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Ataques a arqueologia bíblica
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03092010
Ataques a arqueologia bíblica
Ao longo dos anos, muito criticismo tem sido levantado quanto à confiabilidade histórica da Bíblia. Estes criticismos são usualmente baseados na falta de evidência de fontes externas confirmando o registro bíblico. E sendo a Bíblia um livro religioso, muitos eruditos tomam a posição de que ela é parcial e não é confiável a menos que haja evidência externa confirmando-a. Em outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja provada inocente, e a falta de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida.
Tablete de argila de Ebla. |
- A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70 tem mostrado que os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas são de todo viáveis. Documentos escritos em tabletes de argila de cerca de 2300 A.C. mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos sobre os Patriarcas são genuínos. O nome "Canaã" estava em uso em Ebla - um nome que críticos já afirmaram não ser utilizado naquela época e, portanto, incorretamente empregado nos primeiros capítulos da Bíblia. A palavra “tehom” (“o abismo”) usada em Gênesis 1:2 era considerada como uma palavra recente, demonstrando que a história da criação foram escrita bem mais tarde do que o afirmado tradicionalmente. “Tehom”, entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla, cerca de 800 anos antes de Moisés. Costumes antigos, refletidos nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos em tabletes de argila encontrados em Nuzi e Mari.
- Os Hititas eram considerados como uma lenda bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em Bogazkoy, Turquia. Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram grandemente exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na antiguidade estava concentrada como o rei e que a prosperidade de Salomão é inteiramente possível. Também já foi afirmado que nenhum rei assírio chamado Sargon, como registrado em Isaías 20:1, existiu porque não havia nenhuma referência a este nome em outros registros. O palácio de Sargon foi então descoberto em Khorsabad, Iraque. O evento mencionado em Isaías 20 estava inclusive registrado nos muros do palácio. Ainda mais, fragmentos de um obelisco comemorativo da vitória foram encontrados na própria cidade de Asdode.
- Outro rei cuja existência estava em dúvida era Belsazar, rei da Babilônia, nomeado em Daniel 5. O último rei da Babilônia havia sido Nabonidus conforme a história registrada. Tabletes foram encontrados mais tarde mostrando que Belsazar era filho de Nabonidus e co-regente da Babilônia. Assim, ele podia oferecer a Daniel "o terceiro lugar no reino" (Daniel. 5:16) se ele lesse a escrita na parede. Aqui nós vemos a natureza de “testemunha ocular” do registro bíblico frequentemente confirmada pelas descobertas arqueológicas.
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Apesar de não ser gaúcho, fico impressionado com o orgulho que esse povo tem do seu Estado. Encontrei diversos “guris” e “gurias” em várias viagens fora do Rio Grande do Sul e o sentimento deles é sempre o mesmo: saudades do Estado amado! Mas nem todo mundo é assim...
Israel Finkelstein, o co-autor da obra E a Bíblia Não Tinha Razão (Girafa, 2003) e arqueólogo judeu, vem tentando destruir, por meio de suas pesquisas e publicações, o passado glorioso do seu próprio povo, os hebreus. Na realidade, Finkelstein é um dos arqueólogos atuais que têm se esforçado para demonstrar que a antiga amizade entre as Escrituras Sagradas e a arqueologia Bíblia, não combina mais![1]
Tive a oportunidade de ouvir o Dr. Finkelstein, no ano passado, em Porto Alegre, RS. Um dos professores de história da UFRGS, Josué Berlessi, foi um dos organizadores do evento “Religião e Racionalidade: A história bíblica e a investigação arqueológica”, que além da presença do arqueólogo judeu da Universidade de Tel Aviv, contou com a participação do Dr. Nelson Kilpp, da Escola Superior de Teologia (EST) de São Leopoldo, RS. Além de muito simpático, Finkelstein demonstra dominar bem sua disciplina, já que ele a desenvolve há mais de 30 anos.
Sua abordagem na palestra girou em torno de uma metodologia de pesquisa desenvolvida em cinco tópicos:
1. Não havia atividade escribal em Canaã antes do 8º século a.C., ou seja, nenhum livro bíblico foi produzido antes dessa data.
2. Não havia o ofício de inventor de histórias; o que temos nas Escrituras hebraicas são apenas tradições orais muito provavelmente deturpadas ao longo dos séculos.
3. Todo texto deve ser comparado com fontes arqueológicas e do Antigo Oriente Médio. Se a informação bíblia não for amparada por documentação arqueológica, ela é falsa.
4. A história não pode ser transmitida com alterações, mas pode receber elementos da época em que a tradição oral estava sendo contada.
5. Boa parte dos escritos bíblicos está repleta da perspectiva teológica do autor.
Nas linhas abaixo, nosso foco estará entre os tópicos 1 e 3.
Atividade escribal antes do 8º século a.C. O argumento do Dr. Finkelstein sobre esse assunto pode ser sumarizado assim: não há qualquer registro arqueológico que demonstre atividade escribal em Canaã, que seja anterior ao 8º século a.C. Sendo assim, torna-se difícil imaginar a autoria de documentos numa data anterior a essa.
As implicações dessa ideia são profundas: o Pentateuco de Moisés, o livro de Josué, os Salmos dravídicos, os Provérbios de Salomão não teriam sido escritos por esses famosos personagens bíblicos.
No entanto, excelentes estudos literários foram produzidos por eruditos de renome que oferecem uma visão mais ampla sobre esse assunto. Duas das maiores autoridades em texto bíblico do século passado, Frank Moore Cross Jr. (Harvard) e David Noel Freedman (UCLA, em San Diego, Califórnia), publicaram interessante estudo sobre algumas porções do texto bíblico que remontam, sem sombra de dúvida, a uma data anterior ao ano 1000 a.C. É o caso de Juízes 5, o cântico de Débora, Êxodo 15, o cântico de Mirian, Salmo 18, entre outros.[2]
O mesmo pode ser dito dos trabalhos de Kenneth Kitchen, respeitado egiptólogo e professor emérito na Universidade de Liverpool, na Inglaterra. Em 1995, o Dr. Kitchen publicou um excelente artigo na Biblical Archaeology Review sobre o período patriarcal, oferecendo diversas evidências (linguísticas, literárias, históricas, etc.) para monstrar quão sólida é a narrativa patriarcal, demonstrando assim que seu autor era alguém familiarizado com aquela cultura e com aquela época. O artigo pode ser lido aqui.
No momento de perguntas e respostas, no evento com o Dr. Finkelstein, perguntei-lhe a respeito das pesquisas e conclusões do Dr. Kitchen. Ao invés de responder os argumentos levantados pelo egiptólogo britânico, ele simplesmente disse: “Eu não posso concordar com um erudito que afirma que toda a Bíblia é a Palavra de Deus.” E passou para próxima pergunta!
Acredito que esses nomes mencionados acima oferecem excelentes argumentos para a refutação dessa premissa do Dr. Finkelstein.
Arqueólogos encontram mais antiga escritura em hebraico; inscrições têm mais de 3.000 anos e documentam sociedade
da France Presse
Um fragmento de cerâmica com cinco linhas de texto e mais de 3.000 anos de idade, descoberto no local onde a Bíblia diz que Davi matou Golias, acaba de ser decifrado e, de acordo com arqueólogos israelenses, é o mais antigo registro de hebraico escrito. As inscrições estavam em protocananeu --usado por israelitas, filisteus e outros povos da região-- e foram descobertas há 18 meses.
O material foi decifrado por Gershon Galil, da Universidade de Haifa, que identificou a escritura como hebraico. Em comunicado, a instituição afirma que se trata "do mais antigo registro conhecido" do idioma. Análises de datação radioativa, feitos para determinar a idade do material, indicam que as inscrições são do século 10 a.C., o que as torna quase mil anos mais antigas que os pergaminhos do mar Morto. "O texto é um manifesto social, referente a escravos, viúvas e órfãos", disse Galil, acrescentando que as palavras e os conceitos utilizados eram específicos do idioma e da sociedade hebraica da época. O fragmento foi encontrado perto do portão do local conhecido como "Fortaleza de Elá", cerca de 30 quilômetros a oeste de Jerusalém, no vale onde se acredita que a batalha entre Davi e Golias aconteceu. Em comunicado, a Universidade de Haifa afirma que "a descoberta de um exemplo tão antigo de escrita hebraica torna possível que a Bíblia tenha sido escrita vários séculos antes das estimativas atuais". "As inscrições têm conteúdo semelhante às escrituras bíblicas, mas fica claro que não são cópias de nenhum texto da Bíblia", afirma a universidade.
A informação bíblica e a arqueologia. Diversas narrativas bíblicas são consideradas mitológicas ou não históricas pelos críticos simplesmente por não dispormos de nenhuma documentação extra-bíblica ou arqueológica – o famoso argumento do silêncio. Mas como bem disse Carl Sagan, “ausência de evidência não é evidência de ausência”. Um ótimo exemplo disso é a estela de Tel Dan, contendo o nome de Davi, encontrada em 1993. (Confira aqui.)
Uma categoria de arqueólogos chamada de minimalistas (aqueles que reduzem a narrativa bíblica a um simples conto não histórico) considera como improvável a descrição bíblica de Jerusalém ser a capital de um reino, por volta do ano 1000 a.C., na época de Davi e Salomão. Para eles, Jerusalém nem sequer era uma cidade significativa nesse período.
Mas na última segunda feira (22/2), uma descoberta arqueológica está fazendo com que os minimalistas refaçam suas anotações sobre o reinado de Salomão. A arqueóloga Eilat Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém, anunciou que sua equipe encontrou uma muralha de aproximadamente 70 metros e um portal bem decorado, que datam de aproximadamente 1000 a.C. A datação está baseada em fragmentos de cerâmicas encontrados junto ao muro, uma técnica largamente utilizada por arqueólogos. Sua conclusão até o momento é que esse prédio pode estar relacionado ao governo de Salomão, no 10º século a.C, como mencionado em 1 Reis.
Se a conclusão de Mazar estiver correta, Jerusalém pode ter sido um grande centro político por volta do ano 1000 a.C., ao contrário do que afirmam os minimalistas. Mas ainda é cedo para ser dogmáticos com qualquer conclusão que vá além dessa. Devemos esperar por publicações em periódicos especializados, como a já mencionada Biblical Archaeology Review e outras revistas indexadas.
O debate em torno da Bíblia e de fontes antigas está longe de ter fim. Pelo contrário, o que se vê é aumento do interesse do público sobre esse tipo de assunto. Como cristãos, devemos aproveitar o momento e “estarmos sempre preparados para dar a razão da esperança que há no nosso coração” (1Pd 3:15).
(Luiz Gustavo Assis, pastor adventista em Caxias do Sul, RS)
Arqueologia - revisionismo
Por Paul L. Maier:
SINOPSE
É geralmente assumido que as escavações arqueológicas no oriente normalmente confirmam o registro bíblico. Em anos recentes, entretanto, muitos grupos de revisionistas radicais tem afirmado exatamente o oposto: escavações em Israel e proximidades mostram que a história antiga dos Hebreus é muito diferente do que é afirmado no Pentateuco e no resto no Antigo Testamento. Alguns dos críticos mais extremos, conhecidos como minimalistas bíblicos, negam até mesmo a historicidade de Abraão e dos patriarcas, a permanência dos israelitas no Egito, o Êxodo e a conquista da Terra Prometida feita por Josué. Eles, além disto, questionam se Davi e Salomão realmente existiram, ou pelo menos como os poderosos soberanos descritos no Antigo Testamento.
Escavações arqueológicas de 150 anos pra cá, contudo, produziram resultados mais do que suficientes para demonstrar que tais revisionistas estavam enormemente ultrapassados e sensacionalistas. O produto de tal metodologia inferior, de fato, confia muito nos argumentos do silêncio ou ausência. Vez por vez, o que foi encontrado na terra tem se entrosado notavelmente bem com o que é afirmado no Antigo Testamento, e a verdade não é servida quando revisionistas radicais ignoram ou mal-interpretam evidências irrefutáveis. Elas afirmam que eles atualmente se encontram na vanguarda da pesquisa bíblica, porém completamente oposto é o caso, e muitos, se não a maioria, arqueólogos mais rígidos e estudiosos da Bíblia rejeitam suas conclusões extremistas.
A pá continua sendo melhor amiga da Bíblia.
Organizações cristãs freqüentemente investiam nas recentes escavações no oriente, e um retrato de arqueólogos cheios de fé marchando para suas escavações com a Bíblia em uma mão e a uma pá na outra era completamente familiar. Grandes arqueólogos, como William Foxwell Albrigth virtualmente inventaram a disciplina chamada Arqueologia Bíblica, então asseveravam eles que aquelas pedras, de fato, exclamavam a verdade das escrituras.
Uma série de impressionantes descobertas arqueológicas que confirmaram lugares, personalidades e eventos no Antigo e no Novo Testamento somente confirmam a impressão geral que os registros bíblicos são historicamente confiáveis. Publicações como Biblical Archaeology Review (BAR) e Bible and Spade implicam em mais do que seus títulos.
Na última década, porém, uma forte contra-corrente foi desenvolvida entre alguns estudiosos do oriente que afirmam completamente o oposto. Um grupo, freqüentemente nomeado como minimalistas bíblicos, vê poucas ou nenhumas correlações entre a evidência bíblica e arqueológica e não há nenhuma história confiável na Bíblia Hebraica (Antigo Testamento). Os principais porta-vozes dos minimalistas são Thomas L. Thompson e Niels P. Lemche da Universidade de Copenhagem, Dinamarca, com colegas simpatizantes pós-modernistas do oriente e ocidente.
m 2201, Israel Finkelsen, um arqueólogo revisionista com visão similar, em companhia de Neal A. Silberman, escreveu um extenso livro: The Bible Unearthed: Archaeologys New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts (A Bíblia Revelada: Nova Visão Arqueológica do Israel Antigo e a Origem dos seus Textos Sagrados). Esta nova visão controverteu a tradicional visão cristã e judaica da confiabilidade da Bíblia Hebraica e como ela se formou. Um mais popular detalhamento da sua visão foi um muito discutido artigo escrito por Daniel Lazare em 1º de março de 2002, entitulada Harpers.
Unilateral, ácida e tendenciosa ao extremo, o artigo segue um título sensacionalista que diz tudo: Falso Testamento: arqueólogos refutam as afirmações bíblicas históricas. Harpers tem uma imponente história que remonta à época de Abraham Lincoln, para dar credibilidade ao seu conteúdo. Como resultado, muitos dos leitores cristãos e judeus mais conservadores estão agora alarmados que muitas dos fundamentos da sua fé foram questionadas, e esta crise de fé foi exarcebada por uma Torahe um comentário (Etaz Hayim) recentemente publicados pela United States Synagogue of Conservative Judaism, que incorporou estas visões revisionistas.
Este (não-sensacionalista) artigo examinará as afirmações feitas por Lazare e outros críticos revisionistas, ponderando contra os resultados arqueológicos bíblicos e estudiosos atualmente em voga, e então descrever como eles são decisivamente insuficientes em substância e metodologia.
AGRESSÃO AO ANTIGO TESTAMENTO
O novo criticismo do registro bíblico é corrosivo e categórico do começo ao fim. Afirma, por exemplo, que não há nenhuma evidência que pessoas como Abraão viveram ou poderiam ter vivido na nova versão das origens israelitas antigas. Não houve migração da Mesopotâmia para qualquer Terra Prometida. Histórias sobre os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, argumenta, foram grosseiramente “costurados” com vários pedaços de tradições locais. Moisés não foi mais historicamente real do que Abraão, por não ter havido nenhuma estadia israelita no Egito e o êxodo ter sido uma ficção; nenhum Josué conquistou a Terra Prometida, uma vez que os antigos israelitas foram uma cultura indígena que já habitava naquelas terras.
E os monarcas Saul, Davi e Salomão e seus impérios regionais? Certamente eles são históricos, não são? Não. De acordo com este revisionismo, sacerdotes de Jerusalém nos séculos 70 e 80 a.C. provavelmente os inventaram.
Nas palavras de Lazare, se Davi foi histórico, ele foi não um poderoso potentado cujo poder era reconhecido do Nilo ao Eufrates, mas antes um “pirata” que de destacou, que foi quando muito um pequeno duque nas montanhas do sul ao redor de Jerusalém e Hebrom. Entretanto, a principal discordância entre os estudiosos hoje em dia é entre aquele que sustenta que Davi foi um insignificante chefe de tribo cujos territórios se estenderam não mais que umas poucas milhas em qualquer direção e um pequeno, mas barulhento, grupo de minimalistas bíblicos que ele dizem que ele nem mesmo existiu.
Nunca houve uma monarquia hebraica nesta visão extremista e, de acordo com Finkelstein, as realizações arquitetônicas de Davi e Salomão deveriam ser mais propriamente imputadas ao Rei Acabe, de Israel. Quanto às crenças religiosas, o judaísmo monoteísta teve um desenvolvimento tardio novamente, em contraste à evidência bíblica quando também as histórias heróicas dos patriarcas e juízes foram hábeis em mostrar que Israel se apropriou da terra pelo ritual da conquista.
Provavelmente não até que nós alcancemos o Rei Ezequias no século VIII a.C. faremos as críticas extremas darem início a conceder historicidade para as narrativas no Antigo Testamento.
Este ataque às escrituras do Antigo Testamento é de uma variedade emplumada e não-barrável. Tais visões extremistas convidam à dispensa deste ataque como o trabalho de uma estrutura de quase-estudiosos experimentalistas aos quais o revisionismo radical já garante atenção na mídia. Esta é uma trilha bem conhecida, depois de tudo, por membros do então chamado Seminário Jesus e suas notórias deliberações se Jesus disse ou não algo que pode ser creditado a Ele nos evangelhos. Os minimalistas bíblicos mais radicais certamente se engajaram no sensacionalismo, mas o balanço de tais estudiosos baseia seus casos já completamente no que eles consideram ser a ausência de evidência arqueológica que corrobora materialmente nas recentes eras do Antigo Testamento.
FALSAS AFIRMAÇÕES
Abraão é um mito?
Críticos recentes, de 1800, negavam a existência da cidade natal de Abraão, Ur dos Caldeus (Gn 11:31). Isto continuou até que escavações sistemáticas de Sir Leonard Woolleys, de 1922 a 1934, descobriram o imenso zigutato ou torre do templo em Ur perto do monte do Eufrates, na Mesopotâmia. O nome Abraão aparece nos registros mesopotâmicos, e as várias nacionalidades que os patriarcas encontraram, como registrado em Gênesis, são totalmente consistentes com as pessoas conhecidas naquele tempo e lugar. Outros detalhes no registro bíblico referentes à Abraão, tais como os pactos feitos com os governantes vizinhos e até mesmo o preço dos escravos, combina bem com o que sabemos em outras partes na história do oriente antigo.
Não houve migração da Mesopotâmia?
Tribos semíticas da época estavam continuadamente se movendo pra dentro e fora da Mesopotâmia. De fato, Abraão registrou sua viagem à Terra Prometida ao longo do vale do Eufrates até Haram, ao sul da Turquia, os quais foram também identificados e escavados, e, portanto, a descida através da Síria até Canaã é geograficamente acurada. Usar a rota do ‘Crescente Fértil’ era a única forma de viajar com sucesso da Mesopotâmia até o Mediterrâneo naqueles dias.
E os patriarcas?
Nada no registro de Gênesis contradiz a forma nômade de viver, repleta de multidões e de rebanhos, que eram característicos na vida do século 18 e 19 a.C. As concordâncias e pactos da época, tais como encontrar uma noiva para membros da mesma tribo e outros detalhes, são bem conhecidos em outros lugares do antigo oriente. Argumentar que os patriarcas não existiram porque seus nomes não foram encontrados arqueologicamente é meramente um argumento baseado no silêncio, uma fraca forma de argumentação que pode ser usada. Para os historiadores mais esclarecidos, ausência de evidência não é necessariamente evidência de ausência.
Não houve permanência israelita no Egito ou êxodo de lá?
Críticos fazem muito mais do que supor fatos de que não há nenhuma menção dos Hebreus em inscrições hierocligráficas, nenhuma menção de Moisés, e nenhum registro de uma movimentação de população em massa como afirmada no registro bíblico do êxodo do Egito. Este fato é questionável. A famosa placa de pedra de Israel (uma pedra ou tábua com inscrições) do faraó Merenptah (descrita mais completamente abaixo) declara, Israel não é descendência deles. Além disso, mesmo se não houvesse nenhuma menção qualquer dos hebreus nos registros egípcios, isto também não provaria nada, especialmente na visão da bem conhecida propensão egípcia de nunca registrar contratempos ou derrotas ou nada que embarace a majestade da monarquia corrente. Poderia qualquer faraó ter delineado as seguintes palavras em seu monumento: “Sob minha administração, uma grande multidão de escravos hebreus escapou com sucesso para o deserto do Sinai quando nós tentamos impedi-los”?Os egípcios antigos, de fato, transformaram alguns de seus contratempos em vitórias. Um dos mais imponentes monumentos no Egito consiste de quadro bem colocados colossos de Ramsés II contemplando o rio Nilo (agora, o lago Nasser) em Abu-Simbel. Ramsés erigiu o colosso para intimidar os etíopes para o sul, que tinham corretamente ouvido que ele abertamente fugiu com sua esposa da batalha de Kadesh contra os hititas, e então eles tiveram a oportunidade de invadir pelo Egito. A história contada nas paredes de dentro do monumento, contudo, é que foi uma maravilhosa vitória egípcia!
Moisés não existiu?
O real nome Moisés é egípcio, como indícios dos nomes faraônicos tais como Thut-mose e Ra-mses. A vida ambiente como descrita no Gênesis e Êxodo é completamente consonante com o que nós conhecemos do antigo Egito no período dos hicsos e dos impérios: a comida, as festas, as rotinas cotidianas, costumes, os nomes dos lugares, as divindades locais e outros equivalentes são familiares em ambas as literaturas, hebraica e egípcia.
Não houve êxodo?
É verdadeiro que poucos vestígios dos acampamentos e artefatos da época do êxodo foram descobertas arqueologicamente no Sinai, mas uma migração tribal e nômade dificilmente deixaria para trás fundações permanentes de pedra de construções na sua rota. Dificilmente qualquer arqueólogo tomaria lugar no Sinai, e se isto mudasse, evidências da migração poderiam muito bem ser descobertas. Novamente, deve-se ter cuidado com o argumento do silêncio.
Josué não conquistou Canaã?
A Batalha de Jericó continua sendo disputada! Quando Dame Kathleen Kenyon escavou Jericó na década de 1950, ela afirmou não ter encontrado qualquer ruína de paredes ou mesmo qualquer evidência de vida civilizada em Jericó durante a época da invasão de Josué, nada para ser conquistado por ele. Ela, ao invés disto, encontrou uma Jericó recente e pesadamente fortificada que em 1550 a.C. foi objeto de uma violenta conquista com paredes caídas e uma espessa camada de cinzas, indicando destruição por fogo. Que, na visão dela, foi antes de Josué e da chegada dos israelitas. Os críticos imediatamente aproveitaram a interpretação dela como uma sólida evidência que a conquista de Jericó por Josué deve ter sido folclore.
O arqueólogo Bryant G. Wood, entretanto, editor da Bible and Spade, percebeu que Kenyon datou mal as suas descobertas e que a destruição de Jericó realmente teve lugar em 1400 a.C. quando Josué estava em cena, de acordo com as mais recentes datações (1400 a 1200 a.C.) da invasão israelita.
Em um brilhante artigo de 1990 em BAR, Wood baseou sua cronologia na estatigrafia, tipos de cerâmica, datações com carbono 14, e outras evidências, incluindo ruínas de paredes, para mostrar uma surpreendente confirmação arqueológica do detalhamento bíblico registrado em Juízes, capítulo 6 e seguintes.
Os Reis Davi e Salomão são históricos ou apenas mitos?
Os críticos novamente confiam muito no argumento do silêncio ou da ausência. Eles contendem que para toda a grandeza e majestade dos reinos de Davi e Salomão, algumas das taças de ouro e outros itens luxuosos dos seus palácios deveriam ter vindo à luz nas escavações, mas não vieram. Lazzare acusa, ainda nenhuma taça, nenhuma peça, foi encontrada para indicar que tal reino existiu. Se Davi e Salomão foram importantes agentes poderosos regionais, uma poderosa racionalidade espera que os nomes deles apareçam em monumentos e na correspondência diplomática da época. Até o momento, mais uma vez o registro silencia.
Esta argumentação, contudo, é desesperadamente falha, por causa de um simples fato: Jerusalém foi destruída e reconstruída em torno de 15 a 20 vezes desde os dias de Davi e Salomão, e cada conquista teve suas taxas em artefatos valiosos. O que, além do mais, Belsazar usou como utensílios para suas famosas festas na Babilônia (Dn. 5.23)? Copos de ouro e de prata que Nabucodonosor havia pilhado do Templo em Jerusalém!
Já o nome de Davi, o registro não é nenhum um pouco silencioso. Em 1993, o arqueólogo Avraham Biran, cavando em Tel Dan, no norte de Israel, descobriu um monólito de vitória em três grossas pedras nas quais o nome de Davi está inscrito, a primeira evidência arqueológica a Davi fora do Antigo Testamento. A inscrição Aramaica contém uma ostentação por o rei de Damasco (provavelmente Hazael) ter derrotado pelo rei de Israel (provavelmente Jorão, filho de Acabe) e o rei da casa de Davi (provavelmente Acazias, filho de Jeorão, 842 a.C.).
Esta descoberta sozinha deveria ter calado as afirmações minimalistas de que não houve nenhum Davi, mas nunca devemos subestimar a inflexibilidade de mentes bloqueadas atualmente no revisionismo. Eles ainda tentam desesperadamente retraduzir a mensagem nas pedras ou afirmar que o nome de Davi é uma falsificação compondo outra!
O rei Acabe de Israel como o principal construtor do Templo de Jerusalém ao invés de Davi e Salomão?
Esta é a conclusão favorita do arqueólogo Finkelstein, mas sua grade de tempo arqueológico defere dos modelos padrões em torno de 150 anos, a qual é, não surpreendentemente, precisamente a diferença entre Davi em 100 a.C. e Acabe, em 850 a.C.
Um que é, também, igualmente chocante pelo silêncio repentino dos críticos revisionistas é relativo ao registro do tempo do Rei Ezequias (700 a.C). Neste ponto, evidentemente, o Antigo Testamento instantaneamente traz mais história para eles. Esta concessão, naturalmente, é forçada por eles por causa do predominante número de correlações da arqueologia, registros das nações vizinhas, e a história em geral que corrobora completamente a evidência bíblica. Os assírios não conquistaram um norte israelita mítico em 722 a.C., nem Nabucodonosor deportou para o cativeiro babilônico um bando de judeus lendários, folclóricos que nunca existiu. Nós deixamos para os críticos explicar como fatos repentinamente aparecem da suposta fantasia do Antigo Testamento.
Metodologia Errada
Nos processos como os anteriormente descritos, os erros no conteúdo, procedimento e até mesmo de lógica empregados pelos revisionistas são aparentes e podem ser listados como se segue:
1. Abuso no uso de argumentos do silêncio ou ausência de evidência arqueológica. Tais argumentos têm freqüentemente rendido debates pelas subseqüentes descobertas que providenciam as tais evidências faltantes.
2. Assumir que a Arqueologia pode nos dizer mais do que é justificado pelo que é encontrado, porque é necessário também ser suplementado por dados relevantes tanto da história secular quanto da sacra.
3. Assumir que a Arqueologia é não-passional e objetiva, quando, na verdade, alguns escavadores são completamente o oposto; infelizmente, recentes pressões políticas têm, também, atingido a disciplina.
4. Assumir que há concordância entre os arqueólogos quando à grade de tempo envolvendo estratos descobertos e os artefatos lá encontrados. De fato, suas interpretações das evidências escavadas diferem grandemente.
5. Sugerir que o revisionismo crítico representa a mais recente e melhor pesquisa arqueológica e acadêmica sobre as origens bíblicas atualmente. Para ser mais racionalmente verdadeiro, recentes tópicos de jornais tais como o BAR e a Bible and Spade estão bem preparados contra o criticismo da posição minimalista, e o debate entre as visões tradicional e radical entre os estudiosos bíblicos continua com furor.
6. Fechar os olhos para relatórios, como Lazares e Harpers, que são tão desesperadoramente unilaterais que influenciam de forma gritante cada parágrafo.
7. Optar pelas sensações ao invés da razão, como é o caso com extremistas em qualquer assunto.
8. Usar os resultados muito seletivamente ao invés de atentar para todas as evidências. Falha em avaliar evidências no outro lado ou até mesmo representar falsamente pela força, não pela verdade.
Isto não é afirmar que não há nenhum problema no registro do Antigo Testamento; mesmo tradicionalistas admitirão que certamente haja. Nós podemos todo afetuosamente desejar que o autor de Gênesis tivesse dado os nomes de mais associações contemporâneas de Abraão para que a era patriarcal pudesse ser datada com mais precisão; e porque, oh, porque nós não temos os nomes reais dos reis egípcios envolvidos na opressão e êxodo ao invés de somente o seu título genérico, faraó? Mais tarde, o Antigo Testamento claramente nos dá os nomes próprios de faraós tais como Sisaque (920 a.C., I Reis 14:25) e Neco (600 a.C., II Reis 23:29). Tivessem aparecido estes nomes individuais no Êxodo, nós teríamos poupado centenas de tomos e milhares de artigos debatendo sua identidade. Nós todos anelamos, além do mais, muitíssimo mais detalhes específicos sobre os hebreus no período pré-1000 a.C. e poderia provavelmente sacrificar vários capítulos da lei cerimonial judaica no Levítico e em Deuteronômio em troca destas descrições.
Talvez, penso, nós podemos questionar muitos dos antigos escritos sagrados. Nenhuma religião ou cultura na terra tem, de fato, mais especificidade em seus antigos registros históricos do que a Torá, e é sempre o caso que registros recentes de quaisquer povos serão mais “distorcido” e comprimido do que os mais antigos. Nós certamente vemos no Antigo e no Novo Testamento, não uma progressiva historicidade no sentido que os registros mais recentes não são históricos e os registros antigos são como os revisionistas radicais afirmam, mas antes uma especificidade histórica progressiva.
A EVIDÊNCIA REAL
Os achados arqueológicos que contradizem as discussões de minimalistas bíblicos e outros revisionistas foram mencionadas anteriormente. Há muitas mais, contudo, que corroboram com a evidência bíblica, e a seguinte lista provê somente as descobertas mais importantes:
Uma história de dilúvio em comum
Não somente os hebreus (Gn. 68), mas mesopotâmios, egípcios e gregos reportaram um dilúvio em tempos remotos. Uma lista de reis sumérios de 2100 a.C. divide-se em duas categorias: aqueles reis que governaram antes do grande dilúvio e aqueles que reinaram após ele. Um dos exemplos mais recentes da literatura Sumero-Acadio-Babilônica, o épico Gilgamesh, descreve uma grande inundação enviada como punição pelos deuses, com a humanidade salva somente quando o piedoso Utnapishtim (o mesopotâmico Noé) construiu um barco e salvou os animais da Terra lá. Uma contrapartida grega, a história de Deucalião e Pirra, conta que um casal que sobreviveu a uma grande enchente enviada pelo irado Zeus. Eles se refugiaram no topo do monte Parnassus (grego de Ararat), e supostamente repovoaram a Terra deslocando pedras escondidas que se transformaram em seres humanos.
O código de Hamurabi
Este monolito, descoberto em Susan e atualmente localizado no Museu do Louvre, contém encravadas 282 leis do rei babilônico Hamurabi (1750 a.C). A base comum para este código de leis é a Lei do Talião, mostrando que havia uma lei semítica comum de retribuição no antigo oriente, a qual é claramente refletida no Pentateuco. Êxodo 21:23-25, por exemplo, diz: “Mas se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.”
Tábuas de Nuzi
As cerca de 20000 tábuas de argila descobertas nas ruínas de Nuzi, leste do Rio Tigre e datado em 1500 a.C., revela instituições, práticas, e costumes extraordinariamente congruentes com aqueles de Gênesis. Estas tábuas incluem festas, acordos de casamento, regras a respeito de herança, adoção e assim por diante.
A existência dos hititas
Gênesis 23 relata que Abraão enterrou Sara em uma caverna em Macpela, a qual foi comprada de Efrom, o hitita. II Samuel 11 conta do adultério de Davi com Batseba, a esposa de Urias, o hitita. Há um século atrás os hititas eram desconhecidos fora do Antigo Testamento, e os críticos afirmam que eles eram uma invenção de imaginação bíblica. Em 1906, contudo, escavações arqueológicas ao leste de Ankara, Turquia, descobriram as ruínas de Hattusas, a antiga capital hitita que hoje é chamada de Boghazkoy, bem como sua vasta coleção de registros históricos, os quais mostraram um império próspero na metade do segundo milênio antes de Cristo. Esta disputa crítica, entre muitas outras, foi imediatamente demonstrada sem valor, um padrão que se repetiria freqüentemente nas próximas décadas.
Estela de Merenpta
Uma placa lavrada com hieróglifos, também chamada de Estela de Israel, vangloria-se das conquistas dos faraós egípcios sobre os líbios e outros povos da Palestina, incluindo os israelitas: “a semente de Israel já não existe”. Esta é a referência mais recente a Israel em fontes não-bíblicas e demonstra que, a partir de 1230 a.C., os hebreus já habitavam a Terra Prometida.
Cidades bíblicas atestadas arqueologicamente
Em adição à Jericó, lugares com Haran, Hazor, Dã, Megido, Siquém, Samaria, Siló, Gezer, Gibeá, Beth-Semes, Beth-Shean, Berseba, Láquis, e muitas outras cidades urbanas foram escavadas, completamente à parte dos maiores e mais óbvias locações como Jerusalém ou Babilônia. Tais marcos geográficos são extremamente significantes em demonstrar que fatos, não fantasias, permeiam as narrativas históricas do Antigo Testamento; de outra forma, a especificidade relativa a estes lugares urbanos poderia ser substituída por narrativas “Era uma vez...” com somente nebulosos parâmetros geográficos, ou talvez nenhum.
Inimigos israelitas na Bíblia hebraica do mesmo modo não são inventados, mas historicamente sólidos.
Entre os mais perigosos deles estavam os filisteus, o povo de quem a Palestina herdou o nome. Sua mais recente representação está no Templo de Ramsés III em Tebas, cerca de 1150 a.C., como povo do mar que invadiu a área do Delta e mais tarde a costa de Canaã. A Pentápolis (cinco cidades) que eles estabeleceram, nomeadas como Asquelon, Asdod, Gaza, Gate e Ecron foram escavadas, pelo menos em parte, e algumas cidades restantes até estes dias. Tais evidências precisas conta favoravelmente quando comparada com os lugares geográficos afirmados nos livros sagrados de outros sistemas religiosos, os quais geralmente não tem nenhuma base na realidade.
Invasão de Judá por Sisaque
I Reis 14 e II Crônicas 12 fala da conquista de Judá pelo Faraó Sisaque no quinto ano do reino de Roboão, o desmiolado filho de Salomão, e como o Templo de Salomão em Jerusalém foi saqueado dos seus tesouros naquela ocasião. A vitória foi comemorada também em paredes com hieróglifos esculpidos no Templo de Amon em Tebas.
A pedra moabita
II Reis 3 reporta que Mesa, rei de Moabe, se rebelou contra o Rei de Israel em seguida à morte de Acabe. Uma placa de pedra, também chamada de Estela Mesa, confirma a revolta por afirmar o triunfo sobre a família de Acabe, cerca de 850 a.C., e que Israel pereceu para sempre.
O obelisco de Shalmaneser III
Em 2 Reis 9 e 10, Jeú é mencionado como Rei de Israel (841-814 a.C). Que o crescente poder da Assíria já estava prejudicando os reis do norte antecedendo a sua última conquista em 722 a.C. é demonstrado por um obelisco preto descoberto nas ruínas do palácio de Ninrod em 1846. Nele, Jeú é mostrado ajoelhado perante Shalmaneser III e oferecendo tributo ao rei da Assíria, a única assistência que nós temos para datar a monarquia hebraica.
Lápide mortuária do Rei Uzias
De Judá, o Rei Uzias governou de 792 a 740 a.C., um contemporâneo de Amós, Oséias e Isaías. Como Salomão, ele começou bem e terminou mal. Em II Crônicas 26 seu pecado está registrado, o qual resultou em ser afetado com lepra mais tarde. Quando Uzias morreu, ele foi enterrado num cemitério que pertenceu aos reis. Sua lápide foi descoberta no Monte das Oliveiras, e diz: “Aqui, os ossos de Uzias, Rei de Judá, foram trazidos. Não abra”.
Inscrição no Túnel de Siloé de Ezequias
O Rei Ezequias de Judá governou de 721 a 686 a.C. Assustado com o cerco feito pelo rei assírio, Senaqueribe, Ezequias preservou o suprimento de água de Jerusalém cavando um túnel com cerca de 533 metros através da rocha sólida desde a fonte de Giom até o reservatório de Siloé, dentro dos muros da cidade (II Reis 20, II Crônicas 32). Ao final do túnel de Siloé, uma inscrição, atualmente em exposição no Museu Arquológico de Istambul, Turquia, celebra a marcante realização. O túnel é, provavelmente, o único lugar bíblico que não alterou sua aparência nos últimos 2700 anos.
Prisma de Senaqueribe
Após ter conquistado 10 tribos no norte de Israel, os assírios marcharam para o sul para fazer o mesmo com Judá (II Reis 18;19). O profeta Isaías, entretanto, avisou Ezequias que Deus iria proteger Judá e Jerusalém contra Senaqueribe (II Crônicas 32; Isaías 36;37). Os registros assírios virtualmente confirmam isto. Inscrições cuneiformes em um prisma hexagonal feito de barro encontrado na capital assíria Nínive descreve a invasão de Senaqueribe em Judá em 701 a.C. no qual declara que o rei assírio cercou Ezequias em Jerusalém como em uma gaiola de pássaros. Semelhante o registro bíblico, contudo, ele não afirma que conquistou Jerusalém, cujo prisma poderia ter sido feito se fosse este o caso.
Os assírios, realmente, deixaram de lado Jerusalém no seu caminho para o Egito, e a cidade não caiu até o tempo de Nabucodonozor e os neo-babilônios em 586 a.C. Senaqueribe retornou para Nínive onde seus próprios filhos o assassinaram.
O Cilindro de Ciro, o grande
II Crônicas 36:23 e Esdras 1 reportam que Ciro o grande da Pérsia, após conquistar Babilônia, permitiu que Judeus no cativeiro babilônico retornassem para sua terra natal. Isaías tinha profetizado isto (Isaías 44:28). Esta política de tolerância do fundador do Império Persa nasceu pela descoberta de um cilindro de barro encontrado na Babilônia da época de sua conquista, 539 a.C., o qual reporta a vitória de Ciro e sua subseqüente política de permitir aos cativos babilônicos retornar para suas casas e reconstruir seus templos.
***
E assim vai. Esta lista de correlações entre os textos do Antigo Testamento e as sólidas evidências arqueológicas do oriente poderia facilmente ser triplicada em tamanho. Quando vem para as eras intertestamental e nova-testamental, como poderíamos esperar, a agulha do medidor das correlações positivas simplesmente ultrapassa a escala.
Para usar termos, tais como falso testemunho para a Bíblia Hebraica, e vaporizar suas personalidades mais recentes em inexistência, consequentemente, não há nenhuma justificativa, qualquer que seja, nos termos das massas de evidência histórica, arqueológica e geográfica que se correlacionam tão admiravelmente com as escrituras.
VAMOS REVISAR O REVISIONISMO
Em vista das esmagadoras evidências, publicar um artigo na Harpers referente à Bíblia Hebraica como Falso Testemunho é claramente um ultraje. Uma caricatura naquele artigo, mostrando a Bíblia sendo destruída com vastos corredores cortando seu texto, é apropriadamente uma falsa caricatura como o restante do artigo.
Isto, contudo, é completamente típico da forma como a matéria bíblica é veiculada na mídia hoje. Uma extraordinária descoberta bíblica que confirma o registro bíblico é abertamente recebida como uma notícia qualquer na imprensa, como as evidências dos ossos da primeira personalidade bíblica descoberta em novembro de 1990. Geralmente, apenas um em cem sabe que os restos de Caifás, o maior sacerdote que acusou Jesus perante Pôncio Pilatos na sexta-feira santa, foi encontrada nesta época em um ossuário no Bosque da Paz, em Jerusalém, ao sul da área do Templo. Os escritores “procuradores de emoção” afirmam, contudo, que os patriarcas são mitos, que Davi foi um insignificante chefe de tribo, isto se ele realmente existiu, que Jesus casou com Maria Madalena, ou que Deus predisse o assassinato do premier Israelita Isaac Rabin através de um enigmático código da Bíblia (não há nada sobre isto), e a imprensa faz a cobertura solidariamente e na sua inteireza. De forma alguma isto é justo, ético ou mesmo lógico. Também não está sozinha a imprensa nesta decepção. Estudiosos e pseudo-estudiosos bíblicos revisionistas radicais, como os membros do Seminário Jesus, são bem conscientes desta triste fórmula sensasionalista para o sucesso e a exploram regularmente. Isto pode, admitidamente, estar impugnando o motivo de alguns naquela categoria em que são conduzidos ao invés por um desejo de ser meramente politicamente correto quando estiver com estudiosos bíblicos; isto é, ser ultracrítico de qualquer coisa bíblica.
Nesta conexão, infelizmente, historiadores seculares do mundo antigo freqüentemente tem uma maior opinião de confiança das origens bíblicas do que os próprios estudiosos bíblicos!
Tomando o cuidado para que esta crítica seja escrita sem o palavreado sem significado de alguns mesquinhos conservadores, eu devo afirmar que, realmente, ela representa a visão majoritária do conhecimento bíblico hoje. O arqueólogo da Universidade do Arizona, William Dever, por exemplo, é bem conhecido por sua objeção ao termo arqueologia bíblica, uma vez que parece transmitir um preconceito pró-bíblico; até o momento, ele ataca algumas das não-comprovadas conclusões dos minimalistas bíblicos em uma enérgica manifestação em um artigo da BAR, “Salvem-nos da estupidez pós-modernistas”. Ele não poupa palavras para os minimalistas no seu livro, “O que os escritores bíblicos sabem e quando eles souberam?”, também. “Eu sugiro”, ele escreve, “que os revisionistas são niilistas não somente no sentido histórico, mas também no sentido filosófico e moral”.
A revista BAR, a qual provê a arena literária para as batalhas tradicionais X minimalistas e tenta manter-se neutra durante o processo, semelhantemente constata que o artigo da Harpers é unilateral em um debate que é muito quente.
Em nenhuma parte (o autor) tenta avaliar os méritos do outro lado. De fato, ele não dá nenhuma indicação que ele esteja ciente da existência do outro lado.
Deixemos o debate continuar, mas todas as evidências serão admitidas. Desde que a ciência arqueológica começou, há um século e meio, o padrão consistente tem sido este: as fortes evidências da terra fazer brotar o registro bíblico vez após vez, vez após vez.
++++
O evento bíblico mais documentado é o dilúvio universal descrito em Gênesis 6-9 . Diversos documentos babilônicos foram descobertos e descrevem o mesmo dilúvio.
Tablete de argila com lista de reis sumérios |
A estória de Adapa conta sobre um teste de imortalidade envolvendo alimento, similar à estória de Adão e Eva no Jardim do Éden.
Os tabletes de argila sumérios registram a confusão de línguas assim como se observa no histórico bíblico da Torre de Babel ( Gênesis 11:1-9 ). Existiu uma era de ouro onde toda a humanidade falava a mesma língua. As línguas foram então confundidas pelo deus Enki, senhor da sabedoria. Os babilônios têm registros similares onde os deuses destruíram a torre do templo e "dispersaram-nos e tornaram suas línguas estranhas."
Outros exemplos de confirmações extra-bíblicas de eventos bíblicos:
- Campanha em Israel do Faraó Sisaque ( 1 Reis 14:25-26 ), registrado nos muros do Templo de Amon em Tebes, Egito.
- Revolta de Moabe contra Israel (2 Reis 1:1 ; 3:4-27 ), registrado na Inscrição Mesha.
- Queda de Samaria (2 Reis 17:3-6 , 24 ; 18:9-11 ) a Sargão II, rei da Assíria, registrado nos muros de seu palácio real.
- Derrota de Asdode por Sargão II ( Isaías 20:1 ), como registrado nos muros de seu palácio real.
- Campanha do rei assírio Senaqueribe contra Judá ( 2 Reis 18:13-16 ), como registrado no Prisma Taylor.
- Cerco de Laquis por Senaqueribe (2 Reis 18:14 , 17 ), como registrado nos relevos de Laquis.
- Assassinato de Senaqueribe por seus próprios filhos ( 2 Reis 19:37 ), como registrado nos anais de seu filho Esar-Hadom.
- Queda de Nínive como predito pelos profetas Naum e Sofonias ( 2:13-15 ), registrado no Tablete de Nabopolazar.
- Queda de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia ( 2 Reis 24:10-14 ), como registrado nas Crônicas Babilônicas.
- Cativeiro de Joaquim, rei de Judá, em Babilônia ( 2 Reis 24:15-16 ), como registrado nos Registros de Alimentação Babilônicos.
- Queda de Babilônia para os medos e os persas ( Daniel 5:30-31 ), como registrado no Cilindro de Ciro.
- Libertação dos cativos da Babilônia por Ciro o Grande (Esdras 1:1-4 ; 6:3-4 ), como registrado no Cilindro de Ciro.
- A existência de Jesus como registrado por Josephus, Suetonius, Thallus, Plínio o Jovem, o Tálmude e Lucian.
- Expulsão de judeus de Roma durante o reinado de Claudius (A.D. 41-54) ( Acts 18:2 ), como registrado por Suetonius.
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