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A Lei de Deus, os Judeus e os Gentios

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A Lei de Deus, os Judeus e os Gentios  Empty A Lei de Deus, os Judeus e os Gentios




Infelizmente, aqueles que professam o Cristianismo em nossos dias, em sua grande maioria, pregam um desprezo à Lei de Deus, que beira a blasfêmia. Deus escreveu, com Seu próprio dedo, em tábuas de pedra, os 10 princípios que deveriam ser seguidos pelo Seu povo em todas as eras, pois tal Lei é o próprio reflexo do caráter do Senhor (cf. Êx 31:18; Jr 31:33; Hb 8:10).

Por toda a Bíblia vemos que Ele sempre transmitiu mensagens de chamado à obediência para com a Lei moral. Através dos escritores bíblicos, muitas foram as mensagens que deveriam servir de motivação para que o povo nunca se afastasse do cumprimento da Lei (cf. Sal. 89:30-32; todo o Sal. 119; Êx 16:14; Pv 7:2; Jr 9:13; 16:11; Os 8:1, 12; etc.).

Hoje em dia, porém, muitos professos seguidores de Jesus alegam que “a Lei passou”, pois vivemos no chamado “tempo da graça”. Ora, isso soa estranho aos ouvidos de quem realmente conhece a Bíblia, pois a Lei e a graça sempre andaram juntas. A graça não existiu somente a partir do ministério terrestre de Jesus (cf. Sal. 6:4; 13:5; 40:10-11; 62:12; 66:20; 69:13; 89:14; Is 60:10; Zc 12:10; etc.); bem como a Lei moral não foi abolida na Cruz (cf. Mt 5:17-19; At 24:14; Rm 2:13; 3:20, 31; 7:7-8, 12; Tg 1:25; todo o cap. 2 de Tiago; 1Jo 3:4; etc.).

Importantes estudiosos não-Adventistas têm afirmado que não devemos rejeitar o Antigo Testamento e seus ensinos, dando valor apenas ao Novo Testamento, especialmente porque eles estão intimamente ligados. Dentre estes teólogos, quero citar D. A. Carson, Douglas J. Moo e Leon Morris, que na sua Introdução ao Novo Testamento (editora Vida Nova, 1997) dizem o seguinte:

“... Não há nenhum indício de que os escritores do Novo Testamento queiram rejeitar alguma parte do Antigo Testamento canônico sob a alegação de ser incompatível com sua fé cristã em desenvolvimento. Paulo chega a insistir em que o motivo pelo qual as ‘Escrituras’ foram escritas foi a instrução e o encorajamento dos cristãos (Rm 15:3-6)” (pág. 546).

Vejam, ainda, o que se encontra em uma das "notas teológicas" da Bíblia de Estudo de Genebra, uma das mais respeitadas Bíblias de Referência, e editada por não-Adventistas:

"A lei moral revelada no Decálogo [ou seja, nos Dez Mandamentos] e exposta em outras partes das Escrituras é uma expressão da integridade de Deus, outorgada para ser o código de prática para o povo de Deus, em todas as eras. A lei não se opõe ao amor e à bondade de Deus, porém demonstra o que esse amor e bondade são na prática. O Espírito concede aos cristãos o poder para cumprir a lei, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Cristo, o cumpridor arquetípico da lei (Mat. 5:17)" (pág. 1512).

Que impressionantes declarações! Não acham?!

Aqueles que estudam a Bíblia destituídos de preconceitos, verão claramente que há uma Lei que nunca passou, nem passará, pois como poderíamos imaginar um Deus Criador e Mantenedor que não tem uma Lei para dirigir e julgar a vida do Seu povo?! Chega a ser um absurdo pensar assim!

Porém, eu gostaria de convidar você a ponderar comigo sobre um fato que observo entre aqueles que esbravejam com tanto zelo a mensagem de que a “Lei passou”. Se você indagar qualquer pessoa que considera que a Lei de Deus não mais deve ser observada pelos cristãos atuais, você verá, assim como tenho visto inúmeras vezes, que a questão não é a Lei em si, pois há 9 pontos da Lei Moral que os protestantes aceitam sem pestanejar, enquanto que os católicos, apenas 8.

Em qualquer igreja "evangélica" séria, uma pessoa que cometer adultério, assassinato, furto, idolatria, etc., certamente passará por alguma sanção disciplinar, podendo ser até mesmo excluída da comunhão da igreja.

Ora! Se “a Lei” passou, então porque condenar as pessoas que a transgridem? Se vivemos hoje no chamado “tempo da graça”, porque então a quebra dos Mandamentos não é imediatamente perdoada e relevada, uma vez que, como dizem, tal Lei não mais existe como norma para o povo de Deus dos nossos dias? Por que os protestantes condenam os católicos romanos pela adoração de imagens, se os primeiros acreditam que a Lei não vale mais (cf. Êx 20:4-6)? Os católicos romanos, pelo menos aqui, são mais sinceros, pois não ficam dizendo que os 10 Mandamentos passaram; o que aconteceu, dizem os católicos romanos, foi que a igreja deles simplesmente mudou a Lei – basta conferir no Catecismo.

Ou seja, tanto os católicos romanos, quanto os protestantes contrários à Lei, estão no mesmo barco, pois desprezam as claras palavras que o Todo-Poderoso do Universo escreveu com Sua própria caligrafia divina (cf. Êx 31:18) – a única parte da Bíblia que Deus não permitiu ao homem escrever por si mesmo! Pense nisso!

Vemos, então, que aqueles que afirmam que a Lei passou, na verdade, estão agindo de má fé, pois o que eles querem atacar não é a Lei como um todo, pois está evidente que as igrejas protestantes continuam seguindo 9 Mandamentos da Lei moral. O que está realmente na mente destas pessoas é a nulidade do 4º Mandamento, exatamente o que requer a adoração ao Senhor no dia em que Ele determinou – o sábado do sétimo dia (cf. Gên. 2:1-3; Êx 16:1-5; 20:8-11).

É muito claro nas páginas das Escrituras, como vimos até aqui, que a Lei moral dos 10 Mandamentos nunca passou, e permanece até hoje como a norma pela qual o Senhor “medirá” o caráter daqueles que professam o nome de Cristo em suas vidas (cf. Tg 2:10-12; Mt 7:21-23; Jo 14:15; 1Jo 2:4).

Por esta razão, os Adventistas levantam bem alto a bandeira da guarda incondicional dos 10 Mandamentos da Lei moral de Deus, não como meio de salvação (como já expliquei inúmeras vezes aqui no blog), mas como demonstração de amor e gratidão pela graça que Deus derrama abundantemente em nossas vidas, e mais ainda porque Ele mesmo nos concede o poder necessário para guardarmos a Sua santa Lei (cf. Sal. 37:25; 1Pe 1:2; Dt 28:13; Tt 3:3-7; Ef 2:10).

Extraído de "101 Razões Porque Sou Adventista do 7º Dia", de minha autoria.

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mateus 7:21-23).

Judeus e gentios

Verso para Memorizar: “A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1:17).

Leituras da semana: Lv 23; Mt 19:17; At 15:1-29; Gl 1:1-12; Hb 8:6; Ap 12:17

Todos os primeiros conversos para o cristianismo eram judeus, e o Novo Testamento não dá nenhuma indicação de que lhes tenha sido pedido que abandonassem a prática da circuncisão ou ignorassem os festivais judeus. Mas, quando os gentios começaram a aceitar o cristianismo, surgiram perguntas importantes. Deveriam os gentios se submeter à circuncisão? Até que ponto deviam guardar outras leis judaicas? Finalmente, um conselho foi convocado em Jerusalém para decidir o assunto (veja At 15).

Apesar de uma decisão firme pelo conselho de não aborrecer os gentios com uma multidão de regulamentos e leis, alguns mestres continuavam a aborrecer as igrejas insistindo que se exigia dos conversos gentios à fé que guardassem essas regras e leis, inclusive a circuncisão.

De certa forma, estes assuntos existem ainda hoje, só que de forma diferente. Com que frequência, como adventistas, somos acusados de ser judaizantes ou legalistas por causa de nossa lealdade aos Dez Mandamentos (ou, em realidade, nossa lealdade ao mandamento do sábado)? Com que frequência ouvimos que agora estamos debaixo da Nova Aliança, e, portanto, que a lei (o mandamento do sábado) foi abolida?

Por outro lado, às vezes, como igreja, somos também confrontados com aqueles que gostariam de impor sobre nós regras e regulamentos do Antigo Testamento.

Consequentemente, Romanos certamente contém uma importante mensagem para nós hoje, como tinha para a igreja romana de então.

Superiores promessas

1. Qual é a mensagem principal de Hebreus 8:6? Como devemos entender quais são essas “superiores promessas”?

Talvez a maior diferença entre a religião do Antigo Testamento e a do Novo seja o fato de que a era do Novo Testamento foi introduzida pela vinda do Messias, Jesus de Nazaré. Ele foi enviado por Deus para ser o Salvador. Os homens não podiam ignorá-Lo e esperar ser salvos. Unicamente mediante a expiação que Ele proveu eles poderiam ter o perdão de seus pecados. Só pela atribuição de Sua vida perfeita poderiam apresentar-se diante de Deus sem condenação. Em outras palavras, a salvação foi provida pela justiça de Jesus, e nada mais.

Os santos do Antigo Testamentos esperavam ansiosamente as bênçãos da era messiânica e a promessa de salvação. Nos tempos do Novo Testamento, o povo foi confrontado com a pergunta: Iriam aceitar Jesus de Nazaré, a quem Deus enviou como o Messias, seu Salvador? Se eles cressem nEle – isto é, se O aceitassem pelo que Ele era verdadeiramente e se submetessem a Ele – seriam salvos pela justiça que Ele lhes oferecia livremente.

Enquanto isso, os requisitos morais permanecem inalterados no Novo Testamento, porque esses foram fundados no caráter de Deus e de Cristo. A obediência à lei moral de Deus é tanto parte da Nova Aliança quanto da Antiga.

2. Que diz o Novo Testamento sobre a lei moral? Mt 19:17; Ap 12:17, 14:12; Tg 2:10, 11

Ao mesmo tempo, todo o corpo de leis cerimoniais e rituais, que eram distintamente israelitas, que estavam distintamente relacionadas com a Antiga Aliança, que apontavam Jesus, Sua morte e ministério sumo-sacerdotal, foi descontinuado, e uma nova ordem foi introduzida, baseada em “superiores promessas”.

Ajudar tanto os judeus como os gentios a entender o que estava envolvido nessa transição do judaísmo para o cristianismo era um dos principais objetivos de Paulo no livro de Romanos. Essa transição tomaria um tempo considerável.

Quais são algumas de suas promessas bíblicas favoritas? Com que frequência você apela para elas? Que escolhas podem ser obstáculos para o cumprimento dessas promessas em sua vida?

Leis e regulamentos judaicos

3. À medida que o tempo permitir, folheie rapidamente o livro de Levítico. (Veja, por exemplo, Levítico 12, 16, 23.) Que pensamentos vêm à sua mente ao ler todas essas regras, regulamentos e cerimônias? Por que seria impossível seguir muitas dessas cerimônias nos tempos do Novo Testamento?

É conveniente classificar as leis do Antigo Testamento em várias categorias: (1) lei moral, (2) lei cerimonial, (3) direito civil, (4) estatutos e juízos e (5) leis de saúde.

Em parte, essa classificação é artificial. Na realidade, algumas dessas categorias estão relacionadas, e existe considerável sobreposição. Os antigos não as viam como separadas e distintas.

A lei moral está resumida nos Dez Mandamentos (Êx 20:1-17). Essa lei resume os requisitos morais da humanidade. Esses dez preceitos são ampliados e aplicados em vários estatutos e juízos ao longo dos primeiros cinco livros da Bíblia. Essas amplificações mostram o que significava guardar a lei de Deus em várias situações. As leis civis não deixam de estar relacionadas. Elas também estão baseadas na lei moral. Definem o relacionamento de um cidadão com as autoridades civis e com seus concidadãos. Determinam as penalidades para várias infrações.

A lei cerimonial regulava o cerimonial do santuário, descrevendo as várias ofertas e as responsabilidades do cidadão individual. Os dias de festas são especificados; e sua observância, definida.

As leis de saúde se sobrepõem a outras leis. As várias leis quanto à impureza definem a impureza cerimonial, e ainda vão além dessas para incluir os princípios higiênicos e de saúde. As leis a respeito das carnes limpas e impuras são baseadas em considerações físicas.

Embora os israelitas em geral provavelmente considerassem essas leis como um todo, tendo vindo do mesmo Deus, em sua mente devia haver certas distinções. Os Dez Mandamentos haviam sido pronunciados diretamente por Deus para o povo. Esse fato os faria considerá-los especialmente importantes. As outras leis foram repetidas por Moisés. O ritual do santuário só poderia ser mantido enquanto houvesse um santuário em operação.

Os direitos civis, pelo menos em grande parte, não mais poderiam ser impostos depois que os judeus perderam a independência e caíram sob o controle civil de outra nação. Muitos dos preceitos cerimoniais não mais podiam ser observados depois que o templo foi destruído. Igualmente, depois que o Messias veio ao mundo, muitos dos tipos encontraram seu antítipo e não mais tinham validade.

“Que devo fazer para ser salvo?”

4. Qual era um dos principais motivos de dissensão na igreja primitiva? At 15:1. Por que alguns criam que esse ritual não se aplicava só à nação judaica? Veja Gn 17:10.

Enquanto os apóstolos se uniam aos ministros e leigos em Antioquia no esforço sério de conquistar muitas pessoas para Cristo, certos crentes judeus da Judeia, “da seita dos fariseus” conseguiram introduzir uma questão que logo levou a uma ampla controvérsia na igreja e trouxe consternação aos crentes gentios. Com grande convicção, esses mestres afirmavam que, a fim de ser salva, a pessoa precisava ser circuncidada e guardar toda a lei cerimonial. Os judeus, afinal, sempre se haviam orgulhado de seus cultos divinamente designados, e muitos daqueles que haviam sido convertidos para a fé de Cristo ainda sentiam que, por ter Deus, no passado, esboçado claramente a maneira hebreia de adoração, era improvável que Ele autorizasse uma mudança em algumas de suas especificações. Eles insistiam em que as leis e cerimônias judaicas deviam ser incorporadas aos ritos da religião cristã. Demoraram a discernir que todas as ofertas sacrificais nada mais prefiguravam que a morte do Filho de Deus, na qual o tipo encontrou o antítipo, e que, depois disso, os ritos e cerimônias da dispensação mosaica não mais eram obrigatórios.

“Não impor maior encargo”

6. Qual foi a decisão do conselho, e qual foi seu raciocínio? At 15:5-29

A decisão foi contra a opinião dos judaizantes. Estes insistiam que os conversos gentios precisavam ser circuncidados e guardar toda a lei cerimonial, e que as leis e cerimônias judaicas deviam ser incorporadas aos ritos da religião cristã.

É interessante notar no verso 10 como Pedro descreveu essas antigas leis como um “jugo” que nem eles podiam suportar. Será que o Senhor, que havia instituído essas leis, desejava torná-las um jugo sobre Seu povo? Dificilmente! Ao contrário, ao longo dos anos, em suas tradições orais, alguns dos líderes haviam tornado em fardos muitas das leis que se pretendia que fossem bênçãos. O Concílio procurou poupar os gentios desses fardos.

Note, também, que não havia nenhuma menção nem pergunta dos gentios quanto à necessidade de obedecer aos Dez Mandamentos. Afinal, podemos imaginar o Concílio dizendo-lhes que não comessem sangue, mas que era aceitável ignorar os mandamentos contra o adultério, o assassinato e coisas semelhantes?

7. Que regras foram colocadas sobre os crentes gentios (At 15:20, 29), e por que especificamente essas?

Embora os cristãos judeus não devessem impor suas regras e tradições sobre os gentios, o conselho quis certificar-se de que os gentios não fizessem coisas que teriam sido consideradas ofensivas para os judeus que estavam unidos a eles em Jesus. Portanto, os apóstolos e anciãos concordaram em instruir os gentios por carta sobre a necessidade de se privar das carnes oferecidas aos ídolos, das relações sexuais ilícitas, das carnes sufocadas e do sangue. Alguns dizem que, por não ter sido especificamente mencionada, a guarda do sábado não deve ter sido aplicável aos gentios (evidentemente, os mandamentos contra a mentira e o assassinato também não foram mencionados especificamente, de forma que o argumento não significa nada).

Será que podemos, de certo modo, estar colocando sobre as pessoas fardos desnecessários mas que são mais tradições que mandamentos divinos? Dê exemplos. Leve seus pensamentos para a classe no sábado.

A heresia dos gálatas

Por mais claro que tenha sido o conselho, houve aqueles que procuraram seu próprio caminho e que continuaram a defender que os gentios deviam, sim, guardar as tradições e leis judaicas. Para Paulo, este se tornou um assunto muito sério; isto é, não se tratava de discutir sobre questões insignificantes da fé. Essa era uma negação do evangelho de Cristo em si.

8. Que importância deu Paulo ao assunto que enfrentou na Galácia? O que isso deve nos dizer sobre sua aplicação hoje? Gl 1:1-12

Como já foi afirmado antes, foi a situação na Galácia que, em grande parte, motivou o conteúdo da carta a Roma. Na epístola aos Romanos, Paulo desenvolveu mais detalhadamente o tema da epístola aos Gálatas. Os judaizantes estavam afirmando que a lei que Deus lhes havia dado por Moisés era importante e devia ser observada pelos conversos gentios. Paulo estava tentando mostrar seu verdadeiro lugar e função. Não queria que essas pessoas conquistassem uma posição impositora em Roma como haviam feito na Galácia.

É uma simplificação exagerada perguntar se em Gálatas e Romanos Paulo está falando de leis cerimoniais ou morais. Historicamente, o argumento era se devia ou não ser exigido dos conversos gentios que fossem circuncidados e guardassem a lei de Moisés. O concílio de Jerusalém já se havia pronunciado sobre essa questão, mas alguns se recusavam a seguir sua decisão.

Alguns leem na carta de Paulo aos Gálatas e a evidência de Romanos que a lei moral, os Dez Mandamentos (ou, em verdade, só o quarto mandamento), não mais é aplicável aos cristãos. Mas eles estão perdendo o ponto principal das cartas, perdendo o contexto e as questões históricas de que Paulo estava tratando. Como veremos, Paulo enfatizou que a salvação é pela fé somente, e não pela guarda da lei, até mesmo a lei moral – mais isso não é o mesmo que dizer que a lei moral não deve ser guardada. A obediência aos Dez Mandamentos nunca esteve em questão; os que fazem isso estão lendo nos textos uma questão contemporânea, com a qual Paulo não estava lidando.

Como você responde aos que alegam que o sábado não mais é aplicável aos cristãos? Como você pode mostrar a verdade do sábado de modo que não comprometa a integridade do evangelho?

Mostrando indisfarçável aversão pela lei divina, alguns citam Romanos 2:14, isolando a expressão “os gentios que não tem lei”, para concluir erroneamente que a lei só fora dada a Israel, e que os gentios não precisam de lei. Ora, a Bíblia diz justamente o contrário, e preferimos crer nela. Em Isaías 56, por exemplo, lemos as grandes promessas feitas por Deus aos gentios que se unissem ao Seu concerto e guardassem o Sábado.

Note-se que o capítulo se refere à dispensação cristã, quando “a salvação está prestes a vir e a justiça a manifestar-se”. Leia Números 15:15. E Gálatas 3:29, afirma que os cristãos são descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa.

A Escritura também não diz que Deus o é dos gentios? - “E porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.” (Romanos 3:29). No entanto, esse Deus, reiteradamente é denominado “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Todas as bênçãos divinas foram transferidas para o gentilismo: o concerto, a lei, o evangelho, tudo, em fim. Somos o Israel espiritual.

Para compreender realmente Romanos 2:14, leiamos o verso 11 ao 16, e veremos que o apóstolo faz interessantes afirmações.

1.ª - Que Deus não faz distinção de homens (pois só tem um padrão de julgamento: a Sua santa Lei. Sejam judeus ou gentios).

2.ª - Que os que pecaram, mesmo não conhecendo a lei, perecerão. Notem bem: perecerão (porque o salário do pecado é a morte). Não se diz que se salvam pela consciência da lei.

3.ª - Que os que pecaram, conhecendo a lei, por ela serão julgados. (Logo, não foi abolida porque será norma de julgamento). Paulo diz isso em sentido genérico, não restrito aos judeus. E os que forem julgados por ela, sendo achados em falta, necessariamente serão condenados, pois a transgrediram.

4.ª - O verso 13 estabelece um cortejo entre os que “ouvem” e os que “praticam” os preceitos divinos. (compare com Tiago 1:22 a 26). E o apóstolo conclui que somente os últimos, os praticantes alcançam a justificação, e isto porque a sua fé os levou a obedecerem ao padrão do Céu.

5.ª - Os versos 14 à 16 em conjunto revelam que ninguém escapa ao julgamento de Deus, que julgará os segredos dos homens. Não escaparão nem mesmo os que não tendo lei, julgam a praticar “as coisas que são da lei” sob o tríplice testemunho do coração, da consciência e do pensamento.

Note-se a que alusão a “gentios” é motivada pelo contraste que Paulo estabelece na impenitência dos judeus. A tese forçada de que a lei não é necessária aos gentios, encontra o seu desmentido especialmente nos versos 12 e 13. É só ler com atenção e entendimento.

Milton C. Wilcox faz judicioso comentário deste assunto, que reproduzimos:

“A lei divina é uma só. O pagão que a tinha, ou supunha tê-la em sua capacidade, certamente julgava-se bem com a consciência mesmo nos tempos em que podia ter uma multidão de esposas. Àquele tempo ele podia praticar outras coisas que as próprias convenções da época não permitiriam – e que a luz da Palavra de Deus sem dúvida condenaria – tal como se deu com Abraão e Jacó. Mas sentiam-se bem com a consciência. A lei escrita em seus corações de início não constituía um conhecimento completo, senão um princípio de agir correto. Assim se expressa Deus em II Crônicas 16:9: “Os olhos do Senhor passam por toda a Terra para mostrar-Se forte com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele.” - Milton C. Wilcox, Guestions Answered, pág. 96.

Isto é o que Deus requer – afeição perfeita, perfeito coração. A força "propulsora" do homem é a sua afeição, seu amor, mesmo que seu conhecimento seja pouco.

Mesmo que se manifeste apenas um raio de luz do trono de Deus, este raio de luz domina a sua vida, e o homem que se submete a ele é aceito por Deus. Mesmo tendo um conhecimento parcial da verdade, vive ele de acordo com a luz que possui.

O pagão que tem pequena luz, sem dúvida submete-se a toda luz, quando esta lhe for revelada, e alegremente submeter-se-á aos mandamentos divinos. Para ele é somente questão de revelação para confirmar o que já está no coração. E este amor é abonado pelo Mestre para 'obediência da lei'.

Porém aquele que tem o conhecimento da Lei de Deus, expressa nos dez mandamentos, e ainda se submete ao pecado, por pequeno que seja, repele a luz. Se persistir nessa prática, será rejeitado por Deus. [veja também em Próximos do Fim: O pecado imperdoável].

Concluir que os gentios não precisam de lei, seria admitir que eles não pecam, não precisam de revelação, não precisam de Deus. E se os gentios que não conheceram a lei, dispensam-na e se julgam pela consciência – como querem alguns – também, pelo mesmo raciocínio, os gentios que não conhecem o evangelho podem dispensá-lo pelas mesmas razões. Por aí se vê a debilidade do argumento.

Nada, absolutamente nada prova que a lei fora dada exclusivamente os judeus, mas o que a Bíblia claramente revela é que Deus de modo especial honrou a Israel fazendo daquele nação Seu povo escolhido e depositário de Sua lei. (Romanos 9:4). Era objetivo de Deus que Israel tornasse conhecida a Sua vontade expressa na lei, a todas as demais nações. Leia ainda Deuteronômio 4:6 a 8; Romanos 3:1 e 2. E quando os gentios aceitaram a religião de Israel, também se sujeitaram à Lei de Deus. (Números 15:15 e 16; Isaías 56:6 a 8).

Deus proferiu Sua lei santa, no monte Sinai, ao seu redor estavam os judeus. Também ao redor de Cristo, no sermão do Monte, só havia judeus... Mas as bênçãos da Lei e do Evangelho se estenderam aos gentios. Graças a Deus, pelo Seu Dom inefável!

Por onde se vê a citação de Romanos 2:14 saiu às avessas, porque Paulo prova justamente o contrário, a validade da lei e sua extensão aos gentios. Dizem que “pregar a lei ao povo remido é um insulto e uma ofensa à igreja de Deus”! Calma, gente. Então que grandes insultadores foram Cristo, Paulo Tiago e João!!! E Wesley, Moody, Barnes, Clarke e outros. E Taylor, que disse ser “uma bênção se cada púlpito trovejasse a voz divina ao Decálogo, porque a lei é o aio que conduz a Cristo”? E os milhões de cristãos obedientes ao divino padrão? - O nosso zelo nos leva afirma: insultadores, na verdade, são os que desprezam a Lei de Deus, pisam os seus preceitos, ou os que negam deliberadamente. Examine-se cada um a si mesmo.

Livre da Lei do Marido.

É comum citarem o começo do capítulo 7 da epístola aos Romanos (o símile da mulher casada e a lei), para concluir desastradamente pela ab-rogação da lei divina. É realmente deplorável que ajam com tal subtileza. É lastimável que cheguem a uma conclusão inteiramente contrária à que o próprio Paulo chegou, conclusão que pode ser encontrada especialmente nos versículos 7, 12, 14 e 22: “porque eu não conhecia a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçarás... E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom... bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado... consinto que a lei é boa... Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”

Inevitável é admitir que a conclusão paulina é inteiramente a favor da lei, e não contra. É de exaltação ao padrão divino, e não de desprezo. Paulo amava a Lei de Deus. Fazia elogios à ela. Exaltava-a, como bom cristão que era. Vamos estudar o tópico de Romanos 7, sem idéias preconcebidas. O que Paulo está explanando neste capítulo? O mesmo assunto dos capítulos precedentes e subseqüentes: o homem carnal - escravo do pecado - incapaz de salvar-se por si e que deverá encontrar a salvação pela graça de Deus em Cristo Jesus.

Notemos que Paulo estabelece a premissa: "a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo em que vive". (Romanos 7:1). Na mesma epístola, em vários lugares, ele demonstra que o pecador, por ter transgredido a Lei de Deus, está sob o domínio do pecado. Em outras palavras, nossa velha natureza pecaminosa - que Paulo define como "o homem velho", exerce domínio sobre nós. Por isso declarou o apóstolo sobre o seu estado anterior: "o que quero, isso não faço, mas o que aborreço isso faço". (versículo 15). Quis ele dizer que nós, por nós mesmos, não podemos nos livrar do domínio do pecado.

Como nos libertaremos, então, do "velho homem" que nos mantém em sujeição?

Somente pela morte desse "velho homem", ou seja, pela nossa conversão, porque assim, pela conversão, a nossa velha natureza é crucificada. Leia Romanos 6:6. Mas, não é bastante a morte do "homem velho"; é necessário o nascimento do "novo homem". (Romanos 6:4)

No caso em tela, Paulo refere-se a esta mudança que se opera no homem, e para ilustrá-la convenientemente, usa o símile de um matrimônio. Nesta comparação, há 4 partes principais: uma mulher, seu primeiro marido, seu segundo marido, e a lei do matrimônio. Leia atentamente Romanos 7: 2 e 3.

A mulher representa aí o pecador, ligada ao primeiro marido, ou seja o "homem velho" com suas paixões e cobiças, ao qual está ligado pela lei: porém não pela lei em si, mas o seu objeto, o que estabelece e aponta: o pecado. E para desfazer qualquer idéia equívoca a esse respeito, Paulo apressa-se em advertir incisivamente: "É a lei pecado? De modo nenhum." (versículo 7). Enquanto o "homem velho" viver, está ligado à "mulher", que a ele se sujeita. Se morre o "marido", então o pecador se livra da condenação da lei, tornando-se um "novo homem", quer dizer, ligando-se a Cristo, o novo marido.

O primeiro ponto importante, nesta ilustração, é que Paulo não está falando da morte da lei, mas da morte de um marido. E nem haveria objetivo na ilustração, se a lei fosse morta, pois se o fosse, nada haveria que prendesse a esposa a seu marido. E também qualquer referência a adultério seria inadmissível (verso 4). Como haveria a possibilidade de adultério - que é a transgressão de um mandamento da Lei de Deus - se a lei que o capítula fora morta? Meditem bem nisso leitores. Vejam a confusão em que se metem os torcedores do sentido claro das Escrituras.

A lei do matrimônio não fica abolida, pela morte de um marido. A aplicação paulina é a vida do homem que se converte do pecado para a justiça. A primeira parte do verso 4 é claríssima. É só ler com entendimento. Fomos crucificados com Cristo. Seu corpo foi crucificado vicariamente por nós. Toda a exigência condenatória da lei sobre o nosso "homem velho" cessa com a morte de tal "homem". Assim estamos livre da condenação, e podemos estar casado com Cristo. Então "demos fruto para Deus".

E ainda se deve considerar o seguinte: se o estar "livre da lei" (verso 6) se refere à morte da lei - como ensinam alguns - então estaria Paulo fazendo horrível confusão na própria analogia do casamento, e contradizendo irremediavelmente as afirmações literais do mesmo contexto. Mas não é assim. Ele fala da morte de um marido, e pela aplicação, refere-se à nossa morte. O verso 4 não diz que a lei está morta, mas nós é que estamos mortos para a lei (pois ela não nos pode mais condenar, em virtude do nosso casamento com Cristo).

A expressão "morremos para aquilo em que estávamos retidos", claramente refere-se à nossa natureza pecaminosa. O pecado, agindo mediante a nossa natureza corrupta, era o que nos retinha. (versos 24 e 25). E acrescente-se que o original diz "tenho morrido" ou "estando mortos", o que reforça e esclarece ainda mais o pensamento do apóstolo.

Os eruditos Jamieson, Fausset e Brown assim concluem: "A morte aí referida, como vimos, não é da lei, mas a nossa, e isso mediante a união com o Salvador crucificado." - Assim entendem os sinceros estudiosos do Livro Santo.

Muitos englobam em "mandamentos" todas as ordens, mandados, admoestações e diretrizes dos apóstolos, confundindo-os com os mandamentos da Lei de Deus.

Não há dúvida que houve "mandamento" de profetas, de Cristo, de Paulo, de Pedro e de outros. Muitos deles restritos ou para serem cumpridos por certos grupos, igrejas ou pessoas sob certas circunstâncias. Mas para o pesquisador sincero, é óbvio que tais "mandamentos" nada têm a ver com o Decálogo, e nivelá-los com a eterna Lei de Deus, denota incompreensão da revelação bíblica.

Nada melhor que o contexto para esclarecer a que se referem os mandamentos. E com espírito despido de conceitos pré-firmados, com simplicidade e dentro da exata contextuação é que podemos ser guiados pelo Espírito na compreensão da Palavra de Deus.

http://www.jesusvoltara.com.br/selo/gentios_e_lei.htm

Judeus e Gentios

De Jerusalém veio a salvação dos Judeus, e, por meio da rejeição deles, a salvação de todos os povos. O que não significa que a igreja gentílica tomou o lugar de Israel(povo Judeu),nos planos e nas promessas de D-us . Jamais ! Somos a eles devedores !Se por meio da sua queda alcançamos a riqueza da salvação do criador ,quanto mais na sua plenitude . D-us mesmo os endureceu o coração(não de todo o povo) para que não cressem , para que mais tarde , alcançassem misericórdia. Se os judeus são nossos inimigos porque pregamos a Yeshua e seu reino, também são amados por nos, pois através dos seus patriarcas veio a nossa fé ,e eles , primeiro do que nos , já se relacionavam com o Criador. Israel e a oliveira de D-us, onde todos aqueles que recebem a Cristo, nela são enxertados . (Rom 11)

Como fruto deste enxerte , gentios e judeus passam a conviver juntos , em amor e comunhão , fazendo ambos parte da Igreja de Nosso Senhor Yeshua. Lamentavelmente este relacionamento nos dias de hoje se encontra muito deteriorado, e fora dos princípios e padrões em que Yeshua e seus apóstolos estipularam. Vejamos então o que nos diz as escrituras com relação a este problema que também existiu na igreja do primeiro sec.

Os gentios e a Lei de Moisés

Para os Gentios , Paulo declara que de nada vale para os mesmos, passarem a cumprir a lei, com a intenção de serem justificados ou salvos , ou com a intenção de fazerem parte do "povo de D-us" , sendo assim herdeiros das promessas. A única virtude ou meio pelo qual poderão ser justificados, e através da fé que opera por meio do amor , manifestado através de Yeshua.(Gal 5:2-6).Todo o cap 5 ,e o Cap4 a partir do verso 21 da carta de Gálatas, Paulo lida com o problema de Gentios querendo cumprir a Lei para se tornarem merecedores das bênçãos e das promessas de Abraão , bem como para alcançarem a salvação . "...aqueles(gentios) que tentam se justificar pela lei , já estão separados de Cristo , e da graça tem se afastado . Porque nos ,judeus, apesar de cumprirmos a lei , não esperamos nela a salvação , mas sim , no espirito da FE".(Gal 5:4,5 traduzido do Heb).

Se analisarmos bem os ensinamentos de Paulo e dos Apóstolos com relação a conduta moral e social dos gentios, podemos ver que a Lei de Moisés serve como base para tais ensinamentos. Temos o melhor exemplo disto quando Tiago , no capitulo 15 vers.20 do Livro de Atos , estipula mandamentos ou leis , as quais os gentios devem seguir: "Mas escreve-lhes (aos gentios), que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que e sufocado ,e do sangue". Estas quatro observâncias para os gentios são nada mais que uma síntese das leis morais , sociais e cerimoniais de Moisés . E visto aqui que a Lei esta sendo claramente utilizada pelos apóstolos , não para trazer a salvação para os gentios , mas sim para sua santificação como povo escolhido de D-us por meio da graça. Tiago também , no vers 21 , demostra que se o gentio quiser saber e aprender mais a respeito da Torah, que o mesmo vá onde a Lei e ensinada aos judeus (sinagogas), já que Moisés tem quem o ensine desde os tempos antigos em cada cidade e em cada sinagoga: "Poque Moisés , desde os tempos antigos , tem um em cada cidade quem o pregue, e cada sábado e lido nas sinagogas." Isto faz da observação de outros aspectos da Lei , uma opção pessoal para o gentio , já que Tiago não proíbe o restante da lei aos mesmos. Ao contrario disto , ele ainda ensina o que o gentio deve fazer se o mesmo quiser aprender mais a respeito da Lei ;desde que isto não seja feito com intenção de justificação(salvação) , mas sim de entendimento , qualificação pessoal e santificação.

Os Judeus crentes e a Lei de Moisés

Notemos que o mesmo tratamento não e dado aos judeus. Para eles, Paulo ensina que, primeiro , não se deve obrigar o gentio a cumprir a lei pois os mesmos fazem parte das promessas de Abraão não pela circuncisão (lei) , mas pela fé."...Ora , tendo as escrituras previsto que D-us havia de justificar os gentios pela fé, anunciou primeiro o evangelho para Abraão , dizendo :Todas as nações serão benditas em ti. De fato que se são justificados pela fé, são benditos(gentios) como o crente Abraão."(Ef 3:8,9) .

Se voltarmos ao cap 15 de Atos , podemos verificar que os Chamados Mandamentos Universais foram feitos especificamente para os gentios, especificando o "mínimo" da lei de Moisés que os mesmos deveriam observar, com o intuito de serem santificados(separados) e qualificados . Porque não foram estabelecidos também Mandamentos específicos para os Judeus da primeira Igreja ? A resposta é porque a Lei de Moisés era cumprida dentre os judeus da Igreja primitiva , e o problema que estava em questão era se os gentios também deveriam cumpri-la, como os Judeus. Um outro exemplo que prova que os judeus crentes continuavam a cumprir a Lei esta em Atos 21:20 em que os anciãos da Igreja de Jerusalém , argumentando contra Paulo dizem : "…Bem vê , irmão , quantos milhares de judeus ha que crêem , e todos são zeladores da LEI." Ao longo de todo o Capitulo 21 do livro de Atos , vemos Paulo sendo acusado de pregar para os judeus crentes que os mesmos não precisariam cumprir a lei:. "E já acerca de ti(Paulo), fomos informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés , dizendo que não devem circuncidar seus filhos nem andar segundo o costume da LEI." (Ver21).

Os anciãos (lideres) da Igreja , então , orientam Paulo para realizar um cerimonial publico de purificação no Templo de quatro homens que haviam feito voto de Narzireu , para que todos pudessem ver que os rumores a respeito dele eram falsos, e que ele mesmo era observante da LEI : "Tomas estes contigo , e santifica-se com eles , e fazem com eles os gastos para que raspem a cabeça , e todos ficarão sabendo que nada ha daquilo que foram informados acerca de ti , mas que também tu mesmo andas guardando a Lei."(Ver 24).E foi exatamente o que Paulo fez , mesmo sabendo que seria preso por isto : "Então Paulo , tomando consigo aqueles varões , entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles , anunciando serem já cumpridos os dias da purificação ; e ficou ali ate se oferecer por cada um deles a oferta." (Ver 26).

Este exemplo da Igreja de Jerusalém e de Paulo nos deixa claro que o judeu que aceita a Yeshua como seu Senhor e salvador não deve abandonar a observância da lei de Moisés . Como pode um Judeu , deixar de ser judeu , por acreditar que um outro judeu e o Filho de D-us ? Muitos crentes (judeus e gentios) argumentam contra esta ordenação citando textos do próprio Paulo nas cartas de Gálatas e Efésios. Ora , os que usam de tais textos para provar que os judeus em Yeshua não precisam cumprir mais a lei , eu digo : Por ventura D-us é um deus de confusão ? Porventura o Espirito Santo de D-us éfalho por inspirar a mesma pessoa (Paulo) a ter duas opiniões diferentes sobre um mesmo assunto ? A resposta e NÃO . O que acontece é que tais pessoas não entendem as diferentes situações em que tais textos foram escritos por Paulo . Como exemplo temos o Cap 3 da carta de Gálatas. Devemos entender que Paulo estava argumentando diretamente com judeus , que estavam obrigando aos gentios o cumprimento da Lei . Seus argumentos então seguem para provar a tais judeus que a dádiva da salvação e do espirito santo não provem da Lei , mas sim da fé . Em vão então é para o gentio o cumprimento da lei para sua salvação . Ele então tenta provar para os judeus que a lei é impotente para salvar , sendo então absurdo , oprimir o gentio a observância da mesma . Paulo em momento algum deseja que os JUDEUS deixem de cumprir a lei , mas sim, que não obriguem e oprimam os gentios por causa da Lei. Se ele isto fizesse , estaria sendo falso e hipócrita com base em seu testemunho em atos cap. 21 .

Já no Cap 4 da Carta aos Gálatas (cap 21 em diante) e no Cap 5 , Paulo argumenta com gentios que estavam pregando o guardar da lei para alcançarem a salvação e a justificação, e para fazerem parte do "povo de D-us" . Seguem-se então fortes argumentos para provar a tais gentios que o importante para eles não é se colocarem sob o julgo da lei , mas sim serem guiados pelo Espirito . Eles fazem parte das promessas de Abraão não pela observância da Lei , mas pela graça do Sangue de Cristo . Paulo diz : " …se vos deixardes circuncidar , Cristo de nada vos aproveitara." (cap5:2). Em ambas as situações , Paulo deixa claro para judeus e gentios que a justificação dos pecados e a salvação do homem só é possível através do Sangue do Cordeiro , e a mesma(lei), não tem poder em si para remissão . Mas ele jamais sugeriu que os judeus não precisariam mais observar a Lei , como tentaram o acusar no cap 21 ver 21 do livro de Atos e muitos que se dizem crentes , nos dias de hoje, tentam faze-lo novamente . Tanto para seus acusadores no passado , quanto para seus acusadores nos dias de hoje , Paulo deu testemunho publico , como nos mostra o cap 21 de Atos, que o Judeu não deve deixar de ser judeu (isto e, deixar de cumprir a lei) por crer em Yeshua , mesmo estando debaixo da Graça .

A situação atual da Igreja

As escrituras nos deixam claro , que a Igreja de Cristo é composta de judeus e gentios. Tanto os crentes judeus , quanto os crentes gentios fazem parte do mesmo corpo , e tem como Salvador o mesmo Senhor : "Ha um só D-us , Pai de todos (judeus e gentios), o qual e sobre todos, por todos e em todos…. " Ha um só Corpo e um só Espirito".(Ef4:4 e 6)

Todas estas exortações de Paulo ao longo de suas cartas tem um objetivo: manter unida a Igreja de Cristo em amor . Nos dias de hoje, a Igreja de Cristo se defronta com os mesmos problemas da Igreja do primeiro século:

Gentios pregando que judeus devem deixar a Lei, Judeus pregando que gentios devem se tornarem judeus, Gentios desprezando os judeus e a Israel dizendo que a "Igreja substituiu Israel" nos planos de D-us, Judeus desprezando gentios afirmando que os mesmos não são participantes nos planos de D-us com seu povo , e outros absurdos mais . Etc ….

Minha pergunta é: Pôr que ? Se estamos tendo os mesmos problemas da Igreja Primitiva , temos pois acesso a todas as soluções e explicações pois assim nos ensinaram os apóstolos . Pôr que a Igreja se fecha e se recusa a buscar na palavra os verdadeiros ensinamentos ? Pôr que doutrinas de homens tem mais importância e valor do que a doutrina dos apóstolos e dos profetas ? Pôr que o povo que se diz crente não checa com a palavra aquilo que lhes e ensinado ? Pôr que a Igreja da mais importância a interpretações pessoais de textos bíblicos , do que os próprios textos bíblicos ? Pôr que divergimos tanto entre nos se temos a mesma Bíblia ? Pôr que ?

Se nos conformamos com esta situação , a Igreja continuará distante dos ensinamentos de Cristo e sem comunhao. Os judeus continuarão esquecidos e desprezados pelos que se dizem "filhos de D-us" . Doutrinas de homens continuarão a tomam o lugar da doutrina dos apóstolos e dos profetas , e o Corpo continuará vivendo no "cada um por si e D-us por nós!" Isto está errado ! Não é vontade de D-us ! Voltemos , meus irmãos , ao princípio ! Façamos novamente da maneira que era antes , da maneira que foi criado , da maneira com que nos foi ensinado . A palavra de D-us é simples e eficaz . Comparemos a realidade de nossas "Igrejas" com os que nos foi ensinado por Jesus e seus apóstolos . Era assim no início ? Era assim nas cartas de Paulo e no Livro de Atos ? Não ! O Corpo se encontra contaminado com doutrinas e tradições pagãs e que não provem do nosso D-us e de Seus ensinamentos . Os que se dizem "crentes" continuam ignorantes nas escrituras e recém-nacidos na fé , e como a água que escorre , são levados a acreditar em qualquer louco que lhes preguem qualquer absurdo ! Todos buscam seus próprios interesses e se esquecem do maior mandamento : Amar o teu próximo como a ti mesmo . Pecamos meus irmãos , por não conhecermos o D-us a quem servimos . Achamos que estamos fazendo a vontade de D-us e que estamos seguindo os seus planos , mas Ele esta longe de nós . Ou melhor , nós é que escolhemos estar longe D'Ele por não seguirmos o que diz a Sua palavra . Mas o Pai , por misericórdia aos seus , ainda assim nos abençoa e transforma o que é maldição em benção .

Que esta eterna Misericórdia de D-us em nossas vidas não nos faça acomodar e aceitar a situação em que vivemos , mas sim que nos abra os olhos para enxergarmos a verdadeira vontade de D-us para o Seu povo . Que a Igreja de Cristo se arrependa , e se volte novamente para Sua face, e siga a Sua palavra e cumpra os Seus propósitos . Que os ensinamentos para a igreja contidos no livro de Atos e nas cartas de Paulo, sejam realidades em nossas vidas nos dias de hoje ; com a mesma unção , a mesma simplicidade, a mesma doutrina , o mesmo amor e principalmente , o mesmo D-us .

" E perseveravam na doutrina dos apóstolos , e na comunhão , e no partir do pão , e nas orações. E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos . E Todos que criam estavam Juntos , e tinham tudo em comum . E vendiam suas propriedades e fazendas , e repartiam com todos , segundo a necessidade de cada um . E Perseverando unanimes todos os dias no Templo , e partindo o pão em casa , comiam juntos com alegria e singeleza de coração . Louvando a D-us , e caindo na graça de todo o povo . E todos os dias acrescentava o Senhor `a Igreja aqueles que se haviam de Salvar ." (Atos 2:42-47)

http://www.ensinandodesiao.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=78&Itemid=28


Última edição por Eduardo em Qui Mar 03, 2011 9:12 pm, editado 2 vez(es)
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A Lei de Deus, os Judeus e os Gentios :: Comentários

Eduardo

Mensagem Qui Out 28, 2010 9:45 pm por Eduardo


Judeus e gentios

Verso para Memorizar: “A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1:17).

Leituras da semana: Lv 23; Mt 19:17; At 15:1-29; Gl 1:1-12; Hb 8:6; Ap 12:17

Todos os primeiros conversos para o cristianismo eram judeus, e o Novo Testamento não dá nenhuma indicação de que lhes tenha sido pedido que abandonassem a prática da circuncisão ou ignorassem os festivais judeus. Mas, quando os gentios começaram a aceitar o cristianismo, surgiram perguntas importantes. Deveriam os gentios se submeter à circuncisão? Até que ponto deviam guardar outras leis judaicas? Finalmente, um conselho foi convocado em Jerusalém para decidir o assunto (veja At 15).

Apesar de uma decisão firme pelo conselho de não aborrecer os gentios com uma multidão de regulamentos e leis, alguns mestres continuavam a aborrecer as igrejas insistindo que se exigia dos conversos gentios à fé que guardassem essas regras e leis, inclusive a circuncisão.

De certa forma, estes assuntos existem ainda hoje, só que de forma diferente. Com que frequência, como adventistas, somos acusados de ser judaizantes ou legalistas por causa de nossa lealdade aos Dez Mandamentos (ou, em realidade, nossa lealdade ao mandamento do sábado)? Com que frequência ouvimos que agora estamos debaixo da Nova Aliança, e, portanto, que a lei (o mandamento do sábado) foi abolida?

Por outro lado, às vezes, como igreja, somos também confrontados com aqueles que gostariam de impor sobre nós regras e regulamentos do Antigo Testamento.

Consequentemente, Romanos certamente contém uma importante mensagem para nós hoje, como tinha para a igreja romana de então.


Superiores promessas

1. Qual é a mensagem principal de Hebreus 8:6? Como devemos entender quais são essas “superiores promessas”?

Talvez a maior diferença entre a religião do Antigo Testamento e a do Novo seja o fato de que a era do Novo Testamento foi introduzida pela vinda do Messias, Jesus de Nazaré. Ele foi enviado por Deus para ser o Salvador. Os homens não podiam ignorá-Lo e esperar ser salvos. Unicamente mediante a expiação que Ele proveu eles poderiam ter o perdão de seus pecados. Só pela atribuição de Sua vida perfeita poderiam apresentar-se diante de Deus sem condenação. Em outras palavras, a salvação foi provida pela justiça de Jesus, e nada mais.

Os santos do Antigo Testamentos esperavam ansiosamente as bênçãos da era messiânica e a promessa de salvação. Nos tempos do Novo Testamento, o povo foi confrontado com a pergunta: Iriam aceitar Jesus de Nazaré, a quem Deus enviou como o Messias, seu Salvador? Se eles cressem nEle – isto é, se O aceitassem pelo que Ele era verdadeiramente e se submetessem a Ele – seriam salvos pela justiça que Ele lhes oferecia livremente.

Enquanto isso, os requisitos morais permanecem inalterados no Novo Testamento, porque esses foram fundados no caráter de Deus e de Cristo. A obediência à lei moral de Deus é tanto parte da Nova Aliança quanto da Antiga.

2. Que diz o Novo Testamento sobre a lei moral? Mt 19:17; Ap 12:17, 14:12; Tg 2:10, 11

Ao mesmo tempo, todo o corpo de leis cerimoniais e rituais, que eram distintamente israelitas, que estavam distintamente relacionadas com a Antiga Aliança, que apontavam Jesus, Sua morte e ministério sumo-sacerdotal, foi descontinuado, e uma nova ordem foi introduzida, baseada em “superiores promessas”.

Ajudar tanto os judeus como os gentios a entender o que estava envolvido nessa transição do judaísmo para o cristianismo era um dos principais objetivos de Paulo no livro de Romanos. Essa transição tomaria um tempo considerável.

Quais são algumas de suas promessas bíblicas favoritas? Com que frequência você apela para elas? Que escolhas podem ser obstáculos para o cumprimento dessas promessas em sua vida?


Leis e regulamentos judaicos

3. À medida que o tempo permitir, folheie rapidamente o livro de Levítico. (Veja, por exemplo, Levítico 12, 16, 23.) Que pensamentos vêm à sua mente ao ler todas essas regras, regulamentos e cerimônias? Por que seria impossível seguir muitas dessas cerimônias nos tempos do Novo Testamento?

É conveniente classificar as leis do Antigo Testamento em várias categorias: (1) lei moral, (2) lei cerimonial, (3) direito civil, (4) estatutos e juízos e (5) leis de saúde.

Em parte, essa classificação é artificial. Na realidade, algumas dessas categorias estão relacionadas, e existe considerável sobreposição. Os antigos não as viam como separadas e distintas.

A lei moral está resumida nos Dez Mandamentos (Êx 20:1-17). Essa lei resume os requisitos morais da humanidade. Esses dez preceitos são ampliados e aplicados em vários estatutos e juízos ao longo dos primeiros cinco livros da Bíblia. Essas amplificações mostram o que significava guardar a lei de Deus em várias situações. As leis civis não deixam de estar relacionadas. Elas também estão baseadas na lei moral. Definem o relacionamento de um cidadão com as autoridades civis e com seus concidadãos. Determinam as penalidades para várias infrações.

A lei cerimonial regulava o cerimonial do santuário, descrevendo as várias ofertas e as responsabilidades do cidadão individual. Os dias de festas são especificados; e sua observância, definida.

As leis de saúde se sobrepõem a outras leis. As várias leis quanto à impureza definem a impureza cerimonial, e ainda vão além dessas para incluir os princípios higiênicos e de saúde. As leis a respeito das carnes limpas e impuras são baseadas em considerações físicas.

Embora os israelitas em geral provavelmente considerassem essas leis como um todo, tendo vindo do mesmo Deus, em sua mente devia haver certas distinções. Os Dez Mandamentos haviam sido pronunciados diretamente por Deus para o povo. Esse fato os faria considerá-los especialmente importantes. As outras leis foram repetidas por Moisés. O ritual do santuário só poderia ser mantido enquanto houvesse um santuário em operação.

Os direitos civis, pelo menos em grande parte, não mais poderiam ser impostos depois que os judeus perderam a independência e caíram sob o controle civil de outra nação. Muitos dos preceitos cerimoniais não mais podiam ser observados depois que o templo foi destruído. Igualmente, depois que o Messias veio ao mundo, muitos dos tipos encontraram seu antítipo e não mais tinham validade.


“Que devo fazer para ser salvo?”

4. Qual era um dos principais motivos de dissensão na igreja primitiva? At 15:1. Por que alguns criam que esse ritual não se aplicava só à nação judaica? Veja Gn 17:10.

Enquanto os apóstolos se uniam aos ministros e leigos em Antioquia no esforço sério de conquistar muitas pessoas para Cristo, certos crentes judeus da Judeia, “da seita dos fariseus” conseguiram introduzir uma questão que logo levou a uma ampla controvérsia na igreja e trouxe consternação aos crentes gentios. Com grande convicção, esses mestres afirmavam que, a fim de ser salva, a pessoa precisava ser circuncidada e guardar toda a lei cerimonial. Os judeus, afinal, sempre se haviam orgulhado de seus cultos divinamente designados, e muitos daqueles que haviam sido convertidos para a fé de Cristo ainda sentiam que, por ter Deus, no passado, esboçado claramente a maneira hebreia de adoração, era improvável que Ele autorizasse uma mudança em algumas de suas especificações. Eles insistiam em que as leis e cerimônias judaicas deviam ser incorporadas aos ritos da religião cristã. Demoraram a discernir que todas as ofertas sacrificais nada mais prefiguravam que a morte do Filho de Deus, na qual o tipo encontrou o antítipo, e que, depois disso, os ritos e cerimônias da dispensação mosaica não mais eram obrigatórios.

“Não impor maior encargo”

6. Qual foi a decisão do conselho, e qual foi seu raciocínio? At 15:5-29

A decisão foi contra a opinião dos judaizantes. Estes insistiam que os conversos gentios precisavam ser circuncidados e guardar toda a lei cerimonial, e que as leis e cerimônias judaicas deviam ser incorporadas aos ritos da religião cristã.

É interessante notar no verso 10 como Pedro descreveu essas antigas leis como um “jugo” que nem eles podiam suportar. Será que o Senhor, que havia instituído essas leis, desejava torná-las um jugo sobre Seu povo? Dificilmente! Ao contrário, ao longo dos anos, em suas tradições orais, alguns dos líderes haviam tornado em fardos muitas das leis que se pretendia que fossem bênçãos. O Concílio procurou poupar os gentios desses fardos.

Note, também, que não havia nenhuma menção nem pergunta dos gentios quanto à necessidade de obedecer aos Dez Mandamentos. Afinal, podemos imaginar o Concílio dizendo-lhes que não comessem sangue, mas que era aceitável ignorar os mandamentos contra o adultério, o assassinato e coisas semelhantes?

7. Que regras foram colocadas sobre os crentes gentios (At 15:20, 29), e por que especificamente essas?

Embora os cristãos judeus não devessem impor suas regras e tradições sobre os gentios, o conselho quis certificar-se de que os gentios não fizessem coisas que teriam sido consideradas ofensivas para os judeus que estavam unidos a eles em Jesus. Portanto, os apóstolos e anciãos concordaram em instruir os gentios por carta sobre a necessidade de se privar das carnes oferecidas aos ídolos, das relações sexuais ilícitas, das carnes sufocadas e do sangue. Alguns dizem que, por não ter sido especificamente mencionada, a guarda do sábado não deve ter sido aplicável aos gentios (evidentemente, os mandamentos contra a mentira e o assassinato também não foram mencionados especificamente, de forma que o argumento não significa nada).

Será que podemos, de certo modo, estar colocando sobre as pessoas fardos desnecessários mas que são mais tradições que mandamentos divinos? Dê exemplos. Leve seus pensamentos para a classe no sábado.

A heresia dos gálatas

Por mais claro que tenha sido o conselho, houve aqueles que procuraram seu próprio caminho e que continuaram a defender que os gentios deviam, sim, guardar as tradições e leis judaicas. Para Paulo, este se tornou um assunto muito sério; isto é, não se tratava de discutir sobre questões insignificantes da fé. Essa era uma negação do evangelho de Cristo em si.

8. Que importância deu Paulo ao assunto que enfrentou na Galácia? O que isso deve nos dizer sobre sua aplicação hoje? Gl 1:1-12

Como já foi afirmado antes, foi a situação na Galácia que, em grande parte, motivou o conteúdo da carta a Roma. Na epístola aos Romanos, Paulo desenvolveu mais detalhadamente o tema da epístola aos Gálatas. Os judaizantes estavam afirmando que a lei que Deus lhes havia dado por Moisés era importante e devia ser observada pelos conversos gentios. Paulo estava tentando mostrar seu verdadeiro lugar e função. Não queria que essas pessoas conquistassem uma posição impositora em Roma como haviam feito na Galácia.

É uma simplificação exagerada perguntar se em Gálatas e Romanos Paulo está falando de leis cerimoniais ou morais. Historicamente, o argumento era se devia ou não ser exigido dos conversos gentios que fossem circuncidados e guardassem a lei de Moisés. O concílio de Jerusalém já se havia pronunciado sobre essa questão, mas alguns se recusavam a seguir sua decisão.

Alguns leem na carta de Paulo aos Gálatas e a evidência de Romanos que a lei moral, os Dez Mandamentos (ou, em verdade, só o quarto mandamento), não mais é aplicável aos cristãos. Mas eles estão perdendo o ponto principal das cartas, perdendo o contexto e as questões históricas de que Paulo estava tratando. Como veremos, Paulo enfatizou que a salvação é pela fé somente, e não pela guarda da lei, até mesmo a lei moral – mais isso não é o mesmo que dizer que a lei moral não deve ser guardada. A obediência aos Dez Mandamentos nunca esteve em questão; os que fazem isso estão lendo nos textos uma questão contemporânea, com a qual Paulo não estava lidando.

Como você responde aos que alegam que o sábado não mais é aplicável aos cristãos? Como você pode mostrar a verdade do sábado de modo que não comprometa a integridade do evangelho?

++++

Mostrando indisfarçável aversão pela lei divina, alguns citam Romanos 2:14, isolando a expressão “os gentios que não tem lei”, para concluir erroneamente que a lei só fora dada a Israel, e que os gentios não precisam de lei. Ora, a Bíblia diz justamente o contrário, e preferimos crer nela. Em Isaías 56, por exemplo, lemos as grandes promessas feitas por Deus aos gentios que se unissem ao Seu concerto e guardassem o Sábado.


Note-se que o capítulo se refere à dispensação cristã, quando “a salvação está prestes a vir e a justiça a manifestar-se”. Leia Números 15:15. E Gálatas 3:29, afirma que os cristãos são descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa.


  • A Escritura também não diz que Deus o é dos gentios? - “E porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.” (Romanos 3:29). No entanto, esse Deus, reiteradamente é denominado “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Todas as bênçãos divinas foram transferidas para o gentilismo: o concerto, a lei, o evangelho, tudo, em fim. Somos o Israel espiritual.
Para compreender realmente Romanos 2:14, leiamos o verso 11 ao 16, e veremos que o apóstolo faz interessantes afirmações.

1.ª - Que Deus não faz distinção de homens (pois só tem um padrão de julgamento: a Sua santa Lei. Sejam judeus ou gentios).

2.ª - Que os que pecaram, mesmo não conhecendo a lei, perecerão. Notem bem: perecerão (porque o salário do pecado é a morte). Não se diz que se salvam pela consciência da lei.

3.ª - Que os que pecaram, conhecendo a lei, por ela serão julgados. (Logo, não foi abolida porque será norma de julgamento). Paulo diz isso em sentido genérico, não restrito aos judeus. E os que forem julgados por ela, sendo achados em falta, necessariamente serão condenados, pois a transgrediram.

4.ª - O verso 13 estabelece um cortejo entre os que “ouvem” e os que “praticam” os preceitos divinos. (compare com Tiago 1:22 a 26). E o apóstolo conclui que somente os últimos, os praticantes alcançam a justificação, e isto porque a sua fé os levou a obedecerem ao padrão do Céu.

5.ª - Os versos 14 à 16 em conjunto revelam que ninguém escapa ao julgamento de Deus, que julgará os segredos dos homens. Não escaparão nem mesmo os que não tendo lei, julgam a praticar “as coisas que são da lei” sob o tríplice testemunho do coração, da consciência e do pensamento.

Note-se a que alusão a “gentios” é motivada pelo contraste que Paulo estabelece na impenitência dos judeus. A tese forçada de que a lei não é necessária aos gentios, encontra o seu desmentido especialmente nos versos 12 e 13. É só ler com atenção e entendimento.

Milton C. Wilcox faz judicioso comentário deste assunto, que reproduzimos:

“A lei divina é uma só. O pagão que a tinha, ou supunha tê-la em sua capacidade, certamente julgava-se bem com a consciência mesmo nos tempos em que podia ter uma multidão de esposas. Àquele tempo ele podia praticar outras coisas que as próprias convenções da época não permitiriam – e que a luz da Palavra de Deus sem dúvida condenaria – tal como se deu com Abraão e Jacó. Mas sentiam-se bem com a consciência. A lei escrita em seus corações de início não constituía um conhecimento completo, senão um princípio de agir correto. Assim se expressa Deus em II Crônicas 16:9: “Os olhos do Senhor passam por toda a Terra para mostrar-Se forte com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele.” - Milton C. Wilcox, Guestions Answered, pág. 96.


Concluir que os gentios não precisam de lei, seria admitir que eles não pecam, não precisam de revelação, não precisam de Deus[/b]. E se os gentios que não conheceram a lei, dispensam-na e se julgam pela consciência – como querem alguns – também, pelo mesmo raciocínio, os gentios que não conhecem o evangelho podem dispensá-lo pelas mesmas razões. Por aí se vê a debilidade do argumento.

Nada, absolutamente nada prova que a lei fora dada exclusivamente os judeus, mas o que a Bíblia claramente revela é que Deus de modo especial honrou a Israel fazendo daquele nação Seu povo escolhido e depositário de Sua lei. (Romanos 9:4). Era objetivo de Deus que Israel tornasse conhecida a Sua vontade expressa na lei, a todas as demais nações. Leia ainda Deuteronômio 4:6 a 8; Romanos 3:1 e 2. E quando os gentios aceitaram a religião de Israel, também se sujeitaram à Lei de Deus. (Números 15:15 e 16; Isaías 56:6 a 8).

Deus proferiu Sua lei santa, no monte Sinai, ao seu redor estavam os judeus. Também ao redor de Cristo, no sermão do Monte, só havia judeus... Mas as bênçãos da Lei e do Evangelho se estenderam aos gentios. Graças a Deus, pelo Seu Dom inefável!

Por onde se vê a citação de Romanos 2:14 saiu às avessas, porque Paulo prova justamente o contrário, a validade da lei e sua extensão aos gentios. Dizem que “pregar a lei ao povo remido é um insulto e uma ofensa à igreja de Deus”! Calma, gente. Então que grandes insultadores foram Cristo, Paulo Tiago e João!!! E Wesley, Moody, Barnes, Clarke e outros. E Taylor, que disse ser “uma bênção se cada púlpito trovejasse a voz divina ao Decálogo, porque a lei é o aio que conduz a Cristo”? E os milhões de cristãos obedientes ao divino padrão? - O nosso zelo nos leva afirma: insultadores, na verdade, são os que desprezam a Lei de Deus, pisam os seus preceitos, ou os que negam deliberadamente. Examine-se cada um a si mesmo.


  • Livre da Lei do Marido.
É comum citarem o começo do capítulo 7 da epístola aos Romanos (o símile da mulher casada e a lei), para concluir desastradamente pela ab-rogação da lei divina. É realmente deplorável que ajam com tal subtileza. É lastimável que cheguem a uma conclusão inteiramente contrária à que o próprio Paulo chegou, conclusão que pode ser encontrada especialmente nos versículos 7, 12, 14 e 22: “porque eu não conhecia a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçarás... E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom... bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado... consinto que a lei é boa... Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”

Inevitável é admitir que a conclusão paulina é inteiramente a favor da lei, e não contra. É de exaltação ao padrão divino, e não de desprezo. Paulo amava a Lei de Deus. Fazia elogios à ela. Exaltava-a, como bom cristão que era. Vamos estudar o tópico de Romanos 7, sem idéias preconcebidas. O que Paulo está explanando neste capítulo? O mesmo assunto dos capítulos precedentes e subseqüentes: o homem carnal - escravo do pecado - incapaz de salvar-se por si e que deverá encontrar a salvação pela graça de Deus em Cristo Jesus.

Notemos que Paulo estabelece a premissa: "a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo em que vive". (Romanos 7:1). Na mesma epístola, em vários lugares, ele demonstra que o pecador, por ter transgredido a Lei de Deus, está sob o domínio do pecado. Em outras palavras, nossa velha natureza pecaminosa - que Paulo define como "o homem velho", exerce domínio sobre nós. Por isso declarou o apóstolo sobre o seu estado anterior: "o que quero, isso não faço, mas o que aborreço isso faço". (versículo 15). Quis ele dizer que nós, por nós mesmos, não podemos nos livrar do domínio do pecado.



  • Como nos libertaremos, então, do "velho homem" que nos mantém em sujeição?
Somente pela morte desse "velho homem", ou seja, pela nossa conversão, porque assim, pela conversão, a nossa velha natureza é crucificada. Leia Romanos 6:6. Mas, não é bastante a morte do "homem velho"; é necessário o nascimento do "novo homem". (Romanos 6:4)

No caso em tela, Paulo refere-se a esta mudança que se opera no homem, e para ilustrá-la convenientemente, usa o símile de um matrimônio. Nesta comparação, há 4 partes principais: uma mulher, seu primeiro marido, seu segundo marido, e a lei do matrimônio. Leia atentamente Romanos 7: 2 e 3.

A mulher representa aí o pecador, ligada ao primeiro marido, ou seja o "homem velho" com suas paixões e cobiças, ao qual está ligado pela lei: porém não pela lei em si, mas o seu objeto, o que estabelece e aponta: o pecado. E para desfazer qualquer idéia equívoca a esse respeito, Paulo apressa-se em advertir incisivamente: "É a lei pecado? De modo nenhum." (versículo 7). Enquanto o "homem velho" viver, está ligado à "mulher", que a ele se sujeita. Se morre o "marido", então o pecador se livra da condenação da lei, tornando-se um "novo homem", quer dizer, ligando-se a Cristo, o novo marido.

O primeiro ponto importante, nesta ilustração, é que Paulo não está falando da morte da lei, mas da morte de um marido. E nem haveria objetivo na ilustração, se a lei fosse morta, pois se o fosse, nada haveria que prendesse a esposa a seu marido. E também qualquer referência a adultério seria inadmissível (verso 4). Como haveria a possibilidade de adultério - que é a transgressão de um mandamento da Lei de Deus - se a lei que o capítula fora morta? Meditem bem nisso leitores. Vejam a confusão em que se metem os torcedores do sentido claro das Escrituras.

A lei do matrimônio não fica abolida, pela morte de um marido. A aplicação paulina é a vida do homem que se converte do pecado para a justiça. A primeira parte do verso 4 é claríssima. É só ler com entendimento. Fomos crucificados com Cristo. Seu corpo foi crucificado vicariamente por nós. Toda a exigência condenatória da lei sobre o nosso "homem velho" cessa com a morte de tal "homem". Assim estamos livre da condenação, e podemos estar casado com Cristo. Então "demos fruto para Deus".

E ainda se deve considerar o seguinte: se o estar "livre da lei" (verso 6) se refere à morte da lei - como ensinam alguns - então estaria Paulo fazendo horrível confusão na própria analogia do casamento, e contradizendo irremediavelmente as afirmações literais do mesmo contexto. Mas não é assim. Ele fala da morte de um marido, e pela aplicação, refere-se à nossa morte. O verso 4 não diz que a lei está morta, mas nós é que estamos mortos para a lei (pois ela não nos pode mais condenar, em virtude do nosso casamento com Cristo).

A expressão "morremos para aquilo em que estávamos retidos", claramente refere-se à nossa natureza pecaminosa. O pecado, agindo mediante a nossa natureza corrupta, era o que nos retinha. (versos 24 e 25). E acrescente-se que o original diz "tenho morrido" ou "estando mortos", o que reforça e esclarece ainda mais o pensamento do apóstolo.

Os eruditos Jamieson, Fausset e Brown assim concluem: "A morte aí referida, como vimos, não é da lei, mas a nossa, e isso mediante a união com o Salvador crucificado." - Assim entendem os sinceros estudiosos do Livro Santo.


Muitos englobam em "mandamentos" todas as ordens, mandados, admoestações e diretrizes dos apóstolos, confundindo-os com os mandamentos da Lei de Deus.


Não há dúvida que houve "mandamento" de profetas, de Cristo, de Paulo, de Pedro e de outros. Muitos deles restritos ou para serem cumpridos por certos grupos, igrejas ou pessoas sob certas circunstâncias. Mas para o pesquisador sincero, é óbvio que tais "mandamentos" nada têm a ver com o Decálogo, e nivelá-los com a eterna Lei de Deus, denota incompreensão da revelação bíblica.
Nada melhor que o contexto para esclarecer a que se referem os mandamentos. E com espírito despido de conceitos pré-firmados, com simplicidade e dentro da exata contextuação é que podemos ser guiados pelo Espírito na compreensão da Palavra de Deus.

http://www.jesusvoltara.com.br/selo/gentios_e_lei.htm

Judeus e Gentios De Jerusalém veio a salvação dos Judeus, e, por meio da rejeição deles, a salvação de todos os povos. O que não significa que a igreja gentílica tomou o lugar de Israel(povo Judeu),nos planos e nas promessas de D-us . Jamais ! Somos a eles devedores !Se por meio da sua queda alcançamos a riqueza da salvação do criador ,quanto mais na sua plenitude . D-us mesmo os endureceu o coração(não de todo o povo) para que não cressem , para que mais tarde , alcançassem misericórdia. Se os judeus são nossos inimigos porque pregamos a Yeshua e seu reino, também são amados por nos, pois através dos seus patriarcas veio a nossa fé ,e eles , primeiro do que nos , já se relacionavam com o Criador. Israel e a oliveira de D-us, onde todos aqueles que recebem a Cristo, nela são enxertados . (Rom 11)

Como fruto deste enxerte , gentios e judeus passam a conviver juntos , em amor e comunhão , fazendo ambos parte da Igreja de Nosso Senhor Yeshua. Lamentavelmente este relacionamento nos dias de hoje se encontra muito deteriorado, e fora dos princípios e padrões em que Yeshua e seus apóstolos estipularam. Vejamos então o que nos diz as escrituras com relação a este problema que também existiu na igreja do primeiro sec.

Os gentios e a Lei de Moisés


Para os Gentios , Paulo declara que de nada vale para os mesmos, passarem a cumprir a lei, com a intenção de serem justificados ou salvos , ou com a intenção de fazerem parte do "povo de D-us" , sendo assim herdeiros das promessas. A única virtude ou meio pelo qual poderão ser justificados, e através da fé que opera por meio do amor , manifestado através de Yeshua.(Gal 5:2-6).Todo o cap 5 ,e o Cap4 a partir do verso 21 da carta de Gálatas, Paulo lida com o problema de Gentios querendo cumprir a Lei para se tornarem merecedores das bênçãos e das promessas de Abraão , bem como para alcançarem a salvação . "...aqueles(gentios) que tentam se justificar pela lei , já estão separados de Cristo , e da graça tem se afastado . Porque nos ,judeus, apesar de cumprirmos a lei , não esperamos nela a salvação , mas sim , no espirito da FE".(Gal 5:4,5 traduzido do Heb).

Se analisarmos bem os ensinamentos de Paulo e dos Apóstolos com relação a conduta moral e social dos gentios, podemos ver que a Lei de Moisés serve como base para tais ensinamentos. Temos o melhor exemplo disto quando Tiago , no capitulo 15 vers.20 do Livro de Atos , estipula mandamentos ou leis , as quais os gentios devem seguir: "Mas escreve-lhes (aos gentios), que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que e sufocado ,e do sangue". Estas quatro observâncias para os gentios são nada mais que uma síntese das leis morais , sociais e cerimoniais de Moisés . E visto aqui que a Lei esta sendo claramente utilizada pelos apóstolos , não para trazer a salvação para os gentios , mas sim para sua santificação como povo escolhido de D-us por meio da graça. Tiago também , no vers 21 , demostra que se o gentio quiser saber e aprender mais a respeito da Torah, que o mesmo vá onde a Lei e ensinada aos judeus (sinagogas), já que Moisés tem quem o ensine desde os tempos antigos em cada cidade e em cada sinagoga: "Poque Moisés , desde os tempos antigos , tem um em cada cidade quem o pregue, e cada sábado e lido nas sinagogas." Isto faz da observação de outros aspectos da Lei , uma opção pessoal para o gentio , já que Tiago não proíbe o restante da lei aos mesmos. Ao contrario disto , ele ainda ensina o que o gentio deve fazer se o mesmo quiser aprender mais a respeito da Lei ;desde que isto não seja feito com intenção de justificação(salvação) , mas sim de entendimento , qualificação pessoal e santificação.

Os Judeus crentes e a Lei de Moisés

Notemos que o mesmo tratamento não e dado aos judeus. Para eles, Paulo ensina que, primeiro , não se deve obrigar o gentio a cumprir a lei pois os mesmos fazem parte das promessas de Abraão não pela circuncisão (lei) , mas pela fé."...Ora , tendo as escrituras previsto que D-us havia de justificar os gentios pela fé, anunciou primeiro o evangelho para Abraão , dizendo :Todas as nações serão benditas em ti. De fato que se são justificados pela fé, são benditos(gentios) como o crente Abraão."(Ef 3:8,9) .

Se voltarmos ao cap 15 de Atos , podemos verificar que os Chamados Mandamentos Universais foram feitos especificamente para os gentios, especificando o "mínimo" da lei de Moisés que os mesmos deveriam observar, com o intuito de serem santificados(separados) e qualificados . Porque não foram estabelecidos também Mandamentos específicos para os Judeus da primeira Igreja ? A resposta é porque a Lei de Moisés era cumprida dentre os judeus da Igreja primitiva , e o problema que estava em questão era se os gentios também deveriam cumpri-la, como os Judeus. Um outro exemplo que prova que os judeus crentes continuavam a cumprir a Lei esta em Atos 21:20 em que os anciãos da Igreja de Jerusalém , argumentando contra Paulo dizem : "…Bem vê , irmão , quantos milhares de judeus ha que crêem , e todos são zeladores da LEI." Ao longo de todo o Capitulo 21 do livro de Atos , vemos Paulo sendo acusado de pregar para os judeus crentes que os mesmos não precisariam cumprir a lei:. "E já acerca de ti(Paulo), fomos informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés , dizendo que não devem circuncidar seus filhos nem andar segundo o costume da LEI." (Ver21).

Os anciãos (lideres) da Igreja , então , orientam Paulo para realizar um cerimonial publico de purificação no Templo de quatro homens que haviam feito voto de Narzireu , para que todos pudessem ver que os rumores a respeito dele eram falsos, e que ele mesmo era observante da LEI : "Tomas estes contigo , e santifica-se com eles , e fazem com eles os gastos para que raspem a cabeça , e todos ficarão sabendo que nada ha daquilo que foram informados acerca de ti , mas que também tu mesmo andas guardando a Lei."(Ver 24).E foi exatamente o que Paulo fez , mesmo sabendo que seria preso por isto : "Então Paulo , tomando consigo aqueles varões , entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles , anunciando serem já cumpridos os dias da purificação ; e ficou ali ate se oferecer por cada um deles a oferta." (Ver 26).

Este exemplo da Igreja de Jerusalém e de Paulo nos deixa claro que o judeu que aceita a Yeshua como seu Senhor e salvador não deve abandonar a observância da lei de Moisés . Como pode um Judeu , deixar de ser judeu , por acreditar que um outro judeu e o Filho de D-us ? Muitos crentes (judeus e gentios) argumentam contra esta ordenação citando textos do próprio Paulo nas cartas de Gálatas e Efésios. Ora , os que usam de tais textos para provar que os judeus em Yeshua não precisam cumprir mais a lei , eu digo : Por ventura D-us é um deus de confusão ? Porventura o Espirito Santo de D-us éfalho por inspirar a mesma pessoa (Paulo) a ter duas opiniões diferentes sobre um mesmo assunto ? A resposta e NÃO . O que acontece é que tais pessoas não entendem as diferentes situações em que tais textos foram escritos por Paulo . Como exemplo temos o Cap 3 da carta de Gálatas. Devemos entender que Paulo estava argumentando diretamente com judeus , que estavam obrigando aos gentios o cumprimento da Lei . Seus argumentos então seguem para provar a tais judeus que a dádiva da salvação e do espirito santo não provem da Lei , mas sim da fé . Em vão então é para o gentio o cumprimento da lei para sua salvação . Ele então tenta provar para os judeus que a lei é impotente para salvar , sendo então absurdo , oprimir o gentio a observância da mesma . Paulo em momento algum deseja que os JUDEUS deixem de cumprir a lei , mas sim, que não obriguem e oprimam os gentios por causa da Lei. Se ele isto fizesse , estaria sendo falso e hipócrita com base em seu testemunho em atos cap. 21 .

Já no Cap 4 da Carta aos Gálatas (cap 21 em diante) e no Cap 5 , Paulo argumenta com gentios que estavam pregando o guardar da lei para alcançarem a salvação e a justificação, e para fazerem parte do "povo de D-us" . Seguem-se então fortes argumentos para provar a tais gentios que o importante para eles não é se colocarem sob o julgo da lei , mas sim serem guiados pelo Espirito . Eles fazem parte das promessas de Abraão não pela observância da Lei , mas pela graça do Sangue de Cristo . Paulo diz : " …se vos deixardes circuncidar , Cristo de nada vos aproveitara." (cap5:2). Em ambas as situações , Paulo deixa claro para judeus e gentios que a justificação dos pecados e a salvação do homem só é possível através do Sangue do Cordeiro , e a mesma(lei), não tem poder em si para remissão . Mas ele jamais sugeriu que os judeus não precisariam mais observar a Lei , como tentaram o acusar no cap 21 ver 21 do livro de Atos e muitos que se dizem crentes , nos dias de hoje, tentam faze-lo novamente . Tanto para seus acusadores no passado , quanto para seus acusadores nos dias de hoje , Paulo deu testemunho publico , como nos mostra o cap 21 de Atos, que o Judeu não deve deixar de ser judeu (isto e, deixar de cumprir a lei) por crer em Yeshua , mesmo estando debaixo da Graça .

A situação atual da Igreja

As escrituras nos deixam claro , que a Igreja de Cristo é composta de judeus e gentios. Tanto os crentes judeus , quanto os crentes gentios fazem parte do mesmo corpo , e tem como Salvador o mesmo Senhor : "Ha um só D-us , Pai de todos (judeus e gentios), o qual e sobre todos, por todos e em todos…. " Ha um só Corpo e um só Espirito".(Ef4:4 e 6)

Todas estas exortações de Paulo ao longo de suas cartas tem um objetivo: manter unida a Igreja de Cristo em amor . Nos dias de hoje, a Igreja de Cristo se defronta com os mesmos problemas da Igreja do primeiro século:

Gentios pregando que judeus devem deixar a Lei, Judeus pregando que gentios devem se tornarem judeus, Gentios desprezando os judeus e a Israel dizendo que a "Igreja substituiu Israel" nos planos de D-us, Judeus desprezando gentios afirmando que os mesmos não são participantes nos planos de D-us com seu povo , e outros absurdos mais . Etc ….


Minha pergunta é: Pôr que ? Se estamos tendo os mesmos problemas da Igreja Primitiva , temos pois acesso a todas as soluções e explicações pois assim nos ensinaram os apóstolos . Pôr que a Igreja se fecha e se recusa a buscar na palavra os verdadeiros ensinamentos ? Pôr que doutrinas de homens tem mais importância e valor do que a doutrina dos apóstolos e dos profetas ? Pôr que o povo que se diz crente não checa com a palavra aquilo que lhes e ensinado ? Pôr que a Igreja da mais importância a interpretações pessoais de textos bíblicos , do que os próprios textos bíblicos ? Pôr que divergimos tanto entre nos se temos a mesma Bíblia ? Pôr que ?

Se nos conformamos com esta situação , a Igreja continuará distante dos ensinamentos de Cristo e sem comunhao. Os judeus continuarão esquecidos e desprezados pelos que se dizem "filhos de D-us" . Doutrinas de homens continuarão a tomam o lugar da doutrina dos apóstolos e dos profetas , e o Corpo continuará vivendo no "cada um por si e D-us por nós!" Isto está errado ! Não é vontade de D-us ! Voltemos , meus irmãos , ao princípio ! Façamos novamente da maneira que era antes , da maneira que foi criado , da maneira com que nos foi ensinado . A palavra de D-us é simples e eficaz . Comparemos a realidade de nossas "Igrejas" com os que nos foi ensinado por Jesus e seus apóstolos . Era assim no início ? Era assim nas cartas de Paulo e no Livro de Atos ? Não ! O Corpo se encontra contaminado com doutrinas e tradições pagãs e que não provem do nosso D-us e de Seus ensinamentos . Os que se dizem "crentes" continuam ignorantes nas escrituras e recém-nacidos na fé , e como a água que escorre , são levados a acreditar em qualquer louco que lhes preguem qualquer absurdo ! Todos buscam seus próprios interesses e se esquecem do maior mandamento : Amar o teu próximo como a ti mesmo . Pecamos meus irmãos , por não conhecermos o D-us a quem servimos . Achamos que estamos fazendo a vontade de D-us e que estamos seguindo os seus planos , mas Ele esta longe de nós . Ou melhor , nós é que escolhemos estar longe D'Ele por não seguirmos o que diz a Sua palavra . Mas o Pai , por misericórdia aos seus , ainda assim nos abençoa e transforma o que é maldição em benção .

Que esta eterna Misericórdia de D-us em nossas vidas não nos faça acomodar e aceitar a situação em que vivemos , mas sim que nos abra os olhos para enxergarmos a verdadeira vontade de D-us para o Seu povo . Que a Igreja de Cristo se arrependa , e se volte novamente para Sua face, e siga a Sua palavra e cumpra os Seus propósitos . Que os ensinamentos para a igreja contidos no livro de Atos e nas cartas de Paulo, sejam realidades em nossas vidas nos dias de hoje ; com a mesma unção , a mesma simplicidade, a mesma doutrina , o mesmo amor e principalmente , o mesmo D-us .

" E perseveravam na doutrina dos apóstolos , e na comunhão , e no partir do pão , e nas orações. E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos . E Todos que criam estavam Juntos , e tinham tudo em comum . E vendiam suas propriedades e fazendas , e repartiam com todos , segundo a necessidade de cada um . E Perseverando unanimes todos os dias no Templo , e partindo o pão em casa , comiam juntos com alegria e singeleza de coração . Louvando a D-us , e caindo na graça de todo o povo . E todos os dias acrescentava o Senhor `a Igreja aqueles que se haviam de Salvar ." (Atos 2:42-47)

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