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Qual é o “escrito de dívida” que Cristo cancelou na cruz? Colossenses 2:14 O que Foi Pregado na Cruz? Análise de Colossenses 2:14-17 Pdf_button O que Foi Pregado na Cruz? Análise de Colossenses 2:14-17 PrintButton O que Foi Pregado na Cruz? Análise de Colossenses 2:14-17 EmailButton
Qual é o “escrito de dívida” que Cristo cancelou na cruz? Colossenses 2:14
Escrito por Leandro Quadros
Não farei um estudo profundo de todo o texto, mas, uma análise da expressão “escrito de dívida”.

Escrito por Leandro Quadros

O termo grego para “escrito” de dívida encontrado em Colossenses 2:14 é “cheirographon”. Segundo o Léxico Grego de Strong (Sociedade Bíblica do Brasil), a palavra possui os seguintes significados:

1) manuscrito, o que alguém escreveu por sua própria mão;
2) nota manuscrita na qual alguém reconhece que recebeu dinheiro como depositário ou por empréstimo, e que será devolvido no tempo determinado.

Desse modo, Paulo não está dizendo que a Lei de Deus foi abolida (o termo cheirographon não é sinônimo de nomos – lei. NUNCA cheirographon é traduzido por “Lei”, no grego bíblico) e sim que a o relato do pecado – que era contra nós – foi cravado na cruz. Esse relato é simbolizado por uma nota promissória que Jesus pagou, de modo que não mais estamos em débito para com Deus e Sua santa Lei. E, assim, não estamos mais destinados à morte eterna – demanda legal para todo o pecador (Romanos 6:23).

O Dr. George Knight, em uma nota no livro Questões Sobre Doutrina (Casa Publicadora Brasileira, 2009) apresentou uma interessante tradução de Colossenses 2:14, com base no significado de cheirographon (escrito de dívida):

“A English Standard Version o expressa [o texto de Colossenses 2:13, 14] corretamente ao observar que ‘Deus [nos] tornou vivos juntamente com Ele, tendo nos perdoado todas as nossas ofensas ao cancelar o relato de débito que se colocava contra nós com suas demandas legais’” – p. 124.

Usar esse texto para dizer que a Lei Moral ou a Lei cerimonial foi abolida é desconsiderar o significado do termo e o propósito da carta aos Colossenses.


A seguir uma postagem do Prof. Azenilto Brito no fórum Cristãos On-Line sobre Colossenses 2:14-17.



O QUE FOI PREGADO NA CRUZ?



A incompreensão tão comum do sentido do texto de Col. 2:14-17, empregado como verdadeiro “samba anti-sabático de uma nota só” por tantos anti-sabatistas é a falha de considerar a contextuação da passagem porque infelizmente as pessoas preconceituosas vão à Bíblia já com seus pressupostos definidos, em lugar de irem à Palavra de Deus com mente aberta para captar dela a real intenção do seu ensino à luz da contextuação histórica e literária. Como diz aquele dito comum entre crentes, “um texto fora do contexto é puro pretexto”. Essa declaração se aplica como uma luva nas interpretações que comumente se dão a tal texto, como se verá na exposição abaixo que tem por base a exposição erudita do texto da parte do Dr. Samuele Bacchiocchi.

INTRODUÇÃO

  PENSAMENTO-CHAVE: “Os anti-sabatistas são muito bons na obra de DESTRUIR, mas nada de melhor têm para oferecer no lugar da coisa destruída”.

  O primeiro problema nesse tópico [que trata do texto de Col. 2-16 com o intuito de desqualificar o mandamento do sábado] é que não se toma uma passagem da Bíblia isoladamente para daí formar-se doutrinas. Isso é típico de católicos, com Mateus 16:18 (Pedro supostamente nomeado primeiro papa), espíritas, com o episódio da aparição de um suposto espírito de Samuel a Saul, dos mórmons, com o texto isolado e pouco claro de 1 Cor. 15:29, para defender o batismo pelos mortos. . .

  Os temas da Bíblia devem ser entendidos levando-se em conta o TEOR GLOBAL de seu ensino, e não tomando-se passagens aparentemente “favoráveis”, esquecendo-se de ver o conjunto todo do que trata o autor, e a própria contextuação imediata da passagem.

  E se os próprios evangélicos em geral admitem que é bom ter um dia regular de descanso, e que Jesus confirmou isso ao dizer que “o sábado foi feito por causa do homem”, citar esta passagem do modo distorcido como fazem é uma NEGAÇÃO TOTAL do próprio princípio de um dia de descanso. E esse princípio de que o sábado foi feito por causa do homem, na criação do mundo, é o que tradicionalmente os cristãos entendem há séculos, como se percebe nas suas clássicas Confissões de Fé, Credos, Catecismos e Declarações Doutrinárias, além de ensino de grandes mestres nesse meio, não excluindo Lutero, Calvino e Wesley.

  Note-se que no texto aludido Paulo não diz nada que com o suposto “fim do sábado” algo diferente toma o seu lugar. Ou seja, estão fazendo Paulo eliminar o próprio princípio do dia de repouso. Os anti-sabatistas são muito bons na obra de DESTRUIR, mas nada de melhor têm para oferecer no lugar da coisa destruída.

  Mas por que Paulo iria fazer isso? Por que não é mais importante, válido e benéfico dedicar-se um dia regularmente ao Senhor? Se foi feito “por causa do homem” (independentemente de ser o 7o ou o 1o. dia da semana) estão fazendo Paulo ACABAR COM O PRINCÍPIO inteiramente!

  Notem que ele NÃO DIZ, que em lugar do sábado, guarde-se o domingo. E ele também NÃO DIZ que NÃO É para guardar o sábado, e sim que não se deixassem julgar por outros [quanto a sua prática de observância sabática]. Mas que tal examinar todo o contexto? Alguém disse que a devida consideração do contexto de uma passagem cobre uma multidão de pecados interpretativos:

  “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”. (Col. 2:14-21).


  Notem uma série de fatos sobre este texto, como ressaltados em vários estudos a respeito pelo erudito adventista, Dr. Samuele Bacchiocchi:

   As tentativas de ler em Colossenses 2:14, seja a lei cerimonial ou tanto a lei moral ou a lei cerimonial, não tem fundamento por pelo menos duas razões: Primeiro, porque na epístola inteira a palavra lei-nomos, nem sequer aparece. Em segundo lugar, porque essas interpretações se desviam do argumento imediato, do vs. 13, que tem objetivo de provar quão completo é o perdão divino. A eliminação da lei moral ou cerimonial não propiciaria aos cristãos a divina segurança do perdão. A culpa não é removida pela destruição de códigos legais. Isso apenas deixaria a humanidade sem princípios morais.

O Sentido do Registro Que Era Contra Nós

  Outro exemplo é o termo cheirographon (“registro escrito à mão”) que só ocorre em Colossenses 2:14. O termo tem sido interpretado historicamente como referência, seja à lei cerimonial ou à lei moral, que supostamente foram pregadas na cruz. Isto é errado, pois estudos recentes do emprego do termo em literatura apocalíptica e rabínica têm demonstrado que era empregado para denotar “o livro de registro dos pecados” ou um “certificado de débito de pecado”, mas não a lei moral ou cerimonial. Esse sentido se encaixa bem no contexto imediato onde Paulo discute a extensão do perdão divino (v. 13). Também é apoiado pela cláusula “e este ele retirou do meio” (Col. 2:14-VKJ). “O meio” era a posição ao centro do tribunal ou assembléia pela testemunha de acusação. No contexto de Colossenses, a testemunha de acusação é o “livro de registro de pecados” que Deus em Cristo apagou e removeu do tribunal.

Por essa ousada metáfora, Paulo afirma quão completo é o perdão de Deus. Mediante Cristo, Deus “cancelou”, “pôs e parte”, e “pregou na cruz” “o registro escrito de nossos pecados que por causa dos regulamentos eram contra nós”. A base legal do registro de pecados eram os “estatutos”, ou “regulamentos” (tois dogmasin), mas o que Deus destruiu na cruz não foi a base legal (lei) para que fiquemos embaraçados no pecado, mas o registro escrito de nossos pecados.

Para aliviar as ansiedades daqueles leitores que crêem que o “documento escrito” que foi pregado na cruz era a lei cerimonial, vale declarar que não há dúvida de que a lei cerimonial foi pregada na cruz, mas não é isso que Colossenses 2:14 ensina. Reitere-se que o termo “lei-nomos” não ocorre uma única vez em toda a epístola de Colossenses, porque a questão teológica abordada por Paulo não é o abuso da lei mosaica como em Gálatas, mas uma filosofia gnóstica que ensinava salvação mediante a mediação dos anjos e “rudimentos do mundo” (Col. 2:8). Paulo desafia essa ((( teoria ))) reassegurando aos crentes colossenses que não há razão para buscarem a ajuda de mediadores inferiores, uma vez que Cristo propiciou completa redenção e perdão.

Interpretação de Teólogos de Várias Confissões

  Recorde-se que a interpretação “tradicional” de Colossenses 2:16-17 (de que se refere a leis cerimoniais, e que a menção aos sábados não inclui o mandamento do dia de repouso semanal), não é só dos adventistas. Adam Clarke, Jamieson, Fausset and Brown, Albert Barnes, Charles Hodge e outros eruditos evangélicos entendiam que o texto não se refere ao sábado semanal, e sim aos cerimoniais. Isso se dá porque esses autores percebem o dilema de desfazer o princípio do sábado, ou dia de repouso, levando Paulo a anular o que Cristo declarou sobre ter sido feito “por causa do homem”. Isso afetaria o próprio domingo, pois se o dia de repouso era mero cerimonial, sombra de Cristo, então com o findar de toda a “cédula de ordenanças” iria de embrulho esse princípio de dedicar ao Senhor todo um dia de adoração. pois Paulo nada fala sobre substituição de um dia por outro.

  Portanto, a interpretação clássica de Col. 2:16, 17, segundo teólogos adventistas e outros, não está fora de propósito quando se percebe que o princípio do sábado é uma sombra da salvação em Cristo. Paulo não diz para não guardá-lo, apenas para que ninguém julgasse o seu semelhante pela forma de observá-lo, sem as restrições dos hereges colossenses.

  Para ilustrar a extensão do perdão de Deus, que é realmente o tema da discussão paulina, o Apóstolo emprega duas metáforas. Primeiro, a metáfora da circuncisão, depois a do livro de registro dos pecados. Mediante a metáfora da circuncisão ilustra a experiência de “despojamento do corpo da carne” pelo sepultamento com Cristo no batismo, e ressurreição para uma nova vida (vs. 11, 12).

  Ele menciona também a “incircuncisão” como uma metáfora de sua prévia condição pecaminosa, ou seja, “mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne” (vs. 13). Esse uso alegórico da circuncisão/incircuncisão pode parecer para alguns como referente à lei de Moisés, mas se há algo na metáfora a ser condenado, não é a circuncisão, e sim a incircuncisão.

  O que muitos perdem de vista é a ligação íntima entre os vs. 13 e 14. Observe-se que o vs. 13 encerra com a afirmação de perdão de “todos os vossos delitos”. O vs. 14 é construído sobre o 13 com a explicação e expansão da medida do perdão divino. O verso se inicia com o aoristo particípio exaleithas-”tendo cancelado,” que objetiva dizer-nos o que significa o perdão de Cristo de nossos pecados. Isso Cristo executou pregando na cruz, não um código de leis, mas o cheirographon, esse relatório de débito devido ao pecado, então desfeito pelo perdão, não pela abolição da lei.

O Real Problema dos Cristãos de Colossos

  O erudito adventista mostra adicionalmente que o argumento de que a referência de Paulo a “dias de festa”, “luas novas” e “sábados” (2:16), que são “sombra das coisas que haviam de vir” (vs. 17) . . . não indica realmente que Paulo está discutindo a lei de Moisés pregada na cruz. Paulo não está falando nada contra as observâncias dessas práticas, e sim contra quem quer que passe julgamento sobre o comer, beber e observar os tempos sagrados.

  Deve-se notar o fato de que o juiz que passa julgamento não é Paulo, mas os falsos mestres colossenses que impõem “ordenanças” (2:20) sobre como observar essas práticas a fim de se atingir “rigor ascético”. No verso 22 ele fala que tais ordenanças são “preceitos e doutrinas dos homens” que “com o uso se destroem”. Portanto, dificilmente ele iria referir-se às leis dadas por intermédio de Moisés como “doutrinas dos homens”.

  Ele cita um erudito evangélico, Prof. De Lacey, que corretamente comenta sobre Col. 2:16: “o juiz provavelmente seria um homem de tendências ascéticas que objeta ao comer e beber dos colossenses. O modo mais natural de entender-se o restante da passagem não é que ele também imponha um ritual de dias festivos, mas que faz objeção a certos elementos de tal observância” (p. 182). Presumivelmente o “juiz” desejava que a comunidade observasse essas práticas numa forma mais ascética (“rigor ascético”--2:23, 21), ou, para deixar em termos mais claros: menos festa e mais jejum.

  Por advertir contra o direito dos falsos mestres “passarem julgamento” sobre como observar os festivais, Paulo está desafiando não a validade dos festivais como tais, mas a autoridade dos falsos mestres de “julgar”, ou seja, legislar a respeito da modalidade de suas mencionadas práticas, que incluem a guarda do sábado.

  Para expressar doutro modo, o que Paulo está condenando não são as práticas em si, mas a perversão promovidas pelos falsos mestres.

Como Entender a Questão da “Sombra”

  Finalmente, a questão das “sombra” é assim discutido por Bacchiocchi: Col 2:17 declara que “tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir, porém o corpo é de Cristo”. Isto tem sido interpretado à luz de Heb 8:5 e 10:1 numa conclusão de que em ambos os casos a referência é à lei de Moises. Esta interpretação, contudo, ignora os respectivos contextos de ditas passagens. Em Hebreus o termo “sombra-skia” é empregado para estabelecer uma correspondência vertical entre o santuário celeste e o terrestre, sendo o terestre uma “sombra” ou “tipo” do celeste.

  Em Col. 2:17, contudo, o que antecede a “sombra” não parece absolutamente claro. O texto declara “tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir, porém o corpo é de Cristo” (Col 2:17). A que o pronome relativo “tudo isso” (ha em grego) se refere? Acaso faz referência às cinco práticas mencionadas no verso anterior, ou às “ordenanças (dogmata) concernentes a essas práticas promovidas pelos falsos mestres?

  Note-se primeiramente, que no vs. 16 Paulo não está advertindo contra os méritos ou deméritos da lei mosaica concernente a alimentos e festivais, mas contra as “ordenanças” a respeito dessas práticas, advogadas pelos falsos mestres. Destarte, é mais plausível admitir que as “ordenanças”, antes que as práticas mesmas, sejam o que antecede “tudo isso”.

  Em segundo lugar, nos versos que se seguem imediatamente, Paulo prossegue sua advertência contra os ensinos enganosos, declarando, por exemplo, “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade. . .” (2:18). “Por que . . . vos sujeitais a ordenanças: Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro” (2:20-21)?

  Uma vez que o que precede e o que se segue a esse pronome relativo “isto tudo” trata com as “ordenanças” da filosofia colossense, concluímos que é o último item que Paulo descreve como “sombra das coisas que haviam de vir” (2:17).

  Presumivelmente, os proponentes da “filosofia” colossense mantinham que suas “ordenanças” representavam uma cópia que capacitasse o crente a ter acesso à realidade (“plenitude”). Em tal caso, Paulo está fazendo o argumento deles voltar contra eles ao declarar que suas ordenanças “têm sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (2:17). Ao dar ênfase ao fato de que Cristo é o “corpo” e “cabeça” (2:17, 19), Paulo indica que qualquer “sombra” lançada pelas ordenanças não tem valor significativo.

  Conclui-se que o que Paulo designa como “sombra” não é a lei mosaica ou o sábado, mas os ensinos enganosos da “filosofia” colossense que promovia práticas dietéticas e observância de tempos sagrados como meios auxiliares para a salvação. Então, parece que há duas “palavras-chave” nessa discussão: a) o sentido de cheirographon-escrito de dívidas, e b) de “sombra”. Sobre o primeiro termo, já discuti o suficiente para demonstrar que o sentido não é nenhum código de leis, pois estas não são CONTRA os filhos de Deus, mas os pecados registrados no escrito de dívidas. Aí, sim, faz sentido ser CONTRA nós.

  Deve-se notar que o verbo no original grego está no tempo presente--”são (estin) sombra”, NÃO no passado. Muitos evangélicos alteram o verbo para o passado como sendo “eram sombras”, ou, como consta de certas versões bíblicas, “têm sido sombra”, a fim de apoiarem sua alegação de que sua função havia cessado inteiramente com a vinda de Cristo. Todavia, esse verbo no tempo presente significa que, refira-se o “tudo isso” às cinco práticas mencionadas no verso anterior ou às “ordenanças” concernentes a essas práticas promovidas pelos falsos mestres, Paulo não está pondo em disputa sua legitimidade, mas situando-as em sua apropriada perspectiva com Cristo, por meio do contraste “sombra-realidade”.



Por Dr. Samuelle Bacchiocchi. Adaptado por Prof. Azenilto Brito.
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Inscrição : 08/05/2010

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