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Imortalidade da Alma ou Ressurreição da Vida?
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27022011
Imortalidade da Alma ou Ressurreição da Vida?
Imortalidade da Alma ou Ressurreição da Vida?
José Luiz Martins Carvalho
A crença na existência de uma vida após a morte é atestada desde a Idade da Pedra pelas práticas funerárias em culturas primitivas. Todavia, foi apenas nos séculos VI e V a.C. que tanto judeus como gregos cristalizaram suas crenças na vida após a morte, que legaram ao cristianismo, bem como a toda cultura ocidental (Cf. PANNENBERG, Systematische Theologie – Vol. 3, p. 556).
No cristianismo primitivo, esta crença teve algumas nuanças de significado no pensamento dos diferentes teólogos. O apóstolo Paulo e Clemente de Roma (que foi citado pelo apóstolo em Fp 4.3 e viveu no fim da era apostólica, c. 96) referem-se apenas à idéia de ressurreição da vida. Justino, o Mártir, (c. 110-165) fala da ressurreição da vida para salvação ou para julgamento. Ireneu (c. 115-200) e Tertuliano (c. 160-220) ensinaram que a alma é imortal. Todavia, Clemente de Alexandria (c. 160-220) defendia que apenas o Espírito Santo poderia imortalizar a alma dos seres humanos.
Não obstante, a teoria platônica da imortalidade da alma deixa certas marcas mais profundas na obra de Orígenes (c. 185-253). A partir de então, através do contato com a filosofia platônica em Orígenes e, mais tarde, em Agostinho (c. 354-430), doutrinas como esta foram sendo plasmadas na mente dos crentes em geral, de modo que diz Oscar Cullmann: “Se hoje perguntarmos a um cristão, seja protestante ou católico, intelectual ou não, o que diz o Novo Testamento sobre a sorte individual do homem depois da morte, com poucas exceções a resposta será: ‘a imortalidade da alma’. Nessa forma esta opinião representa um dos maiores equívocos do Cristianismo” (CULMANN, Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos, p. 17).
No entender de Oscar Cullmann, as cenas usadas no NT para descrever a condição daqueles que morreram em Cristo provam que a ressurreição de Cristo está efetivada e, assim, eles já estão com Cristo na eternidade e sua ressurreição se manifestará no tempo, tal qual o próprio Senhor Jesus (Cf. CULMANN, Imortalidade da alma ou ressurreição do mortos, p. 41). Esta idéia é corroborada pela visão de Wolfhart Pannenberg acerca da ressurreição de Cristo como prolepse, isto é, como antecipação do fim da História. Assim, o destino dos crentes neste mundo e também no porvir está intimamente ligado ao do próprio Cristo. “A continuidade de nossa vida presente com a vida futura da ressurreição dos mortos não deve ser buscada na seqüência linear do tempo; ela reside no caráter oculto do Deus eterno, cujo futuro já está presente em nossas vidas” (PANNENBERG, Wolfhart. Systematische Theologie –Vol. 3, p. 574).
Por outro lado, a concepção do período transitório entre a morte e a ressurreição geral, no tempo do fim, foi permeada na história da teologia pela doutrina da imortalidade da alma, embora sempre se tivesse em mente que a alma separada do corpo não pode ser considerada capaz de sustentar uma existência humana plena. Mesmo aqueles que sustentaram a doutrina da imortalidade da alma acreditam como que a unidade entre corpo e alma é indispensável para a vida humana. Alguns grupos cristãos que não aceitam a doutrina da imortalidade da alma, mas acabam por defender uma idéia popularmente conhecida como “sono da alma”, onde os mortos estariam em um estágio de “hibernação”, aguardando a volta de Cristo. Estes grupos caem no equívoco de, a despeito de não subscreverem a doutrina, continuarem a interpretar a questão dentro da mesma perspectiva. Equivocadamente continuam a admitir algum tipo de “existência” entre o tempo e a eternidade.
Contrariamente a isto, a Escritura nos adverte: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). O juízo segue-se à morte, pois passa-se do chrónos ao kairós, muda-se o parâmetro temporal. Do tempo linear para a eternindade. Logo, para o cristianismo bíblico não há imortalidade nem sono da alma, mas apenas a mudança de estado do tempo para a eternidade. Na Parousia, tempo e eternidade se encontrarão. É isto que, hoje, ansiosamente aguardamos!
José Luiz Martins Carvalho
A crença na existência de uma vida após a morte é atestada desde a Idade da Pedra pelas práticas funerárias em culturas primitivas. Todavia, foi apenas nos séculos VI e V a.C. que tanto judeus como gregos cristalizaram suas crenças na vida após a morte, que legaram ao cristianismo, bem como a toda cultura ocidental (Cf. PANNENBERG, Systematische Theologie – Vol. 3, p. 556).
No cristianismo primitivo, esta crença teve algumas nuanças de significado no pensamento dos diferentes teólogos. O apóstolo Paulo e Clemente de Roma (que foi citado pelo apóstolo em Fp 4.3 e viveu no fim da era apostólica, c. 96) referem-se apenas à idéia de ressurreição da vida. Justino, o Mártir, (c. 110-165) fala da ressurreição da vida para salvação ou para julgamento. Ireneu (c. 115-200) e Tertuliano (c. 160-220) ensinaram que a alma é imortal. Todavia, Clemente de Alexandria (c. 160-220) defendia que apenas o Espírito Santo poderia imortalizar a alma dos seres humanos.
Não obstante, a teoria platônica da imortalidade da alma deixa certas marcas mais profundas na obra de Orígenes (c. 185-253). A partir de então, através do contato com a filosofia platônica em Orígenes e, mais tarde, em Agostinho (c. 354-430), doutrinas como esta foram sendo plasmadas na mente dos crentes em geral, de modo que diz Oscar Cullmann: “Se hoje perguntarmos a um cristão, seja protestante ou católico, intelectual ou não, o que diz o Novo Testamento sobre a sorte individual do homem depois da morte, com poucas exceções a resposta será: ‘a imortalidade da alma’. Nessa forma esta opinião representa um dos maiores equívocos do Cristianismo” (CULMANN, Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos, p. 17).
No entender de Oscar Cullmann, as cenas usadas no NT para descrever a condição daqueles que morreram em Cristo provam que a ressurreição de Cristo está efetivada e, assim, eles já estão com Cristo na eternidade e sua ressurreição se manifestará no tempo, tal qual o próprio Senhor Jesus (Cf. CULMANN, Imortalidade da alma ou ressurreição do mortos, p. 41). Esta idéia é corroborada pela visão de Wolfhart Pannenberg acerca da ressurreição de Cristo como prolepse, isto é, como antecipação do fim da História. Assim, o destino dos crentes neste mundo e também no porvir está intimamente ligado ao do próprio Cristo. “A continuidade de nossa vida presente com a vida futura da ressurreição dos mortos não deve ser buscada na seqüência linear do tempo; ela reside no caráter oculto do Deus eterno, cujo futuro já está presente em nossas vidas” (PANNENBERG, Wolfhart. Systematische Theologie –Vol. 3, p. 574).
Por outro lado, a concepção do período transitório entre a morte e a ressurreição geral, no tempo do fim, foi permeada na história da teologia pela doutrina da imortalidade da alma, embora sempre se tivesse em mente que a alma separada do corpo não pode ser considerada capaz de sustentar uma existência humana plena. Mesmo aqueles que sustentaram a doutrina da imortalidade da alma acreditam como que a unidade entre corpo e alma é indispensável para a vida humana. Alguns grupos cristãos que não aceitam a doutrina da imortalidade da alma, mas acabam por defender uma idéia popularmente conhecida como “sono da alma”, onde os mortos estariam em um estágio de “hibernação”, aguardando a volta de Cristo. Estes grupos caem no equívoco de, a despeito de não subscreverem a doutrina, continuarem a interpretar a questão dentro da mesma perspectiva. Equivocadamente continuam a admitir algum tipo de “existência” entre o tempo e a eternidade.
Contrariamente a isto, a Escritura nos adverte: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). O juízo segue-se à morte, pois passa-se do chrónos ao kairós, muda-se o parâmetro temporal. Do tempo linear para a eternindade. Logo, para o cristianismo bíblico não há imortalidade nem sono da alma, mas apenas a mudança de estado do tempo para a eternidade. Na Parousia, tempo e eternidade se encontrarão. É isto que, hoje, ansiosamente aguardamos!
“Deus de Vivos, Não de Mortos”
* A declaração “Deus é Deus de Vivos, Não de Mortos” Confirma a Imortalidade da Alma?
Alegação:
O texto de Mateus 22:32: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. . . Ele não é Deus de mortos, e, sim, de vivos. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da Sua doutrina” não serviria de prova de que Jesus pregava àquela gente a idéia de imortalidade da alma?
Ponderação:
O mesmo episódio desse diálogo de Cristo com os saduceus, redigido por Lucas, apresenta o mesmo diálogo de modo mais completo. Vejamos como se encerrou o diálogo entre Cristo e os saduceus no relatório de Lucas: “E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem. Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. Daí por diante não ousaram mais interrogá-lo” (Luc. 20:37-40).
A ênfase não é sobre a imortalidade da alma, mas sobre a RESSURREIÇÃO! São bem claras as palavras—“e que os mortos hão de ressuscitar. . .” (vs. 37). Ora, os advogados da imortalidade da alma estariam cobertos de razão se Jesus houvesse dito: “E que os mortos vão para o céu com suas almas. . .” Mas não é isso o que Ele disse!
Ademais, a própria discussão se inicia do seguinte modo: “Chegando alguns dos saduceus, homens que dizem não haver ressurreição. . .” (vs. 27). Na seqüência da fala dos saduceus observa-se a mesma ênfase: “Essa mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles [dos sete irmãos falecidos] será esposa?” (vs. 33).
E são dignas de nota as palavras de Cristo a certa altura: “. . . os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos. . .” (vs. 35).
É claríssimo que em toda a discussão não existe A MÍNIMA pista para qualquer noção de imortalidade da alma. Os saduceus não perguntaram: “E quando esses sete irmãos forem morrendo e suas almas forem chegando no céu. . .” Percebe-se bem que o enfoque jaz totalmente sobre a ressurreição dos mortos?
E merece atenção ainda o detalhe de que Cristo fala dos que hão de ser dignos de “alcançar a era vindoura [a consumação dos séculos] E A RESSURREIÇÃO DENTRE OS MORTOS”.
Então, esta passagem considerada globalmente, em lugar de favorecer a noção de imortalidade da alma é EXATAMENTE uma confirmação de a expectativa de vida eterna, na era vindoura, dar-se pela ressurreição dos mortos! E nesse contexto é que Cristo encerra o diálogo referindo-se a Moisés dizendo: “E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou .
... quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”, para daí concluir: “Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem”.
E por que para Ele todos vivem? Por terem uma “alma imortal” ou por ressuscitarem dos mortos? Qual é o contexto? Qual é a ênfase? Qual é o sentido lógico lendo-se todo o conjunto dos debates e sua conclusão?
Conclusão:
O episódio de Cristo com os saduceus a respeito da ressurreição dos sete irmãos e da mulher que os enviuvou, longe de comprovar a tese da imortalidade da alma, concentra-se na ressurreição dos mortos, associada ao alcance da “era vindoura”. Tão claro é isso que até os saduceus que queriam pegar Jesus em contradição terminaram O elogiando-O (“Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. Daí por diante não ousaram mais interrogá-lo”).
É interessante que esta não é a primeira vez que isso ocorre — os que querem arranjar um pretexto para apanhar Jesus terminam até elogiando-O (ver Marcos 12:34).
Logo, utilizar-se do diálogo de Cristo com os líderes judaicos com a expressão de que “Deus não é Deus de mortos, mas Deus de vivos” para provar a imortalidade da alma na verdade, representa um “tiro” interpretativo mais que sai pela culatra.
Autor: Prof. Azenilto Brito
“Deus de Vivos, Não de Mortos”--Esta Declaração Confirma a Imortalidade da Alma?
Alguns tomam a passagem de Mateus 22:32--“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. . . Ele não é Deus de mortos, e, sim, de vivos. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da Sua doutrina”--como “prova” irrefutável de que Jesus pregava àquela gente a idéia de imortalidade da alma.
Quando, porém, se analisa O MESMO EPISÓDIO desse diálogo de Cristo com os saduceus citando o relato idêntico redigido por Lucas, o que é um recurso inteiramente válido para análises bíblicas, percebe-se que, longe de confirmar a tese da imortalidade da alma, estes dizeres mostram o verdadeiro enfoque do ensino de Cristo a respeito do destino final do homem.
Lucas apresenta as mesmas palavras de Cristo de modo mais completo. Vejamos como se encerrou o diálogo entre Cristo e os saduceus no relatório de Lucas:
“E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem. Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. Dai por diante não ousaram mais interrogá-lo”. (Lucas 20:37-40).
Vejam bem, amigos. A ênfase mais uma vez não é sobre a imortalidade da alma, mas sobre RESSURREIÇÃO! São tão claras as palavras--“e que os mortos hão de ressuscitar. . .” (vs. 37). Ora, os advogados da imortalidade da alma estariam cobertos de razão se Jesus houvesse dito: “E que os mortos vão para o céu com suas almas. . .” Mas não é isso o que Ele disse!
Ademais, observem que a própria discussão começa assim: “Chegando alguns dos saduceus, homens que dizem não haver ressurreição. . . ” (vs. 27). E vejam, na seqüência da fala dos saduceus: “Essa mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles [dos sete irmãos falecidos] será esposa?” (vs. 33). E as palavras de Cristo a certa altura: “. . . os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos. . .” (vs. 35).
Na discussão não existe A MÍNIMA pista para qualquer noção de imortalidade da alma. Os saduceus não perguntaram: “E quando esses sete irmãos forem morrendo e suas almas forem chegando no céu. . .” Percebe-se bem que o enfoque jaz totalmente sobre a ressurreção dos mortos. E também digno de nota é o detalhe de que Cristo fala dos que hão de ser dignos de “alcançar a era vindoura [a consumação dos séculos] E A RESSURREIÇÃO DENTRE OS MORTOS”?
Esta passagem considerada globalmente, em lugar de favorecer a noção de imortalidade da alma é EXATAMENTE uma confirmação de a expectativa de vida eterna, na era vindoura, dar-se pela ressurreição dos mortos! E nesse contexto é que Cristo encerra o diálogo referindo-se a Moisés dizendo: “E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou . . . quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”, para daí concluir: “Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem”.
E por que para Ele todos vivem? Por terem uma “alma imortal” ou por ressuscitarem dos mortos? Qual é o contexto? Qual é a ênfase? Qual é o sentido lógico lendo-se todo o conjunto dos debates e sua conclusão? Claramente, o episódio do diálogo de Cristo com os saduceus a respeito da ressurrreição dos sete irmãos e a mulher que enviuvou do primeiro, longe de comprovar a tese da imortalidade da alma, concentra-se na ressurreição dos mortos, associada ao alcance da “era vindoura”. Tão claro é isso, que até os saduceus que queriam pegar Jesus em contradição terminaram O elogiando (“Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. Dai por diante não ousaram mais interrogá-lo”). É interessante que esta não é a primeira vez que isso ocorre--os que querem arranjar um pretexto para apanhar Jesus terminam até O elogiando (ver Marcos 12:34).
Alguns tomam a passagem de Mateus 22:32--“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. . . Ele não é Deus de mortos, e, sim, de vivos. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da Sua doutrina”--como “prova” irrefutável de que Jesus pregava àquela gente a idéia de imortalidade da alma.
Quando, porém, se analisa O MESMO EPISÓDIO desse diálogo de Cristo com os saduceus citando o relato idêntico redigido por Lucas, o que é um recurso inteiramente válido para análises bíblicas, percebe-se que, longe de confirmar a tese da imortalidade da alma, estes dizeres mostram o verdadeiro enfoque do ensino de Cristo a respeito do destino final do homem.
Lucas apresenta as mesmas palavras de Cristo de modo mais completo. Vejamos como se encerrou o diálogo entre Cristo e os saduceus no relatório de Lucas:
“E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem. Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. Dai por diante não ousaram mais interrogá-lo”. (Lucas 20:37-40).
Vejam bem, amigos. A ênfase mais uma vez não é sobre a imortalidade da alma, mas sobre RESSURREIÇÃO! São tão claras as palavras--“e que os mortos hão de ressuscitar. . .” (vs. 37). Ora, os advogados da imortalidade da alma estariam cobertos de razão se Jesus houvesse dito: “E que os mortos vão para o céu com suas almas. . .” Mas não é isso o que Ele disse!
Ademais, observem que a própria discussão começa assim: “Chegando alguns dos saduceus, homens que dizem não haver ressurreição. . . ” (vs. 27). E vejam, na seqüência da fala dos saduceus: “Essa mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles [dos sete irmãos falecidos] será esposa?” (vs. 33). E as palavras de Cristo a certa altura: “. . . os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos. . .” (vs. 35).
Na discussão não existe A MÍNIMA pista para qualquer noção de imortalidade da alma. Os saduceus não perguntaram: “E quando esses sete irmãos forem morrendo e suas almas forem chegando no céu. . .” Percebe-se bem que o enfoque jaz totalmente sobre a ressurreção dos mortos. E também digno de nota é o detalhe de que Cristo fala dos que hão de ser dignos de “alcançar a era vindoura [a consumação dos séculos] E A RESSURREIÇÃO DENTRE OS MORTOS”?
Esta passagem considerada globalmente, em lugar de favorecer a noção de imortalidade da alma é EXATAMENTE uma confirmação de a expectativa de vida eterna, na era vindoura, dar-se pela ressurreição dos mortos! E nesse contexto é que Cristo encerra o diálogo referindo-se a Moisés dizendo: “E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou . . . quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”, para daí concluir: “Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem”.
E por que para Ele todos vivem? Por terem uma “alma imortal” ou por ressuscitarem dos mortos? Qual é o contexto? Qual é a ênfase? Qual é o sentido lógico lendo-se todo o conjunto dos debates e sua conclusão? Claramente, o episódio do diálogo de Cristo com os saduceus a respeito da ressurrreição dos sete irmãos e a mulher que enviuvou do primeiro, longe de comprovar a tese da imortalidade da alma, concentra-se na ressurreição dos mortos, associada ao alcance da “era vindoura”. Tão claro é isso, que até os saduceus que queriam pegar Jesus em contradição terminaram O elogiando (“Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. Dai por diante não ousaram mais interrogá-lo”). É interessante que esta não é a primeira vez que isso ocorre--os que querem arranjar um pretexto para apanhar Jesus terminam até O elogiando (ver Marcos 12:34).
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Inscrição : 08/05/2010
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