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Tipos e instrumentos de tortura na Inquisição
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29012011
Tipos e instrumentos de tortura na Inquisição
Tipos e instrumentos de tortura na Inquisição
“Pelo conhecimento histórico, a inquisição nasceu da intenção de combater as heresias em toda a idade média. Esse era o recurso usado para extrair confissões daqueles acusados tanto de grandes como de pequenos delitos. Para isso eram usados vários tipos de aparelhos desde os mais simples, como instrumentos de carpintaria adaptados, aos mais sofisticados, desenvolvidos através dos anos, com o aval da Igreja que comandava com mão de ferro o direito de defender aquilo em que acreditavam.
A origem de instrumentos de tortura, como os que estão nestas páginas, perde-se nas trevas da História. A maioria estava em uso durante séculos, antes do advento dos Tribunais de Feiticeiros, até onde se sabe, não havia fabricação em massa desses instrumentos. Eles eram impressionantemente duráveis, conservando-se por décadas a fio e, mesmo na época da caça às bruxas, os ferreiros locais conseguiam atender sem dificuldade a demanda por reposições.
O réu era amarrado com as costas na parte externa da roda. Sob a roda, colocavam-se brasas incandescentes. O carrasco, girando lentamente a roda, fazia com que o réu morresse praticamente "assado". Podendo no lugar das brasas colocarem agulhões que estraçalhavam os membros inferiores. Esteve em uso na Inglaterra, Holanda e Alemanha, no período de 1100 a 1700.
Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, é colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco escrotal. O Berço de Judas também é conhecido como Colo di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
Instrumento de aparência simples e inofensiva, as garras de gato se assemelhavam às ferramentas conhecidas como tridentes ou rastelos, com diferença de que seus dentes eram curvos e pontiagudos. Com elas os torturadores cortavam cada vez mais fundo o corpo de suas vítimas, que geralmente ficavam suspensas em uma prancha colocada de pé, arrancando lhes a carne progressivamente, até a exposição dos ossos. Dependendo do tamanho e da espessura das garras usadas, tornava relativamente fácil ao torturador despedaçar músculos e ossos.
Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usado para punir principalmente os condenados por adultério, homossexualismo, incesto ou "relação sexual com Satã".
ESMAGA-CABEÇAComo um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima de encontro a uma base na qual se encaixa o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima de encontro a uma base na qual se encaixa o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A vítima, com os braços para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por uma corda que se estendia até uma roldana e um eixo. A corda puxada violentamente pelo torturador através deste eixo deslocava os ombros e provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado.
Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentinamente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarravam-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores. O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do julgamento."
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É isso!
Fonte:
NELSON DE AZEVEDO PAES BARRETO: “ O SUPLÍCIO DO CORPO E A DESTRUIÇÃO DO EU: SENSIBILIDADES DIANTE DA TORTURA NA HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL”. (Dissertação apresentada ao MESTRADO EM HISTÓRIA, da Universidade Católica de Goiás, Goiânia/GO, para obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Reinato. Área de Concentração: Cultura e Poder). Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2010.
Nota:
As imagens inseridas no texto não se incluem na referida tese.
As referências bibliográficas de que faz menção o autor estão devidamente catalogadas na citada obra.
“Pelo conhecimento histórico, a inquisição nasceu da intenção de combater as heresias em toda a idade média. Esse era o recurso usado para extrair confissões daqueles acusados tanto de grandes como de pequenos delitos. Para isso eram usados vários tipos de aparelhos desde os mais simples, como instrumentos de carpintaria adaptados, aos mais sofisticados, desenvolvidos através dos anos, com o aval da Igreja que comandava com mão de ferro o direito de defender aquilo em que acreditavam.
A origem de instrumentos de tortura, como os que estão nestas páginas, perde-se nas trevas da História. A maioria estava em uso durante séculos, antes do advento dos Tribunais de Feiticeiros, até onde se sabe, não havia fabricação em massa desses instrumentos. Eles eram impressionantemente duráveis, conservando-se por décadas a fio e, mesmo na época da caça às bruxas, os ferreiros locais conseguiam atender sem dificuldade a demanda por reposições.
RODA DE DESPEDAÇAMENTO
O réu era amarrado com as costas na parte externa da roda. Sob a roda, colocavam-se brasas incandescentes. O carrasco, girando lentamente a roda, fazia com que o réu morresse praticamente "assado". Podendo no lugar das brasas colocarem agulhões que estraçalhavam os membros inferiores. Esteve em uso na Inglaterra, Holanda e Alemanha, no período de 1100 a 1700.
BERÇO DE JUDAS
Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, é colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco escrotal. O Berço de Judas também é conhecido como Colo di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).
GARFO
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
GARRAS DE GATO
Instrumento de aparência simples e inofensiva, as garras de gato se assemelhavam às ferramentas conhecidas como tridentes ou rastelos, com diferença de que seus dentes eram curvos e pontiagudos. Com elas os torturadores cortavam cada vez mais fundo o corpo de suas vítimas, que geralmente ficavam suspensas em uma prancha colocada de pé, arrancando lhes a carne progressivamente, até a exposição dos ossos. Dependendo do tamanho e da espessura das garras usadas, tornava relativamente fácil ao torturador despedaçar músculos e ossos.
PÊRA
Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usado para punir principalmente os condenados por adultério, homossexualismo, incesto ou "relação sexual com Satã".
ESMAGA-CABEÇAComo um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima de encontro a uma base na qual se encaixa o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
QUEBRADOR DE JOELHOS
Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima de encontro a uma base na qual se encaixa o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A vítima, com os braços para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por uma corda que se estendia até uma roldana e um eixo. A corda puxada violentamente pelo torturador através deste eixo deslocava os ombros e provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado.
Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentinamente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarravam-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores. O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do julgamento."
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É isso!
Fonte:
NELSON DE AZEVEDO PAES BARRETO: “ O SUPLÍCIO DO CORPO E A DESTRUIÇÃO DO EU: SENSIBILIDADES DIANTE DA TORTURA NA HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL”. (Dissertação apresentada ao MESTRADO EM HISTÓRIA, da Universidade Católica de Goiás, Goiânia/GO, para obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Reinato. Área de Concentração: Cultura e Poder). Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2010.
Nota:
As imagens inseridas no texto não se incluem na referida tese.
As referências bibliográficas de que faz menção o autor estão devidamente catalogadas na citada obra.
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
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