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Breve Análise do Material Intitulado “10 Perguntas que os Adventistas Precisam Responder”




Por Leandro Soares de Quadros







Ao retornar para o trabalho após minhas férias encontrei no correio eletrônico e-mails contendo algumas perguntas “apologéticas”, direcionadas aos Adventistas do 7o Dia, que visavam “combater” a observância do Sábado. Durante este tempo em que trabalho na Escola Bíblica do Sistema Adventista de Comunicação (SISAC) tenho deparado-me com diversos libelos e distorções bíblicas; entretanto, a “argumentação” apresentada pelos oponentes são essencialmente as mesmas e raramente há algo de novo.

A seguir, farei algumas considerações acerca das “10 Questões que os Adventistas precisam responder” enviadas a mim por alguns alunos. Meu desejo é que todos os leitores possam tirar algum proveito do que foi escrito e que tenham sua fé ainda mais solidifica nas “sagradas letras, que podem tornar-nos sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus”[1]



1. Se o sábado é tão importante, por que então não há um mandamento sequer para guardá-lo desde Adão até Moisés?

A importância do Sábado é por demais clara nas Escrituras Sagradas. De todos os dias da semana, este foi o ÚNICO a receber um nome da parte do Eterno e a ser chamado por Ele de "meu Santo dia" (cf. Isaías 58:13; Marcos 2:28). Só pelo fato de ser chamado de "Santo dia do Senhor" já deveria convencer-nos de que sua observância é muito importante. Afirmar o contrário é blasfemar contra Deus, pois ao estabelecer o 7º dia como sendo de repouso o Senhor separou-o como um MEMORIAL DE SEU PODER CRIADOR E REDENTOR. O Sábado é muito importante PORQUE FOI ABENÇOADO E SANTIFICADO POR DEUS: "E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera." Gênesis 2:3.

O fato de o mandamento do Sábado não ser repetidamente ordenado, em especial no Novo Testamento (NT), de modo algum é evidência de que este mandamento, escrito "pelo dedo do próprio Deus", (ver Êxodo 31:18) tenha perdido sua validade. Se analisarmos por este prisma, teremos de admitir também que o sistema de dízimos perdeu sua importância, sendo que no NT NÃO HÁ UMA ORDEM ESPECEFÍCA A RESPEITO DE SUA DEVOLUÇÃO, conquanto seja apoiada em alguns textos.

O mandamento do Sábado (e também do dízimo) não foi repetido no NT porque isto não era necessário; os judeus (e demais cristãos) sabiam tanto do assunto que mencioná-lo não seria adequado (lembre-se que os judeus eram fanáticos na observância do mandamento). Além disso, não devemos esquecer que A BÍBLIA DELES ERA O QUE CHAMAMOS DE ANTIGO TESTAMENTO. Os escritos do NT não existiam! Paulo, Jesus, Pedro, entre outros, usavam constantemente o escritos do Antigo Testamento, prova inequívoca de que eles eram bem informados sobre o tema.

Entretanto, apesar de não ser diretamente ordenada a observância do Sábado, o NT, de modo a não deixar dúvidas, relata que os cristãos (mesmo após a cruz...) E O PRÓPRIO JESUS, no poder do Espírito Santo, guardavam o Sábado: “Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança. E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos. Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.” Lucas 4:14-16, grifos acrescidos. “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.” Lucas 23:54-56. “Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras. Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus. No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.” Atos 13:42-44. “No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.” Atos 16:13. “E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas. E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos... E ali permaneceu um ano e seis meses[2], ensinando entre eles a palavra de Deus.” Atos 18:3-4 e 11.

Deste modo, honestamente não podemos chegar a uma conclusão que não seja a de que o dia de Sábado deve ser observado pelos cristãos da atualidade e que a Palavra de Deus não apóia a mudança do dia de repouso: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus." Mateus 5:17-19.



2. Se o sábado não era somente para o judeu, então por que Deus diz que era um sinal entre Deus e Israel somente? (leia Ezequiel 20:12, 20).

Afirmar que o Sábado foi estabelecido apenas para os judeus é o mesmo que dizer que Adão e Eva foram criados judeus, sendo que este mandamento foi estabelecido na criação e dado a eles (ver Gênesis 2:1-3. Certamente eles "descansaram" com Deus e estiveram em Sua doce companhia naquele dia; não ficaram trabalhando enquanto Deus cessava Suas atividades...). Além disso, é ir contra a Bíblia (algo bem do gosto de satanás) que afirma que este dia deveria ser santificado por todas as pessoas, independente de sua nacionalidade: "Assim diz o SENHOR: Mantende o juízo e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal. Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao SENHOR, dizendo: O SENHOR, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz o SENHOR: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos." Isaías 56:1-7.

Deus disse que os estrangeiros e eunucos que guardassem o Sábado estavam fazendo aquilo que agrada Lhe agrada. Como afirmar que sábado era um dia a ser guardado apenas pelos judeus? Impossível! Leia-se também Êxodo 20:10 e Números 15:16 para que não haja dúvidas.

O Sábado é um memorial do Criador; sendo que cada ser humano foi criado por Deus e não apenas os judeus, todos devemos observá-lo.

Os judeus foram sim os depositários da lei, incumbidos de levá-las às outras nações, bem como o conhecimento do Deus Verdadeiro, mas não os únicos a terem o dever de guardá-la. Se assim o fosse, teríamos de admitir o mesmo em relação aos outros 9 mandamentos e que no Céu (imagine a confusão que seria: uns exaltando-se por terem sido salvos pela lei e outros por terem sua presença no Céu devido à graça de Jesus...) haverão pessoas “salvas pela lei” (Israelitas, pois o Sábado seria apenas para eles) e outras “salvas pela graça” (cristãos, “não obrigados a obedecer”). Obviamente há apenas um plano de salvação que é pela graça de Deus manifesta no sacrifico de Jesus; conseqüentemente, durante este processo de salvação, o Espírito Santo trabalha no ser humano de modo a transformá-lo cada dia à imagem moral de Deus (santificação), ou seja, o cristão convertido não pode continuar sendo a mesma pessoa; tem de ter sido transformado por Deus. Assim, conquanto tenha sido salvo pela fé em Jesus, o cristão não pode “pecar deliberadamente” (cf. Hebreus 10:26-31), pois o poder que há nele irá transformá-lo. Isto impede-nos de aceitar que o Sábado seja apenas para os judeus, pois todos o Espírito Santo atua em todos os seres humanos de modo a santificá-los. (ler atentamente Efésios 2:8-10)

Sendo assim, Ezequiel 20:12 e 20, ao mencionar que o Sábado era um sinal entre Deus e Israel, está dizendo que o é também entre Ele e nós, pois como igreja somos uma continuação do povo de Deus. Do mesmo modo que Deus disse ao judeu para não matar, roubar ou mentir, o faz em relação a todos. Os cristãos (que o permitem) são transformados pelo Espírito Santo; deste modo, todos devem guardar os mandamentos morais de Deus que, sob a Nova Aliança, serão impressos na mente destes fiéis e escritos em seu coração (ver Jeremias 31:31-34 e Hebreus 8:10).





3. Se o sábado existia desde o Éden, então por que Deus diz que ele foi dado no deserto?

Se quisermos negar que o mandamento do Sábado existiu desde o Éden, devemos rasgar de nossa Bíblia Gênesis 2:1-3 (comentado anteriormente) e também Êxodo 20:8-11 que remonta o mandamento à criação (“... porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra..."). Creio que fazer isto seria mais honesto.

O relato do maná em Êxodo 16 é uma grande prova de que o Sábado era conhecido "antes mesmo do Sinai" indicando, portanto, que este foi dado no Sinai apenas de forma escrita (cf. Gálatas 3:17); já existia antes.



4. Se o sábado tem força de lei para a igreja, então por que nunca vimos a igreja primitiva se reunir no sábado, mas sempre no 1º dia da semana? (leia Atos 20:7 e I Coríntios 16:2).

Já vimos anteriormente que os cristãos primitivos observavam o Sábado (23:54-56; Atos 13:42-44, 16:13, 17:2, 18:3-4, etc). Assim, Atos 20:7 e I Cor. 16:2 não podem estar insinuando nem de perto que o dia guardado pela igreja apostólica fosse o domingo. Vejamos:


Primeiro texto



“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for”. I Coríntios 16:2.

A explicação a seguir, referente a I Cor. 16:2 (e também a alguns parágrafos do estudo de Atos 20:7), foi extraída do livro Sutilezas do Erro, de A.B. Christianini, págs. 211- 215:

Os dominguistas empregam muito o surrado texto de I cor. 16:2, falso pilar, tão falso quanto os que mais o sejam nessa inglória tentativa de justificar, pela Bíblia, a guardado domingo. Muito de indústria valem-se da versão Almeida comum, que omite a expressão “em casa” consignada no original do texto. E argumentam: “Ora, se cada um pudesse de parte ‘em sua casa’o dinheiro, teria que ser feita a coleta quando Paulo chegasse e era justamente isto o que ele queria evitar”!.

“Veremos como isso se pulveriza a um simples sopro da verdade. Nem haveria necessidade de argumentar, pois o próprio texto de Almeida na versão Revista e Atualizada no Brasil, com uns grifos que poderíamos pôr, se encarregaria de fulminar a falsidade. Ei-la: “Quanto à coleta para os santos, fazei vós como também ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.”

“Maior clareza não pode haver! Torna-se dispensável qualquer comentário! A simples leitura do texto nos convence de que: a) não se tratava de culto nem reunião de espécie alguma no primeiro dia da semana; b) a coleta não era feita na igreja; c)a coleta não era parte do culto nem se destinava à igreja local; d) era uma separação de dinheiro que cada um devia fazer em sua casa; e) quando Paulo viesse, cada um lhe entregaria o total de sua separação semanal, que Paulo levaria ou mandaria para os crentes pobres de Jerusalém. Não se faria coleta alguma quando Paulo viesse, porquanto esta já fora feita, já estivera pronta. Paulo somente a tomaria para encaminha-la ao seu destino.

“Notemos no texto a expressão “pôr de parte”, separar, reservar, depois de um balanço na situação, conforme a prosperidade”. Ora se tratasse-se de coleta feita no culto, Paulo não usaria destas expressões. Notemos mais a demolidora expressão “em casa” que está no texto original, e também nas melhores traduções.Isto liquida a pretensão de ser coleta feita na igreja.Notemos ainda a expressão “e vá juntando”, o que indica a acumulação que se formava gradativamente mediante reservas de dinheiro. Tudo tão claro e contundente!

“Porque num primeiro dia da semana”? Porque com um sábado findava-se a semana. Os cristãos eram previdentes e organizados. Era costume, no início da semana, logo no seu primeiro dia, planejarem suas atividades seculares, considerarem os gastos para a nova semana. Uma questão de contabilidade doméstica.

“Paulo lhes recomenda que ao fazerem a costumeira provisão no início da semana,não se esquecerem de separar, o que fosse possível, em dinheiro para os pobres de Jerusalém, colocando o donativo numa caixa em seus lares.

“A idéia de culto ou de reunião dominical é completamente estranha ao texto, e seria uma deslealdade à Bíblia forçá-la aqui.

“O The Cambridge bible for Schools and Colleges, autorizado comentário das Escrituras publicado pela “Cambridge University Press” dos prelados da igreja Anglicana, declara, comentando este texto, que “não podemos inferir desta passagem que os cristãos se reuniam no primeiro ia da semana”.E prossegue:...Cada um ponha de lado; isto é, em casa, no lar, não em reuniões como geralmente se supõe. Ele (Paulo) fala aqui de um costume que havia naquele tempo, de se colocar uma pequena caixa ao lado da cama, e dentro dela se depositavam as ofertas, depois de se fazer a oração”. - Parte “The first Epistle to Corinthians” editado por J.J.Lias, pág . 164.

“Notemos que este comentário é insuspeito, porque é da lavra de ardorosos advogados do repouso dominical.

“A seguir citaremos interessante testemunho católico. O cônego Hugo Bressane de Araújo, em seu opúsculo Perguntas e Respostas, vol.1 pág. 23, escreve o seguinte:

“Pergunta: Mas dizem os protestantes que S.Paulo manda guardar o domingo.

“Resposta: Não. S.Paulo, na Epístola aos Coríntios,cap XVI, só ordena que se faça uma coleta para os pobres no primeiro dia da semana; eis as palavras do apóstolo: vers.2O ‘Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte alguma coisa em casa, guardando assim o que bem lhe parecer, para que se não façam coletas quando eu chegar.’Por ventura esta determinação do apóstolo Paulo acerca das esmolas para os pobres de Jerusalém anula a observância do Sábado?”- Edições 1931,págs.23 e 24 (grifos nossos).

“Este comentário também é insuspeito, por ser de origem da instituição responsável pela observância dominical religiosa.

“Alinhemos ainda alguns testemunhos de pessoas guardadoras do domingo:

“Sir William Domville, em seu livro The Sabbath, entre outras considerações diz: “É estranhável que um texto que nada diz a respeito de qualquer propósito, venha a ser usado para provar um costume de reunir com finalidades religiosas!...”

“Se é insustentável inferir do texto um costume de reunir - pois nele não se menciona reunião alguma - parece ainda mais insustentável, e mais incoerente inferir dele... que a ordem de se reservar um donativo em casa signifique que o mesmo deveria ser dado na igreja...”

“A tradução em nossas Bíblias comuns é exatamente como o original: ‘Cada um de vós ponha em parte em casa’. Uma tradução ainda mais literal da palavra original thesaurizon (acumulando), mostra de um modo mais claro que ceda irmão contribuinte deveria ir ajuntando por si mesmo, e não entregar a oferta de semana em semana uma outra pessoa”.-The Sabbath, págs. 101 -104.

“Diz Neander: “Contudo não podemos de modo algum ver aqui qualquer observância especial do dia, afirma Osiander.”

“John Peter Lange, outro comentarista muito citado, conclui: “A expressão é, pois, conclusiva contra a opinião prevalecente de que a coleta se fazia na igreja. Era ela um negócio individual e privado”. E mais adiante: “E vá juntando... Em virtude de todo domingo alguma contribuição ser posta á parte, formaria, sem dúvida uma acumulação”.

Era,sem dúvida, esta “acumulação” que Paulo tomaria e enviaria de uma só vez, já pronta, para Jerusalém.

“A Enciclopédia Bíblica (em inglês), de Cheyne and Black, no artigo “dia do Senhor”, comenta esta passagem, chegando à seguinte conclusão:

“Não devemos, no entanto, passar por alto o fato de que a dádiva de cada um deveria ser separada particularmente isto é, em seu próprio lar, e não em alguma assembléia de adoração”.

“Outro fato digno de nota é que antes do fim do quarto século de nossa era, ninguém se lembrou de valer-se deste texto para pretender corroboar a guarda do domingo. O primeiro a fazê-lo foi Crisóstomo, em sua Homilia 43 sobre I Coríntios. No entanto, o próprio Crisóstomo admite que a coleta não se fazia na igreja. Eis textualmente seu comentário:

“S. Paulo não afirmou que trouxessem suas ofertas à igreja, para que não se envergonhassem de pequenez da quantia; mas, aumentando-a aos poucos em casa, que a tragam, quando eu chegar; por hora, vão juntando, e façam de suas casas uma igreja, e de seu mealheiro um cofre.”

“Eis o silogismo:

“Premissa Maior:O dia em que o crente, em sua casa, põe de parte um donativo para os pobres, é dia de guarda;

“Premissa menor: Ora, os crentes de Corinto faziam isso no primeiro dia da semana;

“Conclusão: Logo, o primeiro dia da semana é dia de guarda.

Estará certa a premissa maior? Seria esta forma de se estabelecer uma doutrina? Será sincero este modo de proceder com as coisas divinas?

“Pensaram acaso os leitores como deveriam sentir-se os crentes de Corinto, se lhes fosse dado saber, naquela ocasião, que alguns professos cristãos do século XX haviam de se estabelecer a doutrina do domingo, no simples fato de eles, os crentes coríntios, colocarem moedas em cofres domésticos com a intenção de ajudar os pobres de Jerusalém? Com certeza estes amigos de Paulo ficariam estarrecidos!E talvez bem aborrecidos também!”


Segundo texto



No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”. Atos 20:7.

Veja o que diz o Dr. Augusto Neander, abalizado escritor eclesiástico, insuspeito por ser observador do domingo, sobre Atos 20:7:

“A passagem não é absolutamente convincente (como prova da guarda do domingo), porque a partida iminente do apóstolo era motivo para reunir a pequenina igreja, em uma ceia fraternal, ocasião em que fez seu último discurso, embora não fosse culto especial de domingo nesse caso”.[3]

Vemos no texto que o motivo que levou Paulo a reunir-se com os cristãos naquele dia foi o fato dele precisar partir no dia seguinte.

Não é o fato de reunir-se em um dia que o torna santo, pois se assim o fosse, todos os dias tinham de ser santos, pelo fato de eles reunirem-se todos os dias (Atos 5:42). O que torna um dia Santo é o fato de Deus o ter santificado.

Façamos algumas análises teológicas e contextuais acerca das expressões deste verso:

*Primeiro dia da semana. Nesta expressão em nenhum dos versos há a conotação de “santidade”.

*Partir o pão. Ver Atos 2:46 - partir o pão não era um ato litúrgico, mas era um ato diário deles (cf.Lucas 24:30; 22:15-18).

Portanto, o partir o pão não caracteriza alguma cerimônia eucarística.

*Meia-noite. Se Paulo estiver usando o cômputo romano para a contagem dos dias, teríamos Paulo discursando (terminando) na segunda-feira. (começaria no domingo e terminaria na segunda).

No cômputo judaico (que conta os dias de um pôr do sol a outro e não de meia-noite a meia-noite), Paulo estaria discursando no sábado á noite.

Isto quer dizer que, ou ele está terminando seu discurso no sábado á noite ou na segunda feira.

Os seguintes comentários de outros teólogos são importantes para nosso estudo:

“Era o anoitecer que sucedia o sábado judaico. No domingo de manhã o navio devia partir... Ele (Paulo) continuo sua solitária viagem naquele domingo, depois do meio-dia, na primavera, entre os carvalhais e córregos de Ida” [4]

Robertson, também batista, admite: “Com toda a probabilidade se reuniram em nosso sábado á noite - o início do primeiro dia ao pôr de sol” [5]

Paulo era judeu; e um judeu não navegaria no sábado. Como o domingo era o dia de sua viajem, este não era o dia de guarda. Paulo seguia estritamente a lei dos judeus, da qual o sábado fazia parte:Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas”. Atos 24:14.“Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César”. Atos 25:8.



5. Se o sábado se revestiu de tamanha importância, então por que Jesus não realizou sua maior obra nele - a ressurreição?

A Ressurreição de Cristo não foi Sua única grande obra: Sua morte na cruz em favor dos pecadores também. Se Ele não tivesse morrido por nossos pecados, Sua ressurreição seria inviável e assim não poderíamos ser salvos; no caso de apenas ter morrido e não ressuscitado, estaríamos perdidos da mesma forma, como bem salientou o apóstolo Paulo (cf. I Coríntios 15:13, 14, 17 e 18). Assim, tanto Sua morte quanto Sua ressurreição são importantíssimas.

Levando em conta este ponto de vista dos "observadores" do primeiro dia, devo perguntar-lhes: se o domingo é tão importante, por que Jesus não escolheu morrer neste dia? Por aí se vê que a argumentação em favor da santidade do domingo baseada no fato de Cristo ter neste período ressuscitado chega a ser ridícula, ainda mais se levarmos em conta que o próprio Cristo não mudou a lei (Mateus 5:17-19) e que os cristãos, mesmo após a cruz, guardaram o Sábado (conforme vimos em Lucas 23:54-56 e nos textos de Atos supracitados).

Jesus morreu na sexta-feira, descansou na sepultura no dia de Sábado e ressuscitou no domingo; isto em nada altera a lei de Deus. Muito pelo contrário: exalta a santidade do Sábado.



6. Se o sábado era assim de tamanha importância, então por que os evangelistas registram sempre as aparições no 1º dia da semana e não no sétimo? (leia Mateus 28:1; Marcos 16:1; Lucas 24:1 e João 20:1).

A este questionamento posso apresentar a mesma pergunta citada anteriormente que fiz aos oponentes: se o domingo é importante, por que Jesus não morreu neste dia?

É por demais óbvio que o Senhor apareceu aos discípulos no primeiro dia porque neste ressuscitara e não havia necessidade alguma de esperar chegar o Sábado para que pudesse confortá-los e dar-lhes suas últimas instruções antes da ascensão. As aparições do Mestre no domingo em nada afetam a lei de Deus. É IMPOSSÍVEL de acordo com Mateus 5:17-19 (entre muitos outros textos) apoiarmos a absurda idéia de que o dia de guarda foi mudado. A palavra “cumprir” no v. 17 vem da palavra grega “pleros” e significa “completar”, “encher”. Uma lei que foi completada e aperfeiçoada por Cristo não pode ser abolida ou chegar em algum momento que não mais seja válida. Gostaria que os críticos analisassem isto com sinceridade e oração.

Os padrões Morais do Criador, que nos ensinam acerca de nossas obrigações para com Ele (4 primeiros mandamentos do decálogo) e de nossos deveres para com o próximo (6 últimos mandamentos do decálogo) têm de vigorar enquanto houver seres humanos e o próprio Deus. Já algumas leis civis que foram aperfeiçoadas por Cristo (como podemos ver no contexto de Mateus 5:17 - cf. v. 38-42), que não têm aplicação universal, podem sofrer alterações desde que os princípios divinos não sejam feridos. Já as cerimoniais não mais têm razão de ser (cf. Efésios 2:15; Colossenses 2:14 e 16), pois Jesus, o verdadeiro "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29) já foi sacrificado em nosso lugar, cumprindo assim aquela simbologia.

Se o domingo é tão importante assim para os seus “observadores”, por que Deus não teve o trabalho de pelo menos nomeá-lo? Por que Jesus nunca tocou neste assunto enquanto esteve com os discípulos, mesmo após Sua ressurreição? Ainda mais: por que não é devidamente guardado por seus defensores? Os atos falam muito mais do que as palavras...



7. Por que após a morte dos apóstolos a igreja continuou se reunindo aos domingos e não no sábado?

Esta questão já foi esclarecida anteriormente, mais de uma vez. Prefiro aceitar o que diz a Bíblia quando salienta que os cristãos primitivos, inclusive o apóstolo Paulo, reuniam-se no Sábado. Parafraseando o apóstolo (Romanos 3:4), digo: "Seja Deus verdadeiro, e, mentirosos, todos os oponentes à verdade".



8. Por que nesta época a história registra que o sábado era guardado somente por seitas do judeu-cristianismo?

Por esta declaração posso chegar apenas a duas conclusões: (1) o opositor ignora alguns fatos históricos ou (2) sua pesquisa foi incompleta.

Basta examinar de forma acurada para perceber que não foram apenas seitas judaicas cristãs que observaram o Sábado. Eis alguns exemplos: a professora John Traske (séc. 17), que passou por 15 anos na Prisão de Gatehouse, em Londres, a pão, água, raízes e verduras, por decidir guardar o Sábado do Senhor. Columba, (por volta do sexto século) um grande missionário que copiou o Novo Testamento umas 300 vezes a fim de espalhar o evangelho, também guardou o Sábado, segundo o historiador Andrew Lang. As igrejas celtas da Irlanda, bem como na Escócia, guardavam o Sábado antigamente, segundo o historiador Moffat. O ministro Francis Bampfield em 1662, chegou à prisão de Dorchester por causa de suas crenças. Lá ele convenceu-se a respeito do Sábado e passou a ensinar muitos puritanos. Theophilus Brabourne era pastor de uma igreja em 1650 e guardava o sábado. Se quiseres ler a respeito destas lindas histórias que demonstram a FIDELIDADE DE MUITOS CRISTÃOS NO DECORRER DOS SÉCULOS EM RELAÇÃO À OBSERVÂNCIA DO SÁBADO, entre na página

www.sisac.org.br/site/ee_mostra_palestras.cfm?cod_palestra=3677 . Esta palestra é do Pastor Mark Finley e foi dela que extraí estas informações.

Ainda poderia acrescentar mais a esta lista, mas creio que é o suficiente.

Por aí vemos que a insinuação de que o Sábado foi guardado apenas por Judeus cristãos é bem tendenciosa.



9. Por que homens de Deus como Lutero, Calvino, Wesley, Moody, Finey e tantos outros citados por Ellen White, guardaram o domingo e não o sábado?

Estes grandes homens de Deus não guardavam o Sábado porque não tinham luz sobre o assunto. Em sua sinceridade e zelo pela Palavra de Deus, certamente teriam santificado o sétimo dia se tivessem aprendido a respeito. Graças a Deus por levar em conta em Seu julgamento este aspecto!

Se os críticos realmente seguissem o exemplo de Lutero e Calvino, seriam contra a estanha tese de que o Salmo 118: 22- 24 refere-se ao domingo...

A compreensão da verdade é progressiva (cf. Provérbios 4:18). Conquanto tivessem sido usados por Deus, os reformadores não foram depositários de toda a verdade da Palavra de Deus.

Muitos cristãos viveram (e vivem) de acordo com a luz que receberam e não podem ser questionados por isto. Entretanto, isto não significa que devamos aderir a alguns procedimentos equivocados deles, pois nosso exemplo Supremo é o Senhor Jesus Cristo (João 13:15; I João 2:6). Sendo que Ele guardou o Sábado (Lucas 4:16; João 15:10), como seus seguidores faremos o mesmo.



10. Se o sábado fosse parte de uma lei moral poderia uma lei cerimonial quebrantá-lo, como era o caso da circuncisão? (leia João 7:22, 23).

Vejamos o que diz na realidade o texto citado: “Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas), no sábado circuncidais um homem. E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem?” João 7:22-23.

Em nenhum lugar estes versos afirmam que uma lei cerimonial poderia quebrantar o Sábado de forma a anulá-lo da experiência cristã. O assunto em questão era a respeito da forma como deveria ser observado o sétimo dia e Jesus rebate uma idéia farisaica de que não se poderia curar nos sábados (se observamos com atenção, em todas as ocasiões em que Jesus debateu com os fariseus a respeito do Sábado a questão girava em torno da maneira como este deveria ser observado e não de sua observância ou não). Jesus arrazoou o seguinte: se era permitido circuncidar uma pessoa no dia de sábado para que a lei da circuncisão fosse cumprida, de muito mais importância seria curar uma pessoa doente neste período.

Se um ser humano não pode mudar a lei de Deus (cf. Provérbios 30:5-6, Eclesiastes 3:14,) e o próprio Jesus não autorizou tal coisa (Mateus 5:17-19), como uma lei cerimonial teria força para tal?



Seria o Sábado do sétimo dia cerimonial?

De forma alguma. Como veremos a seguir, tal conjetura não condiz com a realidade. Certo é que na Bíblia podemos ver a existência de dois tipos de sábados: moral e cerimonial, dias de festas judaicos, não mais obrigatórios aos cristãos. Já o sábado semanal e moral de forma alguma foi abolido por Jesus, bem como os demais mandamentos que fazem parte do mesmo decálogo dado por Deus.

Clara distinção entre os dois tipos de sábado encontramos, por exemplo, em Levítico 23: 3 (sábado semanal, moral) e 24 e 25 (anual, cerimonial).

Que na Bíblia há distinção de leis, pode ser percebido facilmente. A palavra “lei” corresponde ao hebraico torah, que significa "ensinamento" "instrução", etc... Todas as instruções de Deus são perfeitas; Sua vontade encontra-se resumida nos Dez Mandamentos é deve ser acatada. Esta lei moral deve ser obedecida por todos, pois todos os seres humanos têm o dever de ser moralmente aceitáveis a Deus e não apenas um povo em particular. Isto indica que a lei moral de Deus não é apenas os 10 mandamentos, mas sim “todos os ensinos revelados por Deus”. Os Dez Mandamentos são um resumo da Lei moral de Criador.

“A palavra ‘lei’ é usada na Bíblia em diferentes sentidos. Na frase ‘a lei e os profetas’ significa mais uniformemente os livros de Moisés; em seus escritos as leis de Deus são especialmente apresentadas. Algumas vezes é usada sem referência a qualquer código particular, mas sim como um termo coletivo para designar toda e qualquer lei. Outras vezes é a palavra lei usada para designar um código particular, como por exemplo, a lei moral, ou a lei cerimonial...”.[6]

Apesar de os Dez Mandamentos fazerem parte do “livro da lei”, estes preceitos morais não dependiam do mesmo; tinham existência própria. Apenas constavam como parte integrante da totalidade da lei judaica. Isto nem de perto traz a idéia de que faziam parte do cerimonialismo. Lei cerimonial é aquela cujos ritos têm a ver com a expiação dos pecados. Pelo fato de Jesus ter vindo morrer na cruz e realizar completa expiação pelos pecados da humanidade, tais leis cerimoniais que apontavam para Cristo não mais precisam ser observadas. Isto porque Jesus, “o cordeiro de Deus” já pagou o preço pelo resgate humano. Quando Ele morreu na cruz, o véu do santuário rasgou-se em dois (Marcos 15:38; Lucas 23:45), dando testemunho assim de que não mais precisaríamos demonstrar fé no salvador através do sacrifico de animais.

É primário que todos os preceitos cerimoniais foram introduzidos após a queda. O Sábado existe desde a criação, antes da queda. Então, não pode ser cerimonial. Para que o sábado seja um preceito cerimonial, temos de supor que o pecado na terra exista desde a semana da criação, ou seja, Deus estabeleceu o sábado cerimonial porque havia criado Adão e Eva pecadores. Isto seria uma blasfêmia! Veja a que conclusão temos de chegar se levarmos em conta este tipo de argumentação apresentada pelos oponentes!

Portanto, o sábado semanal não faz parte do processo de expiação; se o fato de o “véu do santuário ter rasgado-se em dois”, abolisse a lei moral, então o cristão ficaria livre para roubar, matar, adulterar, etc.

Repito: Se dissermos que o sábado semanal é cerimonial, teremos de aceitar que o pecado passou a existir logo após Deus ter concluído Sua criação, ao estabelecer o sétimo dia (Gênesis 2:1-3), pois estaria criando uma ‘lei cerimonial” para expiar o pecado do homem recém-criado, (isto implicaria também em que o pecado teria sido criado juntamente como o homem) – tal seria uma heresia.

“Sustentar que toda vez que a Bíblia usa a palavra ‘lei’ queira significar o mesmo código é como sustentar que toda a vez que a Bíblia usa a palavra ‘dia’ está indicando o mesmo período de tempo. O fato é que ‘dia’ pode significar (1) a parte clara do ciclo de vinte e quatro horas, como dia em contraste com noite, ou (2) todo o período de vinte e quatro horas, como sete dias da semana, ou (3) um período indefinido de tempo, como ‘hoje é o dia da salvação’. Que pensaríamos de um homem que, raciocinando que porque certos textos da Bíblia falem do fim do dia, o dia da salvação está necessariamente findo?... A Bíblia diz que ‘a lei’ foi por Cristo ‘desfeita’ (ver Efésios 2:15). Mas Paulo, que escreveu esta afirmação, declara também: ‘Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei’. Romanos 3:31. O contraste entre as afirmações é nítido quando se chama a atenção para o fato de que Paulo usou a mesma raiz grega para as palavras aqui traduzidas por ‘desfez’ e ‘anulamos’. Esta raiz é Katargeo, significa ‘tornar inoperante’, ‘fazer cessar’, ‘afastar’ alguma coisa, ‘anular’, ‘abolir’. Mas o escritor inspirado Paulo diz a uma determinada igreja que a ‘lei’ está ‘desfeita’, e a outra igreja exclama: ‘De maneira nenhuma (Deus nos livre, é o sentido original)’, ao pensamento mesmo de que ‘a lei’ esteja abolida, e se refere à mesma lei em cada caso? Obviamente Paulo deve estar falando de duas leis diferentes. Esses dois textos são suficientes em si mesmos para expor a falácia do argumento de que a Bíblia fala de uma só lei”.[7]

Infelizmente, a rebeldia contra Deus e o erro têm expandido-se como nunca nos tempos de hoje através dos diversos veículos de comunicação. Como cristãos precisamos dedicar nossas vidas ao Senhor integralmente e estar aptos a dar “razão de nossa fé” de modo que outros sigam a Jesus plenamente. Entretanto, nem todos irão aceitar: muitos, por sua própria escolha (e para sua ruína) escolherão o caminho errado, pois preferem permanecer com seus equívocos; afinal, “muita coisa está em jogo” e por isto, um posicionamento ao lado da verdade bíblica ou uma mudança no modo de pensar pode causar constrangimento e vergonha.

Graças a Deus por existirem pessoas sinceras que, depois de acurado estudo da Bíblia, aceitam o dia do Senhor como sendo o Sábado e têm a coragem de seguí-Lo custe o que custar. A estes Deus tem uma coroa reservada nos Céus.

Se fores alguém que não aceita a santidade do Sábado, convido-o em nome de Deus para que revejas seus conceitos tendo sua pesquisa enraizada unicamente na Palavra de Deus. Mesmo que seja doloroso reconhecer um erro, decida-se pelo que é certo assim como muitos têm feitos diariamente e Deus ficará muito orgulhoso de ti. Jamais esqueças de que “... Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5:29.





Um grande abraço.











[1] Segunda Carta de Paulo a Timóteo, 3:15, adaptado.


[2] Isto significa que Paulo guardou 78 Sábados em Corinto, 24 anos após a cruz.


[3] CHRISTIANINI, A.B. Sutilezas do Erro, p. 206.


[4] CONYBEARE and HOWSON. Life and Epistles of the Apostle Paul, (ed. Antiga), p. 629. Citado por A.B. Christianini em Sutilezas do Erro, edição de 1965, p.p. 181-182.


[5] ROBERTSON, Archibald Thomas. Word Pictures, vol. 3, p. 339. Citado por A.B. Christianini em Sutilezas do Erro, edição de 1965, p. 182.


[6] NICHOL, Francis D. Objeções Refutadas. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, Primeira Edição p. 3 – adaptado.


[7] Ibidem, pp. 3 e 4.
Eduardo
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