que um Ser todo-poderoso projetou e criou o universo e a vida. O criacionismo bíblico vai muito mais longe e dá nome e endereço ao Criador; descreve Sua intenção e Seus métodos, e faz muitas outras afirmações que estão muito além da capacidade da Ciência de investigá-las, devido às muitas limitações da metodologia científica. Ou seja, o criacionismo parte de pressuposições filosóficas e teológicas, fecha com essas pressuposições e confere a elas racionalidade quando encontra na natureza e, eventualmente, na Ciência suporte às suas teses.
A TDI, porém, não tem absolutamente nada a ver com teses criacionistas, de qualquer vertente. Nelas não se inspira e não se apoia. A TDI busca, pura e simplesmente, da forma mais honesta possível, escrutinar os dados científicos brutos e interpretá-los corretamente, sem absolutamente nenhum pressuposto, nenhuma predefinição de como ou qual seria a nossa conclusão. Concluímos por uma mente inteligente como causa primeira da vida e do universo pela obrigação que todos os cientistas têm de seguir sempre as evidencias, as informações fornecidas pelas caixas-pretas da vida e do universo, deixando ao máximo nossa subjetividade, naturalista ou teísta, de lado. “Escutamos” o que as moléculas que sustentam a vida têm a nos dizer, o que os “ecos moleculares” ecoam, e nada mais! Os dados, as evidências, as interpretações desapaixonadas, esses são os líderes da TDI, sua regra de prática, sem fé!
Os dados, felizmente para os criacionistas e infelizmente para os naturalistas, aqueles obtidos de forma independente e despreconceituosa, coincidem com o cerne da visão criacionista. Isso é inquestionável. Por causa dessa coincidência, casual, alguns desinformados e outros mal-intencionados, por não gostarem da consequência da conclusão da TDI, tentam “colar” na TDI o rótulo de religião, para assim poder classificá-la (e não refutá-la) como pseudociência, tentando tirar o mérito da TDI não pela força dos argumentos, mas pela semântica subjetiva e efêmera de uma pseudoclassificação. Mas contra fatos não há pseudoargumentação ou gosto que resista! E o reconhecimento da TDI como teoria científica sólida é hoje crescente e inevitável.
O biólogo Henrique Paprockim disse recentemente que “o principal problema do Design Inteligente é montar sua teoria em cima de falhas na Teoria da Evolução”. O que você acha dessa declaração?
O Henrique, eu sei, conhece pouco sobre as teses e fundamentos da TDI, e por isso fez essa afirmação equivocada. Mas estou certo de que o que ele viu e ouviu durante o 3º Simpósio Darwinismo Hoje, no Mackenzie, o fará rever sua afirmação. A TDI se baseia em argumentos que, independentemente da existência de teorias concorrentes, apontam para uma mente inteligente como a única causa conhecida, necessária e suficiente da vida e do universo. Ou seja, é pelo nosso conhecimento, hoje muitíssimo amplo, de como a vida e o universo funcionam, que concluímos que a TDI é a melhor teoria sobre nossas origens. Porém, como há uma teoria alternativa, a teoria da evolução, temos por obrigação, e não opção, de examinar a fundo suas teses. E quando essa análise obrigatória é feita, sem o filtro naturalista, vemos claramente não somente falhas, mas sim a absoluta impossibilidade de que a vida e o universo possam ter sido fruto de processos naturais não guiados. Não são lacunas, falhas, mas sim, na realidade, verdadeiros “abismos” nos quais não há explicação convincente. É como dizer que chegamos à Lua pedalando, que lançamos o primeiro astronauta dentro de um barril (e que ele sobreviveu para contar os problemas enfrentados).
Na evolução química, por exemplo, elo fundamental do modelo evolucionista, percebemos a absoluta impossibilidade, chance zero mesmo, do acaso, da pré-destinação, da pseudo-seleção natural pré-biótica, ou da necessidade, ou qualquer combinação desses fatores, de ter criado o L.U.C.A., a primeira forma de vida, com todos os requisitos necessários para a manutenção e reprodução desse “ser nada rudimentar”. Ou seja, na comparação de duas alternativas, vemos uma coleção enorme de dados seguros e inquestionáveis apontando para a ação de uma mente inteligente e consciente. Por outro lado, vemos uma coleção enorme e crescente de “abismos” de impossibilidades e de uma fé cega na geração espontânea e na elaboração de explicações futuras que simplesmente teimam em não aparecer, enquanto os abismos se avolumam e se expandem.
Há quem argumente que a seleção natural favorece certos organismos, pois, na presença de antibióticos, as bactérias resistentes tendem a ser favorecidas. O que dizer disso? Isso prova a evolução?
A resistência de bactérias e vírus às drogas tem sido propagada com muito alarde pelos evolucionistas como prova da evolução. “Evolution in action”, dizem, em alta voz! Mas será que o discurso tem correspondido aos fatos? Será que é mais propaganda do que produto? Gato por lebre? A vida tem, sim, a capacidade de se diversificar, ninguém nega isso, este é o ponto que nos une. Mas tudo indica que essa capacidade de diversificação já está programada em nossos genes e outros registros de informação. E quando isso acontece, informação é gasta, diminui. Ou seja, na vida também “não há lanche grátis”! Vírus ou bactérias, quando adquirem resistência às drogas, o fazem à custa de informação, à custa de perda de informação genética. Geralmente desativam proteínas ou os mecanismos pelos quais as drogas os estavam atacando. Estratégia de guerra, e guerra de trincheira! Nenhuma nova proteína, nenhuma síntese “de novo” é produzida. Nenhum novo ciclo, nenhuma nova máquina molecular. A vida é, sim, flexível, adaptável, mas como sabemos, há sempre um preço a ser pago, e a moeda da vida é a informação.
Paprockim também disse que “Design Inteligente é ter fé, é crer. Ciência é evidência”. É assim mesmo?
A TDI é racionalidade pura, e emana do conhecimento e de fatos, de argumentos lógicos, suportados pela matemática, pela física, química, bioquímica e biologia, pela cosmologia, pela Ciência como um todo. Conheço muito bem a TDI, e nunca encontrei na teoria sequer um único vestígio de fé. Nenhum postulado que assuma qualquer princípio que não sejam aqueles sustentados no que conhecemos, em causas necessárias e suficientes para a complexidade irredutível, para a informação aperiódica funcional e para a antevidência genial que observamos em milhares e milhares de exemplos fornecidos pela vida e pelo universo.
A Ciência é evidência, sim, e a TDI é Ciência em sua essência. Mas a ciência naturalista que apoia e defende a evolução cega e não guiada, produto do tempo e mutações refinadas pela seleção natural, e que defende essa tese dentro das amarras do naturalismo filosófico, e com seus pré-conceitos que dizem quais as conclusões a que devemos chegar, esta, sim, precisa ter fé, e muita. Fé no tempo, fé na geração espontânea do L.U.C.A., fé em “lanche grátis”; fé na infusão extraordinária e “repentina” de informação na Explosão Cambriana; fé em que um dia os elos perdidos serão encontrados; fé no “mundo do RNA”; fé que as suas próprias equações matemáticas que mostram a inviabilidade de seus processos estejam elas mesmas erradas; fé que um dia explicações possam surgir, mesmo quando elas simplesmente parecem não existir. Fé, e um tipo de fé muito ruim, do tipo que eu me nego a ter! Fé sem fundamentos firmes; fé sem provas nas explicações que estão por vir.
A química, sua área de estudos, revela o design inteligente?
Muitos usam comparações morfológicas, comparam bicos de passarinhos, ossos, embriões, cores de asas de mariposas. Mas é através da química, em nível molecular, que entendemos mesmo como a vida e o universo funcionam. É através da Química que aprendemos a “língua” das moléculas e podemos assim traduzir corretamente os ecos moleculares, os quais transmitem os segredos de nossa existência. É através da Química que percebemos que a vida não é coisa de amador, não! Vida é coisa de profissional! E profissional gabaritado, especializado! Que orquestrou os diversos códigos e a informação zipada, encriptada e compartimentalizada do DNA, tipo hard-disk. A arquitetura top-down algorítmica da vida, sua lógica estonteante e hiperotimizada. E elaborou o código de especialização celular das histonas, baseado em reações químicas ultrassincronizadas e ajustadas. E elaborou os planos corporais que nem sequer sabemos onde e como estão armazenados.
Li uma vez que a “evolução espera que não saibamos química”. Mas por quê? Porque as moléculas falam e não mentem! E as moléculas da vida transmitem uma informação clara que derruba qualquer discurso fundamentado em oratória ou comparações superficiais, em sínteses alfabéticas de letras mitológicas tipo C → B → A catalisadas por cat1 e cat2. É quando perguntamos quem seriam A e B e os tais cat1 e cat2, que a explicação se desvanece. Porque em nível molecular a evolução simplesmente não fecha as contas, se mostra inviável, e é ao nível molecular que observamos, ainda mais claramente, as assinaturas da mente inteligente e consciente que, como causa primeira, orquestrou a vida e o universo.
Leia também: “Assinatura química do Criador”
Criacionista brasileiro é eleito para presidir a IMSS
O brasileiro Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é o novo presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas (IMSS, na sigla em inglês). Eleito na primeira semana de setembro, durante o 18º Congresso Internacional de Espectrometria de Massas, realizado em Bremen, na Alemanha, Eberlin já assumiu o cargo, cujo mandato é de três anos, renováveis por mais três. De acordo com ele, a principal missão de sua gestão consistirá em tornar a entidade mais atuante em todo o planeta.
“A IMSS é uma sociedade internacional, mas sempre esteve muito voltada para a Europa e para os Estados Unidos. Já atuei na sociedade como secretário e representante do Brasil e sempre procurei torná-la menos restrita a esse eixo. Ao eleger um brasileiro, a sociedade sinaliza sua preocupação em levar sua atuação para todo o mundo”, disse Eberlin à Agência FAPESP.
Ao assumir o cargo, Eberlin já iniciou ações estratégicas no sentido de disseminar o conhecimento da espectrometria de massas para o mundo todo, aumentando o raio de ação da sociedade. Uma das estratégias, já aprovada pelo conselho da sociedade, consiste em levar os congressos internacionais da IMSS para países fora do eixo Europa-EUA. (...)
A IMSS, segundo Eberlin, reúne 45 sociedades nacionais de espectrometria de massas. A vinda da reunião internacional para o Brasil, de acordo com ele, seria o reconhecimento da importância atual do país no cenário científico. “Será o reconhecimento simbólico de uma realidade visível: o Brasil já tem destaque no mapa mundial da ciência e da espectrometria de massas. E não há como ignorar que se faz pesquisa de primeiro nível no país.” (...)
Segundo Eberlin, a espectrometria de massas é uma técnica de caracterização estrutural de substâncias que tem aplicações em praticamente todas as áreas da ciência. Por isso as sociedades nacionais são tão numerosas.
“Enquanto biólogos usam a técnica para caracterizar proteínas e examinar suas estruturas, os farmacêuticos a empregam para caracterizar drogas, os químicos para a análise de agrotóxicos ambientais e os físicos para analisar semicondutores ou para estudar a composição da atmosfera de um determinado planeta, por exemplo”, disse o cientista, que trabalha com técnicas de espectrometria de massas com ênfase em química, bioquímica, ciências médicas, farmacêuticas, de alimento, em novos materiais e proteoma.
Com toda sua formação feita na Unicamp – onde se graduou em Química em 1982, defendeu o mestrado em 1984 e o doutorado em 1988, Eberlin realizou seu pós-doutorado, entre 1989 e 1991, no Laboratório Aston de Espectrometria de Massas da Universidade de Purdue, em West Lafayette, no estado de Indiana, nos Estados Unidos.
Professor titular da Unicamp, onde leciona desde 1982, Eberlin é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2005) e faz parte do conselho editorial dos periódicos Journal of Mass Spectrometry, Mass Spectrometry Reviews e The Analyst.
(Agência FAPESP)
Marcos Eberlin, membro do NBDI, eleito o novo presidente da IMSS (Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas)
Espectrometria para o mundo - 5/10/2009
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – O brasileiro Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é o novo presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas (IMSS, na sigla em inglês)
Eleito presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas, Marcos Eberlin, do Instituto de Química da Unicamp, adota estratégias para tornar entidade mais atuante nos países fora do eixo Europa-EUA (Antônio Scarpinetti)
Eleito na primeira semana de setembro, durante o 18º Congresso Internacional de Espectrometria de Massas, realizado em Bremen, na Alemanha, Eberlin já assumiu o cargo, cujo mandato é de três anos, renováveis por mais três. De acordo com ele, a principal missão de sua gestão consistirá em tornar a entidade mais atuante em todo o planeta.
“A IMSS é uma sociedade internacional, mas sempre esteve muito voltada para a Europa e para os Estados Unidos. Já atuei na sociedade como secretário e representante do Brasil e sempre procurei torná-la menos restrita a esse eixo. Ao eleger um brasileiro, a sociedade sinaliza sua preocupação em levar sua atuação para todo o mundo”, disse Eberlin à Agência FAPESP.
Ao assumir o cargo, Eberlin já iniciou ações estratégicas no sentido de disseminar o conhecimento da espectrometria de massas para o mundo todo, aumentando o raio de ação da sociedade. Uma das estratégias, já aprovada pelo conselho da sociedade, consiste em levar os congressos internacionais da IMSS para países fora do eixo Europa-EUA.
“O próximo congresso será em Quioto, no Japão, e o de 2012 será em Genebra, na Suíça. Mas, a partir daí, queremos trazer o evento – que reúne de três a quatro mil pessoas – para países como o Brasil, a Argentina, o México, a Austrália e a Rússia. A vinda para o Brasil em 2014 é quase certa”, disse Eberlin.
A IMSS, segundo Eberlin, reúne 45 sociedades nacionais de espectrometria de massas. A vinda da reunião internacional para o Brasil, de acordo com ele, seria o reconhecimento da importância atual do país no cenário científico.
“Será o reconhecimento simbólico de uma realidade visível: o Brasil já tem destaque no mapa mundial da ciência e da espectrometria de massas. E não há como ignorar que se faz pesquisa de primeiro nível no país”.
Segundo ele, uma evidência de que o país ganhou relevância na área, no cenário internacional, é a dimensão atual do 3º Congresso Brasileiro de Espectrometria de Massas , que será realizado de 12 a 15 de dezembro, em Campinas (SP).
“O congresso brasileiro, que reúne cerca de 800 participantes, é um dos cinco maiores do planeta, perdendo apenas para a o congresso internacional da IMSS, o dos Estados Unidos, o da China e o do Japão”, disse. Na produção científica em espectrometria de massas, segundo Eberlin, o Brasil também ocupa atualmente a quinta posição.
Outro procedimento já adotado por Eberlin para aumentar a presença da IMSS em todo o mundo foi a redução do intervalo entre as reuniões da sociedade de três para dois anos. “Aumentando a frequência, aumentamos também a possibilidade de realizar reuniões em países de outros continentes além da Europa e da América do Norte”, disse.
Eberlin também submeteu ao conselho da IMSS a idéia da criação de um prêmio pela qualidade do trabalho para pesquisadores que querem participar das conferências e não possuem recursos.
“Outra iniciativa que tomamos foi a criação, por meio da IMSS, de uma enciclopédia de espectrometria de massas a partir de uma plataforma na internet, com acesso gratuito em diversas línguas”, disse.
Segundo Eberlin, as enciclopédias de espectrometria de massas atualmente existentes têm preço proibitivo para os cientistas de países em desenvolvimento: cada volume é vendido a cerca de US$ 300.
“Para que o acesso seja global, vamos utilizar uma plataforma criada pela empresa brasileira XY2 para montar a enciclopédia, que terá tradução nas principais línguas do mundo e acesso gratuito a partir do site da sociedade”, explicou.
Segundo Eberlin, a espectrometria de massas é uma técnica de caracterização estrutural de substâncias que tem aplicações em praticamente todas as áreas da ciência. Por isso as sociedades nacionais são tão numerosas.
“Enquanto biólogos usam a técnica para caracterizar proteínas e examinar suas estruturas, os farmacêuticos a empregam para caracterizar drogas, os químicos para a análise de agrotóxicos ambientais e os físicos para analisar semicondutores ou para estudar a composição da atmosfera de um determinado planeta, por exemplo”, disse o cientista, que trabalha com técnicas de espectrometria de massas com ênfase em química, bioquímica, ciências médicas, farmacêuticas, de alimento, em novos materiais e proteoma.
Com toda sua formação feita na Unicamp – onde se graduou em Química em 1982, defendeu o mestrado em 1984 e o doutorado em 1988, Eberlin realizou seu pós-doutorado, entre 1989 e 1991, no Laboratório Aston de Espectrometria de Massas da Universidade de Purdue, em West Lafayette, no estado de Indiana, nos Estados Unidos.
Professor titular da Unicamp, onde leciona desde 1982, Eberlin é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2005) e faz parte do conselho editorial dos periódicos Journal of Mass Spectrometry, Mass Spectrometry Reviews e The Analyst.
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NOTA DESTE BLOGGER:
O Prof. Dr. Marcos Eberlin é um dos professores de universidade pública que integra o quadro do NBDI - Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, Campinas - SP.
Parabéns, Marcos, nós do NBDI estamos muito felizes por esta sua mais nova conquista!!!
Professor da Unicamp defende design inteligente
O Dr. Marcos Eberlin é presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas e membro da Academia Brasileira de Ciências. Professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e autor de mais de 300 artigos científicos com mais de três mil citações. Realizou pós-doutorado na Purdue University, Estados Unidos, e orientou diversos mestres, doutores e pós-doutores. Nesta entrevista concedida ao jornalista Michelson Borges, o Dr. Eberlin procura desfazer alguns mal-entendidos sobre a Teoria do Design Inteligente, que ele defende:
O que é exatamente a teoria do design inteligente (TDI)?
A TDI é uma teoria científica, defendida por uma comunidade crescente de cientistas gabaritados do mundo todo e de várias áreas, e que procura estabelecer metodologia científica robusta capaz de detectar sinais de inteligência na vida e no universo. Através desses métodos, a TDI reinterpreta todo o arsenal de dados riquíssimos e com detalhamento altíssimo disponíveis hoje sobre o funcionamento da vida e do universo. E a partir dessa análise cuidadosa, sem pré-conceitos, desapaixonada e racional, feita dentro de todo o rigor da metodologia científica que rege as ciências históricas, a TDI conclui, procurando seguir os dados aonde quer que eles levem, que esses dados apontam com muita segurança para uma mente inteligente e consciente como a única causa conhecida, necessária e suficiente para a vida e o universo. Ou seja, o design detectado no universo e na vida não é aparente ou ilusório, mas real e inteligente.
Alguns dizem que a TDI é um tipo de criacionismo. O que o senhor diz?
O criacionismo tem várias vertentes, mas a principal é aquela que assume que um Ser todo-poderoso projetou e criou o universo e a vida. O criacionismo bíblico vai muito mais longe e dá nome e endereço ao Criador; descreve Sua intenção e Seus métodos, e faz muitas outras afirmações que estão muito além da capacidade da Ciência de investigá-las, devido às muitas limitações da metodologia científica. Ou seja, o criacionismo parte de pressuposições filosóficas e teológicas, fecha com essas pressuposições e confere a elas racionalidade quando encontra na natureza e, eventualmente, na Ciência suporte às suas teses.
A TDI, porém, não tem absolutamente nada a ver com teses criacionistas, de qualquer vertente. Nelas não se inspira e não se apoia. A TDI busca, pura e simplesmente, da forma mais honesta possível, escrutinar os dados científicos brutos e interpretá-los corretamente, sem absolutamente nenhum pressuposto, nenhuma predefinição de como ou qual seria a nossa conclusão. Concluímos por uma mente inteligente como causa primeira da vida e do universo pela obrigação que todos os cientistas têm de seguir sempre as evidencias, as informações fornecidas pelas caixas-pretas da vida e do universo, deixando ao máximo nossa subjetividade, naturalista ou teísta, de lado. “Escutamos” o que as moléculas que sustentam a vida têm a nos dizer, o que os “ecos moleculares” ecoam, e nada mais! Os dados, as evidências, as interpretações desapaixonadas, esses são os líderes da TDI, sua regra de prática, sem fé!
Os dados, felizmente para os criacionistas e infelizmente para os naturalistas, aqueles obtidos de forma independente e despreconceituosa, coincidem com o cerne da visão criacionista. Isso é inquestionável. Por causa dessa coincidência, casual, alguns desinformados e outros mal-intencionados, por não gostarem da consequência da conclusão da TDI, tentam “colar” na TDI o rótulo de religião, para assim poder classificá-la (e não refutá-la) como pseudociência, tentando tirar o mérito da TDI não pela força dos argumentos, mas pela semântica subjetiva e efêmera de uma pseudoclassificação. Mas contra fatos não há pseudoargumentação ou gosto que resista! E o reconhecimento da TDI como teoria científica sólida é hoje crescente e inevitável.
O biólogo Henrique Paprockim disse recentemente que “o principal problema do Design Inteligente é montar sua teoria em cima de falhas na Teoria da Evolução”. O que você acha dessa declaração?
O Henrique, eu sei, conhece pouco sobre as teses e fundamentos da TDI, e por isso fez essa afirmação equivocada. Mas estou certo de que o que ele viu e ouviu durante o 3º Simpósio Darwinismo Hoje, no Mackenzie, o fará rever sua afirmação. A TDI se baseia em argumentos que, independentemente da existência de teorias concorrentes, apontam para uma mente inteligente como a única causa conhecida, necessária e suficiente da vida e do universo. Ou seja, é pelo nosso conhecimento, hoje muitíssimo amplo, de como a vida e o universo funcionam, que concluímos que a TDI é a melhor teoria sobre nossas origens. Porém, como há uma teoria alternativa, a teoria da evolução, temos por obrigação, e não opção, de examinar a fundo suas teses. E quando essa análise obrigatória é feita, sem o filtro naturalista, vemos claramente não somente falhas, mas sim a absoluta impossibilidade de que a vida e o universo possam ter sido fruto de processos naturais não guiados. Não são lacunas, falhas, mas sim, na realidade, verdadeiros “abismos” nos quais não há explicação convincente. É como dizer que chegamos à Lua pedalando, que lançamos o primeiro astronauta dentro de um barril (e que ele sobreviveu para contar os problemas enfrentados).
Na evolução química, por exemplo, elo fundamental do modelo evolucionista, percebemos a absoluta impossibilidade, chance zero mesmo, do acaso, da pré-destinação, da pseudo-seleção natural pré-biótica, ou da necessidade, ou qualquer combinação desses fatores, de ter criado o L.U.C.A., a primeira forma de vida, com todos os requisitos necessários para a manutenção e reprodução desse “ser nada rudimentar”. Ou seja, na comparação de duas alternativas, vemos uma coleção enorme de dados seguros e inquestionáveis apontando para a ação de uma mente inteligente e consciente. Por outro lado, vemos uma coleção enorme e crescente de “abismos” de impossibilidades e de uma fé cega na geração espontânea e na elaboração de explicações futuras que simplesmente teimam em não aparecer, enquanto os abismos se avolumam e se expandem.
Há quem argumente que a seleção natural favorece certos organismos, pois, na presença de antibióticos, as bactérias resistentes tendem a ser favorecidas. O que dizer disso? Isso prova a evolução?
A resistência de bactérias e vírus às drogas tem sido propagada com muito alarde pelos evolucionistas como prova da evolução. “Evolution in action”, dizem, em alta voz! Mas será que o discurso tem correspondido aos fatos? Será que é mais propaganda do que produto? Gato por lebre? A vida tem, sim, a capacidade de se diversificar, ninguém nega isso, este é o ponto que nos une. Mas tudo indica que essa capacidade de diversificação já está programada em nossos genes e outros registros de informação. E quando isso acontece, informação é gasta, diminui. Ou seja, na vida também “não há lanche grátis”! Vírus ou bactérias, quando adquirem resistência às drogas, o fazem à custa de informação, à custa de perda de informação genética. Geralmente desativam proteínas ou os mecanismos pelos quais as drogas os estavam atacando. Estratégia de guerra, e guerra de trincheira! Nenhuma nova proteína, nenhuma síntese “de novo” é produzida. Nenhum novo ciclo, nenhuma nova máquina molecular. A vida é, sim, flexível, adaptável, mas como sabemos, há sempre um preço a ser pago, e a moeda da vida é a informação.
Paprockim também disse que “Design Inteligente é ter fé, é crer. Ciência é evidência”. É assim mesmo?
A TDI é racionalidade pura, e emana do conhecimento e de fatos, de argumentos lógicos, suportados pela matemática, pela física, química, bioquímica e biologia, pela cosmologia, pela Ciência como um todo. Conheço muito bem a TDI, e nunca encontrei na teoria sequer um único vestígio de fé. Nenhum postulado que assuma qualquer princípio que não sejam aqueles sustentados no que conhecemos, em causas necessárias e suficientes para a complexidade irredutível, para a informação aperiódica funcional e para a antevidência genial que observamos em milhares e milhares de exemplos fornecidos pela vida e pelo universo.
A Ciência é evidência, sim, e a TDI é Ciência em sua essência. Mas a ciência naturalista que apoia e defende a evolução cega e não guiada, produto do tempo e mutações refinadas pela seleção natural, e que defende essa tese dentro das amarras do naturalismo filosófico, e com seus pré-conceitos que dizem quais as conclusões a que devemos chegar, esta, sim, precisa ter fé, e muita. Fé no tempo, fé na geração espontânea do L.U.C.A., fé em “lanche grátis”; fé na infusão extraordinária e “repentina” de informação na Explosão Cambriana; fé em que um dia os elos perdidos serão encontrados; fé no “mundo do RNA”; fé que as suas próprias equações matemáticas que mostram a inviabilidade de seus processos estejam elas mesmas erradas; fé que um dia explicações possam surgir, mesmo quando elas simplesmente parecem não existir. Fé, e um tipo de fé muito ruim, do tipo que eu me nego a ter! Fé sem fundamentos firmes; fé sem provas nas explicações que estão por vir.
A química, sua área de estudos, revela o design inteligente?
Muitos usam comparações morfológicas, comparam bicos de passarinhos, ossos, embriões, cores de asas de mariposas. Mas é através da química, em nível molecular, que entendemos mesmo como a vida e o universo funcionam. É através da Química que aprendemos a “língua” das moléculas e podemos assim traduzir corretamente os ecos moleculares, os quais transmitem os segredos de nossa existência. É através da Química que percebemos que a vida não é coisa de amador, não! Vida é coisa de profissional! E profissional gabaritado, especializado! Que orquestrou os diversos códigos e a informação zipada, encriptada e compartimentalizada do DNA, tipo hard-disk. A arquitetura top-down algorítmica da vida, sua lógica estonteante e hiperotimizada. E elaborou o código de especialização celular das histonas, baseado em reações químicas ultrassincronizadas e ajustadas. E elaborou os planos corporais que nem sequer sabemos onde e como estão armazenados.
Li uma vez que a “evolução espera que não saibamos química”. Mas por quê? Porque as moléculas falam e não mentem! E as moléculas da vida transmitem uma informação clara que derruba qualquer discurso fundamentado em oratória ou comparações superficiais, em sínteses alfabéticas de letras mitológicas tipo C → B → A catalisadas por cat1 e cat2. É quando perguntamos quem seriam A e B e os tais cat1 e cat2, que a explicação se desvanece. Porque em nível molecular a evolução simplesmente não fecha as contas, se mostra inviável, e é ao nível molecular que observamos, ainda mais claramente, as assinaturas da mente inteligente e consciente que, como causa primeira, orquestrou a vida e o universo.
Leia também: “Assinatura química do Criador”
Criacionista brasileiro é eleito para presidir a IMSS
O brasileiro Marcos Eberlin, professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é o novo presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas (IMSS, na sigla em inglês). Eleito na primeira semana de setembro, durante o 18º Congresso Internacional de Espectrometria de Massas, realizado em Bremen, na Alemanha, Eberlin já assumiu o cargo, cujo mandato é de três anos, renováveis por mais três. De acordo com ele, a principal missão de sua gestão consistirá em tornar a entidade mais atuante em todo o planeta.
“A IMSS é uma sociedade internacional, mas sempre esteve muito voltada para a Europa e para os Estados Unidos. Já atuei na sociedade como secretário e representante do Brasil e sempre procurei torná-la menos restrita a esse eixo. Ao eleger um brasileiro, a sociedade sinaliza sua preocupação em levar sua atuação para todo o mundo”, disse Eberlin à Agência FAPESP.
Ao assumir o cargo, Eberlin já iniciou ações estratégicas no sentido de disseminar o conhecimento da espectrometria de massas para o mundo todo, aumentando o raio de ação da sociedade. Uma das estratégias, já aprovada pelo conselho da sociedade, consiste em levar os congressos internacionais da IMSS para países fora do eixo Europa-EUA. (...)
A IMSS, segundo Eberlin, reúne 45 sociedades nacionais de espectrometria de massas. A vinda da reunião internacional para o Brasil, de acordo com ele, seria o reconhecimento da importância atual do país no cenário científico. “Será o reconhecimento simbólico de uma realidade visível: o Brasil já tem destaque no mapa mundial da ciência e da espectrometria de massas. E não há como ignorar que se faz pesquisa de primeiro nível no país.” (...)
Segundo Eberlin, a espectrometria de massas é uma técnica de caracterização estrutural de substâncias que tem aplicações em praticamente todas as áreas da ciência. Por isso as sociedades nacionais são tão numerosas.
“Enquanto biólogos usam a técnica para caracterizar proteínas e examinar suas estruturas, os farmacêuticos a empregam para caracterizar drogas, os químicos para a análise de agrotóxicos ambientais e os físicos para analisar semicondutores ou para estudar a composição da atmosfera de um determinado planeta, por exemplo”, disse o cientista, que trabalha com técnicas de espectrometria de massas com ênfase em química, bioquímica, ciências médicas, farmacêuticas, de alimento, em novos materiais e proteoma.
Com toda sua formação feita na Unicamp – onde se graduou em Química em 1982, defendeu o mestrado em 1984 e o doutorado em 1988, Eberlin realizou seu pós-doutorado, entre 1989 e 1991, no Laboratório Aston de Espectrometria de Massas da Universidade de Purdue, em West Lafayette, no estado de Indiana, nos Estados Unidos.
Professor titular da Unicamp, onde leciona desde 1982, Eberlin é comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2005) e faz parte do conselho editorial dos periódicos Journal of Mass Spectrometry, Mass Spectrometry Reviews e The Analyst.
(Agência FAPESP)
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