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Gênesis e História: Quanto Vale o que Está Escrito! Pilate_ins9

por Darcy

Pergunta que serve como reflexão introdutória a uma série de postagens que pretendo fazer sobre o livro de Gênesis: o que tem mais valor histórico, registros escritos ou objetos analisados pela arqueologia?

Numa dessas discussões em foruns virtuais, o assunto principal, que era justamente a historicidade do primeiro livro da Bíblia, ia sendo desviado para essa questão. Reproduzo aqui um dos comentários de Roger Pearse, que defendeu na ocasião a importância dos registros escritos. Em seguida, o testemunho do Dr. Rodrigo Silva, arqueólogo e professor de Teologia na Universidade Adventista de São Paulo, que, embora não tenha participado daquela discussão, fez recentemente um comentário esclarecedor, relacionado com o assunto.

Roger Pearse:

Veja, são as fontes literárias que nos dizem a maior parte daquilo que sabemos sobre a Antiguidade. Eu não posso imaginar nenhum tipo de arqueologia concebível capaz de nos fornecer aquilo que nos fornecem as cartas de Plínio, por exemplo. Como podemos saber da conspiração depois da morte de César, a não ser pelas cartas trocadas naquele tempo, que obtemos de Cícero?

A fivela de um cinto não pode falar. Sabemos tão pouco sobre a cultura do vaso campaniforme, mas Cícero é um amigo, e todos podemos ler com prazer as observações de Plínio sobre Regulus, ranger nossos dentes com Sidônio Apolinário pela traição por parte de seus compatriotas romanos em favor dos Godos. Podemos sorrir tristemente com o imperador Majoriano, quando se encontra com senadores gauleses e descobre que eles estão interessados apenas em honras que estão prestes a desaparecer com o próprio Império.

Essas coisas não podem ser recuperadas de escavações. Lembro-me quando encontrei uma peça de “terra sigillata” em uma escavação. Foi maravilhoso tê-la nas mãos! Mas não podia falar; não como uma carta. Um tablete de Vindolanda com a mensagem “enviem mais cerveja” nos aproxima mais dos congelados legionários que qualquer quantidade de cerâmica.

Eu não digo nada que não saibam, tenho certeza. Mas vale a pena reiterar: a arqueologia é valiosa, e eu não quero que suponham que eu esteja opondo os dois [arqueologia e registros escritos] como inimigos…

É verdade que escritores antigos não nos dão toda a história – e o achado de uma cerâmica também não. Um escritor antigo pode ser tendencioso, pode estar enganado, vai escrever de acordo com os cânones de sua época. Mas… ele mora lá. Mesmo que esteja errado sobre alguma coisa, apenas o fato de ele dizer algo assim tem valor probatório em muitos casos, tem que ser algo que seja pelo menos possível dizer em sua cultura.

Eu desafio os que supõem poder escrever a história de Roma antiga sem o uso de fontes literárias a tentar fazê-lo.

Rodrigo Silva:

Quando o texto diz: “Há um probleminha: os arqueólogos, depois de procurar exaustivamente por décadas, não encontraram nenhum indício confiável de que Davi ou Salomão tenham construído qualquer coisa”, deixa os leitores leigos com uma impressão distorcida da pesquisa de campo em arqueologia. “Posso afirmar que 80% ou 90% da história antiga geral (i.e. não bíblica) não pôde ser ‘confirmada’ por escavações arqueológicas. Terremotos, guerras, roubos, ações do tempo, construção de novas metrópoles, etc., puseram a termo ou sepultaram para sempre monumentos e artefatos da antiguidade. Isso não acontece só com a Bíblia, mas com a história em geral. Não há, por exemplo, nenhuma prova arqueológica segura da presença dos imensos exércitos de Alexandre, o Grande, na Índia; o que temos são relatos tardios, escritos 300 anos depois da morte dele (cf. As Vidas Paralelas de Plutarco), e cujos originais também se perderam (o que nos restam são cópias ainda mais tardias).”

Curiosamente, no entanto, poucos historiadores questionam a presença alexandrina desde a Macedônia até as terras indianas. “Ora, se o critério da dúvida, tão advogado em relação à Bíblia, fosse aplicado à história em geral, teríamos que duvidar quase da totalidade do que os livros didáticos nos apresentam. Mesmo na história mais recente, onde estão (arqueologicamente falando) as provas de que Colombo desembarcou nas Antilhas em 1492 ou de que a primeira missa no Brasil foi realizada em Porto Seguro, pouco tempo depois do descobrimento? A resposta é: não há nenhum indício confiável de qualquer desses eventos. Vamos duvidar deles também? Com exceção das pirâmides do Egito e de uns poucos fragmentos do mausoléu de Halicarnasso, onde estão as provas de que as sete maravilhas do mundo antigo de fato existiram?”

(aqui , sobre um artigo da National Geographic).

Gênesis e História: Quanto Vale o que Está Escrito! parte II

por Darcy

Gênesis e História: Quanto Vale o que Está Escrito! 334517_write300

[Este post dá sequência a uma série de considerações sobre a historicidade do livro de Gênesis (esta introdução vale como parte I). As observações apresentadas aqui são de Dave Hawkins e foram extraídas de um debate formal do qual participou em 2007 (link ao final da série. Referências da Wikipedia apontam para artigos da época, passíveis de edição ao longo do tempo).

Livros históricos são o meio mais confiável de determinar a própria História. Isso pode parecer uma declaração óbvia, algo que nem precisaria ser afirmado. Entretanto, por estranhas razões, muitos cientistas hoje rejeitam o claro registro histórico do livro de Gênesis em relação ao Dilúvio. Esses mesmos cientistas desconsideram os registros históricos (tradições orais e escritas) de muitas nações, os quais concordam com o registro de Gênesis. Isto é um erro.

O que é História e como é estudada?

História é o estudo dos eventos e das atividades do passado humano. Tradicionalmente, os historiadores têm tentado responder a questões históricas pelo estudo de documentos escritos, embora a pesquisa histórica não se limite meramente a estas fontes. Em geral, as fontes de conhecimento histórico podem ser classificadas em três categorias: o que é escrito, o que é dito, e o que é fisicamente preservado; e historiadores frequentemente enfatizam a importância dos registros escritos, que universalmente datam do desenvolvimento da escrita.

http://en.wikipedia.org/wiki/History

Então, se quisermos saber algo da História, devemos examinar:

1) Registros históricos escritos
2) Tradições orais, e
3) Itens preservados fisicamente

Como podemos dizer se o registro do Gênesis é confiável?
Historiadores têm duas vias principais para melhor entender o mundo antigo: arqueologia e o estudo das fontes primárias. http://en.wikipedia.org/wiki/Ancient_history

Em estudos históricos, fonte primária é um documento ou outra fonte de informação que foi criada no tempo ou perto do tempo que está sendo estudado, por uma fonte autoritativa. Nesse sentido, primário não significa superior. Refere-se à criação por atores primários, e difere de uma fonte secundária, que pode ser uma obra histórica, como um livro ou artigo acadêmico, feito a partir das fontes primárias.

http://en.wikipedia.org/wiki/Primary_source

Em Trusting Records: Legal, Historical and Diplomatic Perspectives, Heather MacNeill destaca que a determinação da confiabilidade dos documentos históricos envolve:

1) Crítica Interna
2) Crítica Externa
3) Corroboração das afirmações por fontes independentes

Maiores informações aqui

Vamos começar, então, a examinar os registros históricos, iniciando com o livro de Gênesis. Poderíamos escolher outros, mas eu escolho primeiramente este porque ele tem se provado o mais confiável em outras áreas das quais ele trata, como mostrarei.

Cito a seguir o começo do tablete de "Sem, Cão e Jafé." Este tablete se extende do capítulo 6, verso 9b até o capítulo 10, verso 1a, onde encontramos a "nota de rodapé" inserida por Moisés:

"Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé..."Gênesis 10:1

Os dois links que seguem [na sequência uma versão de parte do conteúdo do primeiro link; o conteúdo do segundo será resumido no próximo post da série] explicam que a frase “estas são as gerações dos filhos de…” ocorre 11 vezes no livro de Gênesis e, de acordo com os métodos de escribas antigos, denotam QUEM registrou os eventos descritos. Isso é algo semelhante à prática moderna de escrever notas de rodapés.

http://www.trueorigin.org/tablet.asp

http://truthmatters.info/2006/09/25/the-book-of-genesis-eyewitness-accounts-from-the-dawn-of-time/

Quando em missão na Mesopotâmia, onde ocorreram muitas das atividades mais antigas descritas na Bíblia, P. J. Wiseman ficou interessado na arqueologia daquela área, e especialmente em muitos tabletes de argila antigos que haviam sido datados como pertencentes ao tempo ainda anterior ao de Abraão. Ele reconheceu que detinha a chave para os escritos originais da Bíblia, principalmente para o livro do Gênesis. Ele publicou seu livro em 1936. Mais recentemente, seu filho, o professor de Assiriologia D. J. Wiseman, atualizou e revisou o livro de seu pai: P. J. Wiseman, Ancient Records and the Structure of Gênesis (Registros Antigos e a Estrutura do Gênesis). (Nashville: Thomas Nelson, Inc., 1985)

Ele descobriu que a maioria dos tabletes de argila tinha “frases colofães” no final; estas frases davam o nome do escritor ou do dono do tablete; continham palavras para identificar o assunto, e muitas vezes alguma espécie de datação. Se vários tabletes estavam envolvidos, havia também “linhas de conexão” para relacionar um tablete a outro posterior na seqüência. Muitos destes antigos registros estão relacionados à história de famílias e genealogias, que eram evidentemente muito importantes para os povos antigos. Wiseman notou a semelhança de muitos desses tabletes com as seções do livro de Gênesis.

Muitos estudiosos têm notado que o Gênesis é dividido em seções, separadas por frases que são traduzidas como “Estas são as gerações de…”

A palavra hebraica usada para “geração é toledôt, que significa ’história’, especialmente história de família … a história de sua origem”. Wiseman, op.cit., p.62. Wiseman tirou esta citação do lexicógrafo pioneiro hebraico Gesenius. A maioria dos estudiosos têm reconhecido que estas “frases toledôt” devem ser importantes, mas eles tem sido enganados ao supor incorretamente que elas são a introdução do texto que vem logo em seguida (várias traduções modernas têm até truncado estas frases). Isto tem gerado sérias dúvidas, porque em vários casos elas não parecem se encaixar. Por exemplo, Gênesis 37:2 começa: “Estas são as gerações de Jacó… ” Mas a partir daquele ponto em diante, o texto descreve José e seus irmãos, e quase nada sobre Jacó, que era o personagem central na seção anterior.

Wiseman, porém, viu que os colofões nos tabletes antigos vinham sempre no final, não no início. Ele aplicou esta ideia às frases “toledôt” em Gênesis, e descobriu que em todos os casos elas faziam sentido. O texto imediatamente antes da frase “Estas são as gerações de …” continha informações sobre eventos dos quais o homem mencionado naquela frase deveria ter conhecimento. Aquela pessoa teria sido o responsável lógico por escrever aquela parte. Em outras palavras, cada frase “toledôt” contém o nome do homem que provavelmente escreveu o texto que antecede essa frase. Ou, ainda, em outras palavras, o livro de Gênesis consiste de um conjunto de tabletes, cada um dos quais escrito por uma verdadeira testemunha ocular dos acontecimentos nele descritos. Estes tabletes foram finalmente compiladas por Moisés.

Suficiente confirmação arqueológica tem sido encontrada, de tal forma que muitos historiadores agora consideram o Velho Testamento, pelo menos a parte mais ou menos posterior ao décimo primeiro capítulo do Gênesis, como sendo historicamente correto. É estranho que professores de seminários muitas vezes ainda ensinem as velhas teorias de “crítica cética”, muito embora as bases sobre as quais essa teorias se iniciaram tenham sido completamente desacreditadas.

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Eduardo
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