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Quem é o Anticristo ?
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03032010
Quem é o Anticristo ?
O Anticristo é Apenas um Homem?
Publicado em 08/02/2010 por Blog Sétimo Dia
Paulo chamou o Anticristo de “o homem do pecado … o filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2:3). É principalmente por causa deste verso que milhões de pessoas têm vindo a acreditar que haverá apenas um super-sinistro Sr. Pecado, que subirá ao poder após o arrebatamento. É verdade? Haverá apenas um homem – o Anticristo? É isso o que Paulo realmente queria dizer?
Primeiro de tudo, no pequeno livro de 1 João, a Bíblia diz claramente que há “muitos anticristos” (1 João 2:18) e um “espírito do anticristo” (1 João 4:3). João também escreveu que qualquer pessoa que nega a verdadeira doutrina de Jesus Cristo é “o enganador e o anticristo”(2 João 1:7-9). Assim, até agora, a idéia da existência de apenas “um” anticristo falha no teste bíblico.
Há outras declarações igualmente inspiradas na Bíblia em paralelo com a expressão de Paulo, “o homem do pecado”. A Profecia também se refere a este mesmo Anticristo como o “chifre pequeno” (Daniel 7:8), a “besta” (Apocalipse 13:1), “o mistério da iniqüidade” (2 Tessalonicenses 2:7), e “o iníquo” (2 Tessalonicenses 2:8). Será que todas estas expressões referem-se a uma pessoa do mal que subirá ao poder após o arrebatamento? Você está prestes a ver que não.
A maioria concorda que o “chifre pequeno” de Daniel, a misteriosa “besta” do Apocalipse, e o “homem do pecado” de Paulo, todos se referem à mesma coisa. Daniel 7 descreve quatro animais – um leão, um urso, um leopardo, e um dragão-como besta com dez chifres (Daniel 7:3-7). Depois vem o “pequeno chifre” fora da cabeça da quarta besta (Daniel 7:8). Este pequeno chifre tinha “olhos como os olhos de um homem”, “uma boca que falava com insolência”, e “fazia guerra contra santos” (Daniel 7:8-21). Isto é exatamente o que “a besta” tem e faz em Apocalipse 13:5-7. Assim, o “pequeno chifre” é o mesmo que “a besta”. Mas o que muitos não conseguem perceber é que, em Daniel 7, a besta é claramente definida como um reino, não como um homem. A Palavra Sagrada diz: “… o quarto animal será um quarto reino na terra” (Daniel 7:23).
A Bíblia não diz que o “chifre pequeno” é um homem, mas sim que teria “olhos como os olhos de um homem” (Daniel 7:8). Quando Paulo usou a expressão, “o homem do pecado”, em 2 Tessalonicenses 2:3, ele estava simplesmente referindo-se ao “chifre pequeno” com seus “olhos, como os de um homem.” No entanto, esse mesmo chifre é chamado de “besta” em Apocalipse 13:1, e a Bíblia nos diz claramente que uma besta que representa um grande reino (Daniel 7:23).
Um estudo cuidadoso de 2 Tessalonicenses 2 revela a impossibilidade de “o homem do pecado”, também chamado de “o mistério da iniqüidade” e “o iníquo”, como apenas aplicável a um homem. Primeiro, “o mistério da iniqüidade”, embora com moderação, “já estava em operação” no tempo de Paulo (versículo 7). Segundo, ele vai continuar por todo o caminho até o retorno visível de Jesus Cristo no fim do mundo (versículo 8). Assim, não pode se referir a um só homem, porque o tal teria de ter então quase 2.000 anos de idade!
Será que Paulo sempre usa a expressão “o homem” em qualquer dos seus outros escritos, de tal maneira que não se refira a apenas um homem? Sim. Paulo escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:15-17). Aqui “o homem de Deus” não se refere a apenas um homem santo, mas sim a uma sucessão de homens de Deus ao longo da história, que seguem as Escrituras. Paulo também usou a frase “o ministro de Deus” (Romanos 13:4) para se referir a todos oficiais públicos ao longo da história, que restringem o mal. Assim, a frase misteriosa de Paulo, “o homem do pecado”, que é o mesmo que o “chifre pequeno”, e a “besta” corretamente podem se referir a um REINO “real” com “os olhos como os olhos de um homem”, isto é, um reino centrado em uma sucessão histórica de homens supremamente exaltados, os quais contrários às escrituras fazem parte do “mistério da iniquidade”.
Artigo escrito por Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do original “Is Antichrist Only One Man?”
Quem é o ANTICRISTO?
Publicado em 02/12/2008 por Blog Sétimo Dia
Quem é o Anticristo?
1. Confissão de fé Irlandesa (Episcopal – 1615)
2. Confissão de Fé de Westminster (Presbiteriana – 1647)
3. Confissão de Fé de Londres (Batista -1689)
4. Notas de Jonh Wesley ao Novo Testamento (Metodista – 1754)
5. Confissão de Fé adventista do 7° dia (1889)
Para as confissões de fé acima mencionadas, o chifre pequeno de Daniel 7:25 ou o Homem do Pecado de II Tessalonicenses é o poder papal, ou a instituição do papado que reinou longo dos séculos. E para outras personalidades que estudaram a Biblia também (Dante Alighieri, Isaac Newton etc).
Atualmente busca-se um anticristo futuro, uma especie de Hitler, ou um pagão, judeu ou mulçumano. Nada disso está correto. Nada disso é a verdade.
O Espírito Santo guiou os reformadores em suas confissões de fé. Cada um deles, levantou a verdade na época em que viveram. Se os reformadores estavam errados, então não poderíamos confiar em nada que veio de Lutero, Jonh Wesley etc. Não poderíamos confiar em nada que veio do protestantismo. Podemos dizer que eles lutaram contra a SANTA IGREJA ROMANA e não entrarão no Céu. Mas se eles lutaram contra o ANTICRISTO e verdadeiramente foram guiados pelo Espírito Santo, então chegamos a conclusão de que todos os movimentos evangélicos atuais que identificam o anticristo como outro poder, senão o papado, estão errados.
Eu acredito nos Reformadores. Eu acredito que ELES foram guiados por Deus. Eu acredito que eles tinham a verdade e fundaram igrejas nobres. Eu acredito em suas confissões de fé. Eu acredito em sábios como Isaac Newton. E vc? Em quem vc acredita? Nos movimentos atuais que dizem que o anticristo não é o papado, mas o representante de Deus na Terra?
Artigos Irlandeses (1615) (Episcopal)
80. “O Bispo de Roma é, longe de ser a cabeça da Igreja Universal de Cristo, o que sua doutrina e obras, de fato revelam, que ele é aquele “homem do pecado” predito nas santas Escrituras, a quem o Senhor há de consumir com o espírito de Sua boca, e abolir com o resplendor de sua vinda”
Confissão de Fé de Westminster (1647) (Presbiteriano)
25.6 “Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo: (Col. 1:18; Ef.1:22). Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus.” (Mat. 23:8-10; 2 Tess. 2:3,4,8,9; Apoc. 13:8)
Confissão de Fé Londrina (1689) (Batista)
“26.4 O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, a Quele que, por designação do Pai, todo poder para o chamamento, instituição, ordem ou governo da igreja foi investido de maneira suprema e soberana; (Col. 1:18; Mat. 28: 18-20; Ef. 4:11,12) Nem pode o papa de forma alguma ser o cabeça dela, mas ele é o anticristo, aquele homem do pecado, e filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus; a quem o Senhor destruirá com o resplendor da sua vinda” (O leitor é dirigido à 2 Tess. 2:2-9).
Notas de John Wesley ao Novo Testamento – Metodista
(2 Tess. 2:3) “o homem do pecado, o filho da perdição…” em muitos aspectos, o papa, tem um indisputável merecimento desses títulos. Ele é, num senso enfático, o homem do pecado, enquanto ele aumenta, de todas as formas, o pecado acima da medida. E ele é, também, propriamente estilizado como o filho da perdição, por causar a morte de inumeráveis multidões, tanto de seus opositores como de seguidores, destruição de inúmeras almas, e ele mesmo irá perecer eternamente. Ele é aquele que se opõe ao imperador, uma vez que reivindica soberania; e que exalta a si mesmo acima de tudo que se chama Deus, ou é adorado – dominando anjos, e pondo reis aos seu pés, quando ambos são chamados “deuses” nas Escrituras; requerendo o poder supremo, a honra suprema, aceitando, não somente uma vez, o título de Deus ou vice-deus. Na verdade isto está implícito nos seus títulos comuns de “Sua Santidade”e “Santíssimo Padre” Assim, sentado entronizado no templo de Deus – Mencionado em Apc. 11:1, declarando-se a si mesmo ser Deus – reivindicando prerrogativas que pertencem somente a Deus”.
O Testemunho de Lutero (1522)
Oh! Quando não me custou, apesar de que me sustente a Santa Escritura, convencer-me de que é minha obrigação encarar sozinho com o Papa e apresentá-lo como o Anticristo! Quantas não têm sido as tribulações do meu coração! Quantas vezes tenho feito a mim mesmo a mesma pergunta que tenho ouvido freqüentemente de lábios dos papistas! Somente tu é sábio? Todos os demais estão errados? O que acontecerá se ao final de tudo isto tu estás errado e envolves no engano a tantas almas que serão condenadas por toda a eternidade? “Assim lutei contra mim mesmo e contra Satanás, até que Cristo, por Sua Palavra infalível, fortaleceu meu coração contra estas dúvidas”.(Martyn, págs. 372, 373). “O Papa.. quer apagar a luz do Evangelho destinada a iluminar ao mundo. É, então, o Anticristo predito por Daniel, pelo Senhor Jesus Cristo, Pedro, Paulo e o Apocalipse”.
O Testemunho de outros reformadores
Calvino (1509-1564): “Daniel (Dn 9:27) e Paulo (2Tess. 2:4) predizem que o Anticristo se assentaria no Templo de Deus. Entre nós, é o Pontífice Romano que fazemos líder e representante legítimo deste iníquo e abominável reino.”
Thomas Cranmer (1489-1556): “(Por ocasião do seu martírio) “ E quanto ao papa, Eu o abomino como inimigo de Cristo, e anticristo, com todas as suas falsas doutrinas”
John Knox (1514-1572): (Ao Deão Annan, um Romanista, em 1547) “Quanto à sua Igreja Romana, encontra-se corrompida…Eu não tenho mais dúvida, quanto a ela ser Sinagoga de Satanás, e aquele que se intitula cabeça dela, o papa, é o homem do pecado de que o apóstolo Paulo falou…
Matthew Poole (1624-1679) “Vou falar ousadamente: ou não há anticristo, ou o bispo de Roma é ele”
Matthew Henry (1662-1714): “O anticristo aqui mencionado é alguém usurpador da autoridade de Deus na Igreja Cristã… e a quem isto melhor se aplica além do bispo de Roma, a quem os títulos mais blasfemos têm sido dado…?”
Ellen White (1827-1915): “Para conseguir proveitos e honras humanas, a igreja foi levada a buscar o favor e apoio dos grandes homens da Terra; e, havendo assim rejeitado a Cristo, foi induzida a prestar obediência ao representante de Satanás – o bispo de Roma”. (O Grande Conflito p. 50)
O Testemunho de Isaac Newton (1753)
Comentando Daniel 7:25 ele disse o seguinte: Mas [o Chifre Pequeno] era um reino de um tipo diferente de outros dez reinos, tendo uma vida ou uma alma peculiar, possuindo olhos e uma boca. …Sua boca que fala grandes coisas e muda o calendário e as leis de Deus, sendo um profeta e um rei. Este profeta e rei é a Igreja de Roma. Observations Upon the Prophecies of Daniel, and the Apocalypse of St. John Chapter 7. Acessar em: http://www.newtonproject.sussex.ac.uk
O Testemunho dos Adventistas do 7° dia
Confissão de fé de 1911
Cremos:
12. Que o quarto mandamento desta lei requer que nós dediquemos o sétimo dia de cada semana, comumente chamado de Sábado, para nos abster de nosso labor, para a realização do sagrado serviço religioso que este é um único Sábado declarado na Bíblia, sendo o dia que era separado antes no Paraíso perdido (Gênesis 2:2, 3), e o qual será observado no Paraíso restaurado (Isa. 66:22, 23) que a realidade sobre a qual a instituição do Sábado está baseada delimita-o ao sétimo dia, e nenhum outro dia como verdadeiro, e que o termo, Sábado Judeu, é aplicado ao sétimo dia, e Sábado cristão, como aplicado ao primeiro dia da semana, são termos de invenção humana, sem provas escriturísticas, e falsas em seu significado.
13. Que como o homem do pecado, o papado, intentou mudar os tempos e as leis (a lei de Deus, Dan. 7:25), e enganou a maior parte da cristandade com respeito ao quarto mandamento, nós encontramos uma profecia de reforma neste aspecto para ser realizada entre os crentes precisamente antes do retorno de Cristo. Isa. 56:1, 2 I Ped. 1:5 Apoc. 14:12, etc.
Confissão de fé de 1980
Sob a liderança do papado,5 a Igreja cristã mergulhou em apostasia ainda mais profunda. A crescente popularidade da Igreja acelerou seu declínio. Padrões de conduta rebaixados fizeram com que os não convertidos se sentissem confortáveis no seio da Igreja. Multidões que conheciam pouquíssimo do verdadeiro cristianismo, uniram-se à Igreja apenas nominalmente, trazendo consigo suas doutrinas pagãs, imagens, formas de adoração, celebrações, festas e simbolismos.
Esse compromisso entre paganismo e cristianismo conduziu à formação ou surgimento do “homem do pecado” – um gigantesco sistema de falsa religião, mistura de verdade e erro. A profecia de II Tessalonicenses 2 não condena indivíduos, mas expõe o sistema religioso responsável pela grande apostasia. Muitos dos crentes que estão dentro deste sistema, contudo, pertencem à Igreja universal de Deus, pois vivem de acordo com a luz que possuem.
O reavivamento do papado afetará dramaticamente o cristianismo. A liberdade religiosa, obtida a grande custo, assegurada pela separação entre Igreja e Estado, será solapada e finalmente abolida. Com o apoio de poderosos governantes civis, este poder apóstata tentará impor a sua forma de adoração a todas as pessoas. Todos terão de decidir entre a lealdade a Deus e Seus mandamentos e a lealdade à besta e sua imagem (Apoc.14:6-12)
Nisto Cremos p. 215 e 446
O Testemunho de Thomas Hobbes (1651)
[...]Quando ao culto aos santos, das imagens e relíquias e outras coisas hoje em dia praticadas na igreja de Roma, digo que não são permitidas pela palavra de Deus (p. 469). Outro vestígio do paganismo é a canonização dos santos (p. 471). Dos pagãos romanos foi também que os papas receberam o poder de Pontifex Maximus (p. 472), outro vestígio da religião dos gregos e romanos é levar imagens em procissão (p. 473)… Toda hierarquia [da Igreja Romana], ou reino das trevas, pode ser comparado adequadamente ao reino das fadas (p 497).. o poder espiritual do papa… consiste apenas no medo, em que se encontra o povo seduzido, de ser excomungado, por ouvir os falsos milagres, as falsas tradições e as falsas interpretações das escrituras (p. 499). (O Leviatã. Ed. Martin Claret)
O Anticristo e a Reforma Protestante
Publicado em fevereiro 8, 2010 por Seventh Day
A Reforma Protestante em 1500, literalmente, mudou o curso da história. Ela ajudou a movimentar a Europa para fora da Idade das Trevas e levou ao surgimento da verdadeira liberdade religiosa. Estes princípios originais finalmente encontraram expressão na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América, que ensina que quando se trata de religião, os governos da Terra não têm o direito de controlar a consciência.
O verdadeiro Protestantismo, ensina a salvação pela graça através da fé em Jesus (Efésios 2:8) e a supremacia da Bíblia acima da igreja visível (2 Timóteo 3:16) – acima das tradições, pastores, padres, papas e reis (Ver D’Aubigné História da Reforma do século XVI, XIII, livro, capítulo VI, pp. 520-524). Também ensina o sacerdócio de todos os crentes (2 Pedro 2:9-10) e que todas as pessoas em todos os lugares podem ser salvas, vindo diretamente ao nosso amoroso Pai Celestial através de Seu Filho único, Jesus Cristo (João 14:6). “…há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1 Timóteo 2:5).
O que os principais reformadores protestantes ensinam sobre o Anticristo? Se você concorda ou não com eles, é importante perceber o que eles ensinaram. As citações a seguir não são com o intuito de fomentar a má vontade em relação a qualquer ser humano, pois isso seria contrário ao ensinamento de Jesus Cristo (João 13:34-35), mas simplesmente apresentar o que alguns dos mais influentes líderes cristãos que já viveram acreditavam sobre o “chifre pequeno” de (Daniel 7:8), “a besta” de (Apocalipse 13:1), o “homem do pecado” de (2 Tessalonicenses 2:3) e sobre o Anticristo.
Martinho Lutero (1483-1546) – Batista: “Lutero … provou, pelas revelações de Daniel e S. João, pelas epístolas de São Paulo, São Pedro e São Judas, de que o reinado do Anticristo , previsto e descrito na Bíblia, era o Papado … E todo o povo disse: Amém! Um santo temor se apossou de suas almas. Foi o Anticristo quem ele viu sentado no trono pontifício. Essa nova idéia, que ganhou maior força a partir das descrições proféticas lançadas adiante por Lutero para o meio dos seus contemporâneos, infligiu o golpe mais terrível em Roma.” Extraído de JH Merle D’Aubigné História da Reforma do século XVI, livro VI, Capítulo XII, p. 215.
Baseado nesses estudos proféticos, Martin Luther finalmente declarou: “Temos a convicção de que o papado é a sede do verdadeiro e real Anticristo.” (18 de agosto de 1520). (Extraído de The Prophetic Faith of Our Fathers, por LeRoy Froom. Vol. 2., Pg. 121.)
João Calvino (1509-1564) (Presbiteriano): “Algumas pessoas pensam que somos demasiadamente severos e censuradores quando chamamos de Anticristo o pontífice romano. Mas aqueles que são desta opinião não consideram que eles trazem a mesma carga de presunção contra o próprio Paulo, de quem falamos, e cuja línguagem adotamos … vou brevemente mostrar que as (palavras de Paulo em II Tessalonicenses 2) não são capazes de qualquer interpretação diferente do que a aplicação ao papado.” Extraído de Institutes of the Christian Religion, by John Calvin.
John Knox (1505-1572) (Presbiteriana Escocesa): John Knox tentou contrariar “a tirania que o próprio papa têm por tantos séculos, exercido sobre a Igreja”. Tal como aconteceu com Lutero, ele finalmente concluiu que o papado era “o verdadeiro anticristo, o filho da perdição, de quem falava Paulo.” (extraído de The Zurich Letters, by John Knox, pg. 199.)
Thomas Cranmer (1489-1556) (anglicana): “Roma segue para ser a sede do anticristo, e o papa a ser o próprio anticristo. Eu poderia provar o mesmo por muitas outras escrituras, escritores antigos, e razões fortes”. (Referindo-se às profecias do Apocalipse e Daniel.) extraído de Works by Cranmer, Vol. 1, pp. 6-7.
Roger Williams (1603-1683) (Primeiro Pastor Batista na América): Pastor Williams falou sobre o Papa como “o pretenso vigário de Cristo na terra, que se assenta como Deus sobre o Templo de Deus, exaltando-se não só acima de tudo o que é chamado de Deus, mas sobre as almas e as consciências de todos os seus vassalos, sim, sobre o Espírito de Cristo, sobre o Espírito Santo, sim, e do próprio Deus … fala como o Deus do céu, pensando em mudar os tempos e as leis, mas ele é o filho da perdição (II Tessalonicenses 2). ” (extraído de The Prophetic Faith of Our Fathers, by Froom, Vol. 3, pg. 52.)
A Confissão de Fé de Westminster (1647): “Não há outro cabeça da igreja, senão o Senhor Jesus Cristo. Nem pode o papa de Roma, em qualquer sentido ser o seu chefe, mas é este o Anticristo, o homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e tudo o que é chamado de Deus.” (Extraído de Philip Schaff’s, The Creeds of Christendom, With a History and Critical Notes, III, p. 658, 659, ch. 25, sec. 6.)
Cotton Mather (1663-1728) (Teólogo Congregacional): “Os oráculos de Deus predisseram o surgimento de um Anticristo na Igreja Cristã, e no Papa de Roma, todas as características do Anticristo são tão maravilhosamente respondidas que, se qualquer um que ler as Escrituras não vê-lo, há uma maravilhosa cegueira sobre eles”. (Extraído de The Fall of Babylon by Cotton Mather in Froom’s book, The Prophetic Faith of Our Fathers, Vol. 3, pg. 113.)
John Wesley (1703-1791) (Metodista): Falando do papado, John Wesley escreveu: “Ele está em um sentido enfático, o homem do pecado, como que aumentando todos os tipos de pecado acima da medida. E ele é, também, devidamente intitulado como “o Filho da Perdição”, como ele tem causado a morte de inumeráveis multidões, tanto de seus opositores como seguidores … Ele é o que … se levanta contra tudo que se chama Deus, ou que é adorado … reivindicando maior poder, e maior honra … reivindicando as prerrogativas que pertencem somente a Deus.” (Extraído de Antichrist and His Ten Kingdoms, by John Wesley, pg. 110).
Uma grande nuvem de testemunhas: “Wycliffe, Tyndale, Lutero, Calvino, Cranmer, no século XVII, Bunyan, os tradutores da Bíblia King James e os homens que publicaram as confissões de fé batistas e de Westminster, Sir Isaac Newton, Wesley, Whitfield, Jonathan Edwards, Spurgeon e, mais recentemente, o bispo JC Ryle e o Dr. Martin Lloyd-Jones; estes homens, entre inúmeros outros, todos viram o papado como o anticristo”. (Extraído de All Roads Lead to Rome, by Michael de Semlyen. Dorchestor House Publications, p. 205. 1991)
Artigo de Steve Wohlberg traduzido pelo site www.setimodia.wordpress.com, do original The Antichrist and the Protestant Reformation.
Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. II Tessalonicenses 2:3-4
A interpretação popular da escola preterista identifica a besta do mar como o Império Romano. As "sete cabeças" da besta se aplicam a sete imperadores sucessivos (dos onze) que houve durante o primeiro século da era cristã. Esta opinião depende fortemente de uma interpretação particular das sete cabeças da besta escarlate de Apocalipse 17. Desta besta determinada disse o anjo interpretador: "Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou..." (Apoc. 17:9, 10).
Kenneth A. Strand examinou recentemente a evidência para esta aplicação preterista de Apocalipse 13 e 17 a Roma pagã.1 O método que Strand usa é o contextual, pelo qual refuta eficazmente a identificação da besta que sobe do mar com Roma imperial.
Primeiro relaciona Apocalipse 13 com seu contexto literário, quer dizer, com a estrutura maior de Apocalipse 12. Esta esfera maior contém uma seqüência histórica de três passos: "O dragão primeiro se opõe ao menino-homem (Cristo), depois à mulher, e finalmente ao resto da descendência dela".2 A conexão dos períodos de tempo específicos em Apocalipse 12 (vs. 6, 14) e no capítulo 13 (v. 5) indicam que a besta de Apocalipse 13 persegue os santos durante a segunda fase de Apocalipse 12, quer dizer, durante a era pós-apostólica. Os pais da igreja Irineu, Tertuliano e Jerônimo esperavam o surgimento do anticristo só depois do desmoronamento de Roma pagã. Nem sequer mencionam a Nero como cumprindo alguma profecia no Apocalipse!
Strand também avalia a asseveração que diz que as sete cabeças da besta representam as sete colinas de Roma. Assinala que a tradução apropriada de óros não é "colinas" e sim "montes", assim como em qualquer outro lugar do Apocalipse (ver Apoc. 6:14-16; 14:1; 16:20; 21:10). Como símbolo, "um monte" nunca representa um soberano particular, mas sim a uma nação ou um império (veja-se Dan. 2:34, 35, 44, 45; Jer. 51:25). O segundo termo em Apocalipse 17:9 e 10: "reis", representa igualmente reino ou impérios (ver Dan. 2:38-40). Tanto Daniel como o Apocalipse não fazem uma separação abstrata entre reino e seus reis.
Strand explica que as sete cabeças da besta se diz que são impérios mundiais sucessivos, sendo os executores do plano de Satanás em todas os séculos. As cabeças não são sete colinas neutras e estáticas. Por conseguinte, conclui assim:
"A referência nesse texto [Apoc. 17] a "sete montes" alertou imediatamente aos paroquianos asiáticos de João ao fato de que o símbolo representava uma série de impérios mundiais sucessivos".3
Mas as "sete colinas" de cidade de Roma, é obvio, não são cronologicamente sucessivas. Entretanto, o Império Romano foi claramente uma das sete cabeças da besta. Os dez chifres com diademas da besta indicam que essa cabeça particular representa um poder mundial que sucederia Roma pagã e que reinaria simultaneamente sobre dez reinos.
A aplicação preterista da "ferida mortal" da besta a Nero e seu ressurgimento aplicado a Domiciano (o tradicional mito de "Nero revividus" [Nero revivido]) foi examinado e refutado totalmente por Paul S. Minear e também por K. A. Strand.4 Portanto, concluímos que até as perseguições dos cristãos por Roma pagã não foram as do anticristo em Apocalipse 13. Até mais decisivo é o fato de que Apocalipse 16:13-16 indica que a besta-anticristo desempenhará um papel principal nos acontecimentos finais que preparam o terreno para os juízos das sete últimas pragas e o Armagedom. Por conseguinte, não pode restringir a besta à antiga Roma e a seu culto imperial.
Este conhecimento levou a alguns expositores católicos e futuristas a projetar um Império Romano pagão revivido no futuro.5 George E. Ladd representa aos que combinam as aplicações preterista e futurista e portanto aceita um amplo espaço de muitos séculos de história da igreja.6 Ladd considera Roma pagã como o precursor histórico do anticristo. Mas este futurismo moderado ignora o estilo apocalíptico de um contínuo-histórico nos livros de Daniel e Apocalipse e mantém a era cristã em grande parte fora do foco da profecia.
O Enfoque Historicista
O problema da interpretação do Apocalipse é basicamente o problema da aplicação à história da igreja. Um erudito bíblico batista assinala que "o legado do tempo é a parte mais difícil do livro. A que tempo se referem os símbolos? E é obvio aqui é onde ocorre a batalha. Refere-se o símbolo ao passado? Refere-se ao presente? Refere-se ao futuro, e se for assim, quando?"7
Com respeito à data escolhida, precisamos recordar que o Apocalipse de João está edificado sobre o fundamento já estabelecido no livro de Daniel. Em concreto, Apocalipse 13 é a ampliação de Daniel 7, como o confirmam vários vínculos únicos entre os dois capítulos. Um erudito evangélico demonstrou inclusive o mesmo modelo estrutural em ambos os capítulos e concluiu que "Apocalipse 13 foi modelado fundamentalmente segundo Daniel 7... Apocalipse 13 está inspirado em Daniel 7".8 Os expositores preteristas não reconhecem este ponto essencial.
O Império Romano não esgota o profundo simbolismo e o conflito universal de Apocalipse 13. Por outro lado, os expositores futuristas ou dispensacionalistas ignoram completamente a relevância do Apocalipse para a igreja de todos os tempos, porque aplicam Apocalipse 13 exclusivamente a um futuro governo mundial e à cabeça de uma futura igreja apóstata.
Se Daniel apresentar a perspectiva de uma seqüência histórica, então o enfoque mais apropriado é o cumprimento contínuo-histórico, que a escola historicista de interpretação procurou seguir.
Prova para Definir a Verdade e a Heresia
A igreja entendeu a heresia como uma contradição e separação fundamental da fé. Caracterizou-se como uma obra do diabo, que se devia exterminar por todos os meios possíveis. Segundo Tomás de Aquino, sua exterminação era um dever sagrado.9 Os papas a partir de Leão I (440-461) em diante justificaram a pena capital para a heresia e alguns insistiram em promulgar decretos imperiais para anular os direitos civis dos hereges, até que o concílio do Toulouse (1229) introduziu o castigo de queimar vivos aos bogomilos ou albigenses na França.
As leis canônicas da Igreja Católica Romana ressaltam o dever dos governantes seculares para erradicar a heresia e para obedecer as leis da igreja, sob a ameaça de excomunhão. Por conseguinte, os governantes viram como seu dever cumprir os requerimentos da Igreja, especialmente do século XIII até o XVII. Uma cifra incontável de crentes cristãos dissidentes foram massacrados como proscritos pela Inquisição papal em vários países da Europa, tais como os albigenses, os valdenses e os huguenotes. Foi especialmente horrível a matança no dia de São Bartolomeu em 24 de agosto de 1572 em Paris e em outras cidades da França, quando perto de 70.000 protestantes foram assassinados sanguinariamente em um lapso de dois meses, com a aprovação do papa Gregório XIII. Todos eles sacrificaram suas vidas "pela palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo".10
Vozes tanto de fora como de dentro da Igreja Católica começaram a acusar o papado mundano de comportar-se de uma maneira semelhante ao anticristo predito (dos arcebispos Arnoldo de Orleans no ano 991, e Eberhard II do Salzburgo no ano 1241; também Dante, o Petrarca, Savonarola, Wycliffe).11 Entretanto, não senão até os dias do Lutero e Calvino que a convicção de que a hierarquia romana era o anticristo ou Babilônia alcançou proporções maciças e se expressou em várias confissões dos credos das igrejas protestantes.12
Tanto Lutero como Calvino descobriram primeiro a Cristo e seu evangelho de graça imerecida. Só então, depois que se defrontaram com o autoritarismo dos papas que negaram sua liberdade para pregar o evangelho e condenaram a essência de sua mensagem evangélica, é que reconheceram que o Papa era o anticristo.
Calvino explicou isto detalhadamente em seu livro Institución de la religión cristiana. Em 1543 declarou o seguinte:
"Será vigário de Cristo o que, perseguindo com seus furiosos esforços ao evangelho, claramente se dá a conhecer como o anticristo?... Consta que o pontífice romano se apropriou desavergonhadamente do que é próprio e exclusivo de Deus e de Cristo".13
Para ambos os reformadores o anticristo não era um personagem distante do passado ou um indivíduo no futuro remoto, mas sim uma diabólica imitação de Cristo em seus próprios dias. Declararam que a apostasia religiosa e eclesiástica contemporânea era o cumprimento das profecias bíblicas, especialmente da profecia de Daniel 11:36-39 e 2 Tessalonicenses 2:4. Para eles o ponto essencial era que o anticristo era uma realidade presente. Isto criou para os protestantes uma ameaça existencial como se enfrentassem a prova última da fé.
G. C. Berkouwer reconheceu "que a concepção intuitiva dos reformadores de um anticristo real e ativa é uma ênfase do Novo Testamento"!14
João identificou os "muitos anticristos" em seu tempo por sua separação essencial tanto doutrinal como moralmente do evangelho apostólico original (ver 1 João 2:18, 19, 22; 4:2, 3). A norma específica de João foi o ensino apostólico a respeito de Jesus como o Messias e sua morte expiatória, cristologia que formou a pedra angular do evangelho apostólico de salvação (ver também Rom. 1:1-14; At. 17:2, 3). João enfatizou a diferença entre a fé apostólica que era "desde o começo" e os enganos dos inovadores que alegavam ter um conhecimento maior de Deus e de Cristo (1 João 2:22; 4:2, 3; 2 João 7).
A preocupação exclusiva das cartas pastorais de João foi a crise contemporânea da igreja em sua região. Não vacilou em chamar a qualquer que ensinasse um evangelho diferente "falsos profetas" e "anticristos". Apelou aos membros de igreja e lhes disse: "Provem os espíritos se procedem de Deus" (1 João 4:1). Esta chamada é a responsabilidade de cada membro de igreja, o que supõe não só um conhecimento básico do evangelho apostólico mas também a unção do Espírito. João assegurou a seus membros e lhes escreveu: "Mas vós tendes a unção do Santo, e conheceis todas as coisas" (1 João 2:20; ver também o v. 27).
Da aplicação que João fez do anticristo predito, recebemos uma nova apreciação pelos esforços dos reformadores protestantes para identificar o anticristo da profecia em seus dias. Os reformadores aplicaram o mesmo teste que João tinha usado em sua primeira epístola: a mensagem evangélica apostólica e original do Novo Testamento.
Sobre esta base os reformadores tanto pastores como exegetas identificaram o papado medieval como o anticristo da profecia: por sua exaltação própria acima de todos outros na Igreja e no Estado, e por seu dogma de um caminho diferente de salvação (por um novo sacerdócio com sete sacramentos).
A reação da Igreja Católica ao evangelho da Reforma protestante chegou a solidificar-se no concílio do Trento (1545-1563) e no Catecismo romano de 1566, publicado pelo papa Pio V.15
Os reformadores protestantes cumpriram com sua responsabilidade ao alertar os cristãos dos ensinos do falso evangelho de sua Igreja-Estado contemporâneo. Fizeram-no com a mesma seriedade como a que se evidencia nas epístolas de João. Seus credos extensos quanto a Cristo, o pecado, a salvação e a igreja apóstata, ainda convence a milhões de seres humanos de que a interpretação protestante é uma restauração do evangelho original.
Surge então a premente pergunta: Está completa a reforma do século XVI, reforma da igreja e da doutrina, ou chegou a estancar-se em credos e tradições?
O teólogo luterano Paulo Althaus propôs que cada geração de cristãos esteja alerta para identificar as atuais corrupções do evangelho e para confessar o senhorio de Cristo em cada polarização religiosa. As confrontações históricas do passado servem como tipos de ameaças reiterativas, assim como o Apocalipse de João viu a antiga Babilônia, Edom e Tiro como protótipos dos inimigos da era da igreja (ver Apoc. 18, que aplica as profecias da Isa. 13, 34 e Ezeq. 27). "A expectativa do anticristo tem uma atualidade imediata... A igreja sempre deve procurar o anticristo como uma realidade em sua situação presente ou considerá-lo como uma possibilidade ameaçadora no futuro imediato".16 Segundo Althaus, a identificação que Lutero fez do papado como o anticristo não foi um "engano" ou algo incorreto, porque o papado representava nesse tempo uma ameaça ao evangelho.
As ordens protestantes de sola Scriptura, sola fide, sola gratia, solo Christo [só Escritura, só fé, só graça, só Cristo] funcionaram como gritos de guerra na luta entre a fé e a incredulidade no evangelho. Althaus não aprova que se dogmatize a identificação do anticristo em um credo, porque o reconhecimento do anticristo deve relacionar-se a um anticristo real no presente, não a um no passado ou no futuro. "O reconhecimento do anticristo sempre é mortalmente sério".17
Tem pouco valor reconhecer ao anticristo no passado ou no futuro, porque isso não requer um compromisso pessoal. Althaus adverte a igreja, a qualquer igreja protestante, que está em um perigo constante de chegar a ser ela o anticristo. Qualquer igreja que suplante a Cristo ou usurpe sua autoridade ou procure o poder mundano, "é toda anticristianismo, quer dizer, competição com Cristo, a vontade de suceder ou substituir a Cristo: oposição a Cristo na forma de similitude com ele, de 'tomar o lugar de Cristo' ".18
O conceito de Althaus de reconhecer a essência de um anticristo como um poder cristão que usurpa a autoridade de Cristo e substitui a Cristo e a seu evangelho sempre é válido. Reconhece que a identificação que Lutero fez do papado medieval como o anticristo esteve em harmonia com o método da primeira epístola de João: reconhecer o anticristo como um falso mestre do evangelho e como uma falsificação da comunidade cristã. Não obstante, o enfoque protestante também necessita uma prova contínua com a realidade histórica. Requer tanto a prova do evangelho como a prova da perspectiva do tempo do fim da Escritura.
Só da perspectiva de um desenvolvimento contínuo-histórico pode localizar-se no curso da história o anticristo de Daniel, 2 Tessalonicenses e Apocalipse. Freqüentemente os teólogos e exegetas modernos ignoram este enfoque. Para eles, qualquer sistema totalitário ou ateu pode ser o anticristo. Mas enquanto que há muitos poderes anticristãos no mundo, há um só anticristo em Daniel 7 a 12, 2 Tessalonicenses 2 e Apocalipse 13. Fica como uma realidade que o anticristo medieval alterou e até se opõe à lei do pacto de Deus e ao evangelho apostólico de salvação: a Palavra de Deus e o testemunho de Jesus.
Se hoje o anticristo é impedido de perseguir os santos, isto não muda a presença e a natureza do anticristo. A profecia indica repetidamente que o anticristo medieval e suas perseguições serão reavivadas na última geração em uma escala universal (em Dan. 11:40-45; 12:1; Apoc. 13:15-17). Essa supremacia recuperada será abreviada pela volta de Cristo (Dan. 12:1, 2; Mat. 24:22; 2 Tes. 2:8; Apoc. 17:12-14; 19:11-21). Apocalipse 13 "enfatiza a revivificação e o rejuvenescimento da besta".19 Isto deve pôr a cada igreja em estado de alerta, especialmente no tempo do fim.
Apocalipse 12 a 14, em sua composição como uma unidade estreitamente enlaçada, requer séria atenção. Nesta parte central do Apocalipse nos encontramos face a face com a prova histórica do discipulado: fidelidade a Jesus Cristo e a seu testemunho. Por causa do testemunho de Jesus, Paulo foi decapitado em Roma e João foi banido à ilha de Patmos. Pelo testemunho de Jesus os mártires sacrificaram suas vidas (Apoc. 6:9; 20:4). A prova apontada por Deus se enfoca sobre as palavras de Cristo como se afirma no Novo Testamento, o que é de um significado primitivo à luz das tendências reiterativas de substituir o testemunho de Deus com os credos e fórmulas doutrinais das igrejas.
Referências
1 Strand, "The Seven Heads: Dou They Represent Roman Emperors?", Simpósio sobre o Apocalipse. t. 2, cap. 5.
2 Ibid., p. 183.
3 Ibid., p. 191.
4 Ver Ibid., pp. 191-200; Minear, "The Wounded Beast".
5 Ver Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, t. 2, pp. 486-505; T. 3, pp. 733-737 (para ver desde Francisco de Ribeira até Manning).
6 Ladd, El Apocalipsis de Juan: Un comentario, pp. 15, 16.
7 Robbins, Revelation: Three Viewpoints, p. 154.
8 Beale, The Use of Daniel in Jewish Apocalyptic Literature and in the Revelation of St. John, p. 247.
9 Tomás de Aquino, Summa Theologica, II-II, pergunta 11, A. 3.
10 Ver Ellen White, GC 271.
11 Ver Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, t. 2, pp. 21-31 e caps. 2 e 6; t. 1, pp. 796-806.
12 Ver T. G. Tappert, ed. Bock of Concord. Confessions of the Evangelical Lutheran Church [Livro da Concórdia. Confissões da Igreja Evangélica Luterana] (Philadelphia: Fortress Press, 19S9); El catecismo de Heidelberg (Barcelona: ACELR, 1973 [da ed. de 1563]), pergunta 80.
13 João Calvino, Institución de la religión cristiana, trad. Eusebio Goicoechea (Grand Rapids: Eerdmans-Nueva Creación, 1988), livro IV, cap. 7, parágrafos 24, 25 (P. 886). Neste livro IV, no cap. 7: "Origem e crescimento do papado até que se elevou à grandeza atual, com o que a liberdade da igreja foi oprimida e toda eqüidade confundida", apresenta-se o relativo ao anticristo papal (ver, especialmente, os pontos 24 e 25).
14 Berkouwer, The Return of Christ, p. 264.
15 Ver Catecismo romano del concilio de Trento (Madrid: BAC, 19S6; trad. por Pedro Martín Hernández).
16 Althaus, Die Letzten Dinge [Os Eventos Finais], p. 283.
17 Ibid., P. 285.
18 Ibid., P. 284.
19 Berkouwer, The Return of Christ, p. 273.
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