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Almas Debaixo do Altar – Apocalipse 6:9

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08102011

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Almas Debaixo do Altar – Apocalipse 6:9 Empty Almas Debaixo do Altar – Apocalipse 6:9




Almas Debaixo do Altar – Apocalipse 6:9 Apocalipse-6_9-almas-debaixo-do-altar

Apocalipse 6:9 “E havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos (aqui "psuchas tôn esphagmenôn" significa "os que foram mortos") por amor da Palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.”

As Almas Debaixo do Altar.

Outro ponto muito citado é o que se refere às almas dos mártires debaixo do altar no Céu (Apocalipse 6:9 a 11). E dizem que são "espíritos sem corpo". Antes de refutarmos, será bom repetir que o livro de Apocalipse é eminentemente simbólico. Ora, esta passagem não pode ser tomada em sentido literal. Além disso, é preciso considerar:

a) Se é verdade que as almas dos justos, ao morrerem, vão diretas para a glória, não ficariam acotoveladas debaixo do altar dos sacrifícios, sofrendo aflitas, clamando em altos brandos por vingança contra os inimigos. Nem isto é do espírito cristão, que manda "amar os inimigos, e orar por eles."

b) Afirmar que o altar está no Céu é temerário, pois o único altar que lá existe, é o altar do incenso, e não o do sacrifício, e o fato de dizerem que queriam vingança "dos que habitam sobre a Terra" não indica que estivessem no Céu. Mesmo porque, segundo a melhor interpretação, estas "almas" eram as pessoas vítimas da matança do cavaleiro chamado Morte, descrito no quarto selo. Queremos dizer que as "almas" que aparecem sob o quinto selo foram mortas sob o selo precedente, dezenas ou mesmo centenas de anos antes, portanto os perseguidores já estavam mortos, e ainda de conformidade com a teologia popular deveriam já estar no inferno, portanto já sofrendo a punição, sendo inócuo, pois, o clamor por vingança.

Com referência ao altar, diz Adão Clarke: "Foi-lhe apresentada uma visão simbólica, na qual ele viu um altar; e debaixo dele as almas dos que foram mortos por causa da Palavra de Deus - martirizados pela sua fidelidade ao cristianismo - representadas como sendo recentemente mortas, vítimas da idolatria e da superstição. O altar acha-se na Terra e não no Céu."

Portanto o clamor por vingança é simbólico. Diz-se que o sangue de Abel clamava a Deus (Gênesis 4:9 e 10). O salário dos trabalhadores, retidos por fraude, clamava, e seu clamor chegou aos ouvidos de Deus (Tiago 5:4). Houve, na visão, a mesma personificação atribuída ao rico Lázaro. Nada mais.

Diz Alberto Barnes, em seu comentário sobre o passo: "Não devemos supor que isso ocorreu literalmente, e que João viu de fato as almas dos mártires debaixo do altar, porque toda a representação é simbólica: tampouco devemos supor que os ofendidos e maltratados estejam de fato no Céu clamando por vingança contra aqueles que os maltrataram... Pode-se, contudo, bem concluir que haverá uma lembrança dos sofrimentos dos perseguidos tão real como se ali fosse feito semelhante clamor, e que os opressores têm tanto a temer da vingança divina como se aqueles a quem injuriaram clamassem no Céu ao Deus que ouve as orações e exerce vingança."

As visões dos selos referem-se a eventos históricos, passados na Terra. Essas "almas" (pessoas) por certo não estavam vivas quando João as viu sob o quinto selo, pois somente depois da ressurreição estariam vivas e fruiriam o milênio. Ler Apocalipse 20:4.

Se fossem "espírito" como ensinam, como se concebe espíritos imponderáveis, fluídicos e abstratos vestindo roupagem brancas? Não tratava-se de uma visão. Tudo era simbólico. Como a reputação dos mártires foi enegrecida, então se mostrou sua inocência pelo símbolo de vestiduras brancas. A passagem de modo algum se destina a ensinar a doutrina da consciência na morte. Nem a pessoa na glória pede vingança.

---
Os cristãos que costumam isolar os textos sagrados, se firmam para dizer que a alma do crente é imortal e que vai ao Céu ao morrer. Essa crença perde o valor quando comparada com o verso seguinte (10). Veja:
“E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra.”
Se esses “seres” clamavam, já não poderiam ser almas, ou forçosamente, estas almas teriam de possuir uma capa corpórea com todos os elementos necessários para mantê-las em pé, pensar, agir, sentir, amar e clamar. (Assim, tais “almas” não passam de pessoas reais).
O livro de Apocalipse é uma perfeita simbologia. Quando o quarto selo foi aberto (Apoc. 6: 7-8), surgiu um “cavalo amarelo”, cor não muito natural neste animal. “O símbolo evidentemente se refere à obra de perseguição e matança efetuadas pela Igreja Romana contra o povo de Deus do tempo decorrido entre o começo da supremacia papal, em 538 d.C., e o tempo em que os Reformadores começaram a expor o verdadeiro caráter do papado, sendo detida a obra de destruição.” – Estudos Bíblicos, pág. 258 – CPB.
Na abertura do quinto selo, João vê os mártires (almas) mortos pela grande perseguição desencadeada no quarto selo. “Quando os Reformadores expuseram a obra do papado, foi então trazido à memória o grande número de mártires que haviam sido mortos pela fé”. (Ibidem). Sucumbiram como hereges, “cobertos de ignomínia e vergonha.”
Este vilipêndio e cruel tratamento ao povo de Deus clama por vingança, mas os clamores simbólicos dos mártires não são evocados do Céu, mas da Terra, precisamente debaixo do altar sob o qual foram mortos (v.8). O altar é na TERRA e não no CÉU. O altar de Abel foi o campo (Gên. 4:8; Heb. 11:4). O de Cristo, a Cruz (João 19:31); o de Estevão, a praça pública (Atos 7:57-60); o dos reformadores e mártires, foram fogueiras, arenas e guilhotinas.
Ouça isso: Quando um assassino é preso, abre-se imediatamente um processo contra ele. Figurativamente, a vítima estará clamando por vingança, através do processo, até o dia que for feita justiça.
É exatamente isso que ocorre em Apocalipse 6: 9-10, o sangue dos justos continuará clamando por vingança, até que Deus julgue e sentencie os criminosos, o que se dará no Juízo Final.
Bem, para que você compreenda que se trata de um relato figurado este incidente, leia as seguintes passagens: Hebreus 11:4; Romanos 4:17; Habacuque 2:11; Juízes 9:8-15,20. Aqui, pois, “é usada a figura da personificação, em que objetos inanimados são representados como viventes e falantes, e coisas que não são, como se fossem.” – Estudos Bíblicos pág. 259 – CPB.
Portanto, debaixo deste altar permanecerão esses mortos até a volta de Jesus, quando então despertarão para a vida e imortalidade, sob o fragor da voz do resgatador de Sião. Glória a Deus!
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“Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Apoc.6:9-10

O problema deste texto é que: se quando a pessoa morre ela volta para o pó (Ecles.12:7) e não sabe coisa nenhuma, se a morte é como um sono (João 11:11), então por que estas almas, aqui em apocalipse, estão debaixo do altar clamando (gritando)?

"O altar apresentado no quadro profético (de Apocalipse) era provavelmente reminiscências do altar de bronze do santuário dos hebreus, e os mártires podem ser lembrados como sacrifícios apresentados a Deus. Como o sangue das vitimas era derramado na base do altar, e a vida da carne está no sangue, assim as almas daqueles que foram martirizados são comparadas como estando debaixo do altar."(Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. VII, págs. 777-778)

As "almas debaixo do altar", apresentadas por João nesta passagem, são uma representação simbólica dos filhos de Deus, que foram martirizados na Idade Média por causa do Evangelho. O sangue ou a vida que seus perseguidores derramaram simbolicamente clama a Deus pedindo vingança da mesma forma que o sangue de Abel, em Gên. 4:10: “...E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra...” ou seja, sangue grita? Não! Sangue clama? Não também! Então por que a Bíblia diz assim? É simples! Isso é uma figura de linguagem, uma forma que João e Moisés encontraram de dar ênfase no que tinha acontecido com Abel e com os mártires.

O que deixa a muitos leitores perplexos nesta passagem é o conceito popular, mas antiescriturístico da palavra alma – uma essência imaterial, invisível e imortal que existe no homem. O conhecimento da palavra no original hebraico e grego jamais admite tal definição. Isso não existe! Dentre seus múltiplos significados se destacam também os de vida e pessoa. Este é o caso de Apoc. 6:9, onde as "almas debaixo do altar" SIMBOLIZAM pessoas, isto é, os mártires, sendo altar simbólico de sacrifício ou martírio. Seria um disparate indescritível a aceitação literal de que essas almas estivessem presas, debaixo de um altar no céu.

No capítulo seis de Apocalipse, João apresenta uma profecia dos acontecimentos que se realizariam durante a era cristã. A referência às "almas debaixo do altar" do verso 9 relaciona-se com a época da Reforma. Tanto a história secular quanto a sagrada nos informam que milhares e milhares dos chamados hereges foram barbaramente massacrados e mortos por todos os meios imagináveis. Felizmente, este estado de coisas teve o seu fim, com o protesto dos príncipes na Dieta de Spira em 1529 e o incremento da Reforma através de toda a Europa. O contexto geral das Escrituras nos impede de tomar esta passagem em seu sentido literal, pois se assim fosse teríamos de aceitar a Morte e o Inferno (Apoc.6:8 – imediatamente ao verso em questão) cavalgando um cavalo literal através da terra.

Publicado em 07/10/2011 por Blog Sétimo Dia

“O altar apresentado no quadro profético era provavelmente reminiscências do altar de bronze do santuário dos hebreus, e os mártires podem ser lembrados como sacrifícios apresentados a Deus. Como o sangue das vitimas era derramado na base do altar, e a vida da carne está no sangue, assim as almas daqueles que foram martirizados são comparadas como estando debaixo do altar”. 1

“O altar corresponde nesta liturgia celeste ao altar dos holocaustos (I Reis 8:64). Os mártires, testemunhas da Palavra, são associados à imolação de seu Mestre (cf. Filip. 2:7). Segundo a concepção bíblica e oriental, a vida reside no sangue. Aqui as vidas dos mártires estão ‘escorrendo’ para a base do altar celeste onde se consumam os seus sacrifícios cruentos (cf. Lev. 4:7)”. 2

As “almas debaixo do altar”, apresentadas por João nesta passagem, são uma representação simbólica aos filhos de Deus, que foram martirizados na Idade Média por causa do Evangelho. O sangue ou a vida que seus perseguidores derramaram simbolicamente clama a Deus pedindo vingança a exemplo do sangue de Abel, em Gên. 4:10, que clamava a Deus. Se o altar do sacrifício estava sobre a terra, e as almas são representadas como estando debaixo do altar do sacrifício, consequentemente não eram almas que estavam no céu.

O que deixa a muitos leitores perplexos nesta passagem é o conceito popular, mas antiescriturístico da palavra alma – uma essência imaterial, invisível e imortal que existe no homem. O conhecimento da palavra no original hebraico e grego jamais admite tal definição. Dentre seus múltiplos significados se destacam também os de vida e pessoa. Este é o caso de Apoc. 6:9, onde as “almas debaixo do altar” simbolizam pessoas, isto é, os mártires, sendo altar simbólico de sacrifício ou martírio. Seria um disparate indescritível a aceitação literal de que essas almas estivessem presas, debaixo de um altar no céu. Se aceitássemos o relato como real, essas almas no céu, e os seus ímpios perseguidores no inferno, segundo a crença popular, qual a razão de clamarem ainda por vingança, já que os seus torturadores estavam pagando seu merecido castigo?

Esta passagem traz uma mensagem de conforto para os que sofreram, sofrem e sofrerão por Cristo o cuidado incessante de Deus em favor dos que aceitaram o Seu plano de salvação. Muitos não podem compreender por que Deus permite que alguns de Seus filhos fiéis sejam maltratados pelos ímpios. Embora o procedimento divino, por vezes, esteja além de nossa limitada compreensão, de uma coisa podemos ter certeza, Deus fará justiça dando o galardão aos fiéis e deixando que os ímpios sejam destruídos.

No capítulo seis de Apocalipse, João apresenta uma profecia dos acontecimentos que se realizariam durante a era cristã.

A referência às “almas debaixo do altar” do verso 9 relaciona-se com a época da Reforma. Tanto a história secular quanto a sagrada nos informam que milhares e milhares dos chamados hereges foram barbaramente massacrados e mortos por todos os meios imagináveis. Felizmente, este estado de coisas teve o seu fim, com o protesto dos príncipes na Dieta de Spira em 1529 e o incremento da Reforma através de toda a Europa. O contexto geral das Escrituras nos impede de tomar esta passagem em seu sentido literal, pois se assim fosse teríamos de aceitar a Morte e o Inferno cavalgando um cavalo literal através da terra.

Referências:











  1. Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. VII, págs. 777-778.
  2. A Bíblia de Jerusalém, pág. 1614. Nota sobre Apoc. 6:9.

Texto de Autoria de Pedro Apolinário extraído da Apostila Leia e Compreenda Melhor a Bíblia.


Última edição por Eduardo em Dom Jun 10, 2012 10:54 am, editado 6 vez(es)
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Almas Debaixo do Altar – Apocalipse 6:9 :: Comentários

Eduardo

Mensagem Qua Jun 06, 2012 9:34 pm por Eduardo

Para entender o que significam as “almas debaixo do altar” é preciso responder a 4 perguntas:


1) O que significa o termo “alma”?

A palavra “alma”, do nosso texto, vem do grego “psyche” e é mencionada 103 vezes no Novo Testamento. “Psyche” é traduzido em inúmeras passagens por “pessoa”.

Por exemplo, referindo-se aos convertidos no Pentecostes, é dito que: “naquele dia agregaram-se quase 3000 almas” (psyche) Atos 2:41. Fica claro que João teve a visão das próprias pessoas dos mártires das perseguições papais do quarto selo, e não supostas almas desincorporadas.


2) Existe algum altar de sacrifícios no Céu?

Por outro lado, no Céu não existe um altar para sacrifícios. Por isso, a expressão de João de que viu “debaixo do altar as almas dos que foram mortos”, no período da perseguição papal, deve ser entendida como uma afirmativa de que eles estão debaixo da terra, ou em seus sepulcros.


3) Pode haver espírito de vingança no Céu?

Não podemos imaginar que o espírito de vingança possa dominar de tal maneira as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas enquanto não vissem a vingança praticada contra os seus inimigos. Será que há lugar para ódio, no coração dos habitantes do Céu? Com certeza que não; nunca, jamais!


4) Por que essas almas estariam clamando por vingança?

Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus perseguidores estariam queimando num suposto inferno. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer?

O sangue clama por vingança é a mesma expressão usada no livro de Gênesis. O sangue de Abel clama por vingança (Gên. 4:9 e 10).

O clamor figurado dos milhões e milhões de mártires do quarto selo, longe está de afirmar que eles estejam no Céu. É apenas um alerta de que Deus punirá, no tempo certo, os seus inimigos.

O que João viu – numa visão simbólica – foi o clamor de justiça que será satisfeito no devido tempo. “A voz do sangue do teu irmão clama a Mim desde a Terra” (Gen.4:10). E, por acaso, sangue tem voz? É evidente que se trata de uma linguagem figurada.

As vestes brancas comprovam o caráter daqueles que foram covardemente martirizados, não porque fossem criminosos, mas “por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram”.

A frase repouso por pouco tempo é outra evidência de que não poderiam estar no Céu, mas em seus sepulcros onde deveriam permanecer mais um pouco.
Objeção: Apocalipse 6:9 e 10 prova que as almas dos justos mortos estão no Céu.
Essa passagem das escrituras diz assim: “quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
É no mínimo interessante notar que os crentes na imortalidade natural tentem provar seu ponto de vista fazendo referência ao livro do Apocalipse. Quase sem exceção, quando os adventistas apelam para esse livro em apoio da sua doutrina, eles afirmam que o Apocalipse é místico demais para ser compreendido.
Torna-se o Apocalipse subitamente claro e compreensível quando se cogita em apoiar a crença na imortalidade? Desejam eles, nessa passagem isolada, dar um significado literal às palavras desse livro profético e simbólico? É evidente que sim, pois a plausibilidade de todo o seu argumento depende de uma interpretação literal do texto. Portanto, desejamos fazer-lhes algumas perguntas para descobrir se eles estão realmente dispostos a manter que esta é uma passagem literal.
Se as almas dos justos voam para longe na morte, a fim de entrar imediatamente na felicidade eterna na presença de Deus, como aqueles que são os mais dignos dentre eles, os mártires, deveriam estar confinados debaixo de um altar? E esse um local especialmente ideal? É evidente que não, porque essas almas parecem estar em angústia.
Por que devem elas clamar por vingança sobre seus perseguidores, que durante séculos levaram adiante essas perseguições? A doutrina da imortalidade da alma ensina que os ímpios, na morte, vão imediatamente para as chamas do inferno. Certamente os mártires não desejariam para alguém vingança mais terrível do que essa.
Os crentes na imortalidade natural defendem vigorosamente que a parábola do rico e Lázaro contada por Cristo deve ser compreendida literalmente, e não como uma parábola. Consideraremos posteriormente essa parábola, mas levantamos uma interrogação neste contexto: se o Céu e o inferno se acham tão perto um do outro que o bom homem Lázaro podia realmente ouvir dos próprios lábios do homem rico os detalhes do seu sofrimento, por que deveriam os mártires precisar clamar por vingança? Devemos compreender que essas almas não estavam satisfeitas com as cenas e sons de tortura e agonia que, segundo a teologia popular, recreavam seus olhos e ouvidos ao olharem para o inferno?
Mas por que levar adiante as perguntas? Na verdade, por que somos solicitados a refutar esta passagem das Escrituras, sendo que vários dos mais sábios teólogos declaram que a passagem não deve ser vista literalmente? Por exemplo, ao comentar Apocalipse 6:10, Albert Barnes, conhecido comentarista presbiteriano, afirma:
Não devemos supor que isso ocorreu literalmente, e que João realmente viu as almas dos mártires debaixo de altares, porque toda a representação é simbólica; nem devemos supor que os magoados e afrontados no Céu realmente orem por vingança. ... Porém, pode ser razoavelmente inferido que haverá ali uma lembrança tão real das afrontas dos perseguidos, magoados e oprimidos como se tal oração fosse realmente ali oferecida; e que o opressor tem tanto a temer da vingança divina como se aqueles a quem ele tem ferido devessem clamar no Céu ao Deus que responde à oração. ... Cada perseguidor deve temer a morte do perseguido como se ele fosse para o Céu pleitear contra ele.
Naturalmente, fazendo justiça a Barnes, devemos deixar claro que ele é um crente na imortalidade da alma e na consciência na morte. Ele até mesmo crê que de alguma forma essa passagem de Apocalipse fornece prova de tal doutrina. Mas isso de nenhum modo invalida seu claro reconhecimento de que a passagem deve ser vista de modo figurativo, não literalmente. Isso é tudo o que desejamos estabelecer do seu testemunho. Como o autor pode reconhecer isso e ainda crer que a passagem apóia a imortalidade da alma, ele não explica.
Adam Clarke, erudito metodista, ao comentar Apocalipse 6:9 e 10, diz: “Seu sangue, como o de Abel, clamava por vingança. ,., Nós às vezes dizemos: Sangue clama por sangue” (itálicos originais).
O espaço não nos permite discutir aqui o valor simbólico desse texto, que faz parte de uma profecia muito importante do Apocalipse. Nem é necessário, pois, tendo mostrado que a linguagem não deve ser compreendida literalmente, removemos toda a base do argumento.
Mesmo almas literais são quase etéreas e nebulosas demais para serem descritas ou retratadas satisfatoriamente pelos defensores da doutrina da imortalidade da alma. Seria esperar muito que eles defendam seu lado na discussão sem nada mais substancial a apresentar do que almas simbólicas debaixo de um altar simbólico soltando gritos simbólicos.
Fonte: Francis de Nichol, Respostas a Objeções, págs. 306-308.
AS "ALMAS" DEBAIXO DO ALTAR


AS “ALMAS” DEBAIXO DO ALTAR

As almas do Apocalipse: Literal ou Simbólico? – Por fim, o último dos argumentos imortalistas a ser refutado, se encontra em Apocalipse 6:9-11, que os defensores da doutrina da imortalidade da alma gostam de usá-la como um acontecimento literal daqueles que estavam no Céu pedindo a vingança dos seus inimigos.

Eles esquecem-se, porém, que João não escreveu um livro literário e sim um livro simbólico. Todas as ações místicas tem um exato sentido literal para ser identificado. Quando ela fala de saraiva e fogo, eram exatamente as flechas com fogo nas pontas para queimar a cidade; quando João escreve que o Céu se escureceu refere-se às cidades pegando fogo com fumaça para todos os lados – veja se você vai conseguir ver o sol!

Quando fala do mar virando sangue, jogue corpos e mais corpos no mar e você vai ver no que vira; ou então o famoso terremoto, o império romano assaltava a cidade usando troncos para derrubar as suas muralhas; todas as simbologias tem um sentido literário para ser identificado - Apocalipse está em um sentido simbólico e não literário.

Ninguém pensará que no Céu há cavalos brancos, bermejos, negros ou pálidos, montados por ginetes belicosos; ninguém pensará que Jesus não está no Céu na forma de um cordeiro com uma ensanguentada ferida de faca, ou que está em forma de um leão (leão da tribo de Judá).

Os quatro seres viventes não representam criaturas aladas reais com características de animais. Também não há ali "almas" que jazem na base de um altar. Toda a cena foi uma representação gráfica e simbólica, de que aqueles que foram martirizados seriam vingados por Deus, no dia do juízo final. Toda a simbologia apocalíptica tem um sentido a ser identificado.

Algumas passagens que são claramente simbólicas, dentre muitas outras, devem ser observadas:

(1) Cristo no Céu em forma de cordeiro ensanguentado (cf. Ap.5:6)

(2) Criaturas dentro do mar falando e louvando a Deus (cf. Ap.5:13)

(3) Várias estrelas caindo sobre a terra (cf. Ap.6:13). Sabe-se que o tamanho das estrelas é maior do que o do nosso planeta e se caíssem estrelas sobre a Terra esta acabaria no mesmo instante e o Apocalipse teria fim.

(4) Cavalos com cabeças de leão (cf. Ap.9:17)

(5) Cavalos que soltavam de sua boca fogo e enxofre (cf. Ap.9:17)

(6) Gafanhotos com coroa de ouro e rosto humano, cabelos como de mulher e dentes como de leão (cf. Ap.9:7,8)

(7) Um dragão perseguindo uma mulher grávida no deserto (cf. Ap.12:13)

(8) A mulher grávida do deserto tem asas e voa (cf. Ap.12:14)

(9) A terra abre a boca engolindo um rio que um dragão soltou com a sua boca (cf. Ap.12:15,16)

(10) Os trovões falam (cf. Ap.10:3)

(11) O altar fala (cf. Ap.16:7)

(12) Jesus tem sete chifres e sete olhos (cf. Ap.5:6)

(13) Duas oliveiras e dois candelabros soltam fogo devorador de suas bocas (cf. Ap.11:4,5)

Diante de tudo isso, por que não crer que almas agonizando debaixo do altar em pleno Paraíso clamando por vingança contra os seus inimigos seja uma cena simbólica? Tal como não existia uma mulher grávida sendo perseguida por um dragão no deserto durante mil duzentos e sessenta dias, mas esta mulher representa a Igreja e o dragão representa Satanás perseguindo a Igreja, da mesma forma não existe alguém no Paraíso agonizando e gritando vingança, mas é de fato uma representação de que aqueles que foram martirizados seriam vingados por Deus, no dia do juízo final.

Pressupor que existem literalmente almas no Céu agonizando, gritando “em alta voz” (cf. Ap.6:10) em seus clamores por vingança contra os seus inimigos, é ferir a todos quanto pensam racionalmente e entendem as linguagens simbólicas do Apocalipse.

Se até o trovão fala no Apocalipse (cf. Ap.10:3), e isso é claramente uma linguagem simbólica, porque as “almas” gritando vingança no Céu tem que ser necessariamente literal? Afinal, João escreveu um livro altamente simbólico: Quando ele bradou, os sete trovões falaram. Logo que os sete trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz do céu, que disse: Sele o que disseram os sete trovões, e não o escreva” (cf. Ap.10:3,4). Dois pesos... duas medidas!

O Paraíso não é um local onde as pessoas ficam agonizadas e atormentadas ao ponto de clamarem em alta voz a vingança contra os inimigos, muito pelo contrário, é exatamente o inverso: é o momento em que as pessoas recebem a sua merecida recompensa e entram no conforto do Pai, no lugar no qual “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (cf. Ap.21:4).

Se não há mais dor e nem lágrima na presença de Deus, então é totalmente inconcebível que haja literalmente almas clamando por vingança contra os seus inimigos, aos gritos! A conclusão óbvia na qual podemos chegar é que tanto as almas debaixo do altar como os trovões que falaram eram [/b]linguagem simbólica, e não um acontecimento literal, pois as almas só revivem na ressurreição (cf. Ap.20:4), e naturalmente trovão nenhum emite fala clara. Lemos neste mesmo livro (Apocalipse), que as almas permanecem mortas até o momento da ressurreição:

“Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi AS ALMAS daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; E REVIVERAM, e reinaram com Cristo durante mil anos” (cf. Ap.20:4)

Ora, como pode alguma “alma morta” falar? É evidente que a linguagem do cap.6 é claramente simbólica, pois as almas não revivem senão na ressurreição (cap.20) após todos os acontecimentos apocalípticos tiveram término.O Céu não é um lugar onde almas agonizam-se debaixo de um altar em seus gritos por vingança, mas sim o local onde somostomados da mais profunda alegria que jamais seria possível sentir nesta vida. Isso é estar na presença de Deus!

As almas que clamavam em alta voz por vingança era uma representação daqueles mártires que deram a sua vida pelo evangelho, daqueles que, enquanto vivos, clamavam em alta voz contra os terrores daqueles que pronunciavam morte e perseguição a eles. O que é ensinado simbolicamente em Apocalipse é que estas almas que clamavam em alta voz enquanto eram martirizadas pelo Império Romano (e pela “Babilônia” espiritual), seriam vingadas, e para isso restaria mais algum tempo, até que se completassem o número dos seus conservos e irmãos que deveriam ser mortos como eles.

Jamais estava ensinando que depois da morte dos mártires, depois deles sofrerem tanto aqui nesta vida, eles sobem ao Paraíso e continuam agonizando debaixo de um altar em gritos por vingança! Prova maior ainda de que se trata de uma simbologia apocalíptica, é o fato de que as almas não ficariam gritando debaixo de um altar, sofrendo aflitas, clamando em altos brados por vingança contra os inimigos.

Além de “incomodar” os outros moradores do Céu (que diferentemente daquelas “almas” deviam certamente estar curtindo o Paraíso, e não clamando vingança...), isto nem é do espírito cristão, que manda “amar os inimigos, e orar por eles” [b](cf. Mt.5:44). Desta maneira, além de proferir que o Céu assim como a terra é um local de profunda agonia, eles estariam descumprindo totalmente aquilo que Cristo ensinou biblicamente sobre o que fazer com os seus inimigos.

Ninguém tem a alegria plena de chegar ao Paraíso, e ao invés de aproveitá-lo, continuar reclamando com Deus porque além de tudo ainda querem ver os seus inimigos queimando!Além disso, se fossem “espíritos” (i.e, seres imponderáveis, fluídicos e abstratos, como querem os imortalistas) como se concede eles estarem trajando “vestes brancas”? Isso fica claro na própria passagem:

"Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmeiras nas mãos; E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram?Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro(cf. Ap.7:9-14).

Ora, se tal se sucedesse, então a Bíblia seria totalmente confusa e contraditória, pois afirma que só seríamos dotados de corpos novamente após a ressurreição dos mortos (lembre-se que para os imortalistas a ressurreição dá-se apenas para o corpo; portanto um “espírito” não poderia estar com “vestes brancas”). O imaterial não veste e nem pega o material. Não, tratava-se de uma visão. Tudo era simbólico.

Como a reputação dos mártires tivesse sido engrandecida por todos os seus méritos, então o simbolismo apocalíptico fez questão de relatar a sua inocência com o símbolo das “vestes brancas”. O que representava este simbolismo? Representava que eles (os mártires) eram pessoas dignas e santas, como atesta o próprio livro do Apocalipse: O linho fino são os atos justos dos santos” (cf. Ap.19:8).

Deus vingaria aqueles que morreram em nome Dele. De maneira nenhuma deve ser analisado como algo literal, com “almas” desfrutando dos “deleites” e dos prazeres do Paraíso há dois mil anos e ainda reclamando com Deus do motivo de ainda não terem sido julgados. Também devemos lembrar quecada selo representava um espaço de tempo real na história da terra, e asalmas que apareceram no quinto selo representavam as pessoas que foram mortas pelo cavalheiro denominado por “Morte” (presente no selo anterior).



Noutras palavras, eles foram exterminados sob o selo precedente, dezenas ou centenas de anos antes, consequentemente, portanto, os seus perseguidores já deviam estarem mortos, e supostamente já estariam queimando no fogo do inferno. Isso tornaria inteiramente inócuo os “gritos de vingança”, pois os seus inimigos já estariam sendo castigados.



O que Deus manda a seguir é descansarem mais um pouco até que se complete o número dos irmãos que deveriam ser mortos como eles” (cf. Ap.6:11). Deus mandou que eles “descansassem” ou “repousassem” um pouco mais, conforme trazem as melhores traduções como a Almeida Revisada e Atualizada, a Versão King James, a Vulgata Latina, bem como a Concordância de Strong. O original grego traz a palavra “anapano”, que significa: “repouso; descanso”.



Certamente que Deus não estava falando para os corpos dormirem mas as almas continuariam acordadas. É para as próprias almas que Deus estava dirigindo tal frase. E é exatamente isso o que a simbologia de Ap.6 estava retratando: que os que foram martirizados seriam certamente vingados, entretanto isso só aconteceria no fim dos tempos, até que todos os seus irmãos fossem martirizados como eles foram, pois aí sim os ímpios iriam ser queimados e os justos finalmente vingados, afinal, o joio só será queimado na “consumação deste mundo” (cf. Mt.13:40).



Até lá, os justos permanecem dormindo o sono da morte, repousando até que se completasse o número de conservos até o final dos tempos, quando despertarão para a vida ou para a condenação.



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Por: Lucas Banzoli.

Extraído do meu livro ”A LENDA DA IMORTALIDADE DA ALMA”.

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Eduardo

Mensagem Qui Abr 11, 2013 6:12 pm por Eduardo

http://www.c-224.com/33-Debaixo-Do-Altar.html

http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=119

http://www.areligiaoverdadeira.com.br/artigo_text.php?artigo_id=17

http://setimodia.wordpress.com/2011/10/07/almas-debaixo-do-altar-apoc-69/

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