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O Êxtase Religioso
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06112011
O Êxtase Religioso
Êxtase, literalmente quer dizer arrebatar, desprender subitamente, elevar-se (do gr. ékstasis, pelo lat. tard. ecstase, exstase, êxtase), corresponde ao sentimento de prazer, orgasmo ou encantamento divino, transe, resultado da meditação. Também denominado consciência cósmica (ampliada) em comunhão com a natureza; iluminação; paz equivalente ao Nirvana que no Budismo, é estado de ausência total de sofrimento.
Por se derivar de uma palavra grega (ékstasis) poderia se ter como padrão o transe profético e visões talvez causadas por inalações do vapor (Etileno? ou Dióxido de carbono de origem vulcânica?) respirado por Pítia a Sacerdotisa de Apolo do Oráculo de Delphos ou e as experiências de possessão do culto de Dionísio e por extensão das religiões pagãs, utilizando a classificação católica que se distingue das não cristãs com seus transes associados ao jejum, orações, abstinência sexual e/ou auto-flagelação e exorcismos.
Um livro clássico e esclarecedor sobre o tema foi escrito por William James, Variedades da experiência religiosa (1914). Uma reflexão sobre a ampla possibilidade de definições do êxtase ou transe na realidade traduz a diversidade de religiões e crenças humanas.
Técnicas do êxtase
O estado de êxtase já foi comparado aos estados hipnóticos e do sono concebidos por Pavlov como similares e contínuos (em fases, hoje identificados com EEG) à vigília ou do sonho distinguindo-se desse último por manter a atividade psicomotora, denominado por alguns de sonho lúcido, equivalente também aos estados induzidos por enteógenos e outras substâncias psicoativas. Sargant, (1975) compara estes aos estados induzidos nas religiões de possessão e à terapia por choque elétrico e choque de insulina, já utilizados como tratamento psiquiátrico, com suas típicas fases de intensa excitação, colapso e inibição temporária.
Segundo Eliade (2002) todas as tradições mitológicas do xamanismo têm ponto de partida numa ideologia e numa técnica de êxtase que implicam a viagem do espírito Assinala que o meio mais antigo e clássico foi a dança proporcionando esta tanto o voo mágico (citando como exemplo as fantásticas viagens pelo Universo descritas pelos chineses) como a descida de um espírito ou divindade ressaltando que essa última não necessariamente implicava na possessão, o espírito podia inspirar o xamã.
Ainda de modo provisório podemos enumerar as seguintes técnicas de indução ou produção de êxtase ou transe místico:
- Danças sagradas
- Jejum
- Dor (auto-flagelação)
- Controle e técnica sexual (Tantra yoga)
- Consumo de substâncias psicoativas
- Privação do sono / controle do sonho
- Exercícios respiratórios & meditação (Samhadi yoga)
Observe-se que a mesma técnica ou substancia psicoativa pode ter diferentes efeitos a depender do contexto ritual e expectativa de efeito tanto por parte do experimentador ou integrante de um grupo como da relação desse grupo e crença com a da sociedade hegemônica.
Experiência mística revelada
Há seis anos, decidi investigar um dos fenômenos incompreensíveis que mais me intrigava: de onde vem o “oásis” de paz interior, a experiência fora do corpo e o “contato com o cosmos” que tanto se fala durante o êxtase religioso e meditação profunda?
Fui eu então conhecer um deles, a meditação, e comecei a praticar persistentemente. Para minha assombrosa surpresa, em um dado dia de prática, eu, cética, me vi exatamente naquelas condições: em um oásis de paz interior, experiência fora do corpo, contato com o cosmos e uma sensação de suprema felicidade.
Não me conformei em aceitar resignadamente aquela experiência como “sobrenatural” e inexplicável, então fui investigar se a ciência tinha uma resposta para aquilo. Adivinhe o que? Tinha! Eu tinha encontrado uma resposta!!
Um artigo entitulado “The Material Nature of Spirituality” (A Natureza Material da Espiritualidade) descrevia pesquisas com imagens cerebrais de voluntários durante o climax da experiência espiritual. Entre diversas constatações, a mais intrigante foi a diminuição da atividade do lobo parietal superior, uma área na parte alta do cérebro que influencia nossa orientação espacial e de tempo. Esta área deve funcionar o tempo todo para auxiliar no movimento. Durante a experiência transcendental, esta área estava diminuida, explicando então, as experiências espaciais (fora do corpo) que eu senti. As outras sensações de paz interior, etc., foram explicadas por outros achados de diminuição e relaxamento como ansiedade, hormônio do estresse, presão arterial, relaxamento muscular.Silvia Helena Cardoso
Referências:
1. The Material Nature of Spirituality
http://serendip.brynmawr.edu/biology/b103/f01/web3/ekanayake.html#2
Visão Ciêntífica da Prece
2. http://mortesubita.org/psico/textos/visao-cientifica-sobre-a-
prece/view
Fonte: http://www.institutodafelicidade.org.br/blog/?tag=extase-religioso
"No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo"
O uso da música como meio para chegar a um estado de êxtase e transe religioso vêm se tornando comum em igrejas de diversas religiões em todo o mundo. A partir dessa constatação, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP analisou essa prática em algumas Igrejas Pentecostais da cidade de São Paulo. A dissertação Manifestações espirituais nas Igrejas Pentecostais: um estudo psicossocial do êxtase e do transe através da música como mobilizadora de emoções desenvolvida por Valdevino Rodrigues dos Santos mostra que a utilização da música nestas igrejas ajuda a aumentar o número de fiéis.
De acordo com o pesquisador, que apresentou sua pesquisa em agosto desse ano, "as Igrejas Pentecostais são as que mais crescem no mundo inteiro e esse tipo de recurso (o uso de ritmos musicais contemporâneos) só tende a aumentar".
Santos analisou as igrejas pentecostais desde a primeira Assembléia de Deus, trazida ao Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg em 1910. Ele também estudou "Igreja do Evangelho Quadrangular", instalada em 1950, e a "Renascer" na década de 1980.
Dentre elas, a Igreja Renascer é a mais liberal. Para se aproximar de seu público-alvo utiliza rock, samba, rap e até heavy metal. Pastores vestidos de metaleiros pregam para jovens utilizando uma linguagem semelhante a desse grupo. "Jovens são atraídos pela atmosfera a que estão acostumados. Este tipo de recurso une a pregação da fé com uma filosofia de vida que muitas vezes não seria bem aceita em outras religiões", explica Santos.
A dança do samba, por exemplo, é admitida por estarem "sambando para Deus". "Se Deus criou a arte por que não utilizá-la para louvá-lo?", esta é uma das justificativas dada pela igreja para o uso da dança e uso tipos musicais registrados na tese.
Mais proximidade
As Igrejas Pentecostais têm como característica principal a crença no "batismo do Espírito Santo", que teria acontecido pela primeira vez durante a "Festa de Pentecostes", simbolizando a descida do Espírito Santo sobre as pessoas que rezavam e comungavam após a morte de Cristo. Neste momento, pessoas de origens étnicas e idiomas diferentes começaram a falar a mesma língua e a se entender. Esse ato recebeu o nome de "glossolalia", que seria este "falar línguas estranhas", e é um dos momentos mais importantes do culto atual nessas Igrejas Pentecostais. Seria um "retorno às origens e a verdadeira fé", de acordo com o estudioso.
Segundo esta característica de busca pelo Espírito Santo, o uso de ritmos musicais diferentes durante o culto propiciariam uma aproximação entre o pastor, a palavra pregada e a recepção e compreensão por parte dos fiéis. " No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo", declara Valdevino Rodrigues dos Santos.
No momento de êxtase e transe a música tem por função ambientar toda essa erupção de sentimentos por parte dos fiéis. "O transe que o indivíduo possa ter no "contato solitário com o divino" é compartilhado nessas assembléias religiosas e isto vêm aumentando e tomando uma importância para a antropologia mundial", conclui Santos.
Resumo (Abstract) da tese:
As igrejas pentecostais "Assembléia de Deus", 'Renascer' e "Igreja do Evangelho Quadrangular' vêem a música como um fator importante para que elas executem suas funções em relação aos homens: evangelização e instrução. E ainda visa o desenvolvimento e intensificação dos laços de comunhão do grupo. Essas igrejas acreditam que a música influencia o comportamento, reforça os valores do grupo, expressa as emoções, dá prazer e finalmente serve como veículo de revelação de Deus.
O ponto máximo do culto ocorre quando as pessoas ficam em estado de êxtase. Nesta ocasião, muitos dos fiéis recebem o Espírito Santo, que é um momento caracterizado por muitos atos diferentes e repetidos enquanto duram; aparecem nesse instante: desmaios, choros, gritos, pessoas pulando, tremendo e, finalmente a marca central do ato: o falar "línguas estranhas" (glossolalia), as quais são palavras inteligíveis somente do ponto de vista espiritual. É impossível definir o idioma. Quando se atinge o clímax da adoração - isso se dá por volta das 21:00 h - as manifestações e os dons espirituais começam a ocorrer. Nesse momento, as pessoas estão mais exaltadas, aqui há uma intensa mistura de sons: cânticos, os gritos de glória e aleluia do pastor e dos membros cantando, sons instrumentais e as glossolalias.
Quanto à música executada, há presença de ritmos variados como: rock, heavy metal, samba, reggae, country, rap e estilos mais lentos. Essas músicas são sempre cantadas com expressão corporal; há, portanto, coreografia: as pessoas dançam e batem palmas de acordo com o ritmo musical executado.
Além da pesquisa bibliográfica com o intuito de traçar o histórico do movimento pentecostal, e obter subsídios teóricos sobre a música, o presente trabalho está baseado na observação participante que constou de entrevistas, gravações e do envolvimento pessoal do pesquisador em vários contextos religiosos. A presente pesquisa mostra que, por ser desenvolvida a todo momento no culto, a performance musical é um dado crucial no desenvolvimento do êxtase religioso, tendo a função de potencializar o culto para promover a conversão dos adeptos
Fonte: http://www.usp.br/agen/repgs/2002/pags/243.htm e http://en.scientificcommons.org/31404041
Por se derivar de uma palavra grega (ékstasis) poderia se ter como padrão o transe profético e visões talvez causadas por inalações do vapor (Etileno? ou Dióxido de carbono de origem vulcânica?) respirado por Pítia a Sacerdotisa de Apolo do Oráculo de Delphos ou e as experiências de possessão do culto de Dionísio e por extensão das religiões pagãs, utilizando a classificação católica que se distingue das não cristãs com seus transes associados ao jejum, orações, abstinência sexual e/ou auto-flagelação e exorcismos.
Um livro clássico e esclarecedor sobre o tema foi escrito por William James, Variedades da experiência religiosa (1914). Uma reflexão sobre a ampla possibilidade de definições do êxtase ou transe na realidade traduz a diversidade de religiões e crenças humanas.
Técnicas do êxtase
O estado de êxtase já foi comparado aos estados hipnóticos e do sono concebidos por Pavlov como similares e contínuos (em fases, hoje identificados com EEG) à vigília ou do sonho distinguindo-se desse último por manter a atividade psicomotora, denominado por alguns de sonho lúcido, equivalente também aos estados induzidos por enteógenos e outras substâncias psicoativas. Sargant, (1975) compara estes aos estados induzidos nas religiões de possessão e à terapia por choque elétrico e choque de insulina, já utilizados como tratamento psiquiátrico, com suas típicas fases de intensa excitação, colapso e inibição temporária.
Segundo Eliade (2002) todas as tradições mitológicas do xamanismo têm ponto de partida numa ideologia e numa técnica de êxtase que implicam a viagem do espírito Assinala que o meio mais antigo e clássico foi a dança proporcionando esta tanto o voo mágico (citando como exemplo as fantásticas viagens pelo Universo descritas pelos chineses) como a descida de um espírito ou divindade ressaltando que essa última não necessariamente implicava na possessão, o espírito podia inspirar o xamã.
Ainda de modo provisório podemos enumerar as seguintes técnicas de indução ou produção de êxtase ou transe místico:
- Danças sagradas
- Jejum
- Dor (auto-flagelação)
- Controle e técnica sexual (Tantra yoga)
- Consumo de substâncias psicoativas
- Privação do sono / controle do sonho
- Exercícios respiratórios & meditação (Samhadi yoga)
Observe-se que a mesma técnica ou substancia psicoativa pode ter diferentes efeitos a depender do contexto ritual e expectativa de efeito tanto por parte do experimentador ou integrante de um grupo como da relação desse grupo e crença com a da sociedade hegemônica.
Experiência mística revelada
Há seis anos, decidi investigar um dos fenômenos incompreensíveis que mais me intrigava: de onde vem o “oásis” de paz interior, a experiência fora do corpo e o “contato com o cosmos” que tanto se fala durante o êxtase religioso e meditação profunda?
Fui eu então conhecer um deles, a meditação, e comecei a praticar persistentemente. Para minha assombrosa surpresa, em um dado dia de prática, eu, cética, me vi exatamente naquelas condições: em um oásis de paz interior, experiência fora do corpo, contato com o cosmos e uma sensação de suprema felicidade.
Não me conformei em aceitar resignadamente aquela experiência como “sobrenatural” e inexplicável, então fui investigar se a ciência tinha uma resposta para aquilo. Adivinhe o que? Tinha! Eu tinha encontrado uma resposta!!
Um artigo entitulado “The Material Nature of Spirituality” (A Natureza Material da Espiritualidade) descrevia pesquisas com imagens cerebrais de voluntários durante o climax da experiência espiritual. Entre diversas constatações, a mais intrigante foi a diminuição da atividade do lobo parietal superior, uma área na parte alta do cérebro que influencia nossa orientação espacial e de tempo. Esta área deve funcionar o tempo todo para auxiliar no movimento. Durante a experiência transcendental, esta área estava diminuida, explicando então, as experiências espaciais (fora do corpo) que eu senti. As outras sensações de paz interior, etc., foram explicadas por outros achados de diminuição e relaxamento como ansiedade, hormônio do estresse, presão arterial, relaxamento muscular.Silvia Helena Cardoso
Referências:
1. The Material Nature of Spirituality
http://serendip.brynmawr.edu/biology/b103/f01/web3/ekanayake.html#2
Visão Ciêntífica da Prece
2. http://mortesubita.org/psico/textos/visao-cientifica-sobre-a-
prece/view
Fonte: http://www.institutodafelicidade.org.br/blog/?tag=extase-religioso
Música Propicia Estado de Êxtase e Transe em Igrejas Pentecostais
Juliana Kiyomura Moreno
Juliana Kiyomura Moreno
"No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo"
O uso da música como meio para chegar a um estado de êxtase e transe religioso vêm se tornando comum em igrejas de diversas religiões em todo o mundo. A partir dessa constatação, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP analisou essa prática em algumas Igrejas Pentecostais da cidade de São Paulo. A dissertação Manifestações espirituais nas Igrejas Pentecostais: um estudo psicossocial do êxtase e do transe através da música como mobilizadora de emoções desenvolvida por Valdevino Rodrigues dos Santos mostra que a utilização da música nestas igrejas ajuda a aumentar o número de fiéis.
De acordo com o pesquisador, que apresentou sua pesquisa em agosto desse ano, "as Igrejas Pentecostais são as que mais crescem no mundo inteiro e esse tipo de recurso (o uso de ritmos musicais contemporâneos) só tende a aumentar".
Santos analisou as igrejas pentecostais desde a primeira Assembléia de Deus, trazida ao Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg em 1910. Ele também estudou "Igreja do Evangelho Quadrangular", instalada em 1950, e a "Renascer" na década de 1980.
Dentre elas, a Igreja Renascer é a mais liberal. Para se aproximar de seu público-alvo utiliza rock, samba, rap e até heavy metal. Pastores vestidos de metaleiros pregam para jovens utilizando uma linguagem semelhante a desse grupo. "Jovens são atraídos pela atmosfera a que estão acostumados. Este tipo de recurso une a pregação da fé com uma filosofia de vida que muitas vezes não seria bem aceita em outras religiões", explica Santos.
A dança do samba, por exemplo, é admitida por estarem "sambando para Deus". "Se Deus criou a arte por que não utilizá-la para louvá-lo?", esta é uma das justificativas dada pela igreja para o uso da dança e uso tipos musicais registrados na tese.
Mais proximidade
As Igrejas Pentecostais têm como característica principal a crença no "batismo do Espírito Santo", que teria acontecido pela primeira vez durante a "Festa de Pentecostes", simbolizando a descida do Espírito Santo sobre as pessoas que rezavam e comungavam após a morte de Cristo. Neste momento, pessoas de origens étnicas e idiomas diferentes começaram a falar a mesma língua e a se entender. Esse ato recebeu o nome de "glossolalia", que seria este "falar línguas estranhas", e é um dos momentos mais importantes do culto atual nessas Igrejas Pentecostais. Seria um "retorno às origens e a verdadeira fé", de acordo com o estudioso.
Segundo esta característica de busca pelo Espírito Santo, o uso de ritmos musicais diferentes durante o culto propiciariam uma aproximação entre o pastor, a palavra pregada e a recepção e compreensão por parte dos fiéis. " No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo", declara Valdevino Rodrigues dos Santos.
No momento de êxtase e transe a música tem por função ambientar toda essa erupção de sentimentos por parte dos fiéis. "O transe que o indivíduo possa ter no "contato solitário com o divino" é compartilhado nessas assembléias religiosas e isto vêm aumentando e tomando uma importância para a antropologia mundial", conclui Santos.
Resumo (Abstract) da tese:
As igrejas pentecostais "Assembléia de Deus", 'Renascer' e "Igreja do Evangelho Quadrangular' vêem a música como um fator importante para que elas executem suas funções em relação aos homens: evangelização e instrução. E ainda visa o desenvolvimento e intensificação dos laços de comunhão do grupo. Essas igrejas acreditam que a música influencia o comportamento, reforça os valores do grupo, expressa as emoções, dá prazer e finalmente serve como veículo de revelação de Deus.
O ponto máximo do culto ocorre quando as pessoas ficam em estado de êxtase. Nesta ocasião, muitos dos fiéis recebem o Espírito Santo, que é um momento caracterizado por muitos atos diferentes e repetidos enquanto duram; aparecem nesse instante: desmaios, choros, gritos, pessoas pulando, tremendo e, finalmente a marca central do ato: o falar "línguas estranhas" (glossolalia), as quais são palavras inteligíveis somente do ponto de vista espiritual. É impossível definir o idioma. Quando se atinge o clímax da adoração - isso se dá por volta das 21:00 h - as manifestações e os dons espirituais começam a ocorrer. Nesse momento, as pessoas estão mais exaltadas, aqui há uma intensa mistura de sons: cânticos, os gritos de glória e aleluia do pastor e dos membros cantando, sons instrumentais e as glossolalias.
Quanto à música executada, há presença de ritmos variados como: rock, heavy metal, samba, reggae, country, rap e estilos mais lentos. Essas músicas são sempre cantadas com expressão corporal; há, portanto, coreografia: as pessoas dançam e batem palmas de acordo com o ritmo musical executado.
Além da pesquisa bibliográfica com o intuito de traçar o histórico do movimento pentecostal, e obter subsídios teóricos sobre a música, o presente trabalho está baseado na observação participante que constou de entrevistas, gravações e do envolvimento pessoal do pesquisador em vários contextos religiosos. A presente pesquisa mostra que, por ser desenvolvida a todo momento no culto, a performance musical é um dado crucial no desenvolvimento do êxtase religioso, tendo a função de potencializar o culto para promover a conversão dos adeptos
Fonte: http://www.usp.br/agen/repgs/2002/pags/243.htm e http://en.scientificcommons.org/31404041
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
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