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Música e êxtase pentecostal
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04022009
Música e êxtase pentecostal
Música e êxtase pentecostal
O uso da música como meio para chegar a um estado de êxtase e transe religioso vêm se tornando comum em igrejas de diversas religiões em todo o mundo. A partir dessa constatação, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP analisou essa prática em algumas igrejas pentecostais da cidade de São Paulo. A dissertação Manifestações Espirituais nas Igrejas Pentecostais: um estudo psicossocial do êxtase e do transe através da música como mobilizadora de emoções, desenvolvida por Valdevino Rodrigues dos Santos, mostra que a utilização da música nessas igrejas ajuda a aumentar o número de fiéis.
De acordo com o pesquisador, que apresentou sua pesquisa em agosto [do ano passado], “as igrejas pentecostais são as que mais crescem no mundo inteiro e esse tipo de recurso (o uso de ritmos musicais contemporâneos) só tende a aumentar”. Santos analisou as igrejas pentecostais desde a primeira Assembléia de Deus, trazida ao Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg em 1910. Ele também estudou a Igreja do Evangelho Quadrangular, instalada em 1950, e a Renascer, na década de 1980.
Dentre elas, a Igreja Renascer é a mais liberal. Para se aproximar de seu público-alvo utiliza rock, samba, rap e até heavy metal. Pastores vestidos de metaleiros pregam para jovens utilizando uma linguagem semelhante à desse grupo. “Jovens são atraídos pela atmosfera a que estão acostumados. Esse tipo de recurso une a pregação da fé com uma filosofia de vida que muitas vezes não seria bem aceita em outras religiões”, explica Santos.
A dança do samba, por exemplo, é admitida por estarem “sambando para Deus”. “Se Deus criou a arte por que não utilizá-la para louvá-Lo?”, essa é uma das justificativas dada pela igreja para o uso da dança e uso de tipos musicais registrados na tese.
As igrejas pentecostais têm como característica principal a crença no “batismo do Espírito Santo”, que teria acontecido pela primeira vez durante a Festa de Pentecostes, simbolizando a descida do Espírito Santo sobre as pessoas que rezavam e comungavam após a morte de Cristo. Nesse momento, pessoas de origens étnicas e idiomas diferentes começaram a falar a mesma língua e a se entender. Esse ato recebeu o nome de “glossolalia”, que seria este “falar línguas estranhas”, e é um dos momentos mais importantes do culto atual nessas igrejas pentecostais. Seria um “retorno às origens e à verdadeira fé”, de acordo com o estudioso.
Segundo essa característica de busca pelo Espírito Santo, o uso de ritmos musicais diferentes durante o culto propiciaria uma aproximação entre o pastor, a palavra pregada e a recepção e compreensão por parte dos fiéis. “No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo”, declara Valdevino Rodrigues dos Santos.
No momento de êxtase e transe a música tem por função ambientar toda essa erupção de sentimentos por parte dos fiéis. “O transe que o indivíduo possa ter no ‘contato solitário com o divino’ é compartilhado nessas assembléias religiosas e isso vem aumentando e tomando uma importância para a antropologia mundial”, conclui Santos.
(USP Notícias)
Nota do blog Diário da Profecia: Há um segmento evangélico anunciando em sua rádio uma programação alternativa para os cristãos no período do Carnaval. Paradoxalmente, esse mesmo segmento está propagandeando um evento em uma de suas igrejas, onde haverá um “bom samba”, com letra “cristã”, claro. Sem dúvida alguma, sinal dos tempos. Não há limite para a incoerência.
Infelizmente o mesmo argumento do artigo, qual seja o de atingir pessoas que normalmente não se interessariam por um culto convencional e, ainda que sob a alcunha de “algum critério” (que ninguém foi capaz ainda de demonstrar qual seja), tem sido defendido por alguns adventistas. Não sabemos em que momento, muito menos com que intensidade, mas o que está acontecendo no meio evangélico ainda há de ocorrer de forma paralela entre nós.
E não sou eu que estou afirmando, está profetizado.
http://www.usp.br/agen/repgs/2002/pags/243.htm
O uso da música como meio para chegar a um estado de êxtase e transe religioso vêm se tornando comum em igrejas de diversas religiões em todo o mundo. A partir dessa constatação, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP analisou essa prática em algumas igrejas pentecostais da cidade de São Paulo. A dissertação Manifestações Espirituais nas Igrejas Pentecostais: um estudo psicossocial do êxtase e do transe através da música como mobilizadora de emoções, desenvolvida por Valdevino Rodrigues dos Santos, mostra que a utilização da música nessas igrejas ajuda a aumentar o número de fiéis.
De acordo com o pesquisador, que apresentou sua pesquisa em agosto [do ano passado], “as igrejas pentecostais são as que mais crescem no mundo inteiro e esse tipo de recurso (o uso de ritmos musicais contemporâneos) só tende a aumentar”. Santos analisou as igrejas pentecostais desde a primeira Assembléia de Deus, trazida ao Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg em 1910. Ele também estudou a Igreja do Evangelho Quadrangular, instalada em 1950, e a Renascer, na década de 1980.
Dentre elas, a Igreja Renascer é a mais liberal. Para se aproximar de seu público-alvo utiliza rock, samba, rap e até heavy metal. Pastores vestidos de metaleiros pregam para jovens utilizando uma linguagem semelhante à desse grupo. “Jovens são atraídos pela atmosfera a que estão acostumados. Esse tipo de recurso une a pregação da fé com uma filosofia de vida que muitas vezes não seria bem aceita em outras religiões”, explica Santos.
A dança do samba, por exemplo, é admitida por estarem “sambando para Deus”. “Se Deus criou a arte por que não utilizá-la para louvá-Lo?”, essa é uma das justificativas dada pela igreja para o uso da dança e uso de tipos musicais registrados na tese.
As igrejas pentecostais têm como característica principal a crença no “batismo do Espírito Santo”, que teria acontecido pela primeira vez durante a Festa de Pentecostes, simbolizando a descida do Espírito Santo sobre as pessoas que rezavam e comungavam após a morte de Cristo. Nesse momento, pessoas de origens étnicas e idiomas diferentes começaram a falar a mesma língua e a se entender. Esse ato recebeu o nome de “glossolalia”, que seria este “falar línguas estranhas”, e é um dos momentos mais importantes do culto atual nessas igrejas pentecostais. Seria um “retorno às origens e à verdadeira fé”, de acordo com o estudioso.
Segundo essa característica de busca pelo Espírito Santo, o uso de ritmos musicais diferentes durante o culto propiciaria uma aproximação entre o pastor, a palavra pregada e a recepção e compreensão por parte dos fiéis. “No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo”, declara Valdevino Rodrigues dos Santos.
No momento de êxtase e transe a música tem por função ambientar toda essa erupção de sentimentos por parte dos fiéis. “O transe que o indivíduo possa ter no ‘contato solitário com o divino’ é compartilhado nessas assembléias religiosas e isso vem aumentando e tomando uma importância para a antropologia mundial”, conclui Santos.
(USP Notícias)
Nota do blog Diário da Profecia: Há um segmento evangélico anunciando em sua rádio uma programação alternativa para os cristãos no período do Carnaval. Paradoxalmente, esse mesmo segmento está propagandeando um evento em uma de suas igrejas, onde haverá um “bom samba”, com letra “cristã”, claro. Sem dúvida alguma, sinal dos tempos. Não há limite para a incoerência.
Infelizmente o mesmo argumento do artigo, qual seja o de atingir pessoas que normalmente não se interessariam por um culto convencional e, ainda que sob a alcunha de “algum critério” (que ninguém foi capaz ainda de demonstrar qual seja), tem sido defendido por alguns adventistas. Não sabemos em que momento, muito menos com que intensidade, mas o que está acontecendo no meio evangélico ainda há de ocorrer de forma paralela entre nós.
E não sou eu que estou afirmando, está profetizado.
http://www.usp.br/agen/repgs/2002/pags/243.htm
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