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Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas"

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O Filho do Hamas 2/3
O Filho do Hamas 3/3

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Filho do Hamas

Publicado em 18/11/2010 por Seventh Day

Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas" Filho-do-hamas1

A História real de um filho do Hamas que se tornou espião israelense, se converteu ao cristianismo e ajudou a combater uma das maiores organizações terroristas do mundo.

Desde a infância, Mosab Hassan Yousef viveu nos bastidores do grupo fundamentalista islâmico Hamas e testemunhou as manobras políticas e militares que contribuíram para acirrar a sangrenta disputa no Oriente Médio. Por ser o filho mais velho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores da organização, todos acreditavam que ele seguiria os passos do pai.

Às vésperas de completar 18 anos, movido pela raiva e pelo desejo de vingança, Mosab decide assumir um papel mais ativo no combate a seus opressores e acaba sendo preso e levado para o mais terrível centro de interrogatórios israelense.

Depois de dias sob tortura, ele recebe uma proposta do Shin Bet, o serviço de inteligência interno de Israel: sua liberdade em troca da colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas. A princípio, considera a oferta absurda. Afinal, como poderia trair sua religião e seu povo e ajudar seus inimigos?

Filho do Hamas é o relato impressionante do caminho inesperado que Mosab resolve seguir ao questionar o sentido de um conflito que só traz sofrimento para os inocentes, sejam eles palestinos ou israelenses.

No livro, ele revela como se tornou espião do Shin Bet, narra passagens da vida dupla que levou durante 10 anos e fala das escolhas arriscadas que fez para conter a violência de uma das organizações terroristas mais perigosas do mundo.

Esta é também uma história de transformação pessoal, uma jornada de redescoberta espiritual que começa com a participação de Mosab num grupo de estudos bíblicos e culmina na sua conversão ao cristianismo e na crença de que “amar seus inimigos” é o único caminho para a paz no Oriente Médio.

****

“Há mais de cinco décadas, a paz no Oriente Médio tem sido o Santo Graal de diplomatas, primeiros-ministros e presidentes. Os novos rostos que surgem no cenário mundial acreditam ser capazes de resolver o conflito árabe-israelense. No entanto, todos fracassam por completo, como seus predecessores.

O fato é que poucos ocidentais conseguem entender as complexidades dessa região e de seu povo. Porém eu consigo, em razão de uma perspectiva totalmente singular: sou fruto dessa região e desse conflito. Sou filho do Islã e de um homem acusado de terrorismo. Mas também sou um seguidor de Jesus.

Antes de completar 21 anos, vi coisas que ninguém deveria ver: pobreza abjeta, abuso de poder, tortura e morte. Testemunhei dos bastidores as negociações de líderes supremos do Oriente Médio que são manchete nos jornais de todo o mundo. Desfrutei da confiança dos mais altos escalões do Hamas e participei da Primeira Intifada. Fui preso e fiquei encarcerado nas entranhas da mais temida prisão de Israel. E, como você ficará sabendo, fiz escolhas que me tornaram um traidor aos olhos do povo que amo.

Essa jornada improvável me fez passar por lugares obscuros e me deu acesso a segredos extraordinários. Nas páginas deste livro, finalmente revelo alguns desses antigos segredos, expondo fatos e processos que, até agora, eram do conhecimento de poucas pessoas misteriosas.

A revelação dessas verdades provavelmente propagará ondas de choque em certas regiões do Oriente Médio, mas espero que também traga conforto às famílias de muitas vítimas desse conflito interminável e as ajude a pôr um ponto final em seu sofrimento.”

Mosab Hassan Yousef.

Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas" Clique-aqui1
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Entrevista Mosab Hassan Yousef para VEJA online, 14 maio de 2010:


O traidor do Hamas
Por Duda Teixeira

Em 1987, o xeque palestino Hassan Yousef foi um dos sete fundadores do Hamas, grupo extremista islâmico que atua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os radicais da organização já comandaram 350 atentados contra israelenses provocando mais de 500 mortes. Seu filho, Mosab Hassan Yousef, 32 anos, é o autor do livro Filho do Hamas (Sextante), que chegou às livrarias brasileiras na semana passada. Na obra, revela como colaborou para o serviço secreto israelense, o Shin Bet, e explica por que converteu-se ao cristianismo. Yousef conversou com o repórter Duda Teixeira, pelo telefone, de Nova York.

Seu pai é um imã. Ele pregava o Islamismo nas mesquitas e ajudou a fundar o Hamas. O que o levou a converter-se ao Cristianismo? Depois de ser preso pelos soldados israelenses por porte de armas, em 1996, fui levado à prisão em Megiddo, Israel. Dentro do prédio, os detentos eram divididos segundo a filiação. Havia a ala do Hamas, que era a maior, a do Fatah, a da Jihad Islâmica e outras. Eu fiquei na do Hamas. Do interior das celas, testemunhei o que os integrantes do grupo faziam com seus próprios colegas. Quando os líderes do Hamas suspeitavam que um dos nossos estivesse dando informações aos israelenses, eles o torturavam. Havia interrogatórios diários. Isso fez com que eu repensasse alguns conceitos. Era um grau de brutalidade que nem mesmo os israelenses tinham conosco. Saí da prisão um pouco desnorteado. Mais tarde, comecei a estudar a Bíblia com amigos. O livro falava em “amar os seus inimigos”, o que fez todo sentido para mim.

Quem eram os torturadores? Como eles procediam? Eram os homens que integram o braço de segurança do Hamas. Quando iam punir alguém, esvaziavam uma cela e ligavam a televisão em volume bem alto para que os outros não ouvissem os gritos de desespero. Na falta de uma televisão ou rádio, começavam a rezar bem alto. Então, colocavam agulhas embaixo das unhas dos suspeitos. Derretiam embalagens plásticas e as colocavam sob a pele das pessoas. Queimavam cabelos e pelos. Eram sessões de aproximadamente meia hora. Às vezes, impediam o interrogado de dormir por vários dias. Entre 1993 e 1996, dezesseis pessoas foram mortas pelo Hamas em prisões israelenses. Sob tortura, as vítimas confessavam as coisas mais absurdas. Como eu digitava rápido, fui chamado para redigir muitos desses depoimentos. Era loucura. Depois, entregavam as confissões para os familiares. Caso o detento fosse solto, seus parentes e amigos passavam a evitá-lo. A vida social dele acabava.

O Hamas continua usando as mesmas práticas? Provavelmente, mas não na mesma intensidade como no passado. Meu pai esteve detido em Megiddo e coibiu muito as torturas. Ele mudou o jeito de pensar daqueles homens. Mas o Hamas continua praticando-as. Quando pensam que alguém colabora com Israel, torturam e matam. É isso o que está acontecendo na Faixa de Gaza agora. Ao contrário do que diz o Hamas, Israel não é o principal inimigo dos palestinos, e sim os próprios palestinos.

Um dos principais desafios do mundo hoje é conseguir que o Hamas participe das negociações de paz. Existe a possibilidade de o grupo sentar-se com os rivais do Fatah e com o governo de Israel para conversar? Os líderes do Hamas até podem dizer que buscam uma solução e dizer que abrem mão de Jerusalém como capital. Mas eles não manterão a palavra simplesmente porque o Deus deles não permite isso. É um bloqueio religioso. O Hamas não reconhece Israel. Ponto. O Corão diz que os israelenses são macacos e porcos. Toda vez que algum representante do grupo obtem algum progresso, esbarram no muro da ideologia ou no da religião.

O governo israelense deveria soltar prisioneiros palestinos em troca da liberdade do soldado Gilad Shalit, capturado pelo Hamas em 2006? Entendo que todos esses presos necessitem de liberdade. Eu fui um deles e sei o quanto sofrem. Mas é preciso preparar o ambiente para que eles sejam soltos. Sem isso, eles poderiam ser mortos nas ruas por facções rivais ou tornarem-se terroristas novamente. Alguns detentos não são perigosos e poderiam se tornar até defensores da paz. Outros são extremamente cruéis. Foram responsáveis pela morte de dezenas de israelenses e consideram-se heróis. Se voltassem a praticar o que faziam, eles comprometeriam as negociações de paz e o sonho de um estado palestino. Olhando o cenário hoje, vejo que não chegou o momento de abrir as celas. Talvez tenham de ficar a vida toda na prisão. Não me sinto culpado por esse sentimento. Sinto pelas suas famílias, que são vítimas da situação, mas não há opção.

Israel viola os direitos humanos ao manter pessoas que não são comprovadamente terroristas nas prisões? Diga para mim qual é o governo que não viola os direitos humanos. Não há estado perfeito. Todo governo comete erros. Israel é um deles. A questão é que muitos israelenses foram mortos em sinagogas, em ônibus e em supermercados e seus dirigentes tiveram de tomar medidas para defender seus cidadãos. O mais importante é abster-se de usar métodos violentos, pois isso só gera mais violência. Quando trabalhei com o Shin Bet, não assassinei ninguém e não participei de nenhuma operação contra a vida de um ser humano. Hoje, mesmo longe, dou a mesma recomendação para eles.

Quantas vidas você calcula que salvou ao ajudar o Shin Bet? Como você fazia isso? Não importa se eu salvei uma ou mil pessoas. Eu não tenho esperança de receber retribuições de ninguém. Uma vez, em 2002, eu estava em casa, em Ramallah, quando dois homens assustados bateram na minha porta e falaram: “Temos um carro lá fora cheio de explosivos. Precisamos de um lugar seguro para ficar”. Eles procuravam o meu pai e havia outros três no carro, estacionado ali perto. Dei um dinheiro a eles encontrarem um hotel e pedi que retornassem à noite. Rapidamente, telefonei para o Shin Bet e pedi que levassem o automóvel embora. Foi um alívio enorme. Meia hora depois, o primeiro-ministro Ariel Sharon já tinha ordenado o assassinato daqueles cinco homens. Eu, então, fui contra. Não queria me envolver com coisas assim, mesmo sendo eles terroristas. E os israelenses aceitaram minha objeção. O exército então entrou no quarto dos terroristas durante a noite e os prendeu de surpresa, pois ainda possuíam os cintos com explosivos.

Mas você deu informações que levaram à tentativa de assassinato de Muhaned Abu Halawa, de 23 anos, ligado ao Fatah. Após um telefonema seu, um tanque israelense disparou um míssil contra o carro dele. Halawa escapou, mas foi morto meses depois. Você se arrepende disso? Halawa fornecia armas poderosas para os terroristas. Eu apenas ajudei a localizá-lo. Mas a tentativa falhou, e fiquei contente quando isso aconteceu. Na realidade, eu não estava muito certo sobre o que deveria fazer naquela ocasião. Ao final, Halawa foi morto em outra operação, da qual não tomei parte. Então, posso dizer que, durante toda minha colaboração com o Shin Bet, sempre me preocupei em apenas participar de operações que não atentassem contra a vida humana. Não sou responsável pela morte de nenhum palestino ou israelense.

Quando foi a última vez que você falou com seu pai? O que ele disse para você? Conversei com ele por telefone alguns dias antes do lançamento do meu livro. Ele foi muito compreensivo no início. Porém, após a pressão da sociedade e de outros religiosos, ele não teve outra opção a não ser me recusar. Desde então, não fala comigo.

Seu pai convocou manifestações de palestinos, as quais resultaram em mortes de israelenses e árabes. Ele é um terrorista? Meu pai não é terrorista por natureza. Aliás, nenhum palestino é. Mas eles têm as suas razões para se comportar assim, para tentarem se vingar. Também é preciso levar em conta que o Hamas também é muito complicado. Existe o braço político, do qual meu pai faz parte. E existe o militar, que tem umas dez pessoas operando independentemente e que raramente se encontram. São esses últimos os responsáveis pelos ataques contra pessoas. Meu pai não sabia o que essas pessoas planejavam, mas deu cobertura a eles. Se ele continuar fazendo isso, aí acho que ele poderia, sim, ser considerado um terrorista.

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad declarou que suas centrífugas já são capazes de enriquecer urânio a 20%. Se chegar a 90%, esse material já poderia rechear uma bomba atômica. O que o Irã faria com um artefato nuclear? O deus do Corão não hesitaria em bombardear qualquer país que não acreditasse nele. Pode usar qualquer arma para lutar contra infiéis. Seus devotos estão prontos para lutar pela religião e alcançar a glória, com a bomba ou o que mais tiverem è mão.

De que maneira o Irã ajuda o Hamas? O Irã treina soldados do Hamas e os prepara para o combate em seu território. Muitos viajaram para lá em anos recentes. E o Irã também dá apoio financeiro e logístico. Como os membros do Hamas não podem ter contas bancárias, pois isso é contra as decisões da comunidade internacional, seus membros fazem contrabando de dinheiro. Essa operação complicada ocorre de duas maneiras. A primeira é usando as centenas de túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito. A segunda é pela fronteira terrestre nesse mesmo local, aproveitando as viagens de membros do grupo para o exterior. Em 2006, o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniya, foi pego quando tentava entrar na Faixa de Gaza com 35 milhões de dólares. Ele vinha do Irã e disse que o valor era para pagar salários, remédios e armamentos. É comum que esses homens do Hamas sejam detidos com dinheiro. Em 2009, o ministro de relações exteriores do Hamas, Mahmoud Zahar, foi flagrado com vinte milhões de dólares na mesma situação. Segundo o Fatah, parte das notas tinha como destino o braço militar do Hamas.

Sem esse apoio do Irã, o Hamas ficaria enfraquecido? O Irã é um dos grandes patrocinadores dos terroristas, mas não o único. Há muitos doadores no Catar, na Arábia Saudita, na Síria e no Egito. São, em geral, pessoas e empresas que entregam parte de suas economias em mesquitas, com o objetivo claro de fomentar a resistência do Hamas. Bloquear a ajuda iraniana pode ajudar, mas não necessariamente enfraquecerá o Hamas.

Como o presidente da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Arafat assinou com o primeiro primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, o Acordo de Paz de Oslo, o que lhe valeu o prêmio Nobel da Paz em 1994. Qual sua opinião sobre ele? Arafat era um político e, como tal, fez coisas boas e ruins para o seu povo. Era um centralizador que colocou o seu nome em todas as contas bancárias. Também tinha um posicionamento dúbio. Arafat estava no comando da Organização da Libertação da Palestina, quando esse entidade ordenou a Segunda Intifada, em 2000. A revolta de palestinos contra israelenses gerou milhares de mortos. A guarda pessoal de Arafat promoveu os mais virulentos ataques a Israel, sob o nome de Brigadas dos Mártires de Al Aqsa. O grupo foi criado por Arafat com o dinheiro que recebia de doações de outros países, incluindo dos Estados Unidos. Mesmo assim, para muita gente no mundo, Arafat sempre foi um grande promotor da paz.

Agora que você se converteu ao cristianismo, como enxerga as diferenças entre o Corão e a Bíblia? Não é justo comparar os dois livros. O Corão está cheio de ódio, de ignorância, de erros. Não tem ética. É um livro doente que deveria ser banido das escolas, das bibliotecas, das mesquitas. A Bíblia, por outro lado, tem Jesus Cristo, que foi perseguido, torturado, e mesmo assim continuou amando as pessoas e seus opressores. Os dois livros têm deuses completamente diferentes. Um, o do Islã, é o do ódio. O deus da Bíblia é o do amor. Muitas coisas que fiz durante o meu trabalho com o Shin Bet foram inspiradas pelos ensinamentos de Jesus Cristo. Tenho um amor incondicional por ele. Cristo é o meu herói.

Mas a Bíblia também foi usada para justificar torturas e mortes durante a Inquisição, por exemplo. Ok… Mas essas coisas foram feitas por pessoas que não entenderam a principal mensagem da Bíblia. Não compreenderam as falas de Jesus Cristo, que é o nosso maior exemplo. O amor incondicional de Jesus não é um capítulo separado do livro, mas sua principal mensagem.

Você não teme promover o ódio entre religiões e se tornar um fundamentalista cristão? Eu sei quais são as minhas responsabilidades. Não quero promover uma rixa entre religiões. Eu amo os muçulmanos. Falo com eles com carinho. Mas preciso ajudar a consertar a religião deles. Ser forte e dizer a verdade, mesmo que isso possa causar confrontações. No mais, não há o risco de eu incitar uma guerra religiosa porque isso já acontece no Oriente Médio. Não seria algo novo.



Veja tenta igualar cristianismo e terrorismo islâmico



O testemunho impressionante de Musab Hassan Youssef, filho do xeque Hassan Youssef, um dos fundadores do Hamas. Musab hoje é cristão e diz que o amor incondicional de Jesus Cristo é a solução para o conflito árabe-israelense.

A revista Veja entrevistou o filho do xeque palestino que abandonou o Islamismo, denunciou terroristas e contribuiu para o serviço secreto israelense. Ele diz que sua fonte de inspiração foi Jesus Cristo. Veja informa que, em 1987, o xeque palestino Hassan Yousef foi um dos sete fundadores do Hamas, grupo extremista islâmico que atua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os radicais da organização já comandaram 350 atentados contra israelenses provocando mais de 500 mortes. Seu filho, Mosab Hassan Yousef, 32 anos, é o autor do livro Filho do Hamas (Sextante), que chegou às livrarias brasileiras na semana passada. Na obra, revela como colaborou para o serviço secreto israelense, o Shin Bet, e explica por que se converteu ao cristianismo. Leia aqui alguns trechos da entrevista:

Seu pai é um imã. Ele pregava o Islamismo nas mesquitas e ajudou a fundar o Hamas. O que o levou a converter-se ao Cristianismo?

Depois de ser preso pelos soldados israelenses por porte de armas, em 1996, fui levado à prisão em Megiddo, Israel. Dentro do prédio, os detentos eram divididos segundo a filiação. Havia a ala do Hamas, que era a maior, a do Fatah, a da Jihad Islâmica e outras. Eu fiquei na do Hamas. Do interior das celas, testemunhei o que os integrantes do grupo faziam com seus próprios colegas. Quando os líderes do Hamas suspeitavam que um dos nossos estivesse dando informações aos israelenses, eles o torturavam. Havia interrogatórios diários. Isso fez com que eu repensasse alguns conceitos. Era um grau de brutalidade que nem mesmo os israelenses tinham conosco. Saí da prisão um pouco desnorteado. Mais tarde, comecei a estudar a Bíblia com amigos. O livro falava em “amar os seus inimigos”, o que fez todo sentido para mim. [...] Sob tortura, as vítimas confessavam as coisas mais absurdas. Como eu digitava rápido, fui chamado para redigir muitos desses depoimentos. Era loucura. Depois, entregavam as confissões para os familiares. Caso o detento fosse solto, seus parentes e amigos passavam a evitá-lo. A vida social dele acabava. [...] Quando pensam que alguém colabora com Israel, torturam e matam. É isso o que está acontecendo na Faixa de Gaza agora. Ao contrário do que diz o Hamas, Israel não é o principal inimigo dos palestinos, e sim os próprios palestinos.

Um dos principais desafios do mundo hoje é conseguir que o Hamas participe das negociações de paz. Existe a possibilidade de o grupo sentar-se com os rivais do Fatah e com o governo de Israel para conversar?

Os líderes do Hamas até podem dizer que buscam uma solução e dizer que abrem mão de Jerusalém como capital. Mas eles não manterão a palavra simplesmente porque o Deus deles não permite isso. É um bloqueio religioso. O Hamas não reconhece Israel. Ponto. O Corão diz que os israelenses são macacos e porcos. Toda vez que algum representante do grupo obtém algum progresso, esbarram no muro da ideologia ou no da religião. [...]

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad declarou que suas centrífugas já são capazes de enriquecer urânio a 20%. Se chegar a 90%, esse material já poderia rechear uma bomba atômica. O que o Irã faria com um artefato nuclear?

O deus do Corão não hesitaria em bombardear qualquer país que não acreditasse nele. Pode usar qualquer arma para lutar contra infiéis. Seus devotos estão prontos para lutar pela religião e alcançar a glória, com a bomba ou o que mais tiverem è mão. [...]

Sem [o] apoio do Irã, o Hamas ficaria enfraquecido? [Claro que essas duas perguntas visam a atingir os esforços diplomáticos do governo Lula, mas deixemos isso pra lá...]

O Irã é um dos grandes patrocinadores dos terroristas, mas não o único. Há muitos doadores no Catar, na Arábia Saudita, na Síria e no Egito. São, em geral, pessoas e empresas que entregam parte de suas economias em mesquitas, com o objetivo claro de fomentar a resistência do Hamas. Bloquear a ajuda iraniana pode ajudar, mas não necessariamente enfraquecerá o Hamas. [...]

Agora que você se converteu ao cristianismo, como enxerga as diferenças entre o Corão e a Bíblia?

Não é justo comparar os dois livros. O Corão está cheio de ódio, de ignorância, de erros. Não tem ética. É um livro doente que deveria ser banido das escolas, das bibliotecas, das mesquitas. A Bíblia, por outro lado, tem Jesus Cristo, que foi perseguido, torturado, e mesmo assim continuou amando as pessoas e seus opressores. Os dois livros têm deuses completamente diferentes. Um, o do Islã, é o do ódio. O Deus da Bíblia é o do amor. Muitas coisas que fiz durante o meu trabalho com o Shin Bet foram inspiradas pelos ensinamentos de Jesus Cristo. Tenho um amor incondicional por ele. Cristo é o meu herói.

Mas a Bíblia também foi usada para justificar torturas e mortes durante a Inquisição, por exemplo.

Ok... Mas essas coisas foram feitas por pessoas que não entenderam a principal mensagem da Bíblia. Não compreenderam as falas de Jesus Cristo, que é o nosso maior exemplo. O amor incondicional de Jesus não é um capítulo separado do livro, mas sua principal mensagem.

Você não teme promover o ódio entre religiões e se tornar um fundamentalista cristão?

Eu sei quais são as minhas responsabilidades. Não quero promover uma rixa entre religiões. Eu amo os muçulmanos. Falo com eles com carinho. Mas preciso ajudar a consertar a religião deles. Ser forte e dizer a verdade, mesmo que isso possa causar confrontações. No mais, não há o risco de eu incitar uma guerra religiosa porque isso já acontece no Oriente Médio. Não seria algo novo.

Nota: Duda Teixeira, o entrevistador da Veja, bem que tentou, mas não conseguiu fazer esse converso cristão se contradizer. Seguir os fundamentos bíblicos de maneira contextualizada (isto é, seguir os passos de Jesus) significa promover a paz e a tolerância. Como disse meu amigo Marco Dourado, alguém precisa explicar a Duda que o “fundamentalismo cristão” promove os mais elevados princípios da nossa religião e que todas as barbáries cometidas pela cristandade deveram-se justamente à falta de fundamentalismo, que significa “está escrito”.[MB]

Veja tenta igualar cristianismo e terrorismo islâmico


Última edição por Eduardo em Dom Jan 30, 2011 1:35 pm, editado 7 vez(es)
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Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas" :: Comentários

Atalaia

Mensagem Qui maio 20, 2010 4:19 pm por Atalaia

Título revelador (e preconceituoso)


Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas" Betrayal

A revista Veja sempre se mostra incondicionalmente contrária ao terrorismo praticado por militantes políticos, não importa seu verniz ideológico ou religioso - no que faz muito bem. Entretanto, o título escolhido para a entrevista com Mosab Hassan Yousef não comporta dubiedade: "O traidor do Hamas". Ora, a palavra "traidor" não encontra guarida hospitaleira em nenhum glossário ou cultura. Quem trai revela-se indigno da confiança a qual deveria honrar. É, pelos parâmetros humanos de simpatia, um canalha, um crápula, uma víbora. Na obra de Shakespeare, por exemplo, Brabâncio, pai de Desdêmona, que o abandonara para se casar com Otelo, adverte o cunhado: "Cuidado, Mouro! Se olhos tens, abre-os bem em toda a parte; se o pai ela enganou, pode enganar-te."

Eis até onde vai o estigma da traição: atormentado pela dúvida, Otelo, que antes se enternecia com o amor da esposa, que para segui-lo atirara à lama o próprio nome, agora vê nesse mesmo gesto uma deficiência gravíssima de caráter.

No Cristianismo, Judas Iscariotes é considerado o símbolo máximo de traição - mas ninguém chama Saulo de Tarso de traidor. Greta Garbo aproveitou-se de seu status de musa dos nazistas para sabotar os planos de Hitler. Ninguém, à exceção de filonazistas, lhe atribui o epíteto de traidora. O motivo é simples: quem renega e abandona o mal a fim de cooperar com o bem, é louvado e exaltado. Já quando atribuímos a alguém a pecha de traidor, subentende-se que nos solidarizamos com o atraiçoado.

Por que então Mosab Hassan Yousef é tratado como traidor por Duda Teixeira, se Veja é inegociavelmente contrária ao terrorismo? Respondo com outra pergunta: se Mosab não se houvesse convertido ao Cristianismo e apregoado aos brados as diferenças essenciais entre os textos sagrados das duas religiões (Bíblia e Corão), seria ele tratado como traidor por Veja? Mais: a revista trata Mosab como traidor ao mesmo tempo em que o resumo da reportagem destacado abaixo de sua foto é bem clara: "O filho do xeque palestino [...] diz que sua fonte de inspiração foi Jesus Cristo." Ou seja, a perfídia implicitamente associada ao rapaz é vinculada indiretamente ao Filho de Deus. Bom, se Cristo "roubou" o coração do jovem Yosef, Richard Dawkins (aquele arquétipo da mistura de Jezabel com Legião) certamente se apossou do coração de Duda Teixeira.

Vê-se assim para que charco descambou o secularismo teofóbico: em uma gradação de valores, o terrorismo é visto como vítima (pois foi traído) de uma religião "FUNDAMENTALISTAMENTE" pacifista, que roubou o coração de um de seus filhos.

(Marco Dourado, analista de sistemas formado pela UnB, com especialização em Administração em Banco de Dados)

O título enviesado

Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas" Capa380

Por Marco Dourado em 20/5/2010
Mosab Hassan Yousef, o "filho do Hamas" Transp

Uma das grandes sacadas de Cidadão Kane se dá quando o personagem-título obriga sua antiga amásia – agora esposa – a seguir exaustiva turnê no canto lírico. A infeliz, claro, nunca teve talento – Kane a rebocara de um cabaré, e a revelação desse affair lhe destruíra a carreira política. O motivo da birra de Charles Foster Kane é prosaico: os jornais se referiam à jovem como "cantora", assim mesmo, com aspas. E essas aspas ele não podia suportar.
O episódio demonstra como um detalhe numa manchete pode ser mais devastador que um corpo de notícia esmiuçado em várias páginas. Pensei nisso ao ler a entrevista de Mosab Hassan Yousef concedida a Duda Teixeira e publicada na revista Veja. Yousef, agora sabemos, desiludiu-se com a selvageria do Hamas, grupo extremista islâmico, fundado pelo xeque palestino Hassan Yousef, seu pai. Mosab converteu-se ao cristianismo e passou a colaborar com o Shin Bet, serviço secreto israelense.
Em um mundo que ainda guardasse uma fímbria de normalidade, quem quer que ajude a deter a ação amoral de um dos grupos terroristas mais insanos e paranóicos de que se tem notícia será necessariamente enaltecido – ainda mais por uma publicação como Veja, que muito corretamente sempre execrou o terrorismo, quaisquer que sejam os motivos ou ideologia de seus autores. O título da entrevista feita por Duda Teixeira, no entanto, aponta para uma direção diversa: "O traidor do Hamas". Sim, o título é esse mesmo. 
Interpretação fundamentalista

Poucos adjetivos são tão universalmente execrados como o epíteto "traidor". Opõe-se a vítima, da qual naturalmente nos compadecemos, ao patife, o pulha, o crápula, o canalha. Na obra de Shakespeare, por exemplo, Brabâncio, pai de Desdêmona, que o abandonara para se casar com Otelo, adverte o cunhado: "Cuidado, Mouro! Se olhos tens, abre-os bem em toda a parte; se o pai ela enganou, pode enganar-te". Eis a gravidade do estigma da traição: atormentado pela dúvida, Otelo, que antes se enternecia com o amor da esposa, que para segui-lo deitara à lama o próprio nome, agora vê nesse mesmo gesto uma prova insofismável de ausência de caráter.
Para muito além do cristianismo, Judas Iscariotes é considerado o símbolo supremo de traição – mas ninguém chama Saulo de Tarso, que se voltou contra os fariseus, de traidor. Em tempos recentes, Greta Garbo aproveitou-se do fascínio que exercia nos nazistas para sabotar os planos de Hitler – e ninguém, à exceção de filonazistas, lhe atribuiu a pecha de traidora. O motivo é simples: louva-se quem renega e abandona o mal a fim de cooperar com o bem. Já quando acusamos alguém de traição, subentende-se que nos solidarizamos com o atraiçoado. 
Mas se Veja é irreversivelmente contrária ao terrorismo por que então retrata Mosab Hassan Yousef como traidor? Independência profissional? A esse ponto? Respondo com outra pergunta: se Mosab não se houvesse convertido ao cristianismo e apregoado em livro as diferenças evidentes e essenciais entre os textos sagrados das duas religiões (Bíblia e Corão), ainda assim seria ele tratado por Veja como traidor? Pior: a revista trata Mosab como traidor ao mesmo tempo em que o resumo da reportagem, exibida abaixo de sua foto, é bem claro: "O filho do xeque palestino [...] diz que sua fonte de inspiração foi Jesus Cristo". Ou seja, a perfídia implicitamente associada ao rapaz é estendida indiretamente ao filho de Deus. 
Conclui-se que o pior fundamentalismo é mesmo o fundamentalismo anticristão. Justamente o cristianismo, religião-raiz do Ocidente, cuja interpretação fundamentalista (isto é, ao pé da letra) promove, incondicionalmente, a paz, o amor e o perdão. Para infamá-lo vale até mostrar, pelo artifício de uma manchete, o terrorismo do Hamas como vítima de traição.

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Eduardo

Mensagem Qui Jun 10, 2010 10:38 pm por Eduardo

A IMPRESSIONANTE HISTÓRIA DE MOSAB YOUSEF: FILHO DE UM DOS FUNDADORES DO GRUPO EXTREMISTA "HAMAS", HOJE É CONVERTIDO AO CRISTIANISMO E ACABA DE LANÇAR UM LIVRO (TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS) SOBRE SUA TRAJETÓRIA DE ÓDIO, VIOLÊNCIA, FÉ E REDENÇÃO - VEJA A ENTREVISTA QUE DEU PARA A TV BRASILEIRA





Mosab Yousef tornou-se um exemplo, não somente para os cristãos ocidentais, mas para muitos que convivem diretamente sob o intenso conflito israelense-palestino. Políticas humanas à parte, o desejo de seguir os preceitos de Cristo Jesus, como bem explanou Yousef nesta entrevista, é, de fato, o norteador de toda a sua vida e aquilo que o faz seguir em frente, viver aparentemente sem conflitos, mesmo estando longe de seus familiares e de sua terra natal. Já havia apresentado uma entrevista com Mosab Yousef, neste blog, há algum tempo atrás; ocasião em que ele falara sobre os mesmos preceitos sob os quais vive hoje e pelos quais, segundo ele mesmo, morreria até. A diferença é que tais preceitos não trariam, com sua morte, a morte de mais ninguém. Ao contrário, ele está disposto a entregar sua vida para que outros tenham vida, a "vida abundante" e eterna no conhecimento de Cristo Jesus!

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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